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PATOLOGIA Estudo das doenças/lesões/enfermidades, das suas consequências macroscópicas e microscópicas de todos os órgãos e tecidos. Reparação tecidual Necroses Acúmulos e deposição de substancias Neoplasias Referencias bibliográficas: JONES – Patologia Veterinária MC.GAVIN – Bases da Patologia Veterinária COELHO – Patologia Veterinária Werner – PATOLOGIA GERAL VETERINÁRIA*** Etiologia – estudo das causas das doenças Etiopatogenia – mecanismos que causam a doença Tumor – aumento de volume Câncer – neoplasia maligna Maligna – capacidade de se multiplicar e enraizar para outros tecidos adjacentes Lesão – alteração macroscópica e/ou microscopia consequentes a uma doença ou agente etiológico Sintoma e sinal clinico - ??? Doença: Diagnostico – achado que determina a doença Definitivo, presuntivo, morfológico, etiológico. Prognostico – probabilidade da evolução da doença Morte – parada de todos os órgãos vitais do organismo - cérebro, coração, pulmão e rins Necrose – morte celular em vida Tanatologia – estudo sobre a morte, suas causas e seus fenômenos Cronotanatognose – tempo que leva entre a morte e o exame microscópico Teratologia – estudo das mal formações congênitas Apoptose – morte celular programada Autólise – célula auto digere Alterações post mortem – conjunto de degenerações que ocorrem em celular e tecidos Putrefação – decomposição – bactérias saprófitas Alterações Cadavéricas: alterações bioquímicas, estruturais e morfológicas que ocorrem no corpo do animal após sua morte Livor mortis: manchas cadavéricas Algor mortis: perda de temperatura corporal (1º/h) Rigor mortis: rigidez cadavérica, endurecimento os músculos PATOLOGIA Estudo da doença Baseado na causa: etiologia Desenvolvimento da doença: patogênese Baseado nas lesões Manifestações clinicas: sinais que podem ser observados DESCRIÇÃO/INTERPRETAÇÃO É normal? É artefato? (Parece algo importante mas na vdd não é, só sugere algo) É alteração post mortem? É uma lesão? Localização Tamanho Volume (L) Peso Forma – esférico, ovoide, plano, nodular Consistência – pneumonia e mastite Macia – lábios Firme – nariz Duro – testa Extensão - % Conteúdo – sanguinolento, aguoso, fibroso Odor – sinal patognomônico – sinal clinico característico de alguma doença Coloração Hiperemia – sinal, tecido avermelhado Ictérico – Anêmico Hemorrágico Cianótico Distribuição – focal, multifocal, difusa, localmente extensiva ETIOLOGIA – causa da doença, das lesões. Como elas evoluem. Muitas vezes é desconhecida. Fatores determinantes – diretamente ligado a doença. Exemplo: temperatura, nutrição, trauma, microorganismos, doenças congenitas Fatores predisponentes – intrínseco: fazem parte do fenótipo individual. Podem ou não ter a ver com seu perfil genético. Exemplo: raça, idade, gênero, cor, espécie Extrínseco: quando pertencem ao meio externo, estranhos ao organismo. Exemplo: nutrição, fatores ambientais, drogas, estresse. TECNICAS DE NECROPSIA Exame post mortem Certificar-se de que o animal esta morto, imobilização, avaliação as superfícies corporais Abertura e inspeção detalhada das cavidades e órgãos do animal morto Objetivo de diagnostico da causa da morte, reconhecer lesões e alterações corporais. Analise do cadáver e de cada parte ou órgão Alterações cadavéricas Algor mortis. Livor mortis, rigor mortis, alterações oculares, coagulações do sangue, autólise e putrefação. COAGULAÇÃO Coagulo cruorico – vermelho Coagulo lardaceo - anemia ou após agonia prolongada (VE) Diferenciar de trombo: friável, seco, inelástico, opaco Normal: VE – VAZIO VD – COAGULO Em equinos é normal encontrar coagulo lardaceo: percentual de sedimentação celular diferente dos outros animais NECROPSIA Identifica uma doença Indica o tratamento adequado a um rebanho Limita as perdas futuras Melhora a compreensão dos efeitos das doenças sobre os animais. TECNICAS DE NECROPSIA Paramentação Luvas de látex Macacão, jaleco ou avental Sapato fechado Retirar adornos Mascaras, óculos e touca So deve ser realizado após autorização do responsável Apresentação da ficha clinica ou prontuário: histórico, sexo, espécie, peso, idade Comportamento, sintomatologia Local onde o animal morreu Posicionamento: decúbito dorsal fixado a mesa com barbantes – ideal Lateral direita – equinos – posição dos órgãos (ceco) para permitir a visualização da cavidade Lateral esquerda – ruminantes – posição dos órgãos (rúmen) – COLHEITA E REMESSA DE MATERIAL: para colheita é preciso ter uma suspeita clinica Auxiliar no diagnostico de enfermidades Bactérias, vírus, parasitas, intoxicações químicas, plantas toxicas, deficiências minerais e vitamínicas, analises bioquímicas, anatomohistopatólogico Até 12 horas post mortem é aceitável a colheita. PERGUNTAS 1 - Defina patologia geral e sistêmica. 