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Regimento Interno Esquematizado

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REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO
Prof. Weslei Machado
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
Regimento Interno do TRE/BA ......................................................................3
Aspectos Gerais da Justiça Eleitoral ...............................................................3
Organização da Justiça Eleitoral ....................................................................7
Processo de Escolha de Membros do TRE .....................................................13
Lista Tríplice ............................................................................................17
Juízes do TRE/BA – (Processo de Escolha) ....................................................19
Composição do TRE ..................................................................................21
Presidente e Vice-Presidente ......................................................................24
Temporalidade do Mandato dos Membros do TRE/BA .....................................34
Competências da Justiça Eleitoral ...............................................................46
Expedição de Diplomas ..............................................................................48
Registro e Cancelamento de Diretório de Partido Político ................................48
Fixar Data das Eleições .............................................................................51
Divisão ou Criação de Zonas Eleitorais na Bahia ...........................................52
Requisição de Força Federal .......................................................................53
Outras Competências do TRE .....................................................................53
Das Atribuições do Procurador Regional Eleitoral ...........................................57
Exercícios de Fixação ................................................................................59
Gabarito ..................................................................................................62
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REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO
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REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA
Caros concursandos, a disciplina de Regimento Interno é extremamente impor-
tante e pode dar a você pontos significativos para a sua classificação e nomeação. 
Dada a extensão desse ato normativo do TRE/BA, você precisa priorizar algumas 
partes. Essa orientação é baseada nas questões dos últimos concursos da Justiça 
Eleitoral. Pois bem, estude bastante a parte relacionada à composição e à escolha 
dos membros do TRE/BA. Alie esse estudo ao art. 120 da Constituição Federal. Dê 
atenção também às competências do TRE, do Presidente, do Corregedor Regional 
e do Procurador Regional Eleitoral. Por algumas vezes, o examinador, para avaliar 
seus conhecimentos, faz perguntas relacionadas às atribuições desses órgãos. Va-
mos lá! Bons estudos!
Inicialmente, vamos estudar os aspectos gerais da Justiça Eleitoral. Esses as-
pectos impactam na construção do Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais:
ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL
Lembre-se de que falamos que a Justiça Eleitoral possui algumas características 
que a singularizam. Por isso, meus caros, vamos apontar os principais traços desse 
ramo do Poder Judiciário:
• Justiça especializada – A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário 
especializado no julgamento de matérias relacionadas ao Direito Eleitoral. 
WESLEI MACHADO
Weslei Machado é Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE, cedido 
ao TJDFT; Assessor de Desembargador no TJDFT; Especialista em Di-
reito Constitucional – IDP; Professor de diversos cursos preparatórios 
para concursos em Brasília; Professor e Assessor do Curso de Direito 
da Universidade Católica de Brasília; Professor de Direito Eleitoral do 
Curso ATAME e do IDP; aprovado em 3º lugar no concurso público para 
Promotor de Justiça do MPE/AM (aguardando nomeação).
Autor
REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO
Prof. Weslei Machado
• Exercício de funções múltiplas (jurisdicional, administrativa, consul-
tiva e regulamentar) – Além do exercício da função típica jurisdicional, a 
Justiça Eleitoral exerce mais três funções, quais sejam: função administra-
tiva, que se revela, por exemplo, na organização e manutenção do cadastro 
eleitoral; função consultiva, caracterizada pela resposta a consultas eleitorais 
pertinentes à matéria eleitoral; e a função regulamentar, que se consubstan-
cia na expedição de normas – resoluções e instruções – destinadas a regula-
mentar a legislação eleitoral.
• Inexistência de corpo próprio de juízes: composição híbrida – A Jus-
tiça Eleitoral não possui um corpo próprio de juízes, sendo composta: na 1ª 
instância, por juízes estaduais e, na 2ª instância e instância superior, por 
membros de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados de notável saber 
jurídico e reputação ilibada.
• Periodicidade de investidura de juízes – Os membros da Justiça Eleitoral 
não são vitalícios. Vigora na sua organização o princípio da temporariedade 
do exercício das funções eleitorais. A Constituição Federal, ao tratar do tema, 
no seu art. 121, § 2º, estabeleceu que os juízes dos tribunais eleitorais, salvo 
motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de 
dois biênios consecutivos.
(CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Os juízes 
dos tribunais eleitorais são vitalícios, somente podendo perder o cargo por meio de 
decisão judicial transitada em julgado.
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REGIMENTO INTERNO DO TRE/BA – ESQUEMATIZADO
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RESPOSTA – Essa afirmação está incorreta, em razão de ser transitório o exercício 
de funções eleitorais pelos juízes. No Brasil, adotou-se o princípio da temporarie-
dade do exercício de funções eleitorais, excluindo-se, portanto, a possibilidade de 
juízes eleitorais vitalícios.
• Funcionamento ininterrupto das atividades – apesar de não haver elei-
ções todos os anos, a Justiça Eleitoral funciona de forma ininterrupta.
• Divisão territorial própria para fins eleitorais (circunscrições, zonas e 
seções) – a Justiça Eleitoral organiza-se da seguinte forma para o exercício 
de suas funções jurisdicionais:
TSE – jurisdição em todo o território nacional. A circunscrição em que o TSE 
exerce jurisdição é o País;
TRE’s – exercem jurisdição nos limites territoriais de um Estado. A circunscri-
ção eleitoral de um TRE limita-se ao Estado da Federação em que possui sua sede;
Juízes Eleitorais – as funções dos juízes são limitadas ao território da Zona. 
Assim, um Estado é dividido em Zonas e nelas os Juízes Eleitorais podem exercer 
seu papel jurisdicional.
Cuidado! As Seções Eleitorais não se referem a limites territoriais em que Juí-
zes ou Tribunais exercem suas funções. Uma seção eleitoral é uma divisão de elei-
tores para o exercício do voto.
• GARANTIAS DA MAGISTRATURA APLICADAS AOS JUÍZES ELEITO-
RAIS – a Constituição Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros 
de tribunais eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das Juntas Elei-
torais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, plenas garan-
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tias e a inamovibilidade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, 
§ 1º, da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, 
quais sejam: vitaliciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No 
entanto, somente essa última – inamovibilidade – se amolda a peculiar situa-
ção dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da 
seguinte análise: 
Vitaliciedade – os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para exer-cerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser reconduzidos, por 
um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado esse período, 
esses membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. Tra-
ta-se do princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais.
Irredutibilidade de subsídios – quem exerce funções de magistrado na Jus-
tiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão somente uma gratificação 
de representação e participação se participarem das sessões de julgamento 
do tribunal. Caso durante um mês não participem de nenhuma sessão, não 
receberão nenhuma retribuição da Justiça Eleitoral. Eis mais uma garantia da 
magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral.
Inamovibilidade – essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral, e os 
membros dessa Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis.
(CESPE/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2005) Os mem-
bros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no 
exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de plenas garantias e 
são inamovíveis.
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RESPOSTA – A afirmativa está correta e reproduz o texto do art. 121, § 1º, da 
CF. Entretanto, gostaríamos que você observasse bem a expressão “no que lhes for 
aplicável”, contida na questão. O significado dessa expressão se revela na possibi-
lidade de uma ou outra garantia da magistratura, em razão de uma situação pecu-
liar, não ser aplicada. E é justamente a situação peculiar dos membros da Justiça 
Eleitoral que impede a aplicação ampla e irrestrita de tais garantias.
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
Pois bem! Inicialmente, é importante destacar que a Justiça Eleitoral é um ramo 
do Poder Judiciário especializado na apreciação de feitos eleitorais. 
Essa Justiça especializada no julgamento de feitos eleitorais, conforme o art. 
118 da CF/88, compõe-se de: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais regionais elei-
torais, juízes eleitorais e juntas eleitorais. 
Estrutura da Justiça Eleitoral
Tribunal Superior Eleitoral
Tribunais Regionais Eleitorais
Juntas Eleitorais Juízes Eleitorais
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(CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Segundo 
a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional 
Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.
RESPOSTA – Essa assertiva está de acordo com a previsão normativa do art. 118 
da CF.
Dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, os 
tribunais regionais eleitorais e as juntas eleitorais são órgãos colegiados, ou seja, 
compostos por vários membros, enquanto os juízes eleitorais são órgãos monocrá-
ticos, aqueles nos quais a decisão se dá de forma singular.
Esses órgãos são organizados em instâncias para o exercício da função jurisdi-
cional. O Tribunal Superior Eleitoral compõe a instância especial ou extraordinária; 
os Tribunais Regionais Eleitorais compõem a 2ª instância; os Juízes e as Juntas 
Eleitorais compõem a 1ª instância da Justiça Eleitoral.
