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Curso Técnico - estetica alteracoes dermatologicas da face

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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Estética
Alterações
 Dermatológicas da Face
Governador
Vice Governador
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Cid Ferreira Gomes
Francisco José Pinheiro
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Coordenadora de Desenvolvimento da Escola
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs
Thereza Maria de Castro Paes Barreto
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 1
 
Escola Estadual de 
Educação Profissional - EEEP 
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
Curso Técnico em Estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES DERMATOLOGICAS DA FACE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza - Ceara 
2010 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 2
 
SUMÁRIO 
ACNE: CAUSAS, TIPOS E GRAU --------------------------------------------------------------------------- 03 
DISCROMIAS: CAUSAS E TRATAMENTOS ----------------------------------------------------------------- 07 
HIDRATAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DA PELE –-------------------------------------------------------------- 17 
PERIGOS QUE O SOL REPRESENTA PARA A PELE: IMPORTÂNCIA DA FOTO PROTEÇÃO ------------ 20 
IMPERFEIÇOES PERI-ORBITAIS ---------------------------------------------------------------------------- 24 
GLOSSARIO DE TERMOS DERMATOLOGICOS -------------------------------------------------------------30 
ANEXOS – ARTIGOS -----------------------------------------------------------------------------------------37 
BIBLIOGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------------- 40 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 3
 
ACNE: CAUSAS, TIPOS E GRAUS 
A acne é uma doença cutânea comum na qual os poros cutâneos tornam-se obstruídos, 
acarretando a formação de pápulas e de abcessos inflamados e infectados. 
A causa da acne é multifactorial. 
 
 
Fisiopatologia 
A acne tende a afetar os adolescentes devido a uma interacção entre hormonas, óleos 
cutâneos e bactérias que vivem sobre e no interior da pele e no cabelo. 
Durante a puberdade, as glândulas sebáceas da pele tornam-se mais ativas e produzem sebo 
em excesso, que passa pelo canal folicular, combinando-se com fragmentos de células de 
glândulas sebáceas, células da epiderme e bactérias. 
Frequentemente, o sebo ressecado, a pele descamada e as bactérias acumulam-se nos poros 
cutâneos formando um comedão, o qual impede que o sebo flua dos folículos pilosos, 
atravessando os poros. 
 
Quando a obstrução é parcial, ocorre a formação de um 
comedão aberto – ponto negro (a sua cor resulta da 
melanina de células adjacentes). 
Quando ela é total, ocorre a formação de um comedão 
fechado. As bactérias crescem nos poros obstruídos e 
degradam algumas das gorduras do sebo, irritando ainda 
mais a pele. 
Os comedões abertos e fechados causam as erupções 
cutâneas que são comumente conhecidas como espinhas - 
borbulhas. 
Quando a infecção e a irritação das borbulhas pioram, pode 
ocorrer a formação de um abcesso. 
 
Se um indivíduo apresenta comedões, borbulhas e pústulas sem abcessos, a condição é 
denominada acne superficial 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 4
 
 
 
Quando borbulhas inflamadas projetam-se para o interior da pele subjacente e surgem cistos 
cheios de pus que podem romper e evoluir para abcessos maiores, a condição é denominada 
acne profunda. 
As lesões inflamatórias desenvolvem-se, aparentemente, devido à saída de sebo para a 
derme, o que atua como irritante, causando uma reacção inflamatória. 
A acne ocorre principalmente na face e no pescoço, na parte superior do tórax e na região 
dorsal. 
O primeiro sinal visível é o comedão e a pele caracteristicamente oleosa. 
 
As lesões inflamatórias incluem: 
• Pápulas 
• Pústulas 
• Nódulos 
• Quistos 
 
As lesões superficiais resolvem-se em 5-10 dias 
As lesões grandes duram algumas semanas e frequentemente deixam cicatrizes. 
 
Tratamento 
O tratamento pode ser: 
• Tópico 
• Sistémico 
• Intra-lesão 
• Cirúrgico 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 5
 
1. Tópico 
Método terapêutico de base 
Agentes: peróxido de benzoíla, Vit.A, antibióticos, loção sulfur-zinco. 
 
2. Sistémico 
Remoção de comedão com um extrator próprio 
 
3. Terapêutica sistémica 
Usado com a terapêutica tópica para a acne nodular grave ou para acne quística 
Ácido retinoíco 
Antibióticos sistémicos 
Estrogénios para mulheres que não respondem a outras terapêutica. 
 
4. Terapia com corticosteroídes, intralesão, na acne cística ou grave 
5. Cirúrgica: dermabrasão para remoção das cicatrizes. 
 
CUIDADOS COM O PACIENTE 
Formas de lidar com fatores de stress (viste este ser um dos precipitantes) 
Conhecimentos acerca da acne, para que os utentes compreendam os cuidados que 
necessitam de ter: 
Cuidados de higiene com a pele 
Medidas preventivas 
Toma da medicação 
 
1. Medidas preventivas: 
Manter as mãos e cabelo afastados da face 
Evitar roupa apertada sobre as lesões 
Lavar o cabelo e couro cabeludo frequentemente 
Evitar exposição a óleos e gorduras 
Ingerir uma dieta equilibrada e evitar quaisquer alimentos precipitantes da acne. 
 
2. Cuidados gerais à pele 
Manter a pele limpa (limpando-a 2 a 3x ao dia) 
Usar sabão medicamentoso 
Evitar esfregar a pele vigorosamente 
Usar cosméticos à base de água, em vez de creme 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 6
 
Nunca deixar os cosméticos na face durante a noite. 
 
3. Durante a terapêutica 
Seguir a terapêutica prescrita, mesmo que não se note melhoria durante 2 a 3 semanas. 
Esperar que a pele descame 
Evitar medidas de auto-medicação durante a terapia 
Remover cosméticos antes da aplicação tópica de medicamentos 
Evitar a exposição solar direta se estiver a utilizar tretinoína ou tetraciclinas 
Evitar a gravidez se estiver a tomar roaccutan. 
 
ANOTAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 7
 
DISCROMIAS: CAUSAS E TRATAMENTOS; 
 
A cor da pele normal é dada pela mistura de quatro biocromos: carotenoides (amarelo), 
hemoglobina reduzida (azul), oxi-hemoglobina (vermelho) e melanina (marrom). A melanina é 
o principal determinante da coloração da pele, sendo que variações geneticamente 
controladas na sua quantidade e distribuição determinam as diferentes cores da raça humana. 
Discromias são alterações na coloração da pele resultantes da diminuição(hipomelanoses) ou 
do aumento (hipermelanoses) da melanina e da deposição de substâncias endógenas ou 
exógenas na derme (hipercromias). 
 
HIPOMELANOSES 
Podem ser classificadas em congênitas ou adquiridas, e em melanocitopênicas (diminuição do 
número de melanócitos) ou melanopênicas (diminuição da produção de melanina). 
 
HIPOMELANOSES CONGÊNITAS OU HEREDITÁRIAS 
Tabela 1 – Hipomelanoses Congênitas ou Hereditárias 
Doenças Classificação Características clínicas Tratamento 
Albinismo Melanopênica Ausência congênita total ou 
parcial de pigmento da pele, 
cabelos e olhos 
Não há tratamento 
efetivo; 
fotoproteção ocular 
e cutânea 
Piebaldismo Melanocitopênica Autossômico dominante. Poliose 
circunscrita (mecha frontal de 
cabelos brancos) associada à 
área acrômica triangular 
(frontal). Em alguns casos, 
podem ser encontradas máculas 
disseminadas, parte medial das 
sobrancelhas e cílios acrômicos. 
Associado à surdez, faz parte de 
algumas síndromes clínicas: 
Woolf, Waardenburg e Tietz. 
Não há tratamento 
efetivo; 
fotoproteção 
Nevo 
acrômico 
Melanopênica Autossômico dominante. Área 
hipocrômica circunscrita. Pode 
representar uma forma 
localizada de Piebaldismo e, 
excepcionalmente, associa-se a 
retardo mental, convulsões e 
hipertrofia do membro. 
Diagnose diferencial deve ser 
feita com vitiligo (branco-
nacarado à luz de Wood) e nevo 
anêmico (desaparece a 
vitropressão e à luz de Wood). 
Não há necessidade 
de tratamento 
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Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 8
 
Hipomelanose 
de Ito 
Melanopênica Autossômica dominante. Lesões 
hipocrômicas, lineares seguindo 
as linhas de Blaschko ou, mais 
raramente, máculas irregulares. 
Há associação com retardo 
mental, convulsões, dismorfismo 
craniofacial, hipertelorismo e 
alterações neurológicas e 
musculoesqueléticas 
Métodos que 
estimulem a 
repigmentação (vide 
tratamento do 
vitiligo) 
Fenilcetonúria Melanopênica 
(deficiência ou 
falta da enzima 
fenilalaninaoxidase, 
que participa do 
processo de 
formação da 
melanina) 
Autossômica recessiva. Olhos 
azuis, pele e cabelos 
descorados, lesões eczematosas 
e/ou esclerodermiformes e 
retardo mental 
Dieta livre de 
fenilalanina 
 
Albinismo 
É doença autossômica recessiva com prevalência estimada em torno de 1:20.000 indivíduos. 
Para o seu diagnóstico, são necessárias alterações específicas no desenvolvimento e função 
dos olhos e nervos ópticos. É classificado de acordo com os locais de acometimento (ver 
Tabela 1). Em quase todos os tipos, o defeito está na síntese da melanina, sendo normal o 
número de melanócitos na epiderme. 
 
