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PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 1 2ª edição EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS ESTÁTICOS Curso de Formação de Técnicos de Operação Jr do Abastecimento PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 2 Índice Introdução 10 Tubulação industrial 11 (a) Tubos 17 (b) Meios de ligação 26 (c) Acessórios de tubulações 29 Tanques, vasos, torres e reatores 56 (a) Tanques 56 (b) Vasos 64 (c) Torres 69 (d) Reatores químicos 76 Trocadores de calor 84 (a) Classificação geral dos trocadores quanto à finalidade 85 (b) Temperatura 86 (c) Tipos construtivos de trocadores de calor 88 (d) Cuidados na operação 99 (e) Manutenção 100 (f) Testes 101 Fornos 102 (a) Classificação quanto à utilização 103 (b) Principais partes de um forno 104 (c) Combustíveis 105 (d) Construção dos fornos 105 (e) Principais tipos de fornos 110 (f) Operação 113 Caldeiras 114 (a) Considerações gerais 114 (b) Transferência de calor na caldeira 156 (c) Combustíveis e combustão 158 (d) Operação de caldeiras 179 (e) Manutenção de caldeiras 205 (f) Prevenções contra explosões e outros riscos 208 Referências Bibliográficas 213 PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 3 LISTA DE FIGURAS Tubulação industrial Figura 1 Sistema de tubulações em uma refinaria 11 Figura 2 Classificação das tubulações - tubulações industriais 12 Figura 3 Classificação das tubulações - tubulações para água e vapor 13 Figura 4 Classificação das tubulações - tubulações para ar comprimido e hidrocarbonetos 14 Figura 5 Classificação das tubulações - tubulações para gases e esgotos 15 Figura 6 Classificação das tubulações - tubulações para fluidos diversos 16 Figura 7 Conjunto de tubos 20 Figura 8 Exemplos de dimensões de tubos 21 Figura 9 Tubos de aquecimento 24 Figura 10 Isolamento térmico externo 25 Figura 11 Luva - solda de encaixe 26 Figura 12 Ligações rosqueadas 27 Figura 13 Ligações flangeadas 27 Figura 14 Conexões 31 Figura 15 Válvula de agulha 34 Figura 16 Acionador automático 37 Figura 17 Operação manual e motorizada 43 Figura 18 Alguns tipos de válvulas 46 Figura 19 Classificação dos purgadores 47 Figura 20 Purgadores de bóia 48 Figura 21 Purgadores de panela invertida 49 Figura 22 PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 4 Purgador termodinâmico 51 Figura 23 Filtro provisório 52 Figura 24 Filtros permanentes 53 Tanques, vasos, torres e reatores Figura 1 Pátio de tanques 56 Figura 2 Tanques de teto flutuante 59 Figura 3 Parque e tanques - vista geral 62 Figura 4 Tanques de teto fixo 62 Figura 5 Escadas de acesso 63 Figura 6 Tetos fixos e flutuantes 63 Figura 7 Conjuntos de vasos de pressão 64 Figura 8 Vaso horizontal 65 Figura 9 Vaso vertical 66 Figura 10 Vaso cilíndrico horizontal 67 Figura 11 Esfera 68 Figura 12 Vaso cilíndrico horizontal 68 Figura 13 Vaso cilíndrico vertical 68 Figura 14 Torres (1) 69 Figura 15 Torres (2) 71 Figura 16 Pratos ou bandejas 71 Figura 17 Recheios estruturados 73 Figura 18 Recheios randômicos 74 Figura 19 Suporte para recheios 74 Figura 20 Reator de leito fixo 78 Figura 21 Reator batelada 80 PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 5 Figura 22 Reator PFR 81 Figura 23 Reator CSTR 82 Figura 24 Série de reatores CSTR 83 Trocadores de calor Figura 1 Conjunto de trocadores de calor (1) 84 Figura 2 Conjunto de trocadores de calor (2) 86 Figura 3 Trocador de calor casco e tubos 88 Figura 4 Exemplo de trocador de calor (casco e tubos) 90 Figura 5 Conjunto de trocadores de calor 91 Figura 6 Trocadores tipo tubo duplo ou bitubulares 96 Figura 7 Resfriadores a ar 97 Figura 8 Trocadores de placas 98 Figura 9 Trocadores espirais 98 Fornos Figura 1 Fornos 105 Caldeiras Figura 1 Fluxo esquemático numa caldeira - água e vapor 115 Figura 2 Fluxo esquemático numa caldeira - ar e gases 115 Figura 3 Caldeira flamotubular 117 Figura 4 Caldeira aquatubular 118 Figura 5 Caldeira elétrica 119 Figura 6 Combustível pulverizado 119 Figura 7 Grelha 120 Figura 8 Leito fluidizado 120 Figura 9 PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 6 Ciclo combinado de turbinas a gás 122 Figura 10 Filtros do tubulão superior 123 Figura 11 Feixe tubular 124 Figura 12 Paredes d’água 125 Figura 13 Diferencial de peso específico 125 Figura 14 Superaquecedores 126 Figura 15 Efeito do aumento de carga sobre a temperatura por tipo de superaquecedor 127 Figura 16 Pré-aquecedor tubular 128 Figura 17 Pré-aquecedor regenerativo 129 Figura 18 Disposição dos queimadores 131 Figura 19 Configurações de atomização de óleo por mistura interna 134 Figura 20 Queimador combinado e ângulo da chama 134 Figura 21 Ar primário e secundário 135 Figura 22 Queimador combinado de alta eficiência de recirculação interna 135 Figura 23 Esquema de chama de um queimador com recirculação interna 136 Figura 24 Queimador com recirculação externa 136 Figura 25 Partes de uma caldeira aquatubular 137 Figura 26 Bomba centrifuga de múltiplos estágios 138 Figura 27 Visores de nível 139 Figura 28 Controle de nível 140 Figura 29 Indicadores de pressão 141 Figura 30 Válvula de segurança 142 Figura 31 Válvulas de fechamento rápido 143 PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 7 Figura 32 Detectores de chama 144 Figura 33 Piloto 145 Figura 34 Gráfico de viscosidade x temperatura da ASTM 147 Figura 35 Esquema simplificado de um sistema de óleo 149 Figura 36 Soprador retrátil 150 Figura 37 Soprador fixo 150 Figura 38 Válvula globo 151 Figura 39 Válvula gaveta 151 Figura 40 Válvula de retenção 151 Figura 41 Purgadores 152 Figura 42 Filtro de óleo 153 Figura 43 Exemplos de invólucros 156 Figura 44 Tubo de parede d’água 158 Figura 45 Tubo do superaquecedor 158 Figura 46 UPGN 168 Figura 47 Rede de gasodutos brasileiros 169 Figura 48 Moinho vertical 173 Figura 49 Analisador de Orsat 177 Figura 50 Mudança de posição dos maçaricos 184 Figura 51 Fornalhas germinadas 185 Figura 52 Recirculação ou desvio dos gases 185 Figura 53 Controle pelo lado do vapor 186 Figura 54 Controle de pressão na fornalha 187 Figura 55 Regulagem do combustível e do ar de combustão 187 Figura 56 PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQuuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 8 Lógica do automatismo das caldeiras 188 Figura 57 Controle a três elementos 189 Figura 58 Opacímetro 191 Figura 59 Ciclone 192 Figura 60 Lavador de gases 193 Figura 61 Filtro de manga 193 Figura 62 Precipitador eletrostático 194 Figura 63 Curvas do ponto de orvalho do acido sulfúrico para gases de combustão com teores variando de 9 a 14% de água 197 Figura 64 Controle de emissões nos Estados Unidos 199 Figura 65 Equilíbrio térmico na operação de caldeiras 203 PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 9 TABELAS Caldeiras Tabela 1 Temperatura mínima de armazenagem de óleo combustível 146 Tabela 2 Temperatura ideal no bico do queimador 148 Tabela 3 Viscosidades a serem mantidas na sucção da bomba 148 Tabela 4 Poderes caloríficos típicos de alguns óleos combustíveis 160 Tabela 5 Especificações para o óleo diesel 164 Tabela 6 Temperatura de entupimento para o óleo diesel 164 Tabela 7 Viscosidade SSF a 50ºC 165 Tabela 8 Especificações para óleo combustível segundo portaria ANP80/99 166 Tabela 9 Ponto de fluidez dos óleos combustíveis A1 e B1 (ºC ) 166 Tabela 10 Especificações ANP para o gás natural 167 Tabela 11 Especificações do gás de refinaria pela ANP 170 Tabela 12 Análise de alguns carvões Brasileiros 172 Tabela 13 Análise química da lenha 173 Tabela 14 Equipamentos mais utilizados para controle de particulados 192 Tabela 15 Classificação dos métodos de controle das emissões dos óxidos de nitrogênio 196 PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 10 [Introdução Equipamentos estáticos são aqueles que contêm os fluidos, possibilitando o armazenamento, o transporte e a distribuição, a transferência de calor e a realização das diversas operações definidas para os seus processos de trans- formação, tais como: destilação, decantação, reações, etc. São exemplos desses tipos de equipamentos e seus usos: • tubulações e válvulas - alinhamento de produtos; • fornos e trocadores - aquecimento e evaporação/ condensação/resfriamento; • tanques e vasos - armazenamento, mistura e separação; e • torres e reatores – absorções e reações químicas. