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Resumo_AV2__2014_Cincias_do_Ambiente

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ECOSSISTEMAS, CICLOS BIOGEOQUIMICOS E 
BIOMAS 
 Ecologia é a parte da Biologia que estuda os 
seres vivos no seu relacionamento entre si e 
com o meio ambiente onde vivem. 
 
 O termo ecologia foi utilizado pela primeira 
vez em meados de 1870 pelo biólogo alemão 
Ernst Haeckel, discípulo de Charles Darwin, 
para designar a ciência das relações dos 
organismos com o meio ambiente. 
 
 
 Ecossistema é um complexo sistema de 
relações mútuas, com transferência de 
matéria e energia, entre o meio abiótico e os 
seres vivos de determinada região. 
 
 Em cada ecossistema há um complexo 
mecanismo de passagem de matéria e 
energia do meio abiótico para os seres vivos, 
com retorno ao primeiro. 
 
 Todo ecossistema é formado de fatores 
bióticos (organismos vivos) e fatores 
abióticos (elementos físicos e químicos do 
ambiente: luz, calor, pH, salinidade, variações 
de pressão da água e do ar, etc.). 
 
 São exemplos de ecossistemas: uma floresta, 
uma campina, uma faixa mais profunda ou 
mais superficial das águas, um aquário ou até 
mesmo uma poça de água. 
 
 Os ecossistemas são classificados de duas 
formas: em ecossistemas terrestres e 
ecossistemas aquáticos. Ambos possuem o 
funcionamento parecido com apenas a 
diferença óbvia da quantidade de água entre 
um e outro o que faz com que comportem 
formas de vida completamente diferentes 
embora algumas possam compartilhar ou 
migrar de um meio para o outro. 
 
 Aos locais onde os dois tipos de 
ecossistemas se encontram dá-se o nome de 
“wetlands”, no termo em inglês, que podemos 
chamar de “terras alagadas”. São regiões 
como o Pantanal Matogrossense e as regiões 
alagadas da Amazônia. 
Para que se possa delimitar um ecossistema é 
necessário que haja quatro componentes principais: 
 fatores abióticos: que são os componentes básicos 
do ecossistema; 
 os seres autótrofos: geralmente as plantas verdes, 
capazes de produzir seu próprio alimento através da 
síntese de substâncias inorgânicas simples; 
 os consumidores, heterotróficos – que não são 
capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, os 
animais que se alimentam das plantas ou de outros 
animais; e 
 os decompositores, também heterotróficos, mas que 
se alimentam de matéria morta. 
 
 
 A totalidade destes organismos interagindo 
em um determinado local de forma a criar um 
ciclo de energia (do meio abiótico para os 
seres autótrofos, destes para os heterótrofos 
e destes para o meio abiótico novamente) 
caracterizando os níveis tróficos da cadeia 
alimentar constitui um sistema ecológico ou 
ecossistema, independentemente da 
dimensão do local onde ocorrem essas 
relações. 
 
 
 Cadeia alimentar é uma série de sucessivas 
transferências pela qual passa a matéria 
desde os produtores até os decompositores, 
tendo como intermediários os consumidores. 
 
 Os seres vivos que compõem um ecossistema 
são denominados de biotas e se organizam 
em três categorias: produtores, 
consumidores e decompositores. 
ANIMAIS CARNÍVOROS GRANDES PREDADORES 
CONSUMIDORES SECUNDÁRIOS ANIMAIS CARNÍVOROS 
CONSUMIDORES PRIMÁRIOS ANIMAIS HERBÍVOROS 
PRODUTORES ALGAS E VEGETAIS FOTOSSINTETIZANTES 
LUZ E NUTRIENTES 
TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA PELA TEIA 
TRÓFICA 
 Os produtores são representados pelos seres 
autótrofos como os vegetais e as algas do 
fitoplâncton. Corresponde ao primeiro nível 
trófico. 
 Os consumidores são os organismos 
heterótrofos. Os herbívoros, sendo os primeiros 
a consumir a matéria orgânica elaborada pelos 
produtores, são chamados de consumidores 
primários; seguidos dos consumidores 
secundários (nutrem-se de herbívoros), 
terciários, etc., formando o segundo, terceiro 
nível trófico. 
 Os decompositores (bactérias e fungos) 
decompõem as proteínas e outros compostos 
orgânicos em uréia, amônia, nitratos, nitritos, 
nitrogênio livre, etc., devolvendo a matéria 
inorgânica ao meio abiótico. 
 
