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Sistema Reprodutor e Digestório

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SISTEMA DIGESTÓRIO
Está constituído por órgãos responsáveis pela preensão, mastigação, insalivação, deglutição, digestão, absorção e eliminação dos resíduos não aproveitados. É formado por um canal alimentar e por órgãos anexos.
O Canal Alimentar apresenta órgãos localizados na cabeça, no pescoço, no tórax, no abdome e na pelve óssea.As estruturas pertencentes ao canal alimentar são: boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos e ânus.
Cabeça-> Boca e Faringe
Pescoço-> Esôfago
Tórax -> Esôfago
Abdome-> Esôfago, Estômago e Intestinos
Pelve Óssea-> Intestino e Ânus
	
	O canal alimentar encontra-se aberto nas suas extremidades e apresenta uma luz (espaço) no seu interior por onde transitam os alimentos e que se comunica com o meio externo através da boca e do ânus. No interior deste aparelho há órgãos ocos que apresentam dilatação ou não, permitindo a passagem dos alimentos.
	Os órgãos anexos ao aparelho digestório estão representados pelas glândulas salivares, fígado e pâncreas.
- CANAL ALIMENTAR:
	A primeira porção do canal alimentar é a boca.
1) BOCA:
	Primeira parte do canal alimentar e que tem como função a preensão, mastigação e a insalivação dos alimentos. A boca está limitada rostralmente pelos lábios e caudalmente pela faringe. A boca encontra-se dividida pelos dentes em dois compartimentos: Vestíbulo Oral e Cavidade Oral Propriamente dita.
. Vestíbulo Oral: compreende o espaço entre os lábios e dentes e bochechas e dentes
. Cavidade Oral Propriamente dita: é o espaço a partir da face interna dos dentes onde se encontra a maior parte da língua e que se comunica com o início da faringe.
	O Vestíbulo Oral e a Cavidade Oral Propriamente dita comunicam-se entre si através dos espaços interdentários (espaços entre os dentes). Os principais espaços interdentários são:
- Diastema: espaço entre os dentes incisivos
- Espaço Retromolar: espaço caudal ao último dente molar
	A Cavidade Oral propriamente dita próximo a faringe apresenta um estreitamento fazendo com que o bolo alimentar seja orientado em direção à faringe e esôfago.
	O estreitamento se deve a duas pregas, uma direita e outra esquerda, que unem o Palato Mole à raiz da língua. Cada prega é chamada de Arco Palatoglosso. A área que sofre o estreitamento recebe o nome de Istmo das Fauces (fauces: garganta).
	Na boca encontramos a Rima Oral, que é a fenda delimitada pelos lábios. Durante o estudo anatômico da boca são incluídas estruturas relacionadas à ela.
Lábios
Bochechas
Dentes
Palato duro
Palato mole
Língua
Glândulas salivares
Lábios:
São duas pregas de natureza músculo-membranosa: lábio superior e lábio inferior, que
delimitam a Rima Oral, e que nas extremidades formam ângulos, os quais se fundem originando as Comissuras Labiais.
A função dos lábios é variável entre as espécies domésticas, atuando na captação de alimento e na sucção de líquidos. No bovino encontra-se uma particularidade chamada de Plano Nasolabial que se localiza no lábio superior e se continua até o rostro (focinho).
Nesse Plano Nasolabial existe um grande número de pequenas elevações que se distribuem de maneira própria para cada indivíduo, ou seja, não existem dois animais com a mesma disposição dessas elevações, como as impressões digitais no homem.
A Impressão do Plano Nasolabial pode ser usada como uma forma de identificação do animal.
No lábio superior ocorre um sulco que se dirige ao nariz, sendo chamado de filtro.
A face interna dos lábios encontra-se revestida por uma membrana mucosa em todas as espécies domésticas, e nos ruminantes observam-se papilas chamadas de Papilas Bucais, as quais são longas e pontiagudas, com a função de proteger a mucosa contra a ação mecânica do alimento.	
O lábio superior e o lábio inferior apresentam internamente pregas que se dirigem para a gengiva originando os Frênulos Labiais.
A camada média dos lábios está formada pelo M. Orbicular da Boca.
Irrigação dos lábios: A. Labial (ramo da A. Facial, que se origina da A. Carótida Externa)
Retorno Venoso dos lábios: V. Labial (que forma a Veia Facial que irá formar a Veia Linguofacial)
Inervação: N. Facial
1.2) Bochechas:
Formam os limites laterais do Vestíbulo Oral. Externamente nos animais apresentam-se recobertas por pêlos e internamente por uma membrana mucosa. Nos ruminantes a mucosa apresenta as Papilas Bucais. Na face interna das bochechas próximo ao 2º ou 3º dente pré-molar no gato, 4º dente pré-molar no cão, 2º dente molar no ovino e 2º ou 3º dente molar no eqüino e suíno, (dentes superiores), encontra-se uma elevação da mucosa chamada de Papila Parotídea, local onde termina ducto da Glândula Salivar Parótida (Ducto Parotídeo).
As bochechas apresentam uma função bastante importante que é a de auxiliar na mastigação, conduzindo o alimento para o interior da Cavidade Oral Propriamente dita. As bochechas apresentam uma camada média formada pelo Músculo Bucinador.
Irrigação das bochechas: A. Facial
Drenagem venosa: V. Facial
Inervação: N. Facial
1.3) Dentes:
Os dentes estão divididos em uma parte que está fixa nos alvéolos dentários ou dentais (escavações nos ossos Incisivos, Maxilares e Mandibulares) e de uma parte livre exposta acima (dentes inferiores) ou abaixo (dentes superiores) das gengivas. A parte fixa é chamada de raiz e a parte livre denomina-se de coroa. A raiz está unida à coroa pelo Colo Dentário.
A coroa nos carnívoros e suínos encontra-se revestida por uma substância chamada de esmalte. Nos herbívoros, ruminantes ou não, o esmalte encontra-se revestido por uma camada mais escura e uma substância chamada de cemento.
Os animais, assim como o homem, podem ser classificados como Heterodontes e Difiodontes.
	- Heterodontes: 
São os indivíduos que possuem diversos grupos de dentes com formas e função diferentes.
. Dentes Incisivos: São dentes cortantes e achatados no sentido rostrocaudal. Possuem a função de cortar.
. Dentes Caninos: São dentes com uma forma cônica e bastante desenvolvidos nos carnívoros. Função: dilacerar (rasgar). 2/3 está no alvéolo e 1/3 é externo (coroa)
. Dentes Pré-molares: Nos carnívoros possuem cúspides pontiagudas e nos herbívoros são retangulares. Possuem as seguintes funções de acordo com a espécie: dilacerar (rasgar), prender e triturar.
. Dentes Molares: São levemente pontiagudos nos carnívoros e nos demais animais são retangulares. Funções: prender e triturar.
	- Difiodontes: 
São indivíduos que possuem uma primeira dentição que irrompe no início da vida e que é substituída por uma segunda dentição, que deve permanecer até a morte. Os dentes que irrompem no início da vida são chamados de decíduos, temporários, “de leite” ou “caducos”. Os dentes que devem durar por toda a vida são denominados permanentes ou definitivos.
Encontramos os seguintes dentes decíduos nos animais: Incisivos, Caninos e Pré-molares (não há molares decíduos, apenas permanentes).
- Fórmula Dentária ou Dental:
. Eqüino:
DD= 2 (I 3 	C 0	PM 3) = 24 dentes
	 3	 0 3
DP= 2(	I 3	C 1	PM 3-4	M 3) = 42-40 dentes
	 3 1 3 3
fêmea: geralmente não possui os dentes caninos, quando presentes ela pode ser infértil. Os dentes PM (1º) podem ser ausentes, chamados de dentes do Lobo (36-38 dentes).