2 - O que é lesão? 3 - Quanto à distribuição, quais são as possíveis formas de apresentação de uma lesão? Defina. Focal: apenas um ponto apresenta lesão Multifocal: vários pontos apresentam lesão Focal: apenas um ponto apresenta lesão Multifocal: vários pontos apresentam lesão 4 - Quais os possíveis tipos de diagnostico. Explique cada um deles. 5 - Porque o termo sintoma não se aplica a medicina veterinária? 6 - De exemplos de sinal clinico e sintoma. 7 - O que são fatores predisponentes e fatores determinantes de uma doença? 8 - Explique quais as características morfológicas de Contusão: Abrasão: Incisão: Laceração: 9 - Defina autólise post mortem. 10 - O que é fixador e qual o mais utilizado? 11 - O que é rigor mortis e porque animais bem nutridos demoram mais a apresenta-lo? 12 - Quais os tipos de coagulo observáveis após a morte do animal? 13 - Porque cavalo apresenta coagulo lardáceo mais comumente que outras espécies? 14 - Defina necrose. Quais os processos responsáveis pela a sua ocorrência? 15 - Quais alterações citoplasmáticas indicam morte celular? 16 - Defina picnose, caliólise e cariorrexe. 17 - Descreva os tipos de necrose. 18 - Defina gangrena. ação de agentes externos sobre o tecido necrosado. A gangrena pode ser seca, úmida ou gasosa. 19 - Diferencie hiperemia e congestão. 20 - Defina hemorragia. 21 - Defina pestécia, hequimose e hematoma. 22 - Quais as causas do edema. 23 - Como diferenciar trombo de coagulo post mortem? 24 - Porque não devemos encontrar coagulo cruorico no ventrículo esquerdo do coração saudável após a morte? 28/03/2018 Alterações cadavéricas: Autólise, embebição por hemoglobina, embebição biliar, timpanismo e putrefação. FIXADORES Glicerina, formol, congelamento (retardar) Permitir o estudo celular como em vida Evitar alterações na estrutura química celular Endurecimento de tecidos moles p/ processamento técnico Fixar proteínas e inativar enzimas proteolíticas responsáveis pela autólise Animais que sofreram antes de morrer, gastam a reserva de glicogênio (gasta pq o organismo tenta sobreviver), entra em rigor mortis = enzimas digestivas começam agir sobre as fibras proteicas, justamente essas fibras que nos não queremos. COLHEITA E REMESSA DE MATERIAL O que deve ser evitado: Tecido em autólise Amostras congeladas Falta de histórico Amostragem não representativa (tamanho) Material fixado incorretamente Incorreta identificação Proporção amostra/fixador EXAME EXTERNO DO CADAVER Alterações cadavéricas Estado nutricional Alterações de pele Orifícios naturais Avaliação de todas as superfícies: boca, narinas, olhos, pavilhões auriculares, anus, vulva, penis, pele, pelos, cascos, articulações Mucocas: a boca é o primeiro orifício natural a ser examinado São inspecionadas as gengivas, os lábios, mucosas das bochechas, palato e a língua Seguindo com a cavidade nasal, olhos, conduto auditivo, orifício anal, aparelho genital masculino ou feminino e as mamas. Conjunto de órgãosLíngua traqueia coração e pulmão Morte Celular - Necrose se torna evidente após algum tempo da morte da célula ocorre após a morte da célula em tecido vivo necrose – indica a morte do tecido tecido morto- nem sempre apresenta necrose necrose não é sinônimo de morte, necrose é morte celular em vida, pode ser celular também mas é em vida, esse é o fator diferencial pós mortem só ocorre autólise, necrose só ocorre em vida, sempre terá necrose e depois a autólise para degradar a necrose, mas em vida. precisa no mínimo de 7 a 8 horas para aparecer autólise é a lise da célula a partir das enzimas digestivas presentes nos lisossomos depende do tipo de necrose e do