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Artigo OriginalISSN - 1519-0501 Características e Distribuição das Fraturas Mandibulares por CausasCaracterísticas e Distribuição das Fraturas Mandibulares por CausasCaracterísticas e Distribuição das Fraturas Mandibulares por CausasCaracterísticas e Distribuição das Fraturas Mandibulares por CausasCaracterísticas e Distribuição das Fraturas Mandibulares por Causas Externas: Estudo RetrospectivoExternas: Estudo RetrospectivoExternas: Estudo RetrospectivoExternas: Estudo RetrospectivoExternas: Estudo Retrospectivo Dmitry José de Santana SARMENTOI Alessandro Leite CAVALCANTIII Jalber Almeida dos SANTOSIII IAluno do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba. Bolsista PROINCI/UEPB, Campina Grande/PB, Brasil. IIProfessor Titular do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande/PB, Brasil. IIIAluno do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba. Bolsista PROINCI/UEPB, Campina Grande/PB, Brasil. ABSTRACTRESUMO DESCRIPTORSDESCRITORES Epidemiologia; Fraturas mandibulares; Causas externas. Epidemiology; Mandibular fractures; External causes. Characteristics and Distribution of Mandibular Fractures Due to External Causes: A Retrospective Study Purpose: To investigate the characteristics and distribution of the cases of mandibular fractures due to external causes treated at the Hospital Regional de Campina Grande, PB, Brazil, between January 2002 and December 2006. Method: For such purpose, an indirect review of 691 medical- hospital patient files of the Service of Oral and Maxillofacial Surgery were reviewed. A total of 59 (8.5%) files referred to mandibular fracture victims. The following variables were analyzed: gender, age range, time of occurrence (date and hour), etiology, presence of associated fractures, type of treatment and time of hospitalization. Results: The results showed that males were more frequently affected than females (83.1%), with predominance in the 21-30 age range (40.7%). Most cases were treated on Saturdays and Sundays (40.6%) and at night (30.5%). Falls, (28.8%), interpersonal violence (23.7%) and motorcycle accidents (23.7%) were the main etiologies. Five patients (8.5%) presented fractures in other facial bones and the most frequent treatment was the intermaxillary retention with stainless steel wire (50.8%). The mean hospitalization time was 5.28 days. Conclusion: The prevalence of mandibular fractures is higher in the male gender, during the third decade of life; falls were the main etiologic factor and most cases occurred during the weekend. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 7, n. 2, p. 139-144, maio./ago. 2007 139 Objetivo: Analisar as características e a distribuição das fraturas mandibulares por causas externas no Hospital Regional de Campina Grande/PB, no período de Janeiro de 2002 a Dezembro de 2006. Método: Por meio da observação indireta foram examinados 691 prontuários médico-hospitalares do Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial, dos quais 59 (8,5%) referiam-se a vítimas de fraturas mandibulares. Foram analisadas as variáveis: gênero, faixa etária, período da ocorrência (dia e horário), etiologia, presença de fraturas associadas, tipo de tratamento e o tempo de internação. Resultados: Os resultados mostraram o gênero masculino o mais acometido (83,1%), sendo a faixa etária de 21-30 anos a mais afetada (40,7%). Os atendimentos ocorreram com maior freqüência aos sábados e domingos (40,6%) e à noite (30,5%). A queda (28,8%), violência interpessoal (23,7%) e o acidente de motocicleta (23,7%) foram as principais etiologias. Cinco pacientes (8,5%) apresentaram fraturas em outros ossos da face, com o uso de fio de aço com bloqueio intermaxilar se constituindo no tratamento mais freqüente (50,8%). O tempo médio de internação foi de 5,28 dias. Conclusão: A prevalência de fraturas mandibulares é maior no gênero masculino, durante a terceira década de vida; sendo a queda o principal fator etiológico, com a maioria dos casos ocorrendo no fim de semana. RESULTADOS INTRODUÇÃO O trauma facial pode ser considerado uma das agressões mais significativas encontradas em centros de trauma devido às conseqüências emocionais, à possibilidade de deformidade e também ao impacto econômico que os mesmos causam em um sistema de saúde (WULKAN; PARREIRA JR.; BOTTER, 2005). As fraturas mandibulares são as mais comuns dentre as fraturas faciais. Elas podem acontecer isoladas ou em combinação com outros danos faciais. O padrão das fraturas de mandíbula é estabelecido na literatura de vários países e estas estatísticas variam de país a país, estando então, evidente que algumas das variações podem ser atribuídas a fatores sociais, culturais e ambientais (BAMJEE et al., 1996; ABBAS; ALI; MIRZA, 2003). A literatura revela predominância do gênero masculino (SOJOT et al., 2001; CLARO, 2003; CAMARINI et al., 2004; LEITE SEGUNDO et al., 2004; PATROCÍNIO et al., 2005), em uma proporção que varia de 3,7: 1 (HORIBE et al., 2004) a 5:3 (GASSNER et al., 2004). De acordo com Eghtedari e Khezri (2003) a maioria das fraturas mandibulares ocorre em pacientes com idades entre 11 e 30 anos. Há divergência entre os autores quanto à natureza do trauma. Os acidentes de trânsito se constituem a causa mais freqüente segundo Andrade Filho et al. (2000), Copcu et al. (2004), Gassner et al. (2004) e Patrocínio et al. (2005), mas de acordo com Horibe et al. (2004), as agressões se constituem no principal agente etiológico. Para Wulkan, Parreira e Botter (2005) a principal causa de trauma facial em crianças é a queda, também referenciado por Zerfowski e Bremerich (1998). Muitos fatores favorecem para que a queda seja significativamente mais freqüente nesta faixa etária: a locomoção e equilíbrio são diretamente proporcionais à idade; a consciência da aparência da face e sua importância social aumentam com a idade (durante uma queda, crianças maiores e adultos consideram proteger a face); crianças com idade inferior aos 10 anos desconhecem o perigo e conseqüências de seus atos. No entender de Russell e Abbas (2007), os acidentes automotivos e as quedas são as principais causas de fraturas mandibulares em crianças. Ainda são citadas como causa de traumas nas estruturas orofaciais as violências contra crianças, dentre elas, a violência doméstica. Sojot et al. (2001) e Silva e Cauás (2004), afirmaram que o principal tipo de tratamento para fraturas mandibulares é o uso de placas com bloqueio intermaxilar, seguido do uso das mesmas sem o bloqueio, há também tratamentos baseados no uso de arcos e pinos metálicos. Este estudo teve por objetivo descrever a prevalência e as características das fraturas mandibulares em pacientes com idades entre 0 e 80 anos atendidos no Hospital Regional de Campina Grande/PB. METODOLOGIA A pesquisa foi registrada no Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos - SISNEP (0195.0.133.000-06) e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. Foi realizado um estudo observacional, epidemiológico e retrospectivo, com abordagem indutiva e procedimento estatístico-descritivo, através da observação indireta, por meio da análise de prontuários médico-hospitalares de vítimas de fraturas mandibulares atendidas no Hospital Regional de Campina Grande, Paraíba, durante o período de Janeiro de 2002 a Dezembro de 2006. Os dados foram coletados por meio de um formulário específico. Foram analisadas as variáveis: gênero, faixa etária, período da ocorrência (dia e horário), etiologia, presença de fraturas associadas, tipo de tratamento e o tempo de internação. Os dados foram armazenados, organizados e tabulados com o Software Epi-Info 3.3.2 (2005) e submetidos à análise descritiva. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 7, n. 2, p. 139-144, maio./ago. 2007140SARMENTO, CAVALCANTI e SANTOS - Características e Distribuição das Fraturas Mandibulares por Causas Externas No período compreendido entre os anos de 2002 a 2006 ocorreram 13.822 internações no Hospital Regional de Campina Grande/PB. Desse total, 691 foram registrados no Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, dos quais 59 (8,5%) envolveram pacientes acometidos por fraturas mandibulares. A Tabela 1 apresenta a distribuição do número de internações hospitalares, dos atendimentos no Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial e dos casos de fraturas mandibulares, segundo o ano e no período total. Pode-se verificar que o maior número de fraturas mandibulares foi registrado no ano de 2004 (35,6%). Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 7, n. 2, p. 139-144, maio./ago. 2007 141 SARMENTO, CAVALCANTI e SANTOS - Características e Distribuição das Fraturas Mandibulares por Causas Externas Ano de Ocorrência 2002 2003 2004 2005 2006 Total Atendimento n % N % n % n % n % n % Total 2743 19,8 3451 24,9 2870 20,8 2124 15,4 2634 19,1 13822 100,0 Bucomaxilofacial 150 21,7 162 23,4 141 20,4 120 17,4 118 17,1 691 5,0 Fratura Mandibular 5 8,5 12 20,4 21 35,6 13 22,0 8 13,5 59 8,5 Tabela 1. Distribuição do número de atendimento total, bucomaxilofacial e fraturas mandibulares segundo o ano. No que se refere ao gênero da vítima, prevaleceu o masculino (83,1%) sobre o feminino (16,9%), na proporção de 4,9:1. Com relação à idade, predominaram os pacientes na faixa etária de 21 a 30 anos (40,7%), seguida pela faixa de 11 a 20 anos (20,3%), conforme descrito na Tabela 2. A média de idade foi de 27,9 anos (± 12,1). Para os homens a média de idade foi de 29,7 anos (± 12,1) e para as mulheres, 19,3 anos (± 8,6). A distribuição dos atendimentos segundo o dia da semana revelou que o sábado, o domingo e a segunda- feira apresentaram as maiores freqüências, com 12 internações cada um (Figura 1). Quanto ao horário do atendimento, o período noturno registrou o maior número de casos com 18 ocorrências (30,5%), seguido dos turnos da manhã e da tarde, cada um com 27,1% e da madrugada (15,3%). Os fatores etiológicos dos traumatismos mandibulares estão representados na Figura 2. A análise revelou que a queda se constituiu na principal etiologia (28,8%), seguida da violência interpessoal e do acidente de motocicleta, ambos com 23,7%. 23,7 10,2 28,8 3,4 23,7 3,4 3,4 3,4 0 5 10 15 20 25 30 Acid. Motocicleta Acid. Carro Queda Arma de Fogo Violência Interpessoal Atropelamento Outra NR Figura 2. Distribuição dos pacientes segundo a etiologia da fratura mandibular. 20,3 6,8 6,8 13,6 11,9 20,3 20,3 0 5 10 15 20 25 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Figura 1. Distribuição dos pacientes segundo o dia da ocorrência. Um baixo percentual de pacientes (8,5%) apresentaram fraturas associadas à fratura mandibular, sendo um paciente com fratura maxilar, outro com fratura do osso nasal e três pacientes com fratura do osso zigomático. No que se refere ao tratamento, verificou- se que o tipo mais utilizado foi o uso de fio de aço com bloqueio intermaxilar (51,7%), seguido pelo uso de miniplaca também com bloqueio intermaxilar (31,0%) (Tabela 3). Freqüência Faixa etária (em anos) n % 0-10 2 3,4 11-20 12 20,7 21-30 24 41,4 31-40 11 19,0 41-50 4 6,9 51 ou mais 5 8,6 Total1 58 100,0 Tabela 2. Distribuição dos pacientes com fraturas mandibulares segundo a faixa etária. (1) Em 1 prontuário não havia o registro da idade. DISCUSSÃO Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 7, n. 2, p. 139-144, maio./ago. 2007142 SARMENTO, CAVALCANTI e SANTOS - Características e Distribuição das Fraturas Mandibulares por Causas Externas O tempo médio de internação foi de 5,28 dias (± 2,1), sendo o mínimo de 2 dias (2 casos) e o máximo de 15 dias (1 caso). A mandíbula é o único osso móvel da face e participa de funções básicas como mastigação, fonação, deglutição e manutenção da oclusão dentária. Apesar de ser o osso mais pesado e forte da face, a mandíbula está propensa a fraturas por alguns motivos particulares: 1) é um arco aberto; 2) está localizado na região inferior da face; 3) mecanismo de hiperextensão e hiperflexão da cabeça em acidentes de trânsito; 4) atrofia-se com a idade (PATROCINIO et al., 2005). As características epidemiológicas das fraturas mandibulares variam de acordo com a localização geográfica, padrões socioeconômicos da sociedade, período de estudo, bem como os aspectos culturais da população estudada, conforme afirmaram Bamjee et al. (2006). Em concordância com autores como Andrade Filho (2000), Vasconcelos et al. (2005), Martini et al. (2006) e Montovani et al. (2006), verificou-se que o gênero masculino foi o mais acometido, em uma proporção de 4,9:1. Pode-se considerar como uma possível explicação para essa distribuição, o fato de uma maior exposição aos fatores etiológicos por parte dos homens. A faixa etária de 21 a 30 anos foi a mais atingida, resultado este que está em concordância com a literatura (Sojot et al., 2001; Abbas; Mirza, 2003; Patrocínio et al., 2005), pois esse é o período da vida mais ativa da população, logo, aumenta o risco de exposição ao trauma. O sábado, o domingo e a segunda-feira foram os dias da semana com maior número de atendimentos. É cediço que o final de semana é o período no qual a população está mais susceptível as etiologias do trauma. Neste estudo, uma possível explicação para a segunda- feira apresentar elevada freqüência deve-se ao fato de que o hospital também atende a população de cidades circunvizinhas, nas quais a disponibilidade imediata do transporte e a distância se constituem em um agravante para o imediato atendimento. O horário do dia com o maior número de ocorrências foi o período noturno. Ao analisar a etiologia, verificou-se que a queda, os acidentes de motocicleta e a violência interpessoal se constituíram nos principais agentes. Esses resultados divergem do reportado por Horibe et al. (2004), os quais consideraram a violência como principal etiologia e dos estudos de Claro (2003), Abbas et al. (2003), Martini et al. (2006) e Montovani et al. (2006) que descreveram os acidentes de trânsito como principal causa. Uma característica peculiar encontrada no município de Campina Grande é o alto número de motociclistas que circulam no trânsito, principalmente motos-taxista, fato este que pode explicar o elevado número de ocorrências cujo agente etiológico foi o acidente com motocicleta. A despeito da importância do sítio da fratura, esta variável não foi estudada visto que um número extremamente reduzido de prontuários médicos hospitalares especificaram a região da mandíbula na qual ocorreu a fratura, apesar de a mesma ser um dado importante, pois existe um associação do local da trauma com a etiologia. Este fato demonstra claramente a dificuldade em se trabalhar com dados secundários, uma vez que algumas informações úteis à pesquisa podem não estar presentes. Um ponto positivo deste estudo refere-se ao baixo índice de fraturas faciais associadas às mandibulares, que representou apenas 8,5% dos casos analisados, visto que a maior parte da literatura reporta índices bem superiores, a exemplo de Andrade Filho et al. (2000) que relataram um percentual de 19,0% dos pacientes com fraturas faciais associadas à mandibular. No que concerne à região óssea acometida, três dos cinco casos envolviam o osso zigomático, resultado este oposto ao descrito por Patrocínio et al. (2005) os quais afirmaram ser a maxila a principal região óssea envolvida quando da ocorrência de fratura associada. Uma possível explicação para a divergência entre esses