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semana 1 - didática

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Introdução
A didática está presente na vida de qualquer professor: estratégias de sala de aula, formação teórico-prática, metodologias, posturas e atividades diversificadas. Esses e tantos outros fatores importantes constituem o fazer pedagógico e desenham os caminhos do conhecimento, que procura realizar a mediação entre as teorias educacionais e as práticas em sala de aula
A trajetória histórica da didática: pressupostos teóricos, filosóficos e sociais
Não é incomum ouvirmos, quando o assunto é escola ou educação, falas como “esse professor sabe muito, mas não sabe ensinar”, ou “essa professora não tem didática”, ou ainda “a didática desse professor é muito ruim”. 
A palavra didática surge do grego didaktiké com o abrangente significado de “a arte de ensinar tudo a todos”
➥ Empregado pela primeira vez por Ratke, em 1629, e por Comenius, em 1657. 
Comenius escreveu diversas obras como a Didática Magna uma das mais importantes escritas do cenário educacional mundial.
➥ trouxe a prática do ensinar-aprender como pauta fundamental.
➥ Imaginou ter descoberto um método eficaz para se chegar a aprendizagem, de modo ágil e prazeroso.
Semana 1 /Resumo
No século XVIII, surgiu outro importante expoente que trouxe conhecimentos revolucionários para a didática: Rousseau. 
➥ Sua obra apresenta algo que se tornaria fundamental para compreender melhor os processos de ensino-aprendizagem: um novo e inovador conceito de infância. 
Rousseau surgiu como um continuador das ideias acerca da didática no entanto deu um passo além
➥ coloca em evidência a condição do ser criança. 
Ao entender o conceito e o histórico da didática, é imprescindível considerar os aspectos políticos, sociais e culturais, bem como as percepções e construções de alguns pensadores e pensadoras a respeito desse conceito em diferentes momentos da história. 
➥ Pestalozzi (1826), em seus escritos e na sua atuação, deu dimensões sociais à problemática educacional. 
➥ O aspecto metodológico da didática encontra-se sobretudo em princípios, e não em regras, transportando-se o foco de atenção às condições para o desenvolvimento harmônico do aluno.
➥ Candau sugere que a didática deve ser compreendida como uma reflexão sistemática em busca de alternativas para os problemas da prática pedagógica.
A didática é considerada uma ciência que estuda os saberes necessários à prática docente e é um dos principais instrumentos para a formação do professor? É nela que os docentes se baseiam para adquirir os ensinamentos necessários à prática. A didática, como importante área da pedagogia, procura pesquisar e estudar o fenômeno do “como ensinar”. 
➥ensinar, 
➥instruir, 
➥fazer aprender 
Uma a reflexão sistemática sobre o processo de ensino-aprendizagem que acontece na escola (na aula), buscando alternativas para os problemas da prática pedagógica — portanto, tentativas de aproximação ao sentido da didática. 
O processo de reflexão sistemática visa ao estudo das teorias de ensino e de aprendizagem associadas ao processo educativo realizado no contexto escolar (escola e sala de aula)
➥ busca de alternativas da teoria e da prática. 
➥ O ensino-aprendizagem, atua em três dimensões: 
➥ a humana, 
➥ a político-social e a 
➥ técnica. 
➥ A didática é vista como uma ação de ensinar que está ligada a diversos padrões, incluindo relações entre:
➥ os mais velhos e os mais jovens;
➥ na família;
➥ demais espaços sociais e públicos.
Didática é a disciplina que busca compreender o processo de ensino em suas múltiplas determinações, para intervir nele e reorientá-lo na direção política almejada. 
➥ Portanto, a didática recebe influências dos direcionamentos políticos, mas tem o poder de atuar sobre eles. 
➥ A didática descreve as modalidades do trabalho pedagógico sobre e com o saber. 
➥ Esse trabalho transforma um objeto-saber a ser ensinado em um objeto de ensino. 