tipo de tecido, na literatura diz-se que o tecido fica branco pálido esbranquiçado, mas se tivermos uma gangrena fica vermelho, então depende muito. Morfologia da Necrose: digestão enzimática da célula – autólise desnaturação protéica Alterações Morfológicas: - Macroscópicas: palidez perda de resitência – friável zona de demarcação – halo hiperêmico (2 a 3 dias) processo inflamatório - Microscópicas: perda da integridade da célula alterações das atividades fisiológicas (citoplasma) perda do núcleo desequilíbrio eletrolítico núcleo – picnose – diminui de tamanho, formato arredondado. Hipercromático cariorrexe – fragmentação da cromatina (DNA) cariólise – dissolução da cromatina (difunde-se fora da membrana nuclear) ausência do núcleo – núcleo desaparece 2 dias após sua morte a primeira coisa é entender que após a necrose ocorrerá a lise da célula porque ela precisa se degradar, mas não existe uma sequência que será seguida, isso varia de acordo com o estágio de necrose do tecido, mas as fases são: picnose: o núcleo diminui de tamanho cariorrexe o material genético se quebra cariólise começa a degradação do material genético até a ausência total do núcleo que começa a ser perceptível dois dias depois da morte da célula, então só consigo identificar que a célula está em necrose, lá pelo 7º dia. - alterações microscópicas no citoplasma: fases da necrose no citoplasma citoplasma – eosinofílico – degradação enzimática do RNA maior densidade ótica – perda de glicogênio, célula densa tumefação – digestão das organelas, acúmulo de água calcificação toda célula que tem capacidade de se renovar vão fazer a morte celular (célula vermelha, epitélio, tecido hepático) Tipos de Necrose: - Necrose de Coagulação – é a mais comum, sem núcleo mas com forma da célula preservada. O núcleo sofre todo o processo mas mantém a área preservada, dificultando sua identificação. área necrótica liquefeita e removida algumas características morfológicas mantidas o que dificulta o diagnóstico reconhecimento histológico do tecido ou órgão causas de necrose de coagulação: isquemia (infarto), temos infarto em outros órgãos. Isquemia é ausência de oxigenação, geralmente por obstrução, então o oxigênio não consegue chegar no tecido, a isquemia leva ao infarto, morte do tecido por falta de oxigenação. ** necrose de zenker: é específica músculo estriado. É um tipo de necrose de coagulação (prova). As enzimas vão degradar a proteína e desaparecem as estrias transversais e a musculatura fica com aspecto pálido, não é escuro. desaparecimento de estrias transversais palidez da musculatura as características de uma necrose dependem muito do tipo de causa e de tecido em que se instala (pele, viscera, mucosa) - Necrose de Liquefação: é uma necrose de tecido nervoso central que se dá a partir da presença de microrganismos piogênicos (bactérias formadoras de pûs) SNC: características físico químicas do tecido nervoso enzimas neutrofílicas: forma abscessos (nódulo encapsulado com material purulento) e processos supurativos. – cheias de neutrófilos). em aves pûs caseoso (heterófilos). em mamíferos esse pûs é liquefeito (tipo requeijão), em aves é um pûs caseoso (tipo ricota), porque ave não neutrófilo, só tem heterofilo, então o pûs é rico em excudato purulento, bactérias e células de defesa, mudando a consistência entre aves e mamíferos. líquido viscoso em mamíferos e se fixa no tecido - Necrose de Tecido Adiposo: é a morte de adipócitos saponificação dos lipídios – ácidos graxos livres combinados com íons (é quando você degrada os lipídios e combina com íons, a gordura é destruída, quebrada e degradada, soltando os ácidos graxos). Faz a necrose do tecido adiposo, não tem lesão macroscópica, não é visível, esse é o maior problema dela. tecido com aspecto granular lesão macroscópica inexistente depois da necrose vai formar no lugar tecido conjuntivo fibroso causas: pancreatites, traumas, lesão isquêmica ou lesão química hipoderme, mama, omento - Necrose de Caseificação: aspecto de “ricota”, pastoso, friável, branco acinzentado. Lesão tuberculosa, linfadenite caseosa e abscessos em aves. vem do casio que são restos de alimentos que param na amidala e dão mal cheiro e mal hálito