Aula 3 - REFOR+çO EM SOLOS

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Disciplina: Geotecnia Ambiental 
REFORÇO EM SOLOS 
INTRODUÇÃO 
 
 Em obras geotécnicas os materiais utilizados são ensaiados 
para que se conheçam seus limites de aplicação na 
engenharia; 
 
 Não são raras as vezes em que os materiais avaliados não são 
aptos para compor a estrutura a que se destinam, seja pela 
sua natureza ou pelo seu estado; 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Terá então de ser tomada uma decisão relativa à solução mais indicada 
para cada caso, e que irá geralmente contemplar uma das seguintes 
hipóteses: 
 
 Aceitar o material original e ajustar o projeto às restrições por ele 
impostas; 
 Remover o material do seu local original e substituí-lo por material de 
qualidade superior; 
 Alterar as propriedades do solo existente de forma a criar um material 
capaz de responder às necessidades da tarefa prevista, normalmente 
designada por ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS.; 
 
 devido à grande variabilidade dos solos nenhum método será bem 
sucedido em mais do que alguns tipos de solos. 
INTRODUÇÃO 
 
 Através da estabilização do material muda-se certa 
característica, tornando-o adequado para a aplicação na obra; 
 
 O processo de estabilização pode ser dividido em 3 grupos: 
 
 Estabilização temporária; 
 Estabilização permanente; 
 Estabilização permanente com adição de novos materiais. 
ESTABILIZAÇÃO TEMPORÁRIA 
 
 
 Aquela que dura um certo espaço de tempo, geralmente 
acontecendo durante a execução de certa fase da obra; 
 
 Exemplo deste tipo de estabilização é o rebaixamento do 
nível do lençol freático. 
 
ESTABILIZAÇÃO TEMPORÁRIA 
Rebaixamento do lençol freático 
 
 A construção de subsolos de edifícios, barragens, túneis e galerias, 
normalmente requer escavações abaixo do lençol freático; 
 
 São vários os métodos para eliminar a água existente no subsolo. 
Para o controle das águas do aquífero requerido pelas obras 
subterrâneas podem ser utilizados 2 critérios básicos, 
isoladamente ou em combinação: 
 
 Isolar as águas por meio de paredes ou cortinas; 
 Promover a sua drenagem através de sistemas de rebaixamento. 
Objetivos do Rebaixamento 
 
 Melhorar as condições de estabilidade de taludes, evitando 
escorregamentos; 
 
 Garantir que o solo no fundo da escavação mantenha sua densidade 
e características de compactação; 
 
 Reduzir a umidade de solos em áreas de empréstimo, para garantir 
as suas condições de compactação no aterro; 
 
 Evitar liquefação do solo sob a influência da percolação da água. 
Rebaixamento do lençol freático 
 
 
 Ao se realizar um rebaixamento do lençol freático, são 
introduzidas certas alterações nas condições naturais do 
subsolo; 
 
 Poderão surgir danos no interior ou no exterior da escavação, 
quando o rebaixamento é realizado incorretamente. 
Efeitos do rebaixamento em estruturas 
vizinhas 
 
 
 Quando há estruturas próximas de onde o lençol freático foi 
rebaixado, deve-se verificar a possibilidade de ocorrência de 
recalques nas fundações; 
 
 Isto pode ocorrer se a tensão efetiva no solo sofrer um 
acréscimo de tensão efetiva (Δσ’), resultante da diminuição 
da poro-pressão (Δu), suficiente para desestabilizar o solo. 
ESTABILIZAÇÃO PERMANENTE 
 
 Dura um longo período de tempo, geralmente toda a vida 
útil da estrutura, sem utilizar a adição de qualquer material 
além do solo; 
 
 A técnica consiste basicamente na compactação, tanto 
superficial quanto profunda do solo. 
ESTABILIZAÇÃO PERMANENTE 
Compactação 
 
 Definição 
 
 Ação mecânica por meio 
da qual se impõe ao solo 
uma redução de seu 
índice de vazios (Vv/Vs) 
 
Efeito da compactação 
 
 Melhoria das propriedades mecânicas e 
hidráulicas do solo: 
 
Redução da compressibilidade (recalques 
futuros); 
Redução da permeabilidade; 
Aumento da resistência. 
 
Emprego da Compactação 
 
 
• Aterros de barragens (estanqueidade e 
estabilidade); 
• Pavimento rodoviários (estabilidade, ausência 
de recalques); 
• Melhoria da capacidade de suporte de solos 
superficiais; 
• Preenchimento com solo entre maciço e 
estrutura de arrimo; 
• Preenchimento de cavas de fundações e de 
tubulações enterradas. 
 
Tipos de compactação 
 
• Estática 
 
• compressão (rolo liso) 
• amassamento (rolo pé de carneiro) 
 
• Dinâmica 
 
• impacto 
• vibratória 
 
ESTABILIZAÇÃO PERMANENTE COM ADIÇÃO DE NOVOS 
MATERIAIS 
 
 É a estabilização que combina compactação com adição de 
novos materiais; 
 
 Exemplo de materiais que podem ser adicionados são: cal, 
cimento, emulsões, colunas de brita ou areia, colunas de 
drenos verticais, geossintéticos e fibras. 
ESTABILIZAÇÃO PERMANENTE COM ADIÇÃO DE NOVOS 
MATERIAIS 
ESTABILIZAÇÃO PERMANENTE COM ADIÇÃO DE NOVOS 
MATERIAIS