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1 Motivacao para Estudo

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1 
 
 
DELEGAÇÃO DE NIASSA 
Av. Samora Machel, Tel.: 27128928, Fax: 27121520, Caixa Postal n.
o
4; - Lichinga 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA 
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO De BIOLOGIA E AGRO-PECUARIA 
 
MEIC- Métodos de Estudo e Investigação Cientifica 
 Docente: MA: Ezequiel Alfino 
1. A Motivação Para O Estudo 
Para se ter um estudo proveitoso, devemos sempre buscar um motivo para aquele ato, pois estudar só 
vale a pena quando é feito com um bom motivo. Ao se motivar a estudar, nos lembraremos dos 
benefícios que aquele esforço irá produzir. 
A motivação é um elemento essencial para uma aprendizagem eficiente. Um aluno motivado sempre 
aprende melhor mesmo quando o material didático ou as aulas forem mal-estruturados. No entanto, 
infelizmente, é muito comum o aluno não ter motivação para estudar. Talvez isso ocorra porque ele 
nunca tenha se questionado o motivo de seu estudo. O estudo desenvolve a capacidade de analisar e 
compreender. Ele permite que o indivíduo tenha uma visão mais crítica do mundo. O estudante torna-
se mais perspicaz para perceber as situações do dia-a-dia e aproveitar o conhecimento adquirido em 
seu benefício — assumindo assim um controle maior de sua própria vida. 
Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode surgir pela própria 
curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um 
desafio. Nesses casos, existem técnicas que podem ajudar. 
Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu objetivo e sentir as 
sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido — faz com que você se torne mais 
confiante. Por exemplo, se o seu objetivo é passar no vestibular, imagine você sendo aprovado, depois 
de tanto esforço e dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome na lista 
de aprovados. 
Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os mesmos sonhos e ideais 
que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o 
outro — faz com que todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. 
Quando uma pessoa está motivada, ela terá mais ânimo para prosseguir e crescer nos seus objetivos. A 
motivação faz com que o estudante seja mais eficiente nos estudos, gerando mais resultados e 
2 
 
conseqüentemente tornando-o uma pessoa mais tranqüila, segura e feliz — não somente enquanto 
estuda, mas também em quaisquer situações de sua vida. 
Portanto, todo projeto de longo prazo terá momentos de ânimo, assim como momentos de grande 
desânimo — que trarão vontade de desistir. Procure, então, preparar-se para os dias de baixa: eles 
certamente virão e você deve aprender a lidar com eles. A motivação deve ser trabalhada diariamente. 
Todos os dias você pode e deve lembrar-se dos motivos que re fazem estudar — seja dinheiro, sucesso 
profissional, realização pessoal ou qualquer outro motivo. Pensar de forma positiva também ajuda 
muito. Quando os momentos de crise, desânimo e cansaço aparecerem, tudo bem! Isso é normal. 
Procure relaxar, fazer outras atividades e retome em outro momento. 
3 
 
Estratégias de estudo 
Estudar é a forma mais comum de adquirir conhecimento. Na grande maioria das sociedades atuais, a 
maneira encontrada pelas pessoas para transmitirem o conhecimento já adquirido através das gerações 
é possibilitando que os descendentes estudem desde crianças. 
 
Entretanto, muitas pessoas não têm uma noção correcta do que seja o conhecimento. Elas estão 
preocupadas apenas em obter e memorizar informações, e não em adquirir conhecimento. E assim 
acabam desperdiçando suas energias tentando guardar informações esparsas e desconexas, que 
inevitavelmente serão esquecidas, perdidas no meio de tantas outras. 
 
Devemos entender que ter conhecimento não é o mesmo que apenas ter a posse de informações sobre 
determinado assunto. Conhecimento é muito mais do que isso. Ter conhecimento é ter a capacidade de 
processar informações, de aplicá-las e combiná-las com outras. Ter conhecimento não é como ter um 
guia para consulta em sua própria mente. Quantas pessoas, apesar de ter um manual em suas mãos, têm 
dificuldades para operar com eficiência algum aparelho electrónico? 
 
