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Nanotecnologia: Uma Revolução em Escala Nanométrica

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SUMÁRIO
introdução
A nanotecnologia é a capacidade potencial de criar coisas a partir do mais pequeno, usando as técnicas e ferramentas que estão a ser desenvolvidas nos dias de hoje para colocar cada átomo e cada molécula no lugar desejado. Se conseguirmos este sistema de engenharia molecular, o resultado será uma nova revolução industrial. Além disso, essa tecnologia causaria também importantes consequências econômicas, sociais, ambientais e militares. 
A base do uso da nanotecnologia é o nanômetro que é uma unidade de medida equivalente a um bilionésimo de metro. Essa tecnologia só existe em laboratórios e indústrias com equipamentos de alta precisão, afinal, são necessárias máquinas muito precisas para trabalhar com componentes tão pequenos, os quais são invisíveis aos nossos olhos. 
O nome nanotecnologia foi escolhido em decorrência do pequeno tamanho de vários itens utilizados para a construção de componentes inteligentes e de alta tecnologia. Já foi citado há muito tempo atrás, quando os cientistas ainda estavam sonhando com algo de um tamanho tão minúsculo. O termo “nanotecnologia” foi criado e definido pela Universidade Científica de Tóquio, no ano de 1974. 
 A nanotecnologia ainda está em fase inicial no Brasil, mas já apresenta alguns resultados importantes. Além das dificuldades técnicas, esbarra em aspectos sociais e ambientais que levantam questionamentos. Dentre as discussões estão às questões sobre a toxicidade e o impacto ambiental e potenciais efeitos disso na economia global.
 
 
SUBDIVISÃO DE ÁREAS
A nanotecnologia é uma área com alto crescimento em pesquisas, abrangendo diversas áreas do conhecimento e que trabalha com estruturas em escalas nanométricas, ressaltando que, acima de tudo a nanotecnologia está a serviço da melhoria de nossa qualidade de vida.
1.1 Nano robótica
A nano robótica é a ciência que se utiliza de tecnologias para criar máquinas ou robôs à escala de um nanômetro (10-9 metros), unindo a disciplina de desenho e construção de nano robôs, nanoeletrônica e biomateriais. Biomateriais são substâncias, que podem ser usadas durante qualquer período de tempo, substituindo qualquer tecido, órgão ou função do corpo. 
1.1.2 nano robôs
Nano robôs constitui qualquer estrutura inteligente capaz de atuação, detecção, sinalização, processamento de informação, inteligência e manipulação da nanoescala. Foram criados basicamente com a finalidade de manter e proteger o corpo humano. Resumidamente, nano robôs são máquinas pequenas ao extremo do invisível, pois possuem proporções microscópicas, com tamanhos seis vezes menor que um glóbulo vermelho, isto é, robôs de dimensões comparáveis a de bactérias.
A finalidade dos nano robôs
Penetrar no corpo humano para combater infecções;
Destruir vírus e bactérias;
Desobstruir artérias;
Destruir células cancerígenas;
Libertar medicamentos onde eles são necessários, ou seja, disponibilizar drogas e fármacos ao nível de células;
Alterar o código genético para impedir doenças genéticas.
Como enxaguatório bucal completo para identificar e destruir bactérias patogênicas.
 Nanoeletrônica
A nanoeletrônica é a ciência cujo principal objetivo consiste em processar, transmitir e armazenar informações, tirando proveito de propriedades da matéria que são muito diferentes propriedades macroscópicas. Refere-se principalmente ao uso da nanotecnologia em componentes eletrônicos, especialmente de transistores, que são tão pequenos que precisam ser estudadas extensivamente as interações interatômicas e propriedades da mecânica quântica.
Atualmente, o campo de pesquisa mais ativo é a fabricação e caracterização de componentes individuais em nano escala que poderiam substituir os componentes de silício em sistemas macroscópicos. Exemplos disso são díodos moleculares, comutadores de átomo único ou o controle cada vez melhor e compreensão do transporte de elétrons em estruturas de pontos quânticos.