. Bovino:
DD= 2(I 0	C 0	PM 3) = 28 dentes
 4 0 3
DP= 2(I 0	C 0	PM 3	M 3) = 28 dentes
	 4 0 3 3
. Canino:
DD = 2(I 3	C 1	PM 3) = 28 dentes
	 3 1 3
DP= 2(I 3	C 1	PM 4	M 2) = 42 dentes
 3 1 4 3
 
. Suíno:
DD= 2(I 3	C 1	PM 3) = 28 dentes
	 3 1 3 
DP= 2(I 3	C 1	PM 4	M 3) = 44 dentes
	 3 1 4 3
. Felino:
DD= 2(I 3	C 1	PM 3) = 26 dentes
 31 2
DP= 2(I 3	C 1	PM 3	M 1) = 30 dentes
 3 1 2 1 
1.4) Palato Duro:
Representa quase que a totalidade da parede dorsal da cavidade oral propriamente dita. É vulgarmente conhecido como “céu da boca”. O nome palato duro deve-se ao osso Palatino (Processo Palatino do Osso Maxilar e Processo Palatino do Osso Incisivo). O Palato Duro apresenta-se recoberto por uma membrana mucosa bastante espessa e que nos ruminantes prolonga-se ocupando o espaço dos dentes incisivos superiores. A mucosa nesses animais recebe uma cobertura de queratina (proteína responsável pelo aspecto áspero e pela resistência) e por isso a parte que ocupa o local dos dentes incisivos superiores é chamada de Pulvino Dental.
Em todas as espécies domésticas observa-se cristas no palato duro que orientam o bolo alimentar em direção caudal e são chamadas de Rugas Palatinas. As rugas palatinas estão presentes de modo transversal e distribuídas por toda a sua extensão.
Irrigação: A. Palatina e A. Palatolabial
Drenagem Venosa: V. Palatina e V. Facial
Inervação: N. Maxilar ramo do N. Trigêmio 
1.5) Palato Mole:
Representa a parte caudal do céu da boca, também chamado de parede dorsal. Está formado por membrana mucosa e por músculos esqueléticos estriados. Prende-se aos ossos Palatino e Pterigóide e também a língua e a faringe. Do palato mole partem dois pares de pregas com a função de diminuir o diâmetro da cavidade oral propriamente dita para que o alimento seja dirigido de modo mais fácil a faringe e depois ao esôfago. Os dois pares de pregas são chamados de:
Arco Palatoglosso direito e esquerdo: os quais formam o Istmo das Fauces. As pregas de membrana mucosa e músculo partem do palato mole à raiz da língua.
Arco Palatofaríngeo direito e esquerdo: as pregas partem do palato mole à faringe.
	Irrigação: A. Palatina
	Retorno Venoso: V. Palatina
	Inervação: N. Maxilar ramo do N. Trigêmio e N. Glossofaríngeo
Função: auxilia a condução do bolo alimentar favorecendo o ato da deglutição. Os músculos esqueléticos estriados responsáveis pela mobilidade do palato mole são: M. Palatino, M. Palatofaríngeo, M. Levantador do Véu Palatino e o M. Tensor do Véu Palatino.
1.6) Língua:
 É um órgão músculo-membranoso que se localiza em sua maior parte no interior da cavidade oral propriamente dita e com sua porção caudal chamada de raiz, prolongando-se na parte inicial da faringe. Apresenta-se recoberto por uma membrana mucosa espessa e possui tecido adiposo, tecido linfóide, tecido conjuntivo e também músculos esqueléticos estriados. A língua prende-se ao osso Hióide, à faringe e à mandíbula. 
Funções: a língua é um órgão que apresenta grande mobilidade, sendo essencial na captação do alimento e na sucção de líquidos. Possui também a função gustativa através da qual sente-se o sabor dos alimentos (acre, doce e salgado). Nos bovinos, a língua desempenha função importante na preensão dos alimentos e os incisivos inferiores são empregados nessa espécie para cortar as gramíneas e leguminosas por meio de movimentos de lateralidade da mandíbula, por isso, a altura das pastagens deve ser controlada para facilitar a alimentação dos bovinos.
Nos carnívoros a língua possibilita a troca de calor auxiliando na termorregulação e com isso auxilia na diminuição da temperatura corporal. No interior da língua uma artéria antes de formar capilares comunica-se com uma veia, o que é chamado de Anastomose Artério- Venosa. Quando a língua é exteriorizada o sangue recebe o impacto da temperatura externa sendo resfriado e com isso auxiliando na diminuição da temperatura corpórea.
A língua está constituída de Mm. Esqueléticos Estriados:
. Mm. Extrínsecos: responsáveis pela mobilidade: M. Genioglosso, M. Hioglosso e M. Estiloglosso.
	M. Genioglosso
	Origem: face medial da Mandíbula
	Inserção: parte ventral da língua
	Ação: exteriorizar e baixar
	M. Hioglosso
	Origem: Basióide
	Inserção: parte caudal da língua
	Ação: retrair e baixar
	M. Estiloglosso
	Origem: Estiloióide
	Inserção: toda a língua
	Ação: movimentos laterais e elevação
. Mm. Intrínsecos: formam a língua, não respondem pela mobilidade. Possuem fibras musculares longitudinais, transversais e verticais.
A língua apresenta 3 divisões (apenas para facilitar o estudo):
1) Ápice ou Vértice: parte mais rostral. Nos bovinos é pontiagudo, nos carnívoros é arredondado, nos suínos é afilado e no eqüino tem a forma de espátula. Na parte ventral do ápice há uma prega fixada ao assoalho da cavidade oral propriamente dita que se chama Frênulo Lingual. Rostral ao Frênulo Lingual há duas papilas chamadas de Carúnculas Sublinguais (ductos das glândulas salivares Mandibulares e Sublinguais). No canino encontramos um sulco na parte Mediana Dorsal da língua.
2) Corpo: parte média, no interior da cavidade oral propriamente dita, próximo aos dentes molares. Nos ruminantes há uma elevação dorsal que é o Toro Lingual. Rostral ao Toro Lingual há um sulco chamado de Fossa Lingual. O Toro Lingual auxilia na mastigação, comprimindo o alimento contra o palato duro.
3) Raiz: quase totalmente na faringe. Fixada ao Osso Hióide e à Mandíbula.
	A parte dorsal da língua é revestida por uma membrana mucosa com grande número de papilas que são chamadas de Papilas Linguais (na face dorsal e nos bordos). Elas recebem nome de acordo com o aspecto e forma:
1) Filiformes
2) Fungiformes
3) Cônicas
4) Lentiformes
5) Valadas
6) Foliadas
1) Papilas Filiformes:
	São pontiagudas, numerosas e situadas no dorso do ápice. No eqüino tem aspecto aveludado. Nos ruminantes e felinos são queratinizadas e ásperas. Estão presentes em todas as espécies e sua função é mecânica.
2) Papilas Fungiformes:
	Possuem forma arredondada de cogumelo. Estão localizadas nos bordos e no dorso da língua, presentes em todas as espécies e de função gustativa.
3) Papilas Cônicas:
São projeções pontiagudas no dorso da raiz da língua. São ausentes no eqüino. Nos ruminantes estão situadas no Toro Lingual. Sua função é mecânica.
4) Papilas Lentiformes:
	São pequenas placas arredondadas semelhantes a lentilhas. Estão sobre o Toro Lingual e presentes somente nos ruminantes. Sua função é mecânica.
5) Papilas Valadas:
	Forma arredondada, circundada por um Sulco no dorso da raiz da língua. São encontradas de 2 a 8 e possuem de 6 a 7 mm de diâmetro. Estão presentes em todas as espécies e tem função gustativa.
6) Papilas Foliadas:
	Situadas no bordo da raiz da língua. São pequenas pregas ausentes nos ruminantes e de função gustativa.
