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Propedeutica cardiaca

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Semiologia Cardíaca
Dra Wattusy Estefane Cunha de Araújo
Clínica Médica e Cardiologia
Anatomia
Focos cardíacos
Foco mitral: 4° ou 5º EICE da linha hemiclavicular
Foco pulmonar: 2º EICE junto ao esterno
Foco aórtico: 2° EICD junto ao esterno
Foco aórtico acessório: 3° EICE junto ao esterno
Foco tricúspide: base do apêndice xifoide, ligeiramente para esquerda
Bulhas cardíacas
Bulhas cardíacas
Bulhas cardíacas
Primeira bulha (B1)
Fechamento da valva mitral e tricúspide
Coincide com ictus cordis e com o pulso carotídeo
Trimbre mais grave - “TUM”
Duração pouco maior que a 2° bulha
Maior intensidade no foco mitral
B1 marca o início da contração isovolumétrica
Desdobramento: “TLUM-TA”
Em cerca de 50% dos indivíduos normais
Bulhas cardíacas
Primeira bulha (B1) – Alterações
Posição dos folhetos valva mitral e tricúspide na contração 
Intervalo PR curto: mais intensa (contração com as valvas mais baixas)
Intervalo PR prolongado: pequena intensidade (valvas semifechadas)
Níveis de pressão nas cavidades cardíacas
Estenose mitral: as cúspides se afastam mais amplamente e durante a contração o ruído será mais intenso (pressão intraventricular baixa pela dificuldade de enchimento)
Velocidade súbita da pressão intraventricular 
Ascenção da pressão intraventricular lentamente – hipofonese (ex: IAM, IC)
Bulhas cardíacas
Primeira bulha (B1) - Alterações
Condições anatômicas
Estenose mitral (fibrose e fusão): hiperfonese, tonalidade aguda e timbre metálico
Estenose mitral intensa (calcificação): redução na intensidade
Força de contração do miocárdio 
Febre, hipertiroidismo, estenose mitral: hiperfonese
Choque, disfunção miocárdica: fechamento mais vagaroso
Transmissão do ruído: 
Magros: B1 mais intensa
Bulhas cardíacas
Segunda bulha (B2)
Fechamento da valva aórtica e pulmonar (foco pulmonar e BEE)
Mais intensa nos focos da base (adulto: aórtico, criança: pulmonar)
Timbre mais agudo - “TA”
Inspiração: sístole do VD prolonga e o componente pulmonar retarda (desdobramento fisiológico de B2) – “TLA”
Bulhas cardíacas
Segunda bulha (B2) – Alterações
Redução do débito ventricular: menor ruído
Valvas mais próximas no momento do fechamento (ex: EA, EP)
Condições anatômicas das valvas
Calcificação
Paredes vasculares e condições pressóricas
Níveis tensionais da circulação sistêmica e pulmonar
Hiperfonese de B2 na área aórtica: HAS
Hiperfonese de B2 na área pulmonar: Hipertensão pulmonar
Bulhas cardíacas
Segunda bulha (B2) – Desdobramento
Persistente: BRD (fechamento valva pulmonar retardado) – acentua na inspiração 
Paradoxal: BRE 
Contração do VD ocorre antes e o aórtico situa-se após o pulmonar
Bulhas cardíacas
Bulhas cardíacas
Terceira bulha (B3)
Ruído protodiastólico de baixa frequência 
Vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido
Campânula: foco mitral, decúbito lateral esquerdo
Normal: pode ser observada em crianças e adolescentes
Patológica: insuficiência mitral, shunts E-D (CIA, CIV, PCA), dilatações
Bulhas cardíacas
Quarta bulha (B4)
Fim da diástole e início da sístole
Pode ser ouvido em condições normais nas crianças e adultos jovens
Brusca desaceleração do fluxo sanguíneo, mobilizado pela contração atrial, de encontro a massa sanguínea existente no interior dos ventrículos no final da diástole
Patológica: HVE, HAS, MCH, diminuição da complacência pulmonar
Obrigada!

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