Nossa busca deve ser voltada para o conhecimento dinâmico, interactivo, onde os dados funcionam e 
se relacionam connosco e com o ambiente. Neste caso, quanto mais se aprende, mais fácil fica passar 
por este processo de aprendizagem, pois saber não ocupa espaço. Muito pelo contrário, agregar 
conhecimento e inter-relacionar informações facilita o uso da memória, do raciocínio e da nossa 
criatividade. 
 
Para conquistarmos o conhecimento através do estudo, devemos ter em mente que estudar deve ser 
uma actividade que exige uma postura crítica, na qual aquele que estuda se sente desafiado pelo texto 
em sua totalidade e seu objecto é apropriar-se de sua significação. 
 
O estudante deve assumir uma postura curiosa: a de quem pergunta, a de quem indaga, a de quem 
busca. Estudar não é memorizar mecanicamente, como se o saber fosse uma doação dos que se julgam 
sábios aos que julgam nada saber. O leitor deve abandonar a postura passiva utilizada pela maioria dos 
estudantes e se postar como alguém que está dialogando activamente com o autor do texto. 
4 
 
 Um dos métodos de estudo mais antigos e conhecidos é o de Sócrates, segundo o qual o estudo deve 
abranger três momentos: 
 
1. APRENDER: É o primeiro momento, quando ocorre a aula, a leitura, etc. 
2. APREENDER: É o segundo momento, onde, mentalmente e/ou de posse de anotações, resumos, 
fitas gravadas, etc., o aluno revisa, medita e reflecte a respeito da matéria. 
3. PRATICAR: O aluno passa a executar alguma tarefa onde o conhecimento adquirido seja 
necessário. Ao realizar tarefas relacionadas ao que se aprendeu, a fixação é de excelente qualidade e 
durabilidade. Durante a execução sempre surgem dúvidas que, respondidas, fixam o conhecimento de 
forma permanente, além de se adquirir outros tantos decorrentes da prática. 
O método socrático, universalmente conhecido e utilizado, é a base para qualquer estratégia de estudo. 
Mas, além disso, uma boa estratégia de estudo deve considerar duas variantes: 
1. PERSONALIZAÇÃO: Deve-se ter em mente que o mais importante é saber encontrar nosso modo 
de aprender e nosso modo de encontrar os resultados. Por isso, devemos testar todas as técnicas, 
procurando sempre adaptá-las às nossas peculiaridades, personalizando-as quando possível. 
2. AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO: Monitorando nosso processo de 
aprendizagem, prestando atenção àquilo que funciona e àquilo que vale e que não vale a pena. Um 
processo contínuo de aperfeiçoamento não dispensa uma constante verificação das vantagens e 
desvantagens de cada método. 
 
Uma estratégia de estudos envolve métodos e técnicas: 
A palavra "método" vem das palavras meth (através, para além de, após) e odos (caminho), ou seja, 
método é o caminho que deu certo, que o leva adiante. 
Já o termo "técnica" indica procedimentos usados para realizar uma determinada tarefa. Por exemplo, 
sublinhar, esquematizar, etc. 
Para facilitar a montagem de uma estratégia de estudos personalizada e proveitosa, vamos expor 
algumas técnicas básicas que proporcionam um estudo mais eficaz: 
A MOTIVAÇÃO 
Para se ter um estudo proveitoso, devemos sempre buscar um motivo para aquele ato, pois estudar só 
vale a pena quando é feito com um bom motivo. Ao se motivar a estudar, nos lembraremos dos 
benefícios que aquele esforço irá produzir. 
 
 
5 
 
PAIXÃO: uma das maiores motivações 
Procure seapaixonar pela matéria. A paixão é extremamente importante para nosso rendimento e no 
caso do estudo, este artifício pode ser considerado uma chave-mestra. Quem consegue se apaixonar 
pelo assunto estudado terá resultados infinitamente melhores do que aquele que o estuda sem paixão. 
 
 
Curiosidade, Perguntas E Respostas 
Fazer perguntas activa a curiosidade, que é a mãe de todo aprendizado, das descobertas e das 
novidades. Para ser um bom pesquisador, devemos cultivar os desejos de ver, saber, informar, 
desvendar, alcançar, o interesse de aprender, conhecer, investigar determinados assuntos e procurar 
coisas novas. 
 
Nunca devemos ter medo de perguntar, pois a única tolice é não querer aprender. Cursos são lugares 
feitos para se aprender e a dúvida e o erro fazem parte desse processo. 
 