	Irrigação:A. Lingual ramo da A. Carótida Externa
	Drenagem Venosa: V. Língua que forma a V. Linguofacial que forma a V. Jugular Externa
	Inervação: N. Facial (Sensibilidade gustativa nos 2/3 rostrais)
		 N. Trigêmio (Sensibilidade geral e dor nos 2/3 rostrais)
		 N. Glossofaríngeo (Sensibilidade geral, gustativa e dor no 1/3 caudal)
		 N. Hipoglosso (Inervação motora da língua, Mm. Intrínsecos e extrínsecos)
- Glândulas Salivares:
	Glândulas exócrinas cuja secreção é a saliva, que participa do processo digestivo. Nos bovinos o conjunto das glândulas salivares média por dia é de 40-60 litros.
Glândula Parótida
Glândula Mandibular
Glândula Sublingual (Monostomática e Polistomática)
Glândula Zigomática
Glândula Salivar Parótida
Ventral à base da orelha. Possui forma variável entre as espécies. Seu ducto excretor é na face lateral do M. Masseter. Perfura o M. Bucinador e termina na Papila Parotídea.
Felino: 2º ou 3º dente pré-molar superior
Canino: 4º dente pré-molar superior
Bovino: 2º dente molar superior
Eqüino e Suíno: 3º dente molar superior
Glândula Salivar Mandibular
Ventral à Glândula Parótida, na confluência das Veias Linguofacial e Maxilar formando a Veia Jugular Externa. Seu ducto excretor percorre o M. Miloióide e terminana Carúncula Sublingual.
Glândula Salivar Sublingual
3.1) Monostomática (Stoma= boca, abertura): Na região intermandibular, profunda à Glândula Mandibular. Seu único ducto excretor termina na Carúncula Sublingual
3.2) Polistomática: possui vários ductos excretores abaixo da mucosa do assoalho da boca, próximo à Carúncula Sublingual
4) Glândula Salivar Zigomática
Conhecida como glândula Orbital. É medial e ventral ao osso Zigomático. Está presente somente em carnívoros. Seu ducto excretor está na parte rostral dorsal à raiz próximo ao último molar, 1 cm caudal à papila Parotídea.
FARINGE:
Órgão tubular formado de músculo membranoso, curto e com forma aproximadamente cônica.
É Comum aos aparelhos Respiratório e Digestório. Localiza-se entre a boca e o esôfago. Se Fixa às cartilagens da laringe Cricóide e Tireóide, aos ossos Palatino, Pterigóide e Hióide. Possui duas partes: rostral e caudal. Aparte rostral tem dorsal e ventralmente o palato mole como base.
. Parte Rostral:
- Dorsal: dorsal ao palato mole. Há uma comunicação com a cavidade nasal e a parte nasal da faringe chamada de Nasofaringe.
- Ventral: ventral ao palato mole há uma comunicação entre a cavidade oral propriamente dita e a parte oral da faringe chamada de Orofaringe.
. Parte Caudal: Laringe ( Ádito da Laringe
 Esôfago ( Óstio Faringo-esofágico.
	A faringe apresenta 7 comunicações:
1) Adito da Laringe (laringe)
1) Óstio Faringo-esofágico (Esôfago)
1) Orofaringe (Cavidade Oral Propriamente dita)
2) Coanas (espaço dividido em dois compartimentos pelo Vômer)
2) Óstios Faríngeos das Tubas Auditivas direita e esquerda (dilatação no eqüino ( Bolsa Gutural)
- Orofaringe:
	Nas paredes laterais existem as Tonsilas Palatinas (antigas amigdalas). Em determinadas espécies estão numa fossa chamada de Fossa Tonsilar (carnívoro e ruminante). No eqüino e no suíno estão espalhadas na orofaringe (não há fossa).
- As paredes da faringe apresentam movimento e apresentam fibras musculares estriadas esqueléticas (para constrição e dilatação). Músculos da Faringe: Estilofaríngeo, Palatofaríngeo, Pterigofaríngeo, Hiofaríngeo, Tireofaríngeo e Cricofaríngeo.
	Irrigação: A. Faríngea ramo da A. Maxilar ramo da A. Carótida Externa
	Drenagem Venosa: V. Faríngea que vai formar a V. Jugular Interna
	Inervação: N. Glossofaríngeo (IX Par Craniano).
ESÔFAGO:
Parte do aparelho digestório que une a faringe e o estômago. É um tubo longo e estreito que
apresenta partes cervical, torácica e abdominal.
. Parte cervical: Início: após a faringe (Óstio Faringo-esofágico)
		 Término: 1º par de costelas
. Parte torácica: Início: 1º par de costelas
		 Término: Diafragma
. Parte abdominal: Início: após Hiato Esofágico
		 Término: Estômago
	As partes cervical e torácica, dorsal a traquéia, após a bifurcação da traquéia nos brônquios principais, o esôfago cruza dorsal ao Arco Aórtico relacionando-se com os vasos da base.
	Estrutura: 
Camada Interna: - Mucosa em contato com o bolo alimentar e - Submucosa muito resistente
Camada Média: - Muscular com fibras lisas e estriadas
Camada Externa: -Adventícia nas regiões cervical e torácica e – Serosa na região abdominal
Funções do Esôfago:
- condução do bolo alimentar da faringe ao estômago através das Ondas Peristálticas.
	Irrigação: A. Esofágica ( A. Carótida Externa
		 A. Esofágica ( A. Bronco-esofágica
		 Ramos esofágicos ( A. Gástrica Esquerda
	Drenagem venosa: V. Jugular Interna, V. Ázigos e V. Gastroduodenal
	Inervação: N. Vago (X Par Craniano) .
ESTÔMAGO:
Segmento dilatado do aparelho digestório especializado na digestão dos alimentos por meio de
uma enzima, Pepsina, e de um ácido, Ácido Clorídrico. Está situado entre o esôfago e o intestino e possui forma variável entre as espécies domésticas. Animais que possuem estômago simples são chamados de Monogástricos, são os carnívoros, eqüino e suíno. Animais que possuem estômago composto são chamados de Poligástricos ou Ruminantes, são o bovino, ovino e caprino.
- Monogástricos:
	O estômago possui um compartimento que se comunica com o esôfago através da parte Cárdica (Óstio Cárdico) e com o Duodeno (1ª parte do intestino delgado) através do Piloro (Óstio Pilórico).
- Morfologia Externa:
Face Parietal:
Relacionada ao fígado
Face Visceral:
Relacionada aos intestinos delgado e grosso
Curvatura Gástrica Menor:
Situada na parte dorsal, é a menor distância entre o esôfago e o piloro. Possui uma Incisura Angular. É nessa curvatura que se prende o Ligamento Hepatogástrico ou Omento Menor que vai do fígado ao estômago.
Curvatura Gástrica Maior:
Situada na parte ventral, é a maior distância entre esôfago e piloro. É nessa curvatura que se prende o Ligamento Gastrolienal ou Gastro-esplênico e o Omento Maior ou Epíplon.
Parte Cárdica:
Cárdia (externamente): junção do esôfago ao estômago
Óstio Cárdico (Internamente): Músculos Esfincterianos na junção do esôfago com o estômago.
Fundo Gástrico ou do Estômago:
Parte situada à esquerda do estômago,é um fundo de saco que possui relação com o baço. No eqüino possui o Saco Cego e no suíno o Divertículo Gástrico.
Corpo Gástrico ou do Estômago:
Parte média do estômago, entre o fundo e a parte pilórica. É limitado dorsalmente pela Curvatura Gástrica Menor e ventralmente pela Curvatura Gástrica Maior.
Parte Pilórica:
Área após o corpo, situada a direita do estômago. Sofre um estreitamento chamado de Antro Pilórico, então vem o Canal Pilórico e então o Piloro antes de chegar ao Duodeno.
Piloro:
Parte final do Estômago. Junção do estômago com o duodeno, possui o Óstio Pilórico (Mm. Esfincterianos que regulam a passagem do quimo do estômago ao duodeno). Nos ruminantes e suínos encontramos o Toro Pilórico que é uma elevação da mucosa para a passagem mais lenta do quimo (obstrução mecânica).