 Eutrofização: fenômeno causado pelo 
aumento exagerado da concentração de 
nutrientes e fertilizantes nas águas, 
provenientes das indústrias e lavouras, 
provocando a proliferação exagerada de 
organismos aquáticos (Maré vermelha) 
 
 Magnificação trófica: alguns produtos, por não serem 
biodegradáveis, permanecem nos ecossistemas e 
entram nas cadeias alimentares, passando dos 
produtores aos consumidores dos diversos níveis. 
Como apenas cerca de 10% da matéria e energia de 
um determinado nível trófico são efetivamente 
aproveitados pelo nível imediatamente superior, os 
componentes de um certo nível trófico têm que 
consumir uma biomassa dez vezes maior do que a 
sua própria. Assim, produtos tóxicos não-
biodegradáveis, como o DDT e o mercúrio, vão 
passando do ambiente para os produtores e desses 
para os consumidores, sempre numa concentração 
acumulativa e crescente. 
 O grande problema é que esses organoclorados 
têm a capacidade de se concentrarem no tecido 
adiposo dos animais, potencializando a sua ação, 
de tal forma que é muito comum encontrar 
animais com grandes concentrações de DDT. 
 Como pode ser visto no esquema a seguir, o 
destino final do DDT é o Homem, e de acordo 
com o fenômeno da magnificação trófica, é no 
Homem onde deverá ser encontrada a maior 
concentração de DDT, ou seja, o Homem usa o 
DDT para matar as pragas que atacam as 
culturas, mas sem se dar conta, ele acaba por 
provocar a sua morte também, de uma maneira 
lenta, gradual e dolorosa. 
 
 A água no estado líquido está continuamente 
evaporando. 
 Nas altas camadas atmosféricas ela se condensa, 
formando as nuvens, de onde resultam as 
chuvas. Ela pode também se precipitar na forma 
de neve ou de granizo. 
 A precipitação pluvial ocasiona a formação de 
lençóis subterrâneos e de nascentes de rios. Os 
rios drenam para os mares. 
 Parte dessa água é absorvida pelos seres vivos e 
utilizada em seu metabolismo. Através da 
transpiração, respiração e excreção os seres 
vivos devolvem a água para o ambiente. 
 
OCEANOS E MARES 1.370.000.000 
GELO 24.000.000 
ÁGUA EM ROCHAS E 
SEDIMENTOS 
 5.630.000 
LAGOS E RIOS 230.000 
ATMOSFERA (VAPOR) 140.000 
TOTAL 1.400.000.000 
 Essencial para a atividade fotossintética dos seres clorofilados e 
para a manutenção do calor fornecido pelo Sol, o dióxido de 
carbono (CO2) entra na composição do ar atmosférico na 
proporção de 0,04%. 
 A atividade respiratória dos seres vivos e as combustões em 
geral, lançam anualmente mais de cinco bilhões de toneladas 
desse gás na atmosfera, provocando poluição. 
 O aumento significativo de gás carbônico na atmosfera vem 
provocando um aquecimento cada vez maior do planeta, 
reduzindo a perda de calor para o espaço exterior (efeito estufa). 
 Nos seres vivos, o carbono tem um papel estrutural e seus 
compostos são consumidos como reservatórios de energia. 
 Ao fim dos processos respiratórios, que visam a liberação da 
energia contida nas moléculas orgânicas, o gás carbônico 
reaparece com um dos produtos finais, sendo devolvido ao meio 
abiótico para reiniciar o ciclo. 
 Encontrado no ar numa proporção de 20,94%. 
 Seu ciclo está intimamente ligado ao ciclo do 
carbono. 
 Durante a fotossíntese, os organismos retiram 
CO2 do ambiente e desprendem oxigênio (O2). 
 O oxigênio liberado para a atmosfera é 
proveniente da quebra de moléculas de água 
durante a fotossíntese. À medida que a atividadefotossintética produz e libera O2 livre, esse gás 
vai sendo reprocessado na respiração aeróbia, 
restaurando a água como produto final. 
 Durante a respiração, os seres aeróbios, 
consomem O2 e liberam CO2 para o ambiente. 
 
