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Mastodontes e Mamutes Elaborado por Edwallace Amorim Os Mastodontes Os mastodontes, os gigantescos primos dos mamutes e dos elefantes, provavelmente desapareceram do Alasca e de Yukon (território do extremo noroeste canadense) muito antes da chegada dos humanos ao longo do estreito de Bering, vindos da Ásia, afirmaram cientistas nesta segunda-feira dia 01.12.2014. Antes se acreditava que os mastodontes tivessem perambulado pelo Ártico lado a lado com os primeiros colonos humanos, de 13.000 a 14.000 anos atrás, mas novas evidências sugerem que eles desapareceram dezenas de milhares de anos antes e não foram caçados até entrar em extinção. Agora, os cientistas acreditam que os mastodontes provavelmente só viveram no Ártico por um curto período, cerca de 125 mil anos atrás, quando existiam ali florestas e pântanos e as temperaturas eram mais quentes. “A residência dos mastodontes no norte não durou muito”, afirmou o principal autor do estudo, Grant Zazula, paleontólogo do Programa de Paleontologia de Yukon. “O retorno às condições frias, secas e glaciais, junto com o advento das geleiras continentais, por volta de 75 mil anos atrás, acabou com seus hábitats”, prosseguiu. Depois de muito pensar sobre como os mastodontes, conhecidos por comer brotos e folhas, sobreviveram no gelado Ártico, os cientistas reexaminaram 36 ossos e dentes de mastodontes em coleções em museus. Usando novas técnicas que eliminaram o potencial de contaminação de materiais modernos preservados, os cientistas descobriram que todas as amostras eram muito mais antigas do que se pensava anteriormente. Os cientistas informaram em artigo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences que a maioria superou os 50 mil anos, segundo datação com rádio-carbono. O mastodonte americano viveu em uma era conhecida como Pleistoceno tardio, entre cerca de 10.000 e 125.000 anos, em toda a América do Norte, na costa ártica do Alasca e até na tropical Honduras. “Os dentes do mastodonte eram eficientes em desfolhar e esmagar brotos, folhas e caules de arbustos e árvores. Então, seria improvável que tivessem conseguido sobreviver nas regiões cobertas de gelo do Alasca e de Yukon, no primeiro período glacial total, como sugeriam as datações de fósseis anteriores”, afirmou Zazula. As descobertas indicam que os seres humanos não teriam sido os responsáveis pela extinção das criaturas há 75 mil anos atrás, uma vez que ainda não tinham cruzado o estreito de Bering. Os Mamutes O mamute é um animal extinto que pertence à família Elephantidae. Tal como os elefantes, estes animais apresentavam tromba e presas de marfim encurvadas, que podiam atingir cinco metros de comprimento, mas tinham o corpo coberto de pelo. Viviam principalmente na África, norte da Ásia e América do Norte em climas temperados e frios. Estes animais extinguiram-se há apenas 12.000 anos a.C. e foram muito comuns no período Paleolítico. A árvore genealógica dos elefantes, mamutes e mastodontes remete a 55 milhões de anos atrás, na África. Este esqueleto de um mastodonte americano mostra que sua presa tem uma curva mais pronunciada do que a dos elefantes atuais. Os mastodontes tinham estatura menor, mas um corpo mais forte que o dos mamutes, além de ossos mais grossos e presas de formato diferente. Na América do Norte, os mastodontes viviam lado a lado com os mamutes, porque tinham dietas diferentes entre si e não competiam por alimento. Estima-se que um mamute consumisse 226 kg diários de vegetação. O dente do mastodonte (à esq.), com suas presas pontiagudas, era usado para pegar lascas e galhos de árvores; já o dente do mamute (à dir.) era usado para triturar folhas e grama. Esta é a presa de um mamute. Ela cresce em camadas, ano a ano. A partir de sua análise, cientistas conseguem determinar a idade de um mamute à época de sua morte. Lyuba, é um filhote de mamute de 40 mil anos, é um dos espécimes mais bem preservados que existem. Ela foi descoberta por um pastor de renas da Sibéria e seus dois filhos, em 2007. Uma equipe internacional de cientistas estudou Lyuba após a descoberta, com uma autópsia e amostras de DNA. Esta é a Lyuba real, cuja presa se rompeu quando ela morreu. Os cientistas acreditam que o filhote de mamute tenha ficado preso por sedimentos até ser soterrado e sufocado. Mas seu corpo tem ensinado muito a especialistas sobre o comportamento, a aparência e a dieta dos mamutes. Este desenho mostra um mamute columbiano, um elefante africano e um mastodonte americano (de trás para frente), ao lado de um humano de 1,80 m de altura. Mas nem todos os mamutes eram tão grandes: o mamute- pigmeu era do tamanho de um grande cavalo. Ao contrário da maioria dos dinossauros e outros animais pré-históricos, os mastodontes e os mamutes conviveram com humanos por milhares de anos. Os últimos mamutes viveram na remota ilha de Wrangel, no Mar Ártico, até apenas 4 mil anos atrás. Mamutes e mastodontes eram uma fonte de alimento para nossos ancestrais, bem como uma fonte de inspiração. Este desenho de um mamute, pintado nas paredes de uma caverna em Rouffignac, na França, data de 15 mil a 20 mil anos atrás. Os mamutes e mastodontes também compartilhavam seu habitat com outros animais - muitos deles já extintos -, incluindo tigres dente-de-sabre (na foto), ursos, antigos cavalos e lobos. Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2014/12/01/mastodontes-sumiram-antes-da-chegada-do-homem-ao-alasca-estudo.htm Este é um grande crânio é de um mamute-lanoso.
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