1.3 Nanomagnetismo
O nanomagnetismo é a área de pesquisa em Física que trata das propriedades magnéticas dos objetos na escala nanoscópica e mesoscópica. O nano magnetismo engloba o estudo das propriedades e aplicações do magnetismo de nanopartículas isoladas, nanofios, filmes finos e multicamadas, e amostras magnéticas volumosas que incorporam partículas nanoscópicas.
1.1.1 magnetismo
A palavra magnetismo está associada ao fenômeno pelo qual um ente tem o poder de atrair e influenciar outro. Sua origem está ligada ao nome de uma cidade da região da Turquia antiga que era rica em minério de ferro, a Magnésia. A primeira utilização prática do magnetismo foi à bússola, inventada pelos chineses na Antiguidade; por volta do século IV a.C. Sempre baseada na propriedade de uma agulha magnetizada em se orientar na direção do campo magnético terrestre, a bússola foi importante instrumento para a navegação no início da era moderna.
1.1.2 a grande revolução do nanomagnetismo
Seringa implantável libera medicamentos sem dor
Muitas condições médicas, como câncer, diabetes e dores crônicas, exigem medicamentos que não podem ser tomados oralmente. As doses devem ser intermitentes ou numa base “conforme necessário,” sempre durante um longo período de tempo. Mesclando nanotecnologia e magnetismo, a equipe do Dr. Daniel Khoane, do Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, encontrou a solução mais promissora até o momento para o conceito de “entrega de medicamentos.”.
O medicamento é misturado a nano partículas magnético, feito de óxido de ferro, e colocado no interior de uma espécie de cápsula fabricada com uma membrana especial. A cápsula, por sua vez, é inserida no interior de um pequeno dispositivo biocompatível implantável, que mede menos de 1 centímetro de diâmetro. O dispositivo é passivo, sem necessidade de nenhum componente eletrônico.
Um campo magnético aplicado externamente aquece as nano partículas magnéticas, distendendo a superfície da membrana da cápsula. Essa distensão abre poros temporários na membrana que permitem que o medicamento saia da cápsula e atinja o organismo. Quando o campo magnético é desligado, a membrana se resfria e fecha os poros, interrompendo a liberação do medicamento.
1.4 Nanocosmética/Nanocosméticos
 Nanocosméticos são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano: pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, etc. Com objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. Em uma linguagem popular, o nanocosmético é um produto cosmético que apresenta pequeníssimas estruturas em sua composição química.
O Brasil entrou nesse mercado em 2006, com o lançamento do Nano sérum, creme anti-sinais para a área dos olhos e contorno dos lábios fabricado pelo O Boticário, pioneiro em nanotecnologia cosmética no Brasil.
“A nanotecnologia revolucionou a indústria cosmética. Com os ativos encapsulados em nanoestruturas, temos cosméticos, com efeito, mais duradouro, mais facilidade de dispersão e com um sensorial diferenciado.”
(LIZARRÁGA, 2012, p.1). 
MERCADO DE TRABALHO
O avanço da nanotecnologia no mundo é visível. Já são mais de mil produtos de consumo em diversos segmentos de atividade, como cosméticos, tecidos e aparelhos eletrônicos. No Brasil, contudo, o lançamento de produtos não acompanha nem perto o ritmo internacional. Também são escassas as informações sobre as aplicações de recursos do setor público. A previsão, contudo, é que esse panorama mude em função da importância crescente de pesquisas nessa área envolvendo os diferentes segmentos da economia.
Segundo Samuel César Júnior, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em oito anos – de 2000 a 2007 – o investimento federal em nanotecnologia alcançou meros R$195 milhões, sendo que o Estado de São Paulo, Riode Janeiro e Rio Grande do Sul concentraram dois terços desses recursos. A soma significa menos de 5% do investimento total do Brasil em pesquisa no período (3,9 bilhões). Foram 504 projetos (3,89%) de um total de 12.969 apoiados por financiamento governamental. Desse total, 91 projetos contaram com empresas envolvidas.
“Isso é muito pouco para uma área estratégica”, explica César Júnior. 