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 11 [Tubulação industrial As tubulações são usadas como meio de condução de fluidos e são conjun- tos de tubos e diversos acessórios, como válvulas, conexões, purgadores de vapor, filtros, etc. A condução de fluidos através de tubulações se deve, em geral, ao fato de que o ponto onde este é armazenado, ou produzido, se encontra distante do ponto onde é utilizado. Um sistema de tubulações e suas classificações podem ser vistos nas figuras a seguir. Figura 1 – Sistema de tubulações em uma refinaria PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 12 Classificação das tubulações Quanto ao emprego Tubulações Industriais Tubulações dentro de instalações industriais Tubulações fora de instalações industriais Tubulações de processo Tubulações de transporte Tubulações de distribuição Tubulações de utilidades Adução Distribuição Tubulações de instrumentação Tubulações de transmissão hidráulica Tubulações de drenagem Transporte Drenagem Coleta Figura 2 – Classificação das tubulações – tubulações industriais PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 13 Classificação das tubulações Quanto ao fluido conduzido Tubulações para água Água tratada Água potável Água de alimentação de caldeira Água salgada e outras águas agressivas Água de incêndio Água de irrigação Água industrial Tubulações para vapor Vapor superaquecido Vapor saturado Vapor exausto Vapor condensado Figura 3 – Classificação das tubulações – tubulações para água e vapor PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 14 Classificação das tubulações Quanto ao fluido conduzido Tubulações para ar comprimido Ar comprimido industrial Ar comprimido de instrumentação Ar comprimido para usos especiais Tubulações para hidrocarbonetos Petróleo cru Produtos intermediários e finais de petróleo Produtos petroquímicos Óleos hidráulicos Figura 4 – Classificação das tubulações – tubulações para ar comprimido e hidrocarbonetos PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 15 Classificação das tubulações Quanto ao fluido conduzido Tubulações para gases Gás de iluminação Gás natural Gases de petróleo, gases de síntese Gases de alto- forno Gases Oxigênio especiais Hidrogênio CO2 Nitrogênio Tubulações para esgotos e drenagem Esgoto pluvial, lama de drenagem Efluentes industriais (líquidos e gasosos) Esgoto sanitário Drenagem de emergência Figura 5 – Classificação das tubulações – tubulações para gases e esgotos PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 16 Classificação das tubulações Quanto ao fluido conduzido Tubulações para fluidos diversos Produtos alimentares Bebidas Xaropes Tintas Vernizes Solventes Resinas Outros Ácidos Álcalis Amônia Álcool Cloro Uréia Soda Sabões Outros Misturas refrigerantes Pasta de papel Óleos e gorduras comestíveis Figura 6 – Classificação das tubulações – tubulações para fluidos diversos Os tubos que fazem parte das máquinas e equipamentos (caldeiras, fornos,trocadores de calor, bombas e compressores, distribuidores e serpentinas em vasos, etc.) são considerados parte destes e não da tubulação. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 17 (a) Tubos Tubos são condutos fechados, na forma de cilindros ocos, destinados, prin- cipalmente, ao transporte de fluidos líquidos ou gasosos. Porém, os tubos são usados também para trocar calor (serpentinas de caldeiras, fornos, trocadores de calor, etc.) e para transmitir pressão ou conduzir sinais (instrumentação). Na prática, chamam-se geralmente de “tubos” apenas os dutos rígidos. Os dutos flexíveis são, de forma geral, denominados “tubos flexíveis” ou, mais comumente, “mangueiras”. (a.1) Materiais para tubos O material dos tubos deve ser adequado às condições de trabalho que lhes serão impostas. Nesses casos, a experiência assume papel preponderante na identificação dessas condições. As principais condições que influenciam na escolha do material dos tubos são: · propriedades do fluido transportado: densidade, viscosidade, contaminantes, ataque corrosivo sobre o material, sólidos em suspen- são, gases dissolvidos ou líquidos dispersos, toxidez, explosividade; · agressividade do meio: tubulação aérea, enterrada, ambiente salino; · condições de operação: temperatura e pressão de trabalho e suas variações; · intensidade e natureza dos esforços aplicados: tração, compressão, flexão; · segurança exigida: fluido muito perigoso, não-contaminação do flui- do por corrosão do material; e · disponibilidade e custo dos materiais, entre outros. Nos próximos parágrafos, estão descritos os principais materiais usados na fabricação de tubos, assim como a aplicação dos tubos de cada material e algumas características deles. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 18 São classificados como tubos metálicos aqueles fabricados com materiais ferrosos e não ferrosos. Os materiais ferrosos mais usados para tubos são: Aços-carbono São os mais empregados em refinarias por possuírem a melhor relação resistência/custo. Seu uso é generalizado, com exceção dos fluidos muito corrosivos, de temperaturas muito altas ou das muito baixas. Aços-liga São utilizados em algumas aplicações especiais em que não se empregam os tubos de aço-carbono. Aços inoxidáveis São utilizados em aplicações com corrosão mais severa que a dos aços-liga. Ferro fundido São utilizados em ambientes com baixa pressão e poucos esforços mecâni- cos (águas doces e salgadas, esgotos, etc.). Ferro forjado São utilizados em tubulações secundárias de água, ar comprimido e condensado. Os materiais não ferrosos são, em geral, mais caros do que o aço-carbono, possuem maior resistência à corrosão e, com algumas exceções, apresen- tam menor resistência a esforços e a temperaturas elevadas. Os mais encon- trados na fabricação de tubos são: Cobre, latões e cobre-níquel Serpentinas e sistemas de aquecimento e refrigeração. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 19 Alumínio Sistemas de aquecimento e refrigeração. Níquel e ligas Meios corrosivos usuais, ácidos diluídos e álcalis quentes. Metal monel Água salgada, ácidos diluídos e produtos com exigência de não-contaminação. Chumbo Esgotos, gases, ácido sulfúrico em qualquer concentração, sempre a baixas pressão e temperatura. Titânio, zircônio Propriedades excelentes e mais leves, porém de preço ainda muito elevado. Os materiais não-metálicos mais usados na fabricação de tubos são: Materiais plásticos PVC, polietileno, acrílicos, acetato de celulose, epóxi, poliésteres, fenólicos, etc. Aplicações específicas diversas, com baixa resistência à temperatura e à pressão, sendo, muitas vezes, inertes a agentes muito corrosivos. Cimento-amianto (transite) Muito usados em tubulações para esgotos. Concreto armado Usados principalmente em tubulações para água e esgoto. Barro vidrado Usado em tubulações para esgoto. Elastômeros (borrachas) Diversas aplicações com baixas temperaturas. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 20 Vidro, cerâmica e porcelanas Aplicações especiais, corrosão severa e pureza absoluta. Muitas vezes é mais viável usar um material com custo mais baixo no tubo e revesti-lo com algum material que aumente alguma propriedade específica dele, como sua resistência mecânica ou sua resistência à corrosão, por exemplo. Para isso, existem os revestimentos internos e externos usados nos tubos metálicos. Os principais materiais usados em revestimentos de tubos são: · zinco; · aços-liga e inoxidáveis (clading); · materiais plásticos; · elastômeros (borrachas, ebonite); · asfalto, esmaltes asfálticos; · concretos; · vidro, porcelana; e · isolamento com argamassa refratária. Podemos ver, na Figura 7 alguns exemplos de tubos. Figura 7 – Conjunto de tubos PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 21 (a.2) Dimensões comerciais e características dos tubos Diâmetros nominal e externo Os tubos são fabricados em uma série de diâmetros externos definidos por norma (em polegadas), identificados pelos diâmetros nominais: 1/8", 1/4", 3/8", 1/2", 3/4", 1", 1 ¼”, 1 ½”, 2", ..., 4", 5", 6", 8", 10", ..., 36"). Até 12" o diâmetro externo é diferente do nominal, e de 14" até 36" o diâmetro externo coincide com o nominal. Para cada diâmetro nominal o diâmetro externo é o mesmo, variando a espessura de parede e, conseqüentemente, o diâmetro interno. Figura 8 – Exemplos de dimensões de tubos Espessuras e diâmetro interno Antes da norma, os tubos eram fabricados com as espessuras (ou pesos): · peso normal (standard – S ou STD); · extra forte (extra strong – XS); e · duplo extra forte (double extra strong – XXS). Segundo as normas, fabricam-se tubos com várias espessuras de parede, denominadas “séries” (schedule – SCH). Essas séries foram padronizadas em 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160. Quanto maior o SCH, PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 22 maior a espessura e, conseqüentemente, menor o diâmetro interno. Para os aços inoxidáveis, as sériessão acrescidas da letra “S”, indo de 5S até 80S. Fabricação Quanto à fabricação, podemos encontrar dois tipos principais de tubos, sendo eles: · com costura – são tubos fabricados através de solda, sendo que uma chapa do material do tubo a ser fabricado é dobrada (no formato do tubo) e depois soldada. · sem costura – são tubos que não possuem solda, sendo fabricados por laminação, por extrusão ou por fundição. Extremidades · pontas lisas (esquadrejadas); · pontas chanfradas (usadas principalmente para solda de topo); e · pontas rosqueadas (API–5B e ANSI/ASME B.1.20.1). Outros materiais A tubulação de materiais metálicos não-ferrosos e não-metálicos, ainda hoje, não é largamente empregada, e mesmo a de aço pode ser encontrada no mercado com padronização diferente. Nesses casos, devem ser consulta- das as normas aplicáveis e as tabelas dos fabricantes. (a.3) Aquecimento de tubos O aquecimento de tubos, assim como o aquecimento dos acessórios da tubulação, tem as seguintes finalidades principais: · manter ou aumentar as condições de escoamento de líquidos de alta viscosidade ou que se tornem sólidos à temperatura ambiente; · manter a temperatura do fluido dentro dos limites definidos, nos casos em que se deseja evitar condensação, reações químicas, ou para PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 23 manter as propriedades do fluido (densidade, viscosidade, etc.) dentro de uma especificação; e · preaquecer as tubulações no início do funcionamento para liquefa- zer depósitos sólidos e evitar choques térmicos de fluidos quentes com a tubulação fria. O aquecimento pode ser realizado apenas durante a partida da unidade, eventual ou continuamente, dependendo da finalidade. A correta aplicação de isolamento térmico nos trechos aquecidos é fundamental para a eficiên- cia dos sistemas. Os principais sistemas utilizados para o aquecimento de tubulações são os seguintes: · tubos de aquecimento (tracing) - O aquecimento pode ser feito com o vapor (steam tracing) ou com outro fluido quente disponível que seja aplicável através de um ou de mais tubos que correm juntamente com a tubulação a ser aquecida. A disposição dos tubos de tracing pode ser para- lela à tubulação principal (externa ou internamente) ou enrolada externa- mente. Veja a Figura 9 a seguir. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 24 2 TUBOS 3 TUBOS 1 TUBO TUBOS HORIZONTAIS TUBOS VERTICAIS Figura 9 – Tubos de aquecimento · camisa externa - Neste sistema, o fluido de aquecimento corre em uma tubulação de maior diâmetro, formando uma camisa em torno da tubu- lação a ser aquecida. · aquecimento elétrico - Neste sistema, são colocados fios elétricos (resistências), paralelamente ou enrolados na tubulação a ser aquecida, por onde passa uma corrente de baixa voltagem e grande intensidade. Isolamento térmico O isolamento térmico tem como princípio a redução da troca de calor entre o meio ambiente e os equipamentos protegidos na unidade industrial. Sua utilização tem as seguintes finalidades principais: PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 25 · economia de energia empregada no aquecimento ou resfriamento dos fluidos no processo, evitando as perdas de calor de fluidos quentes para o ambiente, ou o aquecimento de fluidos frios pelo ambiente; · estabilidade operacional, pois o excesso de perdas distribuídas pela planta dificulta o controle das operações; · proteção pessoal, evitando queimaduras no contato do técnico de operação com a tubulação ou, em algumas situações, para evitar o desconforto da excessiva irradiação de calor; · proteção das estruturas, evitando eventuais contatos de materiais inflamáveis com as superfícies quentes; e · evitar condensação de umidade com respingos e corrosão. Observe a Figura 10, a seguir. Arame galvanizado Cinta de aço inoxidável Tubo Calhas pré-moldadas de isolamento Papel impermeável Folha de alumínio Figura 10 – Isolamento térmico externo Os materiais para isolamento apresentam-se principalmente na forma de pré-moldados (meia circunferência ou especiais), placas, argamassas e man- tas. São constituídos, principalmente, de material à base de amianto pren- sado, cimentos isolantes, sílica de cálcio, lã de rocha, lã de vidro, espumas de diferentes polímeros, entre outros. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 26 (b) Meios de ligação Os principais meios de ligação usados para ligar tubos entre si, assim como unir tubos a acessórios de tubulação, estão descritos a seguir: (b.1) Ligações para solda de topo e para solda de encaixe É o sistema mais usado para a ligação de tubos, acima de 2", para aços de qualquer tipo e metais não-ferrosos soldáveis, pois garantem estanqueidade. Para a execução das soldas, existem normas que regulamentam o tipo de eletrodo, o tipo de inspeção, o tratamento térmico, etc. Não são desmontáveis, como podemos ver na Figura 11 a seguir. sobreposto de pescoço rosqueado de encaixe solto Figura 11 – Luva - solda de encaixe (b.2) Ligações rosqueadas É um método de baixo custo e fácil execução. Sua utilização é limitada a tubos de pequenos diâmetros (até 4") e para ligações de baixa pressão. Podem ser desmontadas. Veja a Figura 12. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 27 (b.3) Ligações flangeadas Figura 12 – Ligações rosqueadas As ligações flangeadas compreendem dois flanges, um jogo de parafusos, porcas e uma junta. São empregadas em uma série de situações, em espe- cial por serem facilmente desmontáveis como, por exemplo, na montagem de válvulas, na interligação das tubulações aos equipamentos, nas tubula- ções de aço com revestimento interno, nas extremidades com acessos para limpeza, etc. Existem diversos tipos de flanges: de pescoço, sobreposto, rosqueado, de encaixe, solto, integral, de anel e cego. Quanto à face, podemos ter: face plana, com ressalto (macho e fêmea) e para juntas eanel. Observe os tipos de flanges na Figura 13 a seguir. Figura 13 – Ligações flangeadas PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 28 O processo de fabricação ideal para flanges é o forjamento. Porém, devido à dificuldade de obtenção de peças grandes forjadas, os flanges de diâmetros de 10" ou superiores podem ser fabricados por outros processos como, por exemplo, barras dobradas e soldadas em anel. A norma ANSI/ASME B.16.5 define sete séries de flanges de aços forjados, denominadas de “classes de pressão” (ratings) e designadas pelos números adimensionais 150#, 300#, 400#, 600#, 900#, 1500# e 2500#. Para cada uma dessas classes, tem-se, para cada material, uma cur va de interdependência entre a pressão admissível e a temperatura máxima em que podem ser empregados. Os f langes mais usados em refinaria correspondem às classes 150# e 300#. As dimensões dos flanges (espessura, número de parafusos, diâmetro exter- no) variam de acordo com as classes de pressão e são definidas por norma. Juntas para flanges Nas ligações com flanges, existe uma junta que é o elemento de vedação. O material da junta deverá ser deformável e elástico de modo a compensar as irregularidades das faces dos flanges e garantir uma vedação perfeita. Deverá ser especificado para suportar a agressividade do fluido e as variações de temperatura, de pressão e de esforços a que o flange está sujeito. Existem diversos tipos de juntas, sendo que as mais comuns nas refinarias são: · não-metálicas São largamente empregadas para flanges de face plana e com ressalto. Podem ser de borracha, materiais plásticos e papelão hidráulico (com grafite). · semimetálicas São juntas planas com espiral metálico recheado de amianto. São usadas para fluidos em condições severas, com altas temperaturas e/ou altas pressões. · metálicas folheadas São juntas com capa metálica plana ou corrugada e enchimento de amianto. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 29 · metálicas maciças Têm faces planas ou ranhuradas de diferentes metais. · anéis metálicos Podem ser de seção ovalada ou octogonal. (b.4) Outros tipos de ligação usadas em tubulações industriais Ligações de ponta e bolsa Tubulações de ferro fundido, barro e concreto. Ligações para tubos plásticos reforçados Feita com nipples e adesivos especiais. Ligações de compressão Para tubos de pequeno diâmetro e espessura, metálicos e não-metálicos. (c) Acessórios de tubulações Como já foi mencionado, as tubulações são sistemas compostos por tubos e acessórios. Os acessórios desempenham diversas funções na tubulação, incluindo: alterar a direção da tubulação, fazer derivações nestas, alterar as condições do fluxo do fluido (tais como: pressão e vazão), retirar impurezas do fluido, etc. A parte reativa a tubos já foi tratada neste material, faltando agora a parte de acessórios que será abordada a seguir. (c.1) Conexões As conexões podem ser classificadas, conforme a sua finalidade, da seguin- te forma: PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 30 Fazer mudanças de direção 22½º, 45º, 90º e 180º · curvas de raio longo; · curvas de raio curto; · curvas de redução; · joelhos (elbows); e · joelhos de redução. Fazer derivações em tubulações · tês de 90º (normais); · tês de 45º; · tês de redução (mudam também o diâmetro); · peças em “Y”; · cruzetas (crosses); · cruzetas de redução; · selas (saddles); · colares (sockolets, weldolets, etc.); e · anéis de reforço. Fazer mudanças de diâmetro · reduções concêntricas; · reduções excêntricas; e · reduções bucha. Fazer ligações entre tubos · luvas (couplings); · uniões; · flanges; · nipples; · virolas (para uso com flanges soltos); e · juntas de expansão. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 31 REDUÇÃO Fazer o fechamento da extremidade de um tubo · tampões (caps); · bujões (plugs); e · flanges cegos. Fazer o isolamento de equipamentos e trechos de tubo · raquete; e · figura-oito. Agora observe a Figura 14 a seguir. CURVAS DE 90° CAP CURVAS DE 45° TÊ CELA REDUÇÃO CONCÊNTRICA REDUÇÃO EXCÊNTRICA CRUZETA Figura 14 – Conexões PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 32 (c.2) Válvulas São dispositivos destinados a estabelecer/interromper o fluxo em uma tubula- ção e também a controlá-lo, se desejado. São os acessórios de tubulação mais importantes, merecendo cuidados especiais na sua localização, seleção e especificação, sendo também os mais caros, devendo, por isso, haver o menor número possível ou o estritamente necessário à operação da planta. Classificação quanto à finalidade e ao tipo: Válvula de bloqueio São utilizadas apenas para estabelecer/interromper o fluxo (on/off), funcio- nando completamente abertas ou completamente fechadas. Quando total- mente fechadas, devem garantir o bloqueio do fluxo com um grau de vaza- mento adequado ao sistema e ao fluido. Quando totalmente abertas, devem promover a mínima restrição à passagem do fluido, sendo quase sempre do mesmo diâmetro nominal da linha e com passagem interna compatível com o diâmetro interno da linha. Os principais tipos de válvulas de bloqueio são: · válvula gaveta (gate valve); · válvula macho (plug, cock valve); · válvula esfera (ball valve); e · válvula de comporta (slide, blast valve). Válvulas de controle ou regulagem (control valves) São utilizadas com o objetivo de controlar o fluxo que passa pelo trecho de tubulação onde estão instaladas, podendo trabalhar em qualquer posição de abertura parcial. O fluxo é controlado através da variação da restrição imposta pela válvula à passagem do fluido, por meio da variação da abertu- ra da válvula (área entre o obturador e a sede). Normalmente, apresentam diâmetros menores do que a linha. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 33 Os principais tipos de válvulas de controle ou regulagem são: · válvula globo (globe valve); · válvula agulha (needle valve); · válvula borboleta (butterfly valve); · válvula diafragma(diaphragm valve); e · válvula de 3 ou 4 vias (three or four way valves). Válvulas de retenção ou unidirecionais São utilizadas com o objetivo de permitir o fluxo em um único sentido. Os principais tipos de válvulas unidirecionais são: · válvula de retenção (check valve); · válvula de retenção e fechamento (stop-check valve); e · válvula de pé (foot valve). Válvulas que controlam a pressão a montante Os principais tipos de válvulas que monitoram a pressão a montante são: · válvula de segurança e alívio (safety, relief valve); · válvula de excesso de vazão; e · válvula de contrapressão (back-pressure valve). Válvulas que controlam a pressão a jusante Os principais tipos de válvulas que controlam a pressão a jusante são: · válvulas redutoras e reguladoras de pressão; e · válvula de quebra-vácuo. Construção das válvulas O corpo é a parte principal, contendo a sede (área de passagem do fluido) e as extremidades que serão conectadas à tubulação. As válvulas são peças sujeitas à manutenção e, por isso, devem ser, em princípio, facilmente desmontáveis, a não ser quando se exija eliminação absoluta do risco de vazamento. Os meios de ligação para válvulas são os seguintes: PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 34 Extremidades flangeadas Para válvulas maiores que 2" de qualquer material. Extremidades rosqueadas Para válvulas menores que 4" em tubulações em que não se exija eliminação absoluta do risco de vazamentos. Extremidades para solda de topo Para válvulas de aço maiores que 2" em serviços com pressões elevadas ou em que se exija eliminação absoluta do risco de vazamentos. Extremidades para solda de soquete Para válvulas de aço menores que 2" em que a solda de topo é ineficiente. Veja a Figura 15. Figura 15 – Válvula de agulha As válvulas com corpo fino, como as guilhotinas, borboletas e algumas de retenção e esfera são montadas entre os flanges da própria tubulação, sen- do que os parafusos de união dos flanges podem passar por fora do corpo da válvula (wafer), ou por “orelhas” no entorno do corpo (lug). PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 35 O corpo é normalmente forjado para diâmetros até 2" e fundido para diâme- tros maiores. Pode também ser fabricado por usinagem de barras (para diâmetros pequenos e pressões altas). Pode ser bipartido, encamisado (para a passagem de fluido quente que garante a não-solidificação do fluido no seu interior), ou aletado (para dissipação de calor). O castelo é montado sobre o corpo e fecha a parte superior deste, suportan- do e interligando as partes móveis que controlam a abertura da válvula: o mecanismo interno e o mecanismo de acionamento. Tipos de fixação do castelo ao corpo: · rosqueamento direto - corpo e castelo rosqueados. Para válvulas pequenas e pressão baixa; · rosqueamento por porca solta de união - montagem com sobrepos- tas. Este tipo de fixação é usado em válvulas pequenas submetidas a altas pressões, porque garante uma melhor vedação do que o rosqueamento dire- to; e · montagem por parafusos - a base do castelo é aparafusada no corpo (como flanges). Utilizada para válvulas de grande diâmetro onde o sistema de porca solta de união se torna inviável. O sistema mecânico que permite a válvula alterar as condições de fluxo do fluido que a está atravessando é chamado de “mecanismo interno da válvula”. Existem vários tipos de mecanismos internos, sendo o que , normalmente , diferencia os tipos de válvula. Os mais comuns são compostos de uma haste que se conecta a um obturador na sua extremidade. O obturador se assenta na sede para promover o fechamento, ou se movimenta (sobre ou através da sede), proporcio- nando a variação da área de passagem do fluido e, com isto, o controle do fluxo. A haste pode ter um movimento de subida e descida, ou um movimento giratório. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 36 Outro fator de grande importância em válvulas é o sistema de vedação que elas possuem. Esse sistema é necessário porque a haste atravessa o caste- lo. O principal sistema utilizado é a caixa de gaxetas convencional, com sobreposta e parafusos, ou com porca de aperto. Em aplicações específicas em que há uma preocupação maior com vaza- mentos, pode-se usar engaxetamento de fole ou anéis retentores. Meios de operação e mecanismos de acionamento de válvulas Os principais meios de operação são os seguintes: Operação manual Em uma operação manual, empregam-se volantes e alavancas em válvulas de até 12". Para válvulas maiores, usam-se os sistemas de engrenagem e parafuso sem fim com o objetivo de suavizar a operação. Em uma operação manual de válvulas situadas fora do alcance do técnico de operação, utilizam-se volantes e alavancas com correntes, ou ainda haste de extensão. Esta última também para válvulas muito quentes ou frias. Operação motorizada A operação motorizada é empregada para válvulas comandadas a distância (para controle, intertravamento ou em locais perigosos), situadas em posições inacessíveis e muito grandes (que impossibilitam a operação manual). Gradativamente, vem sendo cada vez mais utilizada nas unidades de pro- cesso devido ao alto grau de automação exigido atualmente pela indústria do petróleo. Nos sistemas de operação motorizada hidráulica ou pneumática, a haste da válvula é comandada por um êmbolo ou um diafragma, que está sujeito à pressão de óleo ou ar comprimido. O comando hidráulico é usado quase que somente para válvulas muito grandes. O comando pneumático é o sistema PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 37 mais empregado nas válvulas comandadas por instrumentos automáticos (válvulas de controle). É preciso não confundir as comandadas por instru- mentos automáticos com as de operação automática. Nos sistemas de operação motorizada elétrica, a haste da válvula é comandada por um motor elétrico, acionando o volante da válvula por meio de engrenagens de redução; ou por solenóide, cujo campo magnético movimenta a haste da válvula diretamente por atração. Este último é empregado apenas para pequenas válvulas e acionado por relés elétricos ou instrumen- tos automáticos. Operação automática (auto-operadas) Podem ser comandadas pela pressãode molas ou pela pressão do próprio fluido, ou seja, uma conexão na entrada ou na saída da válvula leva o fluido até o sistema do acionador para que estas pressões sejam mantidas no nível ajustado. Observe a Figura 16 a seguir. Figura 16 – Acionador automático PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 38 Particularidades dos principais tipos de válvulas Válvula gaveta São as válvulas de uso mais generalizado, por serem baratas, de operação e manutenção simples. Elas são utilizadas principalmente nos ser viços de bloqueio para líquidos em geral (desde que não sejam muito corrosivos ou voláteis), para quaisquer diâmetros e também para o bloqueio de vapor e ar em linhas de diâmetro acima de 8". Em todos esses serviços, as válvulas de gaveta são usadas para qualquer pressão e temperatura. As válvulas gaveta não têm um fechamento absolutamente estanque. Porém, na maioria das aplicações práticas, tal fechamento não é necessário. O obturador (chamado de “gaveta”) se desloca perpendicularmente ao senti- do de escoamento do fluido, bloqueando o orifício da válvula. Quando com- pletamente aberta, a perda de carga causada por este tipo de válvula é desprezível. Elas devem trabalhar totalmente abertas ou totalmente fechadas, isto é, são válvulas de bloqueio e não de regulagem. Quando parcialmente abertas, causam laminagem da veia fluida acompanhada de cavitação e violenta erosão. As válvulas gaveta são sempre de fechamento lento, sendo impossível fechá- las instantaneamente. Essa é uma grande vantagem desse tipo de válvula, porque se pode controlar o efeito dos golpes de aríete. A “gaveta” pode ser em cunha ou paralela. A gaveta em cunha é de melhor qualidade e proporciona um fechamento mais seguro do que a gaveta para- lela, embora esta última seja mais simples. Nessas válvulas, encontramos diferentes sistemas de movimentação da