Caro aluno, os juízes e as juntas eleitorais compõem o mesmo grau de jurisdição e 
não existe vinculação jurisdicional entre eles no exercício de suas funções jurisdi-
cionais. Cada um deles possui atribuições próprias que não se confundem. Atribui-
ções essas que veremos, no momento oportuno, ao longo deste curso.
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Composição da Justiça Eleitoral
ÓRGÃO INSTÂNCIA TIPO DE ÓRGÃO
TSE SUPERIOR OU ESPECIAL COLEGIADO
TRE 2ª INSTÂNCIA COLEGIADO
JUNTA ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA COLEGIADO
JUIZ ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA MONOCRÁTICO
Agora, vamos ao Regimento Interno do TRE/BA. 
Poder normativo dos Tribunais para editarem seus Regimentos Internos
Os tribunais possuem autonomia para a organização dos seus serviços adminis-
trativos, bem como para dispor sobre a competência e o funcionamento dos seus 
órgãos jurisdicionais. No exercício dessa atribuição, é dada ao tribunal a possibili-
dade de criação de um Regimento Interno. “Esta atribuição constitucional decorre 
de sua independência em relação aos Poderes Legislativo e Executivo. Esse poder, 
já exercido sob a Constituição de 1891, tornou-se expresso na Constituição de 34, 
e desde então vem sendo reafirmado, a despeito dos sucessivos distúrbios insti-
tucionais. A Constituição subtraiu ao legislador a competência para dispor sobre a 
economia dos tribunais e a estes a imputou, em caráter exclusivo. Em relação à 
economia interna dos tribunais a lei é o seu regimento. O regimento interno dos 
tribunais é lei material. Na taxinomia das normas jurídicas o regimento interno dos 
tribunais se equipara à lei” (ADI 1.105-MC, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento 
em 3-8-94, DJ de 27-4-01).
Na elaboração do Regimento Interno, há limites e normas que os tribunais de-
vem observar. Trata-se das normas de processo, assim como das garantias pro-
cessuais. Essa disposição está contida no art. 96, inc. I, alínea a, da Constituição 
Federal.
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Mas o que são normas de processo e garantias processuais? 
Ao analisar esse tema, este foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal:
“Com o advento da Constituição Federal de 1988, delimitou-se, de forma mais 
criteriosa, o campo de regulamentação das leis e o dos regimentos internos dos 
tribunais, cabendo a estes últimos o respeito à reserva de lei federal para a edição 
de regras de natureza processual (CF, art. 22, I), bem como às garantias processu-
ais das partes, ‘dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos 
órgãos jurisdicionais e administrativos’ (CF, art. 96, I, a). São normas de direito 
processual as relativas às garantias do contraditório, do devido processo legal, dos 
poderes, direitos e ônus que constituem a relação processual, como também as 
normas que regulem os atos destinados a realizar a causa finalis da jurisdição. Ante 
a regra fundamental insculpida no art. 5º, LX, da Carta Magna, a publicidade se 
tornou pressuposto de validade não apenas do ato de julgamento do Tribunal, mas 
da própria decisão que é tomada por esse órgão jurisdicional.” (ADI 2.970, Rel. Min. 
Ellen Gracie, julgamento em 20-4-06, DJ de 12-5-06)
Pois bem, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia é formado por sete membros. 
Essa prescrição está contida no art. 120 da Constituição Federal: dois desembar-
gadores integrantes do TJ/BA; dois juízes de direito, vinculados ao TJ/BA; um juiz 
federal membro do TRF com sede na Capital do Estado; e dois advogados.
O Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia dispõe acerca do 
funcionamento do tribunal e da organização dos membros durante as sessões; tra-
duz as regras de distribuição processual; disciplina a competência do presidente e 
demais membros; e prescreve como se dará a substituição dos seus juízes mem-
bros em caso de ausências.
Passa-se à análise do Regimento Interno do TRE/BA e, nas partes de destaque, 
serão feitos comentários com a finalidade de elucidar a aplicação e as disposições 
do TRE/BA.
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Referência Legislativa
Constituição Federal
Art. 96. Compete privativamente:
I – aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância 
das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a com-
petência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionaise administrativos. 
Art. 1º Este Regimento estabelece a composição, a organização e o funcionamento do 
Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, bem como regula a instrução e o julgamento dos 
processos de sua competência privativa, originária e recursal.
TÍTULO I
DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DA BAHIA
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL
Seção I
Da Composição do Tribunal
Art. 2º O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, com sede na Capital, Salvador, e jurisdi-
ção em todo o território do Estado, compõe-se:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes escolhidos pelo Tribunal de Justiça, dentre juízes de direito;
II – de um juiz federal escolhido pelo Tribunal Regional Federal; 
III – de dois juízes, dentre seis advogados de notável saber jurídico, reputação ilibada 
e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Presidente da 
República.
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§ 1º Os juízes substitutos serão escolhidos pelo mesmo processo em número igual para 
cada categoria.
§ 2º Não podem ter assento no Tribunal pessoas que tenham entre si parentesco, ainda 
que por afinidade, até o quarto grau, excluindo-se, neste caso, a que tiver sido escolhida 
por último.
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos 
decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes no Tribunal, o cônjuge 
ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo 
registrado na circunscrição.
§ 4º Nas eleições municipais, o impedimento do juiz do Tribunal se restringe aos pro-
cessos oriundos do município em que o parente, até o segundo grau, concorra ao cargo 
de Prefeito, Vice-Prefeito ou Vereador.
Sede
O TRE/BA possui sede na capital do Estado da Bahia. Isso significa que o local fí-
sico, o prédio no qual os juízes do TRE/BA se reúnem para decidir as questões elei-
torais, está situado, atualmente, em Salvador, município. Caso a capital da Bahia 
fosse mudada, a sede do TRE/BA também seria, pois o RITRE/BA dispõe que a sede 
deve ser na capital do Estado, e não necessariamente no município de Salvador. 
Apesar de ter sua sede na capital do Estado, o TRE/BA exerce sua jurisdição em 
todo o Estado da Bahia.
Um esquema didático para facilitar o seu estudo: 
TRE
Sede na Capital do 
Estado e DF
Órgão colegiado 
de 2ª Instância
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PROCESSO DE ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE
Vamos, didaticamente, dividir o estudo da escolha de juízes do TRE:
a) escolha de juízes dentre desembargadores do TJ/BA e Juízes de Di-
reito da Justiça Estadual;
b) escolha de juiz federal pelo juiz do TRF/1ª Região;
c) escolha de juízes dentre advogados (ou juristas, como alguns prefe-
rem).
Escolha de Membros do TRE das Classes de Desembargador/
TJ/BA e Juiz de Direito/Justiça Estadual da Bahia
Os desembargadores do TJ/BA (2 juízes) e Juízes de Direito da Justiça Estadual 
da Bahia (2 juízes) são escolhidos para compor o TRE/BA em eleição, realizada 
no TJ/BA, na qual o voto é secreto (Art. 120, § 1º, inc. I, da CF). 
Art. 120. omissis
§ 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça.
Considerando que a escolha desses membros se dá por eleição, qualquer um 
dos desembargadores ou juízes de direito da Justiça Estadual da Bahia, indepen-
dente da escala de antiguidade, pode ser eleito para compor o TRE/BA.
Outra conclusão que se pode tirar da análise do processo de escolha desses ju-
ízes é que nele não há qualquer participação do Presidente da República.
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bros dos TRE’s são todos eles nomeados pelo presidente da República, entre cida-
dãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tribunal de justiça 
de cada estado da Federação.
RESPOSTA – A assertiva está incorreta. Nós veremos mais adiante que alguns 
juízes do TRE/BA, mais precisamente 2 deles, são nomeados pelo presidente da Re-
pública, dentre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
em lista tríplice pelo TJ/BA. Mas queremos chamar atenção ao fato de que nem to-
dos os juízes do TRE/BA são nomeados pelo Presidente da República. Os escolhidos 
pelos Tribunais não são nomeados pelo Presidente, e sim pelo respectivo Tribunal 
competente para a escolha.
Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são 
escolhidos os respectivos juízes substitutos, em número igual para cada uma das 
classes ou categorias. A escolha dos substitutos em igual número se faz necessá-
ria em razão da substituição dos juízes efetivos obedecer à classe/categoria a qual 
estão vinculados. Dessa forma, membros provenientes do TJ/BA, na qualidade de 
desembargadores, são substituídos por juízes substitutos escolhidos também entre 
os desembargadores do TJ/BA, sendo assim para as demais classes/categorias.
