Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso: Engenharia Civil Disciplina: Estatística (ESTE2) Prof. Rodrigo Cleber da Silva Aula 19 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL Mantendo a linha de estudos dos itens anteriores usaremos agora a VARIÂNCIA POPULACIONAL σ², no lugar do desvio padrão σ. Para isso usaremos a Distribuição Qui-Quadrado: 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL Denotamos Qui-Quadrado por Χ². Para achar os valores críticos dos valores Qui-Quadrado, recorremos à Tabela 1 a seguir. A Distribuição Qui-Quadrado é determinada pelo número de graus de liberdade. Neste capitulo utilizamos (n-1) graus de liberdade. 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL EXEMPLO: Determine os valores críticos de Χ² que definem regiões criticas contendo uma área de 0,025 em cada cauda. Suponha que o tamanho da amostra seja 10, de modo que o número de graus de liberdade é 10-1= 9. 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL Solução: Conforme a figura abaixo, o valor critico é obtido à direita (Χ² = 19,023) diretamente, localizando 9 na coluna de graus de liberdade à esquerda e 0,025 na parte superior. O valor critico Χ² = 2,70 à esquerda mais uma vez correspondente a 9 na coluna de graus de liberdade mas devemos localizar 0,975 (1- 0,025) na parte superior, porque os valores no topo são sempre áreas à direita do valor critico. Verifique na figura abaixo que a área total à direita de Χ ² = 2,70 e 0,975. 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL Estimadores de σ². A variância amostral S² é a melhor estimativa pontual da variância populacional σ². Embora S² seja a melhor estimativa de σ² não podemos avaliar quão boa é essa estimativa, portanto estabelecemos uma estimativa intervalar mais reveladora. 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL Exemplo: Uma confeitaria fabrica bombons que são embalados em pacotes com 12 unidades pesando no total 420 gramas. Se a variação dos bombons é muito grande, algumas caixas terão peso a menos (prejudicando o consumidor) e outras terão peso a mais (diminuindo o lucro). Este problema pode ser evitado se os bombons tiverem um peso médio de 35 gramas e um desvio padrão de 0,60 gramas ou menos. Selecionam-se aleatoriamente, na linha de produção, dez bombons que são pesados, dando os resultados a seguir: 35,8 35,0 36,8 36,1 34,2 35,2 36,6 35,0 33,6 34,2 (gramas) Construa dois intervalos de confiança de 95%, um para σ² e outro para σ, e determine se o processo está com problemas. 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL Exercícios: 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL Exercícios: 15 – Estimativas e Tamanho de Amostras 4- ESTIMATIVA DE UMA VARIÂNCIA POPULACIONAL Exercícios: 16 – Teste de Hipótese Já foi visto como uma amostra pode ser usada para desenvolver estimativas pontuais e do intervalo dos parâmetros da população. Agora, continuaremos a discussão da inferência estatística mostrando como o teste de hipóteses pode ser usado para determinar se uma declaração sobre o valor de um parâmetro da população deve ser rejeitado. No teste de hipóteses começamos fazendo uma hipótese tentativa sobre um parâmetro da população. Essa hipótese tentativa é chamada de hipótese nula e é denotada por H0. Definimos então uma outra hipótese, chamada de hipótese alternativa, que é o oposto do que foi estabelecido na hipótese nula. A hipótese alternativa é denotada por Ha. O procedimento do teste de hipóteses implica em usar dados de uma amostra para testar as duas declarações contrárias indicadas por H0 e Ha. 16 – Teste de Hipótese O objetivo aqui é mostrar como o teste de hipóteses pode ser conduzido sobre uma média da população. Começaremos dando exemplos que ilustram abordagens para desenvolver as hipóteses nula e alternativa. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Em algumas aplicações pode não ser óbvio como as hipóteses nula e alternativa devem ser formuladas. Deve-se tomar cuidado para estar seguro de que as hipóteses são estruturadas apropriadamente e que a conclusão do teste de hipóteses forneça as informações que o pesquisador ou o tomador de decisão deseja. Diretrizes para estabelecer as hipóteses nula e alternativa são dadas para três tipos de situações nas quais os procedimentos do teste de hipóteses são comumente empregados. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Testando Hipóteses de Pesquisa Considere um modelo particular de automóvel que atualmente atinge uma eficiência média de combustível de 24 Km por litro. Um grupo de pesquisa do produto desenvolveu um novo motor especificamente projetado para aumentar a relação quilômetros por litro. Para avaliar o novo motor, diversos deles são fabricados, instalados em automóveis e submetidos aos testes de condução controlados pela pesquisa. Note que o grupo de pesquisa do produto está buscando evidências para concluir que o novo motor aumenta a média de quilômetros por litro. Neste caso, a hipótese de pesquisa é que o novo motor fornecerá uma média de quilômetros por litro que exceda 24; isto é, μ > 24. Como diretriz geral, uma hipótese de pesquisa como essa deve ser formulada como hipótese alternativa. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Testando Hipóteses de Pesquisa Por isso as hipóteses nula e alternativa para esse estudo são: 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Se os resultados da amostra indicam que H0 não pode ser rejeitada, os pesquisadores não podem concluir que o novo motor seja melhor. Talvez mais pesquisas e testes subseqüentes devam ser realizados. No entanto, se os resultados da amostra indicam que H0 pode ser rejeitada, os pesquisadores podem fazer a inferência de que Ha : μ > 24 seja verdadeira. Com essa conclusão, os pesquisadores têm o suporte estatístico necessário para estabelecer que o novo motor aumenta o número médio de quilômetros por litro. A ação para iniciar a produção com o novo motor pode ser empreendida. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Em estudos de pesquisa como esse, as hipóteses nula e alternativa devem ser formuladas de modo que a rejeição de H0 suporte a conclusão e a ação que estão sendo procuradas. Em tais casos, a hipótese de pesquisa deve ser expressa como a hipótese alternativa. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Testando a Validade de umaAfirmação Como uma ilustração do teste da validade de uma afirmação, considere a situação de um fabricante de refrigerantes que estabelece que os recipientes de dois litros de seus produtos têm uma média de pelo menos 2,1 litros de líquido. Uma amostra de recipientes de dois litros será selecionada e o conteúdo será medido para testar a afirmação do fabricante. Neste tipo de situação de teste de hipóteses, geralmente partimos do pressuposto de que a afirmação do fabricante é verdadeira. Usando essa abordagem para o exemplo dos refrigerantes, poderíamos estabelecer as hipóteses nula e alternativa como segue: 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Se os resultados da amostra indicam que H0 não pode ser rejeitada, a afirmação do fabricante não pode ser desafiada. No entanto, se os resultados da amostra indicam que H0 pode ser rejeitada, será feita a inferência de que Ha : μ < 2,1 é verdadeira. Com essa conclusão, a evidência estatística indica que a afirmação do fabricante está incorreta e que os recipientes de refrigerante estão sendo preenchidos com uma média menor do que os 2,1 litros declarados. Uma ação apropriada contra o fabricante pode ser considerada. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Em qualquer situação que implica testar a validade de uma afirmação sobre o produto, a hipótese nula é geralmente baseada na hipótese de que a afirmação é verdadeira. A hipótese alternativa é então formulada de modo que a rejeição de H0 fornecerá evidência estatística de que a hipótese estabelecida está incorreta. A ação para corrigir a afirmação deve ser considerada sempre que H0 é rejeitada. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Testando em Situações de Tomada de Decisão Ao testar hipóteses de pesquisa ou testar a validade de uma afirmação, uma ação é tomada se H0 for rejeitada. Em muitos casos, no entanto, a ação precisa ser tomada tanto quando H0 não pode ser rejeitada como quando H0 pode ser rejeitada. Em geral, esse tipo de situação ocorre quando um tomador de decisão precisa escolher entre dois cursos de ação, um associado com a hipótese nula e um outro associado com a hipótese alternativa. Por exemplo, com base em uma amostra de peças de um embarque que acabou de ser recebido, o inspetor de controle de qualidade precisa decidir se aceita o carregamento inteiro ou retorna o carregamento ao fornecedor porque ele não satisfaz as especificações. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Testando em Situações de Tomada de Decisão Considere que as especificações para uma determinada peça estabeleçam que um comprimento médio de duas polegadas seja desejado. Se a média for maior ou menor que duas polegadas, as peças causarão problemas de controle de qualidade na operação de montagem. Neste caso, as hipóteses nula e alternativa seriam formuladas como segue: 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Se o resultado da amostra indica que H0 não pode ser rejeitada, o inspetor de controle de qualidade não terá razões para duvidar de que o embarque satisfaz as especificações e o embarque será aceito. No entanto, se os resultados da amostra indicam que H0 deva ser rejeitada, a conclusão será de que as peças não satisfazem as especificações. Neste caso, o inspetor de qualidade terá evidência suficiente para retornar o embarque ao fornecedor. Assim, que para esses tipos de situações, a ação é tomada tanto quando H0 não pode ser rejeitada como quando H0 pode ser rejeitada. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Resumo das Formas para as Hipóteses Nula e Alternativa Seja μ0 denotando o valor numérico específico que está sendo considerado nas hipóteses nula e alternativa. Em geral, um teste de hipóteses ao redor dos valores de uma média de população μ precisa tomar uma das seguintes três formas: 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA Em muitas situações, a escolha de H0 e de Ha não é óbvia e é necessário julgamento para selecionar a forma apropriada. No entanto, como as formas acima mostram, a parte de igualdade da expressão (tanto ³, £ ou =) sempre aparece na hipótese nula. Ao selecionar a forma apropriada de H0 e de Ha tenha em mente que a hipótese alternativa é o que o teste está tentando estabelecer. Por isso, perguntar se o usuário está procurando por evidência para confirmar μ < μ0, μ > μ0 ou μ ≠ μ0 ajudará a determinar Ha. 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA 16 – Teste de Hipótese 1- DESENVOLVENDO AS HIPÓTESES NULA E ALTERNATIVA
Compartilhar