- Estrutura do Estômago:
Camadas:
Camada Interna com Mucosa e Submucosa (que dá a resistência e não entra nas suturas)
Camada Média com fibras musculares lisas circulares, longitudinais e obliquas
Camada Externa : Camada Serosa
- Morfologia Interna:
	Divisão da mucosa do estômago de acordo com regiões e de acordo com a secreção das glândulas:
Região das Glândulas Cárdicas:
	Mais próxima da parte cárdica. Região glandular produtora de muco para a proteção da mucosa por causa do HCl. O suíno apresenta o Divertículo Gástrico e apresenta também uma área retangular ao redor da parte cárdica (internamente) com características da mucosa do esôfago, que é a Região Esofágica.
Região das Glândulas Gástricas Próprias ou Fúndicas:
	Situadas na região do fundo e corpo do estômago. Região glandular produtora de enzima (pepsina ( célula principal e de maior número) e ácido clorídrico (células parietais e de menor número).
Região das Glândulas Pilóricas:
	Mais próxima da parte pilórica. Região glandular produtora de muco. Possui um espessamento de forma arredondada chamado de Toro Pilórico, apenas nos suínos e ruminantes, esse Toro permite uma passagem mais lenta do quimo do estômago ao duodeno. O eqüino possui uma diferença acentuada, quase até a metade do estômago a mucosa possui característica da mucosa do esôfago, é uma região aglandular (região esofágica no saco cego). Após essa região há a Margem pregueada (Margus Plicatus), então a Região das Glândulas Cárdicas, depois a Região das Glândulas Gástricas Próprias ou Fúndicas e por último a região das Glândulas Pilóricas.
	- O Eqüino possui o esfíncter cardíaco muito desenvolvido e seu estômago fica numa posição inclinada quando está cheio, por isso, está espécie está impossibilitada de vomitar, o que não permite também que ele solte gases pela boca.
- Ligamentos do Estômago que permitem que ele fique em posição anatômica:
1) Ligamento Gastrolienal: estômago ao baço
2) Ligamento Hepatogástrico ouOmento Menor: fígado ao estômago
3) Ligamento Gastrofrênico: pilar esquerdo do diafragma ao estômago. Apenas no eqüino.
4) Omento Maior ou epíplon: Na curvatura gástrica maior faz uma dobra chamada de Bolsa Omental no Pâncreas.
- Capacidade do Estômago:
Eqüino: 8-15 litros
Suíno: 5-8 litros
Canino: 0,6-8 litros
	Irrigação: A. Gástrica Esquerda
		 A. Gástrica Direita
		 Aa. Gástricas Curtas
	Drenagem Venosa: V. Gastroduodenal
	Inervação: N. Vago (Parassimpático) e Fibras Simpáticas
- Poligástricos:
	Possuem estômago composto, dividido em quatro compartimentos:
Rume, Retículo e Omaso: Pré-estômago ou Pró-ventrículo,a mucosa deles é aglandular e a digestão dos alimentos se dá por microorganismos (bactérias e protozoários).
Abomaso: Estômago Verdadeiro, semelhante ao estômago dos monogástricos em estrutura e função. Mucosa glandular. A digestão do alimento se dá por enzima (pepsina) e por ácido (HCl).
	O estômago dos ruminantes ocupa ¾ da cavidade abdominal (metade esquerda) exceto o espaço do baço e parte do intestino delgado. Capacidade do estômago: 
Bovino: 40-110 litros, com variação racial, 80% se encontra no Rume, 5% no Retículo, 7% no Omaso e 8% no Abomaso. Pequenos Ruminantes: 13-23 litros.
* Rume:
	Maior dos compartimentos. Vai do Retículo / 8º espaço intercostal até a Tuberosidade Coxal na entrada da pelve (esquerda do plano mediano). Extremidade Cranial: Sacos Cranial ou Átrio do Rume, Dorsal e Ventral. Extremidade caudal: Sacos Caudodorsal (saco cego) e Caudoventral (saco cego).
	Os sacos são separados externamente por sulcos:
. Sulco Ruminorreticuilar: Separa Retículo do Saco Cranial do Rume
. Sulco Longitudinal: continuação do Sulco Cranial. Separa o Saco Dorsal do Ventral
. Sulco Coronário Dorsal: Separa o Saco Dorsal do Saco Caudodorsal
. Sulco Coronário Ventral: Separa o Saco Ventral do Saco Caudoventral
. Sulco Cranial do Rume: Separa o Saco Cranial do Saco Ventral
. Sulco Caudal: Separa os Sacos Caudodorsal e Caudoventral.
	Os sulcos ocorrem nos lados direito e esquerdo. Internamente formam pregas que são os Pilares do Rume, que recebem os mesmos nomes dos Sulcos e possuem fibras musculares lisas. A mucosa do Rume é recoberta por um Epitélio Queratinizado que apresenta Papilas Ruminais. O Rume comunica-se com o Retículo pelo Óstio Ruminorreticular.
Lado esquerdo: Sacos e Sulcos:
Sulco Ruminorreticular
Sulco Cranial do Rume
Sulco Longitudinal Esquerdo
Sulco Coronário Dorsal
Sulco Coronário Ventral
Sulco Caudal
* Retículo:
	Está entre o diafragma e o Rume. 6ª, 7ª e 8ª costelas a esquerda do plano mediano. É o mais cranial e nos bovinos é o menor dos quatro compartimentos. Possui forma ovóide e está separado externamente do Rume pelo Sulco Ruminorreticular. Sua mucosa apresenta pregas que são as Cristas do Retículo, as quais apresentam 10mm (1 cm) de altura e possuem aspecto de favo de mel. Sua superfície apresenta papilas com função mecânica. O Retículo comunica-se com o Omaso pelo Óstio Retículo- Omásico, onde encontramos papilas queratinizadas, curvas, com aspecto de garras de pássaro que são chamadas de Papilas Uniguiculiformes e possuem função mecânica.
Ruminação: O bolo alimentar formado na boca cai no Rume e no Retículo através do Esôfago, e então vai sofrer a ação de microorganismos. O ruminante deglute uma grande quantidade de sua saliva para manter o pH do estômago, isso ajuda também a aumentar a taxa de microorganismos. Através da contração do órgão as partículas voltam a boca pelo esôfago e são mastigadas e então deglutidas novamente, o que chamamos de Ruminação.
* Omaso:
	Possui a forma de elipse e está a direita do plano mediano. Da 7ª a 11ª costela. Sua mucosa apresenta pregas longitudinais chamadas de Lâminas do Omaso. As lâminas maiores são de 1ª ordem e de acordo com o tamanho 2ª, 3ª e até 4ª ordem podem ser encontradas, possuem função mecânica, de trituração e absorção de líquidos. O Omaso comunica-se com o Abomaso pelo Óstio Omaso- Abomásico.
	Da parte inicial do Rume e Retículo, passando pelo Omaso e indo terminar no Abomaso encontramos o Sulco Reticular, que conduz líquidos do esôfago diretamente ao abomaso, pois os líquidos não precisam sofrer a ação de microorganismos. (Importância em animais lactantes).
* Abomaso:
	Saco alongado no assoalho da cavidade abdominal. É o último compartimento do estômago dos ruminantes e possui estrutura e função semelhante aos monogástricos (estômago simples). Externamente possui:
Fundo: situado na região xifóide. Possui relações com o Retículo, átrio do Rume e Saco Ventral do Rume.
Corpo: entre o saco ventral do rume e o Omaso, a esquerda do plano mediano.
Parte Pilórica: caudal ao omaso, a direita do plano mediano. Une-se ao duodeno.
Curvatura Maior: fixada ao Omento Maior
Curvatura Menor: unida ao Omento Menor
Internamente: 
	A mucosa apresenta pregas espirais chamadas de Pregas do Abomaso. As glândulas gástricas vão produzir pepsina e HCl. Na parte pilórica há as glândulas pilóricas e o Toro Pilórico que é um espessamento da mucosa. O Abomaso se comunica com o duodeno pelo Óstio Pilórico.