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Escolha de Membros do TRE da Classe do TRF/1ª Região
Como já vimos, para a escolha do membro do TRE, na classe do TRF/JF, há duas 
possibilidades:
a) Nos Estados onde houver Sede de TRF, é escolhido um juiz do TRF; 
b) Nos Estados onde não houver Sede de TRF, é escolhido um juiz federal.
Art. 120. Omissis
§ 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito 
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal 
Regional Federal respectivo.
Pois bem, agora eu gostaria que você prestasse bastante atenção no que vamos 
lhe ensinar. 
A escolha desse juiz do TRE/BA, na classe dos juízes federais, não ocor-
re por meio de eleição. A escolha é feita arbitrariamente pelo TRF sem 
qualquer tipo de eleição entre seus membros. 
Isso não é difícil de perceber após uma leitura cuidadosa do art. 120 da CF/88. 
Veja que a menção à necessidade de eleição, pelo voto secreto, somente se aplica 
às alíneas “a” e “b” do inc. I do referido artigo. Não se aplica, de maneira alguma, 
ao inc. II, o que desobriga o TRF/1ª Região de realizar qualquer eleição para a es-
colha de membro do TRE/BA. 
Escolha de Membros do TRE/BA da Classe dos Advogados
Compete ao Presidente da República nomear 2 (dois) juízes do TRE/BA da classe 
dos Advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurídico e ido-
neidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/BA (art. 120, § 1º, inc. III, da CF).
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§ 1º Os TRE’s compor-se-ão:
(...)
III – por nomeação, pelo presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados 
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ.
Aqui, oportuno se faz destacar algumas observações importantes. 
A primeira delas se refere ao fato de a CF exigir que a escolha de juízes do 
TRE/BA, na classe dos advogados, ocorra tão somente entre advogados, substi-
tuindo a expressão “cidadãos”, contida no art. 25, inc. III, do CE, pela nova expres-
são “advogados”, do art. 120, § 1º, inc. III, do seu texto.Ainda sobre as modificações do art. 25, inc. III, do CE, introduzidas pelo texto 
do art. 120, § 1º, inc. III, da CF, a nova redação substituiu a expressão “reputação 
ilibada” por “idoneidade moral”. Entretanto, essa alteração não modifica em nada o 
conteúdo do texto. Na verdade, “considera-se detentor de reputação ilibada aquele 
desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral, que é a quali-
dade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta”. Foi essa a resposta da Comissão 
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) à consulta formulada pelo então presi-
dente do Senado, senador Antônio Carlos Magalhães, no sentido de se aclarar o 
conceito constitucional de reputação ilibada. Ou seja, ambas as expressões cuidam 
da mesma coisa. 
Atentem ainda para o seguinte fato: a CF/88 não se refere a lista sêxtupla (in-
felizmente alguns autores ainda cometem esse erro), a menção a seis advogados 
se deve ao fato de haver duas vagas para essa classe. 
Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o TJ/BA encaminha uma lista trí-
plice ao Presidente da República, para que este proceda à nomeação. No entanto, 
esse encaminhamento não ocorre de forma direta do TJ/BA para o presidente da 
República. A lista tríplice é elaborada no TJ/BA e encaminhada ao TSE para homo-
logação dos nomes nela presentes (art. 25, § 1º, do CE). Caso o TSE entenda que 
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algum pretenso juiz não preenche as condições estabelecidas na CF (notável saber 
jurídico e idoneidade moral), poderá solicitar ao TJ/BA que faça a substituição do 
candidato. Caso a Corte Suprema Eleitoral entenda presentes em todos os candi-
datos os requisitos constitucionais, procede ao encaminhamento da lista tríplice ao 
Presidente da República.
Uma vez elaborada pelo TJ/BA e homologada pelo TSE, o Presidente da República 
não poderá recusar a lista tríplice, devendo sua escolha recair, obrigatoriamente, 
entre um dos advogados nela constante.
LISTA TRÍPLICE
COMPETENTE PARA 
SUA ELABORAÇÃO
REQUISITOS 
NECESSÁRIOS 
RESPONSÁVEL PELA 
NOMEAÇÃO 
TJ/BA IDONEIDADE MORAL
NOTÁVEL SABER JURÍDICO
PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA
Outra importante observação se relaciona com a ausência da OAB no processo 
de escolha dos juízes do TRE/BA da classe dos Advogados. Com efeito, a lista trípli-
ce levada ao Presidente da República para escolha de juízes do TRE/BA é elaborada 
única e exclusivamente pelo tribunal competente; nesse caso, o TJ/BA, sem qual-
quer participação da OAB/BA.
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Direto do STF
Jurisprudência do STF – “Tribunal Regional Eleitoral. Juízes da classe de Ad-
vogados. Artigos 120, § 1º, inc. III, e 94, parágrafo único, da Constituição. Com-
pete exclusivamente ao Tribunal de Justiça do Estado a indicação de advogados, 
para composição de Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do art. 120, § 1º, inc. 
III, da Constituição, sem a participação, portanto, do órgão de representação da 
respectiva classe, a que se refere o parágrafo único do art. 94, quando trata da 
composição do quinto nos Tribunais Regionais Federais, dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios.” (MS 21.060, DJ de 23.8.1991)
Cumpre-nos, ainda, fazer duas importantes observações. 
A primeira é que a permissão dada aos ministros do TSE da classe dos advo-
gados de continuarem exercendo a advocacia, vedado apenas o seu exercício nos 
tribunais eleitorais, também é aplicável aos juízes do TRE/BA, de idêntica classe. 
O motivo é também de ordem financeira e se revela no fato de tais membros, no 
exercício da magistratura no TRE/BA, receberem apenas uma gratificação de pre-
sença e representação e mais nada. 
Direto do STF
Jurisprudência do STF – “Art. 20, inciso II - incompatibilidade da advocacia 
com membros de órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformidade a 
afastar da sua abrangência os membros da Justiça Eleitoral e os juízes suplentes 
não remunerados”. (ADI nº 1127 MC /DF. Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal Pleno. 
DJ 29.6.01)
A segunda, a exemplo do que ocorre com os membros do TSE na classe dos 
advogados, revela-se na desnecessidade de os juízes do TRE/BA, da classe dos 
advogados, cumprirem, ao término de sua atuação no Tribunal, a “quarentena” 
estabelecida no art. 95, parágrafo único, inc. V, da CF:
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Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
(...)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
(...)
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três 
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (incluído pela Emenda 
Constitucional nº45, de 2004).
Direto do TSE
Jurisprudência do TSE – QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITORAL. 
CLASSE JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICA-
BILIDADE. A restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da Constituição não 
se aplica aos ex-membros de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas.
2. Questão de ordem resolvida. (PET 3020, TSE)
Por último, mas não menos importante, tem-se que o processo de escolha dos 
juízes substitutos do TRE/BA é idêntico ao dos juízes efetivos, ou seja, para os ju-
ízes substitutos oriundos da advocacia, dá-se a nomeação do Presidente da Repú-
blica a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/BA.
Agora que já explicamos o processo de escolha de todas as classes de juízes 
do TRE/BA, vamos a um quadro-resumo para facilitar seu estudo e encerrar este 
assunto.
JUÍZES DO TRE/BA – (PROCESSO DE ESCOLHA)
ESCOLHIDOS QUEM ESCOLHE FORMA DE ESCOLHA
02 DESEMBARGADORES DO TJ/BA TJ/BA ELEIÇÃO PELO
VOTO SECRETO
02 JUÍZES DE DIREITO TJ/BA ELEIÇÃO PELO
VOTO SECRETO
01 JUIZ FEDERAL TRF/1ª Região ESCOLHA ARBITRÁRIA
02 ADVOGADOS PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA
LISTA TRÍPLICE ELABORADA 
PELO TJ/BA
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Composição dos TRE’s
A composição do TRE é norma reproduzida do art. 120 da CF/88: 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito 
Federal.
§ 1º – Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito 
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal 
Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados 
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
E também do art. 25 do CE: 
Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; 
b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal 
de Recursos; e 
III – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
Esquematicamente, podemos representar a composição do TRE da seguinte 
forma:
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COMPOSIÇÃO DO TRE
Presidente
Desembargador do TJ/BA
Art. 120, § 2º, CF/88
Vice-Presidente
Desembargador do TJ/BA
Art. 120, § 2º, CF/88Juiz Federal
Art. 120, § 1º, inc. II, CF/88
Juiz de Direito
Art. 120, § 1º, inc. 
I, alínea ‘b’ da CF/88
Advogado 
Art. 120, § 1º, inc. 
III, CF/88
Juiz de Direito
Art. 120, § 1º, inc. I, 
alínea ‘b’, CF/88
Advogado 
Art. 120, § 1º, inc. IIII, CF/88
Juiz Federal do TRE/BA – Juiz do TRF/1ª Região ou do 1º Grau de Juris-
dição da Justiça Federal no Estado do Bahia?
