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Psitacídeos: características e manejo

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PSITACÍDEOS
• Psitacídeos
• É nessa família que encontramos as araras, papagaios, periquitos, jandaias,
maracanãs, tuims, agapornis, etc.
• As espécies encontram-se distribuídas pela área tropical do globo terrestre
(neotropical, afrotropical, oriental e australiano) e irradiam-se para as áreas
subtropicais e frias.
• O Brasil é o país mais rico do mundo nesta família, possuindo desde
exemplares menores como o tuim com 12 cm até o maior representante,
como a arara-azul, com 1 m de comprimento.
• Na época do descobrimento de nossas terras, essa abundância já era
reportada, sendo o nosso país designado como “Terra dos papagaios”.
( Instituto Arara Azul )
• Psitacídeos
• Esta família é constituída de 78 gêneros (divisão dentro da família), onde são distribuídas 332
espécies de psitacídeos.
• Estudos realizados em 1994 mostram que 86 dessas espécies estão criticamente muito próximas da
extinção e outras 36 ameaçadas de extinguirem se medidas não forem tomadas.
• Só no Brasil vivem cerca de 84 espécies distribuídas em 24 gêneros, segundo o Comitê Brasileiro de
Registros Ornitológicos ( CBRO ).
( Instituto Arara Azul )
• Características
• As principais características dessas espécies são possuir uma cabeça larga e robusta onde se
apoia um bico forte, alto e curvo especializado em quebrar e descascar sementes.
• Para ajudar na manipulação dessas sementes, eles ainda possuem uma musculatura na
mandíbula e na língua muito desenvolvidas.
• Possuem pés curtos, mas muito articuláveis, que além de sustentarem o corpo dos animais,
auxiliam na manipulação dos alimentos que consomem. Tanto os machos como as fêmeas
possuem lindas plumagens com cores exuberantes
( Instituto Arara Azul )
• Manejo alimentar 
• Uma vez em cativeiro, as necessidades nutricionais das aves modificam-se amplamente.
• É fácil imaginar que essas aves em seu habitat voam, muitas vezes quilômetros, para conseguir
alimentos, com uma necessidade energética muito mais elevada que aves mantidas em gaiolas ou até
mesmo grandes viveiros (CARCIOFI; SAAD, 2001).
• Além disso, a sazonalidade e a oferta de alimentos impõem períodos de carência e fartura. Essa forma
natural faz com que as aves obrigatoriamente consumam pequenas, mas variadas quantidades de grãos,
insetos, flores, frutos, etc.
(ULLREY et al., 1991).
• Manejo alimentar 
• Segundo a Association of a Feed Control Officials Incorporated (AAFCO) (1998), o perfil nutricional
recomendado em dietas, na matéria natural, para manutenção de psitacídeos adultos em cativeiro, é de
12% de proteína bruta (mínimo) e de 3200 a 4200 kcal EB/kg (mínimo e máximo).
• Ullrey et al. Sugerem valores mais altos nas dietas (22% de PB na matéria natural), alegando que este
valor seria o mais indicado para sustentar períodos de reprodução e muda das aves.
• Estes autores ainda citam que um excesso de proteína por longos períodos poderia causar sobrecargas
hepáticas e renais nas aves, culminando em uma manifestação de gota úrica.
(ULLREY ET AL 1991)
• Manejo alimentar 
• Scott et al. (1982) indicam que a proporção ideal entre o cálcio: fósforo para o crescimento e manutenção
dos ossos é de 1:2.
• A alimentação manual de filhotes com mais de um mês de vida, pode ser realizada duas vezes ao dia em
horários fixos, através de seringas descartáveis.
• A quantidade fornecida por refeição é o equivalente a 10% do peso vivo.
• Algumas aves costumam ainda demonstrar interesse pelo alimento, mesmo já tendo esgotada sua
capacidade de ingestão, por isso deve-se atentar para não superalimentar os filhotes.
• (
(RUPLEY 1999)
• As verminoses são comuns e podem causar a morte das aves.
• Os nematóides: Ascaris e a Capillaria, que parasitam o sistema digestivo (intestino principalmente).
• Aves com verminose podem não apresentar sinais clínicos (sintomas) se a infestação for baixa.
• Grande quantidade de Ascaris pode causar obstrução do intestino e morte.
• Tratamento: fenbendazol.
(SILVA 2007).
Verminoses
• As infecções respiratórias ocorrem principalmente em papagaios desnutridos e mantidos em regiões frias. 
A deficiência de vitamina-A e outros nutrientes deixa a mucosa do sistema respiratório mais sensível a 
infecções por bactérias, fungos, vírus ou protozoários.
• Fumaças tóxicas predispõem as aves às doenças respiratórias.
• O prognóstico, tempo de tratamento e medicamentos a serem utilizados dependem da gravidade da 
infecção e do agente envolvido.