- INTESTINO:
	Inicia no duodeno e termina no ânus. Divide-se em intestino delgado e intestino grosso 
Intestino Delgado:
	Segmento mais estreito do tubo intestinal. Inicia no duodeno e termina no ílio. Divide-se m Duodeno, Jejuno e Ílio.
Eqüino: 20-22 metros
Canino: 4 metros
Bovino: 40 metros
Suíno: 15-20 metros
Ovino e Caprino: 25 metros.
- Duodeno:
	Parte mais próxima do piloro e curto. Possui relação com o pâncreas, fígado e intestino delgado. No eqüino e bovino possui 1 metro. Divisões do duodeno:
Parte cranial: elevação após o piloro
Flexura cranial: dobra após a parte cranial
Parte descendente: em direção caudal
Flexura caudal: dobra após a parte descendente
Parte ascendente: em direção cranial
Flexura duodenojejunal: limite entre duodeno e jejuno.
	O duodeno possui o término dos Ductos pancreáticos (Acessório e Principal ( Papila Duodenal Menor) e do Ducto Colédoco (conduz a bile ( Papila Duodenal Maior)
	A Papila Duodenal Maior e a Papila Duodenal Menor são elevações da mucosa.
- Prega Duodenocólica: entre duodeno e cólon.
- Jejuno:
	Segmento mais longo com grande número de flexuras que são chamadas de Alças Intestinais. Inicia na flexura duodenojejunal e termina no limite com o ílio (sem demarcação) ( Prega Ileocecal (entre seco e ílio).
- Ílio:
	Último segmento do intestino delgado. Limite com o jejuno macroscopicamente não nítido. Termina na junção com o ceco.
As três divisões do intestino delgado estão unidas pela Prega do Peritônio chamada de Mesentério (Aa. e Vv. Mesentéricas)
Intestino Grosso:
	Segmento de maior diâmetro, se divide em ceco, cólon e reto.
Bovinos: 10-11 metros
Cão: 60-75 centímetros
Suíno: 4-5 metros
Eqüino: 7-8 metros
- Ceco:
	Primeiro segmento do intestino grosso. No eqüino possui tamanho, posição e forma diferente das demais espécies porque é aí que ocorre a digestão da celulose. Comprimento: 1,35-1,50 metros com capacidade de 25-35 litros. No ceco há ação de microorganismos. Possui:
Base: comunica-se com o Ílio e Cólon
Corpo: fixado ao cólon pela Prega Cecocólica
Ápice
	No eqüino possui 4 cordões longitudinais com tecido conjuntivo muscular liso formando as Tênias. As paredes possuem saculações chamadas de Haustros. 
	Nas demais espécies:
Carnívoro – Ceco espiralado: 10-15 centímetros
Suíno: Ceco cilíndrico
Bovino: Ceco cilíndrico: 75 centímetros
	O Ceco apresenta dois óstios: óstio Ileocecal e Cecocólico (Valva Cecocólica).
- Cólon:
	Maior segmento do Intestino Grosso. Inicia no Ceco e termina no Reto. 
Carnívoros: Cólon ascendente (direito)
		 Cólon transverso
		 Cólon descendente (esquerdo)
		 Cólon Sigmóide
Bovino e Suíno: Cólon ascendente (giroscentrípetos e centrífugos)
		 Cólon transverso
		 Cólon descendente
		 Cólon Sigmóide
Eqüino: Cólon maior (ascendente): 3-3,7 metros e 20-25 centímetros de diâmetro
		Colón ventral direito
		Cólon ventral esquerdo
		Colón dorsal esquerdo
		Colón dorsal direito
	 Cólon transverso (inicia na base do ceco entre o cólon maior e o menor).
	 Cólon descendente (menor) 3,5 metros (inicia próximo ao estômago e termina na entrada da pelve)
	 Cólon Sigmóide 
Cólon maior, divisão:
Cólon ventral direito: inicia na base do ceco e termina na flexura Esternal próximo da cartilagem 
		 Xifóide.
Cólon ventral esquerdo: da cartilagem Xifóide à entrada da pelve (término na Flexura Pélvica)
Cólon dorsal esquerdo: inicia na flexura pélvica e vai até o diafragma (Flexura Diafragmática)
Cólon dorsal direito: inicia na flexura diafragmática e termina na base do ceco onde se origina o cólon Transverso.
- Reto:
	Parte intrapélvica do intestino grosso. Possui forma retilínea. Inicia na entrada da pelve e termina no ânus. Na parte final há uma dilatação chamada de Ampola Ventral.
- Ânus:
	Extremidade caudal do reto, comunica-se com o meio externo. Apresenta dois esfíncteres:
Esfíncter Interno do Ânus: fibras musculares lisas
Esfíncter Externo do Ânus: fibras musculares estriadas esqueléticas
Plexo Venoso ( Plexo Hemorroidal.
ÓRGÃOS PERITONEAIS:
P = Pâncreas
R = Rim
C = Cólon
ID = Intestino Delgado
Ligamento Coronário		
Ligamento Hepatogástrico ou Omento Menor
Ligamento Gastrolienal		 7) Escavação ou Fossa Sacrorretal ou Pararretal
Omento Maior ou Epíplon		 8) Escavação ou Fossa Retogenital
Mesocólon				 9) Escavação Vesicogenital
Mesentério				 10) Escavação Pubeovesical
ÓRGÃOS ANEXOS:
PÂNCREAS:
	Glândula mista. Parte exócrina (tripsina, amilase, lípases pancreáticas). Parte endócrina (insulina e glucagon). Possui relação com o duodeno a direita do plano mediano. Morfologia externa:
Possui dois lobos: Lobo esquerdo (face parietal do estômago)
		 Lobo direito (contato com o duodeno)
	Corpo: entre os lobos
	Enzimas transportadas por dois ductos na mucosa do duodeno:
- Ducto Pancreático Principal: Papila Duodenal Maior
- Ducto Pancreático Acessório: Papila Duodenal Menor
FÍGADO:
	Maior glândula do corpo, situada na parte mais cranial do abdome. Está em contato direto com o diafragma. Funções: metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, produção da bile e produção de fatores de coagulação. Possui duas faces:
a) Face Parietal: forma convexa em contato com o diafragma
b) Face Visceral: forma côncava em contato com o estômago e intestino. Em ruminantes tem relação com o Omaso. Na face visceral há o Hilo Hepático, por onde chegam e saem artérias, veias e nervos que formam o Pedículo Hepático. Ligamentos do fígado:
Ligamentos triangulares direito e esquerdo: unem o fígado às bordas costais do diafragma
Ligamentos Coronários direito e esquerdo: bordo dorsal do fígado ao diafragma
Ligamento Falciforme: do fígado à parte esternal do diafragma e parede ventral do abdome
Ligamento Hepatorrenal: processo caudado do lobo caudado ao rim direito
Ligamento Hepatoduodenal: do fígado ao duodeno.
Lobos do Fígado:
. Canino: Lobo Caudado : Processo Caudado e Processo Papilar
	 Lobo Lateral direito
	 Lobo Medial direito
	 Vesícula Biliar (não é lobo)
	 Lobo Medial esquerdo
	 Lobo Lateral esquerdo
	 Lobo Quadrado
. Suíno: Lobo Caudado: Processo Caudado
	 Lobo Lateral direito
	 Lobo Medial direito
	 Vesícula Biliar (não é lobo)	
	 Lobo quadrado
	 Lobo Lateral esquerdo
	 Lobo Medial esquerdo
. Eqüino: Lobo Caudado: Processo Caudado
	 Lobo Direito
	 Não possui Vesícula Biliar
	 Lobo quadrado
	 Lobo Medial esquerdo
	 Lobo Lateral esquerdo
. Bovino: Lobo Caudado: Processo Caudado e Processo Papilar
	 Lobo Direito
	 Vesícula Biliar
	 Lobo Esquerdo
	 Lobo Quadrado
- Sistema de condução da Bile:
	Bile, formada pelos hepatócitos, atua na digestão de gorduras. A secreção é levada por ductos bilíferos para fora da célula. Esses ductos se agrupam e formam os ductos interlobares. Deixam o fígado como ductos hepáticos.