O governo federal elegeu a área como prioritária para ser atendida, daqui para frente, pelos programas federais de incentivos. O Brasil dá mostras de querer investir nesse setor, que deve atingir 693 bilhões de dólares até o fim de 2012, segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
A nanotecnologia vem se desenvolvendo no Brasil de seis anos para cá. E num ritmo rápido, se levarmos em conta o nosso nível de dependência tecnológica e o fato de os investimentos em pesquisa serem pontuais e com recursos públicos. Mas ainda é necessário promovê-la de forma integrada, empenhando esforços para superar entraves na formação de parcerias público-privadas e incentivando mudanças nos formatos de negociação de propriedade intelectual.
(LANARI, JOÃO. Diretor do Departamento de Tecnologia Inovadoras do Mdic.).
Em 2012, o governo federal anunciou a criação do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (Sis Nano), que estabelece regras para o funcionamento de laboratórios. O Sis Nano visa desenvolver um programa de mobilização de empresas instaladas no Brasil e de apoio às suas atividades, para atuarem no desenvolvimento de processos, produtos e instrumentação, envolvendo ciência e tecnologia na nanoescala.
A iniciativa tem também como objetivo promover o avanço científico e tecnológico e a inovação na área, além de otimizar a infraestrutura, o desenvolvimento de pesquisa básica e aplicada, promover a formação de recursos humanos e capacitar o país a desenvolver programas de cooperação internacional.
O Brasil pode vir a ser responsável por US$ 10 bilhões do mercado nanotecnológico em 15 anos. Essa é uma das conclusões expressas no relatório de prospecção tecnológica coordenado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e organizado pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República do Brasil. O montante é correspondente a 1% dos cerca de US$ 1 trilhão que devem ser movimentados com a tecnologia. 
Segundo o relatório de Nanotecnologia do MCT de junho de 2006 As iniciativas do governo focadas na área de nanotecnologia iniciaram-se em 2001, quando foram criadas as 4 redes de pesquisa. Em 2004, a implementação das ações do Programa “Desenvolvimento da Nanociência e Nanotecnologia”, no âmbito do PPA 2004 – 2007, focadas na geração de patentes, produtos e processos na área, assegurou o apoio à pesquisa básica, à pesquisa entre ICT’s e empresas, fortaleceu as redes existentes e a infraestrutura laboratorial. Em 2005, o Programa foi fortalecido com o lançamento da Política Industrial, Tecnológica e do Comércio Exterior e com a criação da Ação Transversal de Nanotecnologia dos Fundos Setoriais.
De acordo com o mesmo relatório, o objetivo do programa brasileiro de Nanotecnologia é bem abrangente:
O objetivo do Programa é criar e desenvolver novos produtos e processos em Nanotecnologia, implementando-os para aumentar a competitividade da indústria nacional e capacitando pessoal para o aproveitamento das oportunidades econômicas, tecnológicas e científicas da Nanotecnologia. Seu impacto deverá impulsionar vários setores da economia: eletroeletrônica, veículos e equipamentos de transportes, tecnologia da informação, construção civil, química e petroquímica, energia, agronegócio, biomedicina e terapêutica, ótica, metrologia, metalurgia, produção mineral, proteção e remediação ambiental. Além disso, haverá um impacto sobre áreas estratégicas como as de segurança nacional.
O mercado brasileiro está cada vez mais atento às inovações tecnológicas possibilitadas pelo avanço da nanotecnologia. De 2001 até 2006, o governo brasileiro investiu mais de R$ 170 milhões em pesquisas em Nanotecnologia. Este valor tende a crescer ainda mais devido à necessidade da formação de mão de obra especializada. A Petrobras, empresa brasileira que mais investe em P&D, criou em 2007 uma rede de pesquisa temática em Nanotecnologia com o intuito de aproveitar os benefícios da área para auxiliar a exploração e produção de petróleo. A Petrobras pesquisa e faz uso da Nanotecnologia, em particular, com o uso de nanocatalisadores no processo de refino do petróleo. Todavia, a demanda por inovação nanotecnológica é imensa.
