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Trabalho Fabiano, recurso especial, recurso extraordinário

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Faculdade Anhanguera de Guarulhos
Disciplina: Direito Processual Penal
	Érica Moraes Genuíno Moreira
	155467015895
RECURSO ESPECIAL, RECURSO EXTRAORDINÁRIO, EMBARGOS INFLIGENTES DE NULIDADES.
Guarulhos
2018
Atividade Parcial de Avaliação da Disciplina
Trabalho desenvolvido na disciplina de Direito Processual Penal, apresentado à Anhanguera Educacional como exigência para a avaliação na Tutoria sobre orientação do professor Fabiano de Moraes.
Guarulhos
2018
Introdução
Este trabalho tem como objetivo mostrar alguns ensaios estruturados sob observações e levantamentos feitos sobre o Tema de Recursos Especiais,Recurso Extraordinário e Embargos Infligentes e Nulidades, mostrando a Historia de uma maneira Simples e Objetiva com dados atuais.
Depois de varias consultas realizadas e observando varias maneiras descritas sobre os temas acima segue uma conclusão simples e objetiva sobre o aspecto geral do tema.
Recurso Especial.
O Recurso Especial é o meio utilizado para contestar, perante o Superior Tribunal de Justiça, uma decisão proferida por um Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal, desde que a decisão recorrida contrarie um tratado ou lei federal, ou ainda lhes negando vigência; julgue válido um ato de governo local contestado em face de lei federal; ou der à lei federal uma interpretação diferente da atribuída por outro tribunal. O Recurso Especial está previsto no artigo 105, inciso III, da Constituição.
O recurso especial teve origem, assim como o recurso extraordinário, no writ of errornorte-americano, surgido em 1789.
“Para a boa compreensão do recurso especial, é importante entender a sua função precípua é dar prevalência à tutela de um interesse geral do Estado sobre os interesses dos litigantes. O motivo está, segundo lembra Buzaid, em que o erro de fato é menos pernicioso do que o erro de direito. Com efeito, o erro de fato, por achar-se circunscrito a determinada causa, não transcende os seus efeitos, enquanto o erro de direito contagia os demais Juízes, podendo servir de antecedente Judiciário”, afirmou o ministro Pádua em obra de 1989.
Ainda na explicação do ministro, a função do especial seria, mais que examinar o direito das partes, tutelar a autoridade e unidade da lei federal e controlar a legalidade do julgado proferido pelas instâncias inferiores.
Devido ao tsunami processual infindável, como o define o ministro Sidnei Beneti, o STJ tem defendido novas medidas de racionalização do sistema recursal. A principal é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 209/12, que institui novo critério de admissibilidade para o REsp: a necessidade de relevância da questão federal discutida para que o recurso chegue ao STJ.
Pela proposta, em tramitação no Congresso, o STJ só julgará os recursos cujo tema tenha relevância jurídica capaz de justificar o pronunciamento da instância superior. Muitos recursos que chegam ao STJ discutem questões que afetam apenas o interesse das partes, sem maiores implicações na interpretação do direito federal.
Entre os principais pressupostos específicos do recurso especial estão análise estrita de matéria jurídica, esgotamento das instâncias ordinárias e o prequestionamento. O primeiro refere-se ao fato de que o apelo nobre não pode trazer insurgência ligada a questões fáticas, pois ele trata da autoridade e unidade da lei federal, e não dos fatos. Quanto a isso, são dos tribunais estaduais ou regionais federais a incumbência de delimitar o contorno fático da questão posta a julgamento.
Significa dizer que o Tribunal Superior analisa os fatos e as provas da forma como colocadas pelo tribunal de origem, aplicando a legislação federal sobre tal enquadramento. Esse pressuposto de admissibilidade está positivado na antiga Súmula 071 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que impede o trânsito de recursos especiais com nítido intuito de reexame de fatos.
OUTRO PRESSUPOSTO ESPECÍFICO DE ADMISSIBILIDADE:
 É a necessidade prévia de esgotamento das instâncias ordinárias. Tal pressuposto decorre da expressão “última instância” existente no artigo 105, inciso III, da Constituição Federal. Ou seja, somente é viável a interposição do recurso especial quando já esgotados todos os recursos ordinários existentes, de modo que o STJ dá a última palavra sobre a questão jurídica controvertida. A propósito de tal pressuposto é que o STJ editou a Súmula 207, segundo a qual “é inadmissível recurso especial quando cabíveis embargos infringentes contra o acórdão proferido no tribunal de origem”.
