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Arquitetura de automação industrial: Fundamentos e adequações para a Indústria 4.0 Prof. Reinaldo Squillante Junior 2022 I1PIS - Programação e Integração de Sistemas Tópicos • A Pirâmide de Automação (norma ISA-95) • Arquiteturas de referência para a indústria 4.0 • Proposta da Industrie 4.0 – RAMI 4.0 • Proposta da Industrial Internet Consortium - IIRA • Comparativo das características das arquiteturas RAMI 4.0 e IIRA • Proposta de atividades A automação industrial exige a realização de muitas funções dentro de uma organização, desde o “chão- de-fábrica” até o nível corporativo. A representação das diferentes funções da automação industrial em uma organização é denominada de “Pirâmide de Automação” (Fig.1). Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação A Pirâmide de automação foi construída com base na norma ANSI/ISA 95 onde ISA é o acrônimo de International Society of Automation. A norma ISA 95 prescreve as orientações para o desenvolvimento de uma interface automatizada entre sistemas corporativos e de controle. Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação Os objetivos da ISA-95 são: • fornecer terminologia consistente que é uma base para comunicações entre usuários, fornecedores e fabricantes, • fornecer modelos de informações consistentes, e • fornecer modelos de operações consistentes. Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação A Pirâmide de automação usa uma estrutura hierárquica formada por cinco camadas ou níveis de automação. As setas verticais bidirecionais ilustradas na Fig.1 representam o fluxo de dados entre as camadas, desde a planta ou “chão-de-fábrica” até o nível corporativo da indústria. Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação A camada 1 – Field: corresponde ao nível das entidades físicas incluindo as máquinas, os dispositivos, os sensores e atuadores, localizados no “chão-de-fábrica”; Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação A camada 2 – Control: corresponde ao nível onde se encontram os controladores lógicos programáveis (CLP/PLC) e algum tipo de supervisão associada ao processo. Os CLPs são responsáveis pela execução do controle automático das atividades da planta. Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação - Camada 2 - Control Controladores Lógicos Programáveis A camada 3 – Process: nível da supervisão e controle do processo. Normalmente constituído por computadores e bancos de dados com informações relativas ao processo. Este nível contém o sistema SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition). Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação - Camada 3 - Process Sistemas Supervisórios (SCADA) Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação Figura 2 – MES (stock.adobe.com acesso em 03/07/22) A camada 4 – MES: Manufacturing Execution System é o nível responsável pela programação e planejamento da produção, realizando o controle de alocação de recursos e a logística de suprimentos. A camada 5 – ERP: Enterprise Resource Planning é o nível responsável pela administração dos recursos das empresas, em que se encontram os softwares de gestão de vendas e gestão financeira; é também onde ocorrem as decisões e o gerenciamento de todo o sistema. Figura 1 – Pirâmide tradicional de Automação (NAKAGAWA et al, 2021) Arquitetura da Automação Industrial A Pirâmide de Automação Figura 3 – ERP (stock.adobe.com acesso em 03/07/22) O conceito da Indústria 4.0 está provocando mudanças drásticas nos processos de fabricação, quebrando o paradigma de estruturas hierárquicas e troca de informações entre camadas adjacentes propostas pela Pirâmide tradicional de Automação. Arquitetura da Automação Industrial Arquiteturas de referência para a Indústria 4.0 Figura 4 – Transição da Pirâmide tradicional de Automação para comunicação entre entidades (NAKAGAWA et al, 2021) Uma grande preocupação em torno deste conceito é a interoperabilidade entre dispositivos e máquinas que usam diferentes protocolos e possuem arquiteturas diferentes. Para minimizar os problemas decorrentes dessa diversidade, a adoção de padrões promove a interoperabilidade aberta e o desenvolvimento de arquiteturas comuns. Arquitetura da Automação Industrial Arquiteturas de referência para a Indústria 4.0 Embora o conceito de Indústria 4.0 ainda seja um grande desafio para muitas indústrias de manufatura, arquiteturas de referência têm sido propostas e adotadas em diferentes domínios para nortear a implementação de sistemas com foco na estruturação e interoperabilidade entre os seus componentes no contexto da Indústria 4.0. Antes da apresentação de algumas arquiteturas de referência, é importante discutirmos os termos “arquiteturas” e “modelos de arquiteturas de referência” no contexto de