 
Ver, Sentir E Ouvir 
A mente humana pode captar milhares de informações ao mesmo tempo, ainda que venham 
combinadas pelos vários sentidos (audição, visão, olfacto, etc.). Isso vai depender da importância que 
você der a cada parcela e tem utilidade no tema "estudo", porque a atenção ao estudo está na razão 
directa da importância que lhe empregamos. 
Outras maneiras mais tradicionais de se conseguir aumentar a qualidade do estudo, como fazer 
resumos, esquemas, gráficos, fluxogramas e anotações em árvore, podem e devem ser incorporadas à 
sua estratégia de estudo personalizada. Como foi exposto anteriormente, não há uma estratégia única, 
que atenda a todas as pessoas. O ideal é que cada aluno, utilizando as técnicas e métodos disponíveis, 
crie sua própria estratégia de acordo com o que funcione melhor no seu contexto e com suas 
peculiaridades e necessidades específicas. 
 
 
 
 
2. DICAS PARA ESTUDAR MELHOR 
A maioria das pessoas não se preocupa em fazer um panejamento antes de começar os estudos. 
Entretanto, agir assim pode causar um desperdício de tempo, fazendo com que a tarefa de estudar 
pareça muito mais difícil do que realmente é. 
 Nesse pequeno texto, serão discutidas dicas simples que podem ajudar, e muito, a tornar os estudos 
mais agradáveis e produtivos. 
 
Muitos acham que estudar não é fácil. Tanta coisa melhor para se fazer! 
Sair com os amigos, ir ao cinema, namorar, dançar, conhecer lugares novos, voltar aos favoritos... 
Mesmo sem sair de casa, ainda há muita coisa interessante, como assistir filmes, novelas e seriados na 
6 
 
televisão, jogar video-game, navegar na internet ou instalar joguinhos e programas novos no 
computador, atacar a geladeira ou o pacote de biscoitos, ouvir música, conversar no telefone, ou 
simplesmente deitar e dormir... 
 
Mas não dá para viver só fazendo essas coisas tão boas. Normalmente, elas não dão retorno financeiro, 
muito antes pelo contrário! 
Então, se quisermos ter um bom emprego ou mesmo ser donos do nosso próprio negócio, se quisermos 
crescer, é indispensável que nos dediquemos aos estudos também. 
 
Afinal, estudar é tão necessários que passamos a grande parte dos nossos primeiros anos estudando. E 
mesmo depois que saímos da escola e da faculdade, muitas vezes ainda precisamos estudar mais para 
nos mantermos actualizados e termos mais chances de ter sucesso em alcançar nossos objectivos 
profissionais. 
 
Assim, a partir do momento que admitimos ter que estudar para conseguir o que queremos, devemos 
tentar tornar essa actividade mais prazerosa, ou, pelo menos, menos árdua. E a melhor maneira de 
tornar alguma coisa melhor é pela análise e panejamento. 
 
 
Vamos analisar juntos como é a forma usual de estudos e tentar descobrir os pontos negativos e 
positivos, planejando uma estratégia que maximize os resultados. Muitos pensam que estão perdendo 
tempo fazendo um panejamento, afinal, esse tempo poderia ser gasto directamente nos estudos. 
Entretanto, o panejamento é essencial a qualquer actividade na qual se deseja atingir resultados de 
forma eficiente e económica. 
 
Ao estudar sem se preparar, sem planejar, sem organizar recursos e sem estabelecer metas, corre-se o 
risco de direccionar esforços para as actividades erradas, desnecessárias ou improdutivas, 
desperdiçando tempo e causando stress e desmotivação. 
 
Um ambiente de estudos adequado tende a maximizar o aproveitamento dos estudos, enquanto locais 
inadequados ou despreparados tendem a causar desperdício de tempo. Um ambiente de estudos deve 
ser tão agradável que nem se nota que ele existe. 
 
- Procure um local fresco e bem ventilado, mas desde que o vento não leve suas anotações! Locais 
abafados, quentes ou frios demais acabam por desviar a atenção do estudante que fica mais preocupado 
com o calor ou frio do que com a matéria em si. O local deve ser bem iluminado. A luz deve ser 
posicionada de forma a evitar formação de sombras durante a leitura e anotações. 
 