Por conta da expressão “causas decididas”, existente no artigo 105, inciso III, da Constituição Federal, o prequestionamento também se revela como um pressuposto de admissibilidade do especial. E, como tal, exige para o conhecimento do recurso que o dispositivo legal apontado como maculado pelo recorrente já tenha sido enfrentado pela instância a quo. De modo a positivar tal requisito de admissibilidade, o Superior Tribunal de Justiça sedimentou a súmula 2112, que impede o conhecimento de recurso que invoca ofensa a artigo de lei não apreciado pelo tribunal de origem..
Com essa inovação, o NCPC concretizou uma importante e inteligente forma de se flexibilizar a exigência formal do prequestionamento e encurtar o tempo do processo. Isso porque, nos casos em que o Tribunal Superior verificava a omissão pelo Tribunal a quo quanto a determinado tema, primeiro devolvia os autos para a instância ordinária a fim de preencher o acórdão.
E isto raras as vezes traduzia em inversão do resultado do julgamento, fazendo com que, na maioria das vezes, o recorrente tivesse que interpor novo recurso especial, para, aí sim, o STJ encarar o mérito propriamente dito do recurso. E todo esse trâmite, com a enxurrada de processos que aportam em Brasília todos os dias, significava até uma década de atraso.
Recurso Extraordinário: Hipóteses de Cabimento e Processamento
Como se dá o cabimento e o processamento do Recurso Extraordinário sob a égide do Novo Código de Processo Civil.
o Recurso Extraordinário é um instituto de reexame da matéria, O Recurso Extraordinário é uma espécie recursal prevista em nossa Constituição Federal de 1988, elencado especificamente no artigo 102, inciso III, in verbis:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
(...)
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
2.1. A DOUTRINA SE POSICIONA: 
Por ser o guardião da Constituição Federal, ao STF compete conferir interpretação às normas constitucionais, seja através do controle abstrato de constitucionalidade ou do controle concreto, este último realizado por meio do recurso extraordinário. Deduz-se com isso que: “o recurso extraordinário, portanto, sempre teve como finalidade, entre outras, a de assegurar a inteireza do sistema jurídico, que deve ser submetido à Constituição Federal.
Posto isso, passamos a análise do artigo 102, inciso III, alíneas, que nos aponta as hipóteses de cabimento do Recurso Extraordinário:
2.2. POSTO AS HIPÓTESES DE CABIMENTO:
 Passamos a tratar do procedimento do Recurso Extraordinário que se encontra no artigo 1.029 do Código de Processo Civil e seguintes, ao dizer que:
1. O Recurso Extraordinário será interposto no prazo de 15 dias a contar da intimação do acórdão recorrido perante o Tribunal de origem, devendo ser dirigido ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal conforme o Regimento Interno.
2. Interposto o RE, será intimado o recorrido para a apresentação das contrarrazões recursais.
3. Apresentada as contrarrazões, será então realizado o juízo de admissibilidade (sendo este o meio pela qual verificarão se os requisitos de admissibilidade do recurso não estiverem preenchidos, cabendo contra o indeferimento o Agravo Interno previsto no artigo 1.042do Código de Processo Civil.
Podemos nesta fase abrir uma observação quando ao artigo 1.035 do Código de Processo Civil que dispõe a peculiaridade do Recurso Extraordinário:
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
(Destaque meu)
O artigo ora citado traz como condição de admissibilidade a repercussão geral como elemento intrínseco do RE, visto, o Legislador também trouxe o sentido de repercussão geral, ao dispor no parágrafo 1º:
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
(Destaque e Itálico meu)
E reforça em seu parágrafo 2º a necessidade da existência da repercussão geral, como também em seu parágrafo 3º, aonde elenca de onde deverá constar a repercussão:
4. Admitido o Recurso Extraordinário, o Supremo Tribunal Federal julgará o processo aplicando o direito cabível.
Ressalta-se que o prazo para julgamento será julgado em até 1 (um) ano conforme disposição do parágrafo 9º:
Do mesmo modo que se dará em súmula da decisão sobre a repercussão geral conforme transcreve o parágrafo 11:
Diante de tudo que foi exposto, podemos concluir que o instituto do Recurso Extraordinário tem por finalidade garantir a plena eficácia e estabilidade de Constituição da República em face de qualquer contrariedade que venha a seu confronto por meio de ato administrativo ou normativo, decisões monocráticas, colegiadas, etc., conforme nos leciona a doutrina[3]:
A finalidade do recurso extraordinário é assegurar que não haja contrariedade à CF e que as leis e atos normativos estejam em consonância com o texto constitucional.
EMBARGOS INFLÍGENTES E DE NULIDADE
Os embargos infringentes e os embargos de nulidades. O método utilizado para o desenvolvimento desta pesquisa foi a da pesquisa bibliográfica, vários textos foram lidos para que se pudesse desenvolver com propriedade esta pesquisa. No decorrer da pesquisa será abordado os conceitos dos recursos, a quem é direcionado, quem é que poder fazer uso deste instrumento e por fim o prazo em que se poderá interpor o recurso.
