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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE APUCARANA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA RELATÓRIO DE QUÍMICA EQUILÍBRIO QUÍMICO GABRIEL NÉIA DOS REIS ZIELINSKI JOÃO DONIZETE DELFINO JUNIOR LUCAS MEZZOMO FRANCO RAFAEL UEZU WINNER ZAVOLSKI QUEIROZ APUCARANA 2017 GABRIEL NÉIA DOS REIS ZIELINSKI JOÃO DONIZETE DELFINO JUNIOR LUCAS MEZZOMO FRANCO RAFAEL UEZU WINNER ZAVOLSKI QUEIROZ RELATÓRIO DE QUÍMICA EQUILÍBRIO QUÍMICO APUCARANA 2017 Relatório de Química. Equilíbrio Químico. Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná 1. INTRODUÇÃO 1.1. EQUILÍBRIO QUÍMICO De uma forma convencional o equilíbrio químico é o estado em que uma reação química não tem pendor à mudanças de constituição na mistura de reação, ou seja, é o estagio estático da concentração de reagentes e produtos. Reações no equilíbrio Considere uma reação comum com compostos quais quer em proporções quais quer . Uma reação ao atingir o equilíbrio químico tem velocidade de concentrações no sentido da formação de produtos, no caso , e no sentido de volta aos reagentes, no caso e , em regimes iguais. Logo conclui-se que a reação direita e a reação inversa estão ocorrendo e elas estão fazendo isso em mesma velocidade (intensidade). Reversibilidade das Reações Logo quando os produtos são formados eles começam a reagir, produzindo novamente os reagentes. Eventualmente, ao longo do tempo, a reação reagente-produto começa a se estabelecer, como demonstra a figura 1. Figura 1:Estabilidade do equilíbrio na formação de produto-reagentes ao longo do tempo. Todos os equilíbrios químicos são equilíbrios dinâmicos, em relação as suas velocidades de concentração/tempo. Constante de equilíbrio Considerando uma reação regular qual quer como no caso da equação 1. A relação matemática que resume a composição de uma mistura de reação em equilíbrio é descrita como. Para a reação abaixo por exemplo. A relação é descrita como: [ ] [ ] [ ] [ ] Onde é definido como constante de equilíbrio. De modo generativo: [ ] [ ] Assim se tem uma formula que associa as concentrações molares de uma reação com uma constante associada. Proporção de volume-concentração Considere uma solução com concentração e volume , ao diluí-la em um outro volume do mesmo solvente, ou alterar sua concentração para um novo valor , o volume e concentração inicial mantém uma proporção com a concentração e volume final, sendo conservativa, na qual pode ser expressa como: 1.2. TERMODINÂMICA A termodinâmica é o campo da química que analisa o calor (energia) envolvido, ora absorvido, ora produzido, nas reações químicas e quaisquer transformações físicas, tais como a fusão e a ebulição. A termodinâmica se baseia nas seguintes leis naturais: Lei zero: Equilíbrio térmico entre diferentes corpos. A “Lei Zero” estabelece que se dois sistemas estão ao mesmo tempo em equilíbrio térmico com um terceiro sistema, então eles estão em equilíbrio térmico entre si. 1ª lei: Refere-se ao princípio conservação de energia, onde não pode ser produzida ou destruída por um sistema, mas modificada. 