Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ISSN 1808-4532 e-ISSN: 2179-443X Rev Ciên Farm Básica Apl., Araraquara, v. 38 Supl. 1, Agosto 2017 EX. Levantamento de dados da população de Araraquara acerca do uso de plantas medicinais e o conhecimento sobre medicamentos fitoterápicos na XIX semana de assistência farmacêutica estudantil. Sven Zalewski1, Flávia Tamy Okada da Silva1, Vanessa Cristina de Jesus1, Karen Nascimento Martins Martines1, Letícia Cristina Furlan1, Matheus Marques Sanchez Assad1, Luis Vitor do Sacramento Silva1, Marcelo Tadeu Marin1. 1Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Campus de Araraquara, UNESP. Introdução: O uso de plantas medicinais é provavelmente tão antigo quanto o aparecimento da humanidade. Tradicionalmente estas plantas são utilizadas na cura de enfermidades e sobretudo para a fabricação de medicamentos fitoterápicos. O uso popular de plantas medicinais e de fitoterápicos em Araraquara é conhecido superficialmente. Com a realização da SAFE anualmente algumas informações tem sido acrescidas ao saber cientifico. Objetivo: Analisar a incidência do uso de plantas medicinais e o conhecimento sobre medicamentos fitoterápicos utilizando resultados obtidos durante a 19ª Semana de Assistência Farmacêutica Estudantil (SAFE). Metodologia: A coleta de dados ocorreu pelo preenchimento de questionários dos visitantes do estande de “Fitoterápicos, Homeopáticos e Plantas Tóxicas” ao longo da 19ª SAFE. Os visitantes foram questionados sobre o uso de plantas medicinais e acerca do conhecimento ou não de medicamentos fitoterápicos. O questionário também abordou questões sobre homeopatia e plantas tóxicas. Resultados e discussões: Foram atendidas 152 pessoas no estande ao longo do evento. Das 136 pessoas que faziam o uso de plantas medicinais, a maior incidência apresentada foi do boldo, com 39,7%, usado para má digestão e problemas no fígado, seguido pela camomila com 38,2% usada principalmente como calmante. A hortelã e a erva-cidreira contabilizaram 20,6%, sendo usadas para combater cólicas, azia e aliviar dores de cabeça. No total, 54 plantas diferentes foram citadas. Foi citado, inclusive, o uso de avelós que é considerada uma planta tóxica pela presença de toxialbuminas em seu látex, o que confirma a ideia que a população muitas vezes tem de que plantas “não causam mal”. Quanto aos medicamentos fitoterápicos, 56% das pessoas afirmaram que sabiam o que eles eram e o mesmo número afirmou ter feito o uso deles (incluindo os entrevistados que fizeram uso sem ter conhecimento de que tais medicamentos eram fitoterápicos). Na maioria dos casos, os medicamentos haviam sido indicados por amigos, parentes, médicos ou mesmo consumidos por automedicação, o que pode gerar problemas, pois mesmo sendo produzidos a base de plantas, os fitoterápicos podem apresentar interações medicamentosas. Todas as pessoas que não tinham feito o uso afirmaram que usariam os medicamentos fitoterápicos caso necessário, o que é um bom sinal pela possível substituição de medicamentos não fitoterápicos. Conclusão: O uso de plantas medicinais continua sendo muito comum mesmo com o avanço da indústria farmacêutica, indicando a forte influência cultural e histórica que a população tem em relação a essas plantas. O interesse pelo uso de medicamentos fitoterápicos é um bom sinal, pois estes podem apresentar menos efeitos adversos que os medicamentos não fitoterápicos. Palavras-chave: Plantas medicinais, SAFE, fitoterápicos. Apoio financeiro: PROEX – UNESP, PADC, FCF.
Compartilhar