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Sistema Complemento Sistema Complemento É um conjunto de proteínas plasmáticas que podem ser ativadas através de uma reação em cascata, isto é, cada componente ativado é capaz de ativar o outro componente do sistema complemento. A inativo Reação em Cascata A ativado B inativo B ativado C inativo C ativado Descoberto por Jules Bordet (1919) Soro fresco contendo anticorpos antibacteriano + bactérias resultava na lise da bactéria Se o soro fosse aquecido a mais de 56º C perdia a capacidade lítica. Anticorpos são termoestáveis - Aglutinação Componente termolábil que “complementa” a função dos anticorpos Sistema Complemento C3 C3 C3 C3 + + = Início de síntese no primeiro trimestre da vida fetal Proteínas produzidas no fígado e por outras células teciduais Há 3 maneiras para ocorrer ativação: – Via Clássica – Via Alternativa – Via Lectina Sistema Complemento Hepatopatias Função deficiente • Letra C seguida do número, por exemplo C1, C2, C4, C3, C5, C6, C7, C8 e C9. • Na via alternativa de ativação do Complemento, os componentes são denominados por letras, B, D e P. • A medida,que vai ocorrendo a ativação, fragmentos são gerados, sendo que os fragmentos maiores recebem a denominação b e continuam na cascata • Os fragmento menores denominação a e saem da cascata. Nomenclatura Nomenclatura • Componente inativado: prefixo i (iC3b) • Produto ativo: barra (C1s) Nomeclatura Três vias ativam o Sistema Complemento ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO INFLAMAÇÃO FAGOCITOSE LISE DE PATÓGENOS VIA CLÁSSICA VIA LECTINAS VIA ALTERNATIVA Via Clássica É ativada por uma interação (Ag-Ac). A ligação Ag-Ac provoca uma mudança conformacional no Ac, que abre um sítio de ligação para C1. C1: 6 moléculas C1q, 2 C1s, 2 C1r C1qr2s2 liga-se a 1 IgM ou 2 IgG Avidez: IgM>IgG3>IgG1>IgG2 Via Clássica IgM IgG O QUE ativa o Sistema Complemento? Via clásica • complexos antígeno-anticorpo, (especificidade do Ab define alvo), PAMPs • Padorões de Manose e Fucose Via clássica • complexos antígeno-anticorpo, (especificidade do Ab define alvo), PAMPs • Padorões de Manose e Fucose C1q C1r C1s C4b C4a C4b C2 C1s C4b C2b C2a C4b C2b C3 convertase C4a liberado C2a liberado Microrganismo Via clássica C1s cliva C4 (Cliva C2) Microrganismo Via Clássica C4b C2b C3 convertase C3 C3b C3a C3a liberado C4b C2b C5 convertase C3b C5 C5b C5a cliva C5 C5a liberado Fator quimiotático Anafilatoxina Opsonina Fator quimiotático Anafilatoxina Cascata de ativação Componentes da Via Clássica Via Alternativa Não há formação do complexo Ag-Ac. Ocorre ativação espontânea de C3. C3 se liga diretamente à parede do patógeno. Vigilância: clivagem de C3 em uma taxa lenta que atua nas células próprias e patógenos (tickover) O QUE ativa o Sistema Complemento? Via alternativa • Superfície cél hospedeira poliânions (indefinidas) • PAMPs (Açúcares, glicoconjugados não sulfatados, DNA) • Carboidratos de superfície celular O QUE ativa o Sistema Complemento? C3b C3a C3b B Fator D C3b Bb Ba C3b Bb C3 convertase C3a liberado Ba liberado Microrganismo Via Alternativa (Cliva B) C3 C3b C3a C3a liberado C3b Bb C5 convertase C3b Opsonina Fator quimiotático Anafilatoxina C3b C3b C3b C5 C5b C5a Fator quimiotático Anafilatoxina Cascata de Ativação Via Da Lectina Similar à via clássica. É a via mais recente descrita, porém evolutivamente é mais antiga. MBL (lectina que se ligada à manose). MBL liga-se à resíduos de carboidratos na superfície de bactérias e passa por uma mudança conformacional. MASP1: cliva C4 e C2 = C4b2b. MASP2: cliva C3 diretamente. O QUE ativa o Sistema Complemento? Via lectinas Polissacarídeos ricos em manose, hexoses, glicose, GlcNAc, fucose, etc • grupos acetil, proteína C-reativa, ácido lipoteicoic • grupos acetil • grupos acetil, ácido siálico C4b C4a C2 C4b C2b C3 convertase C4a liberado Microrganismo Via Lectina cliva C4 Cliva C2 Manose MBL Masp 1 Masp 2 C2b C2a C2a liberado C3 C3b C3a C3a liberado C4b C2b C5 convertase C3b Opsonina Fator quimiotático Anafilatoxina C3b C3b C3b C5 C5b C5a Fator quimiotático Anafilatoxina Formação do MAC Via Comum ou Via efetora MAC – complexo de ataque a membrana REGULAÇÃO DO COMPLEMENTO Controle Sistema Complemento É realizado por proteínas solúveis e ligadas a membrana de diferentes tipos de células. As proteínas regulatórias inativam vários componentes do S.C Algumas proteínas de membrana impedem a formação do poro se os componentes do S.C forem da mesma espécie que a célula alvo. Mediadores solúveis • Inibidor de C1 (liga-se C1r e C1s e dissocia) •Fator I (Cliva C4b e C3b usando Fator H, MCP, C4BP ou CR1 como cofator) •Fator H (Liga-se C3b e desloca Bb) • Proteína C4BP (Liga-se C3b e desloca Bb) Receptores e Proteínas de Membrana •DAF, MCP, CR1 (desfazem o complexo C4bC2b) Via Clássica e Lectinas Normal C1 INH impede a ligação de C1r2s2 Proteínas Reguladoras na Ativação C4BP se liga a C4b e Fator I cliva gerando fragmentos C4c e C4d Proteínas Reguladoras na Ativação Mediadores solúveis • Fator I (Cliva C3b utilizando Fator H, MCP ou CR1 como cofator) •Fator H (liga-se a C3b e deslocam o fragmento Bb) Receptores e Proteínas de Membrana •DAF, CR1, MCP (ligam-se a C3b e deslocam o fragmento Bb) Via Alternativa MCP ou CR1 agem como cofatores para Fator I clivar C3b, produzindo fragmento inativado Proteínas Reguladoras Ativação Formação do MAC CD59 inibe a ligação do poli C9 Proteína S se liga a C7 e impede a inserção na membrana Via Comum RECEPTORES E FUNÇÃO DO COMPLEMENTO Que células “enxergam” as proteínas do complemento? Qual a função dessas proteínas sobre essas células? Fu n çõ es d o S is te m a C o m p le m en to Imunidade inata Homeostase Imunidade adaptativa • Opsonização • Lise celular • Quimiotaxia • Inflamação • Ativação celular • Retirada de imuno -complexo e células apoptóticas • Amplificação da resposta por anticorpos • Promoção da resposta por célula T Funções do Sistema complemento Opsonização e Fagocitose Inflamação Depuração fagocitária de imunocomplexos Depuração fagocitária de imunocomplexos Molecular Immunology 36(13–14),1999 Outras prováveis funções do complemento HIPERcomplementemia HIPOcomplementemia Inflamação Sistêmica IL-6 Fígado Reatores de fase aguda -Complemento - Coagulação -Fibrinólise - Cininas Hepatopatias Crônica Consumo: LUPUS Doença do Soro Hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) é uma anemia hemolítica crônica adquirida. A falência em sintetizar GPI madura gera redução de todas as proteínas de superfície normalmente ancoradas por ela. Dentre elas estão o CD55 e o CD59, que controlam a ativação da cascata do complemento. Assim,na HPN há aumento da susceptibilidade de eritrócitos ao complemento, gerando hemólise FIM
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