2ª lei: Explica como alguns processos podem ocorrer sendo espontâneos ou não. Como a energia pode ser transformada e transmitida para outros lugares, classificamos três tipos diferentes de sistemas que são a base do estudo tratando-se de uma parte específica do universo observado, são eles: Sistema aberto: troca energia e matéria com as vizinhanças. Sistema fechado: troca somente energia com as vizinhanças. Sistema isolado: Não troca energia nem matéria com as vizinhanças. Figura 1: Classificação dos três diferentes tipos de sistema Energia Interna Na termodinâmica a propensão de um sistema realizar trabalho em sua totalidade de energia é sua energia interna, . Não somos capazes de calcular o valor absoluto da energia interna de um sistema, pois inclui a energia dos átomos, de seus elétrons e das partes do núcleo, assim, medidos apenas as variações de energia, . Definimos então como sendo: (5) Onde é o trabalho realizado. Calor Há também a possibilidade de que a energia interna de um sistema possa ser alterada pela troca de calor com a vizinhança. Na termodinâmica, calor é a energia transmitida pela variação de temperatura, . Se a temperatura nas vizinhanças é mais baixa, então ocorrerá um processo exotérmico. Se a temperatura nas vizinhanças é mais alta que no sistema então ocorrerá um processo endotérmico. Transferência de calor a pressão constante A função que descreve a variação de energia à pressão constante é definida como entalpia ou variação de entalpia, descrita como: (6) Onde: é a pressão constante, é a variação de volume e é a energia interna vista anteriormente. Assim com esta definição e a 1ª lei da termodinâmica chegamos a: Para um processo endotérmico, ∆H > 0. Para um processo exotérmico ∆H < 0. 2. OBJETIVOS Visto que o conteúdo teórico é bastante diverso e a intenção é objetivar um relato experimental técnico-cientifico, temos por objetivo estudar por via experimental o equilíbrio químico de reações tendo como finalidade embasar de maneira especifica o conteúdo necessário para compreender o experimento. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Com o objetivo de obter melhores análises e maior compreensão do assunto abordado, os procedimentos e instrumentos utilizados no experimento foram apresentados de forma sucinta e detalhada. Afim de realizar o primeiro experimento da pratica 8, foram colocados 5ml de água em um béquer e alguns cristais de cloro cobaltoso, agitado até a dissolução completa do sal e formação de uma solução cor violeta. O béquer foi colocado dobre um aquecedor e a água evaporada, o sistema foi retirado do aquecimento e pouca água foi adicionada a ele, todas as mudanças observadas foram anotadas. Para a segunda parte da pratica 8 foram separadas duas soluções,1ml de cromato de potássio e 1 ml de dicromato de potássio, e preparadas a partir delas 10 soluções, com a mistura de 1ml das respectivas soluções: 1M, 3M, 1M, , . As alterações causadas pela adição de tais misturas foram anotadas. Para a realização dos experimentos da prática nove, um conjunto de sete tubos de ensaio de mesmo diâmetro e um béquer de 50mL foram utilizados na parte “A” da prática. Inicialmente foram colocados 25mL de água destilada e 10 gotas de Fe(NO3)3 no béquer, observações sobre a mistura foram anotadas, adicionou-se 20 gotas de KNCS ao béquer e foram anotadas observações sobre o ocorrido. A mistura foi distribuída igualmente em sete tubos de ensaio, sendo que uma serviria para referência de análise para as reações que aconteceriam posteriormente, em cada um dos seis tubos restantes foram adicionados e misturados respectivamente as seguintes substâncias: 10 gotas de Fe(NO3)3 1M; 20 gotas de KNCS 1M; uma gota de SnCl2 0,1M; uma gota de AgNO3 0,1M; Na2HPO4 0,1M; uma gota de NH3 1M; foram anotadas observações para cada misturanos tubos. Na parte “B” da prática foram utilizados três tubos de ensaio de mesmo diâmetro, um aquecedor e um pote cheio de gelo, nos três tubos foram colocados de 4 a 5 mL da solução de ferro-tiocianato feita no béquer da parte “A” desta prática, um dos