Encontramos na história da educação períodos históricos nos quais emergiram novas tendências educacionais, que foram se sustentando e se materializando como importantes correntes didático-pedagógicas. Destacam-se:
➥ pedagogia tradicional, 
➥ a pedagogia renovada, 
➥ a pedagogia tecnicista e a 
➥ pedagogia crítica. 
Nessa perspectiva, para pensarmos as novas práticas educativas e para vislumbrarmos as novas possibilidades didático-pedagógicas, é fundamental que façamos um paralelo da didática com essas teorias. 
➥ as diferentes concepções e os períodos históricos nos ajuda a perceber os processos de mudanças e transformações, bem como todos os atravessadores que influenciaram — e influenciam — a educação e a didática. 
➥ problematizar todas essas teorias de modo a refletir sobre a necessidade de diálogo entre elas. E a possibilidade de visualizar as tantas oportunidades de apoio e intervenção ao sujeito no processo de ensino-aprendizagem, inclusive às crianças.
A didática é o principal ramo de estudos da Pedagogia. Investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino. Segundo essa ideia, a ela cabe converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, estabelecendo os vínculos entre o ensino e a aprendizagem. 
O processo histórico da didática no Brasil
A partir da década de 1980 e mais enfaticamente nos anos 1990, foi iniciada uma nova fase na educação. 
➥ a urgência em interpretar e compreender a dinâmica de ensino-aprendizagem em sua vasta dimensão, integrando ainda os seguintes aspectos: técnico, humano e político. 
➥Esse movimento teve estreita relação com a modificação da perspectiva nos estudos sobre o currículo (especialmente nos Estados Unidos e na Europa). 
O currículo, constitui um dispositivo em que se concentram as relações entre a sociedade e a escola, assim como entre os saberes, as práticas socialmente construídas e os conhecimentos escolares. Podemos dizer que os primeiros constituem as origens dos segundos. Em outras palavras, os conhecimentos escolares provêm de saberes e de conhecimentos socialmente produzidos nos diversos espaços de referência do currículo. 
Desse modo, é de máxima importância que você compreenda o processo ocorrido na segunda metade do século XX, que reflete na prática de ensino dos docentes até os dias atuais. Entre 1960 e 1970, eram sinônimos de qualidade na prática de ensino:
➥ abordagem tecnicista; � 
➥ construção de planejamentos rígidos;
➥ domínio de sala de aula; � 
➥ enorme valorização das técnicas; � 
➥ valorização enfática nos recursos didáticos, etc.
Em 1980, ocorreu o grande marco no desenvolvimento da didática:
➥ Encontro de Didática e Prática de Ensino – ENDIPE; � 
➥ enorme produção acadêmica; 
➥ professores discutindo a sua própria prática; �
➥ o aluno é visto como um ser historicamente concebido, etc. 
De 1990 até os dias atuais, o processo didático e a prática de ensino-aprendizagem se fortalecem: � 
➥ a didática passa a ser tema de interesse de grandes pesquisas; 
➥ busca-se a compreensão do cotidiano e do fazer pedagógico;
➥ o professor é visto como agente reflexivo, pesquisador e transformador; � 
➥ a didática é assumida como disciplina prática, etc.
➥ busca a compreensão, a análise e o entendimento dos fatos associados ao campo dos conhecimentos pedagógicos. Assim, no decorrer da história, vai-se ampliando e transformando.
Principais marcos históricos que foram fundamentais na constituição da didática
A didática se manifesta nas práticas sociais de várias maneiras: enquanto disciplina, enquanto campo do conhecimento, enquanto ação humana, enquanto organização institucional.
➥ é desenvolvida em cursos de graduação, licenciaturas e cursos de formação de professores, de modo a oferecer as ferramentas teórico-práticas necessárias para que o futuro docente possa lecionar em sala de aula.
➥ Enquanto área do conhecimento, aponta os grupos que pesquisam a didática e constroem saberes específicos nessa área. 
➥ Como ação humana, expressa a preocupação dos seres humanos em preparar o ensino, organizaras aulas, escolher as metodologias próprias para ensinar determinado conteúdo. 
