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Refino do Petróleo PROCESSOS DE CONVERSÃO Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein email: helgabodstein@gmail.com Refino do Petróleo PROCESSOS DE CONVERSÃO Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Processos de Conversão • Viscorredução; • Craqueamento Térmico; • Coqueamento; • Craqueamento Catalítico Fluido; • Hidrocraqueamento • Hidrotratamento/Hidroprocessamento; • Reforma Catalítica • Alquilação; Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Processos Térmicos de Conversão Definição: Processos em que frações pesadas do petróleo são convertidas em produtos mais leves, por ação conjugada de temperatura e pressão. - Craqueamento Térmico - Viscorredução - Coqueamento Retardado. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Processos Térmicos de Conversão Princípio: Quebra de cadeias pesadas de hidrocarbonetos, quando sujeitas a condições severas de aquecimento, gerando moléculas mais leves. Consequência: Parte da carga é convertida em coque. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Proc. Term. Conv. - Craqueamento Térmico e Viscorredução - processos obsoletos - Craqueamento Catalítico - processo muito mais econômico e de mais fácil operação. Reação Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Proc. Term. Conv. - Craqueamento Térmico Carga: Resíduo atmosférico ou gasóleo. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Proc. Term. Conv. - Craqueamento Térmico • Formam-se sempre olefinas. Há uma polimerização significativa destas moléculas menores, e forma-se, também, uma certa quantidade de carvão. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Proc. Term. Conv. - Craqueamento Térmico Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Entrada da carga aquecida na coluna de fracionamento. O resíduo atmosférico (ou gasóleo) é diluído pelo refluxo interior e a corrente resultante sai pelo fundo da torre, em direção aos fornos de craqueamento. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Dentro dos fornos, a carga é aquecida rapidamente, podendo a temperatura de saída ser superior a 550ºC, conforme a carga. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Os produtos craqueados entram na câmara de reação, onde permanecem de um a dois minutos, para que as reações se completem. Os produtos efluentes da câmara de reação vão, em seguida, para um tambor de flash conhecido como câmara de expansão, onde os gases do craqueamento separam-se dos óleos residuais. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Os gases retornam à torre de fracionamento, para serem separados conforme suas temperaturas de ebulição. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Pelo topo, saem vapores de nafta e gases leves, que, após serem resfriados, são separados em um tambor de acúmulo. Como retiradas laterais, pode-se ter os gasóleos leve e pesado, reciclados ou não aos fornos. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Térmico - Desvantagens • Trabalha com pressões elevadas, em torno de 25 a 70 kg/cm2; • Maior rendimento em coque e gás combustível, em detrimento da produção de nafta e GLP, do que o craqueamento catalítico; • A nafta apresenta uma alta taxa de insaturados (olefinas e diolefinas), o que favorece a formação de gomas. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Viscorredução Objetivo: Reduzir, através de ação térmica, a viscosidade de um resíduo que será usado como óleo combustível, por meio da quebra de suas moléculas mais pesadas, tornando desnecessária a adição de frações intermediárias para acerto da viscosidade. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Viscorredução - As condições operacionais são brandas em relação às do craquamento térmico convencional, para evitar a formação excessiva de coque. - Ocorre formação de uma quantidade de hidrocarbonetos na faixa do diesel e do gasóleo que, não sendo removidos, entram como diluentes no resíduo processado, reduzindo sua viscosidade. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Viscorredução Gás combustível, GLP e nafta também são produzidos, porém em menor escala. Trata-se também de um processo obsoleto, em função do alto custo operacional e baixa rentabilidade. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Viscorredução Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Aquecimento gradual da carga, aproveitando as correntes quentes que deixam a unidade O fluxo penetra no forno de viscorredução, onde sua temperatura pode atingir 480ºC Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. O produto efluente, após deixar os fornos, recebe uma corrente de gasóleo pesado, para que sua temperatura seja reduzida (“quench”). A mistura resultante, com uma temperatura mais baixa, penetra na torre de fracionamento. O produto residual, com sua viscosidade diminuída, acumula-se no fundo da torre e é continuamente retirado (alcatrão de viscorredução). Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Gasóleos pesados e leves são retirados lateralmente na fracionadora Pelo topo da fracionadora, saem as frações mais leves, gases e nafta não estabilizada, que são separadas no tambor de acúmulo de topo. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Coqueamento Retardado Definição: Processo de obtenção de coque a partir de uma grande variedade de cargas, normalmente, cru reduzido, resíduo de vácuo, óleo decantado, alcatrão de craqueamento térmico e suas misturas. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Coq. Retardado Princípio: Com a aplicação de condições severas de operação, moléculas de cadeia aberta são craqueadas e moléculas aromáticas polinucleadas resinas e asfaltenos são coqueados produzindo gases, nafta, diesel, gasóleo e, principalmente, coque de petróleo. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Coq. Retardado Coque – Aplicações: - Como eletrodo, na produção do alumínio, em que, para cada quilo de alumínio consome-se, em média, 0,4 kg de coque calcinado e grafitizado. - Produção de abrasivos, produção de titânio, carburetos, nos eletrodos de fornos elétricos de siderurgia, na recarbonetação do ferro e aço, etc. - Combustível, agente redutor e em misturas com carvão-de- pedra na produçãode coque siderúrgico. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Coq. Retardado Três tipos de coque podem ser obtidos: • Coque Esponja: De mais baixa qualidade, apresenta poros muito pequenos e paredes espessas, não sendo útil na fabricação de eletrodos. Provém de cargas com elevado percentual de resinas e asfaltenos; Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Coq. Retardado • Coque Favo-de-Mel: De qualidade intermediária após calcinação e grafitização. Possui poros em forma elipsoidal uniformemente distribuídos e unidirecionais, sendo utilizado na produção de anodos satisfatórios. Provém de cargas com baixos teores de resinas e asfaltenos. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Coq. Retardado • Coque Agulha: De qualidade superior, possui poros finos, elípticos e unidirecionais, é o mais indicado para a fabricação de eletrodos. Provém de cargas muito aromáticas. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Coq. Retardado O projeto de uma unidade de coqueamento pode visar à produção máxima de determinado corte, segundo a aplicação correta de níveis de pressão, temperatura e reciclo. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Coq. Retardado Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Aquecimento e introdução da carga no fundo da fracionadora, onde o material mais leve sofre um flash. Os pesados misturam-se com o reciclo e seguem, bombeados, do fundo da torre para a fornalha, onde são rapidamente aquecidos a cerca de 490ºC. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Passam aos tambores de coque, para um período “prolongado”, onde, então, o coque é formado e depositado. A temperatura no tambor fica normalmente entre 438 e 466ºC. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. O coque é retirado pelo fundo do tambor, diretamente para vagões ou para transportadores hidráulicos Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Craqueamento Catalítico - FCC (“Fluid Catalytic Cracking”) Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino - Craqueamento Catalítico - FCC (“Fluid Catalytic Cracking”) Resumo: a carga, (gasóleo proveniente da destilação a vácuo, e que seria utilizado como óleo combustível) entra em contato com um catalisador a uma temperatura elevada, ocorrendo a ruptura (“cracking”) das cadeias moleculares, dando origem a uma mistura de hidrocarbonetos que são posteriormente fracionados. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Objetivo: Produção de GLP e/ou nafta. Paralelamente, são formados produtos mais pesados que a nafta, além de coque, que se deposita na superfície do catalisador. Coque - é integralmente queimado na etapa de regeneração do catalisador, formando um gás de combustão de alto valor energético usado na geração de vapor d’água de alta pressão. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Características: Processo de grande versatilidade e alta rentabilidade, que requer alto investimento. - Destina-se, principalmente, à obtenção de gasolina de alta octanagem, obtida na faixa de 50% a 60% em volume em relação à carga processada. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Unidade de FCC: – seção de reação ou conversão: local onde se passam as reações do processo, sendo composta de equipamentos de reação e regeneração do catalisador; – seção de fracionamento: recebe o efluente do reator, fracionando-o em vários produtos. Recupera também uma parte dos gasóleos não convertidos, reciclando-os ao conversor; Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico – seção de recuperação de gases: recebe as frações leves convertidas, fracionando-as em nafta de craqueamento (gasolina), GLP e gás combustível; possui também uma torre que possibilita o desmembramento do GLP em duas correntes, C3 (propano e propeno) e C4 (butanos e butenos); Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico – seção de tratamentos: trata nafta, GLP e gás combustível de modo a torná-los produtos comercializáveis ou aptos para sofrer, em etapas posteriores, transformação em outros produtos. Nela, o teor de enxofre dos produtos acima citados é sensivelmente reduzido. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: Seção de Reação ou Conversão (Conversor) O gasóleo proveniente da destilação a vácuo e desasfaltação, após penetrar na unidade, é aquecido com os produtos quentes que saem e encaminhado à base do “RISER”, uma tubulação vertical de grande diâmetro, por onde sobe a mistura de catalisador e vapores de hidrocarbonetos e ocorre a maior parte das reações de craqueamento. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: O gasóleo é misturado a uma grande quantidade de catalisador à alta temperatura (≈ 700ºC), o que provoca sua instantânea vaporização, fluidizando o catalisador. No REATOR, colocado imediatamente após o “RISER”, completam-se as reações do craqueamento. Por diminuir a velocidade dos vapores, o REATOR propicia a separação inicial do catalisador. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: O efluente gasoso do reator, constituído de hidrocarbonetos craqueados e não craqueados, gases inertes e vapor d’água), é enviado então à seção de fracionamento. No “REGENERADOR”, o coque que se depositou na superfície do catalisador é queimado com ar, gerando uma grande quantidade de calor Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: Seção de Fracionamento: Os gases de craqueamento, efluentes do reator, são enviados à seção de fracionamento, onde os produtos são separados pelas suas faixas de ebulição, em uma torre de destilação. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: O produto de topo contém as frações mais leves produzidas (nafta de craqueamento, GLP e gás combustível),que após serem resfriadas, são coletadas no tambor de acúmulo. Os óleos de reciclo (leve e pesado) são os produtos laterais da fracionadora. Esses dois cortes são constituídos de moléculas médias e pesadas que foram parcialmente craqueadas. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: Seção de Recuperação de Gases: O gás proveniente do tambor de acúmulo da fracionadora, é succionado por um compressor, e tem sua pressão bastante elevada. Em seguida, passa por resfriadores e vai a um tambor de acúmulo de alta pressão. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: O gás combustível do topo da absorvedora primária pode arrastar consigo um pouco de nafta de absorção o gás combustível vai à absorvedora secundária. Nessa torre, o fluido absorvedor é o refluxo circulante frio de óleo leve de reciclo, que, após a absorção, retoma à torre fracionadora. O gás combustível, depois desta operação, vai à seção de tratamento (DEA), onde o H2S é retirado da mistura. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Processo: Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Embora as unidades de craqueamento sejam bastante flexíveis para processarem grandes variedades de cargas, existem algumas limitações: • Faixa de destilação – o limite inferior situa-se em torno de 320ºC. A faixa de destilação usualmente empregada varia de 340ºC a 570ºC; Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico • Resíduo de carbono – O resíduo de carbono deve ser baixo, para minimizar-se a formação de coque. De um modo geral deve ser menor que 1,5% em massa; • Fator de Caracterização (KUOP): Determina o teor de parafinas da carga. Quanto mais parafínica for a carga, mais facilmente ela será craqueada, de forma que quanto maior o KUOP (recomenda-se KUOP >11,5), menos severas serão as condições de operação da unidade. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico • Teor de Metais: Para que a atividade e a seletividade do catalisador não sejam afetadas, o teor de metais da carga deve obedecer à seguinte recomendação: Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Características do Catalisador de Craqueamento O catalisador empregado nas reações de “cracking” é um pó granular, finíssimo, de alta área superficial, à base de sílica (SiO2) e alumina (Al2O3). Este pó, quando atravessado por uma corrente gasosa, comporta-se de modo semelhante a um fluido. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Características do Catalisador de Craqueamento - Existem três formas diferentes de catalisador: • baixa alumina (11-13% Al2O3) • alta alumina (25% Al2O3) • tipo zeolítico (cristalino) Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico O catalisador de craqueamento tem as seguintes funções: – promover as reações do craqueamento em condições de pressão e temperatura muito mais baixas do que as requeridas no craqueamento térmico; – transportar o coque depositado na sua superfície para o regenerador, onde será queimado, gerando calor; Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico – atuar como agente de transferência de calor, retirando-o da zona de combustão e utilizando-o para aquecer e vaporizar a carga, elevando sua temperatura para possibilitar e manter as reações de craqueamento. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Principais reações do processo • Craqueamento de parafinas: CnH2n+2 → CmH2m + CpH2p+2 • Craqueamento de olefinas: CnH2n → CmH2m + CpH2p • Craqueamento de naftênicos: CnH2n → CmH2m + CppH2p Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Principais reações do processo • Craqueamento de aromáticos: Ar-CnH2n+1 → Ar-H + CppH2p Ar-CnH2n+1 → Ar-CmH2m+1 + CpH2p+2 (Com n = m + p) Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico De acordo com o perfil de produtos que se pretende obter, é possível atuar no processo, controlando as variáveis operacionais. Processo complexo, onde existem as variáveis independentes (controladas através de um controlador) e dependentes (se alteram em consequência de uma alteração em uma das variáveis independentes). Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico - Varáveis independentes: • Temperatura de reação - É medida no final do raiser; • Vazão de carga fresca - É quantidade de matéria prima a ser craqueada; • Vazão de reciclos - É quantidade de produto craqueado que retorna ao riser, atualmente em desuso; • Temperatura da carga - É temperatura da carga ao entrar no riser; Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico - Varáveis independentes: • Velocidade espacial - É relação entre vazão de carga total e a massa de catalisador que entra em contato com a carga; • Atividade do inventário - É medida da capacidade do inventário de catalisador em converter uma determinada carga em determinados produtos. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico - Varáveis dependentes: • Relação Cat/Óleo - É relação em peso entre a circulação de catalisador e vazão de carga total; • Temperatura de regeneração - É temperatura do catalisador durante a queima de coque no regenerador; • Vazão de ar para regeneração - É vazão de ar necessário para manter a combustão de coque depositado no catalisador; Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico - Varáveis dependentes: • Conversão – É o percentual em volume da carga fresca transformada em produtos nobres (gasolina e leves), calculado por: Onde: CF = Carga Fresca LCO = Light Cycle Oil (conhecido como óleo diesel) OD = Óleo Decantado Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico A relação Cat/Óleo é a medida da severidade de reação, ou seja, quanto maior for essa relação maior será a severidade de craqueamento. Ela indica que uma maior quantidade de catalisador entrou em contato com uma certa quantidade de carga, resultando em maior produção de leves. Quando se deseja uma maior produção de GLP deve- se trabalhar com uma maior relação Cat/Óleo. Refino do Petróleo Refino do Petróleo- Unidades de Refino – Craq. Catalítico A relação Cat/Óleo se altera com qualquer variação nas variáveis independentes, o que significa dizer que quando se atua numa variável independente, a relação Cat/Óleo varia, levando o sistema para outro ponto de equilíbrio térmico. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Para se aumentar a relação Cat/Óleo devemos fazer as seguintes alterações: • Aumentar a temperatura de reação; • Reduzir a temperatura da carga; • Reduzir a velocidade espacial; • Reduzir a atividade do inventário de catalisador. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Atuando nessas variáveis pode-se então controlar o processo de FCC, de maneira a obter um determinado perfil de produtos, maximizando GLP ou maximizando gasolina. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Existem diversos tipos de unidades de craqueamento espalhados pelo Brasil, unidades essas desenvolvidas por diversas firmas de engenharia diferentes: Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico As tendências recentes no desenvolvimento e operação de processos de craqueamento catalítico em refinarias envolve os aspectos químico e mecânico. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico - Aspecto Químico: as pesquisas com os catalisadores contemplam a manipulação de matrizes (caulim ou zeólitas) a fim de melhorar sua atividade e seletividade, como na obtenção de gasolina de melhor qualidade. Em função da presença crescente de contaminantes, também se busca a síntese de catalisadores cada vez mais resistentes; Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico - Aspecto Mecânico: procura-se dar atenção às mudanças na engenharia e projeto das unidades, em função das propostas feitas pelo setor químico. Nesse caso, pode-se citar o uso de regeneradores distintos que trabalhem de acordo com o nível de contaminantes da carga, a realização da etapa de regeneração a baixa temperatura e a aceleração do processo de separação de catalisador e produtos. Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc. Refino do Petróleo - Unidades de Refino – Craq. Catalítico Refino do Petróleo Professora Helga Bodstein, D.Sc.
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