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2 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO Regimento Interno do TRE/BA ......................................................................3 Aspectos Gerais da Justiça Eleitoral ...............................................................3 Organização da Justiça Eleitoral ....................................................................7 Processo de Escolha de Membros do TRE .....................................................13 Lista Tríplice ............................................................................................17 Juízes do TRE/BA – (Processo de Escolha) ....................................................19 Composição do TRE ..................................................................................21 Presidente e Vice-Presidente ......................................................................24 Temporalidade do Mandato dos Membros do TRE/BA .....................................34 Competências da Justiça Eleitoral ...............................................................46 Expedição de Diplomas ..............................................................................48 Registro e Cancelamento de Diretório de Partido Político ................................48 Fixar Data das Eleições .............................................................................51 Divisão ou Criação de Zonas Eleitorais na Bahia ...........................................52 Requisição de Força Federal .......................................................................53 Outras Competências do TRE .....................................................................53 Das Atribuições do Procurador Regional Eleitoral ...........................................57 Exercícios de Fixação ................................................................................59 Gabarito ..................................................................................................62 3 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA Caros concursandos, a disciplina de Regimento Interno é extremamente impor- tante e pode dar a você pontos significativos para a sua classificação e nomeação. Dada a extensão desse ato normativo do TRE/BA, você precisa priorizar algumas partes. Essa orientação é baseada nas questões dos últimos concursos da Justiça Eleitoral. Pois bem, estude bastante a parte relacionada à composição e à escolha dos membros do TRE/BA. Alie esse estudo ao art. 120 da Constituição Federal. Dê atenção também às competências do TRE, do Presidente, do Corregedor Regional e do Procurador Regional Eleitoral. Por algumas vezes, o examinador, para avaliar seus conhecimentos, faz perguntas relacionadas às atribuições desses órgãos. Va- mos lá! Bons estudos! Inicialmente, vamos estudar os aspectos gerais da Justiça Eleitoral. Esses as- pectos impactam na construção do Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais: ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL Lembre-se de que falamos que a Justiça Eleitoral possui algumas características que a singularizam. Por isso, meus caros, vamos apontar os principais traços desse ramo do Poder Judiciário: • Justiça especializada – A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário especializado no julgamento de matérias relacionadas ao Direito Eleitoral. WESLEI MACHADO Weslei Machado é Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE, cedido ao TJDFT; Assessor de Desembargador no TJDFT; Especialista em Di- reito Constitucional – IDP; Professor de diversos cursos preparatórios para concursos em Brasília; Professor e Assessor do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília; Professor de Direito Eleitoral do Curso ATAME e do IDP; aprovado em 3º lugar no concurso público para Promotor de Justiça do MPE/AM (aguardando nomeação). Autor REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado • Exercício de funções múltiplas (jurisdicional, administrativa, consul- tiva e regulamentar) – Além do exercício da função típica jurisdicional, a Justiça Eleitoral exerce mais três funções, quais sejam: função administra- tiva, que se revela, por exemplo, na organização e manutenção do cadastro eleitoral; função consultiva, caracterizada pela resposta a consultas eleitorais pertinentes à matéria eleitoral; e a função regulamentar, que se consubstan- cia na expedição de normas – resoluções e instruções – destinadas a regula- mentar a legislação eleitoral. • Inexistência de corpo próprio de juízes: composição híbrida – A Jus- tiça Eleitoral não possui um corpo próprio de juízes, sendo composta: na 1ª instância, por juízes estaduais e, na 2ª instância e instância superior, por membros de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados de notável saber jurídico e reputação ilibada. • Periodicidade de investidura de juízes – Os membros da Justiça Eleitoral não são vitalícios. Vigora na sua organização o princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais. A Constituição Federal, ao tratar do tema, no seu art. 121, § 2º, estabeleceu que os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Os juízes dos tribunais eleitorais são vitalícios, somente podendo perder o cargo por meio de decisão judicial transitada em julgado. 5 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br RESPOSTA – Essa afirmação está incorreta, em razão de ser transitório o exercício de funções eleitorais pelos juízes. No Brasil, adotou-se o princípio da temporarie- dade do exercício de funções eleitorais, excluindo-se, portanto, a possibilidade de juízes eleitorais vitalícios. • Funcionamento ininterrupto das atividades – apesar de não haver elei- ções todos os anos, a Justiça Eleitoral funciona de forma ininterrupta. • Divisão territorial própria para fins eleitorais (circunscrições, zonas e seções) – a Justiça Eleitoral organiza-se da seguinte forma para o exercício de suas funções jurisdicionais: TSE – jurisdição em todo o território nacional. A circunscrição em que o TSE exerce jurisdição é o País; TRE’s – exercem jurisdição nos limites territoriais de um Estado. A circunscri- ção eleitoral de um TRE limita-se ao Estado da Federação em que possui sua sede; Juízes Eleitorais – as funções dos juízes são limitadas ao território da Zona. Assim, um Estado é dividido em Zonas e nelas os Juízes Eleitorais podem exercer seu papel jurisdicional. Cuidado! As Seções Eleitorais não se referem a limites territoriais em que Juí- zes ou Tribunais exercem suas funções. Uma seção eleitoral é uma divisão de elei- tores para o exercício do voto. • GARANTIAS DA MAGISTRATURA APLICADAS AOS JUÍZES ELEITO- RAIS – a Constituição Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros de tribunais eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das Juntas Elei- torais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, plenas garan- REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado tias e a inamovibilidade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, § 1º, da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, quais sejam: vitaliciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No entanto, somente essa última – inamovibilidade – se amolda a peculiar situa- ção dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da seguinte análise: Vitaliciedade – os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para exer-cerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser reconduzidos, por um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado esse período, esses membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. Tra- ta-se do princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais. Irredutibilidade de subsídios – quem exerce funções de magistrado na Jus- tiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão somente uma gratificação de representação e participação se participarem das sessões de julgamento do tribunal. Caso durante um mês não participem de nenhuma sessão, não receberão nenhuma retribuição da Justiça Eleitoral. Eis mais uma garantia da magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral. Inamovibilidade – essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral, e os membros dessa Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis. (CESPE/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2005) Os mem- bros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de plenas garantias e são inamovíveis. 7 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br RESPOSTA – A afirmativa está correta e reproduz o texto do art. 121, § 1º, da CF. Entretanto, gostaríamos que você observasse bem a expressão “no que lhes for aplicável”, contida na questão. O significado dessa expressão se revela na possibi- lidade de uma ou outra garantia da magistratura, em razão de uma situação pecu- liar, não ser aplicada. E é justamente a situação peculiar dos membros da Justiça Eleitoral que impede a aplicação ampla e irrestrita de tais garantias. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL Pois bem! Inicialmente, é importante destacar que a Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário especializado na apreciação de feitos eleitorais. Essa Justiça especializada no julgamento de feitos eleitorais, conforme o art. 118 da CF/88, compõe-se de: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais regionais elei- torais, juízes eleitorais e juntas eleitorais. Estrutura da Justiça Eleitoral Tribunal Superior Eleitoral Tribunais Regionais Eleitorais Juntas Eleitorais Juízes Eleitorais REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Segundo a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. RESPOSTA – Essa assertiva está de acordo com a previsão normativa do art. 118 da CF. Dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais e as juntas eleitorais são órgãos colegiados, ou seja, compostos por vários membros, enquanto os juízes eleitorais são órgãos monocrá- ticos, aqueles nos quais a decisão se dá de forma singular. Esses órgãos são organizados em instâncias para o exercício da função jurisdi- cional. O Tribunal Superior Eleitoral compõe a instância especial ou extraordinária; os Tribunais Regionais Eleitorais compõem a 2ª instância; os Juízes e as Juntas Eleitorais compõem a 1ª instância da Justiça Eleitoral. Caro aluno, os juízes e as juntas eleitorais compõem o mesmo grau de jurisdição e não existe vinculação jurisdicional entre eles no exercício de suas funções jurisdi- cionais. Cada um deles possui atribuições próprias que não se confundem. Atribui- ções essas que veremos, no momento oportuno, ao longo deste curso. 9 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Composição da Justiça Eleitoral ÓRGÃO INSTÂNCIA TIPO DE ÓRGÃO TSE SUPERIOR OU ESPECIAL COLEGIADO TRE 2ª INSTÂNCIA COLEGIADO JUNTA ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA COLEGIADO JUIZ ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA MONOCRÁTICO Agora, vamos ao Regimento Interno do TRE/BA. Poder normativo dos Tribunais para editarem seus Regimentos Internos Os tribunais possuem autonomia para a organização dos seus serviços adminis- trativos, bem como para dispor sobre a competência e o funcionamento dos seus órgãos jurisdicionais. No exercício dessa atribuição, é dada ao tribunal a possibili- dade de criação de um Regimento Interno. “Esta atribuição constitucional decorre de sua independência em relação aos Poderes Legislativo e Executivo. Esse poder, já exercido sob a Constituição de 1891, tornou-se expresso na Constituição de 34, e desde então vem sendo reafirmado, a despeito dos sucessivos distúrbios insti- tucionais. A Constituição subtraiu ao legislador a competência para dispor sobre a economia dos tribunais e a estes a imputou, em caráter exclusivo. Em relação à economia interna dos tribunais a lei é o seu regimento. O regimento interno dos tribunais é lei material. Na taxinomia das normas jurídicas o regimento interno dos tribunais se equipara à lei” (ADI 1.105-MC, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 3-8-94, DJ de 27-4-01). Na elaboração do Regimento Interno, há limites e normas que os tribunais de- vem observar. Trata-se das normas de processo, assim como das garantias pro- cessuais. Essa disposição está contida no art. 96, inc. I, alínea a, da Constituição Federal. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado Mas o que são normas de processo e garantias processuais? Ao analisar esse tema, este foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal: “Com o advento da Constituição Federal de 1988, delimitou-se, de forma mais criteriosa, o campo de regulamentação das leis e o dos regimentos internos dos tribunais, cabendo a estes últimos o respeito à reserva de lei federal para a edição de regras de natureza processual (CF, art. 22, I), bem como às garantias processu- ais das partes, ‘dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos’ (CF, art. 96, I, a). São normas de direito processual as relativas às garantias do contraditório, do devido processo legal, dos poderes, direitos e ônus que constituem a relação processual, como também as normas que regulem os atos destinados a realizar a causa finalis da jurisdição. Ante a regra fundamental insculpida no art. 5º, LX, da Carta Magna, a publicidade se tornou pressuposto de validade não apenas do ato de julgamento do Tribunal, mas da própria decisão que é tomada por esse órgão jurisdicional.” (ADI 2.970, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 20-4-06, DJ de 12-5-06) Pois bem, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia é formado por sete membros. Essa prescrição está contida no art. 120 da Constituição Federal: dois desembar- gadores integrantes do TJ/BA; dois juízes de direito, vinculados ao TJ/BA; um juiz federal membro do TRF com sede na Capital do Estado; e dois advogados. O Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia dispõe acerca do funcionamento do tribunal e da organização dos membros durante as sessões; tra- duz as regras de distribuição processual; disciplina a competência do presidente e demais membros; e prescreve como se dará a substituição dos seus juízes mem- bros em caso de ausências. Passa-se à análise do Regimento Interno do TRE/BA e, nas partes de destaque, serão feitos comentários com a finalidade de elucidar a aplicação e as disposições do TRE/BA. 11 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Referência Legislativa Constituição Federal Art. 96. Compete privativamente: I – aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a com- petência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionaise administrativos. Art. 1º Este Regimento estabelece a composição, a organização e o funcionamento do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, bem como regula a instrução e o julgamento dos processos de sua competência privativa, originária e recursal. TÍTULO I DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DA BAHIA CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL Seção I Da Composição do Tribunal Art. 2º O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, com sede na Capital, Salvador, e jurisdi- ção em todo o território do Estado, compõe-se: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes escolhidos pelo Tribunal de Justiça, dentre juízes de direito; II – de um juiz federal escolhido pelo Tribunal Regional Federal; III – de dois juízes, dentre seis advogados de notável saber jurídico, reputação ilibada e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Presidente da República. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado § 1º Os juízes substitutos serão escolhidos pelo mesmo processo em número igual para cada categoria. § 2º Não podem ter assento no Tribunal pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, excluindo-se, neste caso, a que tiver sido escolhida por último. § 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes no Tribunal, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição. § 4º Nas eleições municipais, o impedimento do juiz do Tribunal se restringe aos pro- cessos oriundos do município em que o parente, até o segundo grau, concorra ao cargo de Prefeito, Vice-Prefeito ou Vereador. Sede O TRE/BA possui sede na capital do Estado da Bahia. Isso significa que o local fí- sico, o prédio no qual os juízes do TRE/BA se reúnem para decidir as questões elei- torais, está situado, atualmente, em Salvador, município. Caso a capital da Bahia fosse mudada, a sede do TRE/BA também seria, pois o RITRE/BA dispõe que a sede deve ser na capital do Estado, e não necessariamente no município de Salvador. Apesar de ter sua sede na capital do Estado, o TRE/BA exerce sua jurisdição em todo o Estado da Bahia. Um esquema didático para facilitar o seu estudo: TRE Sede na Capital do Estado e DF Órgão colegiado de 2ª Instância 13 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br PROCESSO DE ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE Vamos, didaticamente, dividir o estudo da escolha de juízes do TRE: a) escolha de juízes dentre desembargadores do TJ/BA e Juízes de Di- reito da Justiça Estadual; b) escolha de juiz federal pelo juiz do TRF/1ª Região; c) escolha de juízes dentre advogados (ou juristas, como alguns prefe- rem). Escolha de Membros do TRE das Classes de Desembargador/ TJ/BA e Juiz de Direito/Justiça Estadual da Bahia Os desembargadores do TJ/BA (2 juízes) e Juízes de Direito da Justiça Estadual da Bahia (2 juízes) são escolhidos para compor o TRE/BA em eleição, realizada no TJ/BA, na qual o voto é secreto (Art. 120, § 1º, inc. I, da CF). Art. 120. omissis § 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça. Considerando que a escolha desses membros se dá por eleição, qualquer um dos desembargadores ou juízes de direito da Justiça Estadual da Bahia, indepen- dente da escala de antiguidade, pode ser eleito para compor o TRE/BA. Outra conclusão que se pode tirar da análise do processo de escolha desses ju- ízes é que nele não há qualquer participação do Presidente da República. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-GO/2009) Os mem- bros dos TRE’s são todos eles nomeados pelo presidente da República, entre cida- dãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tribunal de justiça de cada estado da Federação. RESPOSTA – A assertiva está incorreta. Nós veremos mais adiante que alguns juízes do TRE/BA, mais precisamente 2 deles, são nomeados pelo presidente da Re- pública, dentre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/BA. Mas queremos chamar atenção ao fato de que nem to- dos os juízes do TRE/BA são nomeados pelo Presidente da República. Os escolhidos pelos Tribunais não são nomeados pelo Presidente, e sim pelo respectivo Tribunal competente para a escolha. Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são escolhidos os respectivos juízes substitutos, em número igual para cada uma das classes ou categorias. A escolha dos substitutos em igual número se faz necessá- ria em razão da substituição dos juízes efetivos obedecer à classe/categoria a qual estão vinculados. Dessa forma, membros provenientes do TJ/BA, na qualidade de desembargadores, são substituídos por juízes substitutos escolhidos também entre os desembargadores do TJ/BA, sendo assim para as demais classes/categorias. 15 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Escolha de Membros do TRE da Classe do TRF/1ª Região Como já vimos, para a escolha do membro do TRE, na classe do TRF/JF, há duas possibilidades: a) Nos Estados onde houver Sede de TRF, é escolhido um juiz do TRF; b) Nos Estados onde não houver Sede de TRF, é escolhido um juiz federal. Art. 120. Omissis § 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo. Pois bem, agora eu gostaria que você prestasse bastante atenção no que vamos lhe ensinar. A escolha desse juiz do TRE/BA, na classe dos juízes federais, não ocor- re por meio de eleição. A escolha é feita arbitrariamente pelo TRF sem qualquer tipo de eleição entre seus membros. Isso não é difícil de perceber após uma leitura cuidadosa do art. 120 da CF/88. Veja que a menção à necessidade de eleição, pelo voto secreto, somente se aplica às alíneas “a” e “b” do inc. I do referido artigo. Não se aplica, de maneira alguma, ao inc. II, o que desobriga o TRF/1ª Região de realizar qualquer eleição para a es- colha de membro do TRE/BA. Escolha de Membros do TRE/BA da Classe dos Advogados Compete ao Presidente da República nomear 2 (dois) juízes do TRE/BA da classe dos Advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurídico e ido- neidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/BA (art. 120, § 1º, inc. III, da CF). REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado § 1º Os TRE’s compor-se-ão: (...) III – por nomeação, pelo presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ. Aqui, oportuno se faz destacar algumas observações importantes. A primeira delas se refere ao fato de a CF exigir que a escolha de juízes do TRE/BA, na classe dos advogados, ocorra tão somente entre advogados, substi- tuindo a expressão “cidadãos”, contida no art. 25, inc. III, do CE, pela nova expres- são “advogados”, do art. 120, § 1º, inc. III, do seu texto.Ainda sobre as modificações do art. 25, inc. III, do CE, introduzidas pelo texto do art. 120, § 1º, inc. III, da CF, a nova redação substituiu a expressão “reputação ilibada” por “idoneidade moral”. Entretanto, essa alteração não modifica em nada o conteúdo do texto. Na verdade, “considera-se detentor de reputação ilibada aquele desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral, que é a quali- dade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta”. Foi essa a resposta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) à consulta formulada pelo então presi- dente do Senado, senador Antônio Carlos Magalhães, no sentido de se aclarar o conceito constitucional de reputação ilibada. Ou seja, ambas as expressões cuidam da mesma coisa. Atentem ainda para o seguinte fato: a CF/88 não se refere a lista sêxtupla (in- felizmente alguns autores ainda cometem esse erro), a menção a seis advogados se deve ao fato de haver duas vagas para essa classe. Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o TJ/BA encaminha uma lista trí- plice ao Presidente da República, para que este proceda à nomeação. No entanto, esse encaminhamento não ocorre de forma direta do TJ/BA para o presidente da República. A lista tríplice é elaborada no TJ/BA e encaminhada ao TSE para homo- logação dos nomes nela presentes (art. 25, § 1º, do CE). Caso o TSE entenda que 17 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br algum pretenso juiz não preenche as condições estabelecidas na CF (notável saber jurídico e idoneidade moral), poderá solicitar ao TJ/BA que faça a substituição do candidato. Caso a Corte Suprema Eleitoral entenda presentes em todos os candi- datos os requisitos constitucionais, procede ao encaminhamento da lista tríplice ao Presidente da República. Uma vez elaborada pelo TJ/BA e homologada pelo TSE, o Presidente da República não poderá recusar a lista tríplice, devendo sua escolha recair, obrigatoriamente, entre um dos advogados nela constante. LISTA TRÍPLICE COMPETENTE PARA SUA ELABORAÇÃO REQUISITOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEL PELA NOMEAÇÃO TJ/BA IDONEIDADE MORAL NOTÁVEL SABER JURÍDICO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Outra importante observação se relaciona com a ausência da OAB no processo de escolha dos juízes do TRE/BA da classe dos Advogados. Com efeito, a lista trípli- ce levada ao Presidente da República para escolha de juízes do TRE/BA é elaborada única e exclusivamente pelo tribunal competente; nesse caso, o TJ/BA, sem qual- quer participação da OAB/BA. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado Direto do STF Jurisprudência do STF – “Tribunal Regional Eleitoral. Juízes da classe de Ad- vogados. Artigos 120, § 1º, inc. III, e 94, parágrafo único, da Constituição. Com- pete exclusivamente ao Tribunal de Justiça do Estado a indicação de advogados, para composição de Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do art. 120, § 1º, inc. III, da Constituição, sem a participação, portanto, do órgão de representação da respectiva classe, a que se refere o parágrafo único do art. 94, quando trata da composição do quinto nos Tribunais Regionais Federais, dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.” (MS 21.060, DJ de 23.8.1991) Cumpre-nos, ainda, fazer duas importantes observações. A primeira é que a permissão dada aos ministros do TSE da classe dos advo- gados de continuarem exercendo a advocacia, vedado apenas o seu exercício nos tribunais eleitorais, também é aplicável aos juízes do TRE/BA, de idêntica classe. O motivo é também de ordem financeira e se revela no fato de tais membros, no exercício da magistratura no TRE/BA, receberem apenas uma gratificação de pre- sença e representação e mais nada. Direto do STF Jurisprudência do STF – “Art. 20, inciso II - incompatibilidade da advocacia com membros de órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformidade a afastar da sua abrangência os membros da Justiça Eleitoral e os juízes suplentes não remunerados”. (ADI nº 1127 MC /DF. Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal Pleno. DJ 29.6.01) A segunda, a exemplo do que ocorre com os membros do TSE na classe dos advogados, revela-se na desnecessidade de os juízes do TRE/BA, da classe dos advogados, cumprirem, ao término de sua atuação no Tribunal, a “quarentena” estabelecida no art. 95, parágrafo único, inc. V, da CF: 19 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: (...) Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (...) V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (incluído pela Emenda Constitucional nº45, de 2004). Direto do TSE Jurisprudência do TSE – QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITORAL. CLASSE JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICA- BILIDADE. A restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da Constituição não se aplica aos ex-membros de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas. 2. Questão de ordem resolvida. (PET 3020, TSE) Por último, mas não menos importante, tem-se que o processo de escolha dos juízes substitutos do TRE/BA é idêntico ao dos juízes efetivos, ou seja, para os ju- ízes substitutos oriundos da advocacia, dá-se a nomeação do Presidente da Repú- blica a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/BA. Agora que já explicamos o processo de escolha de todas as classes de juízes do TRE/BA, vamos a um quadro-resumo para facilitar seu estudo e encerrar este assunto. JUÍZES DO TRE/BA – (PROCESSO DE ESCOLHA) ESCOLHIDOS QUEM ESCOLHE FORMA DE ESCOLHA 02 DESEMBARGADORES DO TJ/BA TJ/BA ELEIÇÃO PELO VOTO SECRETO 02 JUÍZES DE DIREITO TJ/BA ELEIÇÃO PELO VOTO SECRETO 01 JUIZ FEDERAL TRF/1ª Região ESCOLHA ARBITRÁRIA 02 ADVOGADOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA LISTA TRÍPLICE ELABORADA PELO TJ/BA REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado Composição dos TRE’s A composição do TRE é norma reproduzida do art. 120 da CF/88: Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. E também do art. 25 do CE: Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e III – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. Esquematicamente, podemos representar a composição do TRE da seguinte forma: 21 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br COMPOSIÇÃO DO TRE Presidente Desembargador do TJ/BA Art. 120, § 2º, CF/88 Vice-Presidente Desembargador do TJ/BA Art. 120, § 2º, CF/88Juiz Federal Art. 120, § 1º, inc. II, CF/88 Juiz de Direito Art. 120, § 1º, inc. I, alínea ‘b’ da CF/88 Advogado Art. 120, § 1º, inc. III, CF/88 Juiz de Direito Art. 120, § 1º, inc. I, alínea ‘b’, CF/88 Advogado Art. 120, § 1º, inc. IIII, CF/88 Juiz Federal do TRE/BA – Juiz do TRF/1ª Região ou do 1º Grau de Juris- dição da Justiça Federal no Estado do Bahia? Analisando a composição dos TRE’s, podemos afirmar, ainda, que todos eles terão sete juízes. No entanto, não podemos afirmar que haverá identidade na sua composição sob o aspecto qualitativo. Em alguns TRE’s, teremos dois desembarga- dores do TJ, dois juízes de direito, dois advogados e um juiz do TRF (2ª instância da Justiça Federal), enquanto em outros, no lugar desse último membro – juiz do TRF –, haverá um juiz federal (1ª instância da Justiça Federal). E por que isso acontece? A resposta é muito simples. Nós sabemos que existem apenas 5 (cinco) Tribu- nais Regionais Federais no Brasil, cada um deles representando uma região. Lembre-se agora que o art. 120, § 1º, inc. II, da CF, afirma que, nos Estados onde houver sede de TRF, um juiz desse tribunal será escolhido para compor o REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado respectivo TRE. Logo, o TRE-DF, TRE-RJ, TRE-SP, TRE-RS e TRE-PE (sedes de TRF) possuem em suas respectivas composições um juiz do TRF (órgão de 2ª instância da Justiça Federal). De modo diverso, nos demais TRE’s, onde não há sede de TRF, no lugar do juiz de TRF, temos, necessariamente, um juiz federal (órgão de 1ª ins- tância da Justiça Federal). O Estado da Bahia não é sede de Tribunal Regional Federal. Portanto, o juiz fe- deral que integra o TRE/BA é juiz da 1ª instância da Justiça Federal no Estado da Bahia. VEDAÇÕES À ESCOLHA DOS MEMBROS DO TRE As vedações expressas no Código Eleitoral aplicáveis aos juízes do TRE estão elencadas no art. 25, §§ 6º e 7º, do CE e também reproduzidas nesse artigo do Regimento Interno. A primeira delas, constante no art. 25, § 6º, do CE, afirma que não podem fazer parte do TRE/BA pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º grau, excluindo-se, nesse caso, a que tiver sido escolhida por últi- mo. Essa vedação se aplica a todos os juízes do TRE/BA, não importando a classe/ categoria do juiz. Para não termos dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, vamos a um caso prático. Hipótese didática O Desembargador “A” é nomeado para juiz do TRE/BA. Após algum tempo, seu cunhado “B” é nomeado juiz federal e escolhido para compor o mesmo TRE/BA. Isso é possível? CLARO QUE NÃO. Enquanto o juiz “A”, da classe dos desembar- gadores do TJ/BA, estiver no TRE/BA, seu cunhado “B”, juiz federal, não poderá compor o TRE/BA. 23 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br A outra vedação (art. 25, § 7º, do CE) afirma que a escolha desses membros não poderá recair naquele que esteja nas seguintes situações: a) ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão); b) seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; c) exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. Para finalizar, temos que ambas as vedações são aplicáveis tanto aos membros efetivos quanto aos membros substitutos do TRE. Seção II Do Presidente e do Vice-Presidente Subseção I Da Eleição e da Posse Art. 3º O Tribunal, mediante eleição secreta, elegerá o Presidente dentre os juízes da classe de desembargador, cabendo ao outro a Vice-Presidência. § 1º Efetuar-se-á a eleição com a presença de seis juízes efetivos, no mínimo. § 2º Caso não haja número legal, realizar-se-á a eleição na sessão seguinte, partici- pando da votação, nesta hipótese, os juízes efetivos presentes, qualquer que seja o seu número. § 3º Será considerado eleito o que obtiver maioria absoluta de votos; se nenhum al- cançar essa votação, proceder-se-á ao segundo escrutínio, sendo considerado eleito o mais votado. Havendo empate no segundo escrutínio, considerar-se-á eleito o juiz mais antigo no Tribunal e, se igual a antiguidade, o mais idoso. Art. 4º O Presidente eleito assumirá imediatamente as funções, lavrando-se o termo de posse. Art. 5º O mandato terá a duração de um biênio, que será contado a partir da data da posse, vedada a reeleição. Art. 6º Vagando o cargo de Presidente e faltando mais de sessenta dias para o término do biênio, proceder-se-á à eleição do sucessor. Parágrafo único. Assumirá interinamente a Presidência, até a realização de nova eleição, o Vice-Presidente. Art. 7º O Vice-Presidente substituirá o Presidente nas suas faltas e impedimentos, en- quanto aquele será substituído pelo Corregedor Regional Eleitoral e, quando acumular as duas funções, pelo juiz mais antigo no Tribunal. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE Os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do TRE estão definidos no art. 120, § 2º, da CF. Segundo esse dispositivo constitucional, o TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores do TJ que dele fazem parte. Considerando que temos dois desembargadores na composição do TRE, um deles sempre será o presidente, cabendo ao outro a vice-presidência. Escolha do Presidente e Vice-Presidente do TRE/BA Segundo o RITRE/BA, o Tribunal elegerá seu presidente e vice-presidente entre os desembargadores do TJ, para servir por dois anos, contados da posse. Por sua vez, em razão da omissão constitucional, a escolha do Corregedor Re- gional Eleitoral fica a cargo do Regimento Interno. No caso do RITRE/BA, caberá ao Vice-Presidente o exercício da função de Corregedor Regional Eleitoral do TRE/BA. Trata-se de exercício cumulativo de cargo. Assim temos: Juiz/CLASSE CARGO NO TRE/BA Desembargador do TJ PRESIDENTE Desembargador do TJ VICE-PRESIDENTE Desembargador do TJ que exerça a função de Vice-Presidente CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL Subseção II Das Atribuições Art. 8º Compete ao Presidente do Tribunal: I – presidir as sessões do Tribunal, colher os votos e proclamar o resultado; II – participar das discussões e dos julgamentos, bem como proferir votos em todos os processos de competência da Corte, sejam judiciais ou administrativos; 25 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br III – convocar sessões extraordinárias; IV – manter a ordem e exercer o poder de polícia nas sessões e no edifício do Tribunal, adotando as providências que julgar oportunas; V – zelar pelo decoro do Tribunal, determinando as medidas processuais cabí- veis quando a parte ou seus patronos se excederem em atos contrários à dignidade da Justiça; VI – assinar as atas das sessões, depois de aprovadas; VII – assinar os termos de posse dos juízes do Tribunal; VIII – convocar os juízes substitutos; IX – justificar as faltas dos membros do Tribunal; X – submeter à apreciação do Tribunal Superior Eleitoral o afastamento tempo- rário de juízes do Tribunal, do exercício dos cargos de origem; XI – comunicar aos Tribunais competentes o afastamento concedido aos seus membros e aos juízes eleitorais, na forma do disposto no inciso XXVI do art. 32; XII – estabelecer escala dos juízes do Tribunal para atender ao plantão judiciá- rio; XIII – ordenar a distribuição dos feitos; XIV – exercer o juízo de admissibilidade dos recursos interpostos contra as de- cisões do Tribunal, quando for o caso; XV – apreciar pedido de medida cautelar em recurso especial pendente de juízo de admissibilidade;XVI – decidir o pedido de carta de sentença; XVII – decidir pedido de suspensão de execução de tutela antecipada e de execução de sentença com efeitos imediatos concedidos contra pessoa jurídica de direito público; XVIII – analisar pedido de parcelamento de multa eleitoral aplicada pelo Tribu- nal e determinar a remessa de peças processuais à Procuradoria da Fazenda Nacio- nal para inscrição na Dívida Ativa da União; REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado XIX – cumprir e fazer cumprir as deliberações do Tribunal, ressalvada a compe- tência do relator; XX – mandar publicar, no prazo legal, a relação dos candidatos que tiveram re- querimento de registro protocolado regularmente perante o Tribunal; XXI – nomear os membros das juntas eleitorais, depois de aprovados seus no- mes pelo Tribunal, e designar-lhes as respectivas sedes; XXII – assinar os diplomas dos eleitos para os cargos