Uma iluminação insuficiente sobrecarrega o trabalho dos olhos acelerando o cansaço visual, 
diminuindo o tempo da sessão de estudo ou causando desânimo e stress. 
7 
 
O lugar onde vai estudar deve ser calmo e tranquilo, de forma que evite ou minimize interferências 
externas. Se possível, avise aos outros que pretende estudar e que não deseja ser interrompido. Deixe 
os telefonemas e conversas para os intervalos. 
 
Mantenha à mão tudo aquilo que acredite ser preciso, como lápis, caneta, marcadores de texto, papéis 
para anotações, dicionário, livros relacionados, relógio etc. Assim você evita ter que se levantar para 
buscar alguma coisa. Mas cuidado para não se distrair com esses objectos. 
 
A ideia aqui é evitar interromper a sequência de leitura e raciocínio, pois isso causa perda de 
concentração e diminuição do rendimento. 
Procure usar uma cadeira confortável, de preferência que regula a altura. A altura deve ser regulada de 
forma que os cotovelos fiquem na mesma altura da mesa, e os braços apoiados na mesa ou no próprio 
apoio de braço da cadeira. As bordas da cadeira devem ser arredondadas para não comprometer a 
circulação sangüínea dos membros inferiores. 
 
As costas devem se apoiar ao encosto para evitar dores lombares. Use também um apoio para os pés. 
Pode ser qualquer coisa que sirva para apóia-los de forma que não fiquem dependurados, pois isso 
pode causar dormência nas pernas. 
 
Problemas causados pela adoção de uma postura incorreta ao 
estudar. 
 
Coloque-o num ângulo de aproximadamente 45 graus, possibilitando que a coluna se mantenha reta e 
apoiada e somente os olhos se voltem para o livro. Esse efeito pode ser obtido com o auxílio de algum 
objeto, até mesmo outro livro mais grosso que sirva de apoio. As mãos devem ficar livres para fazer 
anotações. 
8 
 
 
 
Outra dica é a de posicionar a mão na parte superior da folha antes de ler a última frase da página, para 
que o movimento de virar a página não implique perda de tempo e nem interrupções à leitura. 
 
Procure não estudar numa cama, por mais confortável que seja. Às vezes, conforto demais atrapalha! 
 
 
Ao deitar-se, ou mesmo sentar-se numa cama, o organismo automaticamente associa essa sensação e 
ambiente ao sono, o que cria ou aumenta a vontade de dormir, o que além de diminuir a concentração, 
coloca em risco seu plano de estudos no caso de você não resistir e só acordar algumas horas depois. 
Procure estar descansado antes de começar uma sessão de estudos. 
 
Pouco valerão seus esforços se você estiver cansado e sonolento, pois, como já foi dito, nesses estados 
a pessoa não consegue se concentrar satisfatoriamente para reter o conhecimento. 
 
Além disso, como a leitura é feita com o corpo em repouso, a tendência de alguém cansado é acabar 
caindo no sono. Assim, se estiver muito cansado, é mais proveitoso usar um poucodo tempo para 
descansar e voltar depois com as baterias cheias do que lutar contra o sono e desperdiçar o tempo com 
um esforço sem recompensa. 
Alimentos de difícil digestão ou em grande quantidade requerem uma alocação maior de energia para o 
funcionamento do sistema digestivo. E é justamente o alto consumo de energia pelo sistema digestivo 
que causa sonolência após as refeições mais pesadas. E, além disso, quanto mais comermos, mais 
9 
 
tempo ficaremos nesse estado, pois mais tempo durará a digestão. 
 
Assim, antes dos estudos, prefira uma alimentação moderada e balanceada, que garanta um rápido e 
eficiente funcionamento do sistema digestivo, sem uso excessivo de energia, mantendo o organismo 
alerta e bem-disposto. 
 
Antes de começar a estudar, é bom fazer alguns exercícios básicos de relaxamento. 
 
- Estudos indicam que conseguimos um maior nível de concentração e, consequentemente, absorvemos 
mais informações quando as ondas cerebrais são mais lentas, o que ocorre quando estamos mais 
relaxados. 
 