O mercado profissional para o Engenheiro em Nanotecnologia no Brasil está crescendo e exigindo competências raras em universidades e centros de pesquisa. Um dos setores com crescimento mais acelerado no desenvolvimento de novas tecnologias, já com várias aplicações em escala industrial, é o automobilístico. A tendência é que a busca por profissionais com formação em nanotecnologia cresça significativamente nos próximos 5 anos. Considerando-se a hipótese de que o programa de Engenharia da PUC rio tenha início em 2010, a primeira turma de profissionais, aptos para o mercado de trabalho, estaria formada a partir de 2014. Até lá, espera-se um mercado profissional aquecido, certamente capaz de absorver centenas de Engenheiros em Nanotecnologia.
Foi realizada uma entrevista feita pela professora Renata, da UFRJ e com graduação e mestrado em Física e doutorado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, todos pela UFRJ, na qual respondeu algumas perguntas a respeito da Nanotecnologia:
Quais as perspectivas para a área no mercado de trabalho? (Douglas França)
RENATA: A demanda por profissionais e produtos que empregam a nanotecnologia tem crescido exponencialmente. Eles atuam em qualquer indústria de tecnologia de ponta, seja na área de microeletrônica, biomateriais, cosméticos, transformação de ligas metálicas etc. Toda a indústria têxtil tem se interessado por nano, pois muitos processos são extremamente poluentes, e a nanotecnologia pode modificar isso. A parte de aditivos para tintas em nanoescala também pode aumentar a proteção contra desgaste.
Existem empresas no Brasil investindo em pesquisas no setor? (Pedro Ivo Vasconcellos)
RENATA: Todas as empresas de cosméticos têm trabalhado fortemente. A Petrobras tem uma rede de desenvolvimento de novas tecnologias e nano que coordena projetos inovadores nessa área. O grupo Gerdau também está bastante envolvido com isso. Há muitos programas governamentais de formação de pessoal qualificado, com bolsas e desenvolvimento de produtos em nano, em empresas já existentes, via FINEP, CNPq e BNDES. Para o curso, já estamos fechando convênios de estágios para os alunos.
Existem medidas de controle da aplicação de nanotecnologia quanto aos riscos de novos produtos no Brasil? (Raimundo Oliveira)
RENATA: Ainda não, mas o curso é ministrado em parceria com o Inmetro, que tem sido requisitado para fazer uma parte de legislação, regulamentação e testes de materiais advindos da nanotecnologia.
O desafio da nanotecnologia é: Obter uma escala e melhorar as condições de custo, tornando os produtos mais acessíveis ao consumidor.
Importância econômica
Estima-se que o mercado para os produtos nano tecnológicos chegue em 1 trilhão de dólares no Brasil em 2015. Nos Estados Unidos perto de US$1.7 bilhões, no Japão US$1.4bilhões e na Europa US$0.7 bilhões. Espera-se que nestes países o investimento privado ultrapasse o investimento público em 2006, o total do investimento até o momento é perto de US$8 bilhões.
1.1 A importância para o Brasil:
A área de nanotecnologia cresce em larga escala no Brasil. Com o objetivo de apoiar empresas e laboratórios que atuam no setor, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deverá investir nos próximos três anos, R$ 110 milhões na área. O anuncio foi feito durante o Seminário Regulação, Inovação e Desenvolvimento da Nanotecnologia, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em Brasília.Cerca de R$ 80 milhões serão direcionados às áreas específicas de interesse do Plano Brasil Maior, do governo federal, e da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti 2012-2015), em especial, no apoio a laboratórios das unidades de pesquisa do MCTI e a departamentos de pesquisa de universidades que integram o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNANO). Os R$ 30 milhões restantes se destinarão à subvenção econômica para inovação nas empresas, por meio da Agência Brasileira da Inovação (Finep/MCTI).
“Esse investimento representa um aumento substancial em relação aos anos anteriores”, comentou o representante do MCTI, Adalberto Frazzio. Segundo ele, a área de nanotecnologia ganhou novo impulso após a criação, este ano, do Comitê Interministerial de Nanotecnologia (CIN), formado por oito ministérios.
A nanotecnologia está sendo utilizada para criar novos materiais, produtos e processos por meio da manipulação de átomos e moléculas. O mercado total de produtos que incorporam nanotecnologias (incluindo semicondutores e eletrônicos) atingiu U$ 135 bilhões em 2007, devendo alcançar US$ 693 bilhões até o final de 2012 e cerca de US$ 2,95 trilhões em 2015.
