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PROCESSO DE CONHECIMENTO

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13
CLAUDEMIR SOUZA DO SACRAMENTO
JOAO APARECIDO ROCHA
PROCESSO DE CONHECIMENTO
Rondonópolis 
2018
CLAUDEMIR SOUZA DO SACRAMENTO
JOAO APARECIDO ROCHA
PR
OCESSO DE CONHECIMENTO
Rondonópolis
2018
CLAUDEMIR SOUZA DO SACRAMENTO
JOAO APARECIDO ROCHA
PROCESSO DE CONHECIMENTO
Trabalho apresentado à UNIASSELVI de Rondonópolis-MT, Matéria: Tópicos Especiais do Direito I, Direito Processual Civil.
Prof (ª). Titulação Nome do Professor (a)
Rondonópolis, 08 de Junho de 2018
SUMARIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................13
CONCEITO DE PROCESSO DE CONHECIMENTO............................15
2.1 ESTRUTUA DO RITO ORDINARIO......................................................16
2.2 FASE POSTULATÓRIA.........................................................................16
2.3 DA PETIÇÃO INICIAL............................................................................17
2.4 DA TUTELA PROVISÓRIA....................................................................17
2.5 A IMPOCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO...........................................18
2.6 O INDEFERIMENTO DA INICIAL..........................................................20
2.7 DA CITAÇÃO.........................................................................................21
2.8 DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO..............................22
3. DA DEFESA DO RÉU...........................................................................23
3.1 DA IMPUGNAÇÃO................................................................................24
4. DA FASE SANEATÓRIA......................................................................24
5. DA FASE INSTRUTÓRIA.....................................................................24
5.1 ALEGAÇÕES FINAIS............................................................................25
6. DA FASE DECISÓRIA..........................................................................26
6.1 DA SENTENÇA.....................................................................................26
7. BIBLIOGRAFIAS..................................................................................28
 
INTRODUÇÃO
Processo de conhecimento é aquele em que a tutela jurisdicional se exerce a mais genuína das missões: a de dizer o direito (ius dicere), a do poder de julgar. 
A jurisdição é atividade mediante a qual os juízes estatais examinam as pretensões e resolvem os conflitos, e consiste na capacidade que o Estado tem de decidir imperativamente e impor decisões. 
O Estado assumiu a função de pacificar os conflitos de interesses, conferindo ao particular o direito subjetivo de requerer a prestação da tutela jurisdicional no caso concreto. 
A atuação do Estado se dá no processo, que é o instrumento de que se utiliza a parte no exercício do direito de agir para buscar uma resposta do Poder Judiciário que ponha fim ao conflito de interesses instaurado. 
O processo forma uma ligadura entre as partes e se desenrola através da prática de atos processuais, que são relações lógicas de apresentam início, meio e fim. 
2. CONCEITO DE PROCESSO DE CONHECIMENTO
Sendo um instrumento da jurisdição estatal, são traçados por lei vários procedimentos que devem estar de acordo com os valores constitucionais. O procedimento é a sucessão de atos processuais – das partes, do juiz e dos auxiliares da justiça- que representa a forma como o processo se desenvolve. A parte busca uma sentença de mérito voltada ao reconhecimento de um direito, haja vista a existência de um conflito de interesses.
 
O processo de conhecimento é a fase em que ocorre toda a produção de provas, a oitiva das partes e testemunhas, dando conhecimento dos fatos ao juiz responsável, a fim de que este possa aplicar corretamente o direito ao caso concreto, com a prolação da sentença.
 
Tem-se então a cognição da causa pelo juiz e a declaração do direito material aplicável ao caso concreto. O juiz irá conhecer das alegações das partes e das provas produzidas, proferindo uma sentença voltada a compor a lide. A sentença nesse tipo de processo sempre terá uma carga declaratória.
 
O processo de conhecimento apresenta uma subclassificação, tendo em vista natureza do provimento pretendido pelo autor. Pode ser meramente declaratório, condenatório e constitutivo. 
a) Processo meramente declaratório - o objetivo é remover a incerteza reinante acerca da existência ou inexistência de u ma relação jurídica ou ainda quanto à autenticidade ou falsidade de um documento. A Lei 13105/2015, no artigo 19, no inciso I contempla uma ampliação das chamadas ações “meramente declaratórias”, constando que o interesse do autor pode também envolver a declaração “do modo de ser de uma relação jurídica”.
Como se vê, a simples declaração judicial já esgota a finalidade da ação. Normalmente, não será necessária a execução da sentença. 
 