 Cientificamente, o conceito de diversidade é 
um indicador ecológico relacionado com a 
quantidade de espécies e indivíduos 
presentes nos ecossistemas. 
 Este parâmetro é constituído basicamente por 
dois componentes distintos: riqueza e 
dominância. 
 A riqueza é a quantidade de espécies 
presentes no ambiente, enquanto que a 
dominância é um indicador da distribuição 
dos indivíduos em cada espécie. 
 Não se deve confundir “ecossistema” com 
“bioma”. O bioma é geograficamente mais 
abrangente e é predominantemente definido de 
acordo com um conjunto de vegetações com 
características semelhantes além de outros 
requisitos (como a Mata Atlântica). 
 Entretanto, como o ecossistema pode ser 
considerado em grande escala, as definições 
ficam um pouco confusas. Mas, geralmente para 
grandes extensões de território (de dimensões 
regionais) usa-se a denominação “bioma”. 
 Campos, florestas, desertos, praias e 
montanhas representam os padrões gerais 
dos ambientes onde se desenvolvem os 
principais biomas. 
 
 Entre as florestas podemos destacar a 
floresta tropical úmida, a floresta temperada 
e a floresta de coníferas. 
 
 
 A floresta tropical úmida é o bioma mais 
exuberante da terra com imensa variedade de 
espécies. A floresta amazônica e a mata 
atlântica são exemplos. 
 A floresta temperada decídua é caracterizada 
por árvores que perdem as folhas 
periodicamente e são comuns em regiões de 
verões quentes, úmidos e chuvosos, como 
nos EUA e na América Central. 
 As florestas de coníferas (gimnospermas) 
ocorrem em regiões frias e montanhosas. 
 Os campos são muitos variáveis. Podemos 
distinguir a campina, a pradaria, a savana, o 
pampa, a tundra, a estepe, o cerrado, a taiga, 
etc. 
 
 A caatinga é um meio termo entre o campo e 
o deserto. 
 Entre os desertos podemos destacar o Saara, 
o de Gobi e o do Arizona, todos com 
aspectos bem diferentes. 
 A vegetação de mangues é um ambiente de 
transição entre o biociclo marinho e o 
dulcícola, é importante como fonte de 
alimento e local de reprodução dos animais 
marinhos. 
 O solo pode ser considerado resultado da adaptação 
das rochas às condições de equilíbrio do meio em 
que se encontram expostas, geralmente diferentes 
daquele que condicionou sua gênese. 
 Normalmente, produz-se uma harmonia entre a ação 
de uns e de outros, estabelecendo-se um equilíbrio 
entre os mecanismos de "desgaste" e de "formação" 
do solo. Nos ambientes semi-áridos e tropicais, este 
equilíbrio é muito frágil e fácil de se romper, na 
maioria das vezes em prejuízo do solo. É na zona 
semi-árida, onde se cultiva a maior área com algodão 
irrigado e quando o homem interfere de forma 
decisiva, sobre este equilíbrio, pode desnivelá-lo a 
favor dos mecanismos de desgaste. 
 
Cada tipo possui características próprias, tais como densidade, 
formato, cor, consistência e formação química. 
 
Solo Argiloso: possuí consistência fina e é impermeável a 
água. Um dos principais tipos de solo argiloso é a terra roxa, 
encontrada principalmente nos estados de São Paulo, Paraná 
e Santa Catarina. Este tipo de solo é bom para a prática da 
agricultura, principalmente para a cultura de café. Na região 
litorânea do Nordeste encontramos o massapé, solo de cor 
escura e também muito fértil. 
 
Solo Arenoso: possui consistência granulosa como a areia. 
Muito presente na região nordeste do Brasil, sendo permeável 
à água. 
 Solo Humoso: presente em territórios com 
grande concentração de material orgânico em 
decomposição (húmus). É muito utilizado para a 
prática da agricultura, pois é extremamente fértil 
(rico em nutrientes para as plantas). 
 
Solo Calcário: é um tipo de solo formado por 
partículas de rochas. É um solo seco e esquenta 
muito ao receber os raios solares. Inadequado 
para a agricultura. Este tipo de solo é muito 
comum em regiões de deserto. 
 
 É um tipo de solo formado por gelo e rochas 
congelados cobertos por novas camadas de gelo 
e neve, na época do inverno essas regiões podem 
atingir 300 metros de profundidade, diminuindo 
para 0,5 a 2 metros na época do verão. 
 No verão, a sua área torna-se pantanosa, pois o 
gelo superficial derretido gera uma água que não 
é absorvida pelo solo congelado. 
 O derretimento dessas áreas libera carbono antes 
aprisionado que, exposto à luz solar, se 
transforma em dióxido de carbono. O 
derretimento de regiões formadas por 
permafrost tem sido causado pelo aumento das 
temperaturas no Polo Norte.

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