➥ Como organização institucional, busca técnicas e metodologias que organizem os processos institucionais de ensino-aprendizagem, para que estes favoreçam o processo de construção do conhecimento.
Os principais marcos históricos que foram fundamentais na constituição da didática,
➥ partir do século XII que surgiram os primeiros tratados sistemáticos sobre os processos de ensinar e aprender. São exemplos marcantes,
➥ Eruditio didascalia, de Hugo de San Victor, no século XII; � 
➥ De disciplinis, de Juan Luis Vives, no século XVI; � 
➥ Aporiam didactici principio, de Wolfgang Ratke, no século XVII.
Contudo, é preciso reafirmar que nenhuma delas apresenta tanta notoriedade e grandiosidade como a Didáctica Magna, de João Amós Comenius, publicada em 1657. Tanta repercussão possivelmente se deve pela complexidade e pela audácia da proposta, apresentada ali como o tratado que propunha ensinar tudo a todos.
➥ traça reflexões sobre a divisão social do trabalho, que vai se tornando forte característica de seu tempo. Para ele, foram quatro as modalidades de escolas: a escola do regaço materno, a escola da língua nacional, a escola latina e a academia ou universidade. 
Outro marco histórico na constituição da didática refere-se às teorizações de Rousseau. O pensador ajudou a desenhar o caminho da didática de modo marcante, apresentando algo que influenciaria todos os estudos subsequentes. A valorização da infância por ele defendida está carregada de consequências para a pesquisa e a ação pedagógicas.
Enquanto Comenius, ao seguir as "pegadas da natureza", pensava em "domar as paixões das crianças", Rousseau partiu da premissa da bondade natural do homem, corrompido pela sociedade. 
➥ É em sua obra O Contrato Social que ele discute a reforma da sociedade, tão necessária quanto a reforma da educação. Foi por essa vertente de seu pensamento que participou da renovação ideológica que precedeu à Revolução Francesa. 
Foram muitos os marcos históricos que contribuíram para que a didática evoluísse e chegasse onde chegou. Destacam-se os seguintes nomes:
Jean Jacques Rousseau (1712–1778) foi um pensador que procurou interpretar essas aspirações, propondo uma concepção nova do ensino, com base nas necessidades e nos interesses imediatos da criança. � 
Henrique Pestalozzi (1746–1827) deu grande importância ao ensino como meio de educação e desenvolvimento das capacidades humanas. � 
Johann Friedrich Herbart (1766–1841) foi um pedagogo alemão com grande influência e relevância na didática e na prática docente. Para ele, o fim da educação é a moralidade; a instrução é introduzir ideias corretas na mente do homem
A. Diesterweg (1790–1866), um didata alemão, estudou e pesquisou sobre o desenvolvimento do professor. �
John Dewey (1859–1952) foi um destacado representante de uma das tendências do pragmatismo didático. Na didática, a sua maior contribuição está no ensino laboral e na relação do ensino com a vida. � 
Paulo Freire (1921–1997) é sem dúvida um dos maiores pedagogos do século XX. Como aconteceu em outras épocas, grandes pedagogos se converterem também em grades didatas — ou ainda, grandes didatas se tornaram grandes pedagogos.
Enfim, é preciso ressaltar que a didática, desde a sua origem, como qualquer outra ciência particular, estuda e pesquisa o seu próprio objeto e, dentro dele, o campo de ação. 
No decorrer da história, muitos foram os estudos e as pesquisas que se instituíram como marcos evolutivos e contribuíram para a ampliação, renovação e o alcance dos processos didáticos, bem como das transformações da educação. 
Mudanças e avanços da didática na atualidade
Com a redemocratização do Brasil, passou a ser necessária uma formação diferenciada do corpo docente. Portanto, passou-se a buscar a formação política do professor, percebendo a educação como ato político e social. Nesse novo cenário da educação e da didática, o professor passou a ser visto como agente intelectual transformador, cujo trabalho deveria ser orientado por determinada ética valorativa e cuja a prática precisaria ser abrangente e eficaz. 