Analisando a composição dos TRE’s, podemos afirmar, ainda, que todos eles 
terão sete juízes. No entanto, não podemos afirmar que haverá identidade na sua 
composição sob o aspecto qualitativo. Em alguns TRE’s, teremos dois desembarga-
dores do TJ, dois juízes de direito, dois advogados e um juiz do TRF (2ª instância da 
Justiça Federal), enquanto em outros, no lugar desse último membro – juiz do TRF 
–, haverá um juiz federal (1ª instância da Justiça Federal). E por que isso acontece?
A resposta é muito simples. Nós sabemos que existem apenas 5 (cinco) Tribu-
nais Regionais Federais no Brasil, cada um deles representando uma região. 
Lembre-se agora que o art. 120, § 1º, inc. II, da CF, afirma que, nos Estados 
onde houver sede de TRF, um juiz desse tribunal será escolhido para compor o 
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respectivo TRE. Logo, o TRE-DF, TRE-RJ, TRE-SP, TRE-RS e TRE-PE (sedes de TRF) 
possuem em suas respectivas composições um juiz do TRF (órgão de 2ª instância 
da Justiça Federal). De modo diverso, nos demais TRE’s, onde não há sede de TRF, 
no lugar do juiz de TRF, temos, necessariamente, um juiz federal (órgão de 1ª ins-
tância da Justiça Federal).
O Estado da Bahia não é sede de Tribunal Regional Federal. Portanto, o juiz fe-
deral que integra o TRE/BA é juiz da 1ª instância da Justiça Federal no Estado da 
Bahia.
VEDAÇÕES À ESCOLHA DOS MEMBROS DO TRE
As vedações expressas no Código Eleitoral aplicáveis aos juízes do TRE estão 
elencadas no art. 25, §§ 6º e 7º, do CE e também reproduzidas nesse artigo do 
Regimento Interno.
A primeira delas, constante no art. 25, § 6º, do CE, afirma que não podem fazer 
parte do TRE/BA pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, 
até o 4º grau, excluindo-se, nesse caso, a que tiver sido escolhida por últi-
mo. Essa vedação se aplica a todos os juízes do TRE/BA, não importando a classe/
categoria do juiz. 
Para não termos dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, vamos a um 
caso prático. 
Hipótese didática
O Desembargador “A” é nomeado para juiz do TRE/BA. Após algum tempo, seu 
cunhado “B” é nomeado juiz federal e escolhido para compor o mesmo TRE/BA. 
Isso é possível? CLARO QUE NÃO. Enquanto o juiz “A”, da classe dos desembar-
gadores do TJ/BA, estiver no TRE/BA, seu cunhado “B”, juiz federal, não poderá 
compor o TRE/BA.
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A outra vedação (art. 25, § 7º, do CE) afirma que a escolha desses membros 
não poderá recair naquele que esteja nas seguintes situações:
a) ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão);
b) seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, 
privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; 
c) exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. 
Para finalizar, temos que ambas as vedações são aplicáveis tanto aos membros 
efetivos quanto aos membros substitutos do TRE.
Seção II
Do Presidente e do Vice-Presidente
Subseção I
Da Eleição e da Posse
Art. 3º O Tribunal, mediante eleição secreta, elegerá o Presidente dentre os juízes da 
classe de desembargador, cabendo ao outro a Vice-Presidência.
§ 1º Efetuar-se-á a eleição com a presença de seis juízes efetivos, no mínimo.
§ 2º Caso não haja número legal, realizar-se-á a eleição na sessão seguinte, partici-
pando da votação, nesta hipótese, os juízes efetivos presentes, qualquer que seja o seu 
número.
§ 3º Será considerado eleito o que obtiver maioria absoluta de votos; se nenhum al-
cançar essa votação, proceder-se-á ao segundo escrutínio, sendo considerado eleito o 
mais votado. Havendo empate no segundo escrutínio, considerar-se-á eleito o juiz mais 
antigo no Tribunal e, se igual a antiguidade, o mais idoso.
Art. 4º O Presidente eleito assumirá imediatamente as funções, lavrando-se o termo de 
posse.
Art. 5º O mandato terá a duração de um biênio, que será contado a partir da data da 
posse, vedada a reeleição.
Art. 6º Vagando o cargo de Presidente e faltando mais de sessenta dias para o término 
do biênio, proceder-se-á à eleição do sucessor.
Parágrafo único. Assumirá interinamente a Presidência, até a realização de nova eleição, 
o Vice-Presidente.
Art. 7º O Vice-Presidente substituirá o Presidente nas suas faltas e impedimentos, en-
quanto aquele será substituído pelo Corregedor Regional Eleitoral e, quando acumular 
as duas funções, pelo juiz mais antigo no Tribunal.
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PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE
Os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do TRE estão definidos 
no art. 120, § 2º, da CF. Segundo esse dispositivo constitucional, o TRE elegerá seu 
Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores do TJ que dele fazem 
parte. Considerando que temos dois desembargadores na composição do TRE, um 
deles sempre será o presidente, cabendo ao outro a vice-presidência. 
Escolha do Presidente e Vice-Presidente do TRE/BA
Segundo o RITRE/BA, o Tribunal elegerá seu presidente e vice-presidente entre 
os desembargadores do TJ, para servir por dois anos, contados da posse. 
Por sua vez, em razão da omissão constitucional, a escolha do Corregedor Re-
gional Eleitoral fica a cargo do Regimento Interno. No caso do RITRE/BA, caberá ao 
Vice-Presidente o exercício da função de Corregedor Regional Eleitoral do TRE/BA. 
Trata-se de exercício cumulativo de cargo. Assim temos:
Juiz/CLASSE CARGO NO TRE/BA
Desembargador do TJ PRESIDENTE
Desembargador do TJ VICE-PRESIDENTE
Desembargador do TJ que exerça a 
função de Vice-Presidente CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL
Subseção II
Das Atribuições
Art. 8º Compete ao Presidente do Tribunal:
I – presidir as sessões do Tribunal, colher os votos e proclamar o resultado;
II – participar das discussões e dos julgamentos, bem como proferir votos em 
todos os processos de competência da Corte, sejam judiciais ou administrativos;
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III – convocar sessões extraordinárias;
IV – manter a ordem e exercer o poder de polícia nas sessões e no edifício do 
Tribunal, adotando as providências que julgar oportunas;
V – zelar pelo decoro do Tribunal, determinando as medidas processuais cabí-
veis quando a parte ou seus patronos se excederem em atos contrários à dignidade 
da Justiça;
VI – assinar as atas das sessões, depois de aprovadas;
VII – assinar os termos de posse dos juízes do Tribunal;
VIII – convocar os juízes substitutos;
IX – justificar as faltas dos membros do Tribunal;
X – submeter à apreciação do Tribunal Superior Eleitoral o afastamento tempo-
rário de juízes do Tribunal, do exercício dos cargos de origem;
XI – comunicar aos Tribunais competentes o afastamento concedido aos seus 
membros e aos juízes eleitorais, na forma do disposto no inciso XXVI do art. 32;
XII – estabelecer escala dos juízes do Tribunal para atender ao plantão judiciá-
rio;
XIII – ordenar a distribuição dos feitos;
XIV – exercer o juízo de admissibilidade dos recursos interpostos contra as de-
cisões do Tribunal, quando for o caso;
XV – apreciar pedido de medida cautelar em recurso especial pendente de juízo 
de admissibilidade;XVI – decidir o pedido de carta de sentença;
XVII – decidir pedido de suspensão de execução de tutela antecipada e de 
execução de sentença com efeitos imediatos concedidos contra pessoa jurídica de 
direito público;
XVIII – analisar pedido de parcelamento de multa eleitoral aplicada pelo Tribu-
nal e determinar a remessa de peças processuais à Procuradoria da Fazenda Nacio-
nal para inscrição na Dívida Ativa da União;
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XIX – cumprir e fazer cumprir as deliberações do Tribunal, ressalvada a compe-
tência do relator;
XX – mandar publicar, no prazo legal, a relação dos candidatos que tiveram re-
querimento de registro protocolado regularmente perante o Tribunal; 
XXI – nomear os membros das juntas eleitorais, depois de aprovados seus no-
mes pelo Tribunal, e designar-lhes as respectivas sedes;
XXII – assinar os diplomas dos eleitos para os cargos de Governador, Vice-Go-
vernador, Senador, Deputado Federal e Estadual e dos suplentes;
XXIII – comunicar a diplomação de militar à autoridade a que esteja subordi-
nado;
XXIV – propor a data e as instruções das eleições suplementares;
XXV – designar, por delegação do Tribunal, juiz de direito para a função de juiz 
eleitoral, inclusive no caso de substituição;
XXVI – superintender os serviços da Secretaria do Tribunal e dos cartórios elei-
torais, ministrando aos juízes as devidas instruções;
XXVII – baixar atos para execução do Regulamento da Secretaria;
XXVIII – fixar o horário do expediente da Secretaria;
XXIX – prorrogar ou suspender os prazos, mediante ato administrativo devida-
mente publicado na imprensa oficial, em decorrência de interrupção ou suspensão 
extraordinária do expediente da Secretaria;
XXX – abrir concurso público para o provimento dos cargos da Secretaria e dos 
cartórios das zonas eleitorais e submeter à aprovação do Tribunal os nomes dos 
componentes da respectiva comissão;