Ex: ação de investigação de paternidade, ação declaratória de nulidade do negócio jurídico por incapacidade absoluta do contratante, ação de usucapião, etc. 
 
b) Processo condenatório - tem-se a declaração do direito material aplicável, mais a aplicação de uma sanção, ou seja, a imposição do cumprimento de uma obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia certa.
A sentença condenatória atribui ao vencedor um título executivo, podendo instaurar-se então a fase de execução na mesma relação processual (e nos próprios autos em que ela foi proferida), caso a obrigação não seja cumprida voluntariamente pelo devedor. 
 
Ex: ação de cobrança, ação de indenização, ação de obrigação de fazer (fornecimento pelo Estado de medicamentos para pessoas carentes) etc. 
 
c) Processo constitutivo - temos a declaração do direito material aplicável mais uma inovação específica no mundo jurídico. A sentença constitutiva presta-se a criar, modificar ou extinguir um estado (da pessoa) ou uma relação jurídica. Essa sentença também não comporta execução ulterior.
Ex: ação de rescisão de contrato, ação de divórcio, ação anulatória de negócio jurídico por vício no consentimento, etc.
OBS: pode-se ter no mesmo processo a cumulação de pedidos, objetivando provimentos de natureza distinta; o autor, por exemplo, pode postular declaração de paternidade (pretensão meramente declaratória), mais a condenação do réu a pagar alimentos (pretensão condenatória).
VERAS, Ney Alves. Manual de Direito Processo Civil. Volume único/ Alexandre Ávalo... [et al.].-Campo Grande: Alexandre Ávalo Santana, 2013.p.373
 2.1 ESTRUTURA DO RITO ORDINÁRIO
No processo de conhecimento há previsão de ritos especiais, próprios para o processamento de certas causas, em razão das peculiaridades da pretensão do autor, previstos na lei 13105/15 dos artigos 539 a 770, sendo o procedimento comum ordinário supletivo em relação aos especiais, aplicável a todas as causas em que a lei não atribui o procedimento especial, observado a seguinte ordem: 
2.2 FASE POSTULATÓRIA
Predominam as atividades das partes, existindo agora previsão da designação, desde logo, de audiência para tentativa de autocomposição, do litígio. Tem-se a exposição da causa pelo autor, que deduz uma pretensão na petição inicial.
 
“Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial.
No procedimento comum, relativo a processos de conhecimento, o juiz faz o controle prévio de admissibilidade da petição inicial e, se esta preencher os requisitos essenciais e não for caso de improcedência liminar do pedido, designará audiência de conciliação ou de mediação, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20(vinte) dias de antecedência. 
 