• Aspergilose: A aspergilose é a doença causada pelo fungo Aspergillus sp, o fungo desenvolve-se nos
pulmões, sacos aéreos e outros órgãos respiratórios, podendo levar à formação de granulomas,
principalmente em aves debilitadas e com a imunidade reduzida (SILVA 2007).
• A terapia antifúngica é útil para muitos pacientes com o itraconazol aos que são intolerantes ao
itraconazol, podem responder ao voriconazol, posaconazol ou AmB inalado.
(PATTERSON 2016).
Doenças respiratórias
• Se a ave está trocando de pena.
• Se a ave respira normalmente.
• Se a ave está se alimentando normalmente. 
• Se a ave está brincando ou cantando normalmente. 
• Se a ave dorme demais / sonolenta.
• Se os excrementos (fezes) estão normais em volume, consistência e cheiro.
• Se aparência da ave apresenta qualquer alteração.
(SILVA 2007).
O que deve ser observado diariamente ? 
DOENÇAS NUTRICIONAIS
Hipovitaminose A 
• A deficiência de vitamina A é a principal doença nutricional em 
psitaciformes, principalmente para os pássaros que são mantidos em 
cativeiro doméstico com ingestão predominante de sementes, cuja 
composição em vitamina é baixa, sendo a semente de girassol a de 
maior utilização (DA SILVA, 2008).
• Estudos histológicos envolvendo 112 psitaciformes demonstraram 
que 55% das cacatuas (Cacatuidae), 48% dos papagaios cinza africano 
(Psittacus erithacus) e 51% dos papagaios do gênero Amazona 
apresentavam alterações nas glândulas salivares, típicas da 
deficiência desta vitamina.(DORRSTEIN et al., 1987).
Sinais clínicos
• A cegueira noturna é relatada como um dos primeiros sinais da 
deficiência de vitamina A que resulta em perda de opsina, 
incapacitando sua conversão à rodopsina. No macho com 
hipovitaminose A, a atividade sexual é reduzida. Os epitélios 
desenvolvem metaplasia escamosa, verificada principalmente na 
pele, mucosa intestinal e conjuntival, epitélio respiratório e glândulas 
salivares (BRUE, 1994; MACWHIRTER, 1994; MCDONALD, 1996; DA 
SILVA, 2008)
Sinais clínicos
• Aves acometidas por hipovitaminose A geralmente morrem por 
infecções secundárias decorrentes da imunossupressão do 
organismo. Esta correlação da vitamina A e a imunidade têm sido 
descrita em vários ensaios imunológicos in vivo e in vitro. Deficiência 
de vitamina A é acompanhada por baixos níveis de imunoglobulinas 
(IgG e IgA). (DORRSTEIN, 1987; MCDONALD, 1996; PEREIRA, 2006)
Tratamento
• A inclusão de legumes e frutas impreterivelmente frescos melhora o 
estado nutricional das aves. Em casos severos, a administração 
parenteral de vitamina A apresenta-se como uma boa alternativa, já 
que não depende da absorção e conversão intestinal (BRUE, 1994; 
MACWHIRTER, 1994). 
• A dose recomendada de vitamina A para psitacídeos é de 5000 UI/kg 
IM a cada 24h durante 14 dias.
Lipomas
• São definidos como tumores benignos e encapsulados de tecido adiposo.
• Relatadas nos periquito, a cacatua-galah, a caturra e o Amazona spp. a serem 
os mais acometidos.
• Os lipomas podem tornar-se grandes o suficiente para restringir o 
movimento, especialmente em aves de pequeno porte.
• Fatores de risco; Idade, género, espécie, dietas ricas em energia, gordura e 
colesterol. 
• O diagnóstico é feito através de exame histopatológico por aspiração de 
agulha fina ou de uma biópsia.
Fonte: FaunaVet
Tratamento
• Recomenda-se fazer a ave perder peso com auxílio de uma dieta menos rica em 
gordura e colesterol.
• A Retirada cirúrgica é um método curativo, todavia se for incompleta, o lipoma 
pode recorrer. Para além disso, não está isenta de perigo para o animal pois 
podem ocorrer hemorragias, tanto mais graves quanto mais pequena for a ave. O 
desenvolvimento de lipomas multifocais é comum, o que pode também 
complicar a excisão. 
• Por estas razões, opta-se maioritariamente por intervenções menos invasivas, 
como a utilização da L-carnitina no tratamento de lipomas. 
• Recomendasse a suplementação de 1000mg de L-carnitina por cada kg de 
alimento fornecido.
Aterosclerose
• É uma doença inflamatória que resulta no adelgaçamento do lúmen 
das artérias e na perda da sua elasticidade devido à formação de 
ateromas. Estes consistem em placas resultantes da acumulação de 
colesterol. (Bavelaar & Beynen, 2004).