XXXI – nomear, empossar, exonerar, demitir e aposentar, nos termos da lei, os 
servidores do quadro da Secretaria do Tribunal e dos cartórios das zonas eleitorais, 
declarando, também, a vacância dos cargos efetivos;
XXXII – prover os cargos em comissão e as funções comissionadas do quadro 
da Secretaria do Tribunal e dos cartórios das zonas eleitorais; 
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XXXIII – prover, por indicação do Corregedor, as funções comissionadas e os 
cargos em comissão que integram a estrutura da Corregedoria Regional Eleitoral;
XXXIV – conceder aos servidores do quadro da Secretaria do Tribunal e dos 
cartórios das zonas eleitorais adicional de insalubridade, periculosidade ou ativida-
de penosa, remoção, bem como licença por motivo de afastamento do cônjuge ou 
companheiro, para tratar de interesses particulares e para desempenho de manda-
to classista;
XXXV – aplicar penas disciplinares aos servidores; 
XXXVI – julgar, em grau de recurso, os atos do Diretor-Geral;
XXXVII – aprovar e encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral a proposta orça-
mentária anual e plurianual;
XXXVIII – solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a abertura de crédito adicional 
suplementar;
XXXIX – aplicar aos fornecedores ou executores de obras e serviços, quando 
inadimplentes, as penalidades e proibições previstas em lei;
XL – submeter ao Tribunal a Tomada de Contas Anual;
XLI – instaurar o processo de tomada de contas especial, bem como dispensá-
-lo, quando for o caso;
XLII – apresentar ao Tribunal, na sessão inaugural de cada ano, relatório das 
atividades jurisdicionais e administrativas do exercício anterior;
XLIII – representar o Tribunal nas solenidades e atos oficiais, podendo delegar 
essa função a um dos membros do colegiado;
XLIV – delegar atribuição em matéria administrativa;
XLV – promover a apuração imediata dos fatos que tiver ciência sobre irregula-
ridade atribuída a juiz do Tribunal, obedecidas as regras do devido processo legal, 
determinando o arquivamento de plano quando o fato revelado não configurar in-
fração disciplinar ou ilícito penal;
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XLVI – instaurar e processar sindicância contra juiz do Tribunal, garantidas a 
ampla defesa e o contraditório, submetendo o relatório conclusivo à apreciação do 
colegiado;
XLVII – relatar proposta de abertura de processo administrativo disciplinar con-
tra juiz do Tribunal;
XLVIII – votar no julgamento de proposta de instauração de processo adminis-
trativo disciplinar contra juiz eleitoral;
XLIX – votar no julgamento de processo administrativo disciplinar contra juiz do 
Tribunal e juiz eleitoral;
L – praticar ato reputado urgente, inserido na competência privativa do Tribu-
nal, submetendo-o, na primeira sessão plenária, ao referendo do colegiado.
Seção III
Do Corregedor Regional Eleitoral
Art. 9º O Corregedor Regional Eleitoral será escolhido, por escrutínio secreto, 
dentre os juízes do Tribunal, exceto o Presidente; o Vice-Presidente, se eleito, acu-
mulará as duas funções.
Art. 10. Aplicam-se à eleição do Corregedor, no que couber, os dispositivos per-
tinentes à eleição do Presidente.
Art. 11. O Corregedor, que exerce as suas funções cumulativamente com as de 
juiz do Tribunal, terá jurisdição em todo o Estado.
Parágrafo único. O Corregedor será substituído, nas suas férias, licenças, faltas 
ou impedimentos, pelo juiz mais antigo do Tribunal.
Art. 12. Ao Corregedor incumbem a inspeção e a correição dos serviços eleito-
rais do Estado e especialmente:
I – cumprir e fazer cumprir as determinações do Tribunal, no âmbito de sua 
competência;
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II – velar pela fiel execução das leis e das instruções, pela boa ordem e
celeridade dos serviços eleitorais;
III – verificar se os juízes eleitorais, membros de juntas eleitorais e servidores 
das zonas eleitorais mantêm exação no cumprimento dos seus deveres;
IV – orientar os juízes eleitorais sobre a regularidade dos serviços nos respecti-
vos juízos e cartórios;
V – expedir provimentos e demais atos normativos necessários ao bom e regu-
lar funcionamento dos serviços eleitorais sob sua supervisão;
VI – determinar e fiscalizar os serviços a serem executados pelos servidores 
da Corregedoria, podendo incumbi-los de quaisquer verificações nos cartórios das 
zonas eleitorais, respeitada a competência dos respectivos juízes;
VII – verificar se são observados, nos processos e atos eleitorais, os prazos 
legais, se há ordem e regularidade nos papéis e nos registros de tramitação de 
expedientes e processos, bem como se os livros estão devidamente escriturados e 
conservados de modo a serem preservados de perda, extravio ou qualquer dano;
VIII – supervisionar, orientar e fiscalizar os serviços de alistamento, regulariza-
ção de situação de eleitor e administração e manutenção do cadastro eleitoral do 
Estado;
IX – verificar se os Oficiais de Registro Civil comunicam à Justiça Eleitoral, com 
a regularidade prevista em lei, os óbitos ocorridos nas respectivas jurisdições, pro-
cedendo contra os infratores;
X – supervisionar, orientar e fiscalizar os procedimentos relativos ao encami-
nhamento de dados de filiação pelos partidos políticos; 
XI – verificar, no âmbito de sua jurisdição, se há erros, abusos ou irregularida-
des que devam ser corrigidos, determinando, por provimento, as necessárias me-
didas para que sejam sanadas as ocorrências;
XII – convocar juiz eleitoral para prestar informações de interesse da Justiça 
Eleitoral;
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des na propaganda partidária, na modalidade de inserções;
XIV – verificar se as denúncias relativas a crimes eleitorais já oferecidas têm 
curso normal;
XV – determinar a correição nas representações, reclamações e demais proce-
dimentos que lhe forem submetidos;
XVI – levar ao conhecimento do Tribunal, do Presidente ou do juiz competen-
te, os assuntos eleitorais pertinentes a fatos ou providências que escapem à sua 
competência, bem como a ocorrência de falta grave ou procedimento que não lhe 
couber corrigir dentro de suas atribuições;
XVII – delegar a função correicional a juiz eleitoral, em casos especiais, fixando 
o prazo respectivo para a conclusão dos trabalhos delegados;
XVIII – promover a apuração imediata dos fatos que tiver ciência sobre irregu-
laridade atribuída a juiz eleitoral, observadas as regras do devido processo legal, 
determinando o arquivamento de plano quando o fato revelado não configurar in-
fração disciplinar ou ilícito penal;
XIX – instaurar e processar sindicância contra juiz eleitoral, garantidos a ampla 
defesa e o contraditório, submetendo o relatório conclusivo à apreciação do Tribu-
nal;
XX – relatar proposta de abertura de processo administrativo disciplinar contra 
juiz eleitoral;
XXI – votar no julgamento de proposta de instauração de processo administra-
tivo disciplinar contra juiz eleitoral;
XXII – votar no julgamento de processo administrativo disciplinar contra juiz 
eleitoral;
XXIII – receber, processar e julgar as reclamações e representações contra ser-
vidor requisitado lotado em cartório eleitoral e oficial de justiça, aplicando, confor-
me a gravidade da falta, as penalidades de advertência ou de suspensão, até trinta 
dias, mediante instauração de procedimento disciplinar;
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XXIV – conhecer, processar e relatar as reclamações e representações formula-
das contra os juízes eleitorais;
XXV – conhecer, processar e relatar ação de investigação para apurar o uso 
indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou a 
utilização indevida de veículo ou meio de comunicação social, em benefício de can-
didato ou partido político, nas eleições federais e estaduais;
XXVI – instruir e submeter ao Tribunal processos relativos à correição e revisão 
eleitoral;
XXVII – comunicar ao Presidente do Tribunal a sua ausência, quando se locomo-
ver, em correição, para qualquer zona fora da Capital;
XXVIII – apresentar ao Tribunal e à Corregedoria-Geral Eleitoral, no mês de 
dezembro de cada ano, relatório de suas atividades durante o respectivo exercício, 
acompanhado de elementos elucidativos e sugestões do interesse da Justiça Elei-
toral;
XXIX – solicitar ao Presidente, motivadamente, a designação, pelo Tribunal de 
Justiça do Estado da Bahia, de até dois juízes de direito para auxiliar nos atos re-
lativos à instrução processual dos feitos judiciais e administrativos eleitorais e na 
realização de correição cartorária nas zonas eleitorais, de competência exclusiva do 
Corregedor Regional Eleitoral, pelo prazo de um ano, renovável por igual período, 
a critério do Tribunal cedente;
XXX – levar ao conhecimento da Procuradoria Regional Eleitoral e da Corregedo-
ria-Geral do Ministério Público do Estado da Bahia fatos que tiver ciência sobre irre-
gularidade atribuída a promotor eleitoral, para a adoção das providências cabíveis;
XXXI – exercer quaisquer outras atribuições fixadas em lei, instruções e demais 
normas supletivas ou complementares, baixadas pelos órgãos competentes.