Ducto Colédoco: duodeno: elevação da mucosa ( Papila Duodenal Maior
Ducto Cístico: ramo do ducto colédoco ( Vesícula Biliar.
	
APARELHO URINÁRIO
	O aparelho urinário compreende:
Rins: formam a urina a partir do sangue
Ureteres: conduzem a urina dos rins à bexiga
Bexiga urinária: armazena temporariamente a urina até ser expelida
Uretra: passagem da urina ao exterior
- RIM:
	Glândulas pares de coloração castanho-avermanhadas. Localizadas na parte dorsal da cavidade abdominal de cada lado da coluna vertebral lombar. Possui forma variável entre as espécies.
- órgãos retroperitoneais: tecido adiposo peri-renal. (não é revestido pelo peritônio na parte dorsal).
	O rim possui duas faces, dois pólos e dois bordos ou margens.
Face dorsal: em contato com a parede dorsal do abdome. Mm. Sublombares
Face ventral: relação com o intestino
Pólo cranial: fígado
Pólo ventral: relação com o intestino no macho e com o ligamento suspensório do ovário na fêmea.
Bordo lateral: em contato com a parede dorsal e parede lateral do abdome
Bordo medial: voltada para a linha mediana.
Face medial: Hilo Renal (depressão): ureter, veia renal, artéria renal e nervos => Pedículo Renal.
	Os rins são considerados glândulas mistas. Parte exócrina: urina. Parte endócrina: renina (pressão sanguínea) e eritropoetina (eritropoiese: induz a medula óssea a fabricar eritrócitos).
	Os rins estão revestidos externamente por uma cápsula fibrosa que não permite expansão.
Morfologia externa:
Canino: forma convencional (feijão), o rim direito é mais cranial.
Eqüino: rim direito cordiforme (em forma de coração) e mais cranial enquanto o rim esquerdo tem forma convencional
Suíno: semelhante ao rim de canino, porém, achatado dorsoventralmente. O rim esquerdo é mais cranial
Bovino: aproximadamente vinte lobos poligonais na superfície. O rim esquerdo é deslocado para a direita do plano mediano (devido ao rume e retículo).
Ovino e Caprino: semelhantes ao rim de canino.
	Fazendo um corte dorsoventral no rim observamos o Parênquima (interior da cápsula fibrosa) divido em:
Córtex (externo)
Medular (interno): distribuição que difere entre as espécies: Bovino e suíno (multipiramidal), eqüino, canino, ovino e caprino (unipiramidal).
- Bovinos e Suínos: A parte medular tem forma triangular ou piramidal. A base da pirâmide é o córtex renal e o restante da pirâmide (ápice) é a parte medular. Os rins são multipiramidais.
- Eqüinos, carnívoros, ovinos e caprinos: Ocorre fusão das pirâmides (sem observação de base e ápice). Os rins são unipiramidais.
- Morfologia Interna:
	Nos rins multipiramidais o ápice da pirâmide projeta-se para o interior dos cálices. Essa elevação do ápice é chamada de papila, que possui poros (aberturas), formando uma Área Crivosa ou Cribriforme, que dirige a urina aos cálices renais.
	Os cálices renais adaptam-se a forma das papilas formando os Cálices Renais.
- Rins unipiramidais possuem pirâmides fusionadas, portanto não há formação de Cálices Renais e papilas. A área contínua entre medular e pelve é chamada de Crista Renal.
A estrutura microscópica do rim é chamada de Néfron
Néfron -> Corpúsculo Renal (arteríola aferente, Glomérulo (folhetos parietal e visceral) e arteríola eferente) Túbulo contornado Proximal, Alça do Néfron, Túbulo Contornado Distal e Túbulo Coletor.
Irrigação:
A. Renal
Aa. Interlobares (entre as pirâmides)
Aa. Arqueadas (arciformes, dobram-se nas bases das pirâmides)
Aa. Interlobulares (divide o córtex em lóbulos)
ArteríolasAferentes para os Glomérulos
Drenagem Venosa: Veia Renal
- URETERES:
	Estruturas tubulares, músculo- membranosa. Inicia na Pelve Renal (no rim multipiramidal se inicia no Sistema de Cálices Renais), percorre um longo trajeto na cavidade abdominal e termina na face dorsal da bexiga urinária. No macho cruza a prega Genital e na fêmea cruza o Ligamento Largo do Útero. A função dos ureteres é conduzir a urina do rim à bexiga.
- BEXIGA:
	Órgão de armazenamento temporário da urina. Por ser distensível não possui tamanho, relação e posição constantes. Quando está contraída a bexiga é pequena, globular e se encontra no interior da cavidade pélvica. Quando está distendida ela é piriforme e está na cavidade abdominal. Partes:
Ápice ou Vértice: possui a Cicatriz do Úraco, que é a comunicação da bexiga com o saco alantóico no feto. 
Corpo: Parte Média: possui os Ligamentos Laterais e o Ligamento mediano da bexiga que a mantém em posição anatômica.
Colo: Face Dorsal, na chegada dos ureteres: possui esfíncter, músculo esquelético estriado. Esfíncter Uretral: Colo e Óstio interno da Uretra. Trígono Vesical: área triangular (ureteres e uretra).
Constituição:
Túnica Mucosa: interna em contato com a urina
Túnica Submucosa
Túnica Muscular: com músculo liso (músculo detrusor): contração para o esvaziamento
Túnica Serosa: externa.
- URETRA MASCULINA:
	Inicia no Óstio Interno da Uretra (logo após o colo da bexiga) e termina no Óstio Externo da Uretra (extremidade livre do pênis). Dividida em Uretra Pélvica (pré-prostática e prostática) e Uretra Peniana.
Uretra Pélvica: parte da uretra no interior da cavidade pélvica
1.1) Uretra Pré-prostática: entre o colo da bexiga e a próstata
 1.2) Uretra Prostática: parte da uretra envolta pela próstata
Uretra Peniana: no interior do pênis.
Função: condução da urina e Sêmen (espermatozóides + secreção das glândulas anexas ao aparelho reprodutor masculino).
- URETRA FEMININA:
	Inicia no Óstio Interno da Uretra (logo após o colo da bexiga) e termina no Óstio Externo da Uretra (na junção da vagina com o vestíbulo vaginal). Função: condução da urina.
- GLÂNDULAS ADRENAIS:
	Sua primeira descrição foi feita por Eustachius em 1563. Addisson em 1855 relatou a sua importância. São glândulas pares, endócrinas e próximas aos pólos craniais dos rins -> relação com as faces mediais. (AD: próximo de).No homem está na parte superior do rim (supra-renal). 
	Externamente possuem uma Cápsula de tecido conjuntivo e internamente a parte central (medular) e parte periférica (cortical, marrom avermelhada ou amarelo brilhante). Possui três camadas ou Zonas: Glomerular, Fasciculada e Reticular.
. Camada Glomerular: Aldosterona (mineralocorticóide que retém Na+ e água. Controla a elevação da pressão sanguínea.
. Camada Fasciculada: Glucocorticóides (cortisol), ↑ gluconeogênese e antiinflamatório.
. Camada Reticular: hormônios sexuais masculinos e femininos.
	A camada medular responde pela produção de adrenalina e noradrenalina.