3.1. DOS EMBARGOS
Sabe-se que embargos é o recurso interposto perante o mesmo juízo em que se proferir a decisão recorrida, visando à sua declaração ou reforma. Trata-se de recurso de origem exclusivamente lusitana. Há quem diga que o vocábulo embargos tem sua origem no celta e outros dizem que no latim bárbaro, imbarricare – embargar, obstacular, obstar, estorvar. Múltiplas são as acepções do vocábulo no direito processual brasileiro, assim, dentre outras, o vocábulo embargos, no plural, é a denominação de um recurso: embargos do executado, embargos de terceiro, embargos de declaração, embargos infringentes, embargos de nulidade e embargos de divergência; no singular, embargo, é sinônimo de arresto, usa-se a expressão embargo de obra nova no sentido de nunciação de obra nova.
Dos códigos estaduais disciplinaram os embargos declaratórios, infringentes ou de nulidade, os quais, exceção feita aos embargos declaratórios e os ofensivos, somente se admitiam no juízo do segundo grau
Nos itens seguintes serão mostrados quem pode interpor os embargos infringentes e o de nulidade, em que prazo, em que situações são cabíveis, como ocorre o processamento e os seus julgamentos.
3.2. OS EMBARGOS INFRINGENTES
Segundo Tourinho Filho (2013) os embargos infringentes são oponíveis contra a decisão não unânime de segunda instância e desfavorável ao réu. O autor chama atenção para o fato de que não basta apenas que a decisão não tenha sido unânime e desfavorável ao réu, mas que a divergência do voto vencido seja favorável ao réu, pois desse modo, apreciando uma apelação ou recurso em sentido estrito, se a Câmara ou Turma, por maioria, decidir contra o réu, e o voto dissidente lhe for favorável, cabíveis serão os embargos.
Sobre os embargos infringentes no art. 609 e seu parágrafo único do Código de Processo Penal é possível identificar as situações em que são cabíveis, o prazo para a interposição dos embargos, quem interpõe e quem julga:
acima é possível identificar que o maior interessado para interpor os embargos infringentes é o réu, que tem decisão não unânime desfavorável a si, terá o réu o prazo de dez dias para interpor os embargos, a contar da publicação de acórdão e a competência para o julgamento dos embargos é dos Tribunais de Justiças, câmara ou turmas criminais.
3.3. EMBARGOS DE NULIDADES
Segundo Tourinho Filho (2013) os embargos de nulidades são oponíveis contra a decisão de segunda instância não unânime e desfavorável ao réu, entretanto, a divergência é sobre matéria estritamente processual, capaz de tornar inválido o processo. Portanto estes embargos não visam a modificação, mas à anulação do feito, possibilitando sua renovação.
A previsão deste instituto está previsto no art. 609 e parágrafo único do Código de Processo Penal, e igualmente aos embargos infringentes é de interesse do réu interpor os embargos de nulidades ao Tribunal de Justiça, câmara ou turmas criminais, no prazo de dez dias a contar da data da publicação do acórdão.
3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consoante o exposto, é possível compreender que os embargos infringentes e de nulidades são recursos colocados a disposição do réu condenado e são dois recursos diferentes que pleiteiam em seu favor junto aos Tribunais de Justiças, câmaras e turmas criminais decisão favorável, e em regra o prazo é de dez dias para a interposição deste recurso.
BIBLIOGRAFIA
[1] ALVIM, José Carreira. Teoria Geral do Processo, 19ª edição. Forense, 06/2016;
[2] LOURENÇO, Haroldo. Manual de Direito Processual Civil. Forense, 02/2013;
[3] GONÇALVES, Marcus Rios. Direito Processual Civil Esquematizado, 8ª edição., 8th edição. Editora Saraiva, 2017.
Constituição Federal: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constituição.htm
Código de Processo Civil: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Institucional/Hist%C3%B3ria/Nasce-o-Recurso-Especial
BRASIL. Código de Processo Penal: promulgado em 03 de outubro de 1941. 49 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
EVENHAGEM, Antônio José de Souza. Recursos no processo civil. São Paulo: Atlas, 1977. P. 78.
FILHO, Fernando Tourinho. Os embargos infringentes no processo penal e sua entrada no Supremo Tribunal Federal. Migalhas, 22 abr 2013. Disponível em:
MACKENZIE, José Clevenon Alves Bezerra. Embargos infringentes e de nulidade no processo penal. Clubjus, Brasília-DF: 19 nov. 2009. Disponível em:. Acesso em: 18 maio 2014.

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