➥ São características dos novos tempos o ensino-aprendizagem e a prática educativa vistos como prática social; nesses aspectos, a didática precisa se reinventar e propor novos alcances, novas propostas e novos vieses. 
➥ Em um novo cenário, a didática é convocada a debater a formação dos professores, com questões que giram em torno da discussão sobre como se ensina a ensinar, ou mesmo sobre quais são os saberes necessários ao exercício da docência
A educação foi ganhando forças, e a pedagogia foi se sustentando como ciência particular, desvinculando-se aos poucos da filosofia e da teologia e se reafirmando no cenário educacional. 
➥ As histórias da pedagogia e da didática se misturam no tempo. 
➥ Hoje, no processo educacional, o professor não é mais o eixo da ação educativa, como se pensava anos atrás.
➥ o educando na contemporaneidade como ser ativo, procedente das experiências vivenciadas em seus múltiplos aspectos de conhecimento, tornando-se assim o centro da prática pedagógica. Ao professor cabe o papel de mediar a cultura elaborada. 
➥ O ensino-aprendizagem é uma atividade dinâmica e criativa, um acontecimento eminente, interpessoal e social, 
Na perspectiva de pensar os processos inovadores da didática na atualidade, emerge uma proposta que tem se firmado cada vez mais como transformadora e eficaz junto à prática docente e à construção do conhecimento: são as metodologias ativas.
➥ se configuram como uma inovadora prática docente, a qual consiste em um processo amplo que possui como principal característica a inserção do estudante como agente principal e responsável pela sua aprendizagem.
 ➥ as metodologias ativas surgem como proposta para focar o processo de ensino-aprendizagem na busca da participação ativa de todos os envolvidos, centrados na realidade em que estão inseridos. O estudante torna-se protagonista no processo de construção de seu conhecimento, sendo responsável por sua trajetória e pelo alcance de seus objetivos. Assim, ele deve ser capaz de autogerenciar e autogovernar o seu processo de formação.
Os avanços na área da didática têm contribuído muito para a transformação do currículo escolar. Este, por sua vez, para ser eficaz e ter qualidade, deve possibilitar a formação continuada dos professores, perceber o aluno como principal agente no processo de aprendizagem e fazer uso inteligente das novas tecnologias. Além disso, deve estimular a utilização de metodologias que sejam significativas e que alcancem os diferentes tipos de alunos, de modo a proporcionar a participação destes como sujeitos do processo educativo.
➥ é preciso criar situações de aprendizagem em que o aluno construa autonomia e motivação na sua utilização. Finalmente, para que isso seja possível, é necessário um planejamento de ensino que una os profissionais da educação nesse processo (professores, coordenadores, agentes educacionais, diretores), ou seja, um trabalho em equipe. Assim se compreendem as novas propostas didáticas e se constrói uma educação para os novos tempos.
A didática é uma disciplina obrigatória no currículo dos cursos de licenciatura no Brasil desde o início do século XX — um marco para os processos de formação de professores e para a educação brasileira. A disciplina de didática investiga, de acordo com Libâneo (1992), os fundamentos, as condições e os modos de realização da instrução e do ensino. 
O ensino visto numa perspectiva pedagógica tradicional, que ensinar segue um processo que envolve três elementos:
➥ os assuntos que envolvem o ensino para a área da educação são muito pertinentes.
Qual é a relação existente entre o preparo técnico do professor para que ensine de forma mais eficiente? 
Quais as técnicas (didática) mais adequadas para ensinar determinados objetos de conhecimentos? 
Como são eleitos os conteúdos que serão ensinados (currículo)? 
O ensino que estásendo proposto tem gerado aprendizagem?
➥ É importante destacar que considerar o ensino como algo dissociado do aprender — e da aprendizagem em si — remonta aos primórdios do surgimento da didática, identificada como a “arte de ensinar”.