software, haja visto que, na Ind.4.0 a integração dos mundos virtual e real envolve recursos de software para automação dos processos produtivos. Arquitetura da Automação Industrial Arquiteturas de referência para a Indústria 4.0 Na literatura, existem diferentes definições sobre “arquitetura”, como por exemplo: “Arquitetura é geralmente definida como a estrutura organizacional de um sistema ou componente, seus relacionamentos , princípios e orientações que servem para controlar seu projeto e evolução ao longo do tempo” (GERACI et al, 1991; ISSO/IEC/IEEE42010:2011, 2011). Do ponto de vista de sistema, uma arquitetura deve abordar a estrutura fundamental do sistema definido a partir da perspectiva de componentes, propósitos, relacionamentos, interfaces, processos, restrições, comportamentos, princípios e regras, características e propriedades físicas e lógicas (PISCHING, 2018). Arquitetura da Automação Industrial Arquiteturas de referência para a Indústria 4.0 Por outro lado, uma “arquitetura de referência” na área de software se trata de um modelo estável comumente utilizado e recomendado a partir do qual são derivadas arquiteturas concretas e específicas para um determinado domínio de aplicação (BANGEMANN et al, 2016). “Um modelo de arquitetura de referência tem como objetivo a descrição da estrutura do sistema de acordo com o tipo de aplicação. Trata do ponto de partida para o desenvolvimento de ferramentas necessárias para a implantação de um sistema” (ADOLPH et al, 2016). “Um modelo de arquitetura de referência significa um esquema abstrato (abstract framework) que contém um conjunto mínimo de conceitos, axiomas e relacionamentos que proveem um entendimento comum das interações entre as entidades de um determinado ambiente” (BASSI et al, 2013). Arquitetura da Automação Industrial Arquiteturas de referência para a Indústria 4.0 Nesse contexto, torna-se importante a investigação de modelos de arquiteturas de referência que foram propostas com foco na IoT e na Indústria 4.0 Entre 2015 e 2016, houve duas iniciativas para propor padrões de desenvolvimento para a Indústria 4.0 e IIoT. Na Alemanha, em decorrência do programa Industrie 4.0 surgiu o RAMI 4.0 (Modelo de Arquitetura de Referência Industrie 4.0). Nos Estados Unidos surgiu o consórcio de Internet Industrial denominado IIC – Industrial Internet Consortium, composto por 180 membros de 26 países, sem fins lucrativos. Como resultado, surgiu a IIRA (Arquitetura de Referência de Internet Industrial). Arquitetura da AutomaçãoIndustrial Arquiteturas de referência para a Indústria 4.0 O RAMI 4.0 (Reference Architectural Model for Industry 4.0), ilustrado na Figura 5, é um modelo de arquitetura de referência para a Indústria 4.0 (ADOLPHS et al, 2015) que foi apresentado na feira industrial de Hannover na Alemanha em abril de 2015. O RAMI 4.0 foi concebido a partir de normas vigentes do setor produtivo visando concentrar diferentes especificações em um único modelo tridimensional para atender a integração vertical e horizontal. Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) Dentre as normas utilizadas no RAMI 4.0 destacam-se: • ISO/IEC62264 – Enterprise-control system integration; • IEC 62541 – OPC Unified Architecture; • IEC 61512 – Batch Control Part 1: Models and Terminology); e • IEC 62890 – Product and Equipment Life- cycle management Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) A adoção do RAMI 4.0 facilita a implementação de sistemas e arquiteturas para a Indústria 4.0 por meio de soluções não proprietárias de sistemas existentes, permitindo que as indústrias possam acompanhar a transição dos sistemas legados para sistemas com foco na Indústria 4.0 Trata da flexibilidade para a descrição e implementação da Indústria 4.0 levando em conta a migração dos sistemas atuais para sistemas da Indústria 4.0 Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) • Níveis Hierárquicos – Hierarchy Levels – É o eixo horizontal à direita da Figura 5. Essa estrutura foi elaborada com base na norma IEC 62264 estabelecida para a integração de sistemas de controle a nível empresarial. Para dar cobertura a todos os setores possíveis, e considerando os processos industriais, a automação e a gestão da indústria, são adotados os seguintes níveis hierárquicos: “Empresa” (Enterprise), “Centro de Trabalho” (Work Unit), “Estação” (Station) e “Dispositivo de Controle” (Control Device) da IEC 62264. Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) Além desses 4 níveis funcionais foram adicionados mais três na composição hierárquica do RAMI 4.0 para dar suporte à fábrica inteligente. Mais próximos ao nível de produção foram adicionados os níveis “Field Device” – inserido para tratar do controle de uma máquina de modo inteligente, por exemplo, os sensores inteligentes e “Product” – que leva em consideração a homogeneidade do produto a ser manufaturado e as instalações de produção com suas interdependências. Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) Por outro lado, mais próximo ao nível de gestão, foi adicionado o nível “Connected World”, pois a fábrica vai além das suas fronteiras individuais e alcança parceiros externos por meio de uma rede colaborativa de serviços. Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) • Ciclo de Vida e Cadeia de valor – Life Cycle & Value Stream – É o eixo horizontal à esquerda da Figura 5. Representa o ciclo de vida de entidades, tais como: peças, produtos e instalações físicas da indústria, todos baseados na norma IEC 62890 que trata de instruções referentes ao gerenciamento de ciclo de vida de produtos e equipamentos. Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) • Camadas – Layers – É o eixo vertical da Figura 5. Dividido em seis camadas, descrevem a decomposição de máquinas e entidades físicas de tal forma que possam ser mapeadas para suas respectivas representações virtuais sob a forma de componentes da Indústria 4.0 (I4.0C – Industry 4.0 Components). As camadas são usadas para representar um panorama relacionado à mapas de dados, descrições funcionais, comportamentos de comunicação, hardware/ativos técnicos ou processos de negócios. Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) Elas definem a estrutura da representação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) de I4.0C. As camadas desse eixo são: “Ativo Técnico” (Asset), “Integração” (Integration), “Comunicação” (Communication), “Informação” (Information), “Funcional” (Functional) e “Regra de Negócio” (Business). Uma descrição mais detalhada destas camadas é ilustrada na Tabela 1 a seguir. Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) Tabela 1 – Descrição do eixo vertical “Camadas” do RAMI 4.0 O RAMI 4.0 combina os elementos do ciclo de vida e cadeia de valores com uma abordagem estruturada hierarquicamente para a definição de um I4.0C. As relações de um I4.0C com os eixos do RAMi 4.0 são estabelecidos da seguinte forma: eles estão localizados ao longo do eixo “Camadas” do RAMI 4.0 (Figura 6) e adotam várias posições no ciclo de vida e cadeia de valores (eixo “Ciclo de Vida e Cadeia de Valor”) e ocupam vários níveis hierárquicos (eixo: “Níveis Hierárquicos”). Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 6 – Relação I4.0C com o eixo “Camadas” do RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) • Ciclo de vida e cadeia de valor – Life Cycle & Value Stream - O eixo de ciclo de vida do produto foi pensado com base na norma IEC 62890, sobre gestão do ciclo de vida de sistemas e produtos utilizados na medição, controle e automação de processos industriais. Nele, existe a divisão de dois conceitos: Tipo (que se refere à fase inicial de desenvolvimento e prototipagem) e Instância (que se refere ao projeto finalizado e em fase de produção). Arquitetura da Automação Industrial Industrie 4.0 e o modelo de arquitetura de referência RAMI 4.0 Figura 5 – RAMI 4.0 (Marcos, A.P. et al, 2018) Camadas (Layers) Nos Estados Unidos, o Consórcio de Internet Industrial, com base na evolução da IoT, foi responsável pelo desenvolvimento de uma proposta de Arquitetura de Referência de Internet Industrial (IIRA) que, baseada nos conceitos da norma ISO/IEC/IEEE 42010:2011, idealizou um documento com orientações para alinhar o desenvolvimento da indústria por meio de uma arquitetura de referência que garantisse a interoperabilidade de todos os componentes constituintes. Deste modo, os diferentes fornecedores poderiam produzir componentes intercambiáveis (compatíveis) entre si e clientes poderiam usar a arquitetura de referência como um modelo de orientação para construir e/ou selecionar tecnologias e soluções para a implementação da IoT na indústria. Arquitetura da Automação Industrial Industrial Internet Consortium (IIC) e o IIRA Figura 7 – Arquitetura IIRA (Stevan Junior, S.L., 2018) A arquitetura IIRA pode ser resumida em quatro pontos de vista da IIoT: negócio, utilização, funcional e de implementação. a) Ponto de vista de negócios: procura atender as preocupações dos gestores sob o ponto de vista dos negócios, dos valores, dos objetivos e dos resultados da criação de ambientes com IIoT. É este ponto de vista que determina se uma empresa investirá na adaptação de seus componentes para IoT de forma parcial ou integral. Arquitetura da Automação Industrial Industrial Internet Consortium (IIC) e o IIRA Figura 7 – Arquitetura IIRA (Stevan Junior, S.L., 2018) b) Ponto de vista de utilização: envolve quem vai desenvolvere quem utilizará o sistema em IoT, avaliando-se funcionalidades e requisitos necessários para sua operacionalização. c) Ponto de vista funcional: consiste