A Fase Postulatória é aquela em que as partes mais agem. O autor expõe sua causa de pedir e o réu peticiona sua contestação. Também é nessa fase em que há a audiência de conciliação. 
2.3 DA PETIÇÃO INICIAL
Com o ingresso da petição inicial em juízo, considera-se proposta a ação e instaurado o processo art. 312 do CPC/2015. Todavia, a propositura da ação só produz os efeitos quanto ao réu mencionado no art. 240 depois que for validamente citado.
A petição inicial é disciplinada nos arts. 319 a 329 do NCPC, A petição inicial é a peça que faz nascer o processo. Ela serve de veículo para a demanda, que retira o Estado juiz da inércia e provoca o exercício da atividade jurisdicional; traz a formulação da pretensão de uma pessoa em face de outra, para cuja satisfação se requer a intervenção do Poder Judiciário. 
É através da petição inicial que o juiz faz valer o direito no caso concreto, devendo sentenciar ao final resolvendo exatamente a lide através do pedido do autor.
2.4 DA TUTELA PROVISÓRIA
Como o próprio nome sugere, é aquela sempre concedida de forma sumária (não exauriente) e provisória (revogável e modificável). É provisória, porque pode ser revista a qualquer tempo e de ofício. Não é um mero mudar de opinião, mas uma revogação, ou modificação, tendo em vista as alterações fáticas (ex. Não mais o perigo que motivou a decisão da tutela). 
Pode-se dizer que não está o juiz diante da mais absoluta certeza do direito do autor, mas ele se convence da boa aparência do direito, ou de uma situação de evidente de protelação, ou abuso do réu.  
A tutela provisória é possível em todos os tipos de processo: processo de conhecimento (seja ele condenatório, constitutivo, ou desconstitutivo, ou declaratório), podendo ser de urgência art. 300 e de evidencia art. 311 NCPC.
De urgência: há urgência, pois há perigo de perecimento do direito, ou perigo de o processo torna-se inútil se aguardarmos até o final da sentença.
Da evidência: não há urgência, mas há aqui se inverte o ônus da demora, pois a demora processual é algo que afeta o autor e o réu pode se aproveitar disso, protelando o feito. Com a tutela de evidência, o juiz independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, a concederá se, houver abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatória da parte.
2.5 A IMPROCEDENCIA LIMINAR DO PEDIDO
É uma decisão que resolve o mérito da demanda nos casos em que a improcedência pode ser verificada desde já, mesmo antes da citação do réu (ART. 332).
O Juiz independentemente da citação do réu, vai poder julgar liminarmente improcedente o pedido que contrariar; o inciso I não trata somente das Súmulas Vinculantes do STF, mas também de qualquer outra Súmula, tanto do STF como do STJ; o inciso II diz o seguinte: II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos, causas que tem efeitos para além das partes; inciso III: da mesma forma que nos incisos anteriores, a força do direito jurisprudencial; inciso IV trata: o caso sempre que um Tribunal de Justiça Estadual, analisando legislação local do seu Estado, firmar um enunciado de Súmula, firmar um entendimento em um determinado sentido, é fundamental que os Juízes de primeira instância sigam o mesmo entendimento.  
Se for verificado desde logo que houve prescrição ou decadência do direito do autor, o juiz não vai sequer citar o réu e já vai julgar liminarmente improcedente o pedido. Nesse caso, o recurso cabível é o de apelação, recurso que cabe sobre sentenças, então o autor que desejar recorrer, vai poder fazê-lo mediante apelação. 
O réu somente tomará ciência da existência daquele pedido que foi formulado e daquela sentença que resolveu pela improcedência do pedido formulado pelo autor depois da decisão e depois de ter transcorrido o prazo para recurso, se houver recurso, o réu será citado e intimado para que apresente as suas contrarrazões de recurso, se não houver recurso, se o autor se conformar com a decisão proferida pelo Juiz no sentido da sua improcedência liminar, o réu somente será intimado depois do transcurso do prazo, depois que não houver mais um meio de impugnação daquela decisão, depois que já houve coisa julgada. 
Com as razões recursais o juiz se convencer do contrário daquilo que consta em sua decisão de improcedência liminar do pedido, vai poder retratar-se em um prazo de 5 dias, retratando, o Juiz determina o prosseguimento do feito em primeira instância determina a citação do réu para que então o processo possa seguir na primeira instância. 