Introdução
O ensino e a aprendizagem exercem papéis centrais na didática. Eles fornecem subsídios para que o professor possa atuar em sala de aula e preparar os seus alunos para viverem numa sociedade balizada pelo aprender — não só na escola e durante a infância, mas em todos os campos sociais e ao longo de toda a vida.
➥ o processo de ensino e aprendizagem à luz dos quatro pilares da educação da UNESCO, como caminhos a serem seguidos na educação dos países membros da Organização das Nações Unidas. 
O conceito de ensino
O ensino e a aprendizagem são tão antigos quanto a própria humanidade
➥ Ideia de ensinar, ou seja, da ação de transmitir ao outro esses saberes.
➥ a primeira característica importante sobre o ensino: ele é realizado por alguém que tem o conhecimento. Essa pessoa, partindo de um objeto que deseja ensinar, vai transmitir o que sabe a alguém.
O conceito etimológico, ensinar (do latim signare) é ‘colocar dentro, gravar no espírito’. 
➥De acordo com esse conceito, ensinar é gravar ideias na cabeça do aluno. 
➥ o método de ensino é o de marcar e tomar a lição”
Ensino
Objeto de conhecimento
Aquele que ensina (professor)
Aqueles que recebem os ensinamentos (alunos)
Nós ousamos prometer uma didática magna, ou seja, uma arte universal de ensinar tudo a todos: de ensinar de modo certo, para obter resultados, de ensinar de modo fácil [...] de ensinar de modo sólido, não superficialmente, de qualquer maneira, massa para conduzir à verdadeira cultura, aos bons costumes [...] (COMENIUS, 1976, p. 13).
Semana 1 /Resumo
É claro que a forma como o ensino é entendido fará com que as ações do professor levem à finalidade de ensinar. 
➥ com o passar dos séculos tendências pedagógicas (e até mesmo psicológicas) que emergem, possibilita ao docente se posicionar e optar por aquelas com as quais mais se identifica.
➥ o ensino, em geral, centra-se na reprodução do conhecimento já produzido
As transformações ocorridas na didática e as ênfases que recaem sobre o ensinar.
Tendências pedagógicas liberais tradicionais, 
 ➥ como o único detentor do conhecimento.
➥ transmitir os conteúdos a serem ensinados, também por considerar que os alunos não possuem conhecimento algum sobre eles. 
➥ recebem o ensino de forma passiva, memorizando informações e não interagindo entre si ou com o docente. Nessa visão pedagógica tradicional, ensinar é transmitir conhecimentos.
 Tendência pedagógica progressista
 ➥ envolver outros elementos no processo.
➥ vivências e experiências do aluno sobre os conteúdos abordados, bem como a problematização das realidades sociais nas quais ele se encontra envolvido.
➥ ensino possa ser visto como uma relação horizontal entre o professor e os alunos,
➥ ambos podem ter conhecimento e aprender juntos.
É conveniente destacar ainda que o movimento da Escola Nova, que despontou no Brasil na década de 1930, propõe algumas modificações interessantes em relação ao ensino, deslocando-o da visão pedagógica tradicional,
Ênfase no ensino
Ênfase na aprendizagem
Transmissão de conhecimentos
Atividades para pensar e refletir
reforços para agir 
comportamentos
Desenvolvimento de competências 
Com a Escola Nova, o eixo da questão pedagógica passa do intelecto (ensino tradicional), para o sentimento; do aspecto lógico, para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para os métodos ou processos pedagógicos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; do diretivismo para o não-diretivismo; da quantidade para a qualidade; de uma pedagogia de inspiração filosófica centrada na ciência da lógica para uma pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente na Biologia e na Psicologia.
Como podemos perceber, as formas como o ensino é entendido pertencem a cada época histórica e seus acontecimentos. 
Assim, a escola também se modifica e apresenta novas maneiras de desenvolver os seus processos de ensino e aprendizagem, visando dar conta de um mundo em constante transformação. 