§ 1º Na hipótese do inciso XXIX, havendo necessidade de deslocamento, o pa-
gamento de diárias será custeado por este Tribunal, observada dotação orçamen-
tária específica.
§ 2º Nas diligências que realizar, o Corregedor poderá solicitar o comparecimen-
to do Procurador Regional Eleitoral. 
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Seção IV
Do Ouvidor Regional Eleitoral
Art. 13. O Ouvidor e o seu substituto serão escolhidos, por escrutínio secreto, 
dentre os juízes do Tribunal, exceto o Presidente e o Corregedor, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução, por igual período.
Parágrafo único. O Ouvidor exercerá a direção das atividades da Ouvidoria Re-
gional Eleitoral de acordo com regulamento específico, podendo baixar regras com-
plementares dispondo sobre procedimentos internos.
Seção V
Da Escola Judiciária Eleitoral
Art. 14. A Escola Judiciária Eleitoral é unidade administrativa ligada à Presidên-
cia do Tribunal.
Parágrafo único. A escolha dos seus dirigentes e suas atribuições, bem como a 
estrutura e organização dos serviços da unidade serão definidos em regulamento 
específico.
Seção VI
Do Núcleo de Cooperação Judiciária
Art. 15. A cooperação judiciária será conduzida pelo Núcleo de Cooperação Judi-
ciária, em conformidade com as diretrizes estabelecidas por Tratados e Convenções 
Internacionais subscritas pela República Federativa do Brasil, pelo Conselho Nacio-
nal de Justiça, pelo Tribunal Superior Eleitoral e por este Tribunal.
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§ 1º O Núcleo de Cooperação Judiciária, órgão diretamente vinculado à Presi-
dência do Tribunal, será dirigido por um Juiz Cooperador. 
§ 2º O Juiz Cooperador e o seu substituto serão eleitos pelo Plenário do Tribunal 
entre os seus membros, exceto o Presidente e o Corregedor, para mandato de dois 
anos, permitida a recondução, por igual período.
§ 3º O Núcleo de Cooperação Judiciária terá as atribuições definidas em resolu-
ção específica editada pelo Tribunal.
Seção VII
Dos Juízes do Tribunal
Art. 16. Os juízes do Tribunal, no exercício de suas funções e no que lhes for 
aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.
Art. 17. Os juízes do Tribunal, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamen-
te por dois anos, permitida uma recondução.
§ 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o 
desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do § 3º do art. 2º.
§ 2º O tempo de atuação como juiz efetivo não será considerado para fins
de cômputo dos biênios como juiz substituto.
§ 3º Compete ao Tribunal a apreciação da justa causa para dispensa da
função eleitoral.
Referência Legislativa
Constituição Federal
Art. 121. Omissis
(...)
§ 2º – Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, 
no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhi-
dos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
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Código Eleitoral
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoria-
mente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas forma-
lidades indispensáveis à primeira investidura. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 
4.961, de 4.5.1966)
Res.-TSE n. 20.958/2001
Art. 1º omissis
§ 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o desconto 
do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do parágrafo seguinte. 
§ 2º Não poderão servir como juízes nos tribunais regionais, desde a homologação da 
respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, o cônjuge, o parente 
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo estadual ou 
federal, no Estado respectivo. 
TEMPORALIDADEDO MANDATO DOS MEMBROS DO TRE/BA
Na Justiça Eleitoral, em detrimento à garantia da vitaliciedade, aplica-se o prin-
cípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais, ou seja, todos os seus 
membros – integrantes do TSE ou TRE, juiz eleitoral ou componente de junta elei-
toral – exercem a função eleitoral por um período determinado de tempo. 
Para os juízes dos tribunais eleitorais – TSE e TRE –, esse período de tempo de 
exercício das funções eleitorais está expressamente determinado no art. 121, § 2º, 
nos seguintes termos:
Art. 121. Omissis
§ 2º – Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, 
no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhi-
dos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
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Portanto, os juízes do TRE/BA são escolhidos para exercerem as funções eleito-
rais por um período de, no mínimo, 2 anos (um biênio), somente podendo se afas-
tar antes do término do mandato em razão de um motivo justificado. 
Recondução
Em casos de recondução os membros do TRE/BA devem submeter-se ao mes-
mo processo de escolha originário: se membros provenientes do TJ/BA deverão ser 
eleitos, por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribunais; se membro da 
Justiça Federal, designado pelo TRF/1ª Região; se membros provenientes da advo-
cacia deverão ser nomeados pelo presidente da República a partir de lista tríplice 
elaborada pelo TJ/BA.
Biênios
Os juízes do TRE/BA, e seus substitutos, salvo motivo justificado, servirão obri-
gatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Biênio 
é o período de 2 (dois) anos.
Hipótese didática
Imagine, por hipótese, que em janeiro de 2012 o cidadão X se torne juiz efetivo 
do TRE/BA. Passados dois anos (2012 - 2013), finda o seu biênio obrigatório, tam-
bém chamado 1º biênio. A partir daí, poderá ele ainda exercer um 2º biênio (2014 
- 2015) sem que haja qualquer impedimento. Agora, findo os dois biênios, um 3º 
biênio (2016 – 2017) está vedado.
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Ainda sobre a contagem de número de biênios, cumpre salientar que é conside-
rado consecutivos dois biênios quando entre eles houver tido interrupção inferior a 
dois anos.
Por fim, uma vez exaurida qualquer possibilidade de recondução ao cargo de 
juiz do TRE/BA (exercício de dois biênios), terá o cidadão que aguardar para re-
tornar a esse Órgão, na mesma classe ou em classe diversa, o prazo de dois anos 
do término do 2º biênio. Esse prazo, no entanto, poderá ser reduzido em caso de 
inexistência de outros juízes que preencham os requisitos legais.
Art. 18. Nenhum juiz efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma ou em classe 
diversa, após servir por dois biênios consecutivos, salvo se transcorridos dois anos do 
término do segundo biênio.
§ 1º Para os efeitos deste artigo, consideram-se também consecutivos dois biênios, 
quando, entre eles, tenha havido interrupção inferior a dois anos.
§ 2º Ao juiz substituto, enquanto nessa categoria, aplicam-se as regras deste artigo; 
entretanto, poderá vir a integrar o Tribunal como efetivo, sem limitar-se essa investidu-
ra pela condição anterior de juiz substituto.
Art. 19. Ao magistrado e ao advogado que tenha integrado o Tribunal como juiz efetivo 
ou substituto, é vedado nele exercer a advocacia, antes de decorridos três anos do afas-
tamento do cargo por aposentadoria, exoneração ou término do biênio.
Art. 20. Até trinta dias antes do término do biênio de juiz pertencente às classes da 
magistratura estadual e federal, ou imediatamente após a vacância do cargo por motivo 
diverso, o Presidente comunicará a ocorrência ao Tribunal competente para a escolha, 
esclarecendo, no primeiro caso, tratar-se de primeiro ou segundo biênio.
Art. 21. Até noventa dias antes do término do biênio de juiz pertencente à classe de 
advogado, ou imediatamente após a vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente 
comunicará a ocorrência ao Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice, escla-
recendo, no primeiro caso, tratar-se de primeiro ou segundo biênio.
Parágrafo único. A lista tríplice será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral, instru-
ída com os documentos previstos na regulamentação de regência.
Término de Biênio: Prazo para Início do Processo de Escolha
Para viabilizar a escolha de um novo juiz, há algumas disposições regimentais 
referentes a prazo que devem ser observadas pelo Tribunal.