Não havendo retratação, o que o Juiz deve fazer é determinar a citação do réu para que ele faça as suas contrarrazões ao recurso de apelação apresentado pelo autor, neste caso o réu não é intimado para apresentar contrarrazões, ele é citado porque pela primeira vez, terá contato com aquele processo, por isso que neste caso o parágrafo 4º do artigo 332 fala em citação porque é o primeiro contato que o réu vai ter com aquela demanda, então o primeiro ato de comunicação ao réu deve ser a citação, para que apresente as contrarrazões, e uma vez apresentadas para o Tribunal para exame de admissibilidade do seu exame de Mérito.
2.6 O INDEFERIMENTO DA INICIAL
A petição inicial poderá ser indeferida quando: for inepta, sendo que as hipóteses de inépcia da inicial estão elencadas no §1º, do art. 330 do NCPC; ii) a parte for manifestamente ilegítima; iii) o autor carecer de interesse processual; iv) não observadas às prescrições dos arts. 106 (declaração das informações do advogado quando postular em causa própria) e 321 (preenchimento dos requisitos da petição inicial previstos nos arts. 319 e 320), ambos do NCPC. 
Da decisão de indeferimento da inicial, o autor poderá optar por interpor apelação – hipótese em que terá incidência o art. 331, do NCPC – ou deixar transcorrer o prazo recursal, ocasião em que o réu apenas será intimado sobre o trânsito em julgado (art. 331, § 3º). 
Caso o autor opte pela interposição da apelação, ao juiz será facultado exercer o juízo de retratação sobre o indeferimento da petição inicial no prazo de 05 dias (art. 331, caput). Nessa hipótese, caso o juiz retrate sua decisão, haverá o regular prosseguimento do processo, com a consequente análise de eventuais pedidos de tutelas provisórias ou determinação da citação do réu. 
Se o juiz não exercer o juízo de retratação, deverá determinar a citação do réu para que responda a apelação (art. 331, §1º) e, posteriormente, remeter os autos ao tribunal independentemente de juízo de admissibilidade (art. 1.010, §3º). Reformada a sentença pelo tribunal, prescreve o art. 331, § 2º, que os autos serão remetidos ao juízo de primeiro grau e o prazo para contestação iniciar-se-á: da intimação do retorno dos autos; ou havendo a designação da audiência prevista no art. 334, da data da sua realização (art. 335, inciso I).
2.7 DA CITAÇÃO
Segundo o artigo 238 do Novo Código de Processo Civil (Lei n° 13.105 de 16 de março de 2015): “Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual”. 
Fredie Didier Júnior (2015, p. 607-608), fazendo referência ao novo Código de Processo Civil, ensina que a citação é uma condição de eficácia do processo em relação ao réu e requisito de validade dos atos processuais que lhe seguirem. A sentença proferida em processo que não houve a citação é ato defeituoso, cuja nulidade pode ser decretada a qualquer tempo, mesmo após o prazo da ação rescisória. 
A citação válida é o ato pelo qual se completa a relação processual, convocando assim o réu a integrar o polo passivo da lide, momento em que o mesmo poderá iniciar seu direito ao contraditório e à ampla defesa, direitos fundamentais previstos no art. 5º, inc. LV, da Constituição Federal de 1988. 
Cássio Scarpinella Bueno (2014, p. 416-417) afirmaque a citação é um pressuposto processual de existência do processo, porquanto como ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender, não sendo possível conceber um processo juridicamente existente se o réu não for validamente citado, ou seja, sem que ele tenha ciência de que o Estado-juiz, devidamente provocado, pretende impor a ele uma determinada consequência jurídica. 
Nota-se, portanto, que a citação passa de pressuposto processual de validade para condição de eficácia do processo em relação ao réu e requisito de validade de todos os atos processuais que lhe sucederem. 
Para viabilizar a resposta do réu, o Código de Processo Civil prevê um rol com seis modalidades de citação. São elas: pelo correio; por oficial de justiça; por hora certa; pelo escrivão ou chefe de secretaria; por edital e por meio eletrônico. 
BUENO, Cássio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Saraiva 2014.
DIDIER JÚNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 1. 17. ed. Salvador: JusPodivm, 2015.
2.8 DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 
O autor deve indicar na petição inicial seu desinteresse na autocomposição; já o réu deverá se manifestar nesse sentido por petição, a ser apresentada até 10 (dez) dias antes da data designada para a audiência; se houver litisconsórcio, esse desinteresse deve ser manifestado por todos os litisconsortes. Nessa audiência de conciliação ou de mediação, as partes devem estar acompanhadas por seus patronos; podem elas constituir representante apenas para tal audiência, por meio de procuração específica, outorgando poderes para negociar e transigir.