de Governador, Vice-Go- vernador, Senador, Deputado Federal e Estadual e dos suplentes; XXIII – comunicar a diplomação de militar à autoridade a que esteja subordi- nado; XXIV – propor a data e as instruções das eleições suplementares; XXV – designar, por delegação do Tribunal, juiz de direito para a função de juiz eleitoral, inclusive no caso de substituição; XXVI – superintender os serviços da Secretaria do Tribunal e dos cartórios elei- torais, ministrando aos juízes as devidas instruções; XXVII – baixar atos para execução do Regulamento da Secretaria; XXVIII – fixar o horário do expediente da Secretaria; XXIX – prorrogar ou suspender os prazos, mediante ato administrativo devida- mente publicado na imprensa oficial, em decorrência de interrupção ou suspensão extraordinária do expediente da Secretaria; XXX – abrir concurso público para o provimento dos cargos da Secretaria e dos cartórios das zonas eleitorais e submeter à aprovação do Tribunal os nomes dos componentes da respectiva comissão; XXXI – nomear, empossar, exonerar, demitir e aposentar, nos termos da lei, os servidores do quadro da Secretaria do Tribunal e dos cartórios das zonas eleitorais, declarando, também, a vacância dos cargos efetivos; XXXII – prover os cargos em comissão e as funções comissionadas do quadro da Secretaria do Tribunal e dos cartórios das zonas eleitorais; 27 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br XXXIII – prover, por indicação do Corregedor, as funções comissionadas e os cargos em comissão que integram a estrutura da Corregedoria Regional Eleitoral; XXXIV – conceder aos servidores do quadro da Secretaria do Tribunal e dos cartórios das zonas eleitorais adicional de insalubridade, periculosidade ou ativida- de penosa, remoção, bem como licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, para tratar de interesses particulares e para desempenho de manda- to classista; XXXV – aplicar penas disciplinares aos servidores; XXXVI – julgar, em grau de recurso, os atos do Diretor-Geral; XXXVII – aprovar e encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral a proposta orça- mentária anual e plurianual; XXXVIII – solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a abertura de crédito adicional suplementar; XXXIX – aplicar aos fornecedores ou executores de obras e serviços, quando inadimplentes, as penalidades e proibições previstas em lei; XL – submeter ao Tribunal a Tomada de Contas Anual; XLI – instaurar o processo de tomada de contas especial, bem como dispensá- -lo, quando for o caso; XLII – apresentar ao Tribunal, na sessão inaugural de cada ano, relatório das atividades jurisdicionais e administrativas do exercício anterior; XLIII – representar o Tribunal nas solenidades e atos oficiais, podendo delegar essa função a um dos membros do colegiado; XLIV – delegar atribuição em matéria administrativa; XLV – promover a apuração imediata dos fatos que tiver ciência sobre irregula- ridade atribuída a juiz do Tribunal, obedecidas as regras do devido processo legal, determinando o arquivamento de plano quando o fato revelado não configurar in- fração disciplinar ou ilícito penal; REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado XLVI – instaurar e processar sindicância contra juiz do Tribunal, garantidas a ampla defesa e o contraditório, submetendo o relatório conclusivo à apreciação do colegiado; XLVII – relatar proposta de abertura de processo administrativo disciplinar con- tra juiz do Tribunal; XLVIII – votar no julgamento de proposta de instauração de processo adminis- trativo disciplinar contra juiz eleitoral; XLIX – votar no julgamento de processo administrativo disciplinar contra juiz do Tribunal e juiz eleitoral; L – praticar ato reputado urgente, inserido na competência privativa do Tribu- nal, submetendo-o, na primeira sessão plenária, ao referendo do colegiado. Seção III Do Corregedor Regional Eleitoral Art. 9º O Corregedor Regional Eleitoral será escolhido, por escrutínio secreto, dentre os juízes do Tribunal, exceto o Presidente; o Vice-Presidente, se eleito, acu- mulará as duas funções. Art. 10. Aplicam-se à eleição do Corregedor, no que couber, os dispositivos per- tinentes à eleição do Presidente. Art. 11. O Corregedor, que exerce as suas funções cumulativamente com as de juiz do Tribunal, terá jurisdição em todo o Estado. Parágrafo único. O Corregedor será substituído, nas suas férias, licenças, faltas ou impedimentos, pelo juiz mais antigo do Tribunal. Art. 12. Ao Corregedor incumbem a inspeção e a correição dos serviços eleito- rais do Estado e especialmente: I – cumprir e fazer cumprir as determinações do Tribunal, no âmbito de sua competência; 29 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br II – velar pela fiel execução das leis e das instruções, pela boa ordem e celeridade dos serviços eleitorais; III – verificar se os juízes eleitorais, membros de juntas eleitorais e servidores das zonas eleitorais mantêm exação no cumprimento dos seus deveres; IV – orientar os juízes eleitorais sobre a regularidade dos serviços nos respecti- vos juízos e cartórios; V – expedir provimentos e demais atos normativos necessários ao bom e regu- lar funcionamento dos serviços eleitorais sob sua supervisão; VI – determinar e fiscalizar os serviços a serem executados pelos servidores da Corregedoria, podendo incumbi-los de quaisquer verificações nos cartórios das zonas eleitorais, respeitada a competência dos respectivos juízes; VII – verificar se são observados, nos processos e atos eleitorais, os prazos legais, se há ordem e regularidade nos papéis e nos registros de tramitação de expedientes e processos, bem como se os livros estão devidamente escriturados e conservados de modo a serem preservados de perda, extravio ou qualquer dano; VIII – supervisionar, orientar e fiscalizar os serviços de alistamento, regulariza- ção de situação de eleitor e administração e manutenção do cadastro eleitoral do Estado; IX – verificar se os Oficiais de Registro Civil comunicam à Justiça Eleitoral, com a regularidade prevista em lei, os óbitos ocorridos nas respectivas jurisdições, pro- cedendo contra os infratores; X – supervisionar, orientar e fiscalizar os procedimentos relativos ao encami- nhamento de dados de filiação pelos partidos políticos; XI – verificar, no âmbito de sua jurisdição, se há erros, abusos ou irregularida- des que devam ser corrigidos, determinando, por provimento, as necessárias me- didas para que sejam sanadas as ocorrências; XII – convocar juiz eleitoral para prestar informações de interesse da Justiça Eleitoral; REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei MachadoXIII – conhecer, processar e relatar as representações relativas a irregularida- des na propaganda partidária, na modalidade de inserções; XIV – verificar se as denúncias relativas a crimes eleitorais já oferecidas têm curso normal; XV – determinar a correição nas representações, reclamações e demais proce- dimentos que lhe forem submetidos; XVI – levar ao conhecimento do Tribunal, do Presidente ou do juiz competen- te, os assuntos eleitorais pertinentes a fatos ou providências que escapem à sua competência, bem como a ocorrência de falta grave ou procedimento que não lhe couber corrigir dentro de suas atribuições; XVII – delegar a função correicional a juiz eleitoral, em casos especiais, fixando o prazo respectivo para a conclusão dos trabalhos delegados; XVIII – promover a apuração imediata dos fatos que tiver ciência sobre irregu- laridade atribuída a juiz eleitoral, observadas as regras do devido processo legal, determinando o arquivamento de plano quando o fato revelado não configurar in- fração disciplinar ou ilícito penal; XIX – instaurar e processar sindicância contra juiz eleitoral, garantidos a ampla defesa e o contraditório, submetendo o relatório conclusivo à apreciação do Tribu- nal; XX – relatar proposta de abertura de processo administrativo disciplinar contra juiz eleitoral; XXI – votar no julgamento de proposta de instauração de processo administra- tivo disciplinar contra juiz eleitoral; XXII – votar no julgamento de processo administrativo disciplinar contra juiz eleitoral; XXIII – receber, processar e julgar as reclamações e representações contra ser- vidor requisitado lotado em cartório eleitoral e oficial de justiça, aplicando, confor- me a gravidade da falta, as penalidades de advertência ou de suspensão, até trinta dias, mediante instauração de procedimento disciplinar; 31 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br XXIV – conhecer, processar e relatar as reclamações e representações formula- das contra os juízes eleitorais; XXV – conhecer, processar e relatar ação de investigação para apurar o uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou a utilização indevida de veículo ou meio de comunicação social, em benefício de can- didato ou partido político, nas eleições federais e estaduais; XXVI – instruir e submeter ao Tribunal processos relativos à correição e