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Educação Inclusiva e Direitos das Pessoas com Deficiência

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
MARCIA MAELK BARRETO LOPES - RU 1069246
PORTFÓLIO
UTA A 2018
MÓDULO A – FASE I
SANTA IZABEL-PA
2018
DIÁRIO DE CAMPO- ESCOLA INCLUSIVA
A trajetória do indivíduo com deficiência é marcada por preconceitos e lutas em favor do direito à cidadania, de acordo com cada cultura dentro das sociedades. Segundo Bergamo, 2010 foram no século xx que houve a obrigatoriedade da expansão da escolarização, mas somente em 1970 que foi posto o fim a prática de exclusão ao deficiente, com o movimento INTEGRAÇÃO.
A escola visitada foi o EMEIF- Fernanda Guilhan, conforme analise dos documentos e conversa com a direção, a filosofia educacional pauta-se no objetivo maior que é “Educar para a Convivência”, proporcionar ao educando com necessidades educacionais especiais, sua formação como cidadão, promovendo sua independência física, emocional e intelectual.
Existem na escola as leis, mas faltam intervenções que tragam para o cotidiano escolar outro olhar para a pessoa com necessidades educacionais especiais que sejam vistos não como incapaz e sim como ser humano com especificidades, proporcionando a superação das dificuldades, relacionada aos aspectos específicos. Nas áreas de seu desenvolvimento global, reconhecer o processo educacional como parte fundamental da evolução da pessoa com necessidades especiais.
De acordo com a lei 7.853/89, 10.048 e 10.098/00, CF: Para possibilitar o acesso de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, toda a escola deve eliminar suas barreiras arquitetônicas e de comunicação, tendo ou não alunos com deficiência nela matriculados no momento. Nossa constituição Federal garante ainda o direito à igualdade (art.5º e 205) e todos tem o direito à educação, bem como seu preparo para o “exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Portanto, todos têm direito a educação e ao acesso à escola independentemente da sua deficiência ou ausência dela.
O objetivo da escola é garantir a flexibilização curricular e o atendimento pedagógico especializado para atender as necessidades educacionais e seus educandos assim como provisão dos recursos humanos, materiais e tecnológicos como prevê a deliberação n.º 02/03, com este propósito, busca-se assegurar o direito da igualdade com equidade de oportunidades, não no modo igual de educar todos, mas na forma de garantir apoios especializados para que cada um aprenda resguardando suas singularidades.
A escola também procura promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos especiais, em todas as etapas da educação especial, da beneficência e da atuação isolada, para dar lugar a descobertas científicas e as barreiras arquitetônicas, e a importância do fazer, do direito de toda a educação num movimento coletivo contribuindo para a efetivação de uma escola pública, gratuita e de qualidade. Um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais como de garantir a educação formal aos educandos.
A escola tem como objetivo oportunizar o desenvolvimento máximo das potencialidades de seus alunos, integrando as ações pedagógicas por meio de três eixos principais: o educando, a família e a comunidade.
A Constituição de 1988, em seu artigo 6º descreve a educação como um direito social de todo o brasileiro e, no artigo 206, inciso I, defende a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. O artigo 208 garante, no inciso I, o Ensino Fundamental gratuito a todos, independentemente da idade; o inciso III refere-se ao atendimento especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino e o inciso VII faz menção aos programas suplementares, o material didático, entre outras necessidades de apoio. Em seu artigo 203, inciso IV, enumera dentre os objetivos da Assembleia Social, a habilitação das pessoas com deficiência. O artigo 213 garante que os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas.
Outros documentos brasileiros também garantem a igualdade de direitos de todos aos bens e serviços historicamente acumulados e disponíveis na sociedade.
O direito a educação é direito de toda criança, adolescente ou adulto, seja ele qual dificuldade tiver. E a constituição afirma isso, que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. E a educação inclusiva parte dessa intenção, que cada um possa procurar a plenitude do seu existir, para participar ativamente na construção de sua vida pessoal, tendo uma existência feliz e de qualidade.
Obviamente que a inclusão depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais, das suas percepções sobre as diferenças na sala de aula e da sua vontade de lidar, eficazmente, com essas diferenças. A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construção de escolas inclusivas. Se os professores não aceitarem a educação de todos os alunos como parte integrante do seu trabalho, tentarão que alguém (muitas vezes o professor especialista) assuma a responsabilidade pelos alunos.
É claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais não é apenas uma questão de recursos para sala de aula. Importa reconhecer que a organização da escola determina, igualmente, a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE. A organização dos recursos, no seio da escola, deve corresponder ao princípio da flexibilidade. É necessário um apoio flexível dos colegas, do diretor e do professor especializado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERGAMO, Regiane Banzzatto. Educação Especial: Pesquisa e Pratica. Curitiba: ibpex, 2010.
BRASIL, LEI No 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000: Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos.2000.

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