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Livro Eletrônico Aula 00 500 Questões Comentadas de Direito Constitucional - Banca FGV 2018 Professores: Equipe Ricardo e Nádia 01, Equipe Ricardo e Nádia 02, Nádia Carolina, Ricardo Vale 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 66 AULA 00 Ð DIREITO CONSTITUCIONAL Sumário 2018 ‑ TJ‑AL (Técnico) ................................................................................................................... 3! 2017 – ALERJ (Especialista) – Geral ......................................................................................... 13! 2017 – ALERJ (Procurador) ......................................................................................................... 17! Lista de Questões ......................................................................................................................... 41! Gabarito ......................................................................................................................................... 65! Ol, pessoal! Tudo bem? um prazer enorme estar aqui com vocs para apresentar o nosso mais novo projeto, que ir ser um grande diferencial nos seus estudos durante o ano de 2018. o curso Ò500 Questes Comentadas de Direito Constitucional (FGV)Ó. Obviamente, no um curso para iniciantes, mas sim para aqueles alunos que j estudaram a teoria de Direito Constitucional e precisam, agora, aprofundar-se mais ainda nessa disciplina. Em nossa opinio, a FGV uma banca que realmente testa o conhecimento dos alunos. Para se sair bem nas provas dessa examinadora, voc precisa ter uma boa capacidade de interpretao de situaes-problema, alm, claro, de um excelente conhecimento tcnico. Ao todo, esto programadas 13 aulas, as quais sero disponibilizadas de 10 em 10 dias. Nossa metodologia ser apresentar provas comentadas da FGV. O objetivo que voc possa usar essas provas como se fossem verdadeiros simulados de Direito Constitucional. Ao longo do curso, resolveremos praticamente todas as questes cobradas pela FGV em 2018 e 2017. A aula de hoje apenas demonstrativa e, portanto, iremos comentar somente trs provas aplicadas pela FGV, uma de 2018 e as demais de 2017. Nas aulas seguintes, comentaremos um nmero bem grande de questes. Ao final do curso, sero mais de 500 Questes Comentadas da FGV. Certamente, essas questes deixaro os seus estudos em outro nvel. Abraos, Ndia e Ricardo ÒO segredo do sucesso a constncia no objetivoÓ. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 66 Para tirar dvidas e ter acesso a dicas e contedos gratuitos, acesse nossas redes sociais: Facebook do Prof. Ricardo Vale: https://www.facebook.com/profricardovale Canal do YouTube do Ricardo Vale: https://www.youtube.com/channel/UC32LlMyS96biplI715yzS9Q 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 66 2018 - TJ-AL (Tcnico) 1. (FGV / TJ-AL Ð 2018) As garantias atribudas ao Judicirio possuem relevante papel no cenrio da tripartio de Poderes, pois asseguram a necessria independncia ao magistrado, que poder decidir livremente, sem se abalar com qualquer tipo de presso que venha dos outros Poderes. De acordo com o texto das Constituies Estadual de Alagoas e Federal, os juzes gozam da garantia de: a) vitaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps trs anos de exerccio, dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do Tribunal de Justia e, nos demais casos, de sentena judicial transitada em julgado. b) estabilidade, adquirida pelos magistrados aps trs anos de efetivo exerccio, de maneira que, aps tal perodo, s podem perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado. c) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, por voto da maioria absoluta do Tribunal de Justia ou do Conselho Nacional de Justia, assegurada ampla defesa. d) irredutibilidade de vencimentos, com remunerao no superior a noventa por cento do subsdio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. e) autonomia financeira, cabendo-lhes promover a fiscalizao contbil, oramentria, operacional e patrimonial das entidades da administrao direta e indireta. Comentrios: Letra A: errada. A vitaliciedade adquirida, no primeiro grau, aps 2 (dois) anos de efetivo exerccio. Letra B: errada. Os juzes adquirem vitaliciedade. No h que se falar em estabilidade. Letra C: correta. A inamovibilidade uma garantia funcional dos juzes. No absoluta, pois possvel a remoo de ofcio por motivo de interesse pblico, por deciso da maioria absolutado Tribunal ou do CNJ. Letra D: errada. garantia funcional dos juzes a irredutibilidade dos subsdios. No h que se falar na imposio de um limite a 90% do subsdio dos Ministros do STF. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 66 Letra E: errada. A autonomia financeira uma garantia institucional (e no uma garantia funcional dos juzes!). O gabarito a letra C. 2. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Municpio do interior do Estado de Alagoas editou lei municipal sobre matria tributria frontalmente lesiva Constituio Estadual. De acordo com o ordenamento jurdico, a ao direta de inconstitucionalidade em razo deste ato normativo municipal deve ser processada e julgada, originariamente, no: a) Supremo Tribunal Federal b) Superior Tribunal de Justia c) Juzo da Vara Cvel competente de primeiro grau de jurisdio. d) Tribunal de Contas do Estado de Alagoas. e) Tribunal de Justia do Estado de Alagoas. Comentrios: No caso exposto, tem-se um controle de constitucionalidade abstrato estadual de lei municipal lesiva Constituio Estadual. Nesse caso, a lei dever ser objeto de ADI perante o Tribunal de Justia, tendo como parmetro a Constituio Estadual. O gabarito a letra E. 3. (FGV / TJ-AL Ð 2018) A Constituio da Repblica de 1988 tem como regra geral a vedao de acumulao remunerada de cargos pblicos. Ocorre que o texto constitucional autoriza tal acumulao em casos excepcionais, quando houver compatibilidade de horrios, como na hiptese de: a) dois cargos de nvel tcnico ou cientfico. b) dois cargos da rea de educao. c) dois cargos da rea jurdica. d) um cargo de magistrado estadual com um cargo de professor. e) um cargo de professor com outro de prestador de servio pblico. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 66 Comentrios: Letra A: errada. No autorizada a acumulao remunerada de 2 (dois) cargos tcnicos ou cientficos. A CF/88 autoriza a acumulao de 1 (um) cargo tcnico ou cientfico com 1 (um) cargo de professor. Letra B: errada. A CF/88 autoriza a acumulao remunerada de 2 (dois) cargos pblicos de professor (e no de 2 cargos na rea de educao). Letra C: errada. A CF/88 no autoriza a acumulao remunerada de 2 (dois) cargos da rea jurdica. Letra D: correta. Os juzespodem acumular suas funes com um cargo pblico de professor (art. 95, pargrafo nico, I). Letra E: errada. possvel a acumulao remunerada de 1 (um) cargo de professor com 1 (um) cargo tcnico ou cientfico. O gabarito a letra D. 4. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Joo, juiz de direito, aps participar de concurso de remoo, tornou-se titular na Comarca X. L chegando, constatou que a Comarca Y, vizinha X, tinha melhor estrutura, contando com diversos hospitais e escolas de tima qualidade, do que carecia a Comarca X. Em razo desse quadro, solicitou ao rgo competente do respectivo Tribunal de Justia autorizao para residir na Comarca Y. Ë luz da sistemtica constitucional, o requerimento de Joo: a) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular obrigado a residir na respectiva comarca. b) pode vir a ser deferido pelo Tribunal de Justia, que no est obrigado a tanto. c) no pode ser deferido, pois somente o Conselho Nacional de Justia pode autorizar o juiz a residir em outra comarca. d) deve ser redirecionado ao Supremo Tribunal Federal, o qual, na condio de rgo de cpula, apreci-lo-. e) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular pode residir onde melhor lhe aprouver, mesmo sem autorizao. Comentrios: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 66 Segundo o art. 93, VII, CF/88, Òo juiz titular residir na respectiva comarca, salvo autorizao do tribunalÓ. Assim, o Tribunal de Justia pode autorizar a que o juiz titular resida em outra comarca. O gabarito a letra B. 5. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ð Pedro ajuizou uma ao em face de Joo e se saiu vitorioso, sendo-lhe atribudo certo bem. Anos depois, quando j no mais era cabvel qualquer recurso, ao ou impugnao contra a deciso do Poder Judicirio, foi editada uma lei cuja aplicao faria com que o bem fosse atribudo a Joo. Ë luz da sistemtica constitucional, o referido bem deve: a) permanecer com Pedro, por fora da garantia do ato jurdico perfeito b) ser transferido a Joo, com base no princpio da eficcia imediata da lei. c) permanecer com Pedro, por fora da garantia do direito adquirido. d) ser transferido a Joo, salvo se a lei estabelecer regra de transio. e) permanecer com Pedro, por fora da garantia da coisa julgada. Comentrios: Segundo o art. 5¼, XXXVI, CF/88, Òa lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgadaÓ. Na situao apresentada, no cabe mais nenhum recurso da deciso judicial que atribuiu o bem a Pedro. Formou-se, desse modo, coisa julgada, que no poder ser prejudicada pela nova lei. Assim, o bem dever permanecer com Pedro, por fora da garantia da coisa julgada. O gabarito a letra E. 6. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ð O Tribunal de Justia do Estado Beta encaminhou ao Chefe do Poder Executivo a sua proposta oramentria anual, a qual foi devolvida sob o argumento de equvoco no destinatrio e na ausncia de legitimidade do Tribunal para elabor-la. Ë luz da narrativa acima e da sistemtica constitucional, o entendimento do Chefe do Poder Executivo est: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 66 a) totalmente equivocado, pois o Poder Judicirio, em razo de sua autonomia, deve elaborar a sua proposta oramentria e encaminh-la ao Poder Executivo. b) parcialmente certo, pois, apesar de o Poder Judicirio no ter legitimidade para elaborar a sua proposta oramentria, a anlise inicial feita pelo Poder Executivo. c) parcialmente certo, pois o Poder Judicirio tem legitimidade para elaborar a sua proposta oramentria, mas deve encaminh-la ao Poder Legislativo. d) parcialmente certo, pois o Poder Judicirio tem legitimidade para elaborar a sua proposta oramentria, mas deve encaminh-la ao Conselho Nacional de Justia. e) totalmente certo, pois a proposta oramentria elaborada pelo Poder Executivo, responsvel pela arrecadao tributria, e deve ser encaminhada ao Poder Legislativo. Comentrios: O Poder Judicirio, em virtude de sua autonomia oramentria- financeira, deve elaborar sua proposta oramentria, encaminhando-a ao Poder Executivo. No mbito dos Estados, essa atribuio cabe ao Tribunal de Justia. O gabarito a letra A. 7. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ao final do exerccio financeiro, o Governador do Estado Alfa elaborou a sua prestao de contas e solicitou sua assessoria jurdica que lhe informasse qual seria o rgo responsvel por julg-las, aprovando-as ou rejeitando-as. Ë luz da sistemtica constitucional, o referido rgo : a) o Tribunal de Justia do Estado Alfa. b) a Assembleia Legislativa do Estado Alfa. c) o Congresso Nacional d) o Superior Tribunal de Justia. e) o Tribunal de Contas do Estado Alfa. Comentrios: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 66 O Tribunal de Contas Estadual competente para apreciar as contas do Governador. O julgamento das contas do Governador compete Assembleia Legislativa do Estado. O gabarito a letra B. 8. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Tribunal de Justia do Estado Alfa proferiu acrdo, em sede de apelao, que, no entender de uma das partes, seria frontalmente contrrio Constituio da Repblica de 1988. Ë luz da sistemtica constitucional e sendo preenchidos os demais requisitos exigidos, possvel a interposio de recurso extraordinrio direcionado ao: a) Superior Tribunal de Justia b) Conselho Nacional de Justia c) Supremo Tribunal Federal d) Tribunal Regional Federal e) Conselho Constitucional Comentrios: O recurso extraordinrio direcionado ao Supremo Tribunal Federal, sendo cabvel nas hipteses do art. 102, III, CF/88: Art. 102 (É) III Ð julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituio; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituio. d) julgar vlida lei local contestada em face de lei federal. O gabarito a letra C. 9. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Maria, Deputada Estadual, consultou sua assessoria sobre a competncia do Estado para legislar sobre direito 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 66 financeiro. Em resposta, foi informada de que essa competncia ser exercida em carter concorrente com a Unio. Ë luz da sistemtica constitucional, a informao fornecida pela assessoria de Maria indica que: a) a Unio e o Estado podem legislar livremente sobre a matria. b) o Estado somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto a Unio no o fizer. c) a Unio somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto o Estado no o fizer. d) a Unio deve limitar-se edio de normas gerais sobre a matria. e) a Unio e o Estado devem editar as leis sobre a matria em carter conjunto. Comentrios: No mbito da competncia concorrente, a Unio se limitar a estabelecer normas gerais. Os Estados e o Distrito Federal exercero competncia suplementar, editandonormas especficas. O gabarito a letra D. 10. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Presidente da Repblica foi acusado da prtica de crime de responsabilidade perante o Senado Federal. Em resposta, afirmou que a acusao no poderia ser endereada referida Casa Legislativa. Ë luz da sistemtica constitucional, a defesa apresentada pelo Presidente da Repblica deve ser: a) acolhida, pois a acusao deveria ter sido endereada ao Supremo Tribunal Federal. b) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusao para que o processo se inicie no Supremo Tribunal Federal. c) acolhida, pois a acusao deveria ter sido endereada ao Superior Tribunal de Justia. d) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusao para que o processo se inicie na Cmara dos Deputados. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 66 e) acolhida, pois a acusao deveria ter sido endereada Cmara dos Deputados. Comentrios: A denncia pela prtica de crime de responsabilidade dever ser apresentada Cmara dos Deputados, que far o juzo de admissibilidade poltico por deciso de 2/3 dos seus membros. Aps a autorizao da Cmara dos Deputados, caber ao Senado Federal instaurar o processo e, na sequncia, julgar o Presidente pela prtica de crime de responsabilidade. O gabarito a letra E. 11. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Pedro recebeu notificao da associao de moradores da localidade em que reside fixando o prazo de 15 (quinze) dias para que ele apresentasse os documentos necessrios sua inscrio na referida associao. Ultrapassado esse prazo, Pedro, segundo a notificao, incorreria em multa diria e seria tacitamente inscrito: Ë luz da sistemtica constitucional, Pedro: a) est obrigado a atender notificao, o que decorre do princpio fundamental da ideologia participativa. b) somente est obrigado a se associar caso a notificao seja judicial. c) pode ignorar a notificao, pois ningum obrigado a associar-se contra a sua vontade. d) est obrigado a atender notificao, mas s precisa permanecer associado por um ano. e) est obrigado a atender notificao enquanto o Poder Judicirio no o dispensar dessa obrigao. Comentrios: Segundo o art. 5¼, XX, CF/88, Òningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associadoÓ. Assim, Pedro pode ignorar a notificao recebida. O gabarito a letra C. 12. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Governador do Estado Beta solicitou, ao Procurador-Geral de Justia, que o respectivo Ministrio Pblico Estadual passasse a prestar consultoria jurdica Secretaria de 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 66 Estado de Finanas, contribuindo, desse modo, para evitar a prtica de ilcitos naquele setor. Ë luz da sistemtica constitucional, a solicitao do Chefe do Poder Executivo: a) pode ser atendida, desde que a consultoria seja prestada por tempo determinado. b) no pode ser atendida, pois ao Ministrio Pblico vedada a consultoria jurdica de entidades pblicas. c) pode ser atendida, mesmo que a consultoria seja prestada por tempo indeterminado. d) no pode ser atendida, pois o Ministrio Pblico somente poderia prestar consultoria ao Governador do Estado. e) pode ser atendida, desde que autorizada pelo Tribunal de Justia do Estado. Comentrios: Ao Ministrio Pblico vedada a representao judicial e a consultoria jurdica de entidades pblicas (art. 129, IX, CF/88). O gabarito a letra B. 13. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Peter, filho de cidados norte-americanos, nasceu em Alagoas quando seus pais ali estavam em gozo de frias. Aps o nascimento, foi para os Estados Unidos da Amrica do Norte e jamais retornou Repblica Federativa do Brasil. Ë luz da sistemtica constitucional, Peter: a) brasileiro nato. b) brasileiro naturalizado. c) brasileiro nato, desde que requeira a nova nacionalidade aos 18 anos de idade. d) brasileiro naturalizado, se requerer a naturalizao aos 18 anos de idade. e) no brasileiro. Comentrios: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 66 Segundo o art. 12, I, alnea ÒaÓ, so brasileiros natos os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes no estejam a servio de seu pas. Na situao apresentada, Peter nasceu em territrio brasileiro e seus pas no estavam a servio dos EUA. Logo, Peter ser brasileiro nato. O gabarito a letra A. 14. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Governador do Estado Alfa convocou reunio com os presidentes das autarquias, das sociedades de economia mista e das empresas pblicas, bem como representantes das Secretarias de Estado e as estruturas da Chefia de Gabinete da Casa Civil e determinou, dentre outras coisas, que, a partir daquela data, os entes da Administrao Pblica indireta com personalidade jurdica de direito pblico deveriam apresentar dados quinzenais a respeito da atuao do respectivo ente: Ë luz da sistemtica constitucional, dentre os participantes da reunio, somente so alcanadas pela determinao do Governador do Estado: a) as autarquias b) as sociedades de economia mista e as empresas pblicas c) as Secretarias de Estado d) as estruturas da Chefia do Gabinete da Casa Civil. e) as empresas pblicas. Comentrios: Conforme disse o enunciado, a determinao do Governador alcana apenas os entes da Administrao Pblica indireta com personalidade jurdica de direito pblico. Letra A: correta. As autarquias so entidades da Administrao indireta. Possuem personalidade jurdica de direito pblico. Letra B: errada. As sociedades de economia mista e as empresas pblicas, embora integrem a Administrao indireta, possuem personalidade jurdica de direito privado. Letra C: errada. As Secretarias de Estados so rgos da Administrao direta. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 66 Letra D: errada. A Chefia de Gabinete da Casa Civil rgo da Administrao direta. Letra E: errada. As empresas pblicas, embora integrem a Administrao indireta, possuem personalidade jurdica de direito privado. O gabarito a letra A. 2017 Ð ALERJ (Especialista) Ð Geral 15. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Edson, no af de conhecer o alcance dos direitos fundamentais consagrados na Constituio da Repblica Federativa do Brasil, perguntou ao seu amigo Antnio se a denominada Òinviolabilidade do domiclioÓ teria alguma exceo que permitisse a policiais ingressarem, contra a sua vontade, em sua casa. Em resposta, Antnio apresentou diversas proposies, mas apenas uma delas est em harmonia com a ordem constitucional. A proposio correta : a) os policiais somente podem ingressar na casa de Edson se tiverem uma ordem judicial; b) a inviolabilidade do domiclio absoluta, no comportando excees; c) os policiais, por serem agentes pblicos, esto autorizados a ingressar na casa de Edson sempre que necessrio; d) os policiais podem ingressar na casa de Edson a qualquer momento, desde que tenham uma ordem judicial; e) os policiais podem ingressar na casade Edson caso um crime esteja sendo praticado. Comentrios: Segundo o art. 5¼, XI, CF/88, Òa casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicialÓ. Como regra geral, a entrada na casa do morador depende do seu consentimento. possvel, todavia, a entrada na casa do morador, sem o seu consentimento, nas seguintes hipteses: a) flagrante delito, desastre ou prestao de socorro, a qualquer hora. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 66 b) ordem judicial, apenas durante o dia. O gabarito a letra E. 16. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Logo aps tomar posse no cargo, determinado deputado estadual foi informado por seus assessores que diversas associaes solicitaram a apresentao de projeto de lei que disciplinasse certas condutas. Os assessores tambm informaram que a matria era de competncia concorrente da Unio, dos Estados e do Distrito Federal. Ë luz desse quadro, correto afirmar que eventual projeto de lei: a) no poderia destoar das normas gerais anteriormente editadas pela Unio; b) poderia ser livremente apresentado, no estando vinculado s normas editadas pela Unio; c) somente poderia ser apresentado caso a Unio, em momento anterior, tivesse veiculado normas gerais sobre a matria; d) somente poderia ser apresentado caso autorizado pela Unio; e) por veicular normas especficas para o Estado, revogaria as normas gerais editadas pela Unio. Comentrios: No mbito da competncia concorrente, cabe Unio editar normas gerais. Os Estados e o Distrito Federal exercero a competncia suplementar, editando normas especficas, as quais no podero destoar das normas anteriormente editadas pela Unio. O gabarito a letra A. 17. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Silvio e Maria travaram intenso debate a respeito do conceito de cidadania, considerada, pelo inciso II do art. 1¼ da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, um dos fundamentos da Repblica Federativa do Brasil. Silvio defendia que todo brasileiro cidado, enquanto Maria ressaltava a necessidade de serem preenchidos alguns requisitos para a obteno da cidadania. A esse respeito, correto afirmar que: a) Maria est errada, pois a cidadania surge e se perpetua com o nascimento; 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 66 b) Silvio est errado, pois possvel existir um brasileiro que no seja cidado; c) Silvio est certo, pois a cidadania que permite a aquisio da nacionalidade brasileira; d) Maria est certa, pois preciso que a cidadania seja deferida pelo Ministro da Justia; e) Maria est certa, pois a cidadania sempre exige o prvio requerimento da nacionalidade brasileira. Comentrios: Cidadania no se confunde com nacionalidade. A cidadania depende do pleno exerccio dos direitos polticos, isto , o indivduo deve ter capacidade eleitoral ativa e capacidade eleitoral passiva. Assim, nem todo brasileiro cidado. O gabarito a letra B. 18. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Irineu, professor estadual, tomou posse no cargo de deputado estadual. No mesmo dia, foi informado que o seu regime estipendial seria alterado. Ë luz dessa narrativa e dos balizamentos estabelecidos pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil, correto afirmar que Irineu: a) at a posse, recebia subsdio, sendo vedado o acrscimo de qualquer gratificao; b) aps a posse, passou a receber remunerao, sendo permitido o recebimento de verba de representao; c) at a posse, recebia remunerao, sendo permitido o recebimento de adicional; d) aps a posse, passou a receber subsdio, vedada a percepo de qualquer verba indenizatria; e) aps a posse, poderia receber conjuntamente o subsdio e a remunerao, desde que observado o teto remuneratrio. Comentrios: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 66 O servidor pblico investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital ser afastado do cargo efetivo, passando a receber a remunerao do mandato eletivo. Na situao apresentada, temos o seguinte: a) At tomar posse como parlamentar, Irineu exercia o cargo de professor estadual, recebendo uma remunerao. Admitia-se, portanto, que recebesse adicionais em sua remunerao. b) Aps a posse, Irineu passa a receber o subsdio de Deputado Estadual. O subsdio uma parcela nica, sendo vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria. No entanto, admite-se que seja acrescida ao subsdio verba de carter indenizatrio. O gabarito a letra C. 19. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Ednaldo, brasileiro naturalizado, e Pedro, estrangeiro residente no Pas, travaram intenso debate a respeito de quem seria titular dos direitos fundamentais referidos no art. 5¼ da Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Considerando a situao jurdica de Ednaldo e de Pedro, correto afirmar, em relao aos referidos direitos fundamentais, que: a) somente Ednaldo, por ser brasileiro, titular desses direitos; b) Ednaldo e Pedro, por determinao constitucional, so titulares desses direitos; c) Ednaldo e Pedro, por no serem brasileiros natos, no so titulares desses direitos; d) Pedro, ainda que se naturalize brasileiro, no poder titularizar esses direitos de imediato; e) Ednaldo somente ir titulariz-los dez anos aps a sua naturalizao. Comentrios: A doutrina e a jurisprudncia reconhecem que so titulares de direitos fundamentais os brasileiros (natos e naturalizados) e os estrangeiros (residentes e no residentes). O gabarito a letra B. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 66 2017 Ð ALERJ (Procurador) 20. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro pretende ter acesso a operaes financeiras realizadas por entidade da administrao indireta do Estado com personalidade jurdica de direito privado, com vistas a analisar a regularidade de contrato envolvendo o emprego de recursos de origem pblica. De acordo com a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, no caso concreto: a) aplica-se a reserva de jurisdio, e imprescindvel a quebra de sigilo bancrio, mediante a provocao do Poder Judicirio, que aferir se esto presentes os pressupostos cautelares formais e materiais necessrios ao deferimento da medida; b) aplica-se a reserva de jurisdio, e imprescindvel a quebra de sigilo bancrio, mediante a provocao do Poder Judicirio, que aferir to somente se esto presentes os pressupostos formais necessrios ao deferimento da cautelar; c) aplica-se a reserva de jurisdio, no se aplicando a inoponibilidade de sigilo bancrio e empresarial ao TCE ainda que se esteja diante de operaes fundadas em recursos de origem pblica, pois a entidade no possui personalidade jurdica de direito pblico; d) no se aplica a reservade jurisdio, e o TCE deve ter livre acesso s operaes financeiras realizadas pela entidade que no est submetida ao seu controle financeiro, diante do princpio da publicidade dos contratos administrativos; e) no se aplica a reserva de jurisdio, e o TCE deve ter livre acesso s operaes financeiras realizadas pela entidade submetida ao seu controle financeiro, mormente porquanto operacionalizadas mediante o emprego de recursos de origem pblica. Comentrios: Segundo o STF, os Tribunais de Contas tm competncia para requisitar informaes relativas a operaes de crdito originrias de recursos pblicos (MS 33.340/DF). No se trata, tecnicamente, de quebra de sigilo bancrio. Entende o STF que as operaes financeiras que envolvam recursos pblicos no esto abrangidas pelo sigilo bancrio. O gabarito a letra E. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 66 21. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas da Unio o rgo integrante do Congresso Nacional que tem a funo constitucional de auxili-lo no controle financeiro externo da Administrao Pblica. De acordo com a Constituio Federal de 1988, compete mencionada Corte de Contas: a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, incluindo as nomeaes para cargo de provimento em comisso; b) sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal; c) julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da Administrao Pblica, exceto entidades da administrao indireta; d) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em trinta dias a contar de seu recebimento; e) aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, sanes como multa proporcional ao dano causado ao errio, por meio de deciso com eficcia de ttulo executivo judicial. Comentrios: Letra A: errada. O TCU tem competncia para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, excetuadas as nomeaes para cargos em comisso (art. 71, III, CF/88). Letra B: correta. O TCU tem competncia para sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal (art. 71, X, CF/88). Letra C: errada. O TCU tem competncia para julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico (art. 71, II, CF/88). 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 66 Letra D: errada. O TCU aprecia as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio elaborado em 60 dias a contar do seu recebimento. Letra E: errada. De fato, o TCU tem competncia para aplicar sanes aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas. As decises do TCU de que resultem imputao de dbito ou multa tero eficcia de ttulo executivo extrajudicial. O gabarito a letra B. 22. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Presidente do Tribunal de Justia de determinado Estado da Federao, aps aprovao do rgo interno competente, com estrita observncia aos balizamentos estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias, encaminhou sua proposta oramentria, no momento prprio, ao Poder Executivo. Ao consolidar o projeto de lei oramentria a ser encaminhado Assembleia Legislativa, o Poder Executivo, forte na premissa de que as receitas existentes eram limitadas, promoveu redues na referida proposta, a exemplo do que fizera em relao s propostas encaminhadas pelas demais estruturas estatais de poder. A conduta do Poder Executivo est: a) correta, em razo do que determina o princpio da unidade oramentria; b) incorreta, pois a proposta deveria ter sido submetida, pelo Poder Judicirio, diretamente Assembleia Legislativa; c) correta, em virtude do imprescindvel equilbrio entre receita e despesa; d) incorreta, j que o Executivo deveria ter submetido a proposta apreciao da Assembleia Legislativa; e) correta, j que o encaminhamento do projeto de lei oramentria de iniciativa privativa do Poder Executivo. Comentrios: O Presidente do Tribunal de Justia tem competncia para encaminhar a proposta oramentria do Poder Judicirio estadual ao Governador. Essa proposta oramentria dever estar de acordo com os limites estipulados pela Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO). exatamente o que prev o art. 99, CF/88: Art. 99. Ao Poder Judicirio assegurada autonomia administrativa e financeira. 00000000000 - DEMO 0 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 66 ¤ 1¼ Os tribunais elaboraro suas propostas oramentrias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes oramentrias. ¤ 2¼ O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no mbito da Unio, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovao dos respectivos tribunais; II - no mbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territrios, aos Presidentes dos Tribunais de Justia, com a aprovao dos respectivos tribunais. Se a proposta oramentria apresentada pelo Poder Judicirio estiver em desacordo com os limites estipulados pela LDO, o Poder Executivo far ajustes, ou seja, far ÒcortesÓ na proposta. No entanto, h uma questionamento relevante a ser feito. Sendo a proposta do Poder Judicirio encaminhada com observncia dos limites da LDO, poder o Poder Executivo fazer ajustes na proposta por ocasio da elaborao da LOA? No. Se a proposta oramentria tiver sido apresentada em conformidade com a LDO, o Poder Executivo no poder fazer ajustes na consolidao do projeto de lei oramentria anual. Poder, todavia, pleitear junto ao Poder Legislativo a reduo pretendida. Na ADI n¼ 5287, o STF fixou a seguinte tese: Ò inconstitucional a reduo unilateral pelo Poder Executivo dos oramentos propostos pelos outros Poderes e por rgos constitucionalmente autnomos, como o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica, na fase de consolidao do projeto de lei oramentria anual, quando tenham sido elaborados em obedincia s leis de diretrizes oramentrias e enviados conforme o art. 99, ¤ 2¼, da CRFB/88, cabendo-lhe apenas pleitear ao Poder Legislativo a reduo pretendida, visto que a fase de apreciao legislativa o momento constitucionalmente correto para o debate de possveis alteraes no Projeto de Lei Oramentria.Ó O gabarito a letra D. 23. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Ednaldo, titular de cargo de provimento efetivo do servio pblico estadual, foi eleito Deputado no mesmo Estado em que exerce suas atividades funcionais regulares. Na vspera do incio das atividades parlamentares,foi informado, pelo Departamento de Pessoal de sua repartio originria, que deveria ser necessariamente exonerado do cargo originrio to logo iniciasse o exerccio do mandato eletivo. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 66 Ë luz da sistemtica constitucional, essa orientao : a) incorreta, pois a exonerao no necessria caso haja compatibilidade de horrios entre as duas atividades; b) correta, j que a ordem constitucional veda a acumulao de cargos pblicos, ressalvadas as excees que indica; c) incorreta, pois a investidura no mandato eletivo estadual somente exige o afastamento do cargo, no a exonerao; d) correta, j que os subsdios dos Deputados Estaduais alcanam o teto remuneratrio, o que impede a acumulao; e) incorreta, pois a ordem constitucional autoriza expressamente a acumulao nas circunstncias indicadas. Comentrios: O servidor pblico investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital ser afastado do cargo efetivo, passando a receber a remunerao do mandato eletivo. No cabe falar em exonerao, mas apenas em afastamento. O gabarito a letra C. 24. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Com o objetivo de conter o que considerava um Òdemandismo exageradoÓ, um Deputado Estadual apresentou projeto de lei dispondo que a parte vencida somente poderia interpor recurso contra deciso proferida no mbito de Juizado Especial Cvel caso realizasse o depsito prvio de 100% (cem por cento) do valor da condenao. Instada a se pronunciar, a Comisso de Constituio e Justia da Assembleia Legislativa alcanou a nica concluso que se mostrava harmnica com a ordem jurdico-constitucional brasileira, qual seja, a de que o projeto : a) constitucional, j que o depsito prvio possui a natureza jurdica de taxa, o que atrai a competncia legislativa do Estado; b) inconstitucional, pois a exigncia de depsito prvio para a interposio de recurso matria tipicamente processual, de competncia legislativa privativa da Unio; c) constitucional, desde que observadas as normas gerais editadas pela Unio em matria tributria, aplicveis aos depsitos prvios; 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 66 d) inconstitucional, pois compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa dos projetos de lei em matria tributria; e) constitucional, pois a exigncia de depsito prvio para a interposio de recurso matria tipicamente procedimental, de competncia concorrente da Unio e dos Estados. Comentrios: A Unio tem competncia privativa para legislar sobre direito processual (art. 22, I, CF/88). Assim, lei estadual no poder exigir depsito prvio como condio para interposio de recurso, sob pena de inconstitucionalidade formal. O gabarito a letra B. 25. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Ednaldo, servidor da Assembleia Legislativa, impetrou mandado de segurana contra ato intitulado de ilegal e abusivo praticado pelo respectivo Presidente. A 1» Cmara Cvel do Tribunal de Justia, competente para o caso, por ocasio do julgamento, negou-se expressamente a aplicar a lei federal que daria respaldo ao ato praticado, entendendo que a sua aplicao ao caso concreto ensejaria a prolao de uma deciso injusta. Com base nesse entendimento, declarou a nulidade do ato. Ao tomar cincia do respectivo acrdo, o Procurador da Assembleia Legislativa realizou ampla pesquisa sobre os distintos aspectos jurdicos envolvidos e alcanou, dentre as concluses que idealizara, a nica que se mostrava adequada ao caso. Nesse sentido, correto afirmar que o acrdo proferido pode vir a ser cassado em sede de: a) recurso ordinrio endereado ao Superior Tribunal de Justia; b) mandado de segurana impetrado perante o Superior Tribunal de Justia; c) procedimento de controle instaurado no mbito do Tribunal de Justia; d) recurso extraordinrio endereado ao Supremo Tribunal Federal; e) reclamao endereada ao Supremo Tribunal Federal. Comentrios: Na situao apresentada, temos deciso de um rgo fracionrio de tribunal que, embora no declare expressamente a inconstitucionalidade, afasta sua aplicao a um caso concreto. Vislumbra-se, portanto, uma violao 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 66 clusula de reserva de plenrio e, em especial, Smula Vinculante n¼ 10, que assim dispe: Smula Vinculante n¼ 10: Viola a clusula de reserva de plenrio (CF, artigo 97) a deciso de rgo fracionrio de tribunal que, embora no declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Pblico, afasta sua incidncia, no todo ou em parte. Quando h o descumprimento de Smula Vinculante, cabvel reclamao endereada ao STF. O gabarito a letra E. 26. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Presidente da Assembleia Legislativa foi instado a apresentar informaes em representao por inconstitucionalidade, ajuizada perante o Tribunal de Justia, na qual um dos legitimados ao controle concentrado de constitucionalidade pedia a declarao de inconstitucionalidade do inteiro teor da Lei Estadual Y, promulgada no dia anterior. O Procurador da Assembleia Legislativa foi consultado sobre o caso e, aps a leitura da petio inicial, constatou que foram utilizados, como paradigmas de confronto, trs normas da respectiva Constituio Estadual: o art. 10 era repetio literal de artigo secundrio da Constituio da Repblica, que todos entendiam no ser norma de reproduo obrigatria pelas Constituies Estaduais; o art. 11 dispunha que Òdevem ser observadas as normas da Constituio da RepblicaÓ a respeito da temtica nele versada; e o art. 12 era repetio literal de norma de reproduo obrigatria da Constituio da Repblica. Ë luz da sistemtica vigente, correto afirmar, em relao s normas da Constituio Estadual, que: a) todas poderiam ser utilizadas como paradigma de confronto; b) somente o art. 10 poderia ser utilizado como paradigma de confronto; c) somente os arts. 11 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de confronto; d) somente os arts. 10 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de confronto; e) nenhuma delas poderia ser utilizada como paradigma de confronto. Comentrios: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 66 O Tribunal de Justia tem competncia para realizar o controle concentrado- abstrato de constitucionalidade. Como regra geral, o paradigma de controle usado pelo TJ local ser a Constituio Estadual. Sobre esse ponto, de se ressaltar que todas as normas da Constituio Estadual podem servir como paradigma para o controle de constitucionalidade perante o TJ. No importa qual a natureza da norma da Constituio Estadual. O controle de constitucionalidade estadual poder ter como parmetro norma de observncia obrigatria, norma de mera repetio ou at uma norma remissiva. O gabarito a letra A. 27. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Em razo da ecloso de um grande escndalo relativo ao desvio de recursos pblicos no Estado, foi instaurada,no mbito da Assembleia Legislativa, comisso parlamentar de inqurito com o objetivo de apurar os fatos narrados. Entre outras medidas, foi deliberada: (a) a convocao do Governador do Estado para comparecer Assembleia Legislativa e prestar esclarecimentos; (b) a quebra do sigilo fiscal dos envolvidos; (c) a determinao de interceptao telefnica de alguns servidores pblicos estaduais; e (d) a decretao de indisponibilidade dos bens de dois servidores, cuja participao no esquema estava documentalmente comprovada. Ë luz da sistemtica constitucional, deve-se afirmar que: a) somente a medida descrita em (a) est correta; b) somente a medida descrita em (b) est correta; c) somente a medida descrita em (d) est correta; d) somente as medidas descritas em (b) e (c) esto corretas; e) todas as medidas esto corretas. Comentrios: H vrios pontos a serem examinados nessa questo: a) CPI no pode convocar o Chefe do Poder Executivo. b) CPI pode determinar a quebra do sigilo fiscal. c) CPI no pode determinar a interceptao telefnica. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 66 d) CPI no pode decretar a indisponibilidade dos bens. O gabarito a letra B. 28. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Projeto de lei estadual, de iniciativa do Poder Legislativo, quer estabelecer que a validade dos contratos administrativos estaduais seja submetida ao exame prvio do Tribunal de Contas do Estado. Tal projeto deve ser considerado: a) inconstitucional, em razo de vcio formal, dado tratar de matria da iniciativa exclusiva do Poder Executivo; b) inconstitucional, em razo de vcio material, consistente em atribuir ao Tribunal de Contas funo de controle prvio de atos administrativos; c) constitucional, porque o Tribunal de Contas pode exercer controle concomitante sobre os atos administrativos; d) constitucional, porque versa sobre matria pertinente ao controle da gesto pblica, que se inclui na competncia do Poder Legislativo; e) constitucional, porque a validade dos contratos administrativos matria de interesse pblico primrio e deve estar sujeita fiscalizao do Tribunal de Contas. Comentrios: Na situao apresentada, h inconstitucionalidade material. Submeter a validade de contratos administrativos ao exame prvio do Tribunal de Contas viola a separao de poderes. Segundo o STF, Ò inconstitucional, por ofensa ao princpio da independncia e harmonia entre os Poderes, norma que subordina acordos, convnios, contratos e atos de Secretrios de Estado aprovao da Assembleia LegislativaÓ. (ADI 476). O gabarito a letra B. 29. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Tramita pela Assembleia Legislativa do Estado Alfa projeto de lei que veda a contratao de empresas de que sejam scios parentes do governador, do vice- governador, de deputados e de ocupantes de cargos em comisso at seis meses aps o fim do exerccio dos respectivos mandatos e funes. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 66 Tal projeto deve ser considerado: a) inconstitucional, porque trata de normas gerais de licitaes e contratos administrativos, cuja edio o art. 22, XXVII, da CRFB/88 reserva competncia privativa de lei federal; b) constitucional, porque trata de normas no gerais, de competncia legislativa dos estados e municpios, e atende aos princpios da impessoalidade e da moralidade; c) inconstitucional, porque restringe a competio entre os licitantes, podendo, em consequncia, acarretar leso aos cofres pblicos; d) constitucional, porque, uma vez que no gera aumento de despesa, tanto pode ser objeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo quanto de decreto do Poder Executivo; e) inconstitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88, ao assegurar a igualdade de condies entre todos os concorrentes nas licitaes pblicas, no distingue grau de parentesco. Comentrios: A Unio tem competncia privativa para legislar sobre normas gerais de licitao e contratao (art. 22, XXVII, CF/88). Os Estados e Municpios podero, portanto, legislar sobre questes especficas acerca de licitaes e contratos. Nesse sentido, constitucional lei estadual que Òveda a contratao de empresas de que sejam scios parentes do governador, do vice-governador, de deputados e de ocupantes de cargos em comisso at seis meses aps o fim do exerccio dos respectivos mandatos e funesÓ. Trata-se de norma especfica, da competncia legislativa dos Estados e Municpios, que atende aos princpios da impessoalidade e moralidade. O gabarito a letra B. 30. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Constituio do Estado Alfa prev, como critrio de identificao da proposta mais vantajosa para a Administrao, nas contrataes pblicas, o montante de tributos recolhidos fazenda estadual. Tal dispositivo deve ser considerado: a) inconstitucional, porque adota critrio arbitrrio, violador do princpio da isonomia, que probe a distino entre brasileiros no acesso s contrataes do Estado; 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 66 b) constitucional, porque faz prevalecer o interesse pblico quanto maior capacidade contributiva dos particulares que pretendam contratar com o Estado; c) constitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88 exclui exigncias de qualificao que no sejam indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes, em contraste com o volume de tributos recolhidos pelo licitante, que indicador objetivo de indispensvel qualificao econmica; d) inconstitucional, porque consagra critrio de seleo que impede a participao de pequenas e microempresas nas contrataes pblicas; e) inconstitucional, porque o art. 170, IX, da CRFB/88 assegura tratamento favorecido s empresas de pequeno porte, s quais no corresponde capacidade tributria elevada. Comentrios: O art. 37, XXI, CF/88, prev que Òressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaesÓ. Assim, as contrataes do Poder Pblico dependem de prvia licitao, que observar o princpio da isonomia. Estabelecer como critrio de identificao da proposta mais vantajosa o montante de tributos recolhidos fazenda estadual uma afronta ao princpio da isonomia. O gabarito a letra A. 31. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O governador do Estado Alfa expediu, ao final do exerccio financeiro, decreto que estabeleceu novas margens de valor agregado (MVA) para alguns produtos da lista de mercadorias sujeitas ao regime de substituio tributria, com vigncia para o exerccio seguinte. Um deputado Assembleia Legislativa do mesmo Estado, ajuizou perante o îrgo Especial do Tribunal de Justia estadual, Representao por Inconstitucionalidade, arguindo que o dito decreto ofende princpios constitucionais. A Procuradoria do Estado, ao defender o decreto, ponderou,em preliminar, ser inidnea a via da Representao. Tal preliminar deve ser: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 66 a) acolhida, porque, no mbito do controle concentrado de constitucionalidade, a norma inquinada de inconstitucional deve violar, primeiro, a lei, e, aps, a Constituio; b) rejeitada, porque, tratando-se de controle difuso de constitucionalidade, irrelevante que a norma de contraste seja a da Lei ou a da Constituio; c) acolhida, porque tanto no controle concentrado quanto no controle difuso de constitucionalidade, a tutela jurdica adota, como premissa, que a norma constitucional at prova em contrrio; d) rejeitada, porque o decreto regulamentar que inova a ordem jurdica pode ser objeto de controle de constitucionalidade; e) acolhida, porque o decreto de mera execuo no pode ser objeto de qualquer espcie de controle de constitucionalidade. Comentrios: Os decretos de mera execuo no podem ser objeto de controle concentrado-abstrato de constitucionalidade. No entanto, caso o decreto inove a ordem jurdica, assumir carter de ato normativo primrio e se submeter ao controle concentrado-abstrato de constitucionalidade. Na ADI 3.664, o STF manifestou-se no sentido de que Òdecreto que, no se limitando a regulamentar lei, institua benefcio fiscal ou introduza outra novidade normativa, reputa-se autnomo e, como tal, suscetvel de controle concentrado de constitucionalidadeÓ. O gabarito a letra D. 32. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Lei de iniciativa do Legislativo estadual obriga bares, lanchonetes, restaurantes, cantinas e quiosques, que funcionem em estabelecimentos de ensino da rede particular, a divulgarem as informaes nutricionais pertinentes aos alimentos que comercializam. A Associao Nacional de Restaurantes ajuza Representao de Inconstitucionalidade perante o îrgo Especial do Tribunal de Justia estadual, arguindo a inconstitucionalidade da mencionada lei por ofensa aos princpios da razoabilidade e da proporcionalidade na proteo devida aos direitos do consumidor. A Procuradoria da Assembleia Legislativa rebate o alegado vcio material com base em que: a) a norma impugnada no confronta com as regras constitucionais que definem a competncia privativa do Poder Executivo para a iniciativa de leis; 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 66 b) a razoabilidade e a proporcionalidade no so parmetros aplicveis ao controle de constitucionalidade das leis; c) a lei impugnada trata do exerccio da polcia administrativa, insuscetvel de controle porque traduz manifestao discricionria do poder pblico; d) a divulgao de informaes nutricionais sobre alimentos servidos em escolas protege o direito do consumidor em matria pertinente dignidade das pessoas, da sua razoabilidade; e) a despesa com o cumprimento da nova regra constitui nus a ser compartilhado entre os estabelecimentos escolares e os consumidores. Comentrios: Na situao apresentada, a Associao Nacional de Restaurantes est alegando que h inconstitucionalidade material na lei estadual, por violao aos princpios de razoabilidade e proporcionalidade na proteo devida aos direitos do consumidor. Assim, cabe Procuradoria da Assembleia Legislativa rebater essa alegao, no necessitando reafirmar a validade da norma quanto aos seus aspectos formais. A Procuradoria da Assembleia Legislativa poder alegar que Òa divulgao de informaes nutricionais sobre alimentos servidos em escolas protege o direito do consumidor em matria pertinente dignidade das pessoas, da sua razoabilidadeÓ (letra D). Algum poderia ter dvidas quanto letra B. No entanto, a razoabilidade e a proporcionalidade podem servir, sim, como parmetro para o controle de constitucionalidade. O gabarito a letra D. 33. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Projeto de lei de iniciativa do Legislativo estadual pretende instituir programa de bolsa de estudos para alunos carentes da rede estadual de ensino de segundo grau. O governador o vetou, mas a Assembleia Legislativa derrubou o veto e promulgou a lei. A Representao de Inconstitucionalidade que o governador pretende submeter ao îrgo Especial do Tribunal de Justia estadual dever: a) arguir vcio material, porque a aplicao da lei gerar aumento de despesa; b) suscitar ser a lei inoportuna em face da crise financeira do Estado; c) apontar vcio material, porque a aplicao da lei demandar reforma na estrutura administrativa do Estado; 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 66 d) cumular vcio formal, por se tratar de matria da iniciativa privativa do Poder Executivo, com vcio material, consistente no deslocamento de equipamentos escolares; e) limitar-se a arguir o vcio formal de usurpao da competncia privativa do Poder Executivo. Comentrios: Na situao apresentada, temos um projeto de lei que versa sobre atribuies que so prprias do Governador do Estado, uma vez que diz respeito ao funcionamento da administrao pblica estadual (rede estadual de ensino). Assim, deve ser arguido o vcio formal de usurpao da competncia privativa do Chefe do Poder Executivo. O gabarito a letra E. 34. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Associao dos Delegados de Polcia do Brasil props ao direta de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal, com o fim de arguir a inconstitucionalidade de uma lei estadual que autorizava a aplicao da penalidade de suspenso preventiva a servidores da polcia civil, assim que recebida a denncia pelo Ministrio Pblico pela prtica de crimes, ao argumento principal de que tal suspenso viola as garantias constitucionais do direito ampla defesa e ao contraditrio, cuja preservao tambm incumbe Associao. Em defesa da constitucionalidade da aludida lei, foi suscitada a ilegitimidade ativa da Associao, preliminar que o STF: a) recusou, porque h pertinncia temtica entre o objeto da causa e as finalidades da Associao; b) acolheu, porque a aplicao de penas criminais matria alheia aos objetivos associativos; c) acolheu, porque a legitimidade ativa no se caracteriza se inexiste correlao entre o pedido declaratrio e os interesses sociais, culturais e econmicos da entidade associativa; d) recusou, porque o pleito de reviso de penalidades administrativas consta dos estatutos da Associao; e) acolheu, porque os estatutos da Associao no distinguem entre penalidade administrativa e sano penal. Comentrios: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 66 Dentre os legitimados para propor as aes do controle concentrado-abstrato de constitucionalidade perante o STF esto as entidades de classe de mbito nacional (art. 103, IX, CF/88). Estas devero, ao propor uma ADI/ADC/ADO/ADPF, demonstrar pertinncia temtica. A Associao dos Delegados de Polcia do Brasil uma entidade de classe de mbito nacional e, portanto, tem legitimidade para propor ADI. Na situao apresentada, tambm fica caracterizada a existncia de pertinncia temtica, umavez que a lei questionada viola prerrogativas dos policiais civis. O gabarito a letra A. 35. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Assembleia Legislativa do Estado Alfa remete ao governador, para sano, projeto de lei ordinria que fixa o teto remuneratrio dos servidores pblicos estaduais em valor nico, igual ao dos subsdios dos desembargadores do Tribunal de Justia estadual. O governador veta o projeto porque os Estados: a) no dispem de autonomia para a fixao de subtetos remuneratrios de seus servidores; b) dispem de autonomia para a fixao do subteto remuneratrio de seus servidores, desde que mediante Emenda Constituio estadual; c) podem fixar o subteto remuneratrio de seus servidores mediante lei complementar, desde que esta estabelea limites variveis segundo classes de servidores; d) no podem fixar subteto remuneratrio de seus servidores em valor inferior ao dos subsdios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; e) no podem fixar subteto remuneratrio de seus servidores em valor que venha a ultrapassar os limites com despesa de pessoal, estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Comentrios: O art. 37, ¤ 12, CF/88, reconhece a possibilidade de que os Estados e o Distrito Federal, mediante emenda s respectivas Constituies Estaduais e Lei Orgnica, instituam um subteto remuneratrio nico, que ser o subsdio dos desembargadores do Tribunal de Justia. O gabarito a letra B. 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 66 36. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) CWW, poltico de grande prestgio em certo Municpio do Estado, no concordava com a forma de atuao do Promotor de Justia da Comarca, j que ela resultara no ajuizamento de diversas aes que estavam comprometendo a sua imagem. O caso foi levado ao conhecimento do Procurador-Geral de Justia, que recebeu de CWW a solicitao de que o Promotor de Justia, titular h vrios anos na Comarca, fosse dela removido compulsoriamente. Ë luz dos dados fornecidos e da sistemtica constitucional, correto afirmar que a solicitao formulada: a) deve ser apreciada pelo rgo colegiado competente, que s pode deferi-la por motivo de interesse pblico; b) jamais poderia ser atendida, pois a ordem constitucional assegura a garantia da inamovibilidade; c) poderia ser livremente apreciada pelo Procurador-Geral de Justia, Chefe do Ministrio Pblico estadual; d) deveria ser endereada diretamente ao Conselho Nacional do Ministrio Pblico, nico rgo competente para apreci-la; e) livremente apreciada pelo rgo ao qual a normatizao infraconstitucional atribuiu competncia. Comentrios: Os membros do Ministrio gozam da garantia da inamovibilidade, segundo a qual no podero ser removidos de ofcio. A inamovibilidade, todavia, no absoluta. possvel a remoo de ofcio por razes de interesse pblico, mediante deciso do rgo colegiado do Ministrio Pblico. O gabarito a letra A. 37. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Determinado Municpio no vinha cumprindo as decises proferidas pela Justia Estadual, da resultando grande insatisfao dos titulares dos direitos aviltados. Em razo desses fatos, um dos interessados solicitou ao Tribunal de Justia que desse provimento representao para assegurar a execuo de deciso judicial. Essa representao foi provida, tendo o interessado interposto recurso extraordinrio para que o Supremo Tribunal Federal reapreciasse o caso. Ë luz dessa narrativa e da sistemtica constitucional, correto afirmar que: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 66 a) somente o Ministrio Pblico poderia ingressar com a representao, no um dos interessados no cumprimento da deciso judicial; b) no seria cabvel a interposio de recurso extraordinrio, dado o carter poltico-administrativo do processo de interveno instaurado perante o Poder Judicirio; c) o Tribunal de Justia no tem imparcialidade para apreciar o descumprimento de suas prprias decises, o que atrairia a competncia do Supremo Tribunal Federal; d) a interposio de recurso extraordinrio exigiria o prequestionamento explcito de matria constitucional na representao interventiva; e) para que um interessado ajuizasse representao interventiva, seria necessria a autorizao expressa dos demais titulares dos direitos, o que no exigido do Ministrio Pblico. Comentrios: O Estado poder intervir em seus Municpios para prover a execuo de deciso judicial (art. 35, IV, CF/88), havendo necessidade de que o Tribunal de Justia d provimento representao feita com essa finalidade. Segundo o STF, no cabe recurso extraordinrio contra a deciso do Tribunal de Justia em processo de interveno, em virtude do carter poltico-administrativo desse tipo de processo. O gabarito a letra B. 38. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A autoridade administrativa competente do Poder Legislativo estadual pede Procuradoria da Assembleia Legislativa que emita parecer identificador dos requisitos que autorizam a incidncia da garantia constitucional da irredutibilidade de vencimentos dos servidores pblicos estaduais. O parecer aponta que h dois requisitos: a) alternativos, a saber: (i) o padro remuneratrio estadual haja sido estabelecido por ato administrativo fundado em lei especfica; ou (ii) a lei instituidora do padro remuneratrio estadual haja expressamente excludo verbas de natureza indenizatria; b) cumulativos, a saber: (i) o padro remuneratrio estadual no ultrapasse o teto remuneratrio estabelecido para os servidores pblicos federais; e (ii) o padro remuneratrio estadual inclua no teto verbas de qualquer natureza, inclusive as indenizatrias; 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 66 c) alternativos, a saber: (i) o padro remuneratrio estadual seja fixado por lei que ressalve as verbas protegidas pelo princpio da irredutibilidade de vencimentos; ou (ii) o padro remuneratrio resulte de lei que faa expressa distino entre verbas indenizatrias e verbas remuneratrias; d) cumulativos, a saber: (i) o padro remuneratrio nominal tenha sido obtido conforme o direito, e no de maneira ilcita, ainda que por equvoco da Administrao Pblica; e (ii) o padro remuneratrio nominal esteja compreendido dentro do limite constitucional mximo predefinido; e) cumulativos, a saber: (i) o padro remuneratrio atenda ao estabelecido na Constituio estadual quanto ao paradigma do valor remuneratrio; e (ii) o padro remuneratrio obedea aos princpios da razoabilidade e da proporcionalidade. Comentrios: No RE 609.381/GO, o STF decidiu o seguinte: ÒA incidncia da regra constitucional da irredutibilidade exige a presena cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padro remuneratrio nominal tenha sido obtido conforme o direito, e no de maneira ilcita, ainda que por equvoco da Administrao Pblica; e (b) que o padro remuneratrio nominal esteja compreendido dentro do limite mximo pr-definido pela Constituio FederalÓ. O gabarito a letra D. 39. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Joo, servidor pblico, pretende que o rgo estadual de sua lotao funcional, ao conceder- lhe a aposentadoria porque atendidostodos os requisitos pertinentes, fixe, em carter definitivo, o valor dos respectivos proventos. Tal pretenso : a) conforme Constituio, porque se o ato concessivo da aposentadoria atesta o atendimento a todos os requisitos, o valor dos respectivos proventos com eles se harmonizam e definitivo em homenagem ao princpio da segurana jurdica; b) conforme Constituio, porque cabe ao rgo de lotao do servidor verificar o atendimento aos requisitos da aposentadoria e fixar os respectivos proventos em consonncia com a legislao, acarretando a presena de ato administrativo simples; 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 66 c) inconstitucional, porque o ato concessivo de aposentadoria complexo e exige que o Tribunal de Contas o registre, inclusive quanto ao valor dos respectivos proventos, devendo determinar-lhe a correo, se ilegal; d) inconstitucional, porque a competncia do rgo de lotao do servidor se esgota na verificao dos requisitos que autorizam a aposentadoria, cabendo a fixao do valor dos respectivos proventos ao rgo de controle externo; e) inconstitucional, porque o prprio servidor pode insurgir-se contra o valor dos proventos, fixado no ato concessivo da aposentadoria, e postular a sua retificao mediante recurso hierrquico, ou a prpria administrao corrigi-lo no exerccio da autotutela. Comentrios: Segundo o STF, o ato de concesso de aposentadoria um ato complexo, que somente se aperfeioa com a manifestao do TCU, nos termos do art. 71, III, CF/88: Art. 71 (...) III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio; Dessa forma, a concesso de aposentadoria, em carter definitivo, no feita pelo rgo da lotao do servidor pblico, uma vez que precisar ser registrado pelo Tribunal de Contas. O gabarito a letra C. 40. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Cmara de Vereadores do Municpio Beta aprovou projeto de lei de sua iniciativa, tornando obrigatria a instalao de cmeras de segurana em escolas pblicas e cercanias, com o fim de prevenir e reprimir a prtica de delitos contra alunos e seus familiares. O Prefeito vetou a lei remetida sua sano, considerando-a eivada de vcio formal, e a Cmara derrubou o veto, promulgando a lei. O Prefeito representou ao Tribunal de Justia Estadual, postulando a declarao da inconstitucionalidade da lei, questo que chegou, pela via do recurso extraordinrio, ao Supremo Tribunal Federal, que julgou dita lei: 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 66 a) inconstitucional, porque, vista do art. 61 da CRFB/88, no possvel lei da iniciativa do Legislativo tratar de matrias relativas ao funcionamento e estruturao da Administrao Pblica; b) constitucional, porque o art. 61 da CRFB/88 define, em rol taxativo, as hipteses de reserva da iniciativa de lei do Chefe do Poder Executivo, no sendo cabvel ampliar a interpretao do dispositivo para abranger matrias ali no previstas; c) inconstitucional, porque, alm do disposto no art. 61 da CRFB/88, a instalao de cmeras de segurana implicaria despesas impostas ao Executivo pelo Legislativo, o que ultrapassa os limites da iniciativa deste ao invadir a gesto dos recursos pblicos por aquele; d) constitucional, porque a sano de lei pelo Legislativo no usurpa competncia do Executivo se no gerar aumento de despesas especficas com pessoal; e) inconstitucional, porque o ponto central da questo no reside no vcio de iniciativa, que formal, mas em vcio material, na medida em que ao Legislativo a ordem constitucional no confere discricionariedade para estabelecer medidas afetas segurana pblica. Comentrios: No ARE 878.911, o STF apreciou um caso idntico ao relatado pelo enunciado. Lei municipal de iniciativa parlamentar previa a obrigatoriedade de instalao de cmeras de segurana em escolas pblicas municipais. Sustentava-se a inconstitucionalidade da lei em razo de suposto vcio de iniciativa. O STF decidiu que Òas hipteses de limitao da iniciativa parlamentar esto taxativamente previstas no artigo 61 da Constituio, que trata da reserva de iniciativa de lei do chefe do poder ExecutivoÓ. No h, portanto, vcio de iniciativa, uma vez que a lei no cria ou altera a estrutura ou a atribuio de rgos da Administrao Pblica local nem trata do regime jurdico de servidores pblicos. O gabarito a letra B. 41. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Em matria de Òguerra fiscalÓ, correto afirmar que: a) constitucional lei especfica que outorga iseno heternoma; b) inconstitucional lei especfica que outorga remisso ou anistia em carter geral, mesmo calcada em Convnio Interestadual; 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 66 c) limitado pela Constituio o poder de exonerao fiscal do Estado- Membro e do Distrito Federal, quando exige Convnio Intergovernamental para tanto; d) constitucional lei especfica que outorga anistia de multa e juros, mas exige integralmente o tributo; e) constitucional legislao tributria que outorga iseno na venda de aparelhos para portadores de deficincia auditiva, visual e mental. Comentrios: O tema da Òguerra fiscalÓ envolve, em geral, questes acerca do ICMS. A CF/88, preocupada com a Òguerra fiscalÓ, estabelece que as isenes, incentivos e benefcios fiscais em matria de ICMS sero concedidos mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal (art. 155, ¤ 2¼, XII, alnea ÒgÓ). Assim, um Estado-membro sozinho no pode proceder exonerao fiscal em matria de ICMS. necessrio, para isso, um Convnio do CONFAZ (convnio intergovernamental). O gabarito a letra C. 42. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A paridade dos proventos e penses com a remunerao dos servidores pblicos civis ativos: a) constitui direito adquirido dos aposentados e pensionistas, previsto na EC n¼ 41/03 e na EC n¼ 47/05; b) mera expectativa de direito dos aposentados e pensionistas, prevista na EC n¼ 41/03 e na EC n¼ 47/05; c) no pode ser suprimida por emenda constitucional, sob pena de violar a irredutibilidade remuneratria; d) prevista em regras de transio da EC n¼ 41/03 e da EC n¼ 47/05, podendo ser alterada por emenda constitucional; e) est limitada recomposio do poder aquisitivo, na forma do art. 40, ¤ 8¼, da Constituio Federal. Comentrios: As EC n¼ 41/2003 e EC n¼ 47/2005 extinguiram o direito paridade entre proventos de aposentadoria e penses e a remunerao dos servidores pblicos civis ativos. Ao mesmo tempo, criaram regras de transio para 00000000000 - DEMO 500 Questões Comentadas FGV Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 66 aqueles servidores que j estavam no servio ativo na poca em
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