Conseguimos esse efeito, principalmente, através do controle da respiração. Quando respiramos 
profundamente, oxigenamos o cérebro ajudando-o a trabalhar melhor e relaxamos o corpo como um 
todo. Faça uma inspiração profunda, pelo nariz, enchendo os pulmões de ar ao máximo, estufando o 
peito. 
 
- Segure o ar nos pulmões por alguns segundos, contando lenta e silenciosamente até 3. Então comece 
a expirar o ar lentamente, até esvaziar completamente os pulmões. 
 
- Repita esse exercício pelo menos 2 vezes, até se sentir mais relaxado. 
Evite estudar sem parar. Isso causa cansaço e perda de concentração, diminuindo o rendimento. 
Planeje seus estudos para sessões de aproximadamente 50 minutos, fazendo intervalos de 10 a 20 
minutos entre as sessões. 
 
- Use esses intervalos para descansar, comer alguma coisa, fazer exercícios de relaxamento e 
alongamento, dar uma volta pela casa, ir ao banheiro, conversar, resolver questões particulares 
pendentes... 
 
Enfim, use esse tempo para fazer tudo aquilo que precisar. 
Sabendo que possui esse "tempo livre", você fica mais tranquilo para evitar sair da mesa a toda hora, 
evitando interrupções desnecessárias. 
 
Além disso, fazendo esses intervalos você recarrega as baterias e fica pronto para uma nova sessão de 
estudos, com a cabeça descansada e aberta para receber mais informação. 
 
Mas atenção: não adianta só parar de estudar e não fazer nada. Procure, pelo menos, sair do ambiente 
de estudo e dar uma volta, uma esticada. Do contrário, o intervalo não fará o efeito desejado. 
 
Então, para maximizar os resultados dos estudos e aproveitar melhor o tempo que ficamos na frente 
dos livros, devemos, primeiramente, escolher um local adequado para estudar. 
10 
 
 
Este local deve ser arejado, bem iluminado, calmo e silencioso, onde a iluminação seja boa, e que 
tenha à mão tudo o que for preciso para os estudos. 
 
 
Ao estudar, devemos adotar uma boa postura, que evite a sonolência e ao mesmo tempo permita uma 
sessão de estudos sem desconforto ou dores. 
Devemos estar descansados antes de começar, além de evitar alimentos pesados antes e durante o 
período de estudos. Do contrário, podemos sentir sonolência, prejudicando o rendimento. 
 
Ao sentar-se para começar, é bom fazer um exercício de respiração para relaxar e oxigenar o cérebro. 
 
E finalmente, não estude por mais de 50 minutos consecutivos. Entre uma sessão de 50 minutos e 
outra, faça intervalos de 10 a 20 minutos, usando-os para fazer tudo aquilo que precisar. 
 
 
 
3. A MEMÓRIA 
Como definição, a memória é a função mental de armazenamento de informações e experiências. É a 
capacidade humana de reter e evocar qualquer forma de conhecimento. 
 
Como já foi dito no curso sobre o cérebro humano, foi visto que este orgão tem a capacidade de 
memorizar tudo que acontece, sendo que espaço e capacidade existem e só falta aprender a utilizar esse 
potencial 
se sabe que um adulto é capaz de recordar os fatos das últimas semanas e tem dificuldade para recordar 
fatos distantes no passado, ao passo que pessoas idosas conseguem recordar perfeitamente fatos de sua 
adolescência e têm dificuldade para lembrar o que aconteceu no dia anterior. Isto demonstra que os 
dados permanecem dentro do cérebro, a única dificuldade é recuperá-los. 
 
Já sabemos que o processo da memória decorre de um sistema que trabalha com cinco momentos 
distintos e são eles: 
 
- Captação, fixação, manutenção, recuperação e transmissão 
 
Captação: Cada pessoa recebe informações através de seus cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato 
e paladar, sendo que a visão possui certa preponderância, mas sempre influenciado pelo 
desenvolvimento cerebral. Por isso, devemos sempre cuidar dos nossos cinco sentidos de forma a 
aumentar a captação, prestando atenção no que se esta fazendo e ao que esta acontecendo. 
Fixação: Este processo dependerá do tipo de memória utilizada, ou seja, de curto ou de longo prazo e 
também da qualidade de armazenamento. A fixação corresponde ao "marcar" a informação recebida 
11 
 
pelo cérebro, assim este órgão selecionará tudo que estiver acontecendo e fixará o que lhe parecer ou 
for determinado ser o mais importante. Nesta fase é essencial o interesse, o amor e a vontade da pessoa 
pelo assunto ou informação, se alimentando bem, juntamente com uma boa oxigenação e captação de 
um estímulo suficiente. 
 