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Até trinta dias antes do término do biênio de juiz das classes de magistrado, 
ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente 
do tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a escolha, esclarecendo, 
naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 
Até noventa dias antes do término do biênio de juiz da classe dos advogados, 
ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente do 
tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice, 
esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 
JUÍZES DO TRE/BA INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA
MAGISTRADOS DE CARREIRA 30 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO
CLASSES DOS ADVOGADOS NOVENTA DIAS ANTES DO TÉRMINO DO 
BIÊNIO
Art. 22. Nos casos previstos neste Regimento, a antiguidade regular-se-á, su-
cessivamente:
I – pela posse no Tribunal;
II – pela nomeação ou eleição;
III – pela idade.
Parágrafo único. Havendo recondução, será considerada, para efeito de antigui-
dade, a data da primeira investidura, ainda que haja interrupção do exercício.
Art. 23. Perderá automaticamente a jurisdição eleitoral o magistrado que deixar 
de ocupar o cargo de origem ou que terminar o biênio.
Art. 24. Os juízes do Tribunal e o Procurador Regional Eleitoral fazem jus à gra-
tificação, devida por sessão a que efetivamente comparecerem, não cabendo a sua 
percepção por motivo de férias, licença de qualquer natureza ou falta.
§ 1º Ao Presidente é devida a gratificação de presença quando não puder com-
parecer às sessões em virtude de estar representando o Tribunal perante os demais 
Poderes e autoridades.
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§ 2º Estando o Presidente impossibilitado de representar a Corte, o juiz do Tri-
bunal que o substituir faz jus à gratificação.
§ 3º O Corregedor, o Ouvidor, o Juiz Cooperador e o Diretor da Escola Judiciária 
Eleitoral, se juiz do Tribunal, quando impossibilitados de comparecer às sessões, 
em virtude de sua atuação, fazem jus à gratificação de presença.
§ 4º O juiz auxiliar, de que trata o art. 31, faz jus à gratificação mensal pelo 
exercício de suas funções, na forma estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Subseção I
Da Posse e dos Afastamentos
Art. 25. A posse dos juízes do Tribunal realizar-se-á dentro do prazo de trinta 
dias da escolha, da publicação oficial da nomeação ou da vacância do cargo, o que 
ocorrer por último, e dar-se-á, mediante compromisso, perante o Tribunal, lavran-
do-se o termo competente.
§ 1º Os juízes efetivos e substitutos prestarão o seguinte compromisso: 
“Prometo bem e fielmente desempenhar os deveres do meu cargo de juiz do 
Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição e 
as leis da República e pugnando sempre pelo prestígio e respeitabilidade da Justiça 
Eleitoral”.
§ 2º Excepcionalmente, a posse poderá ocorrer perante o Presidente.
§ 3º Quando a reconduçãose operar antes do término do primeiro biênio, não 
haverá nova posse, sendo suficiente o apostilamento no termo da investidura ini-
cial.
§ 4º O prazo para a posse poderá ser prorrogado, pelo Tribunal, por até trinta 
dias após o término do prazo previsto no caput, desde que assim o requeira, moti-
vadamente, o juiz a ser empossado.
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Comentários
Os juízes efetivos e os substitutos tomarão posse perante o Tribunal, obrigan-
do-se uns e outros, por compromisso formal, a bem cumprir os deveres do cargo, 
de conformidade com a Constituição, as leis da República e o Regimento Interno 
do TRE/BA.
A posse de um juiz, independendo da classe, ocorre perante o Tribunal em ses-
são plenária, dentro do prazo de até 30 dias após a publicação do ato de nomea-
ção. De outro modo, como o juiz substituto somente participa eventualmente das 
sessões do Tribunal, decidiu o RITRE/BA que sua posse se dá perante o presidente 
do Tribunal e, em geral, ocorre no próprio gabinete do Presidente.
Entretanto, o RITRE/BA autorizou, excepcionalmente, a realização do ato de 
posse perante o Presidente do TRE/BA.
Art. 26. Os juízes do Tribunal da classe de magistrado serão afastados automati-
camente, pelo mesmo prazo, quando obtiverem, nos seus cargos de origem, férias, 
licença ou afastamento.
Parágrafo único. Cabe ao juiz do Tribunal, efetivo e substituto, comunicar à Cor-
te os seus afastamentos, bem como as ausências eventuais. 
Art. 27. Durante o processo eleitoral, mediante aprovação do colegiado e repre-
sentação do Presidente ao Tribunal Superior Eleitoral, os juízes do Tribunal poderão 
pedir afastamento do exercício dos seus cargos de origem, sem prejuízo dos venci-
mentos e vantagens, na forma disciplinada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 28. Os juízes do Tribunal que não usufruírem as férias que lhes couberem 
poderão gozá-las no ano seguinte, acumuladas ou não.
Art. 29. Em caso de necessidade, as férias dos juízes do Tribunal poderão ser 
interrompidas, assegurando-se-lhes a devida compensação. 
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Subseção II
Da Convocação dos Substitutos
Art. 30. Nos casos de vacância do cargo, licença, férias ou afastamento de juiz 
efetivo, será obrigatoriamente convocado, por ato do Presidente, pelo tempo que 
durar o motivo, o juiz substituto da mesma classe, obedecida a ordem de antigui-
dade.
§ 1º Nas faltas eventuais ou impedimentos, somente serão convocados os subs-
titutos se assim o exigir o quorum regimental.
§ 2º Salvo motivo justificado, o mesmo substituto somente será convocado para 
outra substituição depois de ter servido o outro da mesma categoria.
Critério de Substituição
Os critérios utilizados pelo Tribunal para designar o substituto de um juiz ausente 
em sessão de julgamento são, nesta ordem: ser o juiz substituto necessariamente 
da mesma classe (Desembargador, Juiz de Direito, Juiz Federal ou Advogado) do 
juiz ausente. NUNCA, EM NENHUMA HIPÓTESE, UM JUIZ DE UMA CLASSE PODE 
SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DE CLASSE DIVERSA.
Recai inicialmente a escolha sobre o substituto mais antigo da classe, somente se 
este estiver ausente, sobre o outro juiz substituto da classe.
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Subseção III
Dos Juízes Auxiliares
Art. 31. Os juízes auxiliares serão designados pelo Tribunal, dentre os seus 
juízes substitutos, para a apreciação das reclamações, das representações e dos 
pedidos de direito de resposta que lhe forem dirigidos por ocasião das eleições fe-
derais e estaduais.
Parágrafo único. O período de atuação dos juízes auxiliares encerra-se com a 
diplomação dos eleitos, na forma disciplinada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA
Seção I
Da Competência Privativa
Art. 32. Compete, privativamente, ao Tribunal, além de outras atribuições que 
lhe forem conferidas por lei:
I – eleger o Presidente, o Corregedor, o Ouvidor, e o Juiz Cooperador;
II – empossar o Presidente, Vice-Presidente, Corregedor, Ouvidor, Juiz Coopera-
dor e demais juízes efetivos e substitutos;
III – elaborar o Regimento Interno;
IV – aprovar o Regimento Interno da Corregedoria Regional Eleitoral, da Ouvi-
doria, do Núcleo de Cooperação Judiciária, da Escola Judiciária Eleitoral e dos Juízos 
e Cartórios Eleitorais e o Regulamento da Secretaria do Tribunal, bem como suas 
emendas;
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V – organizar a sua Secretaria, a Corregedoria Regional, a Ouvidoria, o Núcleo 
de Cooperação Judiciária, a Escola Judiciária Eleitoral e as zonas eleitorais;
VI – submeter ao Tribunal Superior Eleitoral proposta de criação, transformação 
ou extinção de cargos efetivos do Quadro de Pessoal do Tribunal;
VII – fixar dia e hora das sessões;
VIII – cumprir e fazer cumprir as decisões, instruções e outros atos emanados 
do Tribunal Superior Eleitoral;
IX – formular consulta ao Tribunal Superior Eleitoral sobre matéria eleitoral; 
X – responder consulta sobre matéria eleitoral;
XI – representar ao Tribunal Superior Eleitoral sobre qualquer medida necessá-
ria ao bom funcionamento dos serviços eleitorais;
XII – expedir instrução com vistas a regulamentar matéria de sua competência 
privativa;
XIII – dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, bem 
como a criação de novas zonas, à homologação do Tribunal Superior Eleitoral, se 
for o caso;
XIV – designar o juiz de direito a quem incumbirá o serviço eleitoral, pelo prazo 
de dois anos, observado o critério de rodízio, por antiguidade, bem assim os juízes 
auxiliares, nos casos previstos em lei;
XV – determinar a instauração de processo administrativo disciplinar contra juiz 
do Tribunal e juiz eleitoral, garantidos a ampla defesa e o contraditório;
XVI – decidir sobre a necessidade de afastamento preventivo de juiz do Tribunal 
e de juiz eleitoral;
XVII – aplicar as penas disciplinares ao juiz do Tribunal e ao juiz eleitoral; 
XVIII – constituir junta eleitoral e designar a respectiva sede e jurisdição;
XIX – constituir a comissão apuradora e aprovar o relatório geral das eleições 
estaduais e federais;
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XX – apurar e totalizar os resultados finais das eleições de Governador, Vice-Go-
vernador, Senador, Deputado Federal e Estadual;
XXI – proclamar os eleitos para os cargos de Governador, Vice-Governador, Se-
nador, Deputado Federal e Estadual e diplomá-los juntamente com os respectivos 
suplentes;
XXII – determinar a renovação de eleições federais, estaduais e municipais; 
XXIII – fixar data, aprovar calendário e expedir instruções para a realização de 
novas eleições e consultas populares;
XXIV – requisitar à autoridade competente a força pública necessária ao cum-
primento da lei e de suas decisões e solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a requi-
sição de força federal;
XXV – administrar o cadastro dos eleitores do Estado; 
XXVI – conceder aos juízes do Tribunal e aos juízes eleitorais afastamento do 
exercício dos cargos de origem, submetendo a decisão, quanto aos primeiros, à 
aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;
XXVII – solicitar ao Tribunal de Justiça que suspenda, entre três meses antes e 
dois meses após as eleições, as férias e licenças-prêmio dos juízes de direito que 
exerçam função eleitoral;
XXVIII – determinar providências para o efetivo cumprimento da lei eleitoral na 
circunscrição;
XXIX – autorizar a realização de concurso públicopara provimento dos cargos 
efetivos do Quadro de Pessoal do Tribunal, nomear a respectiva comissão e homo-
logar o resultado;
XXX – determinar, nos casos previstos em lei, a revisão do eleitorado;
XXXI – publicar, mensalmente, no Diário da Justiça eletrônico, dados estatísti-
cos de sua produtividade;
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 XXXII – emitir pronunciamento sobre a Tomada de Contas Anual do Tribunal e 
o conteúdo do parecer da Secretaria de Controle Interno e determinar a remessa 
ao Tribunal de Contas da União;
XXXIII – exercer outras atribuições inerentes a sua autonomia administrativa ou 
decorrentes de lei, ainda que não especificadas neste Regimento. 