É importante perceber que as teorias produzidas por outras áreas das ciências, como a psicologia, a filosofia e a sociologia, repercutem na pedagogia 
➥ incorpora novos conceitos sobre as maneiras como se deve ensinar e aprender, modificando as condutas docentes.
➥ contribuições da psicologia sobre o entendimento do ensino é a definição de aprendizagem.
➥ da corrente conhecida como behaviorismo, entre eles Skinner, Pavlov e Watson, altera a compreensão do ensino em que o professor era considerado o centro do processo, passando à percepção de outros elementos, como a experiência ou o condicionamento.
➥ por Jean Piaget, com a sua epistemologia genética, propõem a ideia de que “[...] o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas”
➥ Da mesma maneira, as teorias de Vygotsky (1977) a respeito do processo sócio-histórico e cultural e da aprendizagem contribuem de forma significativa para os conceitos de ensino e aprendizagem [...] a aprendizagem não é em si mesma desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário e universal para que se desenvolvam na criança essas características humanas não naturais.
➥ as ideias da área da psicologia contribuem para que a pedagogia se renove e passe a entender o ensino a partir de outras lentes.
O conceito de aprendizagem
O caráter originário do ensinar, que enfatiza as ações iniciais da didática, traduzido como o ato de repassar a alguém os conhecimentos produzidos pela humanidade em todas as suas esferas: cultural, científica, religiosa ou até mesmo do senso comum.
➥ o ensinar associado direta e exclusivamente com a figura do professor; 
➥ já o aprender relacionado com o aluno (alvo das técnicas de ensino), 
➥ devendo apropriar-se dos conhecimentos propostos. 
Em outras palavras, aprende-se alguma coisa quando aquilo que foi ensinado a partir de alguém é de fato apreendido e compreendido pelo aluno ou aprendiz. 
Existem três tipos de aprendizagem:
➥ aprendizagem motora ou motriz; � 
➥ aprendizagem cognitiva; � 
➥ aprendizagem afetiva ou emocional.
Aprendizagem motriz 
➥ desenvolvimento das habilidades motoras necessárias para a vida, como andar, correr, dirigir, falar, escrever, etc. 
Aprendizagem cognitiva 
➥ baseia-se no aprender, assimilar e interpretar todas as informações e os conhecimentos recebidos. 
Aprendizagem afetiva, 
➥ envolve os sentimentos e as emoções que existem e fazem parte dos processos de ensino e aprendizagem. 
O aprender, segundo as concepções pedagógicas e psicológicas que circulam na atualidade, envolve aspectos que fogem do ambiente escolar. 
➥ a partir da realidade social que os alunos vivenciam, da sua estrutura de vida, da classe social que ocupam, tanto poderão ter maior dificuldade em aprender quanto ser mais favorecidos. 
O ambiente familiar no qual a criança passa a viver a sua infância e a sua escolarização inicial também afeta a maneira como aprende. 
➥ Pais ou responsáveis que se preocupam com um ambiente harmônico, não violento e pautado no diálogo, por exemplo, produzem melhores condições psicológicas para que essa criança possa aprender em casa e na escola.
➥ crianças que vivenciaram ambientes familiares agressivos e violentos tendem a ter maiores dificuldades no aprender. 
Os aspectos culturais — e até mesmo étnicos
➥ envolvem as experiências e vivências nos grupos sociais que as crianças participam desde o seu nascimento 
➥ serão importantes para que possam desenvolvera sua visão de mundo e valorizar ou não o aprender escolar.
A didática utilizada pelo professor e os estímulos que este adota para ensinar vão motivar e interferir diretamente na aprendizagem de seus alunos. 
Podemos admitir uma relação muito estreita entre a motivação para aprender ou o interesse pela aprendizagem com a maneira como o professor procura planejar e desenvolver as suas aulas.
Essas aprendizagens ocorrem simultaneamente, de forma interdependente e que inúmeros outros fatores intervêm na aprendizagem de nossos alunos no interior da escola,
Realidade social
Nutrição
Ambiente escolar
Estímulos recebidos 
Didática do Professor
Aspectos Culturais
➥ há outras situações, além das didáticas, que poderão proporcionar a aprendizagem e aponta algo muito importante, que atesta que algo foi aprendido: a mudança de comportamento. 
