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Introdução
 O CRAS é uma unidade de proteção social básica do SUAS, que tem por objetivo prevenir situações de vulnerabilidade e riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania. Para agir preventivamente é necessário dispor de informação, conhecer o território, e as famílias que nele vivem. A identificação e o conhecimento das situações de vulnerabilidade e risco social são utilizados como fonte, para o planejamento municipal, para definição de serviços socioassistenciais a serem ofertados em cada território e para a ação preventiva nos territórios do CRAS.
 Desenvolvimento
A política de assistência social está prevista na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 203 e 204, na Lei Federal nº 8.742 (LOAS- Lei Orgânica de Assistência Social) e outras normas regulatórias; que prevêem uma política social pública não contributiva e que compõe o rol das políticas da seguridade social. O CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, como parte da política de assistência social, também está direcionado pelos princípios e diretrizes previstos na LOAS. Assim, a NOB-SUAS 2005 que representou o marco de concretização do SUAS - Sistema Único de Assistência Social, está direcionado por todas as diretrizes da Lei (descentralização político administrativa, participação popular, primazia do estado na condução da política pública) Artigo 5º da Lei 8.742/93.
O trabalho do assistente social (Psicólogos ) dentro do CRAS surgiu a partir da necessidade do desenvolvimento das potencialidades sócio-territoriais das famílias atendidas. O assistente social, através do trabalho social realizado permite e tem como objetivo final a emancipação da família/usuário. No CRAS toda a dinâmica de trabalho tem centralidade na família, o que exige desse profissional a capacidade de reconhecimento da estrutura familiar como berço de desenvolvimento do indivíduo como ser ativo, participativo e seguro de si e dos seus direitos.
A equipe atual do CRAS é formada por 05 profissionais: 01 coordenador, 01 assistente social, 01 psicólogo, 01 auxiliar administrativo e 01 auxiliar de serviços gerais.
A rotina institucional está estabelecida num cronograma pré-estabelecido pela equipe profissional, que divide dias para: atendimento individualizado, atendimento coletivo, atendimento domiciliar, atendimentos a grupos e convivência, reuniões comunitárias, capacitações e palestras para a rede socioassistencial e para o público assistido O cronograma é flexível, visto que surgem demandas não previstas e que às vezes requerem a sua reorganização. São atendidas em média 150 famílias por mês, através do trabalho de atenção e vigilância socioassistencial aos programas PETI, Projovem Adolescente e desenvolvimento de Grupo de convivência com idosos.
As principais demandas acompanhadas dentro do processo de estágio supervisionado foram: solicitação de auxílio medicamentoso, auxílio alimentício, auxílio para TFD (tratamento fora do domicílio), solicitação
para acompanhamento domiciliar, e encaminhamento para outras políticas setoriais. As intervenções realizadas durante o atendimento das demandas foram no sentido de orientar/esclarecer, e principalmente, promover o acesso das famílias usuárias as demais áreas públicas para a garantia dos direitos socioassistenciais. Dentre as demandas acompanhadas, aquelas consideradas mais relevantes foram: acompanhamento domiciliar de famílias assistidas pelo CRAS. Nos acompanhamentos domiciliares pode ser observado a necessidade das famílias de intervenção profissional na parte afetivo relacional, onde foram vista famílias com vínculos totalmente fragilizados e desestruturados. Aqui a solução encontrada/promovida pelo assistente social supervisor de campo, foi a orientação e encaminhamentos para acesso e satisfação das necessidades materiais mais urgentes (como alimentos), e a continuidade do acompanhamento, visando o fortalecimento dos vínculos e a inserção das famílias em grupos de convivência para o trabalho da sensação de pertencimento territorial/comunitário.
 A implantação do SUS e do CRAS’s em Niterói teve seu inicio em 2005,mas foi um processo de institucionalização bastante lento. Desse modo o munícipio conta hoje om sete CRAS’s,quantitativo insuficiente para atender a demanda por serviços socioassistenciais existente. 
Assim, neste contexto foi realizada uma entrevista do tipo semiestruturada com o Psicólogo do CRAS’s localizado no centro de Niterói RJ. 
A entrevista foi gravada e transcrita com garantia de sigilo e solicitação dos participantes.
Agrega-se a este conjunto de informações advindas da entrevista realizada, a observação sistemática do papel do Psicólogo no CRAS’s.
QUAL A FUNÇÃO DO PSICÓLOGO NO CRAS?