revisão eleitoral; XXVII – comunicar ao Presidente do Tribunal a sua ausência, quando se locomo- ver, em correição, para qualquer zona fora da Capital; XXVIII – apresentar ao Tribunal e à Corregedoria-Geral Eleitoral, no mês de dezembro de cada ano, relatório de suas atividades durante o respectivo exercício, acompanhado de elementos elucidativos e sugestões do interesse da Justiça Elei- toral; XXIX – solicitar ao Presidente, motivadamente, a designação, pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, de até dois juízes de direito para auxiliar nos atos re- lativos à instrução processual dos feitos judiciais e administrativos eleitorais e na realização de correição cartorária nas zonas eleitorais, de competência exclusiva do Corregedor Regional Eleitoral, pelo prazo de um ano, renovável por igual período, a critério do Tribunal cedente; XXX – levar ao conhecimento da Procuradoria Regional Eleitoral e da Corregedo- ria-Geral do Ministério Público do Estado da Bahia fatos que tiver ciência sobre irre- gularidade atribuída a promotor eleitoral, para a adoção das providências cabíveis; XXXI – exercer quaisquer outras atribuições fixadas em lei, instruções e demais normas supletivas ou complementares, baixadas pelos órgãos competentes. § 1º Na hipótese do inciso XXIX, havendo necessidade de deslocamento, o pa- gamento de diárias será custeado por este Tribunal, observada dotação orçamen- tária específica. § 2º Nas diligências que realizar, o Corregedor poderá solicitar o comparecimen- to do Procurador Regional Eleitoral. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado Seção IV Do Ouvidor Regional Eleitoral Art. 13. O Ouvidor e o seu substituto serão escolhidos, por escrutínio secreto, dentre os juízes do Tribunal, exceto o Presidente e o Corregedor, para mandato de dois anos, permitida a recondução, por igual período. Parágrafo único. O Ouvidor exercerá a direção das atividades da Ouvidoria Re- gional Eleitoral de acordo com regulamento específico, podendo baixar regras com- plementares dispondo sobre procedimentos internos. Seção V Da Escola Judiciária Eleitoral Art. 14. A Escola Judiciária Eleitoral é unidade administrativa ligada à Presidên- cia do Tribunal. Parágrafo único. A escolha dos seus dirigentes e suas atribuições, bem como a estrutura e organização dos serviços da unidade serão definidos em regulamento específico. Seção VI Do Núcleo de Cooperação Judiciária Art. 15. A cooperação judiciária será conduzida pelo Núcleo de Cooperação Judi- ciária, em conformidade com as diretrizes estabelecidas por Tratados e Convenções Internacionais subscritas pela República Federativa do Brasil, pelo Conselho Nacio- nal de Justiça, pelo Tribunal Superior Eleitoral e por este Tribunal. 33 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br § 1º O Núcleo de Cooperação Judiciária, órgão diretamente vinculado à Presi- dência do Tribunal, será dirigido por um Juiz Cooperador. § 2º O Juiz Cooperador e o seu substituto serão eleitos pelo Plenário do Tribunal entre os seus membros, exceto o Presidente e o Corregedor, para mandato de dois anos, permitida a recondução, por igual período. § 3º O Núcleo de Cooperação Judiciária terá as atribuições definidas em resolu- ção específica editada pelo Tribunal. Seção VII Dos Juízes do Tribunal Art. 16. Os juízes do Tribunal, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis. Art. 17. Os juízes do Tribunal, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamen- te por dois anos, permitida uma recondução. § 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do § 3º do art. 2º. § 2º O tempo de atuação como juiz efetivo não será considerado para fins de cômputo dos biênios como juiz substituto. § 3º Compete ao Tribunal a apreciação da justa causa para dispensa da função eleitoral. Referência Legislativa Constituição Federal Art. 121. Omissis (...) § 2º – Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhi- dos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado Código Eleitoral Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoria- mente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. § 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas forma- lidades indispensáveis à primeira investidura. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) Res.-TSE n. 20.958/2001 Art. 1º omissis § 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do parágrafo seguinte. § 2º Não poderão servir como juízes nos tribunais regionais, desde a homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, o cônjuge, o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo estadual ou federal, no Estado respectivo. TEMPORALIDADEDO MANDATO DOS MEMBROS DO TRE/BA Na Justiça Eleitoral, em detrimento à garantia da vitaliciedade, aplica-se o prin- cípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais, ou seja, todos os seus membros – integrantes do TSE ou TRE, juiz eleitoral ou componente de junta elei- toral – exercem a função eleitoral por um período determinado de tempo. Para os juízes dos tribunais eleitorais – TSE e TRE –, esse período de tempo de exercício das funções eleitorais está expressamente determinado no art. 121, § 2º, nos seguintes termos: Art. 121. Omissis § 2º – Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhi- dos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 35 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Portanto, os juízes do TRE/BA são escolhidos para exercerem as funções eleito- rais por um período de, no mínimo, 2 anos (um biênio), somente podendo se afas- tar antes do término do mandato em razão de um motivo justificado. Recondução Em casos de recondução os membros do TRE/BA devem submeter-se ao mes- mo processo de escolha originário: se membros provenientes do TJ/BA deverão ser eleitos, por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribunais; se membro da Justiça Federal, designado pelo TRF/1ª Região; se membros provenientes da advo- cacia deverão ser nomeados pelo presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/BA. Biênios Os juízes do TRE/BA, e seus substitutos, salvo motivo justificado, servirão obri- gatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Biênio é o período de 2 (dois) anos. Hipótese didática Imagine, por hipótese, que em janeiro de 2012 o cidadão X se torne juiz efetivo do TRE/BA. Passados dois anos (2012 - 2013), finda o seu biênio obrigatório, tam- bém chamado 1º biênio. A partir daí, poderá ele ainda exercer um 2º biênio (2014 - 2015) sem que haja qualquer impedimento. Agora, findo os dois biênios, um 3º biênio (2016 – 2017) está vedado. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado Ainda sobre a contagem de número de biênios, cumpre salientar que é conside- rado consecutivos dois biênios quando entre eles houver tido interrupção inferior a dois anos. Por fim, uma vez exaurida qualquer possibilidade de recondução ao cargo de juiz do TRE/BA (exercício de dois biênios), terá o cidadão que aguardar para re- tornar a esse Órgão, na mesma classe ou em classe diversa, o prazo de dois anos do término do 2º biênio. Esse prazo, no entanto, poderá ser reduzido em caso de inexistência de outros juízes que preencham os requisitos legais. Art. 18. Nenhum juiz efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma ou em classe diversa, após servir por dois biênios consecutivos, salvo se transcorridos dois anos do término do segundo biênio. § 1º Para os efeitos deste artigo, consideram-se também consecutivos dois biênios, quando, entre eles, tenha havido interrupção inferior a dois anos. § 2º Ao juiz substituto, enquanto nessa categoria, aplicam-se as regras deste artigo; entretanto, poderá vir a integrar o Tribunal como efetivo, sem limitar-se essa investidu- ra pela condição anterior de juiz substituto. Art. 19. Ao magistrado e ao advogado que tenha integrado o Tribunal como juiz efetivo ou substituto, é vedado nele exercer a advocacia, antes de decorridos três anos do afas- tamento do cargo por aposentadoria, exoneração ou término do biênio. Art. 20. Até trinta dias antes do término do biênio de juiz pertencente às classes da magistratura estadual e federal, ou imediatamente após a vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente comunicará a ocorrência ao Tribunal competente para a escolha, esclarecendo, no primeiro caso, tratar-se de primeiro ou segundo biênio. Art. 21. Até noventa dias antes do término do biênio de juiz pertencente à classe de advogado, ou imediatamente após a vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente comunicará a ocorrência ao Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice, escla- recendo, no primeiro caso, tratar-se de primeiro ou segundo biênio. Parágrafo único. A lista tríplice será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral, instru- ída com os documentos previstos na regulamentação de regência. Término de Biênio: Prazo para Início do Processo de Escolha Para viabilizar a escolha de um novo juiz, há algumas disposições regimentais referentes a prazo que devem ser observadas pelo Tribunal. 