que as vezes conseguimos expectorar. lesão caseosa ou necrose de caseificação é quando forma esse material purulento com aspecto pastoso, friável e branco. Abscesso em ave sempre vai ser caseoso. - Necrose Gangrenosa: a gangrena em si é a invasão de tecido morto por bactéria saprófita (aquelas que se alimentam com tecido morto) preciso ter lesão de contato com o meio externo para gangrena seca. gangrena seca – em pele ou extremidades, lesões vasculares (de pés de diabéticos) os organismos anaeróbios causam a gangrena úmida e a gasosa, geralmente por tromboses e embolias, torções e infecções. gangrena úmida – exsudato, gás, edema, cianose e hemorragia. Áreas frias e com odor pútrido. Anaeróbios, aqui preciso ter ambiente anaeróbio, onde crescem os clostridium. gangrena gasosa – é aquela causada por infecção secundária por clostridium. Evolução da Necrose: - regeneração: pouca alteração de estroma estroma x parênquima: tecido conjuntivo, estroma é onde encontramos os nervos e vasos, o parênquima é a parte funcional do tecido. Quando há alteração de estrôma o tecido consegue se regenerar porque é bem vascularizado e enervado, com pouca alteração pode ocorrer a regeneração tecidual. Se a lesão for em parênquima não vai regenerar, vai cicatrizar, a parte lesada volta a ter estrutura morfológica (cicatriz – tecido fibroso), mas ela não tem funcionalidade. - cicatrização: lesão em parênquima - encistamento: pseudocisto. O organismo identifica essa lesão e ao invés de eliminar a lesão faz um cisto ao redor da lesão. - eliminação: quando há contato com meio externo e surge uma cavidade (é uma cicatriz). - calcificação: necrose caseosa. Depósito de cristais de cálcio só na necrose caseosa que pode evoluir para uma gangrena se houver contaminação bacteriana. - gangrena: tecido invacido por microrganismos bactérias saprofitas. acabou necrose AGREÇÃO À CELULA: desvio de homeostasia adaptação celular – lesão reversível hiperplasia hipertrofia atrofia – quantitativa e qualitativa metaplasia lesão funcional lesão bioquímica sempre que uma célula sofre lesão ela pode morrer, então temos dois tipos de agressão à célula: reversível e irreversível. a irreversível leva a morte sempre que houver uma agressão à célula está havendo um desvio homeostático, um desvio ao equilíbrio corporal do indivíduo há uma lesão e pode haver uma doença. doença: alteração orgânica quando a capacidade do organismo é excedida, o organismo não consegue se adaptar aquela alteração, causando a doença. sempre que há uma alteração o organismo tenta se adaptar, se não consegue o indivíduo fica doente, se consegue se adaptar a lesão é reversível, se não consegue a lesão é então irreversível. conceitos de hiperplasia (organismo tenta se adaptar a uma determinada situação anormal – tipo quando há excesso de hormônio na gata por injeção anticoncepcional e a gata faz hiperplasia de mama – uma hiperplasia normal é quando a fêmea está lactante e faz a dilatação dos ductos mamários), hipertrofia e atrofia são necessários paracompreender essas agressões. hipertrofia também está tentando se adaptar a uma lesão (aumentar o volume daquelas células). atrofia: pode ser tanto quantitativa quanto qualitativa. É a diminuição do tamanho, do volume. Pode ocorrer por quebrar o membro e fica com ele imobilizado, os músculos atrofiam por falta de uso, isso é qualitativo, tem que reeducar o músculo, é uma lesão reversível. metaplasia: alteração de um tecido em outro da mesma linhagem celular para resistir a uma agressão. A metaplasia é reversível, se a agressão parar o tecido volta ao normal, não é um câncer mas é um fator de risco que pode se transformar em um câncer. Em tecido conjuntivo é irreversível mas metaplasia de tecido epitelial é reversível. refluxo no esôfago, começa a se adaptar e adquirir características de epitélio da mucosa gástrica para se adaptar a essa agressão. todas essas lesões podem ser causadas por lesão funcional ou química, isso se detecta por exame de sangue se tenho elevado número de enzimas no sangue consigo determinar a gravidade desta lesão bioquímica. - Anomalias no Desenvolvimento: (qualquer destes conceitos pode ser um caso descrito na prova e daí tem que dizer a