na avaliação da solução em termos dos componentes funcionais de um sistema IIoT, de sua estrutura e relações, das interfaces e interações entre elas, e a relação e interações do sistema com elementos externos no ambiente, para apoiar os usos e atividades do sistema global. Arquitetura da Automação Industrial Industrial Internet Consortium (IIC) e o IIRA Figura 7 – Arquitetura IIRA (Stevan Junior, S.L., 2018) d) Ponto de vista de implementação: trata das tecnologias necessárias para implementar componentes funcionais (ponto de vista funcional), seus esquemas de comunicação e seus procedimentos de ciclo de vida. Esses elementos são coordenados por atividades (ponto de vista de utilização) e apoiam as capacidades do sistema (ponto de vista de negócios). Estes pontos de vista devem ser avaliados em relação ao tempo de vida de cada processo e de sua aplicação nos diferentes setores industriais, conforme Figura 7. Arquitetura da Automação Industrial Industrial Internet Consortium (IIC) e o IIRA Figura 7 – Arquitetura IIRA (Stevan Junior, S.L., 2018) A IIRA é um modelo baseado em camadas que leva em consideração quatro pontos de vista diferentes (negócios, utilização, funcional e implementação). Ela se concentra nas capacidades da perspectiva do software e em seus processos de negócios. Cada um dos quatro pontos de vista descritos na IIRA pode ser comparado com as camadas no eixo vertical do RAMI 4.0. Por outro lado, o RAMI 4.0 complementa o modelo de camadas com os eixos de Ciclo de Vida (com tipos e instâncias) e fluxo de valor e Níveis Hierárquicos. Assim, apresenta-se como um componente da Industrie 4.0, com uma organização que vai desde o nível de produto, passando pela ligação à Internet das Coisas (IoT) e Serviços chegando ao usuário final, externo à indústria. Arquitetura da Automação Industrial Comparativo entre Industrial Internet Consortium e Industrie 4.0 Para confrontar, de forma resumida, os dois grupos de trabalho (Industrie 4.0 e IIC) e as diferenças entre as propostas de arquiteturas de referência RAMI 4.0 e IIRA, e assim salientar as características fundamentais de cada um, é apresentada a Tabela 2 que ilustra a comparação das características entre os dois grupos de trabalho. Arquitetura da Automação Industrial Comparativo entre Industrial Internet Consortium e Industrie 4.0 Industrie 4.0 IIC Autores Governo alemão Grandes empresas multinacionais Ordem de interessados Governo Academia Indústria Indústria Academia Governo Foco setorial Indústria Manufatura Energia Transporte e logística Saúde Utilidades Cidades inteligentes Agricultura Tabela 2 – Comparativo entre os modelos de arquitetura da Industrie 4.0 e do IIC (Stevan Junior, S.L., 2018) Arquitetura da Automação Industrial Comparativo entre Industrial Internet Consortium e Industrie 4.0 Industrie 4.0 IIC Foco tecnológico Cadeia de suprimentos Sistemas embarcados Automação e robotização Sistemas de comunicação Dispositivos de controle e integração Automação Industrial Sistemas preditivos Foco holístico/geral hardware Software, hardware e integração Foco geográfico Alemanha e suas companhias Indústria global Foco corporativo Pequenas e médias empresas Companhias de todos os tamanhos Foco organizacional Otimização de produção Otimização de ativos Foco de padronização Utiliza implementação sobre agenda Utiliza recomendações para elaboradores de normas Abordagem geral de negócios Reativa Proativa Tabela 2 – Comparativo entre os modelos de arquitetura da Industrie 4.0 e do IIC (Stevan Junior, S.L., 2018) As arquiteturas de referência apresentadas são preliminares, porque ainda são necessários alguns anos para consolidar o uso destas arquiteturas na Indústria. Arquitetura da Automação Industrial Arquiteturas de referência para a Indústria 4.0 Como os conceitos envolvidos nas arquiteturas são ainda abstratos, frameworks devem ser desenvolvidos numa tentativa de adequar as recomendações das arquiteturas para cada tipo de setor industrial e aplicação. MORAES, C.C.; CASTRUCCI, P.L. Engenharia de automação industrial. 2.ed. Rio de Janeiro, Editora LTC, 2007. STEVAN JUNIOR, S.L. Internet das Coisas: fundamentos e aplicações em arduino e NodeMCU. São Paulo, Érica, 2018. MARCOS, A.P.; PESSOA, M.A.O.; JUNQUEIRA, F.; FILHO, D.J.S.; MIYAGI, P. E. An architecture based on RAMI 4.0 to discover equipment to process operations required by produts. Computers & Industrial Engineering. Vol. 125, pp574-591, 2018. Referências bibliográficas 1) Ler o artigo descrito abaixo e escrever uma resenha deste artigo: NAKAGAWA, E.Y.; ANTONINO, P.OL.; SCHNICKE, F.; CAPILLA, R.; KUHN, T.; LIGGESMEYER, P. Industry 4.0 reference architectures: State of the art and future trends. Computers & Industrial Engineering, Vol.156, 2021. Nota: O artigo foi publicado no moodle. Atividade Avaliativa 2