O réu, portanto, é citado, em princípio, para comparecer à audiência de conciliação ou de mediação art. 334 do CPC/2015; o juiz não designará audiência prévia apenas quando verificar que a causa não admite a autocomposição; nesta hipótese, o réu será citado para apresentar contestação em 15 (quinze) dias, contados normalmente da juntada aos autos do comprovante de citação. Essa audiência, porém, não será realizada (embora já designada) diante da manifestação expressa de ambas as partes de que não têm interesse na solução consensual do litígio. 
3. DA DEFESA DO RÉU
A resposta do réu não se limita apenas à sua defesa, mas também ao momento oportuno para apresentar suas pretensões em face do autor. São 03 as possibilidades de resposta do réu, de acordo com o novo CPC (Código de Processo Civil): Contestação e reconvenção. A defesa do réu está fundada na garantia constitucional à ampla defesa e o contraditório.  
A contestação é a peça que traz ao processo todo o conteúdo de defesa do réu, com a qual se insurge contra as afirmações formuladas pelo autor na petição inicial. Os arts. 335 a 342 do CPC regulam a contestação. Pela contestação não há uma ampliação dos limites objetivos da lide, ou seja, a contestação não acrescenta itens a serem decididos pelo juiz. 
Os principais princípios processuais que atuam na apresentação da contestação são os da eventualidade e o da impugnação especificada. As exceções de incompetência, impugnação ao valor da causa e outras existentes devem se concentrar na própria contestação. 
A reconvenção é uma das formas típicas de resposta do réu, previstas no CPC art. 343. Por ela, o réu apresenta pedido(s) contra o autor. É como se fosse uma nova ação dentro do processo em andamento. Na reconvenção o autor do processo principal passa a ser réu, o réu passa a ser autor. É uma forma de o réu atacar o autor. 
A reconvenção possui natureza jurídica de ação, assim, a sua apresentação deve estrita observância ao art. 319 e 320 do CPC. Tal natureza jurídica fica ainda mais clara quando se demonstra que há total independência entre a ação principal e a reconvenção. É possível, por exemplo, que a ação principal seja extinta e a reconvenção prossiga normalmente. 
O prazo para apresentação da reconvenção é o mesmo da contestação, qual seja, 15 dias. Não apresentada no prazo e em conjunto com a contestação, estará preclusa a possibilidade de reconvenção no processo.
3.1 DA IMPUGNAÇÃO
A impugnação é ato de contrariar expondo suas razões de oposição à determinada ideia. Trata-se de ato de oposição muito usado no Direito, com a finalidade de refutar alguma decisão ou manifestação da parte contrária.  Com prazos uniformes para a manifestação do autor quanto à resposta do réu. Agora, tanto a réplica para tratar de preliminares suscitadas ou de defesa indireta (fatos modificativos, impeditivos ou extintivos do direito do autor) e a manifestação para impugnação de documentos podem ocorrer no prazo de 15 dias úteis, conforme arts. 350, 351, 430 e 437.
4. FASE SANEATÓRIA
É a segunda fase do procedimento comum É o momento em que o juiz cumpre providências preliminares para proferir o julgamento. Apresentada a resposta do réu, ou findo o prazo, os autos são conclusos e o juiz poderá determinar algumas providências preliminares, como por exemplo, especificação de provas e réplica ao autor. Ao final da Fase Saneatória, o juiz pode: Declarar extinto o processo sem resolução de mérito (art. 485) ou com resolução de mérito (art.487) Fazer o julgamento antecipado da lide, Promover o saneamento do feito.  
A Fase Saneatória, tem o objetivo principal de acabar com todos os vícios e dúvidas acerca das alegações que foram feitas na fase anterior. Assim, o juiz cumpre suas providências preliminares e profere julgamento.
 5. FASE INSTRUTÓRIA
Proferida a decisão de saneamento, abre-se a fase instrutória. Nessa fase temos a produção de prova pericial, prova oral e até a complementação da prova documental.
A prova oral concentra-se, normalmente, na audiência de instrução e julgamento arts. 358 a 368 do CPC de 2015. Esclarecimentos em audiência do perito judicial e dos assistentes técnicos, no depoimento pessoal das partes, primeiro, o depoimento pessoal do autor e por segundo o do réu, e logo a seguir, e na inquirição (oitiva) de testemunhas, primeiramente, as testemunhas arroladas pelo autor e logo a seguir, as testemunhas do réu. 
A Fase Instrutória, também conhecida como probatória, é aquela onde há a produção e complementação de provas. Quando encerrada, abrem-se espaço para os debates orais dos advogados, as alegações finais. 
5.1 ALEGAÇÕES FINAIS