tubos foi colocado em banho-maria para ser aquecido gentilmente, mas sem deixar quem entrasse em ebulição. O tubo quente foi retirado e colocado no banho de gelo junto com o segundo tubo, os três tubos foram comparados, observações foram anotadas sobre as comparações. Para realização da pratica 10 foram utilizadas soluções aquosas de Fe(NO3) 0,2M; KCNS 0,002M; HNO3 1M, 5 balões volumétricos de 50ml, 1 balão volumétrico de 25,0 ml, pipeta de Pasteur de plástico, 2 pipetas graduadas de 10 ml, 2 pipetas graduadas de 5ml, 1 cubeta de vidro, um balão volumétrico de 100ml, 5 tubos de ensaio e um spectometro de bancada. Utilizando o balão volumétrico de 50ml preparou-se soluções com 10ml de Fe(NO3), 0,5ml de HNO3 e os respectivos volumes para KCNS: 25ml, 5ml, 10ml, 5ml e 2,5ml. Utilizando o balão de 25 ml preparou-se uma solução com 24,75ml de Fe(NO3) e 0,25ml de HNO3. A concentração molar dos íons e em cada balão foram medidos e as soluções postas no espectrofotômetro e os dados obtidos foram anotados. A solução 0,2M de Fe(NO3) foi diluída para 0,002M em um balão de 100ml, e a ela foi adicionado 1ml da solução de HNO3 1M e água destilada até o menisco. A partir da nova solução foram criadas 5 novas soluções contendo respectivamente: Fe(NO3) 5ml 9ml 7,5ml 6ml 4ml ; KCNS 5ml 1ml 2,5ml 4ml 6ml ; HNO3 0,1ml 0,1ml 0,1ml e 0,1ml. Os dados foram anotados. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os dados observados durante a prática 8 estão presentes na tabela a seguir. Tabela 1: Perturbação do equilibro de cromato e dicromato de potássio. Tubo Solução a ser adicionada Variação K2CrO4 K2Cr2O7 1 1 ml de 1 M Laranja Cor Enfraqueceu 2 1 ml de 3 M Cor Enfraqueceu Amarelo 3 1 ml de 1 M Cor Enfraqueceu Cor Enfraqueceu 4 1 ml de Cor Enfraqueceu Cor Enfraqueceu 5 1 ml de 1 M Amarelo Claro Turvo Laranja Claro Turvo Quando solvatado, o cloreto cobaltoso apresentava cor violeta, ao aquecer tal solução, ocasiona-se mudança na concentração dos íons, o que acarreta em uma cor mais escura, após a evaporação da água, tal cor torna-se azul, ao absorver alguma água, ela torna-se estrutural e apresenta cor rosa, por fim ao aquecer, a cor volta a tornar-se azul. A mudança de cor observada na tabela 1 se deve ao deslocamento do equilíbrio ocasionado ao acrescentar substâncias com diferentes o que ocasionou no aumento do cromato ou dicromato de potássio. A ionização do cromato de potássio é dado por: A ionização do dicromato de cromato de potássio é dado por: O ácido clorídrico ao ser adicionado no tubo 1 dissocia liberado íons, o que desloca o equilíbrio da reação para direita formando mais dicromato, tornando a solução alaranjada. O hidróxido de sódio ao ser adicionado no tubo 2 dissocia liberado íons, o que desloca o equilíbrio da reação para direita formando mais cromato, tornando a solução amarelada. Ao comparar o resultado obtido no tubo 3 com o do tubo 4, podemos observar uma grande similaridade, que ao analisar o equilíbrio, é explicada pela ausência de reação causada pelos íons adicionados. Analisando o tubo 5, é possível verificar a formação de um sólido ocasionado pela reação A formação desse sólido é responsável por diminuir a concentração de íons presentes na solução, o que enfraquece levemente a sua coloração. As tabelas 2 e 3 apresentam os resultados e as observações referentes à prática 9. Tabela 2: Perturbação de equilíbrio e observações das soluções. Perturbação Observação Reação de Interesse Explicação Adição de 10 gotas de Fe(NO3)3 1M em 25 mL de água destilada. (primeira solução) Não houve mudanças na coloração da água destilada. Houve