Tabela 2: Classificação do Albinismo 
Tipo Características Prognóstico e tratamento 
Albinismo cutâneo-
ocular (ACO) 
Cabelos: branco, creme, amarelado, 
castanho claro, vermelho ou 
prateado. 
Pele: branca, creme, bege ou rosada 
Olhos: íris translúcida, rósea ou 
azulada. Nistagmo, diminuição da 
acuidade visual, fotofobia e fundo de 
olho hipopigmentado. 
Tem maior risco de desenvolver 
neoplasias malignas cutâneas. 
Sobrevida é normal. 
Tratamento é feito com uso 
obrigatório de 
fotoprotetores e 
tratamento precoce das 
lesões cutâneas pré-
malignas e malignas. 
Síndrome de 
Hermansky-Pudlak 
É um tipo de ACO associado com 
disfunção plaquetária, fibrose 
pulmonar intersticial e colite 
granulomatosa. 
Sobrevida é de 30 a 50 
anos. Tratamento do ACO e 
das complicações 
associadas com 
especialista. 
Síndrome de Chediak-
Higashi 
É um tipo de ACO associado com 
plaquetopenia, anemia, leucopenia, 
Sobrevida é em torno de 20 
anos. Tratamento do ACO e 
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Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 9
 
neuropatias e convulsões. Tem maior 
risco de desenvolver infecções e 
linfomas. 
das complicações 
associadas com 
especialista. 
Albinismo ocular A despigmentação afeta apenas os 
olhos. 
Sobrevida normal. 
Tratamento oftalmológico. 
 
HIPOMELANOSES ADQUIRIDAS 
Tabela 3: Hipomelanoses adquiridas 
Doenças Classificação Características clínicas Tratamento 
vitiligo Melanocitopênica Doença relativamente 
frequente entre 10 e 30 anos 
de idade. Manchas acrômicas 
assintomáticas, de limites bem 
definidos, com forma e 
extensão variáveis. 
Existem várias 
modalidades de 
tratamento (vide texto 
abaixo) 
Pitiríase 
versicolor 
Melanopênica 
(conversão de 
ácidos graxos da 
pele em ácido 
azelaico pela 
levedura) 
Micose superficial causada pelo 
fungo Malassezia furfur. 
Manchas descamativas de cor 
castanho a branco, localizadas 
predominantemente no dorso. 
A hipocromia pode permanecer 
mesmo após o tratamento da 
pitiríase com antifúngico. 
Tende a 
repigmentação 
espontânea após 
algum tempo, mas 
eventualmente o uso 
de fotoquimioterapia é 
necessário. 
Pitiríase alba Melanopênica Manchas hipocrômicas 
assintomáticas, pouco 
descamativas, localizadas na 
face, porção superior do dorso 
e braços. Ocorre 
principalmente em crianças e 
adolescentes de pele morena e 
asteatósica (seca). No verão, a 
exposição solar é o principal 
fator desencadeante; no 
inverno, sabões e banhos 
quentes. Diagnóstico é clínico. 
vitiligo e Pitiríase versicolor 
são os principais diagnósticos 
diferenciais. 
Fotoprotetor e creme 
hidratante após o 
banho ou exposição 
solar. 
Nevo halo Melanocitopênica 
(anticorpos 
antimelanócitos) 
É um halo despigmentado ao 
redor de um nevo 
melanocítico. Geralmente são 
múltiplos. 
Não necessitam de 
tratamento. 
Leucodermia 
solar 
Melanocitopênica Manchas acrômicas e 
ligeiramente atróficas 
localizadas em áreas expostas 
à luz solar. 
Fotoproteção. 
Respostas variadas ao 
uso de crioterapia e 
abrasão superficial. 
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Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 10
 
Hipomelanose 
macular 
progressiva do 
tronco 
Melanopênica Aumento progressivo de 
manchas hipocrômicas no 
tronco, especialmente no 
dorso. Acomete 
preferencialmente mulheres 
pardas entre 18 e 25 anos. 
Não há tratamento 
efetivo, mas costuma 
regredir em 3 a 4 
anos. 
Hipomelanoses 
pós-
inflamatórias 
Melanocitopênicas 
ou melanopênicas 
Hipocromia residual após 
melhora do quadro clínico: 
psoríase, líquen plano, eczema 
atópico, sarcoidose, micose 
fungoide, pitiríase liquenoide 
crônica. 
Não é necessário. 
Hipomelanoses 
por noxas 
físicas ou 
químicas 
Melanocitopênicas 
ou melanopênicas 
Podem causar leucodermia: 
monobenzil éter de 
hidroquinona (indústria da 
borracha); butilfenol e 
aminofenol (inseticidas, 
detergentes, desodorantes e 
resinas); hidroquinona ou 
outros compostos fenólicos 
(cosméticos); cloroquina 
(tratamento do lúpus); 
queimaduras 
Interrupção do contato 
com as noxas, mas 
podem levar a 
hipocromias definitivas 
 
VITILIGO 
É uma doença relativamente frequente, com incidência em torno de 1 a 4% na população 
mundial. Afeta igualmente ambos os sexos e raças, com pico de incidência entre 10 e 30 anos 
de idade. Em 30% dos casos, há ocorrência familiar. 
Resulta de uma interação complexa entre fatores ambientais, genéticos e imunológicos que 
levam a uma destruição dos melanócitos. É caracterizado por manchas acrômicas 
assintomáticas, de limites bem definidos, com forma e extensão variáveis. Há uma tendência 
à distribuição simétrica e predileção por áreas como couro cabeludo (poliose), periorbitárias, 
peribucal, retroauriculares, pescoço, axilas,punhos, dorso das mãos, genitália, face 
anterolateral das pernas, joelhos, maléolos e dorso dos pés. Traumas ou queimaduras de sol 
podem desencadear lesões. 
Estes pacientes têm um maior risco para fotoenvelhecimento precoce e neoplasias malignas 
da pele (carcinoma espinocelular e basocelular). Existe uma associação aumentada com 
outras doenças autoimunes, como tireoidopatias (tireoidite de Hashimoto e doença de 
Graves), diabetes mellitus, anemia perniciosa, doença de Addison e síndrome endócrina 
múltipla. Em 7% dos pacientes com vitiligo ocorre uveíte subclínica com subsequente lesão da 
mácula. 
O diagnóstico é clínico e auxiliado pela luz de Wood, que torna as lesões mais evidentes 
(branco-nacarado). Biópsia de pele é reservada aos casos duvidosos. Investigação laboratorial 
consiste em afastar associação com outras doenças já citadas: TSH e T4 livre, glicemia de 
jejum, hemograma completo, ACTH e cortisol. Diagnósticos diferenciais incluem: Albinismo, 
Nevo acrômico, acromias de contato, Pitiríase alba, hipocromia residual de psoríase e da 
Pitiríase versicolor, hanseníase indeterminada, leucodermia associada a melanoma, micose 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 11
 
fungoide e Hipomelanose de Ito. A evolução é imprevisível e a repigmentação espontânea 
pode ocorrer a partir dos óstios foliculares ou das bordas em torno de 30% dos pacientes. 
Existem várias modalidades de tratamento: 
• fotoproteção; 
• maquiagem corretiva; 
• corticoides tópicos (betametasona, triancinolona): úteis em lesões localizadas. A 
repigmentação inicia-se entre 2 e 4 meses e pode ocorrer em até 50 % dos casos; 
• fotoquimioterapia tópica: apenas para formas localizadas. Utiliza-se a solução de 8-
metoxipsoraleno ou óleo de bergamota em solução alcoólica nas manchas e, após 15 
minutos da aplicação, exposição solar. A resposta terapêutica inicia-se após 15 sessões. A 
complicação mais frequente é a queimadura; 
• otoquimioterapia sistêmica (PUVA): para os casos de vitiligo extenso. O paciente ingere o 
8-metoxipsoraleno 2 horas antes da exposição a uma fonte de luz ultravioleta A, 2 a 3 
vezes/semana. Repigmentação inicial é observada após 15 sessões. É contraindicado a 
crianças e pacientes com pele clara; 
• UVB Narrow-Band: para os casos extensos a partir dos 6 anos de idade. É uma fototerapia 
tão efetiva quanto o PUVA, porém mais segura; 
• imunomoduladores tópicos (pimecrolimos e tacrolimo): existem relatos de casos com 
repigmentação completa de lesões especialmente na face; 
• calcipotriol tópico: há relatos de casos com repigmentação de lesões disseminadas quando 
associado ao UVB Narrow-Band; 
• despigmentação: para os casos de vitiligo extenso resistente aos outros tratamentos. 
Consiste na aplicação tópica de monobenzil éter de hidroquinona em creme 2 vezes/dia na 
pele sã. Como a droga destrói os melanócitos, a despigmentação é definitiva; 
• microenxertos autólogos: para lesões localizadas e estáveis. Resultado estético 
satisfatório. 
 
HIPERMELANOSES 
Podem ser classificadas em congênitas ou adquiridas, e em melanocitóticas (aumento do 
número de melanócitos) ou melanóticas (aumento da produção de melanina). 
 