Os debates orais podem ser substituídos por razões finais escritas (memoriais) (art. 364, NCPC). Encerrada a instrução, temos os debates orais, ou seja, manifestação dos advogados, apresentando suas alegações finais. Com as razões finais das partes, encerra-se a fase instrutória. 
Sendo orais, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo continuará sendo de, no máximo, 30 minutos, e o mesmo pode ser dividido anteriormente entre os advogados, ou caso não seja, será dividido igualmente entre os que estiverem no mesmo polo da ação. 
As razões finais/alegações finais em forma escrita são necessárias quando a ação for de difícil resolução, quando houver necessidade dos advogados, aos requererem seus últimos pedidos, serem obrigados a olhar de forma atenta e minuciosa os detalhes, sendo impossível fazê-la logo no momento da audiência. Quando as razões finais/alegações finais forem transcritas e juntadas posteriormente à audiência, recebem o nome de MEMORIAL.
Após as alegações finais (orais ou escritas), deve ser proferida a sentença, que poderá ser na própria audiência, ou no prazo de 30 (trinta) dias. Sendo proferida em audiência as partes já saem intimadas, passando a fluir daí o prazo para recursos, caso contrário elas serão intimadas pelo Diário da Justiça.
6. DA FASE DECISÓRIA
É na fase decisória do procedimento comum que a sentença é proferida pelo juiz. A sentença pode ser proferida em audiência e: após o encerramento da fase de Instrução ou no prazo de 30 dias (art.366) esse prazo é impróprio, sem preclusão. O art.231 do CPC mostra como começa a contagem desse prazo. A Fase Decisória, como o próprio nome já diz, é aquela onde a decisão do juiz, ou seja, a sentença será proferida.
6.1 DA SENTENÇA
A sentença é a decisão final, que compõe a lide ou apenas extingue o processo, prolatada pelo juiz no primeiro grau de jurisdição. É ato estatal e documental, que extingue o processo numa das hipóteses do art. 485 sem resolução do mérito (terminativa), ou do art. 487 com resolução do mérito (definitiva).
A sentença deve conter três partes: relatório, fundamentação e dispositivo, nos termos do art. 489. Relatório é a historia relevante do processo, de acordo com a ordem cronológica, segundo Elpídio Donizetti, o relatório consiste numa exposição circunstanciada, um histórico de toda a marcha do procedimento. Constitui demonstração, por parte do juiz de que entendeu a lide que lhe foi submetida. Deve identificar os elementos da causa partes, (pedido e causa de pedir), bem como as principais ocorrências do processo. Tudo de forma sucinta e objetiva. 
Fundamentação é a indicação dos fatos que ficaram comprovados, e os dos quais se valeu o juiz para formar sua convicção. O art. 93, IX da CF/88, estabelece que as decisões judiciais devem ser motivadas sob pena de nulidade. Para Nelson Nery Júnior, fundamentar significa o magistrado dar as razões, de fato e de direito, que o convenceram a decidir a questão daquela maneira. A fundamentação tem implicação substancial e não meramente formal, donde é licito concluir que o juiz deve analisar as questões postas a seu julgamento, exteriorizando a base fundamental de sua decisão.
Dispositivo é a decisão, conforme Marcus Vinicius Rios Gonçalves é sobre o dispositivo da sentença que recairá a autoridade da coisa julgada material quando não couber mais recurso. Só essa parte da sentença se torna imutável para as partes, não permitindo rediscussão nem naquele, nem em outro processo. Aí se encontra a conclusão das operações lógicas desenvolvidas pelo juiz na motivação, é no dispositivo que reside o comando que caracteriza a sentença.
GOLÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Novo curso de direito processual civil – processo de conhecimento (2ª parte) e procedimentos especiais. V. 2. 8ª Ed., São Paulo: Saraiva 2012, p. 26.
 
Nunes, Elpídio Donizetti. Curso didático de direito processual civil. 14ª Ed., São Paulo: Atlas, 2010, p. 568.
REFERÊNCIAS
 BUENO, Cássio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. Vol. 1. 8. ed. São Paulo: Saraiva 2014.
 DIDIER JÚNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 1. 17. ed. Salvador: JusPodivm, 2015. 
GOLÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Novo curso de direito processual civil – processo de conhecimento (2ª parte) e procedimentos especiais. V. 2. 8ª Ed., São Paulo: Saraiva 2012, p. 26.
NERY JÚNIOR, Nelson. Princípios do processo civil na constituição federal. 6ª Ed., São Paulo: RT, 2000, p. 176.
 Nunes, Elpídio Donizetti. Curso didático de direito processual civil. 14ª Ed., São Paulo: Atlas, 2010, p. 568
 VERAS, Ney Alves. Manual de Direito Processo Civil. Volume único/ Alexandre Ávalo... [et al.].-Campo Grande: Alexandre Ávalo Santana, 2013.p.373

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