➥ se algum conteúdo ou conhecimento foi aprendido pelos seus alunos, também precisará pensar em um formato de avaliação que permita visualizar se o comportamento anterior se alterou ou não.
[...] aprendizagem não é somente um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. As informações são importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de se tornarem significativos para a vida das pessoas (PILETTI, 2010, p. 29). 
➥ É nesse processamento que se encontram as capacidades individuais e as questões afetivas e motoras existentes naquele que aprende.
➥ vivemos numa sociedade que se encontra com grande profusão de informações advindas do universo digital e que contribui para que o seu conceito se reconfigure.
➥ que é possível aprender de forma autônoma a partir da internet
➥ possibilidades de aprendizagem que surgiram a partir da globalização e das novas formas de comunicação também modificam o papel do professor nas instituições de ensino: é visto agora como mediador do conhecimento. 
➥ [...] precisamos de mediadores, de pessoas que saibam escolher o que é mais importante para cada um de nós em todas as áreas da nossa vida, que garimpem o essencial, que nos orientem sobre as suas consequências, que traduzam os dados técnicos em linguagem acessível e contextualizada.(Moran, 1997, p. 151)
As novas associações que falam da aprendizagem
➥ a aprendizagem via internet, por meio da intertextualidade proposta pelos hipertextos, com suas camadas de informações sobrepostas e complementares, produz um novo modo de aprender, mais dinâmico e instável. 
➥ esse conceito é visto como algo novo
➥ professor pode ser visto como o agricultor, que prepara a terra, aduba e a irriga; porém, a germinação, o desenvolvimento das plantas e o sucesso na colheita dependem também das sementes que foram plantadas.
Os quatro pilares da educação e o ensino e a aprendizagem
Os aspectos relacionados ao ensino e à aprendizagem têm um destaque nos aspectos relacionados a uma sociedade que passa de pautada na informação para aprendente.
➥ ao analisar que, com a universalização da internet e das tecnologias da informação e comunicação, que caracterizam a chamada sociedade da informação.
➥ a sociedade aprendente surgiu nos ambientes organizacionais e, posteriormente, deslocou-se para as escolas, que mudaram as suas ênfases também para a aprendizagem.
➥ alguns fatores econômicos, políticos e sociais contribuem para essa mudança de ênfase.
➥ aprender ganha destaque e a aprendizagem passa a ser entendida como algo que deva ser realizado pela vida toda.
[...] o indivíduo deve dispor de todos os elementos de uma educação básica de qualidade; melhor ainda, é desejável que a escola venha a incrementar, cada vez mais, o gosto e prazer de aprender, a capacidade de aprender a aprender, além da curiosidade intelectual 
Os quatro pilares da educação e como se articulam com as questões do processo de ensino e aprendizagem, conforme apresentado no documento da UNESCO
	➥ ao abordar os quatro pilares da educação propostos no relatório da UNESCO, as questões relacionadas à educação escolar em nível global são cada vez mais importantes.
	➥ a partir delas, será possível a construção de um projeto de sociedade capaz de viver em harmonia e enfrentar os seus problemas, as desigualdades e os conflitos de forma sustentável. 
Para um aluno/cidadão que:
➥ tenha capacidades ou competências profissionais 
➥ que entenda a importância do convívio com os seus semelhantes.
➥ possua conhecimento cultural produzido pela sociedade que o capacite a viver e projetar novos estudos 
➥ e entender que a educação será a sua acompanhante durante toda a vida.
Preocupada em propor condições universais para equilibrar as questões que envolvem a educação da população global, a UNESCO — braço da Organização das Nações Unidas (ONU) relativo aos cuidados com a educação — lançou, em 1996, o Relatório da Comissão Internacional da Educação para o Século XXI, intitulado Um Tesouro a Descobrir. 