37 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Até trinta dias antes do término do biênio de juiz das classes de magistrado, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente do tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a escolha, esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. Até noventa dias antes do término do biênio de juiz da classe dos advogados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente do tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice, esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. JUÍZES DO TRE/BA INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA MAGISTRADOS DE CARREIRA 30 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO CLASSES DOS ADVOGADOS NOVENTA DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO Art. 22. Nos casos previstos neste Regimento, a antiguidade regular-se-á, su- cessivamente: I – pela posse no Tribunal; II – pela nomeação ou eleição; III – pela idade. Parágrafo único. Havendo recondução, será considerada, para efeito de antigui- dade, a data da primeira investidura, ainda que haja interrupção do exercício. Art. 23. Perderá automaticamente a jurisdição eleitoral o magistrado que deixar de ocupar o cargo de origem ou que terminar o biênio. Art. 24. Os juízes do Tribunal e o Procurador Regional Eleitoral fazem jus à gra- tificação, devida por sessão a que efetivamente comparecerem, não cabendo a sua percepção por motivo de férias, licença de qualquer natureza ou falta. § 1º Ao Presidente é devida a gratificação de presença quando não puder com- parecer às sessões em virtude de estar representando o Tribunal perante os demais Poderes e autoridades. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado § 2º Estando o Presidente impossibilitado de representar a Corte, o juiz do Tri- bunal que o substituir faz jus à gratificação. § 3º O Corregedor, o Ouvidor, o Juiz Cooperador e o Diretor da Escola Judiciária Eleitoral, se juiz do Tribunal, quando impossibilitados de comparecer às sessões, em virtude de sua atuação, fazem jus à gratificação de presença. § 4º O juiz auxiliar, de que trata o art. 31, faz jus à gratificação mensal pelo exercício de suas funções, na forma estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Subseção I Da Posse e dos Afastamentos Art. 25. A posse dos juízes do Tribunal realizar-se-á dentro do prazo de trinta dias da escolha, da publicação oficial da nomeação ou da vacância do cargo, o que ocorrer por último, e dar-se-á, mediante compromisso, perante o Tribunal, lavran- do-se o termo competente. § 1º Os juízes efetivos e substitutos prestarão o seguinte compromisso: “Prometo bem e fielmente desempenhar os deveres do meu cargo de juiz do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição e as leis da República e pugnando sempre pelo prestígio e respeitabilidade da Justiça Eleitoral”. § 2º Excepcionalmente, a posse poderá ocorrer perante o Presidente. § 3º Quando a reconduçãose operar antes do término do primeiro biênio, não haverá nova posse, sendo suficiente o apostilamento no termo da investidura ini- cial. § 4º O prazo para a posse poderá ser prorrogado, pelo Tribunal, por até trinta dias após o término do prazo previsto no caput, desde que assim o requeira, moti- vadamente, o juiz a ser empossado. 39 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Comentários Os juízes efetivos e os substitutos tomarão posse perante o Tribunal, obrigan- do-se uns e outros, por compromisso formal, a bem cumprir os deveres do cargo, de conformidade com a Constituição, as leis da República e o Regimento Interno do TRE/BA. A posse de um juiz, independendo da classe, ocorre perante o Tribunal em ses- são plenária, dentro do prazo de até 30 dias após a publicação do ato de nomea- ção. De outro modo, como o juiz substituto somente participa eventualmente das sessões do Tribunal, decidiu o RITRE/BA que sua posse se dá perante o presidente do Tribunal e, em geral, ocorre no próprio gabinete do Presidente. Entretanto, o RITRE/BA autorizou, excepcionalmente, a realização do ato de posse perante o Presidente do TRE/BA. Art. 26. Os juízes do Tribunal da classe de magistrado serão afastados automati- camente, pelo mesmo prazo, quando obtiverem, nos seus cargos de origem, férias, licença ou afastamento. Parágrafo único. Cabe ao juiz do Tribunal, efetivo e substituto, comunicar à Cor- te os seus afastamentos, bem como as ausências eventuais. Art. 27. Durante o processo eleitoral, mediante aprovação do colegiado e repre- sentação do Presidente ao Tribunal Superior Eleitoral, os juízes do Tribunal poderão pedir afastamento do exercício dos seus cargos de origem, sem prejuízo dos venci- mentos e vantagens, na forma disciplinada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Art. 28. Os juízes do Tribunal que não usufruírem as férias que lhes couberem poderão gozá-las no ano seguinte, acumuladas ou não. Art. 29. Em caso de necessidade, as férias dos juízes do Tribunal poderão ser interrompidas, assegurando-se-lhes a devida compensação. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado Subseção II Da Convocação dos Substitutos Art. 30. Nos casos de vacância do cargo, licença, férias ou afastamento de juiz efetivo, será obrigatoriamente convocado, por ato do Presidente, pelo tempo que durar o motivo, o juiz substituto da mesma classe, obedecida a ordem de antigui- dade. § 1º Nas faltas eventuais ou impedimentos, somente serão convocados os subs- titutos se assim o exigir o quorum regimental. § 2º Salvo motivo justificado, o mesmo substituto somente será convocado para outra substituição depois de ter servido o outro da mesma categoria. Critério de Substituição Os critérios utilizados pelo Tribunal para designar o substituto de um juiz ausente em sessão de julgamento são, nesta ordem: ser o juiz substituto necessariamente da mesma classe (Desembargador, Juiz de Direito, Juiz Federal ou Advogado) do juiz ausente. NUNCA, EM NENHUMA HIPÓTESE, UM JUIZ DE UMA CLASSE PODE SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DE CLASSE DIVERSA. Recai inicialmente a escolha sobre o substituto mais antigo da classe, somente se este estiver ausente, sobre o outro juiz substituto da classe. 41 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Subseção III Dos Juízes Auxiliares Art. 31. Os juízes auxiliares serão designados pelo Tribunal, dentre os seus juízes substitutos, para a apreciação das reclamações, das representações e dos pedidos de direito de resposta que lhe forem dirigidos por ocasião das eleições fe- derais e estaduais. Parágrafo único. O período de atuação dos juízes auxiliares encerra-se com a diplomação dos eleitos, na forma disciplinada pelo Tribunal Superior Eleitoral. CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA Seção I Da Competência Privativa Art. 32. Compete, privativamente, ao Tribunal, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei: I – eleger o Presidente, o Corregedor, o Ouvidor, e o Juiz Cooperador; II – empossar o Presidente, Vice-Presidente, Corregedor, Ouvidor, Juiz Coopera- dor e demais juízes efetivos e substitutos; III – elaborar o Regimento Interno; IV – aprovar o Regimento Interno da Corregedoria Regional Eleitoral, da Ouvi- doria, do Núcleo de Cooperação Judiciária, da Escola Judiciária Eleitoral e dos Juízos e Cartórios Eleitorais e o Regulamento da Secretaria do Tribunal, bem como suas emendas; REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado V – organizar a sua Secretaria, a Corregedoria Regional, a Ouvidoria, o Núcleo de Cooperação Judiciária, a Escola Judiciária Eleitoral e as zonas eleitorais; VI – submeter ao Tribunal Superior Eleitoral proposta de criação, transformação ou extinção de cargos efetivos do Quadro de Pessoal do Tribunal; VII – fixar dia e hora das sessões; VIII – cumprir e fazer cumprir as decisões, instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral; IX – formular consulta ao Tribunal Superior Eleitoral sobre matéria eleitoral; X – responder consulta sobre matéria eleitoral; XI – representar ao Tribunal Superior Eleitoral sobre qualquer medida necessá- ria ao bom funcionamento dos serviços eleitorais; XII – expedir instrução com vistas a regulamentar matéria de sua competência privativa; XIII – dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, bem como a criação de novas zonas, à homologação do Tribunal Superior Eleitoral, se for o caso; XIV – designar o juiz de direito a quem incumbirá o serviço eleitoral, pelo prazo de dois anos, observado o critério de rodízio, por antiguidade, bem assim os juízes auxiliares, nos casos previstos em lei; XV – determinar a instauração de processo administrativo disciplinar contra juiz do Tribunal e juiz eleitoral, garantidos a ampla defesa e o contraditório; XVI – decidir sobre a necessidade de afastamento preventivo de juiz do Tribunal e de juiz eleitoral; XVII – aplicar as penas