haste, sendo eles: PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 39 · haste ascendente com rosca externa: a haste tem apenas movimen- to de translação, e o volante, preso ao castelo por uma porca fixa, apenas movimento de rotação. A rosca da haste é externa à válvula, estando assim livre do contato com o fluido. · haste ascendente com rosca interna: é a disposição mais usual em válvulas pequenas e também em válvulas grandes de qualidade inferior. O volante é preso à haste, e a rosca da haste está no castelo. A haste e o volante têm movimentos de translação e rotação. · haste não-ascendente: a haste e o volante têm apenas movimento de rotação. A haste possui rosca na extremidade da parte de dentro da válvula, a qual gira dentro da rosca da gaveta, proporcionando seu movi- mento de translação. As válvulas gaveta apresentam alguns problemas característicos durante sua operação como, por exemplo, em casos de alta pressão, quando a operação destas válvulas torna-se difícil. Para diminuir este problema, po- demos usar chaves apropriadas aplicadas ao volante, ou instalar um desvio na válvula. Na abertura ou no fechamento da válvula, utiliza-se o desvio para evitar alto diferencial de pressão na operação. Outro fator importante nessas válvulas são as gaxetas, que requerem aten- ção especial, visto que tanto a má lubrificação como o aperto demasiado podem acarretar dificuldades na operação. Pouco aperto pode provocar um pequeno vazamento com o uso. A abertura ou o fechamento total de uma válvula gaveta pode trancá-la na posição, além de que depósitos e defeitos na gaveta ou na sede podem fazer com que a válvula perca a vedação. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 40 Uma variante da válvula gaveta é a válvula de fecho rápido. Neles, a gaveta é manobrada por uma alavanca externa, fechando-se com um movimento único de alavanca Válvula globo Nas válvulas globo, o fechamento é feito por meio do obturador em forma de tampão, o qual se move contra o orifício (sede) da válvula. Essas válvulas podem apresentar excelente vedação e trabalhar em qualquer posição inter- mediária, sendo utilizadas como válvulas de controle e regulagem. Devido à sua forma construtiva, geram mais perda de carga que os outros tipos, mesmo estando totalmente abertas. Encontramos também válvulas globo com dupla sede, que são válvulas que possuem dois obturadores em forma de tampão na mesma haste, os quais se movem contra duas sedes (dividindo o fluxo na entrada da válvula). Válvula agulha São as variantes das válvulas globo, onde o tampão é substituído por uma peça cônica fina (denominada “agulha”), com sede também cônica, que permite um controle mais delicado da vazão. É usada em linhas de até 2". Válvula em “Y” e angular São as variantes das válvulas globo, nas quais o corpo possui um formato de “Y”. Apresentam uma haste a 45° com o corpo e, em conseqüência disso, as perdas de carga ficam bastante reduzidas. Essas válvulas são muito utilizadas para bloqueio e regulagem de vapor. Nas angulares, os bocais de entrada e saída fazem 90° entre si. Permitem PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 41 perdas de cargas menores que a válvula globo comum e evitam o acúmulo de sólidos em suspensão. Válvula gaiola São as variantes das válvulas globo em que o obturador tem a forma de um copo invertido perfurado (como uma gaiola), o qual se movimenta dentro da passagem da sede. Essas válvulas são empregadas para reduzir cavitação e ruído. Válvula diafragma Muito usadas para fluidos perigosos, elas fazem o bloqueio através do fechamento de um diafragma flexível sobre a sede. A haste e o sistema de acionamento ficam fora de contato com o fluido. Têm sua utilização limita- da pelo material do diafragma. Válvula macho Nas válvulas macho, o obturador é cônico e possui um furo na vertical. Dessa forma, quando o furo estiver alinhado com a tubulação, a passagem do fluido é permitida. As operações de abertura e fechamento se dão pela rotação em 1/4 de volta da haste, girando o obturador. Esse tipo de válvula é, fundamentalmente, de bloqueio para fechamento rápido. Quando total- mente abertas, a perda de carga é mínima. São utilizadas, principalmente, nos serviços de bloqueio de gases para qual- quer diâmetro, temperatura ou pressão, bem como no bloqueio rápido de vapor e líquidosem geral para pequenos diâmetros e baixas pressões. Válvula de 3 ou 4 vias São variantes da válvula macho, onde os obturadores têm furos em forma de “T”, “L” ou em cruz, com o corpo de 3 ou 4 bocais para ligação às tubulações. São empregadas para manobras com vários alinhamentos do fluido, simplifi- cando a operação e diminuindo o número de válvulas comuns necessárias. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 42 É possível conseguir, especialmente em válvulas pequenas, um fechamento absolutamente estanque. Válvula esfera Definidas como variantes das válvulas macho, o macho cônico é substituído por um obturador esférico, deslizando na sede entre anéis retentores. O obturador comum possui um furo do mesmo diâmetro das conexões da válvula. As vantagens dessas válvulas sobre as de gaveta são o menor tamanho e peso, além de melhor vedação. São bastante empregadas e tam- bém possuem obturadores especiais para funções de controle. Válvula borboleta As válvulas borboleta possuem um obturador em forma de disco. A opera- ção se dá pela rotação em 1/4 de volta da haste. Quando o disco se posiciona perpendicularmente à tubulação, bloqueia o fluxo. São válvulas de regulagem, mas com construção especial podem ser empregadas como bloqueio. São usadas em tubulações de grande diâmetro, sujeitas a baixas pressões e a temperaturas moderadas, para líquidos e gases, corrosivos e com sólidos em suspensão. Válvula de controle São válvulas dos tipos adequados para regulagem (globo, borboleta, etc.), com acionamento motorizado (atuadores), usadas em combinação com ins- trumentos automáticos, os quais as comandam a distância. São utilizadas principalmente em acionadores pneumáticos, existindo uma gama enorme de diferentes tipos de acionadores, que se aplicam a diferentes necessida- des. Válvula de retenção Permitem a passagem de fluido apenas em um sentido, fechando-se automa- ticamente se houver tendência à inversão no sentido de escoamento, por diferença de pressões exercidas pelo próprio fluido. São, por isso, válvulas de operação automática, usadas, por exemplo, em linhas de recalque de PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 43 bombas em paralelo para evitar o retorno de fluido através das bombas paradas, em linhas de carregamento de tanques para evitar um possível esvaziamento, etc. Operação manual Atuadores Conjunto de válvulas de segurança Figura 17 – Operação manual e motorizada PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 44 Existem vários tipos de válvulas de retenção, sendo os principais: · válvula de retenção de portinhola - seu fechamento é feito por uma portinhola articulada, a qual se assenta no orifício da válvula. Essas válvu- las não devem ser usadas em tubulações sujeitas a freqüentes inversões de fluxo devido à tendência a vibrarem fortemente. · válvula de retenção tipo plug - o fechamento da válvula é semelhan- te ao da válvula globo e é feito por meio de um tampão cuja haste desliza em uma guia interna. Essa válvula causa perdas de carga muito grandes e, por isso, é pouco usada em linhas de diâmetros