Esse documento aponta os quatro pilares sobre os quais a educação deverá se pauta. Esses pilares vão se relacionar diretamente às questões que envolvem o ensino e principalmente aquilo que deve ser aprendido nas escolas dos sistemas de ensino das nações que fazem parte da ONU.
A sociedade torna-se mais dinâmica e suscetível a mudanças, e para que se alcance o objetivo de um mundo sustentável no futuro, “[...] é imperativo impor o conceito de educação ao longo da vida com suas vantagens de flexibilidade, diversidade e acessibilidade no tempo e no espaço” 
	 ➥ a busca pelo aprender está sendo enfatizada e reforçada, e o relatório propõe ainda que essa educação e essas aprendizagens ocorram não somente durante a vida escolar, mas por toda a extensão da vida, de forma permanente.
Aprender a conhecer: é necessário que os indivíduos tenham acesso e aprendam sobre determinada cultura geral, sobre uma base cultural relacionada a tudo o que foi desenvolvido nos aspectos científicos. Esses conhecimentos devem ser suficientemente amplos, fornecendo capacidade intelectual e permitindo que essas pessoas possam ter condições de selecionar os que mais lhe interessar e, assim, planejar seus estudos no decorrer da vida. Aqui percebemos que a escolarização inicial é de importância fundamental, pois pelo sucesso no alcance de seus objetivos educacionais, estará proporcionando que os seus alunos adquiram essa base de conhecimentos que darão suporte às suas aprendizagens posteriores. Aqui cabe ressaltar que vivemos na atualidade a emergência de uma Base Nacional Comum Curricular, construída a partir de um esforço do Ministério da Educação e com a participação popular, que propõe um nivelamento de conteúdos a serem adquiridos por todos os que frequentam as escolas brasileiras.
Aprender a fazer: esse item refere-se especificamente à aquisição de uma profissão, a aprender competências que qualifiquem o indivíduo para as imprevisibilidades do mercado de trabalho. Propõe-se ainda a desenvolver, dentro da escola, o trabalho em equipe, por meio de processos de ensino e aprendizagem que simulem, testem e aproximem a escola dos ambientes de trabalho encontrados pelos estudantes ao se tornarem trabalhadores. Percebemos esse pilar no interior de muitas escolas que procuram projetar situações empresariais aos alunos e desenvolver as suas competências para exercer algumas atribuições específicas. Da mesma maneira, as dinâmicas de trabalhos em equipe e grupos, o desenvolvimento de lideranças, o empreendedorismo e as habilidades voltadas para a comunicação, inteligência emocional e relacionamento interpessoal, tão valorizadas no mercado de trabalho, têm feito parte importante dos projetos educacionais atuais em muitas das escolas de nosso sistema de ensino.
Aprender a conviver: esse pilar vai destacar o quanto o respeito pelo outro é necessário e deve ser constante nos processos de ensino e aprendizagem da escola. Propõe que se conheçam a história, as tradições e até mesmo as questões espirituais que fazem parte da vida dos diversos grupos culturais que convivem na sociedade. Visa-se assim uma convivência social menos conflituosa.Podemos entender, a partir desse pilar, como os temas que envolvem o multiculturalismo, a diversidade e a própria inclusão escolar vão fazendo parte dos projetos de trabalho realizados nas escolas na última década, buscando construir uma sociedade mais tolerante e pacífica.
Aprender a ser: esse pilar reforça os compromissos individuais que possuímos em nos tornarmos melhores, no desenvolvimento pleno de nossas capacidades, visando o benefício da coletividade. Aqui são apontadas algumas das capacidades necessárias: “[...] a memória, o raciocínio, a imaginação, as capacidades físicas, o sentido estético, a facilidade de comunicar-se com os outros” (UNESCO, 2010, p. 14). Também aponta a necessidade de autoconhecimento. Partindo desse pilar, ao frequentar a escola, os alunos devem conseguir expandir ao máximo as suas habilidades ou os seus talentos, como refere o documento, pois assim também estarão contribuindo para uma sociedade melhor no futuro.

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