HIPERMELANOSES CONGÊNITAS OU HEREDITÁRIAS 
Tabela 4: Hipermelanoses congênitas ou hereditárias 
Doenças Classificação Características clínicas Tratamento 
Efélides (sardas) Melanótica Manchas pequenas, que variam 
do castanho-claro ao escuro, em 
áreas de exposição solar. Surgem 
entre os 6 e 18 anos de idade, 
nos indivíduos de pele clara. 
Casos exuberantes podem 
representar formas mínimas de 
Puramente estético, 
feito com 
fotoproteção, 
cremes 
despigmentantes, 
laser e luz intensa 
pulsada (vide 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 12
 
xeroderma pigmentoso. Quando 
localizada na mucosa labial de 
mulheres jovens, recebe o nome 
de mácula labial melanótica. 
tratamento do 
melasma). 
Lentigo Melanocitótica Manchas gotadas de cor 
castanho-escuro a preto que 
surgem nos primeiros anos de 
vida e continuam a aparecer até 
a vida adulta. Podem surgir em 
qualquer região cutânea, 
inclusive em áreas não-
fotoexpostas. Quando 
disseminados, correspondem às 
lentiginoses, que, em alguns 
casos, podem fazer parte de 
síndromes com anormalidades em 
outros órgãos. 
Não necessita de 
tratamento, mas 
pode ser excisado. 
Síndrome de 
Peutz-Jeghers 
Melanocitótica Autossômica dominante. Polipose 
intestinal e pequenas máculas 
acastanhadas na pele (dorso dos 
dedos e palma das mãos, 
perioral, periorbitária) e mucosa 
oral. As hiperpigmentações 
cutâneas regridem com o tempo, 
no entanto, as lesões mucosas 
são permanentes. Os pólipos 
intestinais têm baixo potencial 
de malignidade, mas podem 
produzir sangramentos crônicos e 
intussuscepção. 
Excisão dos pólipos 
intestinais, quando 
necessário. 
Incontinência 
pigmentar 
(síndrome de 
Bloch-Sulzberger) 
Melanótica Dominante ligada ao X. Somente 
no sexo feminino (é letal no sexo 
masculino). Três estágios de 
lesões cutâneas: vesicobolhosa, 
papuloverrucosa e pigmentar. 
Pigmentação azul-acastanhada, 
de configuração bizarra, é o 
último estágio da doença ou sua 
única manifestação. Alterações 
oculares, ósseas e neurológicas 
podem ocorrer. 
O tratamento é 
sintomático. 
Mancha mongólica Melanocitótica São manchas de cor azul-
acinzentada, de tamanhos e 
formas variáveis, localizadas na 
região lombossacral. Está 
presente ao nascimento e vai 
desaparecendo gradualmente 
com a idade. Acomete 
Não necessita de 
tratamento. 
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Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 13
 
preferencialmente indivíduos das 
raças amarela e negra. 
Nevo de Ota e 
Nevo de Ito 
Melanocitótica Nevo de Ota é um tipo de Mancha 
mongólica de distribuição no 
primeiro e segundo ramos do 
nervo trigêmeo. Está associada 
com frequência à pigmentação 
ocular. Quando localizado nas 
regiões do ombro, área 
supraclavicular e pescoço, é 
chamado de nevo de Ito. 
O tratamento é 
puramente estético e 
realizado com laser. 
Melanose 
periocular 
(olheiras) 
Melanótica Autossômica dominante. 
Hipercromia na região periocular, 
mais frequente em mulheres 
morenas. 
O tratamento é 
estético com tópicos, 
alguns lasers e luz 
intensa pulsada. 
Hiperpigmentação 
em negros 
Melanótica É caracterizada por pigmentação 
reticulada da pele, mucosa oral e 
conjuntival ou por pigmentação 
linear deltoidea e nos braços. 
Não necessita de 
tratamento. 
 
Hipermelanoses Adquiridas 
TABELA 5: HIPERMELANOSES ADQUIRIDAS 
Doenças Classificação Características clínicas Tratamento 
Bronzeamento Melanocitótica Pigmentação adquirida após 
exposição solar ou fonte 
artificial de UV. 
Não é necessário. 
Melanose solar Melanocitótica Manchas pequenas de cor 
castanho-claro ou escuro, 
localizadas em áreas 
fotoexpostas de indivíduos 
acima de 40 anos de idade. 
Excepcionalmente pode ocorrer 
transformação maligna (Lentigo 
maligno). 
Fotoprotetores, 
crioterapia com 
nitrogênio líquido, ATA 
a 35%, laser e luz 
intensa pulsada. 
melasma Melanótica Hiperpigmentação de coloração 
castanho-claro a escuro, 
uniforme, simétrica, de bordas 
bem definidas e irregulares, 
principalmente na porção 
central da face de mulheres 
jovens e pardas. 
Existem várias 
modalidades de 
tratamento (vide 
texto abaixo) 
Hipermelanose 
dorsal 
Melanótica Pigmentação reticulada na área 
de contato do sutiã com odorso, bastante pruriginosa e 
sem causa definida. 
Corticoides tópicos e, 
se necessário, anti-
histamínicos orais. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 14
 
Hipermelanoses 
por noxas físicas, 
químicas ou 
mecânicas 
Melanótica Diversas noxas podem levar a 
hipercromias localizadas: luz 
ultravioleta, radioterapia e 
exposição ao calor; atrito ou 
coçadura; drogas (cloroquina, 
clorpromazina, psoralênicos, 
estrogênios, citostáticos, 
progestagênios, AZT, 
clofazimina); produtos 
industriais (componentes do 
petróleo, plásticos, borracha, 
couro e madeiras). 
Afastamento da noxa. 
Hipermelanose 
difusa associada a 
doenças 
sistêmicas 
Melanótica Diversas doenças podem levar a 
hipermelanose difusa: doença 
de Addison, síndrome de 
Nelson, acromegalia, aids, 
carcinoide, cirrose, 
hipertireoidismo, 
feocromocitoma, linfoma de 
Hodgkin. 
Tratamento da doença 
de base 
Melanodermia 
tóxica 
Melanótica Hiperpigmentação por contato 
com derivados do petróleo em 
áreas fotoexpostas. Pode ser 
ocupacional ou devida ao uso de 
cosméticos que contenham 
derivados do petróleo. 
Retirada do 
contactante e uso de 
fotoprotetor. 
Entretanto, pode ser 
permanente. 
Fitofotodermatose Melanótica Manchas hipercrômicas 
resultantes da dermatite de 
contato causada por substâncias 
que se tornam irritantes 
primários quando em contato 
com o sol. Em nosso meio, o 
causador mais comum é o 
limão. 
Nesta fase de 
hiperpigmentação, a 
melanodermia 
desaparece 
gradualmente em 
algumas semanas. 
 
Melasma 
É uma hiperpigmentação adquirida, de coloração castanho-claro a escuro, uniforme, 
simétrica, de bordas bem definidas e irregulares, localizada principalmente na porção central 
da face (malar, fronte, nariz, buço e mento). Acomete sobretudo mulheres jovens e pardas. 
Dentre as causas descritas estão a exposição solar, a gestação, o uso oral de estrogênios-
progestagênios e difenil-hidantoína. O diagnóstico é clínico e auxiliado pela luz de Wood, que 
permite classificar o melasma em quatro tipos: 
1. Epidérmico: cor mais acentuada à luz de Wood. É o mais frequente (70%) e que tem 
melhor prognóstico. 
2. Dérmico: há atenuação ou nenhuma mudança na cor. 
3. Misto: há áreas de atenuação e de acentuação da cor. 
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Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 15
 
4. Inaparente: as lesões tornam-se inaparentes. Ocorre em peles tipo V ou VI. 
 
Existem vários tratamentos descritos: 
• Foto proteção; 
• Hidroquinona: é a droga mais efetiva no tratamento do melasma. É usada em preparações 
tópicas 1 a 2 vezes/dia. Os resultados terapêuticos só aparecem após 6 a 8 semanas; 
• Fórmula de Kligman: é a associação de hidroquinona, tretinoína e dexametasona. É mais 
potente que a hidroquinona sozinha, porém tem mais risco de irritação; 
• Ácido azelaico: é uma alternativa a hidroquinona e tretinoína, já que não causa 
fotossensibilidade e geralmente leva a menos irritação. Deve ser usado 2 vezes/dia; 
• Lasers e luz pulsada: existem relatos de casos de melhora do melasma com alguns tipos de 
lasers e luz pulsada. 
 
HIPERCROMIAS NÃO-MELÂNICAS 
Tabela 6: Hipercromias não-melânicas 
Doenças Características clínicas Tratamento 
Alcaptonúria Autossômica recessiva devido à falta da enzima 
oxidase do ácido homogentísico que se acumula na 
pele, cartilagens e outros órgãos. Artrite (ombros e 
joelhos) e manchas castanho-acinzentadas ou pretas, 
com predileção por cartilagens das orelhas, nariz e 
escleras. A diagnose é confirmada pela demonstração 
do ácido homogentísico no sangue e urina. 
Restrição de alimentos 
que contenham tirosina 
e fenilalanina. 
Ocronose Alteração pigmentar de cor castanho-escuro 
decorrente do uso tópico prolongado de 
hidroquinona, fenol ou resorcina, o que leva a um 
acúmulo do ácido homogentísico e consequente 
polimerização a pigmento ocronótico na derme. 
Não existe tratamento 
satisfatório; deve-se 
excluir o contactante, 
usar fotoprotetor e, na 
fase aguda, corticoide 
tópico. 
Argiria Cor cinza-azulada difusa na face, mãos e unhas que 
ocorre pela impregnação da pele por sais de prata. O 
diagnóstico é confirmado pelo exame 
histopatológico. 
É irreversível. 
Hidrargiria Pigmentação preto-acinzentada nas áreas de contato 
com derivados mercuriais ou na pele e gengivas 
devido à ingestão de mercúrio. O diagnóstico é feito 
por eletromicroscopia. 
É irreversível. 
Crisíase Hiperpigmentação azulada em áreas fotoexpostas e 
escleras decorrentes da impregnação por sais de 
ouro. O diagnóstico é feito por eletromicroscopia. 
É irreversível. 
Amiodarona Raramente determina pigmentação violeta-
acinzentada nas áreas fotoexpostas. 
Retirada da droga e 
fotoproteção. 
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Técnico em Estética – Alterações Dermatológicas da Face 16
 
Tatuagens Existem as Tatuagens artísticas que resultam da 
introdução de pigmentos insolúveis na derme, as 
acidentais com penetração de partículas na pele 
(como as da explosão de pólvora a curta distância) e 
as ocupacionais (na indústria). 
A remoção pode ser 
feita cirurgicamente ou 
com laser. 
 
ANOTAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HIDRATAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DA PELE 
A água que hidrata a pele provém das camadas inferiores da pele (epiderme e derme), 
hidrata toda a pele e evapora na superfície para a atmosfera. Esta é a chamada perda de 
água transepidérmica. A pele mantém sua hidratação através do manto hidrolipídico (emulsão 
hidratante natural da pele), em condições ideais, importante para manter a lubrificação da 
pele, protegendo-a contra a evaporação excessiva de água e contra microorganismos, 
desempenhando a "função barreira" e permitindo à pele lutar contra a humidificação e o 
ressecamento. 
É formada pelas secreções da pele que são eliminadas para a superfície onde se misturam, 
variando com o tipo de pele, local do corpo, sexo, idade , com as condições climáticas e com 
o uso de produtos tópicos como sabão e detergentes. A pele comporta-se como uma eficiente 
barreira, impedindo o ressecamento do organismo e protegendo-o das agressões externas, 
tanto mecânicas quanto físicas, químicas e microbianas. Uma pele hidratada é caracterizada 
pela maciez, elasticidade e suavidade, sendo que estas características estão diretamente 
relacionadas ao teor de umidade do extrato córneo (a camada mais superficial da pele). 
 
Outros fatores que determinam a diminuição do teor da umidade: 
Alteração do metabolismo 
Envelhecimento das fibras protéicas de colágeno e elastina 
Irrigação sangüínea periférica alterada. 
 
Entendendo a Composição Química da Pele 
Água: encontrada em 70% da composição química da pele. 
Sais Minerais: metais como sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro, cobre, zinco, manganês, 
enxofre, fósforo e iodo. 
Protídeo: encontrado em 27,5% da composição da pele. 
Aminoácidos: tirosina, cistina, hidroxiprolina da pele. 
Proteínas: colágeno, elastina, queratina, ácido hialurônico, ácidos nucléicos, uréia e outros. 
Enzima e hormônios. 
Lipídios: fosfolipídeos, esqualeno, colesterol, ácidos graxos, etc. 
Glicídios: glicose, glicogênio, etc. 
 
Flora Cutânea 
Existem doistipos de flora cutânea: 
Flora cutânea permanente (germes saprófitos): normalmente não causam problema para o 
homem. 
Flora cutânea ocasional patogênica: por contaminação ou multiplicação exagerada de germes 
saprófitos. 
Flora saprófita: defendem a pele contra a infecção. 
 
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Mecanismo de Hidratação da Pele Externa 
Hidratação da pele para produtos tópicos ocorre por: 
Oclusão: ingredientes lipídicos (emolientes). 
Umectação: substância que retém água na superfície da pele. 
Hidratação ativa: emulsões - produtos destinados a promover a hidratação da pele, tais como 
cremes ou loções cuja fase lipídica promove a oclusão e a fase aquosa possui ingredientes 
higroscópicos que propiciam a umectação (hidratação) da pele. 
 
Princípios Ativos nos Hidratantes: 
• Ceramida 
• Esqualeno 
• Olesterol 
• PCA 
• ADN 
• NMF 
• Lactato de amônia 
• Uréia 
• Alfa-hidroxiácido (ácido glicólico e ácido láctico) 
• Oligoelementos 
• Fosfolipídeos 
• Ácido hialurônico 
 
ESTUDO DE CASO 
HIDRATAÇÃO PROFUNDA 
Mulher de 35 anos, pele seca, de cor branca, fina, levemente áspera, com linhas de expressão 
e flacidez na região abaixo do mento. 
- Emulsão de limpeza com extrato de camomila. Retirar com água. 
- Creme esfoliante com óleo de girassol, PCA-Na. Retirar totalmente com água 
- Aplicar loção tônica hidratante ionizável de colágeno com oligoelementos, extrato glicólico 
de acerola, lúpulo, calêndula, ginko biloba e alantoína e ionizar na polaridade positiva com 
eletrodo rolinho por 3 a 4 minutos cada lado da face pescoço e colo. 
- Massagem estimulante com creme revitalizante com DMAE até total penetração. 
- Aplicar máscara de argila verde com máscara tensora com extrato de soja e proteína do 
trigo por 20 minutos ou até a secagem da mesma. Retirar totalmente. 
- Aplicar loção compensadora hidrolipídica com Matrixyl por todo o rosto com movimentos 
ascendentes. 
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- Gel para área dos olhos com elastina e Vitamina E com massagens específicas para essa 
região. 
- Finalizar com creme hidratante e nutritivo com DMAE, colágeno, elastina, hidroviton e 
Vitaminas A, D e E, FPS 15. 
 
Manutenção da Cliente 
Manhã 
- Emulsão de Limpeza com extrato de camomila 
- Loção tônica hidratante com uréia 
- Creme hidratante com óleo de girassol, oligoelementos, colágeno e FPS 15. 
 
Noite 
- Mesmo sabonete e loção tônica da manhã. 
- Creme nutritivo de manteiga de muru-muru e DMAE com FPS 10. 
 
ANOTAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PERIGOS QUE O SOL REPRESENTA PARA A PELE 
IMPORTÂNCIA DA FOTO PROTEÇÃO. 
 
O que você deve pensar do Sol? 
Ele é um herói ou vilão? 
Quando se está bronzeado, bonito, acredita que é um herói. 
Quando está com queimaduras, jura que ele é o vilão. 
O Sol traz muitos benefícios ao ser humano, contribuindo para a sua saúde e bem-estar físico 
e psíquico. 
Os prejuízos que o Sol pode causar devem-se ao desconhecimento sobre: radiações solares 
reações da pele à exposição solar. “relacionamento” saudável com o Sol é possível. 
 
As radiações solares mais importantes para o organismo são: ultravioleta A (UVA) e 
ultravioleta B (UVB). São raios que o olho humano não consegue enxergar. A diferença entre 
eles está no comprimento de onda. A radiação UVA apresenta comprimento de onda de 320-
400nm. Já os raios UVB têm comprimento de onda de 290-320nm (nanômetros). 
 
A pele absorve de forma diferente cada tipo de radiação solar. Os raios UVA atingem as 
camadas mais profundas da pele. Por isso são os principais responsáveis pelo: 
• desenvolvimento do câncer de pele, 
• envelhecimento precoce 
• bronzeamento (escurecimento) 
• catarata (doença nos olhos que pode causar cegueira) 
 
A radiação UVB atinge as camadas mais superficiais da pele. 
Quando há uma exposição sem os devidos cuidados, esta radiação leva a vermelhidão e 
queimaduras solares. A vermelhidão geralmente tem início 2 a 7 horas após o contato com o 
Sol de forma prolongada e contínua. 
O mormaço também pode causar vermelhidão e queimaduras, uma vez que a radiação UVB 
atravessa as nuvens. Portanto, você deve se proteger, mesmo em dias nublados. 95% dos raios 
ultravioleta que atingem a Terra são do tipo UVA, 5% são UVB 
A camada de ozônio absorve muito melhor os raios UVB. A camada de ozônio é muito 
importante, funciona como uma proteção invisível. 
 
Benefícios causados pelo Sol 
Produção e absorção da vitamina D pelo organismo. A vitamina D está envolvida na formação 
do cálcio, responsável pela estrutura dos ossos. Quando há pouca exposição solar, como nos 
países de clima frio, a pele produz vitamina D em quantidade insuficiente, sendo necessária 
suplementação alimentar. 
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Atenção: para ajudar o organismo a produzir vitamina D, basta tomar de cinco a dez minutos 
de Sol, duas vezes por semana, evitando o período entre 10 e 16 horas. 
 
Danos causados pela exposição solar em excesso 
• Queimaduras dolorosas 
• Foto envelhecimento 
• Alterações na textura e cor da pele, deixando-a áspera e amarelada. 
• Surgimento de manchas, pequenas veias dilatadas, rugas, flacidez e ressecamento 
• Câncer de pele 
 
 
 
Danos causados pela exposição solar em excesso 
As células da pele têm memória, isso quer dizer que os danos são cumulativos. 
 
Fototipos 
Cada pessoa reage de forma diferente à exposição solar, mesmo que tomem Sol juntas (no 
mesmo período do dia e com a mesma duração de tempo). O motivo são os fototipos 
diferentes, que tornam a pele mais ou menos sensível às radiações. 
1. Pele clara, olhos azuis, sardentos Sempre se queimam e nunca se bronzeiam 
2. Pele clara, olhos azuis, verdes ou castanhos claros, cabelos louros ou ruivos Sempre se 
queimam e, às vezes, se bronzeiam 
3. A média das pessoas brancas normais Queimam-se moderadamente, bronzeiam-se gradual 
e uniformemente 
4. A média das pessoas brancas normais Queimam-se muito pouco, bronzeiam-se bastante 
5. Pessoas morenas Raramente se queimam, bronzeiam-se muito 
6. Negros Nunca se queimam, profundamente pigmentados 
 
 
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Fotoproteção natural da pele 
Pigmentação da pele (bronzeamento) = aumento do conteúdo de melanina na epiderme 
Espessamento da camada córnea 
Suor: presença do ácido urocânico = também absorve radiação 
Fator de proteção solar (FPS) 
 
FPS representa a potência do produto contra os efeitos dos raios UVB. Há uma extensa 
variedade de FPS, desde 2 até 100. A escolha vai depender: 
• do tipo de pele 
• da região corpórea 
• do tipo de exposição solar que você vai se submeter. 
 
