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MICROBIOLOGIA - FUNGOS RESUMO

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MICROBIOLOGIA - FUNGOS
Infecções Fúngicas que são classificadas em:
INFECCOES SUPERFICIAIS ESTRITAS
INFECCOES SUPERFICIAIS CUTANEAS 
INFECOES SUPERFICIAIS SUBCUTANEAS
INFECCOES SISTEMICA OU PROFENAS
INFECCOES OPORTUNISTAS
Há varias critérios na qual identificamos essas classificações são elas:
A capacidade de disseminação do fungo; o sitio anatômico acometido, as condições dos hospedeiros, as formas de transmissão; 
INFECCOES SUPERFICIAIS ESTRITAS
O nome da doença é a PITIRÍASE VERSICOLOR que é o famoso pano branco;
São manifestações que não trás manifestações clinicas muitos graves para o indivíduo, e não são infecções assintomáticas porque a gente esta vendo uma lesão de pele, e aquela lesão de pele ela não provoca uma reação inflamatória intensa, ela não provoca uma escamação; então normalmente são infecções crônicas e infecções benignas.
Porque o individuo procura um tratamento para o pitiríase versicolor? Porque as manchas na pele trás um desconforto estético para o indivíduo.
O fungo que provoca a pitiríase versicolor é a espécie de Malassezia 
A classificação da infecção e SUPERFICIAL ESTRITA, o nome da infecção é PITIRÍASE VERSICOLOR e o nome do fungo é MALASSEZIA. 
A característica da MALASSEZIA é o que faz parte da microbiota da pele. O metabolismo da malassezia depende da fonte lipídica. Então ela é micro dependente
Qual característica que podemos identificar a infecção por malassezia? Pele oleosa. Essa pele oleosa faz com que podemos identificar pano branco.
É uma levedura polimórfica que podemos observar tanto a presença de levedura e também pode haver presença de hifas.
Essa infecção acomete mais em adultos/jovens
Obs.: Para não ter a infecção por malassezia precisa ter um equilíbrio entre o parasito e hospedeiro, a partir do momento em que alguma coisa rompe esse equilíbrio aí vai acometer as manifestações clinicas. (Uma característica da transmissão estrita é que ela tem baixa transmissibilidade). 
As características da infecção é lesões hipocrômicas, lesões esbranquiçadas, ou até mesmo a descamação da pele.
O médico vai pedir uma confirmação dessa suspeita clinica quando o paciente irá relatar o caso, então irá fazer o exame direto, a onde vai fazer o rapasdo, na qual vai utilizar o KOH (hidróxido de potássio) ou então utiliza a tinta paker, nesse exame visualizaremos presença de leveduras e hifas.
A forma parasitaria da malassezia é a forma de polimorfismo; (leveduras agrupadas, filamentos septados). OBS: não faz cultura de malassezia no exame direto;
Se tiver que fazer cultura da malassezia e ela for micro dependente tem que ter óleo (lipídeo);
Agar sabouraud não tem fonte de gordura então tem que acrescentar lipídeos no ágar sabouraud para favorecer seu crescimento de cultura; tem que atender a característica do metabolismo e ela só vai crescer na forma de levedura.
INFECCOES SUPERFICIAIS CUTANEAS 
Também chamadas de dermatofitosas; São três gêneros:
Trichophyton
Epidermophyton
Microsporium
 O dermatofitosas eles dependem de queratina, (pele cabelo e unha) onde vai acometer as infecções cutâneas;
Os fungos dermatofitos, são fungos queratinofilicos, ele tem queratina no seu metabolismo, e pode acometer tanto nos seres humanos quanto em animais; (no caso do animal pode transmitir a infecção para o homem se tiver contato com o mesmo); As infecções cutâneas ao contrario das estritas elas já são transmissíveis; se tiver o contato direto vai pegar a infecção. No caso as cutâneas provocam inflamações intensas. Já trás um desconforto clinico ao indivíduo. 
Os dermatofitos de acordo com seu habitat são classificados como:
-Zoofilicos 
-Geofilico 
-Antrofilicas 
Elas são importantes porque quando acomete o contato direto com esses dermatofitos, a sua manifestação clinica é mais rigorosa e intensa e sua infecção inflamatória também vai ser superintensa e purulenta.
O fungo vai ser alocar em diferentes lugares onde tem queratina. Normalmente na pele há algumas escoriações, e elas são microscópica. Com o contato com o fungo ela vai crescendo até formar uma lesão mais intensa, com isso o fungo vai tirando toda queratina. 
 
Obs.: o agente etiológico é importante para a manifestação clinica como também o sitio anatômico assim também como o sistema imunológico do hospedeiro, contudo ira aparecer diferentes manifestações clinicas em relação as dermatofitosas.
Gênero Trichophyton
 Gênero mais freqüentemente isolado de material clínico, acometendo tanto a pele glaba como os cabelos e unhas. 