Manutenção: Após acontecer a marcação da informação em um determinado número de neurônios, é 
interessante assegurar que este registro não se perca nos bilhões de neurônios ativos e a manutenção é 
feita neste sentido, como perenização desse registro, pois o cérebro quase sempre não mantém 
guardada informações consideradas inúteis. 
 
Portanto, é preciso buscar a utilidade da informação que quer ser guardada, utilizando técnicas de 
associações na rede neural. 
Recuperação: Este processo consiste em localizar e resgatar a informação guardada e mantida no 
cérebro e um exemplo disso é o famoso "branco" nas provas, ou seja, um problema de recuperação de 
informação. Se houver um bom armazenamento das informações no cérebro, será muito mais fácil 
recuperá-las, utilizando técnicas como a prática, o treino e a execução, sempre através de associações. 
Transmissão: É a capacidade humana de repassar para os outros de diversas formas como escrita e 
oral, as informações memorizadas, guardadas e recuperadas. Um exercício para isto é aprender a 
utilizar a linguagem humana no sentido de redigir e falar com fluência, não se esquecendo da 
linguagem não-verbal. 
 
 
Factors de influencia a memorizacao 
 
Existem vários fatores que podem influenciar este processo de memorização, tais como: saúde, idade, 
experiências anteriores, educação, treino, qualidade do material ou experiência que vão ser guardadas e 
é claro os famosos problemas de saúde, como estes: obesidade, colesterol alto e o estresse familiar que 
prejudicam a memória. 
 
Nunca poderemos dizer que uma pessoa tem memória "ruim" , o que acontece é a falta de 
adestramento cerebral, sendo que os "problemas" da memorização ocorrem durante uma das cinco 
fases do processo, ou seja, a pessoa capta ou fixa mal, não sabendo manter a informação ou como 
recuperá-la. 
 
E não considerando um problema de memória, é possível que a pessoa passe por todos os processos de 
memorização com sucesso e não consiga transmitir as informações para terceiros. Nesse caso é quase 
como se ela não se lembrasse da informação, pois saber e não saber transmitir tem quase o mesmo 
resultado que não saber. 
 
 
12 
 
Decorar e aprender 
 
Assim,existem diferenças entre decorar e aprender e vamos a elas. 
Ainda há lugares onde o ensino nada mais é do que colocar muitas informações nas cabeças dos alunos 
com a exigência da repetição de uma grande percentagem disso na hora das provas. 
 
Em muitos desses estabelecimentos, educar deixou de ser uma coisa prazeirosa, estimulando a 
curiosidade e o crescimento do aluno para ser uma mera actividade de repetição. Sendo, devemos 
deixar esta marca registada "decoreba", para exercitarmos nosso raciocínio, não esquecendo é claro, de 
que as vezes é necessário usar a memorização 
Por isto, existem diferenças entre os termos "decorar" e "memorizar". O processo de memorização 
envolve um armazenamento de informações concomitante com algum aprendizado, assim memorizar é 
uma das formas de aprendizagem e a melhor forma para se memorizar algo é executar, praticar e viver 
o que foi ensinado. Ao passo que decorar é uma actividade de mera repetição mecânica, em geral com 
o uso da memória de curto ciclo. 
 
 
E por falar em memória de curto ciclo ou prazo, vamos nos aprofundar nestes termos, ou seja, memória 
de curtíssimo, curto e longos prazos. 
Memória de curto prazo é aquela que se usa para decorar um número de telefone, por exemplo e como 
o cérebro faz um ciclo curto, a tendência é a rápida perda da informação ou da capacidade de 
recordação. 
 
É também chamada de memória recente com duração de dias ou horas, pois aqui a informação 
desaparece rapidamente, porque o cérebro considera tais informações como não merecedores de 
armazenamento. Para se evitar o esquecimento é preciso uma activação constante com repetição do 
dado. 
 