Muitos dos produtos encontrados no mercado contêm ingredientes ativos que absorvem as 
radiações UVA. Entretanto, ainda não foi estabelecida uma medida aceita universalmente da 
proteção UVA fornecida por tais produtos. Portanto ainda não é possível informar, 
quantitativamente,a proteção UVA nos rótulos. 
 
Filtros solares 
Químicos - absorvem as radiações ultravioletas, impedindo sua ação na pele; 
Físicos - são opacos, não absorvem a luz e sim a refletem. Portanto formam um filme protetor 
na pele. 
O fator de proteção solar (FPS) é definido como quantidade de energia UV necessária para 
produzir 1 dose mínima de eritema (DME) na pele protegida após aplicação de 2 mg/cm2 do 
produto, dividida pela energia UV para produzir 1 DME na pele desprotegida. 
Assim, um produto com um FPS 15 deve permitir um tempo de exposição ao sol, sem 
queimadura, 15 vezes maior do que um indivíduo teria sem proteção. 
 
FPS = DME com protetor solar 
DME pele desprotegida 
 
QUÍMICOS 
Octilmetoxicianamato 
Benzofenona 3 
Butilmetoxidibenzoilcinamato 
Octilmetil PABA 
Benzofenona 4 
Etildiproxipropil PABA 
 
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FÍSICOS 
Dióxido de titânio 
Óxido de zinco 
Talco 
Óxido de ferro 
 
ANOTAÇOES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IMPERFEIÇOES PERI-ORBITAIS 
 
Introdução 
A área dos olhos é uma região frágil, sensível e delicada e requer cuidados especiais, devendo 
ser uma preocupação constante dos clientes e está nas mãos dos profissionais fazer com que 
eles entendam essa necessidade. 
O contorno dos olhos possui uma epiderme muito fina e com poucas glândulas sebáceas e, 
como consequência, ocorre uma evaporação de água duas vezes maior, que ao restante da 
face, e num local pobre de manto hidrolipídico. 
A derme possui uma quantidade menor de fibras colágenas e elásticas, além de uma 
arquitetura celular diferenciada, que resulta no aparecimento espontâneo, seja qual for à 
idade, de linhas nos cantos dos olhos (rugas de expressão), no aparecimento de bolsas 
caracterizadas por pequenos acúmulos de gordura, edema, relaxamento das fibras elásticas 
que distendem e afrouxam o tecido, promovendo e acentuando a pigmentação ocorrida nas 
olheiras. 
Outros detalhes importantes devem ser observados, como o visível cansaço, o estresse e as 
duras provas que essa região está sujeita nas10 mil mímicas diárias e à exposição solar, 
causando danos imediatos ao frio, vento e à luminosidade. 
 
RUGAS 
 
 
São degenerações associadas à desidratação da derme e epiderme. Ocorrem normalmente por 
fatores genéticos, hormonais e exposição solar excessiva. No contorno dos olhos aparecem 
mais rapidamente, devido à degradação das fibras colágenas e a diminuição da atividade 
celular. 
Indicação Cosmética: Produtos preventivos contendo agentes hidratantes (ácido hialurônico, 
silícios orgânicos, lanablue), umectantes e emolientes (óleo girassol, algodão e abacate), 
vitaminas antioxidantes (A, E, e C), e oligoelementos (cálcio). 
 
 
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BOLSAS 
 
 
Resultam de um edema ou do acúmulo de gordura potencializado pelo relaxamento das fibras 
elásticas da pele. 
Indicação Cosmética: Fórmulas de uso contínuo que atuam na microcirculação, flacidez e 
densificação cutânea (vitamina B3 ou niacinamida, silícios orgânicos, extrato de jambú flor). 
 
OLHEIRAS 
 
Possuem causas múltiplas que variam do tipo racial, tamanho da cavidade óssea, uso 
constante de óculos, estresse, excesso de pigmentação melânica e sanguínea. As associações 
dessas alterações provocam danos à tonicidade dos vasos linfáticos e congestão sanguínea, 
que impede a circulação de retorno, prejudicando a remoção de pigmentos que se acumulam 
nos tecidos, conferindo à pele uma cor que vai do amarelo esverdeado ao marrom. 
Indicação Cosmética: Extratos vegetais calmantes e descongestionantes (althéia), vitaminas 
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clareadoras (vitamina B3 & C). Estudos recentes demonstram que a coloração das olheiras 
aparece, inclusive, pelo depósito do pigmento bilirrubina, que pode ser combatido 
eficazmente com o a associação do complexo Fraxinus excelsior, vitamina B3 e silício 
orgânico. 
Importante: É importante ressaltar que desde 12 de janeiro de 2010, sob o Parecer Técnico 
número 1, de 04/01/2010, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão 
responsável pela comercialização de artigos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes no 
Brasil, proibiu a utilização da Vitamina K, uma das matérias-primas mais utilizadas em 
produtos para a região dos olhos. Mais informações são encontradas no site 
www.anvisa.gov.br. Em minha opinião essa proibição devia ter sido feito antes, pois a 
vitamina K, já foi proibida pela comunidade européia, devido à alta ocorrência de dermatite 
de contato alérgica. 
 
Tecnologia Inovadora e Pioneira 
Eye Blue Advanced Technology é o mais novo conceito em tratamento para área dos olhos 
disponível para o profissional brasileiro. É uma tecnologia 3D ou tridimensional, que associa 
15 ativos em sinergia incorporados em uma base de especial, que otimiza a absorção e 
efetividade dos ativos. Essa associação ilumina, nutre, protege, hidrata e revitaliza. Esta 
inovação é indicada para todos os tipos de pele e promove a reorganização da arquitetura 
celular atuando de forma eficaz sobre rugas, bolsas e olheiras. Conheça mais detalhes dos 
bioativos, que fazem parte desta nova tecnologia: 
 
LANABLUE 
Extrato de algas azuis cianofíceas extraídas do Lago Klamath, com alto poder regenerativo 
comprovado em três testes de eficácia, In-vivo, In-vitro e Ex-vivo. 
Propriedades: Regenerador cutâneo que suaviza rugas finas e marcas de expressão. Aumenta 
a densidade da junção dermo-epidérmica e atua no DNA dos queratinócitos da pele. 
 
EXTRATO DE JAMBÚ FLOR (SPILHANTES ACMELIA) 
Importado da França produzido de forma sustentável e com testes de eficácia in vitro 
(fibroblastos) e in vivo (observação dermatológica e profilometria a laser), comprovando a 
ação estimulante celular, melhora na flacidez e promoção da densificação cutânea. 
Resultados efetivos e ultra rápidos na redução das rugas principalmente na área dos olhos. 
Propriedades: Anti-aging de ação rápida, ultra-Hidratante e estimulante celular (fibroblasto). 
 
ÁCIDO HIALURÔNICO 
É um biopolímero biotecnológico do ácido mucopolissacarídeo, existente abundantemente nos 
tecidos conectivos da pele. Ele preenche o espaço intracelular para manter a estrutura do 
tecido, mantendo assim a hidratação, lubricidade, flexibilidade e proteção. Possui excelente 
propriedade de retenção hídrica, promovendo a melhora da elasticidade, diminuição da 
irritação e hidratação prolongada. Estudos demonstram sua contribuição para a hidrodinâmica 
da pele e papel crucial na reepitelização, porque é parte integral da matriz extracelular dos 
queratinócitos. 
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Propriedades: Ultra-hidratante, conserva a maciez e elasticidade, melhoram o tônus tissular 
e reparador a pele. 
 
EXTRATO DE ALTHÉIA (ALTHAEA OFFICINALIS L.) 
Rica em polissacarídeos (mucilagem e pectina), sais minerais fósforo, cálcio, magnésio, 
esteróis, aminoácidos (asparagina) e albumina vegetal. 
Propriedades:Calmante, super-hidratante, amaciante, emoliente, regenerador e 
antioxidante. 
 
EXTRATO DE FREIXO (FRAXINUS EXCELSIOR) 
Extrato importado da França retirado de uma árvore da família das oleáceas (mesma família 
da oliveira) chamada Freixo. Seu extrato é rico em esculina e fraxina, conferindo propriedade 
antioxidante e protetora vascular. Promove a redução da coloração da região dos olhos, pois 
previne a degradação da hemoglobina e impede a formação da bilirrubina. Possibilita a 
recuperação da umidade e elasticidade natural da pele. Além de promover hidratação 
prolongada, maciez e brilho. 
Propriedades: Iluminador (clareador e anti-aging), revitalizante, nutritivo, umectante, 
hidratante, amaciante. 
 
SÍLICIOS ORGÂNICOS 
Principal componente da MEC (Matrix Extra Celular) das glicosaminoglicanas, do colágeno e da 
elastina. Reforça a estrutura e melhora a elasticidade, promovendo flexibilidade e resistência 
do tecido conjuntivo. É um protetor e um poderoso regenerador cutâneo. 
Propriedades: Altamente nutritivo, emoliente, restaurador, anti-aging, hidratante e 
remineralizante. 
 
ÓLEO DE ABACATE (PERSEA AMERICANA) 
O abacateiro é uma planta da família das lauráceas, originária do México e da América 
Central. Seu óleo é rico em vitaminas A, B1, B2 e C. O abacateiro é rico em lipídios, 
vitaminas, aminoácidos. 
Propriedades: Altamente nutritivo, emoliente, suavizante e dermoprotetor. 
 
ÓLEO DE GIRASSOL (HEILANTHUS ANNUS) 
É obtido do fruto maduro prensado e frio plenamente refinado. Tem ação emoliente e 
reepitalizante e é um bom hidratante de inverno principalmente para peles secas. 
Propriedades: Nutritivo, hidratante, emoliente, potente regenerador e cicatrizante. 
 