causa) agenesia: quando o indivíduo nasce com a ausência de órgão ou pedaço do corpo. aplasia: falta de desenvolvimento do órgão. Pode ser considerada uma agenesia, mas é uma falta de desenvolvimento porque há vestígio do órgão aqui. Se fizer um exame histopatológico eu vejo resquício do tecido daquele órgão. hipoplasia: pouco desenvolvido do órgão em número de células. hiperplasia: desenvolvimento exagerado do órgão em número de células. hipertrofia: volume maior que o normal tamanho. Tem o mesmo número de células que o órgão normal, mas tem um volume maior. atrofia: menor que o normal atresia: é um órgão tubular sem luz. Ex: nascer com o ânus fechado. teratologia: são malformação congênitas, são anomalias de desenvolvimento. monstros: monstro quando as alterações não são compatíveis com a vida – não vive hemiterias – quase monstro. Ex: fenda palatina, quando há acesso direto pode morrer porque aspira leite direto pela cavidade, fazendo falsa via, morrendo de infecção pulmonar. distopia e ectopia: são sinônimos. É quando um órgão se desenvolve em um local diferente de sua origem. Difere de coristoma porque não é funcional. Ex: dente que cresce na parede no estômago, pelo que cresce dentro do útero. coristoma é uma distopia funcional: é um tecido ectópico porém funcional. Aquele tecido que se desenvolve fora do seu local de origem. hamartoma: é excesso de tecido, cresce no local que deve crescer mas com excesso de massa tecidual. Tem que ser funcional para ser harmatoma. Ex: hiperplasia mas que seja funcional. hermafrodita: é um sexo indefinido, há características dos dois sexos, não sendo necessário a presença dos dois órgãos sexuais. freemartin: é uma condição que ocorre em bovinos, em que há uma gestação gemelar (não é comum em bovinos), em que há um feto macho e um feto fêmea, durante o desenvolvimento fetal as membranas placentárias são as mesmas dos dois sexos, acontecendo anastomose venosa (junção dos vasos sanguíneos do macho e da fêmea) como o macho começa a produzir os hormônios sexuais primeiro que a fêmea ele passa os seus hormônios masculinos para a fêmea, masculinizando essa fêmea, tornando-a infértil, não desenvolve os seus órgãos femininos, fica com características masculinas. DISTURBIOS HIDRODINAMICOS E HEMODINAMICOS Coagulação: estancamento sanguíneo: estase sanguínea Endotélio normal: impede a coagulação Barreira mecânica entre o tecido conjuntivo subendotelial Equilibro hemostático: endotélio, coagulo e fatores de coagulação Desequilíbrio: hemorragias e trombose Sangue: Linhagem vermelha – hemácias ou elitrocitos, ferro, hemoglobina Linhagem branca – leucócitos que são granulocitos e agranulocitos Granulocitos: neutrófilos, eosinofilos, basófilos Agranulocitos: monócitos e linfócitos Plaquetas: fragmentos de células megacariocitos originários da medula óssea, utilizado para coagulação sanguínea Plasma sanguíneos: água, minerais, proteínas plasmáticas Circulação Fatores inibidores da agregação plaquetaria Favorecem a dissolução de coágulos: Liberam prostaciclina: evita agregação plaquetaria (trombos) – oxido nítrico – potente vasodilatador Liberam proteína C funcional – anticoagulante natural (dependentes da vit K) So vai haver formação do coagulo quando houver contato entre plaqueta com colágeno do tecido conjuntivo Proteína C reativa: indica reação inflamatória a partir de celulas hepaticas Coagulação – endotélio SIMULTANEAMENTE – células endoteliais promovem a coagulação Fatores de coagulação – Proteinas Plasmaticas Elaboram tromboplastina – fator tecidual >>> cascata de coagulação Secretam fator de vom Willebrand (vWF) – aderência das plaquetas Formação de fibrina Coagulação – Plaquetas Plaquetas: tem ação física – estancar a hemorragia e ação bioquímica: cascata de coagulação As plaquetas aderem quase imediatamente ao colageno subendotelial no local lesionado Alterações de distúrbios hemodinâmicos: circulatórios HIPEREMIA Alto fluxo sanguíneo a uma região Processo ativo Localizado Microcirculação: contração e dilatação de arteríolas e anastomose arterio venosa Causas: processos inflamatórios Demanda funcional Ação hormonal Neurogênica (em humanos) Congestão Diminuição ou interrupção do escoamento venoso Causas: hipóstase – efeito da gravidade Obstrução do fluxo venoso – trombos, tumores, compressão. Ausência de retorno venoso Insuficiência cardíaca – congestão generalizada D grande circulação – congestão hepática E pequena circulação – congestão e edema pulmonar Hemorragia Eritrócitos fora dos vasos Lesão endotelial ou diapedese (hipoxia ou inflamação) Petequias – ate 2 mm Equimoses – ate 3 cm Sufusoes – áreas hemorrágicas extensas Hematomas – coleção circunscrita de sangue com saliência nos tecidos vizinhos Púrpura – coagulopatias (trombocitopenia) Trombose Formação patológica de um coagulo – denominado trombo – dentro do sistema cardiovascular Embolo – trombo que solta-se e cai na corrente sanguinea Causas: tríade de virchow Lesão endotelial – traumatismos, agentes infecciosos, toxemia, imunomediado Alteração do fluxo sanguíneo – estase sanguínea Hipercoagulabilidade Alteração do fluxo sanguíneo Causas: Turbulência Aneurismas Anomalias cardíacas Estase Insuficiência cardíaca Aumento de viscosidade – policitemia Inatividade *pode haver lesão de endotélio 18/04/2018 TROMBOS: Macroscópicas: arteriais interior de artérias, coração massa friável superfície sem brilho aspecto irregular ou até fibrosa cor vermelho a acinzentado camadas pálidas ou laminações irregulares de fibrina – linhas de Zhan sempre terá uma face aderida no vaso/parede secreção sanguinolenta formada por uma massa friável (quando desmancha com facilidade) linhas de Zhan são um diferencial entre o coágulo e o trombo, no trombo sempre terá uma face aderida no vaso ou parede (coágulo é livre, firme não friável e vermelho vivo). Macroscópicos: venosos vermelhos superfície brilhosa possuem linhas de Zhan (laminações) sempre uma face do trombo está aderido à parede do vaso Diferencial coágulo pós morte: linhas de Zhan e aderência à parede do vaso - vermelho escuro – gelatinosos – molde do vaso ou cavidade o trombo arterial é muito fácil de reconhecer, já o trombo venoso tem características muito similares ao coágulo diferença: linhas de Zhan e a face aderida à parede do vaso. Microscópicamente: elementos sanguíneos + fibrina Tipos de Trombo: - oclusor ou oclusivo – ocupa toda o lúmen do vaso isquemia e infarto - obliterante – trombo que pode aumentar de tramanho – crescente dentro do vaso (trombo que vai aumentando de tamanho conforme vai agregando elementos) trombo canalizado – reestruturação da circulação novos canais (tenhovaso obstruído, o próprio organismo se encarrega de modificar a circulação para que o tecido ou órgão não fique sem circulação sanguínea que pode se tornar um trombo oclusor). no coração: trombo mural: parede miocárdio trombo vegetativo nas válvulas o que encontramos dentro: fibrina do coágulo proveniente de plaquetas do trombo é originária dos fibroblastos que são células teciduais e não sanguíneas Coagulação Intravascular Disseminada – CID é um defeito de coagulação que ocorre em resposta do organismo a uma situação para tentar parar o sangramento é uma reação desproporcional do organismo para se proteger, uma proteção exagerada o organismo faz coágulo para se proteger, para que a agressão não se dissemine no organismo Coagulopatia: formação generalizada de microtrombos em pequenos vasos, sinusóides (pequenos vasos dilatados de alguns órgãos) e capilares é uma doença secundária, ou seja, em consequência de outra doença, em especial septicemia Consequência de septicemia nas seguintes situações: - toxemias - traumatismos e ou queimaduras extensas: é uma forma do organismo tentar segurar o sangramento - neoplasias - problemas obstétricos Patogenia: liberação de fator tecidual + fatores do endotélio ou liberação de fatores de coagulação a cascata de coagulação do organismo é ativada, o problema é que essa cascata começa a obstruir um monte de vasos e começa a ocorrer uma deposição descontrolada de fibrina e uma obstrução capilar (pequenos vasos que são obstruídos), ocorre a inibição da fibrinólise então o coágulo não pode ser desfeito (a fibrinólise destrói a fibrina aí não desfaz o coágulo) trombose intensa: depleção plaquetária + fatores de coagulação da corrente sanguínea a resposta foi muito exagerada aí o organismo deixa de produzir plaquetas, diminuindo