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Didática e Ensino Prof.ª Flávia Cristina dos Santos Matos Silveira O que é didática? Você já deve ter escutado algumas destas expressões: “Aquele professor sabe muito, tem conteúdo, mas não tem didática ...” O que é didática? Didática é a disciplina que propicia o estudo crítico – através da problematização, contestação e identificação de aspectos positivos e negativos dos elementos presentes na prática pedagógica (LIBÂNEO, 1994). Ocupa-se com: o que, como, porquê e para que no processo pedagógico. Os elementos estudados pela didática são: o professor, o aluno, a disciplina, o contexto escolar, o objetivo e finalidade do processo educativo, e as estratégias e métodos de ensino. O que é didática? Processo ensino e aprendizagem • O processo de ensino e aprendizagem, por sua vez, diz respeito ao desenvolvimento integral do ser humano, considerando-se as dimensões físicas, morais, intelectuais, estéticas do educando, de forma a possibilitar o conhecimento e a compreensão de si mesmo, dos outros e do mundo que o cerca. O ensino é um processo sistemático, intencional, que visa a formação integral do educando, ou seja, desenvolver suas potencialidades intelectuais, afetivas e produtivas (aquisição de saberes que sejam úteis para o trabalho e a vida social). Didática e o processo de ensino e aprendizagem Há necessidade do ensino, então, apresentar objetivos claros, capazes de direcionar as atividades pedagógicas. É necessário, também, que o aluno adquira um saber significativo, que tenha sentido para ele e que possa ser utilizado na prática social. FUNÇÕES DO ATO DE ENSINAR Organizar os assuntos a serem estudados, considerando a subjetividade dos alunos envolvidos e do contexto social em que se encontram; Auxiliar o processo de aprendizagem, identificando dificuldades dos educandos e sugerindo métodos e atividades que os ajudem a superar estes problemas; Direcionar o trabalho pedagógico visando à consecução dos objetivos estabelecidos (LIBÂNEO, 1994, p. 89 e 90). A aprendizagem informal é a que resulta da convivência social, ocorre de forma espontânea, no dia-a-dia. TIPOS DE APRENDIZAGEM: informal e formal • As crianças descobrem, por si mesmas, graças à sua interação com o mundo físico e social, uma enorme quantidade de informações que vão ocorrendo no decurso da construção de sua inteligência. (CASTRO; CARVALHO, 2002) A aprendizagem formal tem finalidades específicas, é intencional, planejada e organizada sistematicamente. Este tipo de aprendizado é predominante na escola. A dinâmica deste processo é denominada de assimilação ativa, porque visa o desenvolvimento da percepção, da reflexão, da criatividade e do senso crítico, propiciando uma aprendizagem em que professor e aluno pensam, agem e sentem como sujeitos, participando efetivamente do trabalho pedagógico. TIPOS DE APRENDIZAGEM: informal e formal É planejada, intencional e dirigida; Resulta de reflexão e sistematização mental de atividades práticas, que serão novamente aplicadas e utilizadas com maior significação; CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM ESCOLAR É influenciada por fatores psicológico, biológico, intelectual, produtivo, cultural, político, econômico e social; Apresenta conteúdos e ações mentais organizados sob critérios lógicos e psicológicos, respeitando a maturidade e desenvolvimento humano. CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM ESCOLAR Ensino e aprendizagem são inerentes ao processo educativo: são aspectos distintos, mas interdependentes. A relação entre estas dimensões é ativa, permanente e progressiva. É uma relação ativa porque há reciprocidade de aprendizado entre professor e aluno. O professor é responsável pela unidade didática entre ensino e aprendizagem, porque cabe a ele planejar, direcionar e avaliar a ação pedagógica. (CASTRO; CARVALHO, 2002) • O ideal de toda a Didática sempre foi que o ensino produzisse uma transformação no aprendiz, que este, graças ao aprendido, se tornasse diferente, melhor, mais capaz, mais sábio. (CASTRO; CARVALHO, 2002) • O verbo ENSINAR é tanto transitivo direto (ensino o quê?) como indireto (para quem ensino?). • O conhecimento escolar não se confunde com informações ou conteúdos programáticos, mas implica no próprio processo de sua construção pelos alunos. (CASTRO; CARVALHO, 2002) • Nesta perspectiva, o ensinar transforma-se em incentivar, instigar, provocar, talvez desafiar. (CASTRO; CARVALHO, 2002) Quando as situações didáticas não dão espaço para que o sujeito construa sua inteligência elas ignoram seu potencial para desenvolver as condições de aprendizagem futuras. Não basta reconhecer as dificuldades de aprendizagem das crianças e adolescentes que não atingiram os níveis esperados em determinadas atividades; é necessário que os professores reconheçam a sua função de elevar progressivamente esses níveis. • Na verdade, ensinar é sempre desafiar o interlocutor a pensar sobre algo.
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