,
A função do psicólogo no CRAS está interligada com a função da assistência social, porém o psicólogo avalia não só os problemas sociais mas também problemas patológicos (como emocional).
QUAL É A MAIOR DIFICULDADE DE PRESTAR ESSE TIPO DE ATENDIMENTO? 
Para o CRAS localizado no centro de Niterói RJ ; a dificuldade de atendimento é por conta de sua localização ; pois esse CRAS’s é o único que seu polo fica distante de comunidades carentes . Além disso, existe um preconceito dos próprios moradores por terem vergonha de se informar sobre seus direitos.
A demanda sendo espontânea é menor número do que a prestativa, porque temos que ir buscar o usuário . 
O QUE ISSO INTERFERE NA NOSSA SOCIEDADE ?
Interfere pelo fato de termos que ir até os usuários; por ser no centro de tudo, as pessoas tem preconceito de ir e não ser correspondido . Esse tipo de trabalho não é muito divulgado devido a grande metrópole que acaba abafando com outros tipos de entretenimento e /ou é mal visto por pensarem que esse tipo de atendimento é só para moradores de rua.
O QUE AINDA PRECISA SER FEITO PARA MELHORAR ESSE TIPO DE ATENDIMENTO?
Aos meus olhos; teria um CRAS em cada canto da cidade, mas existem algumas diretrizes a serem respeitadas, e não podemos querer fazer tudo, se não os outros órgãos acabam se acomodando; ou poderíamos interferir no trabalho deles. Precisamos de mudança de pensamento social, deveríamos ir em busca dos nossos direitos com mais frequência. Devemos cobrar nossos direitos dentro da nossa legalidade desde que não tire o direito dos outros.
E QUAL É A POSIÇÃO DO GOVERNO FEDERAL E ESTADUAL SOBRE ESSE ORGÃO O CRAS?
O CRAS é uma entidade governamental, dentro da secretaria municipal; gerenciado pelo IMDS (bolça família, Pronatec, etc..) eles são subordinados indiretamente pela prefeitura de Niterói; é um órgão governamental dentro do órgão municipal ; e é mantido financeiramente uma parte federal e uma parte estadual.
COMO É REPASSADO OS ATENDIMENTOS PARA O GOVERNO?
É separado por áreas específicas; no caso de CRAS dentro da proteção básica; é um relatório de assistência básica pelo RMA (relatório mensal de assistência) descritivos e quantitativos; esses números que geram as verbas pelas ações descritas pelo CRAS.
PERGUNTAS PESSOAIS:
Nome? Milena.
Formação? Psicóloga desde 1982,expecializada em TCC e Psicanalise. Fui indicada para fazer o processo seletivo para o CRAS e passei; comecei como Psicóloga técnica e prestei serviço no CRESAS, e no 3° BI.
Sou apaixonada pelo meu trabalho; “vesti a camisa “em favor do CRAS e trabalhei em proteção especial, e depois para proteção básica.
Qual o seu salário mensal? Meu salário bruto é de R$1.400,00. 
Além desses trabalhos; tenho mais dois consultórios e sou muito feliz pelo o que faço; não me arrependo nenhum momento pela minha escolha.
 CONSIDERAÇÔES FINAIS
Dentro da política de assistência Social, os usuários, em sua maioria ainda percebem o trabalho social como favor. Nessa posição muitas vezes não reivindicam, nem se preocupam com a qualidade dos serviçosprestados. Por isso da importância no trabalho social, voltado também para a mudança desse paradigma do assistencialismo..
Na pesquisa observa-se que a relação teoria-prática fundamental para o processo de trabalho, tem sido garantida através do constante aprimoramento do profissional. E que a formação acadêmica que garante ao profissional a base para atuação profissional não deve ser a única fonte de conhecimento, o aprimoramento e a constante capacitação são essenciais para a prática profissional. Assim, garante-se o respeito às demandas do usuário, e a prestação de um serviço público de qualidade. No campo de pesquisa foi observado que a ética profissional tem sido cumprida, efetivando os princípios dispostos no código de ética profissional de 1993, respeitando o sigilo profissional.
Referências
Castro. F.J.R . Proposta de Modelagem de Processo de Construção de CRAS. Brasília, 2007. MDS/UNESCO.
Brasil. Constituição Federal de 1988. Brasília: Senado Federal, 2002.
_____. Lei Orgânica da Assistência Social. Lei n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Brasília: MPAS/SAS.
_____. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Norma Operacional Básica (NOB/SUAS). Brasília, 2005.
_____. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS/ Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. -1 ed. - Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009.

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