resultados pode ser a limitada amostra deste estudo. Não se pode afirmar se houve ou não fratura dental,nem o elemento ou número de dentes (1) Em 1 prontuário não havia o registro do tipo de tratamento realizado. Tabela 3. Distribuição dos pacientes segundo o tipo de tratamento. Tipo de Tratamento Freqüência n % Miniplaca com Bloqueio Intermaxilar 18 31,0 Miniplaca sem Bloqueio Intermaxilar 5 8,6 Fio de aço com Bloqueio Intermaxilar 30 51,7 Bloqueio Intermaxilar 4 6,9 Conservador 1 1,8 Total1 58 100,0 CONCLUSÔES REFERÊNCIAS 1) A prevalência de fraturas mandibulares foi de 8,5%, sendo maior no sexo masculino, principalmente durante a terceira década de vida; 2) Os sábados e domingos e as segundas-feiras apresentaram o maior número de atendimentos, sendo o horário noturno o mais freqüente; 3) A principal etiologia foi a queda, seguido da violência interpessoal e dos acidentes de motocicleta; 4) Predominaram as fraturas mandibulares simples e o tratamento mais freqüente foi o uso de fio de aço com bloqueio intermaxilar, sendo o tempo médio de internação de 5,28 dias. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 7, n. 2, p. 139-144, maio./ago. 2007 143 SARMENTO, CAVALCANTI e SANTOS - Características e Distribuição das Fraturas Mandibulares por Causas Externas acometidos, associada à fratura mandibular, pois, não houve especificações desse tipo de trauma nos prontuários pesquisados. Mais uma vez, tal fato denota que em algumas situações os prontuários não estão sendo adequadamente preenchidos, particularmente no que concerne a presença de injúrias na cavidade bucal. O tipo de tratamento mais comumente realizado foi o uso de fio de aço e bloqueio intermaxilar. Provavelmente, um dos motivos que pode justificar o uso desse material é o seu baixo custo, o que combina com o perfil do hospital em questão, já que o mesmo tem todos seus atendimentos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo de Sojot et al. (2001), realizado em hospital particular, relatou o uso de placas com o bloqueio intermaxilar (material mais apropriado, de melhor estética e resistência) como principal técnica terapêutica. O tratamento adequado de fraturas mandibulares deve realizar diversos objetivos. A restauração da oclusão, da função, e do contrapeso facial é necessária para que a terapia seja considerada bem sucedida. O tratamento apropriado pode impedir complicações tais como o distúrbio de crescimento e infecção. O tratamento específico de fraturas mandibulares depende da posição da fratura, do grau de deslocamento ósseo, do estado oclusal e da dentição da criança. Os métodos de fixação variam pelo status dental. (RUSSELL; ABBAS, 2007). Em vista das diferentes regiões anatômicas da mandíbula, pode ocorrer uma diversidade de tipos de fraturas implicando em diversos métodos de tratamento. O cirurgião buco-maxilo-facial deve possuir, portanto, “bom-senso” quando da indicação da forma de tratamento a ser empregado, levando-se em consideração as condições gerais do paciente e se o ambiente é favorável, inclusive economicamente, para que seja aplicado o método de tratamento adequado (VASCONCELLOS et al., 2001). O tempo médio de internação foi de 5,28 dias, semelhante ao reportado por Abbas, Ali e Mirza (2003). O aumento nos dias de internação hospitalar pode ser atribuído à demora no atendimento, à dificuldade de encaminhamento dos pacientes, entre outros motivos pela falta de leitos hospitalares disponíveis em nosso serviço, à complexidade das lesões e à necessidade de muitos pacientes ficarem sob observação e cuidados neurológicos (MONTOVANI et al. 2006). ABBAS, I.; ALI, K.; MIRZA, Y. B. Spectrum of mandibular fractures at a tertiary care dental hospital in Lahore. J Ayub Med Coll Abbottabad, Abbottabad, v. 15, n. 2, p. 12-14, Apr./ Jun. 2003. ANDRADE FILHO, E. 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