fatores de coagulação sanguínea, isso ativa os plasminogênios que vão digerir a fibrina, não permitindo que ocorra nova coagulação como resposta à coagulação intensa. não é a CID que causa a morte, mas sim a hemorragia que é uma resposta do organismo frente a essa coagulação disseminada de forma exagerada quando a trombose é intensa o efeito rebote causa as seguintes consequências: ativação do plasminogênio – digere a fibrina – não ocorre nova coagulação hemorragia intensa – morte anemia hemolítica: ocorre fragmentação de eritrócitos aí causa a hemorragia por essa fragmentação das células vermelhas EMBOLIA: pode ser proveniente de um trombo ou não se for proveniente do trombo é uma fração que se liberou e caiu na corrente sanguínea e vai obstruir um vaso de menor calibre que ele, esse é um tromboêmbolo porque é de fibrina o colesterol ruim (LDL) essa gordura se deposita na parede dos vasos fazendo obstrução nos vasos, quando se solta também obstrui um vaso de menor calibre. bolhas gasosas, presença de ar dentro dos vasos (geralmente é iatrogênicos – problema causado de forma externa) êmbolo parasitário: quando o próprio parasita está dentro do vaso e faz calcificação da parede ou causa a obstrução células neoplásicas que se agregam e fazem o êmbolo sépticos corpos estranhos que flutuam na corrente sanguínea obstrução do vaso por um êmbolo - tromboêmbolos: embolos de fibrina - êmbolos de gordura: bolhas gasosas – parasitários – células neoplásicas – êmbolos sépticos – iatrogênicos ISQUEMIA: é uma deficiência localizada de irrigação sanguínea os órgãos deixam de receber a quantidade adequada de oxigênio, se não estão oxigenando começam a ficar cianóticos pode ser venosa ou arterial (arterial tem mais potencial lesivo porque estou deixando de levar oxigênio para o tecido a venosa eu deixo de limpar o tecido de gás carbônico) arterial – maior potencial lesivo causas: hérnias (porção de tecido que atravessa uma cavidade natural ou artificial – se este buraco está pequeno o tecido que passou é estrangulado e causa a ausência de oxigênio), torções (em torno do próprio eixe, um órgão que torce em torno de si mesmo, ao redor do próprio eixo), vólvulo ou vólvulos (ocorre especialmente em animais de porte grande logo após comer que fazem exercício, o órgão gira em torno do seu suporte tecidual, geralmente torção gástrica é em sentido horário – detectada a situação imediatamente se rotacional o animal no sentido anti-horário para tentar fazer com que o órgão desvire – é preciso fixar a parede para que o órgão não gire mais) e compressão consequência isquemia total: infarto e necrose tecidual, na verdade o resultado do infarto é a necrose tecidual INFARTO: INFARTE NÃO EXITE, SÓ EXISTE ENFARTE OU INFARTO OU ENFARTO necrose de coagulação consequente a isquemia se o tecido fica brancos ou anêmicos é consequente de obstrução arterial, se fica vermelhos ou hemorrágicos é por causa de obstrução da drenagem venosa órgãos com dupla circulação (fígado e pulmão – dupla circulação venosa e arterial) tem geralmente como consequência o infarto séptico (presença de microrganismos que fazem a obstrução) venoso porque o gás carbônico é tóxico CHOQUE: deficiência circulatória generalizada aguda e intensa. É uma resposta do organismo frente a um agente agressor. resultado ou consequências do choque: hipotensão grave e hipóxia celular (a circulação baixa muito e o sangue não consegue circular, fazendo hipóxia) ex: choque anafilático gravidade: depende de causa, velocidade, tempo até início do tratamento a velocidade de instalação vai de organismo para organismo o prognóstico é bem reservado causas: - choque hipovolêmico: hemorragia, desidratação volêmia é volume circulante quando tenho choque hipovolêmico estou diminuindo a circulação seja por hemorragia, perca de sangue ou desidratação - choque cardiogênico: ICC, infarto, doenças valvares, hemopericárdio, arritmias - choque anafilático: reação antígeno anticorpo (alérgico) - choque neurogênico: alteração no SNA simpático, drogas (over dose), encefalites (ite – inflamação) - choque séptico: hipotensão generalizada – CID (coagulação intravascular disseminada)
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