T. rubrum: Espécie antropofílica cosmopolita. Sua transmissão é exclusivamente inter-humana ou por fômites contaminados. Crescimento em 12-16 dias em agar Sabouraud. Colônias com textura algodonosa, apresentam tonalidade branca que, com o passar do tempo, pode tornar-se avermelhada e reverso avermelhado. Apresenta grande quantidade de microconídeos, regulares e piriformess. Os macroconideos, quando presentes, podem apresentar-se como clavas alongadas, quase com um aspecto cilíndrico e com duas a nove septações.
Gênero Microsporum: 
M.canis: É um dermatófito zoofílico transmitido ao homem por diversos animais domésticos principalmente felinos jovens. Clinicamente, é responsável por lesões do couro cabeludo, caracterizada por grandes placas de alopécia, principalmente em crianças. Crescimento rápido de 6-10 dias. Textura algodonosa de tonalidade branca. O reverso apresenta-se de coloração amarelo-limão. A microscopia direta da colônia mostra na maioria das vezes grande quantidade de macroconídeos fusiformes verrucosos, de paredes grossas e com numerosas septações, que variam 11 de 5 a 7. Os microconídeos sem em quantidade variadas e sem nenhum valor diagnóstico.
M. gypseum: Espécie geofílica, que infecta o homem através do contato com o solo contaminado. Colônia de crescimento rápido 3-5 dias. Macroscopicamente a colônia possui textura pulverulenta com pigmentação amarelo-acastanhado. O reverso pode apresentar variações de cores que vão do alaranjado ao marrom. Microscopicamente apresentam macroconídeos simétricos, com 3-7 septos de paredes finas, extremidade arredondada e superfície levemente rugosa.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As dermatofitoses possuem três formas de classificação clínica: tineas (qualquer lesão dermatofítica que acometa o couro cabeludo e/ou região da barba e bigode); epidermofitíases (lesões encontradas em regiões de pele glabra); onicomicoses dermatofíticas (lesões em unhas) e dermatofitoses.
1)    Tineas:
Chama-se tinea toda lesão dermatofítica que acomete o extrato córneo do couro cabeludo e/ou região da barba e bigode. A infecção pode ocorrer de forma moderada, quase subclínica com alguns eritemas e áreas com pequenos cabelos acinzentados até uma reação altamente inflamatória, com foliculite, formação de Kerion, alopecia, que às vezes pode ser acompanhado de febre e linfadenopatia na região, e tanto a pele quanto o cabelo são envolvidos. O parasitismo do pêlo pelo fungo pode ser do tipo endotrix, ectotrix ou misto.
 
2 ) Epidermofitíases:
São lesões dermatológicas que acometem exclusivamente o extrato córneo da pele glabra e podem ser divididas em cinco formas clínicas: herpes circinada (Tinea corporis), lesões de grandes pregas (Tinea cruris), lesões interdigitoplantares/ interdigitopalmares (Tinea pedis e Tinea manum) e Tinea imbricata ou Tokelau (Tinea corporis)
3 ) Onicomicose
Onicomicose é usada como um termo geral para patologias das unhas causadas por alguns fungos filamentosos queratinofílicos não dermatófitos, leveduras e dermatófitos, que possuem características clínicas diferentes. As onicomicoses causadas por dermatófitos diferenciam-se das causadas por leveduras pela forma de comprometimento das unhas, sendo esse, um comprometimento distal, causando onixis, sem causar perionix. As leveduras causam perionix e esse quadro pode estar ou não associado a uma lesão propriamente dita da unha.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
1)   Exame microscópico direto:
No exame microscópico direto o material colhidodeve ser tratado com clarificantes, como o hidróxido de potássio em uma concentração de 10-30%, para que as estruturas fúngicas presentes possam ser adequadamente visualizadas ao microscópio. Os dermatófitos apresentam morfologia semelhante entre si ao exame microscópico direto. Em pele e unhas são mais observadas hifas septadas, ramificadas ou não e artroconídios nos quais as hifas separam-se fisicamente em nível dos septos e posteriormente os mesmos arredondam- se formando cadeias semelhantes a um colar de contas. Nos cabelos os dermatófitos apresentam-se como artroconídios arredondados e, mais raramente, hifas podem localizadas tanto fora do cabelo (parasitismo por ectotrix), como dentro dos pêlos (parasitismo endotrix). Entre as espécies cuja invasão ao cabelo produz o tipo ectotrix de parasitismo, podemos citar os M. canis, M. gypseum e T. mentagrophytes. Já aquelas associadas ao tipo endotrix estão T. tonsurans e T. violaceum, entre outros. Os resultados devem ser expressos de maneira a se fazer uma descrição morfológica clara e concisa das estruturas fúngicas observadas à microscopia.