• Nos psitacídeos, a aterosclerose é mais diagnosticada em espécies de 
médio porte, principalmente em papagaios e em aves de idade 
avançada. A doença pode ser induzida pelo excesso de gordura e 
colesterol na dieta, provavelmente associada à alimentação com 
sementes oleaginosas, como o girassol, durante longo período. 
(Albuquerque et al., 2006; Terra & Costa, 2008). 
Sinais clínicos
• Normalmente não apresentam sinais clínicos evidentes, podendo 
ocorrer morte súbita. Porém, se houver sinais clínicos, estão 
relacionados com a diminuição de fluxo sanguíneo ao sistema 
nervoso central ou a falhas do coração, manifestando letargia, 
dispnéia, anorexia, paresia dos membros torácicos. (Bavelaar & 
Beynen, 2004)
Diagnóstico
• Auscultação e a radiografia podem auxiliar no diagnóstico. Na 
auscultação ouve-se murmúrio (por fonocardiografia) ou alteração no 
ritmo cardíaco (por eletrocardiografia), embora seja pouco relatado. 
Tratamento
• Os tratamentos descritos na literatura não são eficazes, devido a 
dificuldade de se fazer um diagnóstico preciso e precoce.
• Utilização de fármacos como a Estatina.
• Inibe a enzima (3-hidroxi-3-metil-glutaril-coenzima A reductase).
• Embora não haja informação disponível de dosagens em aves, foram 
reportados dois casos de sucesso nos quais se utilizou uma dose de 
0.3mg/kg PO por dia num Pionus spp., e 2mg num Amazona spp.
Contenção
▪É a restrição temporária e plenamente reversível das ações de fuga e 
defesa de um indivíduo. 
• ▪É fundamental ter em mente que os episódios de contenção 
constituem-se em grande fonte de estresse para todos os envolvidos 
e que podem gerar danos significativos aos animais 
Captura - puçá 
Fonte: Fauna Vet
Contenção física 
Fonte: Fauna Vet
Pequenos psitacídeos 
Fonte: Fauna Vet
• Observe à distância e certifique-se que o pássaro é capaz de suportar o estresse da 
contenção (Elizabeth Dingwell, 2002).
• Escurecer um pouco como comodidades antes de se aproximar. Esta técnica funciona em 
aves diurnas (Girling, 2013).
• Use uma toalha para aves maiores (Elizabeth Dingwell, 2002).
• Evite Produzir filhos ruidosos, pois nas aves a audição é o segundo órgão sensorial mais 
apurado, depois da visão (Girling, 2013).
(Happy Birdy,2013). (Elizabeth Dingwell, 2002).
HIRANO, L.Q.L., SANTOS, A.L.Q e ANDRADE, M.B. Alimentação de psitacídeos filhotes e adultos em 
cativeiro: Revisão de Literatura. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 39, Ed. 144, Art. 969, 2010. 
Instituto Arara Azul. Psitacídeos. Disponível: http://projetoararaazul.org.br/arara/
PATTERSON. Thomas F et.al. Diretrizes Práticas para o Diagnóstico e Manejo da Aspergilose: Atualização 
de 2016 pela Sociedade de Doenças Infecciosas da América. Doenças Infecciosas Clínicas , Volume 63, 
Edição 4, 15 de agosto de 2016.
SANTOS. Luís Filipe da Silva. MÉTODOS DE CONTENÇÃO EM ANIMAIS EXÓTICOS. Bragança, Outubro 
2013. nº 23506.
Referências 
• DA SILVA, V. R. F. Hipovitaminose A em papagaio verdadeiro (Amazona aestiva) [Monografia 
online]. Florianópolis: Universidade Castelo Branco; 2008 [cited 2011 jun 10]. Disponível em: URL: 
http://www.qualittas.com.br/documentos/Hipovitaminose. pdf
• MCDONALD, D. Nutritional considerations: nutrition and dietary supplementation. In: Harrison G. 
J., Lightfoot T. L. Clinical avian medicine. 1 ed. Flórida: Spix Publishing; 1996. p. 85-107
• MCDONALD, D. 2006. Nutritional considerations. In: Harrison G., Lightfoot T. Clinical Avian
Medicine. 2. ed. Palm Beach: Spix Publishing, 2006. p.86-140.
• Bavelaar, F.J. & Beynen, A.C. Aherosclerosis in parrots: a review. Vet Quart, v.26, n. 2, p. 50- 60, 
2004. 
• Albuquerque, C.A.; Hoefel Filho, R.; Marques, M.B. & Rohde, L.E. Vulnerabilidade da doença 
aterosclerótica de carótidas: mudança de paradigmas?. Scientia Médica, Porto Alegre: PUCRS, v. 
16, n.1, jan/mar, 2006.

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