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1 Laís C. Silva BURGUESA > - LVI 
Materiais Odontológicos II 
UTILIZAÇÃO DO GESSO EM ODONTOLOGIA: 
o Modelos (faz a copia dos dentes) 
o Troqueis (pequenos modelos de apenas um dente) 
o Revestimento 
o Mufla (para confecção de prótese, preenchimento da caixa para dentadura) 
ORIGEM DOS GESSOS ODONTOLÓGICOS 
 Gipsita: 
- Sulfato de cálcio dihidratado. Encontramo-la na natureza em forma de pedra que se 
descama. Como se obtêm o pó? O sulfato é aquecido em fornos onde é calcinado em 
grandes temperaturas. 
- CALCINAÇÂO: processo de aquecimento de corpos sólidos que provoca sua 
decomposição sem oxidação pelo ar atmosférico. 
 
TIPOS DE GESSO: 
 
o Tipo I (gesso para moldagem)  Hoje em dia é muito pouco utilizado, pois era utilizado 
para fazer moldagem de pacientes edêntulos, mas é muito desconfortável. Indicado para 
moldagem (desuso) 
o Tipo II – gesso comum  É o mais barato e o menos resistente. É utilizado para 
procedimentos que não precisam de resistência. Indicado para preenchimento de muflas e 
modelos de estudo. 
o Tipo III – gesso pedra (Hidrocal)  É mais resistente e é utilizado para procedimento que 
necessitam de maior resistência. Indicado para antagonistas e modelos de trabalho. 
o Tipo IV – gesso pedra de alta resistência.  Utilizado para fazer próteses. Indicado para 
troqueis e modelos de precisão. 
o Tipo V – gesso pedra d alta resistência e alta expansão  Qual a vantagem de ter maior 
expansão? Devido às ligas metálicas esse gesso se faz necessário para conseguir se 
expandir. Indicado para troqueis. 
Como se confecciona esses diferentes tipos de gesso? Depende da temperatura e dos 
componentes que são inseridos. Exemplo: um gesso com mais propriedades químicas de 
expansão adicionadas, vai ter uma maior expansão em relação ao que não teve a adição desse 
componente químico. 
TIPOS DE GESSO: 
De acordo com a especificação N° 25 da ADA 
 
 
 
2 Laís C. Silva BURGUESA > - LVI 
GESSO PARA MOLDAGEM (PARIS) - TIPO I 
o Gesso comum com aceleradores 
o Cristais irregulares (por isso é menos resistente) 
o Moldagem final, para PT. 
o “Gesso solúvel” 
o Pó branco 
o Mais amido, substancias aceleradoras e anti-expansivas. 
o Relação Agua/pó: por volta de 0,5 
o Grande expansão normal de presa 
o Resistencia razoável 
o Custo baixo 
o Não é mais utilizado como material de moldagem 
GESSO COMUM – TIPO II 
o Cor branca 
o Baixo custo 
o Preencher muflas, modelos de estudo, modelos para clareamento. 
o Calcinação é feita em forno aberto em uma temperatura de 110° a 120°C 
o Partículas irregulares e porosas 
o Baixa resistência 
o Grande expansão normal de presa 
o Relação A/pó: por volta de 0,5. Em cada 100g de gesso eu coloco 50ml de água. 
 
GESSO PEDRA - TIPO II 
 
o Calcinação em autoclave (forno fechado, utilizando substancias químicas para melhorar as 
suas propriedades). 
o Pó branco com corante amarelo 
o Expansão de presa menor 
o Resistencia maior 
o Cristais e mais regulares (isso proporciona melhor resistência e só é possível pq é feito em 
autoclave) 
o Gesso pedra ou hidrocal. 
o Calcinado em autoclave (120 a 130°) 
o Menor variação de forma e tamanho 
o Maior custo (necessita de maior tecnologia) 
o Maior quantidade de substâncias anti-expansivas. 
o Relação A/P: paga cada 100g é utilizado 30ml de agua (0,3) 
o Confecção de modelos para PT 
 
GESSO PEDRA DE ALTA RESISTÊNCIA - TIPO IV 
o Densita ou gesso pedra melhorado 
o Pó branco com corantes variados 
o Expansão de presa menor (mais substancias anti expansivas) 
 
