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UNIDADE III –TEORIA GERAL DO CRIME. O CRIME COMO FATO SOCIAL E JURÍDICO TEMAS 6 E 7: A CONDUTA DOLOSA E A CONDUTA CULPOSA. PLANO DE AULA 10ª AULA: CRIMES DOLOSOS E CULPOSOS PREVISÃO: 12 DE NOVEMBRO DE 2014 – 21h10/22h50 BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ESTEFAM, p. 217 a 225; JACOB, p. 117 a 130. TEXTO DE APOIO EM ANEXO. BIBLIOTECA VIRTUAL: PEREIRA, Gisele Mendes. Direito Penal I. RS:2012, EDUCS, p. 83 a 88. OBJETIVO: Dado o aspecto finalista da conduta, explicar o dolo e a culpa em sentido estrito, identificando as respectivas espécies e diferenças. ROTEIRO DE AULA EXPOSITIVA CRIMES DOLOSOS DOLO: Previsão e vontade ou aceitação de realização do tipo incriminador. 1. Momento cognitivo: antecipação mental do objetivo, dos meios e das consequências necessárias e prováveis decorrentes do uso desses meios. 2. Momento volitivo: vontade ou consentimento na realização do tipo. 3. Espécies 3.1 Dolo direto de primeiro grau e de segundo grau (consequências necessárias). 3.2 Dolo eventual (consequências prováveis) 3.3 Dolo alternativo CRIMES CULPOSOS 1. Legitimidade da intervenção penal a) princípio da ofensividade b) princípio da confiança: cada um se comporte como se os demais se comportassem corretamente. 2. Espécies de culpa em sentido estrito a) culpa própria ou inconsciente b) culpa consciente, ou culpa com previsão c) culpa imprópria (por equiparação, extensão ou assimilação) 3. CULPA PRÓPRIA OU INCONSCIENTE: Violação finalista de dever de cuidado objetivo causando resultado típico previsível, mas não previsto, nem querido. 3.1 O dever de cuidado subjetivo e objetivo 3.2 Modalidades: imprudência, negligência e imperícia 3.3 Previsibilidade objetiva do resultado típico 3.4 O risco tolerado 4. CULPA CONSCIENTE OU COM PREVISÃO: Previsão do resultado típico e expectativa da não ocorrência do resultado previsto. Diferenças com o dolo eventual 5. CULPA IMPRÓPRIA: Previsão do resultado típico e vontade de realização do resultado previsto. Descuido determinado por um erro vencível TEXTO DE APOIO A VIOLAÇÃO DO CUIDADO EXTERNO (OU OBJETIVO) O crime culposo caracteriza-se pela realização de uma conduta que na dimensão psíquica, à semelhança da conduta dolosa, é também dirigida por uma finalidade. “A diferença está na estruturação do tipo: no doloso, pune-se a ação ou omissão dirigida ao fim ilícito: no culposo, o que se pune é o comportamento mal dirigido para o fim lícito”.(TOLEDO, Francisco de Assis.- Princípios Fundamentais de Direito Penal, p. 293). Pode ser informado por culpa própria (ou inconsciente), culpa consciente (ou com previsão) e culpa imprópria (ou por equiparação). A culpa própria (ou inconsciente) é a regra. Pode ser definida como a realização finalista de uma conduta descuidada, causando um resultado típico objetivamente previsível, embora não querido, nem aceito pelo autor. Destacam-se, na sua estrutura, dois aspectos: a violação de um dever de cuidado externo (ou objetivo), e a previsibilidade do resultado típico. O dever de cuidado integra-se, “primeiramente, pelo dever de reconhecimento do perigo para o bem jurídico, resultante da ação a ser realizada (cuidado interno) e depois pelo dever de se abster dessa ação perigosa ou somente efetuá-la sob medidas cautelares, necessárias a evitar o perigo (cuidado externo).” (TAVARES, Juarez.- Direito Penal da Negligência , Ed. Revista dos Tribunais, pág. 139). Em outras palavras, diante da realização de uma conduta com a perspectiva de risco ao bem jurídico, o ordenamento impõe às pessoas prudentes o dever de reconhecer a situação de perigo (dever de cuidado interno ou subjetivo) e, consequentemente, o dever de não realizá-la ou, se necessário ou conveniente, de realizá-la observando o cuidado de não causar a lesão (dever de cuidado externo ou objetivo). A não observância, ou violação, deste dever cuidado objetivo é o primeiro momento do crime culposo, em qualquer das suas formas (culpa própria, culpa consciente ou culpa imprópria). No artigo 18, II, o Código Penal descreve casuisticamente a não observância do dever de cuidado objetivo. São modalidades dessa violação, na linguagem da lei, a negligência, a imprudência e a imperícia.
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