acima de 6". Adequada ao trabalho com gases e vapores. · válvula de retenção de esfera - é semelhante à válvula de retenção tipo plug, havendo, porém, uma esfera em lugar do tampão e da haste. Apresenta fechamento mais rápido e é muito boa para fluidos de alta visco- sidade. É fabricada apenas para diâmetros de até 2". · válvula de retenção “de pé” - tipo especial usado para manter a escorva nas linhas de sucção de bombas. É semelhante à válvula de reten- ção tipo plug. · válvula de retenção e fechamento - semelhante à válvula globo, com tampão capaz de deslizar sobre a haste. Na posição aberta, funciona como válvula de retenção tipo plug e, na posição fechada, como válvula de bloqueio. Utilizada em linhas de saída de caldeiras. · válvula de segurança e alívio Controla a pressão a montante, abrindo-se automaticamente quando esta pressão ultrapassa um determinado valor para o qual a válvula foi ajustada. Resumidamente, podemos dizer que a construção dessa válvula é semelhan- te à da válvula globo angular. O tampão é mantido fechado contra a sede pela ação de uma mola com parafuso de regulagem. Regula-se a tensão da mola de maneira que se tenha a pressão de abertura da válvula desejada. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 45 A mola pode ser interna, dentro do castelo da válvula, ou externa, preferin- do-se esta última disposição para ser viços com fluidos corrosivos, muito viscosos, ou com gases liquefeitos que possam congelar. Essas válvulas são chamadas de “válvulas de segurança”, quando destina- das a trabalhar com fluidos compressíveis (vapor, ar, gases), e de “válvulas de alívio”, quando destinadas a trabalhar com fluidos incompressíveis (lí- quidos). A construção das válvulas de segurança e de alívio é semelhante. Nas de segurança a abertura total da válvula ocorre imediatamente quando o fluido atinge a pressão de ajuste, e o fechamento ocorre repentinamente quando o fluido volta a uma pressão abaixo da pressão de ajuste. Nas de alívio, a abertura é gradual, atingindo o máximo com 110% a 125% da pressão de ajuste. Elas têm um tratamento diferenciado em relação às válvulas de bloqueio, retenção e controle, pois são instaladas com o objetivo de proteger os equipamentos da unidade de sobrepressões. Há muitas causas possíveis de sobrepressão (descargas bloqueadas, ruptu- ra de tubos de trocadores, incêndios, etc.), as quais são analisadas durante o projeto. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 46 Válvula reguladora de pressão (com piloto) Válvula globo de operção rápida Válvula reguladora de pressão (automática) Válvula em “Y” Válvula sem gaxeta Válvula globo de agulha Válvula globo angular Válvula globo reto Válvula de gaveta Figura 18 – Alguns tipos de válvulas PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 47 (c.3) Purgadores devapor Separam e eliminam o condensado formado nas tubulações que transpor- tam vapor. Alguns tipos, devido ao seu princípio de funcionamento, remo- vem também o ar e outros gases não-condensáveis que possam existir na linha, após a remoção do condensado. O aparecimento de condensado em tubulações de vapor pode se dar devido à perda de calor para o meio ambiente, ao arraste de gotículas, à colocação em operação de determinado trecho de tubulação fria ou a trechos de tubulações bloqueadas. Remove-se o condensado existente nas linhas de vapor para: · conservar a energia do vapor; · evitar vibrações e golpes de ariete nas tubulações, causados pelo arraste do condensado e pelo encontro do vapor com bolsões de condensado; · reduzir os efeitos de corrosão e erosão; e · evitar a entrada de condensado em turbinas, porque isso causa danos irreparáveis em suas palhetas. Mecânicos Termostáticos Especiais Opera baseado na diferença de densidade da água para o vapor Opera baseado na diferença de temperatura dos fluidos Purgadores de bóia Purgadores de expansão metálica Purgadores termodinâmicos Purgadores de panela invertida Purgadores de expansão líquida Purgadores de impulso Purgadores de expansão balanceada (fole) Figura 19 – Classificação dos purgadores PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 48 Particularidades de alguns tipos de purgadores Purgadores de bóia A saída do condensado é aberta por uma válvula comandada por bóia. Enquanto há condensado, a bóia flutua e abre a saída dele, o qual é expulso pela própria pressão do vapor. Esse purgador tem descarga contínua. Veja a Figura 20 a seguir. Figura 20 – Purgadores de bóia Purgadores de panela invertida É o tipo mais usado. Consiste em uma caixa dentro da qual existe uma panela com o fundo para cima, comandando a válvula que fecha a saída do condensado. Para o início da operação, o purgador deve estar cheio de água; a panela fica pousada no fundo, abrindo a válvula, por onde sai o excesso de água. O vapor, quando chega, é lançado dentro da panela, de onde é expulsa a água (que escapa pela saída) até que a quantidade de água dentro da panela, tornando-se pequena, faz com que ela flutue, fechando a válvula de saída. Observe a Figura 21 na página ao lado. O ar contido na panela sai pelo pequeno furo existente no fundo dela, por onde escapa também um pouco de vapor; o ar acumula-se, então, no topo do purgador, sendo o vapor condensado pela saturação do ambiente. Ao PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 49 chegar mais condensado, a panela enche-se de água, perde flutuação e afunda, abrindo a válvula. A pressão do vapor faz sair o ar acumulado e o condensado até que, diminuída a quantidade de condensado dentro da pa- nela, é restabelecida a flutuação com o fechamento da válvula. PURGADOR ABERTO Descarga de condensado ORIFÍCIO ENTRADA VÁLVULA (aberta) SAÍDA PANELA INVERTIDA (afundada) PURGADOR FECHADO Chegada de vapor BOLHAS DE VAPOR ENTRADA CONDENSADO VÁLVULA (fechada) SAÍDA PANELA INVERTIDA (afundada) PURGADOR ABERTO Descarga de condensado VÁLVULA (aberta) ENTRADA SAÍDA CONDENSADO VAPOR PANELA INVERTIDA (afundada) Figura 21 – Purgadores de panela invertida PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 50 Purgadores de expansão balanceada Consiste em uma caixa com um pequeno fole em seu interior que comanda a válvula de saída do condensado. O fole contém um líquido de ponto de ebulição inferior ao da água. O purgador funciona pela diferença de tempera- tura que existe sempre, para a mesma pressão, entre o vapor e o condensado. O vapor, mais quente, vaporiza o líquido dentro do fole, que se dilata, fecha a válvula e impede, portanto, a saída do vapor. O condensado e o ar, como são mais frios, contraem o fole e a válvula se abre. Não pode ser empregado para vapor superaquecido. Purgadores termodinâmicos Consiste em um disco que trabalha livre dentro de uma pequena câmara, abrindo ou fechando, e bloqueia simultaneamente a entrada de vapor e a saída de condensado. O condensado ou o ar que chega ao purgador é empurrado pelo vapor, levanta o disco e escapa. Quando o vapor chega ao purgador, a princípio também escapa. Mas, logo em seguida, o jato de vapor em alta velocidade, passando por baixo do disco, cria uma zona de baixa pressão e o disco tende a fechar a saída do vapor. Quando o disco começa a abaixar, a pressão do vapor que sai para a câmara acima do disco força então o disco para baixo. Conseqüentemente, o movimento de descida do disco provoca uma redução na seção de saída do vapor, aumentando sua velocidade e a depressão causada. Essa seqüência faz com que o disco desça rapidamente, fechando a saída do vapor. Fechado, o disco fica em equilíbrio (a mesma pressão nas duas faces) até que o vapor retido em cima começa a condensar e a pressão cai e o disco sobe, reiniciando-se o ciclo. De construção extremamente simples, barata e de baixa manutenção, esse tipo de purgador está sendo empregado cada vez mais para linhas de vapor e de aquecimento, desde que a quantidade de condensado não seja muito gran- de. Não deve ser usado quando a contrapressão do condensado for maior do que 50% da pressão do vapor, ou quando a pressão do vapor for inferior a 0,7kgf/cm2. Pode ser utilizado para altas pressões e altas temperaturas. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 51 Figura 22 – Purgador termodinâmico (c.4) Filtros e outros dispositivos separadores Os filtros e os dispositivos separadores são usados para retirar, ou separar como o próprio nome diz, elementos indesejáveis que podem estar associa- dos ao fluido conduzido através da tubulação. Elementos como partículas sólidas, por exemplo, podem causar grandes danos a equipamentos, sendo, por isso, necessário separar estes elementos do fluido conduzido. Filtros Os filtros são também aparelhos separadores destinados a reter corpos estranhos, poeiras e sólidos em suspensão em correntes de líquidos ou gases. Duas classes de filtro são de uso comum em tubulações industriais e são tratados a seguir: Filtrosprovisórios Eles são montados entre dois flanges de uma peça (carretel, redução, joe- lho, etc.), próximo ao bocal de entrada do equipamento (bombas, compres- sores, turbinas, etc.), para evitar que sujeira e corpos estranhos, deixados durante a montagem dos mesmos, penetrem nesses equipamentos quando o sistema for posto em funcionamento. Depois que as tubulações já estiverem em funcionamento normal por algum tempo e, portanto, tiverem sido com- pletamente lavadas pelo próprio fluido circulante, os filtros provisórios deve- rão ser removidos. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 52 Os filtros provisórios mais comuns são os discos de chapas perfuradas ou os anéis de chapas finas com cesta de tela, como podemos observar tam- bém na Figura 23 a seguir. Figura 23 – Filtro provisório Filtros permanentes Os principais casos de emprego dos filtros permanentes envolvem: · tubulações com fluidos sujos que sempre possam apresentar cor- pos estranhos; · tubulações de entrada de instrumentos e equipamentos muito sen- síveis a corpos estranhos; · casos em que se deseje uma purificação rigorosa e controlada do fluido circulante; e · tubulações de entrada em estações de medições (EMED) para evitar dúvidas no faturamento. Consistem geralmente em uma caixa de aço, de ferro fundido ou de bronze, com os bocais para tubulações de entrada e de saída e chicanas que condu- zem à veia fluida, no interior da qual são montados os elementos de filtragem (observe a Figura 24). Os tipos de elementos e os materiais de construção PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 53 dos mesmos variam de acordo com as propriedades do fluido circulante e das impurezas, com o grau de filtragem desejado, etc. Conforme o modelo do filtro, os elementos filtrantes podem ter a forma de cestas cilíndricas, cones, discos, cartuchos, etc. Os tipos mais comuns de elementos filtrantes aplicados para diferentes finalidades são: · filtragem grosseira de líquidos: grades metálicas, telas metálicas e chapas perfuradas; · filtragem fina de líquidos: telas finas, feltro, náilon, porcelana, papel, etc; e · filtragem de gases: palhas metálicas, feltro, camurça, etc. Figura 24 – Filtros permanentes PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 54 Outros dispositivos separadores Além dos purgadores de vapor, outros dispositivos separadores são também usuais em tubulações industriais. As operações mais comumente efetuadas por esses aparelhos são as seguintes: · separação de poeiras e sólidos em suspensão em líquidos e gases; · separação de água e/ou óleo em tubos de ar comprimido e de outros gases; e · separação de ar em tubos de vapor. Os princípios gerais de funcionamento da maioria desses aparelhos são: flutuação, inércia, capilaridade e absorção. Alguns separadores aproveitam- se, simultaneamente, de mais de um dos fenômenos mencionados. Os que trabalham por flutuação são semelhantes aos purgadores de bóia, empregados na separação e na eliminação de água e de outros líquidos das tubulações de ar e de gases em geral. Esses separadores são muito usados para a drenagem da água formada em tubulações de ar comprimido e, por isso, denominados às vezes de “purgadores de água”. Os que trabalham por inércia são destinados a separar líquidos e sólidos em suspensão (inclusive poeiras) em tubulações de gases. Nesses separadores, a corrente de gás carregada de partículas líquidas ou sólidas é obrigada a mudar várias vezes de direção em grande velocidade. Nessas mudanças de direção, as partículas líquidas ou sólidas separam-se por serem mais pesa- das (devido à inércia), sendo recolhidas e eliminadas. Os que trabalham por capilaridade servem principalmente para a coleta e eliminação de ar e de água em tubulações de líquidos leves. Nesses apare- lhos, a corrente líquida atravessa elementos de tela fina ou de palhas espe- ciais, onde se formam, por diferença de capilaridade, bolhas de ar ou gotículas de água, as quais são coletadas depois. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 55 Os que trabalham por absorção são aparelhos no interior dos quais existem substâncias especiais capazes de absorver e reter o material que se deseja separar. A veia fluida atravessa esses elementos, onde a absorção ocorre geralmente por meio de reações químicas. Os elementos absorventes têm uma vida relativamente curta, ao final da qual devem ser substituídos. Alguns desumidificadores funcionam segundo esse princípio. PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 56 [Tanques, vasos, torres e reatores a) Tanques Figura 1 – Pátio de tanques (a.1) Finalidades Os tanques armazenam os diversos produtos envolvidos na produção em uma unidade de processo da pressão atmosférica até baixas pressões (apro- ximadamente 15 psig). Neles são estocadas: PP EE TT RR OO BB RR AA SS AA BB AA SS TT EE CC II MM EE NN TT OO 22 00 00 88 QQ uuaa ll ii ff ii ccAAbbaass tt 57 · Matérias-primas Em grandes quantidades para garantir o suprimento das plantas. · Produtos intermediários Produtos finais para algumas unidades e matéria-prima para outras são estocados para que não seja necessária a operação conjunta. · Produtos finais Estocados, esperando distribuição para os consumidores. Portanto, como podemos observar, os tanques são fundamentais para per- mitir boa flexibilidade para as operações e garantir a continuidade do processamento de petróleo. (a.2) Classificação quanto à função · Tanques de armazenamento - estoque de matérias-primas e produtos acabados à pressão atmosférica. · Tanques de recebimento - estoque de produtos intermediários. · Tanques de resíduo - armazena produtos fora de especificação ou provenientes de operações indevidas, aguardando reprocessamento. · Tanques de mistura - usados para obtenção de misturas de produtos, ou produtos e aditivos, visando ao acerto de especificação. (a.3) Classificação quanto ao tipo Os tanques podem ser classificados quanto ao fundo,
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