disciplinares ao juiz do Tribunal e ao juiz eleitoral; XVIII – constituir junta eleitoral e designar a respectiva sede e jurisdição; XIX – constituir a comissão apuradora e aprovar o relatório geral das eleições estaduais e federais; 43 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br XX – apurar e totalizar os resultados finais das eleições de Governador, Vice-Go- vernador, Senador, Deputado Federal e Estadual; XXI – proclamar os eleitos para os cargos de Governador, Vice-Governador, Se- nador, Deputado Federal e Estadual e diplomá-los juntamente com os respectivos suplentes; XXII – determinar a renovação de eleições federais, estaduais e municipais; XXIII – fixar data, aprovar calendário e expedir instruções para a realização de novas eleições e consultas populares; XXIV – requisitar à autoridade competente a força pública necessária ao cum- primento da lei e de suas decisões e solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a requi- sição de força federal; XXV – administrar o cadastro dos eleitores do Estado; XXVI – conceder aos juízes do Tribunal e aos juízes eleitorais afastamento do exercício dos cargos de origem, submetendo a decisão, quanto aos primeiros, à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral; XXVII – solicitar ao Tribunal de Justiça que suspenda, entre três meses antes e dois meses após as eleições, as férias e licenças-prêmio dos juízes de direito que exerçam função eleitoral; XXVIII – determinar providências para o efetivo cumprimento da lei eleitoral na circunscrição; XXIX – autorizar a realização de concurso públicopara provimento dos cargos efetivos do Quadro de Pessoal do Tribunal, nomear a respectiva comissão e homo- logar o resultado; XXX – determinar, nos casos previstos em lei, a revisão do eleitorado; XXXI – publicar, mensalmente, no Diário da Justiça eletrônico, dados estatísti- cos de sua produtividade; REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado XXXII – emitir pronunciamento sobre a Tomada de Contas Anual do Tribunal e o conteúdo do parecer da Secretaria de Controle Interno e determinar a remessa ao Tribunal de Contas da União; XXXIII – exercer outras atribuições inerentes a sua autonomia administrativa ou decorrentes de lei, ainda que não especificadas neste Regimento. Seção II Da Competência Originária Art. 33. Compete ao Tribunal processar e julgar originariamente: I – o pedido de registro e a impugnação do registro de candidato aos cargos de Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual; II – a reclamação e a representação formuladas em razão do descumprimento da Lei nº 9.504, de 1997, nas eleições federais e estaduais; III – a ação de investigação judicial eleitoral pertinente à eleição de Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual; IV – a ação de impugnação de mandato eletivo de Governador, Vice-Governa- dor, Senador, Deputado Federal e Estadual; V – o recurso contra expedição de diploma de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador; VI – a ação de decretação da perda de cargo eletivo em desfavor de Deputado Estadual e Vereador, bem como a de justificação de desfiliação partidária; VII – o conflito de competência entre juízes eleitorais; VIII – a suspeição ou o impedimento de juiz do Tribunal, do Procurador Regional Eleitoral e de servidor do Tribunal, assim como de juiz eleitoral e membro de junta; IX – o crime eleitoral cometido por juiz eleitoral ou por outra autoridade que, pela prática de crime comum, responda perante o Tribunal de Justiça ou o Tribunal Regional Federal; 45 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br X – o pedido de habeas corpus e de mandado de segurança, em matéria elei- toral, contra ato de juiz e junta eleitoral e demais autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça e o Tribunal Regional Federal por crime comum e de responsabilidade; XI – o pedido de habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violên- cia antes que o juiz eleitoral competente possa prover a impetração; XII – o pedido de mandado de segurança impetrado contra ato de natureza ad- ministrativa do próprio Tribunal; e ato administrativo ou eleitoral de seu Presidente, de seus membros e demais autoridades que respondam perante o Tribunal de Jus- tiça por crime de responsabilidade; XIII – o pedido de habeas data e mandado de injunção, quando versarem sobre matéria eleitoral; XIV – o pedido de desaforamento de feito não decidido por juiz eleitoral; XV – a reclamação relativa a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos financeiros; XVI – a prestação de contas anual de órgão regional de partido político e de despesas de campanha eleitoral de comitê financeiro, de órgão regional de partido político e de candidato a Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual; XVII – o pedido de acesso gratuito ao rádio e à televisão, por meio de inserções; XVIII – o pedido de registro de partido político em formação; XIX – a reclamação para preservar a competência ou garantir a autoridade de suas decisões; XX – a ação rescisória dos julgados do Tribunal e de juiz eleitoral, em matéria não eleitoral. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ELEITORAL Caro amigo, agora, vamos estudar um assunto muito cobrado em concursos públicos: a competência do TRE/BA. Estudar a competência da Justiça Eleitoral é estudar as competências dos seus órgãos: TSE, TRE’s, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Partindo desse pressupos- to, um tanto lógico, é muito comum o estudo dessa matéria ser exaustivo e enfa- donho, haja vista que, em geral, os cursos se limitam a transcrever as competên- cias de cada órgão contidas no Código Eleitoral, com um ou outro comentário que, infelizmente, não acrescenta muito ao texto legal. Antes de começarmos nosso estudo, gostaríamos de lembrá-lo que o TRE/BA faz parte da Justiça Eleitoral, que é uma Justiça peculiar, que apresenta algumas funções específicas e próprias não encontradas nas demais. Por isso, vamos relem- brar rapidamente essas funções: • Função Administrativa – função de organização do eleitoral, administração e fiscalização das eleições; • Função Consultiva – função de responder, sobre matéria eleitoral, as per- guntas que lhe forem feitas sobre a interpretação e aplicação das leis em tese; • Função Jurisdicional – a Justiça Eleitoral resolve com caráter de definitivi- dade litígios eleitorais que surjam, aplicando o direito eleitoral ao caso con- creto; • Função Regulamentar – o TSE/TRE pode expedir normas regulamentares para dar aplicação ao Código Eleitoral. Para tanto, poderá expedir instruções. Esse poder foi atribuído ao TSE pelo art. 1º, parágrafo único, do CE e pelo art. 105 da Lei n. 9.504/1997. 47 de 63 REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br Além disso, cumpre informar que a CF, no seu art. 121, deixou a cargo de lei complementar a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. A esse respeito, veja: Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. Na verdade, para a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, não houve a edição de nenhuma lei complementar, e sim a recepção da Lei Ordinária n. 4.737/1965 – Código Eleitoral – com status de lei complementar, especificamente na parte que trata da definição de competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. Portanto, o estudo da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral revela-se no estudo do Código Eleitoral, mais precisamente nos quatro títulos da sua “PARTE SEGUNDA”, bem como a análise dos Regimentos Interno dos TRE’s. Feitas essas considerações iniciais e explicitada a metodologia a ser utilizada, vamos começar efetivamente nosso estudo sobre as principais competências do TRE/BA, tratadas no Código Eleitoral, bem como em seu Regimento Interno. O re- gistro de candidatura é o nosso primeiro assunto. Registro de Candidatos Compete ao TRE/BA fazer o registro de candidaturas dos candidatos dos cargos de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador da República, todos do Estado da Bahia. REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO Prof. Weslei Machado Competência: Registro de Candidato CARGO CIRCUNSCRIÇÃO COMPETENTE BASE LEGAL Governador Vice-Governador Deputado Federal Senador Deputado Estadual Estado TRE/BA Art. 29, I, a, CE EXPEDIÇÃO DE DIPLOMAS Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, recebem seus diplomas assina- dos pelo órgão competente da Justiça Eleitoral. Compete ao TRE/BA expedir diplomas aos cidadãos eleitos aos cargos de Go- vernador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador da República, todos do Estado da Bahia. CARGOS ELETIVOS COMPETENTE Governador Vice-Governador Deputado Federal Senador Deputado Estadual TRE/BA REGISTRO E CANCELAMENTO DE DIRETÓRIO DE PARTIDO POLÍTICO A competência para registro e cancelamento de diretório de partido político é restrita aos tribunais eleitorais. Assim,
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