3 Laís C. Silva BURGUESA > - LVI 
o Resistencia maior 
o Especial para troqueis (restaurações indiretas) 
o Custo maior 
o “gesso de alta resistência” 
o Especial para troqueis calcinação semelhante AO TIPO ii 
o Mais substancias químicas 
o Partículas mais regulares e densas 
o Mais resistente do que o tipo II 
o Relação A/P: 0,2 
 
GESSO PEDRA, ALTA RESISTÊNCIA, ALTA EXPANSÃO - TIPO V 
 
o Resistencia à compreensão maior 
o Pó branco com corantes variados 
o Expansão de presa alta 
o Custo maior 
É muito parecido com o tipo 4, mas o 5 tem mais substancias menos expansivas. 
Por que? Porque ele se expande menos para compensar a expansão das ligas metálicas. 
o Gesso pedra de alta resistência e expansão 
o Calcinação igual a do tipo IV 
o Expansão normal de presa grande 
o Resistencia igual do tipo IV 
o Não contém substancias anti-expansivas 
o Custo alto 
o Relação A/P: por volta de 0,2 
RELAÇÃO ÁGUA PÓ (A/P) 
 Proporção entre agua e pó de gesso necessário para obter a mistura. 
 A relação A/P varia conforme o tipo de gesso 
 
- GESSO I E II 0.5 
- GESSO TIPO III 0,3 
- GESSO TIPO IV E V 0,2 
PROPRIEDADES 
o Expansão de presa; 
o Tempo de presa; 
o Reprodução de detalhes; 
o Resistência. 
FATORES QUE AFETAM O TEMPO DE PRESA E A EXPANSÃO DE PRESA: 
1. Impurezas; 
2. Granulometria; 
3. Relação A/P; 
4. Espatulação; 
5. Temperatura; 
 
4 Laís C. Silva BURGUESA > - LVI 
6. Aceleradores e retardadores; 
7. Umidade; 
8. Sistemas coloidais 
 
IMPUREZAS 
 
Impurezas - -Núcleos de cristalização 
 -Tempo de Presa 
GRANULOMETRIA 
- Quanto mais finas as partículas do pó 
Dissolução do hemiidratado 
Tempo de Presa 
 
RELAÇÃO ÁGUA/PÓ 
- Quanto maior a relação A/P 
Densidade de Núcleos de cristalização 
Tempo de presa 
Expansão de presa 
 
MODO DE ESPATULAÇÃO 
- Manipulação mecânica 
- Espatulação manual 
- Espatulação mecânica a vácuo 
* Quanto mais vigorosa ou prolongada a espatulação 
<Número de Núcleos de cristalização 
<Expansão de presa 
>Tempo de presa 
 
TEMPERATURA: 
- Aumento da temperatura 
0º - 50ºC -- Pouca influência na reação 
50º - 100ºC -- Tempo de Presa 
100ºC -- nenhuma reação ocorre 
 
MATERIAIS 
- balança e medidor de líquido 
- grau e espátula 
* Espatulação a vácuo não tem inclusão de bolhas de ar. 
 
PREPARAÇÃO DO MODELO 
 
5 Laís C. Silva BURGUESA > - LVI 
 Vazamento 
 
TEMPO DE PRESA 
Tempo transcorrido desde o início da mistura até que o material se cristalize. 
o Tempos observado durante a presa do gesso: 
- Tempo de perda do brilho 
- Tempo de presa inicial 
-Tempo de presa final (maior resistência e separar o molde do modelo) 
- Tempo de hidratação 
FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA MECÂNICA 
o Relação A/P; 
o Tempo de espatulação; 
o Adição de aceleradores e retardadores. 
 
CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS 
o Armazenar o pó em ambiente seco; 
o Obedecer sempre as recomendações do fabricante (Proporcionamento adequado); 
o Utilizar instrumentos limpos; 
o Adicionar o pó à água e aguardar umedecimento; 
o Não adicionar pó ou água após o início da mistura; 
o Evitar incorporação de bolhas; 
o Limpeza e desinfecção do molde; 
o Separar molde e modelo somente após 30 a 40 minutos do vazamento; 
o Não armazenar modelos à temperatura superior a 55ºC; 
o Quando necessário umedecer o modelo, fazê-lo em solução saturada de sulfato de 
cálcio; 
o Antes do uso do modelo, aguardar sua secagem. 
.

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