2)    Cultivo e identificação:
Para a correta identificação da espécie do dermatófito, devem ser avaliadas as características macro e micromorfológicas das colônias e, em alguns casos, critérios fisiológicos e nutricionais. O estudo da morfologia inclui características macroscópicas como coloração da superfície e do reverso da colônia, topografia, textura e velocidade de crescimento. Além disso, fragmentos da colônia obtidos através do microcultivo em lâmina, devem ser colocados sob lâmina limpa, corados com lacto fenol azul de algodão, cobertos com lamínula e examinados ao microscópio para verificar a presença de elementos característicos como modificações de hifas, macro e microconídios.
INFECOES SUPERFICIAIS SUBCUTANEAS
As infecções subcutâneas são altamente avascularizada; uma das características dessa infecção é a disseminação sistêmica.
As mais frequentes infecções subcutâneas é a: 
ESPOROTRICOSE
CROMOMICOSE
ESPOROTRICOSE
A esporotricose é uma infecção de evolução sub-aguda ou crônica, caracterizada por pequenos tumores subcutâneos (gomas), que tendem à supuração e ulceração. O agente etiológico é o Sporothrix schenckii, fungo dimórfico, que se introduz nos tecidos orgânicos através de traumatismo ou, raramente, por inalação. Esse fungo é encontrado em vida saprofítica em vegetais, solo, águas contaminadas e animais. A forma clínica mais freqüente da micose é a linfangite nodular ascendente, que se inicia pela inoculação do agente, geralmente nas extremidades (cancro de inoculação), atingindo os glânglios linfáticos.
Obs.: (a forma parasitaria é por levedura, e a forma infectante é por filamentos (filamentosa))
Diagnóstico: 
Exame direto: “A fresco” não revela nenhuma forma conclusiva do S. schenckii. Esfregaços de pus corados pelo Gram, PAS ou Gomori, raramente permitem a visualização do fungo. As células fúngicas observadas nas lesões são raras, e quando presentes são vistas pequenas leveduras com ou sem brotamento em forma de navete, ou sob a forma de corpo asteróide. 
Cultura: 
Macromorfologia: Culturas de crescimento rápido (4 dias). Apresentam dimorfismo térmico. A 25-30ºC, colônias inicialmente lisas e brancas, que se tornam úmidas, enrugadas ou aveludadas, e, com frequência, escurecem apresentando coloração marrom ou preta. Alguns isolados são inicialmente escuros. A 35- 37ºC colônias de cor creme ou bronzeada, lisas, macias e leveduriformes. 
Micromorfologia: 25-30ºC - Hifas septadas, delgadas, conidióforo verticilado, sessil ou pedunculado, com conídios alongados, afilados nas duas extremidades, pequenos e unicelulares. Fracamente ligados às hifas, tendo uma disposição com aspecto de “margarida”.
CROMOBLASTOMICOSE
Infecção crônica, granulomatosa, caracterizada por lesões nodulares, verrucosas, papilomatosas, por vezes ulceradas, localizadas, preferencialmente nos membros inferiores, tendo como agente etiológico fungos de coloração escura (demaciáceos), distribuídos por diversas espécies. Os principais são:
Fonsecaea pedrosoi,
Phialophora verrucosa, 
Clodophialophora carrionii e
Rhinocladiella aquaspersa.
A principal via de contágio se faz através de solução de continuidade produzida na pele por fragmentos de vegetais ou madeira contaminados ou em solo. Apresenta as manifestações clinicas de hemorragias e descamação.
Diagnóstico:
Exame direto: Material proveniente das lesões (escamas, crostas ou pus) ou pequeno fragmento de biópsias clarificado com KOH. Observam-se 14 células arredondadas de contornos bem nítidos, acastanhados, algumas se mostrando em processo de reprodução binária (células escleróticas). 
Cultura: Em ágar Sabouraud ou ágar Mycosel crescimento em torno de 7 a 15 dias de colônias escuras em temperatura de 25º a 30ºC. O aspecto microscópico da cultura não é o mesmo em todos os casos, sofrendo variações na morfologia, fato que leva a identificação das espécies.
INFECCOES PROFUNDAS OU SISTEMICAS 
HISTOPLASMOSE
É uma doença granulomatosa, tendo como agente etiológico o fungo Histoplasma capsulatum, que apresenta especial afinidade pelo sistema retículo endotelial, produzindo diversas manifestações clínicas. 
Classificação das formas clínicas:
Assintomática: Indivíduos que entram em contato com o fungo mais não desenvolvem sintomas. Algumas vezes podem aparecer sintomas que se assemelham desde uma tuberculose a um resfriado. Os glânglios mediastinais podem estar envolvidos. Quando não ocorre a cura espontânea, evolui para a forma generalizada.
Generalizada: Ocorre por disseminação pulmonar apresentando sintomas de acordo com o órgão afetado principalmente os que fazem parte do sistema retículo endotelial como fígado, baço e linfonodos. O contágio é através da inalação de esporos do fungo.
O Histoplasma capsulatum também é um fungo dimórfico térmico cresce em solo de ph acido, e são enriquecidos em material orgânico.

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