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Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Testes Específicos – Quadril Teste de Patrick (FABRE) OBJETIVO: Avaliar as condições patológicas da articulação do quadril, espasmo do iliopsoas ou disfunção sacroilíaca. SUSPEITA DE LESÃO • Condições patológicas da articulação do quadril • Espasmo do iliopsoas • Disfunção da articulação sacroilíaca POSIÇÃO DO PACIENTE: O paciente está em supino. O membro testado é flexionado e o membro contralateral permanece estendido. PROCEDIMENTO DO TESTE: Uma das mãos do examinador é colocada sobre o joelho do membro testado. A outra mão do examinador é colocada na EIAS contralateral e será utilizada para estabilizar a pelve contralateral. O examinador posiciona o membro inferior do paciente de modo que o pé do membro testado fique sobre o joelho do membro inferior oposto. A seguir, o examinador lentamente abaixa o joelho do membro inferior testado na direção da mesa de exame. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO: Um resultado de teste negativo está indicado se o joelho do membro testado chega até a mesa ou pelo menos chega a um nível paralelo ao do membro inferior oposto. Um resultado de teste positivo está indicado se o joelho do membro testado permanece acima do membro oposto reto. Se o resultado do teste é positivo, o teste indica que a articulação do quadril pode estar afetada, pode estar presente um espasmo do iliopsoas ou a articulação sacrilíaca pode estar afetada (se o paciente apresenta uma dor posterior). Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Sinal de Tredelenburg OBJETIVO: Avaliar a estabilidade do quadril e a capacidade dos abdutores do quadril para estabilizar a pelve sobre o fêmur. POSIÇÃO DO EXAMINADOR: O examinador se posiciona sentado ou ajoelhado diretamente na frente ou diretamente atrás do paciente. O examinador deve se posicionar de modo a observar a posição da pelve. Não há a necessidade de contato manual; este é um teste observacional. PROCEDIMENTO DO TESTE: O paciente é orientado a ficar em pé apoiado em um dos membros inferiores, começando com o lado não envolvido. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO: Normalmente, quando uma pessoa fica em pé apoiada sobre um dos membros inferiores sem nenhum outro apoio, a pelve se eleva no lado oposto; isto indica um resultado de teste negativo. Um resultado de teste positivo está indicado se a pelve no lado oposto (lado não apoiado) cai quando o paciente se apoia sobre o membro afetado. A queda da pelve para o lado oposto indica uma fraqueza do glúteo médio ou um quadril instável (p. ex., como resultado de uma luxação do quadril) no lado afetado ou de apoio. Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Manobra de Weber-Barstow OBJETIVO: Avaliar as diferenças no comprimento e assimetrias dos membros inferiores POSIÇÃO DO PACIENTE: O paciente repousa em supino com quadris e joelhos flexionados e os pés planos sobre a mesa de exames. PROCEDIMENTO DO TESTE: O examinador palpa a face distal dos maléolos mediais ou ambos os pés com os polegares. A seguir, o paciente eleva ativamente a pelve da mesa de exame e retoma à posição inicial. Depois, o examinador estende passivamente os membros inferiores do paciente e compara as posições dos maléolos utilizando os bordos dos polegares. Níveis diferentes indicam assimetria. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO: Se um membro inferior é mais curto do que o outro, o examinador pode determinar o local da diferença por meio da medida seguinte: • Da crista ilíaca até o trocânter maior do fêmur (para coxa vara ou coxa valga). O ângulo colo- diáfise do fêmur normalmente é de 150° a 160° ao nascer e diminui para 120° a 135° no adulto. Em um adulto, se este ângulo for inferior a 120°, a condição é conhecida como coxa vara; se for superior a 135°, é conhecida como coxa valga. • Do trocânter maior do fêmur até a linha articular do joelho na face medial (para encurtamento da diáfise femoral). • Da linha articular do joelho na face medial até o maléolo medial (para encurtamento da diáfise tibial). Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Teste de Thomas OBJETIVO: Avaliar uma contratura dos flexores do quadril, que é o tipo mais comum de Contratura do quadril. POSIÇÃO DO EXAMINADOR: Primeiro o examinador avalia o paciente à procura de uma lordose excessiva, que comumente está presente com a contratura dos flexores do quadril. A seguir, o examinador se posiciona para visualizar a pelve do paciente e o ângulo da extremidade inferior. O teste pode ser feito ativamente pelo paciente ou passivamente pelo examinador (mais comum) enquanto o examinador ou o paciente estabiliza o membro inferior contralateral em flexão. PROCEDIMENTO DO TESTE: O examinador flexiona passivamente um dos quadris do paciente, trazendo o joelho até o tórax de modo a aplainar a lordose lombar e estabilizar a pelve. O paciente mantém o quadril flexionado contra o tórax deixando o membro testado relaxado na posição inicial. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO: Se o paciente não apresenta uma contratura em flexão, o quadril testado (o membro estendido) permanece na maca. Na presença de contratura, o membro estendido se eleva da maca conforme o outro membro inferior é flexionado na direção do tórax e o paciente relata uma sensação final de alongamento muscular. O ângulo da contratura pode ser medido. Se o examinador empurrar o membro inferior até a mesa, o paciente pode apresentar um aumento da lordose, que também indica um resultado positivo para o teste. Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Teste Ely OBJETIVO: Avaliar contraturas ou encurtamento do músculo reto femoral. POSIÇÃO DO PACIENTE: O paciente repousa em prono. POSIÇÃO DO EXAMINADOR: O examinador é posicionado aos pés do paciente. PROCEDIMENTO DO TESTE: Uma das mãos do examinador segura o tornozelo do membro testado. O examinador flexiona passivamente o joelho do paciente. A outra mão pode ser colocada na face posterior da pelve do paciente para avaliar o movimento sacral. INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO: Na flexão do joelho, um resultado positivo de teste está indicado se o quadril do mesmo lado flexiona espontaneamente; isto significa que o músculo reto femoral está encurtado naquele lado. Professor: Rafael Barreto – Avaliação Cinético-Funcional. Teste Ober OBJETIVO: Avaliar contraturas do tensor da fáscia lata (banda iliotibial). POSIÇÃO DO PACIENTE: O paciente está em decúbito lateral com flexão de quadril e joelho do membro que está em contato com a maca para aumentar a estabilidade. O membro oposto é o que será testado. POSIÇÃO DO EXAMINADOR: O examinador fica de pé atrás da coxa do paciente. PROCEDIMENTO DO TESTE: Uma das mãos do examinador é posicionada sob o joelho do paciente para levanta-lo e apoiá-lo e a outra mão é posicionada sobre a pelve para estabilizá-la e avaliar o movimento. A seguir, o examinador abduz e estende passivamente a coxa do paciente com o joelho estendido ou flexionado em 90˚. O examinador lentamente abaixa o membro inferior. Para este teste, é importante estender levemente o quadril de modo que a banda iliotibial passe sobre o trocânter maior do fêmur. Para isto, o examinador estabiliza a pelve durante o teste para impedir que a pelve "caia para trás". O examinador também observa a pelve para assegurar-se de que ela não se incline para o lado à medida que a coxa é abaixadana direção da mesa de exame INDICAÇÕES DE TESTE POSITIVO: Na presença de contratura, o membro inferior permanece abduzido e não cai sobre a maca. Com um comprimento normal da banda iliotibial, o pé deve ser capaz de tocar a mesa sem inclinação da pelve.
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