apenas a dissociação dos íons e, portanto, a solução se manteve translucida. Adição de 20 gotas de KNCS 1M à primeira solução. (segunda solução) A solução tornou-se amarelada. A presença ticionato de ferro torna a solução amarelada. Adição de 10 gotas de Fe(NO3)3 1M à segunda solução. A solução tornou-se Laranja Avermelhada. O íon férrico apresenta cor amarelada, ao deslocar a reação para direita obtém- se uma cor avermelhada. Adição de 20 gotas de KNCS 1M à segunda solução. A solução tornou-se Laranja Amarelada. O íon férrico apresenta cor amarelada, ao deslocar a reação para esquerda obteve-se uma cor alaranjada. Adição de 1 gota de SnCl2 0,1M à segunda solução. A solução tornou-se Amarela esbranquiçada. A reação forma um precipitando a qual torna turva a solução. Adição de 1 gota de AgNO3 0,1M à segunda solução. A solução tornou-se Branca Amarelada. A reação forma um precipitando a qual torna turva a solução. Adição de 1 gota de Na2HPO4 0,1M à segunda solução. A solução ficou mais transparente. Devido à ausência de reação e a inalteração do equilíbrio, houve apenas diluição. Adição de 1 gota de NH3 1M à segunda solução. A solução tornou-se transparente com precipitado laranja. Devido ao deslocamento da reação, houve a formação de precipitado. Tabela 3: Dados da entalpia da reação. Tubo Aquecido Resfriado Reversibilidade 1 A solução tornou- se mais translúcida amarelada Não houve mudanças Não reversível Reação Exotérmica 2 Não foi aquecido Não houve mudanças Não houve reação Não houve reação De acordo com o que foi realizado na prática 10, é possível calcular a concentração de Fe(III) e de em cada balão, a partir da equação (4). Os resultados foram anotados na tabela 4. Tabela 4: Dados da curva de calibração. Ponto [ ] Absorvência ( .) 1 0,001 0,285 2 0,0006 0,162 3 0,0004 0,109 4 0,0002 0,053 Ponto 5 0,0001 0,019 A partir dos valores apresentados na tabela 4 é possível plotar um gráfico e determinar a equação da sua reta de melhor ajuste. Gráfico 1: Absorvência em função da concentração. Ao utilizar a equação gerada através do gráfico 1, é possível calcular a concentração do íon tiocianato e utilizá-la para encontrar a equação de equilíbrio químico como apresentado na tabela a seguir. . Através da equação(3). Os valores calculados para estão apresentados na tabela a seguir. Tabela 5: Soluções para o experimento de . Tubo 1 Balão 4 Balão 5 Fe(NO3)3 0,00200 M 5,0 mL 6,0 mL 4,0 mL KCNS 0,0020 M 5,0 mL 4,0 mL 6,0 mL HNO3 1,0 M 0,1 mL 0,1 mL 0,1 mL Abs (59 ) 0,079 0,069 0,083 [ ]eq 9,9009*10^(-4) 7,92*10^(-4) 1,188*10^(-3) Kf 306,3824 282,709 336 Por meio dos valores obtidos para a constante de equilíbrio é visível uma tendência a formação de produto 5. CONCLUSÃO Através dos experimentos propostos, foi possível observar como variados fatores podem resultar no deslocamento do equilíbrio de uma solução. Fatores que podem ser exemplificados como a adição determinado ácido, base ou sal a uma solução ou a variação de sua temperatura. Concluiu-se também que o deslocamento do equilíbrio pode alterar a solução de diversas formas. Estas alterações podem ser observadas através de uma mudança na coloração, liberação de calor ou surgimento de precipitado. Por fim, foi possível gerar um gráfico analisando os valores de absorvência em determinadas concentrações de Tiocianato de Ferro. Com a equação fornecida pelo gráfico, possibilitou-se o cálculo da concentração do íon tiocianato para posterior uso no cálculo do equilíbrio químico da reação. 6. REFERÊNCIAS ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Bookman. Ed 5. Editora, 2009.