Ainda não se sabe todas as possibilidades que se abrem com o uso da nova tecnologia. Mas, o conhecimento aplicado nessa área pode ser responsável por profundas mudanças econômicas, sociais, ambientais e militares. 
O Brasil anunciou recentemente que vai construir um centro de pesquisas em nanotecnologia na cidade de Campinas (SP), em parceria com a Academia Chinesa de Ciências. Além deste centro, o país já desenvolve diversos produtos com base nos conhecimentos nano tecnológicos. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em 2010, o mercado brasileiro de estruturas com base em nanotecnologia produzidas originalmente no país somou cerca de R$ 115 milhões. 
Para o presidente do Conselho Empresarial de Tecnologia da Firjan, Fernando Sandroni, o mercado ainda é pequeno e tem muita chance de crescer. “O próprio governo elegeu a nanotecnologia como um campo de atuação tecnológica prioritário para ser atendido pelos programas federais”, afirmou. Em todo o mundo, os negócios gerados pela nanotecnologia no ano passado foram da ordem de US$ 383 bilhões. Segundo Sandroni, as principais áreas de aplicação da nanotecnologia no Brasil são a indústria farmacêutica e de cosméticos. 
1.2 Produtos e serviços que já estariam no mercado
Raquetes e bolas de tênis;
Filtros de proteção solar;
Produtos cosméticos;
Microprocessadores;
Diversas aplicações na medicina como cateteres, válvulas cardíacas, marca-passo, implantes ortopédicos; entre outros.
NANOMEDICINA
A nanomedicina corresponde à medicina preventiva do futuro, onde estas máquinas auxiliarão nosso sistema imunológico no combate a doenças e até mesmo o câncer. Ela corresponde ao ramo da medicina relacionado com a aplicação da nanotecnologia. Monitoração, reparo, construção e controle de sistemas biológicos em nível molecular usando nano-dispositivos e nanoestruturas construídos.
1.2 aplicação
Como os imaginados por Isaac Asimov em seu livro e filme Viagem fantástica, de 1966, em que um grupo de cirurgiões miniaturizados viajavam dentro das veias rumo ao cérebro de um paciente em uma nave de 1 µm para remover um coágulo, a nanotecnologia é hoje considerada uma disciplina revolucionária em termos relacionados à saúde. Abaixo estão relacionadas três das principais aplicações atuais da nanomedicina:
Implantes e próteses
Criação de órgãos artificiais e implantes com maior afinidade pelo tecido original, através do crescimento de células em arcabouços artificiais de polímeros biodegradáveis ou hidroxiapatita em películas biossintéticas. Essa tecnologia tem como princípio o fato de que células humanas crescidas em superfícies planas não produzem um painel normal de proteínas, enquanto que células crescidas em estruturas tridimensionais, como no seu tecido original, têm uma bioquímica mais próxima da real. A nanotecnologia pode auxiliar no uso de superfícies contendo ranhuras nanométricas. Da mesma forma, nanocompósitos de liga de titânio podem ser usados para aumentar a longevidade e a biocompatibilidade de dispositivos cirúrgicos e próteses. Como exemplos: implantes de células nervosas crescidas em malhas poliméricas para reparo de medula espinhal; células ósseas ou de cartilagem para reconstituição de articulações e células hepáticas para construção de fígado para transplante.
Diagnóstico ultrarrápido e sensível usando nanosensores
Diagnósticos rápidos que requerem diminutas amostras biológicas estão sendo desenvolvidos por microfluídica e nanotécnicas usando partículas como pontos quânticos, nanopartículas de ouro, nanopartículas magnéticas etc. Espera-se que em alguns anos monitores pessoais ultrassensíveis de saúde já estejam disponíveis. Dispositivos implantáveis no organismo poderão monitorar continuamente os níveis sanguíneos de certos indicadores biológicos e ajustar automaticamente a liberação de drogas em quantidades apropriadas. Por exemplo, no diabetes o paciente poderá acompanhar os níveis de açúcar no sangue em tempo real e administrar ele mesmo as doses necessárias de insulina. Avanços combinados na genômica e na nanotecnologia, como o uso de nanoporos para medir rapidamente o tamanho de moléculas de DNA, também deverão resultar no desenvolvimento de sensores que determinem a constituição genética com rapidez e precisão, possibilitando o conhecimento da predisposição genética a doenças.