ÓLEO DE ALGODÃO 
O óleo de algodão contém uma mistura de ácidos graxos saturados e insaturados, sendo seu 
principal componente o ácido linoléico. As deficiências dos ácidos graxos essenciais nos seres 
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humanos provocam alterações na pele como descamações e ressecamentos. 
Propriedades: Emoliente, alto poder nutritivo e hidratante. 
 
VITAMINA E (TOCOFEROL) 
Antioxidante biológico inibe a formação de radicais livres e seu efeito nocivo sobre as 
membranas das células e outros componentes celulares, incluindo o DNA, protetor vascular. 
Melhora a elasticidade devolvendo vitalidade à pele. 
Propriedades: Antioxidante, dermocalmante, hidratante, antiinflamatória. 
 
VITAMINA B3 (NIACINAMIDA) 
Conhecida como Vitamina PP. É um energizante tecidual. Componente necessário para o 
metabolismo celular. Participa da síntese de hormônios e vitaminas, melhora a 
microcirculação, restaura o fluxo sanguíneo normal e ativa o transporte de oxigênio nas 
células. Melhora a hidratação por um mecanismo inovador, que aumenta a síntese de 
queratina e estimula duas proteínas epidérmicas (filagrina e evolucrina). Estudos demonstram 
que a vitamina B3 previne o processo de envelhecimento porque estimula novos fibroblastos e 
a produção de colágeno e também possui ação clareadora, pois inibe a transferência da 
melanina para os queratinócitos, inclusive nas regiões dos olhos. 
Propriedades: Energizante, hidratante, clareadora e anti-aging. 
 
VITAMINA B6 (PIRIDOXINA) 
Ativador celular. Essencial para a ativação celular com alta ação protetora. 
Propriedades: Estimulante celular, emoliente. Atua em sinergia com a Vitamina B3. 
 
VITAMINA C 
Protege as células dos radicais livres. Dentre os extratos naturais a Vitamina C é uma das mais 
antioxidantes. 
Propriedades: Protetor celular, auxilia na síntese de colágeno e elastina, despigmentante, 
anti-estresse cutâneo. 
 
VITAMINA F 
Mistura de ácidos graxos essenciais. É antioxidante, normaliza o tônus da pele, inibe a 
produção de melanina e melanócitos ativos, inibe a polimerização de melanina pré-formada e 
acelera a renovação do estrato córneo. 
Propriedades: Regeneradora, despigmentante, protetora e reparadora. 
 
PANTETONATO DE CÁLCIO 
Hidratante. Esta vitamina esta diretamente ligada em processos metabólicos como síntese 
bioquímica e transporte de energia. Energizador. Participa na síntese de hormônios e é um 
componente essencial para o metabolismo celular. 
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Propriedades: Ultra-Hidratante, emoliente, umectante, reparador tecidual e densificador 
cutâneo. 
 
Concluindo 
É importante ressaltar que para resultados mais efetivos o produto para o contorno dos olhos 
deve ser aplicado diariamente pela manhã, antes do filtro solar e a noite, antes do nutritivo. 
Para potencializar os resultados poderá ser feito o protocolo em cabine de no mínimo dez 
sessões. 
Este protocolo é indicado para a área dos olhos, devido ao fato de aumentar o nível de 
hidratação da pele, melhora da oxigenação local, diminuindo rugas e possíveis alterações de 
melanina. Melhora rapidamente a aparência da pele. 
Deve constar de limpeza do colo, pescoço e rosto, esfoliante adequado para a região, 
tonificação, ionização ou microcorrentes, respeitando cinco minutos para cada polaridade. 
Finalizar com o creme inovador e massagem própria para a área dos olhos, seguida de 
massagem com outro creme para o restante do rosto. 
Uma máscara hidroplástica encerra bem esta sequência. A cliente é liberada com a aplicação 
de fotoprotetor com FPS adequado à sua pele. 
A manutenção doméstica deve ser o braço direito da esteticista, que orientará a cliente na 
limpeza, tonificação, aplicação do produto na região dos olhos, seguida da fotoproteção, pela 
manhã. À noite, demaquilante, tonificante, iluminador do olhar e creme nutritivo para colo, 
pescoço e restante da face. 
 
ANOTAÇOES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GLOSSARIO DE TERMOS DERMATOLOGICOS 
LESÕES ELEMENTARES 
As reações da cútis se traduzem por limitado número de aspectos morfológicos que são 
as lesões individuais ou elementares. São como letras que constituem o alfabeto 
dermatológico. Assim como da união das letras surgem as palavras, e destas as frases, 
também do agrupamento de lesões elementares formam-se sinais objetivos e com estes 
caracterizam-se as síndromes e moléstias dermatológicas. 
Ainda que existam diferenças de conceitos e denominações, pode-se classificar as lesões 
elementares em cinco grupos básicos de alterações individualizadas da pele: 
• Alterações da cor 
• Formações sólidas 
• Coleções líquidas 
• Alterações da espessura 
• Perdas teciduais 
 
ALTERAÇÕES DA COR 
Manchas Vásculo-Sangüíneas 
• Eritema: Cor vermelha conseqüente à vasodilatação que desaparece por pressão digital 
ou vitropressão. 
• Cianose: Eritema arroxeado por congestão venosa ou passiva, com diminuição da 
temperatura. 
• Rubor: eritema rubro, conseqüente de vasocongestão ativa ou arterial com aumento de 
temperatura. 
• Enantema: eritema localizado nas mucosas 
• Exantema: eritema generalizado, agudo, de duração relativamente curta. Pode ser 
morbiliforme ou rubeoliforme, quando há áreas de eritema entremeadas com áreas de 
pele sã ou escarlatiniforme quando é difuso e uniforme. 
• Eritemas figurados: são manchas eritematosas de formas várias e de limites bem 
definidos. 
• Eritrodermia: eritema generalizado, crônico e persistente que se acompanha 
freqüentemente de descamação. 
 
Lividez: é uma mancha de cor lívida, do chumbo pálidoao azulado, de temperatura fria, por 
isquemia. 
Mancha angiomatosa: é mancha de cor vermelha, permanente, plana, que desaparece quase 
completamente por vitropressão forte, causada por neoformação névica de capilares da 
derme. 
Mancha anêmica: área esbranquiçada, permanente, determinada por agenesia vascular. A 
vitropressão da pele circunsjacente igual a esta à mancha, mostrando que se trata de mancha 
anêmica, excluindo hipocromia. 
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Telangiectasia: lesão filamentar, sinuosa, permanente devido à presença de capilares 
dilatados na derme. 
Púrpura: mancha vermelha que não desaparece pela vitropressão. É devida ao 
extravasamento de hemáceas na derme e na sua evolução torna-se sucessivamente, 
arroxeada e verde-amarelada. Até um centímetro de diâmetro chama-se petéquia, maior, 
equimose e, se linear, víbice. 
 
Manchas Pigmentares 
As manchas pigmentares ou discrômicas resultam da ausência, diminuição ou aumento de 
melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele. 
Leucodermias: é a mancha branca e compreende a acromia, de cor branco marfim, causada 
pela falta total de melanina ou a hipocromia de cor branco-nácar, causada pela diminuição da 
melanina. 
Hipercromia: Mancha de cor variável, causada pelo aumento da melanina ou depósito de 
outro pigmento. O aumento da melanina – mancha melanodérmica tem cor variável do 
castanho claro ao escuro, azulado ou preto. As manchas resultantes do depósito de 
hemossiderina ou do ácido homogentísico têm também cor do castanho escuro ao preto. A cor 
amarelada da pele é observada na icterícia e na carotinemia. As tatuagens apresentam 
coloração variável de acordo com o pigmento e profundidade da sua localização. 
 
FORMAÇÕES SÓLIDAS 
Resultam de processo inflamatório ou neoplásico, atingindo isolada ou conjuntamente a 
epiderme, derme ou hipoderme. Distinguem-se vários tipos: 
Pápula: lesão sólida, circunscrita elevada, menor que 1 cm, por processo patológico 
epidérmico, dérmico ou misto. 
Placa papulosa: é a lesão elevada de altura inferior a 1 cm, em plataforma que se estende 
em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de 
pápulas. 
Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo 
patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme 
Nodosidade ou tumor: formação sólida, circunscrita, elevada ou não, maior que 3 cm. O 
termo tumor é usado principalmente para processo neoplásico. 
Tubérculo: designação em desuso, significava pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz. 
Goma: é um nódulo ou nodosidade que se liquefaz na porção central e que pode ulcerar-se, 
eliminando substância necrótica. 
Vegetação: pápula pedunculada ou com aspecto de couve flor, branco avermelhada, que 
sangra facilmente, devida ao aumento da camada espinhosa, cristas epiteliais e papilas 
dérmicas. 
Verrucosidade: pápula ou placa papulosa de superfície dura, inelástica e amarelada por 
aumento peculiar da camada córnea. 
Urtica: elevação de forma irregular, cor variável do róseo ao vermelho, pruriginosa, com 
duração efêmera. Resulta da exsudação aguda da derme. É também chamada de pápula 
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urticariana. Quando atinge vários centímetros de extensão denomina-se placa urticada. 
 