Memória que permite satisfatórios armazenamentos e recuperação de informação é chamada de longo 
prazo ou remota, que pode durar anos, trabalhando sempre com dados estruturados e a memória que 
dura apenas alguns segundos ou minutos é chamada de curtíssimo prazo. 
 
Um exemplo desse tipo de memória e quando contamos dinheiro e numa facilidade grande perdemos a 
conta, pois o cérebro só regista o último número dessa contagem. 
Depende exclusivamente da nossa vontade usar essa ou aquela forma de memória. Quando a 
informação entra no cérebro, ele classifica este recebimento em uma ou outra "gaveta" e se nos 
programarmos, estas informações podem mudar de "gavetas". 
 
Um exemplo disso é quando mudamos de telefone e assim informaremos ao nosso cérebro que não 
vamos mais precisar daquele número antigo e, automaticamente, essa informação poderá ser 
"esquecida", isto é, não mais guardada. 
13 
 
 
Nunca devemos deixar a escolha para o nosso cérebro. 
A escolha do que quereremos lembrar no futuro é nossa, sendo que quando estivermos estudando, 
devemos programar nossa memória naquilo que realmente é importante e que vamos guardá-los para o 
resto de nossas vidas, mas para isso, devemos dar melhores condições para nosso cérebro como por 
exemplo, estudar com atenção, fazer a leitura de modo adequado, estudar fazendo associações e 
relações, fazer resumos e revê-los periodicamente, contribuindo sempre para enfrentar o efeito da 
curva do esquecimento. 
 
 
Existem várias técnicas para memorização e as principais são: 
 
1. ESTABELECER RELAÇÕES E ASSOCIAÇÕES: Devemos relacionar tudo o que aprendemos 
com conhecimentos já consolidados e a matéria em si e uma das formas para memorizar com mais 
facilidade é ao invés de fazer uma lista linha a linha, fazer uma teia ou árvore ligando as informações, 
situando as mais importantes no centro e partindo delas para as bordas. Nós gostamos mais de 
esquemas e fluxogramas porque é mais fácil aprender, ou seja, tais formas de apresentação estão mais 
próximas da forma como o cérebro armazena informações e é por isso que se aprende mais. 
Existem dicas práticas que podem facilitar nosso trabalho, como exercitar nossa memória fornecendo 
novas associações e criando ligações do conhecimento novo como o que já está perenizado na 
memória, elaborar imagens mentais cuidadosamente para facilitar a evocação, realizar as anotações 
após a memorização para que as mesmas não interfiram no processo, visualizar as aplicações práticas 
das técnicas apresentadas relacionando-as com seu dia-a-dia e, por fim, esclarecer as dúvidas de 
imediato, questionando, discutindo e participando. 
 
2. IDENTIFICAR A APLICAÇÃO: Precisamos sempre ver utilidade naquilo que vamos aprender, 
pois se nosso cérebro sabe a utilidade da informação, ele guarda melhor. 
Devemos dizer para nós mesmos onde e quando pretendemos usar aqueles conhecimentos. 
 
3. EXECUÇÃO E UTILIZAÇÃO: A melhor forma de nunca mais esquecer uma coisa é praticá-la. 
Isso acontece porque o fato de fazer, realizar, praticar exige processamento mental mais elaborado e, 
consequentemente, um maior número de relações, além de uma aplicação efectiva, e não simplesmente 
teórica e abstracta. Um exemplo é a elaboração de petições, se for praticado este ato, sua forma de 
elaboração jamais será esquecida. 
O exercício então é procurar executar no mundo real o conhecimento adquirido ou então procurar o 
lado mais simples da coisa, que é fazer um resumo ou uma redacção sobre o tema objecto do estudo 
em questão. Enfim, devemos associar sempre o estudo teórico à prática. 
 
4. PROCESSOS MNEMÔNICOS: Este processo funciona com a formulação de frases, palavras ou 
relações com as letras do dado a ser memorizado, sendo que o ideal é memorizar o essencial (o 
14 
 
esquema, a árvore, a estrutura) e, a partir disso, fazer o uso do raciocínio. Assim o uso de relações 
combinadas com processos mnemónicos será sempre útil. 
 