Seção II
Da Competência Originária
Art. 33. Compete ao Tribunal processar e julgar originariamente: 
I – o pedido de registro e a impugnação do registro de candidato aos cargos de 
Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual; 
II – a reclamação e a representação formuladas em razão do descumprimento 
da Lei nº 9.504, de 1997, nas eleições federais e estaduais;
III – a ação de investigação judicial eleitoral pertinente à eleição de Governador, 
Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual; 
IV – a ação de impugnação de mandato eletivo de Governador, Vice-Governa-
dor, Senador, Deputado Federal e Estadual;
V – o recurso contra expedição de diploma de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador;
VI – a ação de decretação da perda de cargo eletivo em desfavor de Deputado 
Estadual e Vereador, bem como a de justificação de desfiliação partidária;
VII – o conflito de competência entre juízes eleitorais; 
VIII – a suspeição ou o impedimento de juiz do Tribunal, do Procurador Regional 
Eleitoral e de servidor do Tribunal, assim como de juiz eleitoral e membro de junta;
IX – o crime eleitoral cometido por juiz eleitoral ou por outra autoridade que, 
pela prática de crime comum, responda perante o Tribunal de Justiça ou o Tribunal 
Regional Federal;
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X – o pedido de habeas corpus e de mandado de segurança, em matéria elei-
toral, contra ato de juiz e junta eleitoral e demais autoridades que respondam 
perante o Tribunal de Justiça e o Tribunal Regional Federal por crime comum e de 
responsabilidade;
XI – o pedido de habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violên-
cia antes que o juiz eleitoral competente possa prover a impetração;
XII – o pedido de mandado de segurança impetrado contra ato de natureza ad-
ministrativa do próprio Tribunal; e ato administrativo ou eleitoral de seu Presidente, 
de seus membros e demais autoridades que respondam perante o Tribunal de Jus-
tiça por crime de responsabilidade;
XIII – o pedido de habeas data e mandado de injunção, quando versarem sobre 
matéria eleitoral;
XIV – o pedido de desaforamento de feito não decidido por juiz eleitoral;
XV – a reclamação relativa a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, 
quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos financeiros;
XVI – a prestação de contas anual de órgão regional de partido político e de 
despesas de campanha eleitoral de comitê financeiro, de órgão regional de partido 
político e de candidato a Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal 
e Estadual;
XVII – o pedido de acesso gratuito ao rádio e à televisão, por meio de inserções;
XVIII – o pedido de registro de partido político em formação; 
XIX – a reclamação para preservar a competência ou garantir a autoridade de 
suas decisões;
XX – a ação rescisória dos julgados do Tribunal e de juiz eleitoral, em matéria 
não eleitoral.
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COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ELEITORAL
Caro amigo, agora, vamos estudar um assunto muito cobrado em concursos 
públicos: a competência do TRE/BA. 
Estudar a competência da Justiça Eleitoral é estudar as competências dos seus 
órgãos: TSE, TRE’s, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Partindo desse pressupos-
to, um tanto lógico, é muito comum o estudo dessa matéria ser exaustivo e enfa-
donho, haja vista que, em geral, os cursos se limitam a transcrever as competên-
cias de cada órgão contidas no Código Eleitoral, com um ou outro comentário que, 
infelizmente, não acrescenta muito ao texto legal.
Antes de começarmos nosso estudo, gostaríamos de lembrá-lo que o TRE/BA 
faz parte da Justiça Eleitoral, que é uma Justiça peculiar, que apresenta algumas 
funções específicas e próprias não encontradas nas demais. Por isso, vamos relem-
brar rapidamente essas funções:
• Função Administrativa – função de organização do eleitoral, administração 
e fiscalização das eleições;
• Função Consultiva – função de responder, sobre matéria eleitoral, as per-
guntas que lhe forem feitas sobre a interpretação e aplicação das leis em 
tese;
• Função Jurisdicional – a Justiça Eleitoral resolve com caráter de definitivi-
dade litígios eleitorais que surjam, aplicando o direito eleitoral ao caso con-
creto;
• Função Regulamentar – o TSE/TRE pode expedir normas regulamentares 
para dar aplicação ao Código Eleitoral. Para tanto, poderá expedir instruções. 
Esse poder foi atribuído ao TSE pelo art. 1º, parágrafo único, do CE e pelo art. 
105 da Lei n. 9.504/1997.
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Além disso, cumpre informar que a CF, no seu art. 121, deixou a cargo de lei 
complementar a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. A esse 
respeito, veja:
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, 
dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
Na verdade, para a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, não 
houve a edição de nenhuma lei complementar, e sim a recepção da Lei Ordinária n. 
4.737/1965 – Código Eleitoral – com status de lei complementar, especificamente 
na parte que trata da definição de competência dos órgãos da Justiça Eleitoral.
Portanto, o estudo da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral revela-se no 
estudo do Código Eleitoral, mais precisamente nos quatro títulos da sua “PARTE 
SEGUNDA”, bem como a análise dos Regimentos Interno dos TRE’s.
Feitas essas considerações iniciais e explicitada a metodologia a ser utilizada, 
vamos começar efetivamente nosso estudo sobre as principais competências do 
TRE/BA, tratadas no Código Eleitoral, bem como em seu Regimento Interno. O re-
gistro de candidatura é o nosso primeiro assunto.
Registro de Candidatos
Compete ao TRE/BA fazer o registro de candidaturas dos candidatos dos cargos 
de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador 
da República, todos do Estado da Bahia.
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Competência: Registro de Candidato
CARGO CIRCUNSCRIÇÃO COMPETENTE BASE LEGAL
Governador
Vice-Governador 
Deputado Federal 
Senador
Deputado Estadual
Estado TRE/BA Art. 29, I, a, CE
EXPEDIÇÃO DE DIPLOMAS
Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, recebem seus diplomas assina-
dos pelo órgão competente da Justiça Eleitoral.
Compete ao TRE/BA expedir diplomas aos cidadãos eleitos aos cargos de Go-
vernador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador da 
República, todos do Estado da Bahia.
CARGOS ELETIVOS COMPETENTE
Governador
Vice-Governador
Deputado Federal
Senador
Deputado Estadual
TRE/BA
REGISTRO E CANCELAMENTO DE DIRETÓRIO DE PARTIDO POLÍTICO
A competência para registro e cancelamento de diretório de partido político é 
restrita aos tribunais eleitorais. Assim,

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