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
Constituído por:
Gônadas: testículos
Vias condutoras de gametas
Órgão de cópula: pênis
Glândulas anexas ou acessórias
Estruturas eréteis
Adaptações da pele aos órgãos externos: prepúcio e escroto
GÔNADAS:
Testículos: fazem a produção de gametas (espermatozóides), são órgãos elipsóides, maciços e de tamanho variável entre as espécies (pequeno no gato e grande no ovino e no caprino). Possui orientação variável, o eixo maior é vertical nos ruminantes e horizontal no eqüino e canino, o eixo é inclinado para o ânus no suíno e felino. Cada testículo está suspenso no interior do escroto pelo funículo espermático, formado por um ducto deferente, vasos sanguíneos e revestimento duplo de peritônio. Passam pelo funículo espermático a Artéria Testicular, o Plexo Panpiniforme e o Nervo Genitofemoral.
Plexo Panpiniforme: veias tortuosas com o objetivo de diminuir a temperatura do sangue. A artéria entra em contato com o plexo, fazendo com que o sangue arterial chegue ao testículo com temperatura mais baixa.
Testículo: Células de Leydig: produzir testosterona e Células de Sertoli para a sustentação e nutrição (fator de crescimento).
Na região mediana, há uma rede testicular chamada de Mediastino Testicular (deslocado para a
periferia, deixa o testículo e segue ao epidídimo originando os Dúctulos Eferentes na cabeça do epidídimo)
EPIDÍDIMO:
Unido a margem do testículo (caudomedial no touro e dorsal no canino e eqüino). É uma via condutora de gametas. Funções:
- maturação dos espermatozóides
- armazenamento de gametas
- transporte desses gametas
- absorção de células anormais
- absorção de líquidos
- secreção de enzimas
Está divido em: cabeça, corpo e cauda.
. Cabeça: presa a albugínea, recebe os Dúctulos Eferentes que se unem para formar os ductos do epidídimo.
. Corpo: parte média e mais longa.
. Cauda: afila-se e origina o Ducto Deferente. Está presa ao testículo pelo Ligamento Próprio do Testículo.
DUCTO DEFERENTE:
Após deixar o epidídimo pelo canal inguinal na cavidade abdominal, passa pelos ureteres (superfície dorsal da bexiga), onde há uma dilatação chamada de Ampola do Ducto Deferente (Glândulas Ampulares) e então chega na Uretra pelo Colículo Seminal.
GLÂNDULAS ANEXAS OU ACESSÓRIAS:
- Glândulas Ampulares: estruturas pares. São dilatações do ducto deferente antes de penetrar na uretra. Ausente no suíno e presente nas demais espécies.
- Glândulas Vesiculares: são pares. Ausente nos carnívoros e presente nas demais espécies. Muito desenvolvidas no Suíno. Seus ductos terminam na uretra -> Ductos Ejaculatórios.
- Próstata: presente em todas as espécies. Apresenta-se de dois modos:
. Parte disseminada da próstata (difusa, não se palpa): em pequenos ruminantes.
. Corpo da próstata: (externa à uretra e bem delimitada): eqüino, suíno, canino, felino e bovino.
- Glândulas Bulbo-uretrais: Pares. Presente em todas as espécies menos no canino (está presente no felino). Mais desenvolvida no suíno.
Funções das glândulas anexas: Meio nutritivo (secreções ricas em frutose e citrato), meio de transporte e sistema tampão (manutenção do pH contra a acidez do meio vaginal).
URETRA MASCULINA:
Órgão tubular. O seu início é chamado de Óstio Interno da Uretra (extremidade caudal do colo da bexiga), e o seu término é o Óstio Externo da Uretra (extremidade livre do pênis).
- Uretra Pélvica: Pré- prostática (do colo da bexiga até a próstata) e prostática (envolta pela próstata).
- Uretra Peniana (do arco isquiático até a extremidade livre do pênis).
ÓRGÃOS DE CÓPULA:
- PÊNIS: Origem no arco isquiático,segue em direção cranial, na parede ventral mediana do abdome
próximo a cicatriz umbilical. Com exceção do felino que segue em direção caudal. Se divide em raiz, corpo e glande.
. Raiz do Pênis: fixada ao arco isquiático por dois pilares de corpos cavernosos revestidos por tecido conjuntivo resistente que é a Túnica Albugínea, unidos ventralmente ao corpo do pênis.
. Corpo do Pênis: parte média e mais longa
. Glande do pênis: extremidade livre, expansão cranial. Há uma crista na margem chamada de Coroa da Glande e um estreitamento chamado de Colo da Glande.
Morfologia externa do Pênis:
O pênis está revestido externamente por uma camada fibrosa de tecido conjuntivo chamada de Túnica Albugínea que emite septos para o interior do órgão. Nos ruminantes e suínos possui a forma de “S” (Flexura Sigmóide -> “S” Peniano). No touro a flexura sigmóide é caudal ao escroto (pós-escroto), já no suíno é cranial ao escroto (pré-escroto.).
Estruturas eréteis do Pênis:
Possui três colunas de tecido erétil (M. Isquiocavernoso) que são independentes da raiz do pênis e estão próximo ao corpo do pênis:
- 2 colunas dorsais: Corpos cavernosos do pênis revestidos pela túnica albugínea que emite septos para o interior dos corposcavernosos.
- 1 coluna ventral: Corpo esponjoso do pênis, ao redor da uretra.
Tipos de Pênis:
- Pênis Fibroelástico: Predomina tecido fibroelástico. Envolve pequenos espaços sanguíneos dos corpos cavernosos. Permite pequeno aumento de volume na ereção. Presente em suíno e ruminantes,
- Pênis Musculocavernoso: Envolve grandes espaços sanguíneos limitados por finos septos de tecido muscular. Permite grande aumento de volume na ereção. Presente em eqüino, canino e felino.
Músculos associados ao pênis:
- M. Isquiocavernoso: é par. 
Origem: Tuberosidade Isquiática
Inserção: Raiz do Pênis
Função: sustentação ao corpo e raiz do pênis
- M. Retrator do Pênis: é par.
Origem: primeiras vértebras caudais
Inserção: Corpo do pênis fibroelástico. Glande do pênis musculocavernoso.
- M. Bulboesponjoso:
Origem: uretra pélvica no arco isquiático.
Inserção: extremidade livre do pênis. Ventral ao corpo esponjoso do pênis.
Função: dá sustentação a parte ventral do pênis.
Particularidades nas espécies:
Canino: Glande extensa: parte longa da glande, há uma dilatação que é o Bulbo da Glande. Osso Peniano: ossificação do corpo cavernoso do canino e do felino.
Eqüino: Coroa da Glande desenvolvida. Processo da Uretra: uretra destaca-se da glande e Fossa da glande: espaço ao redor do processo da uretra.
Bovino: Pênis fibroelástico. Possui flexura sigmóide e processo da uretra (desenvolvido nos pequenos ruminantes, é tecido erétil).
Suíno: pênis fibroelástico, possui flexura sigmóide e glande torcida.
	
Adaptações da pele aos órgãos externos:
Prepúcio: Prega na parede ventral do abdome. Cobre a parte pré-escrotal ou livre do pênis. Possui duas camadas: Lâmina Externa (pele) e Lâmina Interna (Membrana Mucosa continua com o pênis).
Óstio Prepucial: para a exteriorização do pênis.
Cavidade Prepucial: espaço onde se situa o pênis. 
No suíno há uma cavidade (fundo de saco) dorsal ao prepúcio chamado de Divertículo Prepucial (secreção glandular + urina = Ferormônio).
- Fimose: quando o óstio prepucial é muito pequeno e o pênis não consegue se exteriorizar
- Parafimose: quando o óstio prepucial é pequeno para o pênis ereto, que não consegue retornar ao prepúcio. O sangue fica parado, não se movimenta, o que chamamos de Estase. É colocado gelo e substância lubrificante, se mesmo assim o problema persistir, é feito cirurgia para aumentar o tamanho do óstio.
Escroto: Prega cutânea com forma e posição variável de acordo com as espécies:
Inguinal: eqüino e ruminantes
Perienal: suíno, canino e felino.
	No interior do escroto se alojam os testículos.