4. ETIQUETAÇÃO MENTAL: Se queremos recuperar dados facilmente, devemos utilizar esta 
técnica que nada mais é que associação mental ou também chamada de memória"arquiva", sendo que 
se jogarmos as informações no cérebro de qualquer maneira, nossos "arquivos" se transformarão em 
uma grande bagunça e mais tarde quando precisarmos daquela informação, não conseguiremos 
lembrar, sendo que o comando que foi enviado para o cérebro vai ser executado mais cedo ou mais 
tarde, e assim aquela informação vai vir a tona justamente quando não precisarmos mais dela. 
 
 
Uma das soluções para este problema é treinar o cérebro a trabalhar mais rápido na busca de 
informações. Existem outros métodos de optimização da memória, que no mais, são técnicas que 
aproveitam o interesse que o cérebro demonstra por certos detalhes de imagem e são eles: 
 
1. DESPROPORÇÃO: Para activar a "curiosidade" do cérebro, devemos formar imagens fora da 
proporção normal, aumentando ou diminuindo, tornando assim , a visualização fora dos padrões 
normais. 
 
2. AÇÃO: Situações interessantes para memorização são aquelas de movimento, dinâmicas, com 
aceleração ou redução, a chamada câmara lenta. 
 
3. EXAGERO: Temos mais facilidade de retenção na memória de coisas absurdas ou fora do comum, 
por isso, devemos aumentar a quantidade e a intensidade nas imagens mentais criadas a fim de torná-
las absurdas. 
 
4. SUBSTITUIÇÃO: Formando imagem de um item para substituir um outro de difícil visualização é 
um bom artifício que ajuda na memorização. 
 
 
Tem-se também técnicas de estudo favoráveis à memorização, tais como: 
 
1. LEITURA E RELEITURA: Devemos sempre fazer uma pré-leitura, buscando o índice, os tópicos 
e as ideias principais, mas com calma, para depois ao reler, darmos mais atenção aos pontos mais 
relevantes. 
 
2. MARCAÇÕES: Não podemos ter vergonha ao sublinhar, marcar, realçar ideias principais, anotar 
dúvidas, entre outras coisas, pois as marcações facilitam a memória e a fixação. 
 
3. RECITAÇÃO: Repetir a matéria, o texto ou o resumo em voz alta, após a leiturasão válidos para o 
processo de memorização. 
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4. RESUMOS OU ESQUEMAS: Fazer resumos ou esquemas serve para rever os tópicos principais 
de um livro, por exemplo, quando se esta estudando. 
 
5. GRÁFICOS E ÁRVORES: Estes servem para trazer recordações a médio e a longo prazos. Os 
gráficos podem ser mais simples ou bem mais elaborados, em forma de árvore. 
 
6. QUESTIONÁRIOS E DEBATES: Em um grupo de alunos, as tarefas devem ser divididas com o 
intuito de ao se observar dúvidas, criar-se questionários para tão logo possa se discutir a matéria 
proposta e com isso, estimula-se debates discutindo os problemas propostos, o que constitui um 
excelente instrumento de aprendizado. 
 
7. UTILIZANDO OS DEMAIS SENTIDOS: Já se sabe que não só a visão recupera a memória e sim 
os demais sentidos, como o olfacto quando pelo cheiro de um perfume por exemplo, lembramos de 
alguém ou de algo, ou até mesmo pelo paladar, pois ao sentir gostos diferentes na comida, poderemos 
nos recordar de algo passado. 
 
8. ATIVIDADE FÍSICA E MEMORIZAÇÃO: Para se facilitar a memorização, devemos fazer o uso 
de actividades físicas relacionadas com o estudo como leccionar, fazer resumos, copiar ou repetir em 
voz alta, pois isso activa as demais funções cerebrais e consequentemente de neurónios, evitando assim 
a perda de concentração. 
 
9. UTILIZAÇÃO DE "VIAGENS MENTAIS": Este termo é usado quando fazemos uso de filmes 
para buscar dados memorizados, pois estes são formas de visualização com movimentos. 
 
Concluindo, aprendemos que se bem utilizada e treinada, a memória é um grande instrumento de 
trabalho, por isso, devemos fazer o uso das técnicas que melhor nos adaptarmos, pois cada pessoa deve 
decidir qual o sistema ou sistemas de estudo e memorização prefere usar, buscando sempre estar atento 
para as cinco fases do processo de memorização (captação, fixação, manutenção, recuperação e 
transmissão).