COLEÇÕES LÍQUIDAS 
As lesões elementares incluídas no grupo das coleções líquidas são aquelas com conteúdo 
líquido que pode ser serosidade, sangue ou pus. Compreendem as vesículas, pústulas, bolhas, 
gomas, abcessos e hematomas. 
Vesículas: elevação circunscrita, contendo líquido claro, até 1 cm de tamanho. O líquido, 
primitivamente claro (seroso), pode se tornar turvo (purulento) ou rubro (hemorrágico). 
Bolha: elevação contendo líquido claro, maior que 1 cm em tamanho. O líquido, 
primitivamente claro, pode se tornar turvo-amarelado ou rubro, formando-se bolha purulenta 
ou hemorrágica. 
Pústula: elevação circunscrita, contendo pus até 1 cm em tamanho. É um abcesso superficial. 
Abscesso: coleção de pus na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não, de 
tamanho variável. A pele pode estar ruborizada e há calor, dor e flutuação. 
Hematoma: coleção de sangue na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não e de 
tamanho variável. 
 
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA 
Queratose: espessamento da pele, duro, inelástico, amarelado e de superfície eventualmente 
áspera. É causado pelo aumento da espessura da camada córnea. 
Liquenificação: espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor própria da pele, 
com aspecto quadriculado, de malhas poligonais bem definidas. É devida ao aumento da 
camada malpighiana. 
Edema: aumento da espessura, depressível, com cor própria da pele ou rósea-branca. É 
determinado pelo acúmulo de líquido na derme e/ou hipoderme. 
Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, 
limites imprecisos, acompanhando-se, as vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge 
fundo de cor café com leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, as vezes com 
edema e vasodilatação. 
Esclerose: alteração da espessura com aumento da consistência da pele que se torna lardácea 
ou coriácea. A pele pode estar espessada ou adelgaçada, não é depressível e o pregueamento 
é difícil ou impossível. Resulta de fibrose do colágeno. 
Atrofia: diminuição da espessura da pele, localizado ou difuso, que pode se acompanhar de 
adelgaçamento e pregueamento da pele. É devido a redução do número e volume dos 
constituintes teciduais. A atrofia linear chama-se víbice, nome que também serve para 
designar uma lesão purpúrica linear. 
Cicatriz: lesão lisa, plana, saliente ou deprimida, sem os sulcos, poros e pêlos, móvel, 
aderente ou retrátil. Associa atrofia com fibrose e discromia. É resultante da reparação de 
processo destrutivo da pele.Podem ser: (a) Atrofica – fina, pregueada, papirácea; (b) Críbrica 
– perfurada por pequenos orifícios; (c) Hipertrófica – nodular, elevada, vascular, com excessiva 
proliferação fibrosa, com tendência a regredir. 
 
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PERDAS TECIDUAIS 
São as lesões oriundas da eliminação exagerada ou da destruição dos tecidos cutâneos. 
Escama: massa laminada, furfurácea, micácea ou foliácea que se desprende da superfície 
cutânea. É devida à alteração da queratinização. 
Erosão ou exulceração: perda superficial que atinge somente a epiderme. 
Escoriação: erosão linear que é conseqüente à cocagem. 
Ulceração: perda de epiderme e derme eventualmente atingindo a hipoderme e outros 
tecidos. 
Úlcera: é uma ulceração persistente e de evolução crônica. 
Fissura ou ragádia: perda linear da epiderme e derme, no contorno de orifícios naturais ou 
em áreas de pregas ou dobras da pele. 
Crosta: concreção de cor amarelo-claro ao esverdeado ou vermelho-escuro, que se forma em 
área de perda tecidual. Resulta do dessecamento de serosidade (melicérica), pus (purulenta) 
ou sangue (hemorrágica), de mistura com restos epiteliais. 
Escara: área da pele de cor lívida ou negra, limitada, resultante de necrose tecidual. O termo 
é também empregado para a ulceração após a eliminação do esfacelo. Ainda que as lesões 
elementares possam se apresentar isoladamente, na maioria das vezes apresentam-se 
associadas ou combinadas, daí decorrendo variedade de expressões, como eritêmato-
papulosa, pápulonodular, atrófico-escamosa, ulcero-crostosa,vésico-bolhosa e inúmeras 
outras. 
 
TERMOS DESIGNATIVOS 
Formas, Contornos e Dimensões 
Anular: em anel 
Arcada: em arco 
Circinada: em círculo 
Corimbiforme: em corimbo, ou seja, lesão principal central e outras satélites 
Discóide: em forma de disco 
Figurada: com borda de contorno bem definida. 
Geográfica: de contorno irregular, lembrando mapa geográfico 
Girata: em giro ou espiral 
Gotada: em gotas 
Irisada: com círculos concêntricos 
Lenticular: como lentilha 
Linear: em linha 
Miliar: como grânulos de mílio. 
Numular: como moeda. 
Pontuada: em pontos. 
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Serpiginosa: em linha ou contorno sinuoso. 
Zosteriforme: consoante um trajeto de um nervo. 
 
DISTRIBUIÇÃO E NÚMERO 
Disseminada: lesões numerosas individuadas em várias regiões cutâneas. 
Generalizada: erupção difusa e uniforme, atingindo várias regiões cutâneas. 
Universal: comprometimento total, incluindo o couro cabeludo. 
 
SINAIS ESPECÍFICOS 
Caracterizam Síndromes ou Afecções 
Aftas: pequena ulceração em mucosa 
Alopécia: ausência de pêlos em locais pilosos 
Calo: hiperqueratose em cunha, que se introduz causando dor. Devida a irritação ou pressão 
mecânica dos pés. 
Calosidade: hiperqeratose circunscrita em áreas de pressão ou fricção nos pés e mãos. 
Celulite: inflamação da derme e/ou do tecido selular subcutâneo. 
Cisto: formação elevada ou não, constituída cavidade fechada envolta por um epitélio 
contendo líquido ou substância semi-sólida. 
Comêdo ou comedão: acúmulo de corneócitos no infundíbulo folicular (cravo branco) ou de 
queratina e sebum em um folículo piloso dilatado (cravo preto). 
Corno: excrescência cutânea circunscrita e elevada formada por queratina. 
Eritroderma: eritema generalizado, persistente e crônico, com descamação. 
Fístula: canal com pertuito na pele que drena foco profundo de supuração ou necrose. 
Milium (milio): pequeno cisto de queratina, branco amarelada, superficial na pele. 
Placa: uma área de pele elevada com mais de 2 cm de diâmetro. 
Poiquiloderma: sinal caracterizado por atrofia, telangiectasias e pigmentação, geralmente 
reticulada. 
Quelóide: formação elevada por proliferação fibrosa da pele, pós trauma, que não regride. 
Sero-pápula: é formada por uma vesícula sobre o centro de um pequena pápula urticada. 
Lesão típica do estrófulo. 
Sulco (túnel): pequena saliência linear, inferior a um cm, com vesícula perlácea, do tamanho 
da cabeça de um alfinete na extremidade. Lesão típica da escabiose. 
Sinal de Auspitz ou do orvalho sangrento: aparecimento de ponteado hemorrágico quando se 
raspam as escamas na psoríase. Também conhecido como sinal da vela. 
Sinal de Darier: fricção da lesão determina urtica. Típica da urticária pigmentosa 
(masticitose). 
Fenômeno (sinal) de Koebner: aparecimento de lesões similares às da dermatose por 
trauma. Típico da psoríase e liquen plano. 
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Sinal de Sampaio: bainha gelatinosa nas raízes dos cabelos, encontrada na pseudopelada e 
lúpus eritematoso. Indica atividade da doença. 
Sinal de Zileri: descamação observada pelo estiramento da pele na pitiríase versicolor. 
 
GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO 
Acantólise: perda de adesão entre células epiteliais por degeneração dos desmosomas ou da 
substância cimentante intercelular o que permite a formação de bolhas ou vesículas. 
Acantose ou hiperacantose: aumento moderado ou excessivo da camada malpighiana. 
Alteração cavitária: edema intracelular com formação de cavidades no interior de células 
malpighianas. É a fase inicial da degeneração reticular. 
Anaplasia: alteração de células que apresentam núcleos grandes, irregulares e 
hipercromáticos e com eventual presença de mitoses atípicas, característica de neoplasias 
malignas. 
Bolha: cavidade epidérmica ou sub-epidérmica, contendo serosidade, hemácias ou células. A 
bolha inferior a 1 cm de diâmetro pode ser chamada de vesícula. A lacuna é uma vesícula 
pequena, intra-epidérmica. 
Degeneração balonizante: alteração de células epidérmicas que assumem forma em balão 
por edema e perdem as conexões intercelulares o que possibilita a formação de bolhas ou 
vesículas. É característica das infecções virais. 
Degeneração basófica ou colágeno: presença de material basófilo na derme papilar por 
degeneração das fibras colágenas e elásticas em áreas expostas à luz solar. 
Degeneração fibrinóide do colágeno: depósito de fibrina entre a fibras colágenas ou em 
torno de vasos, que se caracteriza por cor eosinófilica brilhante e aspecto homogêneo. É 
encontrada no lúpus eritematoso, vasculites alérgicas e nódulos reumatóides. 
Degeneração granulosa da epiderme: também chamada Hiperqueratose epidermolítica. 
Atinge as porções superior e média da camada malpighiana, produzindo intenso edema 
intracelular, levando à perda dos contornos celulares. Acompanha-se de hiperqueratose e 
produção excessiva de grânulos de querato-hialina grandes e irregulares. Ocorre em doenças 
congênitas. 
Degeneração hidrópica ou de liquefação: vacuolização das células basais conseqüente e 
edema na derme, encontrada em numerosas afecções, como lupus eritematoso, líquen plano, 
líquen escleroso e atrófico e outros. 
Degeneração hialina do colágeno: neste tipo de degeneração os feixes colágenos 
apresentam-se de volume aumentado, mais eosinófilos e homogêneos, com diminuição dos 
fibroblastos. É encontrada nas cicatrizes, quelóides e esclerodermia. 
Degeneração reticular: edema intenso, intracelular que estoura as células epidérmicas e 
forma vesícula septada, sendo os septos restos de membranas celulares. É encontrada nas 
doenças virais e em dermatites agudas. 
Desmosoma: estrutura conetiva das células epidérmicas, anteriormente chamadas de ponte 
intercelular. 
Disqueratose: alteração do processo de queratinização no qual ocorre uma queratinização 
prematura e individual de queratinócitos. Pode ocorrer em neoplasias malignas ou em 
algumas afecções congênitas. 
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Espongiose: edema intercelular na camada malpighiana que pode levar à formação de 
vesícula ou bolha. É encontrada nas dermatites agudas. É característica do grupo pênfigo 
porém pode ser encontrada na queratose actínica e epiteliomas, bolhas virais e doença de 
Darier. 
Incontinência pigmentar: depósito de melanina na derme, livre ou no interior de 
macrófagos, por perda devida à lesão das células melanocíticas (células claras) na camada 
basal. 
Infiltrado inflamatório agudo: presença na derme de polimorfos nucleares com fenômenos 
exsudativos de edema, vaso-dilatação e congestão. 
Infiltrado inflamatório crônico inespecífico: presença na derme de histiócitos, linfócitos e 
plasmócitos com fenômenos proliferativos do conjuntivo, porém sem qualquer arranjo 
característico. 
Infiltrado inflamatório granulomatoso: presença na derme de infiltrado constituído por todos 
ou alguns dos seguintes elementos celulares: linfócitos, histiócitos, plasmócitos, células 
epitelióides e gigantócitos, com fenômenos proliferativos do conjuntivo. O infiltrado tem um 
arranjo sugestivo de agente específico, infeccioso ou corpo estranho. 
Infiltrado neoplásico maligno: infiltrado na derme com a presença de células com 
pleomorfismo e anaplasia. 
Lisosoma: corpúsculo intracitoplasmático que contém enzimas capazes de digerir material 
endógeno ou exógeno fagocitado. 
Melanócito: célula dentríticapresente na camada basal da epiderme e na matriz pilosa, que 
produz melanina. 
Melanófago: macrófago ou histiócito que fagocitou melanina. 
Microabscesso: pequeno acúmulo de neutrófilos, eosínófilos ou células linfo-histiocitárias na 
epiderme e ápice das papilas dérmicas. O microabscesso de Munro-Sabouraud é constituído 
por acúmulo de neutrófilos degenerados na camada córnea ou de para queratose na psoríase. 
O microabscesso de Pautrier é constituído por células atípicas linfo-histiocitárias na camada 
Malpighiana. 
Necrose caseosa: necrose em que o tecido perde sua estrutura e há um material eosinófilo, 
amorfo, finamente granuloso podendo ser encontrados fragmentos nucleares. 
Necrose coliquativa: necrose tecidual com presença de neutrófilos degenerados, isto é com 
formação de pus. 
Papilomatose: proliferação das papilas dérmicas com alongamento das cristas epiteliais. 
Papiloma: é uma papilomatose circunscrita com hiperqueratose. É o substrato do nevo 
verrucoso, queratose seborreica, queratose actínica, e verruga vulgar. Em geral é possível a 
distinção entre essas varias afecções. 
Paraqueratose: alteração do processo de queratinização normal com a presença de núcleos 
na camada córnea e diminuição ou desaparecimento da camada granulosa. 
Queratinócito: são as células epidérmicaas que em um processo de diferenciação formam a 
camada córnea, queratinosa. 
Queratose e hiperqueratose: espessamento moderado ou excessivo da camada córnea. 
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ANEXOS – ARTIGOS 
 
DESPIGMENTANTES: INFORMAÇÃO E ACONSELHAMENTO PARA UMA CORRECTA UTILIZAÇÃO 
 
Pele e suas Funções 
A pele é um órgão multifuncional, complexo, resistente e flexível, que reveste o corpo e o 
protege contra as agressões do meio exterior. Estruturalmente pode ser dividida em três 
camadas distintas: a epiderme, a mais superficial, a derme e a hipoderme. 
 
Destacam-se como funções mais importantes as de proteção, termorregulação, recolha de 
informação, renovação, reparação de eventuais alterações da integridade da mesma, 
eliminação, absorção, conservação da homeostasia, imunitária, entre muitas outras. 
 
Discromias 
É a designação atribuída às modificações patológicas da coloração da pele, devido a 
alterações quantitativas de pigmento responsável pela sua coloração (melanina). As 
discromias resultam da alteração dos processos bioquímicos que atuam sobre a síntese de 
melanina, resultando, conseqüentemente, numa modificação das características da coloração 
da pele. No caso de um aumento da quantidade de melanina produzida ocorre uma 
hiperpigmentação, como as manchas, melasmas, cloasmas, entres outras; no caso de uma 
diminuição ocorre hipopigmentação, como o albinismo, a vitiligo, entre outras. 
Melanina 
A melanina é o principal pigmento endógeno responsável pela coloração da pele. Esta possui 
uma cor acastanhada e é produzida pelos melanócitos, que se situam na derme. O bronzeado 
consiste na acumulação uniforme de melanina, resultante da exposição da pele à radiação 
solar, com consequente estimulação dos melanócitos. O seu papel fisiológicoconsiste em 
conferir à pele fotoproteção, funcionando como um filtro que dispersa ou reflete a radiação 
solar (raios ultravioleta), mediante o seu escurecimento. 
A melanina é produzida, sistematicamente, a partir da tirosina segundo o seguinte esquema: 
Tirosina 3,4 dihidroxifenilalanina (dopa) dopaquinona melanina 
 
Hiperpigmentação 
A hiperpigmentação é uma discromia que consiste numa produção excessiva de melanina, 
conferindo à região afetada, normalmente uma superfície limitada, uma coloração mais 
escura que o restante tom de pele. Esta coloração pode ser resultado de fatores externos 
como a exposição solar excessiva, traumas na superfície cutânea ou mesmo a utilização de 
certos medicamentos, tais como os contraceptivos orais. Em relação aos fatores internos, 
estes podem ser de natureza genética, distúrbios endócrinos ou mesmo características raciais. 
De forma a evitar, atenuar ou tratar as hiperpigmentações e o seu efeito inestético inerente, 
pode-se recorrer a 3 tipos de medidas: 
Medidas Preventivas: Caso as hiperpigmentações resultem de uma reação à exposição solar, 
evitar a exposição ao sol e recorrer à utilização de protetores solares com elevado fator de 
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proteção solar (máximo existente no mercado SPF 50+). Por outro lado, caso resultem de 
alguma terapêutica instituída, fale com o seu médico ou peça aconselhamento ao seu técnico 
de farmácia ou farmacêutico. 
Medidas Corretivas: Quando já instaladas as manchas, pode-se recorrer à utilização de 
cosméticos como os fond de tein (bases coloridas) ou maquilhantes corretivos que cobrem a 
superfície cutânea disfarçando as manchas, conferindo uma coloração uniforme. 
Medidas de Tratamento: Recorre-se ao uso de cosméticos que incorporam agentes com 
propriedades despigmentantes que, quando aplicados na superfície cutânea, eliminam as 
manchas por interferência na produção de melanina. No entanto, podem ser também 
utilizados raios laser para a sua eliminação. 
Tratamento das Hiperpigmentações 
As substâncias ativas com propriedades despigmentantes encontram-se disponíveis no 
mercado sob várias formas de apresentação, tais como pomadas, cremes, loções, entre 
outras. A sua ação, geralmente, centra-se na interrupção da cadeia de formação de melanina 
já mencionada. 
Os despigmentantes mais empregues em formulações de aplicação tópica são: 
- Ácido Ascórbico: é utilizado numa concentração entre 0,5 a 1%; no entanto, o seu derivado, 
o fosfato de ascorbil magnésio, apresenta maior estabilidade química. 
- Ácido Azeláico: derivado do fungo Malassezia furfur é utilizado em formulações, geralmente, 
em concentrações de 20%. A sua ação deve-se à inibição da tirosinase (enzima que catalisa a 
reação de transformação da tirosina em dopa), produzindo um efeito seletivo sob os 
melanócitos anormais. 
- Ácido Glicólico: é um ácido orgânico, um alfa hidroxiácido, que também é utilizado em 
preparações tópicas para a hiperpigmentação. Este é também muito utilizado em danos 
cutâneos provocados pela exposição solar, bem como no tratamento da acne e rugas finas. 
- Ácido Kójico: um derivado do arroz, apresenta grande eficácia na despigmentação porque 
inibe a ação da tirosinase, pela quelação dos íons cobre essenciais à sua reação. É utilizado 
em concentrações compreendidas entre 0,005 e 4%. É potente, seguro e ausente de 
citotoxicidade. 
- Ácido Retinóico: utilizado como despigmentante devido à sua ação de descamação (peeling). 
Diminui a pigmentação, principalmente nas hipercromias superficiais (hipercromias 
epidérmicas). 
- Hidroquinona: também inibe a atividade da tirosinase. Esta é utilizada em concentrações 
inferiores a 2% devido à sua baixa tolerância cutânea, sendo utilizada num período máximo de 
9 meses. As formulações com hidroquinona em Portugal só são possíveis mediante prescrição 
médica (fórmula magistral), sendo a sua preparação e dispensa efetuadas em farmácias 
comunitárias, através da apresentação da respectiva receita. 
 
Recomendações para os tratamentos despigmentantes 
1 – Para a eficácia do tratamento é necessário que a pele se encontre limpa e hidratada, para 
uma boa absorção do despigmentante; 
2 – É recomendada a realização de uma limpeza profunda da pele, que pode ser efetuada 
através da utilização de substâncias com efeito de peelling (por exemplo um alfa hidroxiácido 
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