1) Pele:
	Mais externa, contínua com a pele da parede abdominal. É fina e elástica. Possui glândulas sebáceas e sudoríparas.
2) Túnica Dartos:
	Tecido fibroelástico, muscular liso. Possui um septo que divide em dois compartimentos. Faz contração quando há baixas temperaturas trazendo o testículo para próximo da parede corporal.
3) Fáscia Espermática Externa:
	Após a túnica dartos. Fáscia do músculo Oblíquo Externo do Abdome.
4) Fáscia Cremastérica:
	Fáscia do músculo Oblíquo Interno do Abdome. Contém uma parte do M. Cremáster (prolongamento do M. Oblíquo Interno do Abdome. Contém uma parte do M. Cremaster, com a função de erguer o funículo espermático -> testículos).
5) Fáscia Espermática:
	Fáscia transversal que reveste internamente o M. Transverso do Abdome e o M. Reto do Abdome.
6) Túnica Vaginal:
	Prolongamento do peritônio, possui duas camadas: Lâmina Parietal (mais externa) e Lâmina Visceral (mais interna).
7) Túnica Albugínea:
	Reveste os testículos.
APARELHO REPRODUTOR FEMININO
Constituído por:
Gônadas: ovários
Vias condutoras de gametas: tubas uterinas
Órgão para o desenvolvimento do embrião – feto: útero
Órgão da cópula: vagina (vestíbulo vaginal)
Estrutura erétil: clitóris (vestíbulo vaginal)
Órgão genital externo: vulva (vestíbulo vaginal)
OVÁRIOS:
	Glândulas mistas (parte endócrina: estrógeno e progesterona / parte exócrina: óvulo ou ovócito). É um órgão maciço parenquimentoso. Possui superfície irregular com folículos.
Localização: dorsal a cavidade abdominal, próximo ao pólo caudal dos rins. Mantido em posição pelos ligamentos: Suspensório, Mesovário e Próprio. Forma nas diferentes espécies:
Vaca: elipsóide e pequenos ( 4x2,5x1,5 cm)
Égua: reniformes, com fossa de ovulação, grandes (8x10 cm)
Cadela, Porca e Gata: elipsóides, pequenos, no interior da Bolsa Ovárica. Cadela (1x1,5 cm). Gata (0,8x1cm).
	Possui duas faces: lateral e medial. Dois bordos ou margens: Livre (na égua há a fossa de ovulação) e mesovárica (ligamento mesovárico). Duas extremidades ou pólos: Tubária (próximo a tuba uterina) e Uterina (voltada para o útero -> Ligamento Próprio).
	Está envolto por uma cápsula que é a Túnica Albugínea e internamente está dividido em duas camadas: Cortical (externa, folículo em desenvolvimento) e Medular (central, tecido conjuntivo com vasos sanguíneos e nervos).
. Camada Cortical: Os folículos estão em desenvolvimento, o maduro é o óvulo e é liberado estrogênio. Após a ovulação o folículo que liberou o óvulo apresenta um sangramento chamado de corpo hemorrágico que fica preenchido de células de corpo sólido e então passa a ser chamado de Corpo Lúteo (Amarelo), o qual secreta progesterona. Se houver fecundação acontecerá então a gestação, se não houver fecundação há regressão do corpo lúteo a Corpo Albicans (Corpo Cicatricial).
TUBAS UTERINAS:
	São dois tubos cilíndricos e sinuosos que estão nas extremidades do corno uterino. Estão próximos ao ovário, fixados na Mesossalpinge (Ligamento Largo do Útero). Recebem os óvulos liberados do ovário que são fecundados no Útero. As tubas uterinas estão divididas em três partes:
Infundíbulo: parte da tuba mais próxima do Ovário, apresenta forma de funil e apresenta franjas que são as Fímbrias que captam o óvulo para o Infundíbulo. Apresenta uma abertura que é o Óstio Abdominal da Tuba Uterina.
Ampola: após o infundíbulo, parte mais larga e sinuosa
Istmo: comunica-se com os cornos uterinos e possui o Óstio Uterino da Tuba Uterina.
ÚTERO:
	Parte de maior volume que recebe os embriões e permite o completo desenvolvimento até ficarem prontos para serem liberados para o exterior. É um órgão muscular (músculo liso) que apresenta comunicações: cranialmente com as tubas uterinas e caudalmente com a vagina. Está localizado na cavidade abdominal (em pequenos animais) e uma pequena parte na cavidade pélvica. Está fixado nas paredes laterais do abdome pelo Ligamento Largo do Útero. O útero é dividido em dois cornos, corpo e colo ou cérvix. 
- Cornos Uterinos: parte do útero onde está o embrião (feto), é cilíndrico e situado na cavidade abdominal. Nas extremidades craniais estão as Tubas Uterinas e nas extremidades caudais unem-se ao Corpo do Útero. Na vaca são curvos e apresentam o Ligamento Intercornual (entre os cornos uterinos). Na égua são retilíneos, na porca são flexuosos (possuem dobras semelhantes ao intestino delgado) e na Cadela e Gata possuem a forma de letra “Y”. 
- Corpo do Útero: parte média do útero, entre os cornos e o colo. Possui relações dorsalmente com o reto e o intestino e ventralmente com a bexiga. 
- Colo ou Cérvix do Útero: parte mais caudal do útero que se comunica caudalmente com a vagina. É espessado na vaca e na égua. O Canal da Cérvix do Útero liga a vagina ao corpo do útero. Está limitado pelos Óstios Interno e Externo do Útero (que fecham para uma gestação segura).
Camadas do Útero:
- Endométrio: parte interna. Na vaca há formações arredondadas chamadas de Carúnculas, onde fica parte da placenta (cotilédone). Placentoma: Cotilédone + Carúnculas.
- Miométrio: camada média formada de músculos lisos responsáveis pelas contrações uterinas.
- Perimétrio: parte mais externa do útero. Possui uma camada serosa que é um revestimento do peritônio.
Ligamentos do Útero:
LigamentoLargo: fixa os cornos e o corpo às paredes laterais abdominais e pélvicas.
Ligamento Redondo: do Ligamento Largo ao Canal Inguinal. 
Irrigação do Útero:
Parte cranial: A. Ovárica
Parte caudal: A. Uterina e A. Vaginal
VAGINA:
	Órgão de cópula feminino. É um canal longo que possui paredes finas e elásticas (distensível para a cópula e parto). Estende-se desde o Óstio Eterno do Útero (Colo do Útero) até o Óstio Externo da Uretra (limite entre Vagina e Vestíbulo Vaginal, nessa região há o Hímen em fêmeas virgens, que é uma prega da mucosa e está mais desenvolvida na égua e na porca). 
- Fórnix: de cada lado da cérvix há dois fundos de saco na vagina chamados de Fórnix.
VESTÍBULO VAGINAL:
Inicia no Óstio Externo da Uretra e termina na vulva. Na vaca e na cadela há o Divertículo Suburetral, que é uma fossa rasa caudal ao Óstio Externo da Uretra.
VULVA OU PUDENDO FEMININO:
	Comunica-se com o Vestíbulo Vaginal até o meio externo, onde é limitada pelos lábios da Vulva, que estão unidos por comissuras (dorsal e ventral).
CLÍTORIS:
	Órgão erétil e homólogo ao pênis. Localizado numa fossa da Comissura ventral da vulva. Formado pelo corpo da glande.
PRINCIPAIS LIGAMENTOS:
Ligamento Largo: prega do peritônio que fixa o útero às paredes laterais do abdome e da pelve.
Mesovário: parte do ligamento largo que sustenta o ovário.
Mesossalpinge: parte do ligamento largo que suporta a tuba uterina
Ligamento Redondo: parte do ligamento largo até o canal inguinal
Ligamento Próprio do ovário: do ovário à extremidade cranial dos cornos uterinos
Ligamento Suspensório do ovário: do ovário à parede dorsal do abdome (últimas costelas).

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