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Sistema de carregamento e liberação de drogas
Um dos setores da nanotecnologia com maior potencial de aplicação são os sistemas de carregamento e liberação de drogas (fármacos e vacinas) para melhorar a sua eficácia terapêutica (6). O alto custo do desenvolvimento de novas moléculas ativas torna os sistemas nanoestrutura dos de liberação de fármacos uma das áreas da indústria farmacêutica mais promissora. Isso porque uma nova formulação em nanopartículas pode resgatar drogas promissoras, que foram descartadas após vultosos investimentos por causa da descoberta de potenciais efeitos colaterais ou baixa biodisponibilidade, além de gerar novas patentes.
Os sistemas de liberação controlada de fármacos apresentam várias vantagens em relação aos sistemas convencionais, tais como: (a) maior controle da liberação do princípio ativo, diminuindo o aparecimento de doses tóxicas e subterapêuticas; (b) utilização de menor quantidade do princípio ativo, resultando em menor custo; (c) maior intervalo de administração; (e) melhor aceitação do tratamento pelo paciente; (f) possibilidade de direcionamento do princípio ativo para seu alvo específico.
As desvantagens que devem ser monitoradas e contornadas no desenvolvimento desses sistemas são: (a) possível toxicidade dos produtos da sua biodegradação, e (b) custo mais elevado, dependendo do material e do processo utilizado. Este, no entanto, pode ser compensado pela redução das doses necessárias.
Sensor de bactérias 
Cientistas criam dispositivo que adere aos tecidos do corpo humano e detecta, em tempo real, a presença desses microrganismos. O aparelho, mais fino que um fio de cabelo, pode facilitar o diagnóstico de doenças e monitorar a contaminação em hospitais.
Quem nunca tomou um antibiótico sem saber qual bactéria o deixou doente? Embora seja capaz de facilitar o surgimento de microrganismos resistentes, o uso indiscriminado desses remédios costuma ser justificado pela demora dos exames laboratoriais. A pesquisa, feita por um grupo da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, deu origem a um dispositivo capaz de detectar em tempo real a presença de bactérias em tecidos como músculo e dente, além de equipamentos hospitalares. Mais fino que um fio de cabelo, o sensor é formado por diferentes materiais, que o tornam flexível.
Nanopoluição
Não há dúvida de que a nanotecnologia oferece a perspectiva de grandes avanços que permitam melhorar a qualidadede vida e ajudar a preservar o meio ambiente. Entretanto, como qualquer área da tecnologia que faz uso intensivo de novos materiais e substâncias químicas, ela traz consigo alguns riscos ao meio ambiente e à saúde humana. 
A nanotecnologia poderá originar produtos poluentes tão pequenos que serão impossíveis de detectar. “Se algumas nanopartículas entrarem na corrente sanguínea ou nas reservas subterrâneas de água, ainda que não sejam perigosas de forma isolada, podem reagir com outros elementos e tornarem-se nocivas”, adverte Kathy Jo Wetter, uma investigadora do grupo canadense. (folha online, 2002).
A nanopoluição é gerada por nanomateriais ou durante a confecção destes. Este tipo de poluição, formada por nanopartículas pode ser muito perigosa uma vez que pode flutuar facilmente pelo ar viajando por grandes distâncias. Devido ao seu pequeno tamanho, os nanopoluentes podem entrar nas células de animais e plantas. Como a maioria destes nanopoluentes não existe na natureza, as células provavelmente não terão os meios apropriados de lidar com eles, causando danos ainda não conhecidos.
As nanopartículas são menores que um milionésimo de milímetro, e facilmente flutuam pelo ar sem serem detectadas, isto torna bastante provável a sua inalação, podendo posteriormente alojar-se nos órgãos vitais.  
	
	
bibliografia
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