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Fontes do Direito O que são fontes? Fons – Fontis (latim): Nascente • As fontes do direito não são o direito. Essa expressão indica as formas pelas quais ele se manifesta. • A sociedade ganha com as fontes do Direito, pois impedem que o juiz decida com base apenas em suas convicções pessoais. O que são fontes do Direito? • Metáfora que demonstra que buscar a fonte de uma norma é buscar o ponto pelo qual sai das profundidades da vida social para aparecer na superfície do Direito. • A nascente, o começo, tal como o local de onde brota a água. Fatores que condicionam o aparecimento da norma jurídica. Quais as espécies de fontes do Direito? Existem muitas classificações diferentes? A maioria classifica como? Fontes históricas – materiais – formais Mas, o que são as fontes históricas? São os antecedentes históricos que indicam a gênese das modernas instituições jurídicas: época, local, razões que determinaram a sua formação. Tanto vale a observância de dados mais recentes como daqueles mais distantes, em um passado mais remoto, na busca das concepções originais. Quais os principais ordenamentos que servem de fonte histórica para o direito ocidental hoje? Qual a importância das fontes históricas? O que são as fontes materiais? São as situações práticas que fazem com que surja o direito. Alguns autores afirmam que é papel da sociologia, da filosofia, da teoria do Estado ou da ciência política esta discussão. Mas, a doutrina independente desta discussão (na seara jurídica), faz as suas considerações sobre o que sejam as fontes materiais, até porque esta disciplina tem como característica a constante comunicação com as áreas outras do conhecimento O direito é um produto arbitrário do legislador? • Pode vir a ser? • Deve ser? • Uma coisa é certa, não deve ser um produto arbitrário de quem legisla. • “As fontes materiais são os fenômenos sociais e dados extraídos da realidade social, das tradições e dos ideais dominantes. Confunde-se com a própria realidade histórico-social. São os fatores sociais, fatores que emergem da sociedade”.(PAULO DOURADO DE GUSMÃO) • “Constituem fenômenos e as ideias a que ele se refere para enunciar as suas prescrições [...]Por fonte entende-se, pois, aquilo de onde se extraiu o sistema jurídico, aquilo de que ele se constituiu, isto é, o seu conteúdo”(MICHEL MIAILLE). As fontes que esboçam o conteúdo são as fontes materiais e estão ligadas ao mundo da natureza, do valor ou da cultura? Quais os aspectos materiais, ou considerados fonte material, capazes de influenciar o Direito? Quais situações materiais que hoje ensejam um regramento? E as fontes formais, o que são? • “Entende-se como fontes formais os modos, meios, instrumentos ou formas pelos quais o direito se manifesta perante a sociedade, tal como a lei e o costume. São os meios de expressão do direito. Criam o direito, isto é, introduzem no ordenamento novas normas jurídicas” (VENOSA) • Quais as fontes formais que formam o Direito? • Lei – No nosso sistema descendente do sistema romano – germânico a lei prepondera. As outras fonte subordinam-se a lei, de forma mais ou menos acentuada. O sistema positivista acabou por dar cada vez mais valor a esta fonte. Para o jurista de formação românica o raciocínio parte de um código, uma compilação de leis, uma constituição. Os códigos representam a legislação integral ou principal, como tronco balizador do direito. • Costumes – O uso reiterado de uma prática integra o costume. O costume brota da consciência coletiva, de um grupo social mais ou menos amplo. Exige-se que o costume tenha amplitude, que seja geral, e largamente utilizado e disseminado no meio social. • Até o direito internacional o tem como fonte. • É fundamental que seja uma prática constante e repetitiva, durante prazo mais ou menos longo de tempo. • O costume leva tempo e instala-se quase imperceptivelmente no seio da sociedade. • O costume obriga quando há um sentimento geral de obrigatoriedade. • O legislador colocou o costume claramente na legislação brasileira conforme o artigo 4º da LINDB. Este é um dos recursos de que se serve o juiz quando a lei for omissa. DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. • Doutrina – É o trabalho intelectual exercido pelos juristas, jus filósofos, estudiosos, operadores jurídicos em geral, colocados em livros, artigos, ensaios, monografias, manuais, compêndios, tratados, pareceres. • “A doutrina atua diretamente sobre as mentes dos operadores jurídicos por meio das construções teóricas que atuam sobre a legislação e a jurisprudência” (Venosa) • Os estudos fazem com que a legislação seja observada nos mais diversos enfoques segundo as necessidades sociais. Toda a América Latina dá muito valor a doutrina, assim como na Europa. • “Conjunto da produção intelectual dos juristas que se empenham no conhecimento teórico do direito” Dimoulis • Jurisprudência – Significa um conjunto de decisões dos tribunais. O certo é não se falar jurisprudência para apenas uma decisão ou acórdão, ou ainda uma sentença. É fenômeno dinâmico como a sociedade, é o direito vivo na resposta que os juízes e tribunais dão aos casos concretos. • Tais respostas mudam como muda a sociedade. As decisões sobre família, casamento, sucessões, e outros temas, no século passado, eram diferentes do que são hoje. • No sistema common Law a jurisprudência é fonte de muito maior força do que se verifica no sistema que advém da linha romano-germânica. Aqui a função é muito mais no sentido de corroborar, fundamentar, do que servir de único argumento suficiente. Alguns a chamam de fonte ilustrativa ou informativa do direito. Os julgados não possuem força vinculativa, por isso, salvo alteração legislativa que se pretenda com as chamadas súmulas vinculantes, a jurisprudência não pode ser considerada fonte primária do direito. Nota-se, no entanto, que uma série de julgados em um determinado sentido ou aspecto exerce influência sobre outros julgados e sobre a própria lei, pois mostra-se como retrato da “necessidade social”.
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