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Filosofia do Direito Raquel Rinaldi 1 – Justiça: Justiça é um conceito abstrato que se refere a um estado ideal de interação social em que há um equilíbrio razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas em determinado grupo social. 2 – Justiça para Platão: A Justiça é o ideal de virtude que atribui a cada um a sua parte, exercida tanto no interior do homem como no seio da cidade-estado, onde os homens se relacionam. 3 – Conceitos de Justiça em Aristóteles: - Justiça distributiva: Funda-se na distribuição de bens e direitos de acordo com a igualdade proporcional. - Justiça comutativa: Funda-se na distribuição aritmética de bens e direitos, com relação às pessoas que estão na mesma situação de igualdade proporcional. - Justiça universal: Funda-se na igualdade de condições existentes na cidadania, ou seja, na dupla capacidade de participar do governo e de ser governado. 4 – Utilitarismo: O utilitarismo é uma doutrina ética defendida por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, que afirma que as ações são boas quando tendem a promover a felicidade e más quando tendem a promover o oposto da felicidade. 5 – Pós-positivismo: O pós-positivismo representa a tentativa de superação no embate do direito natural versus direito positivo. Existem diversas correntes pós-positivistas ou neopositivistas e o que há em comum em todas elas é o fato de buscarem a razoável alternativa para a dicotomia envolvendo o Direito Natural e o Direito Positivo. 6 – Hermenêutica e interpretação: Hermenêutica é um ramo da Filosofia que estuda a teoria de interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação quanto à teoria e treino de interpretação. 7 – Modelos contemporâneos de interpretação: - Doutrina objetivista de interpretação do direito: a norma deve desvincular-se do legislador e atrelar-se ao final atual da lei no processo de interpretação. - Lógica do razoável: visa à substituição da racionalidade (busca pelo verdadeiro/falso) pela razoabilidade, na qual se identifica entre as soluções possíveis a mais razoável. -Interpretação segundo a teoria tridimensional do direito: busca interpretar o direito levando em consideração a norma, o fator e os valores subjacentes ao caso concreto. 8 – Teoria pura do direito de Kelsen: Kelsen é conhecido por adotar um sistema fechado. Ao contrário de Reale, Kelsen coloca que uma norma é válida desde que ela seja criada pelo Estado, independentemente de qualquer fator externo. Então, no caso da visão de Kelsen, aspectos sociais e ideológicos não têm importância para validar uma norma jurídica. Então, podemos ter um Direito moral, justo, e um Direito imoral, injusto. No entanto, mesmo não sendo moral, o Direito será válido. Mesmo que ele não esteja de acordo com o que a população deseja, ele foi criado por uma autoridade competente e tem sua validade. 9 – Kant: Sua principal obra foi “a fundamentação da metafísica dos costumes”. A respeito de Kant, a questão pode trabalhar com os imperativos categórico e hipotético. O imperativo categórico é universal, a conduta é boa por si mesma. Não mate, não minta. A máxima está na própria conduta. É o mecanismo moral da razão. No imperativo hipotético, a visão muda. Pegando o mesmo exemplo do “não minta”, se você não quer ser condenado por falsidade, você não deve mentir. Então muda. A finalidade não é ser condenado por falsidade; a finalidade não é mentir. A máxima não está na própria conduta. O dever é um meio para se chegar ao fim. 10 – Jusnaturalismo: A referência do direito é a natureza, devendo o homem construir sua ordem jurídica espelhada na ordem natural. Os direitos naturais vinculam-se a uma ordem racional inscrita na própria natureza. Os autores clássicos da Filosofia (Sócrates, Platão e Aristóteles) defenderam essa ideia, com exceção dos Sofistas, pensadores antigos que protagonizaram e anteciparam os ideais do positivismo jurídico, ao sustentarem que a justiça é fruto da convenção. A justiça não depende – assim defendiam – de uma ordem natural. É justo que o homem convenciona como justo. Protágoras, o mais famoso dos Sofistas, deixou-nos uma frase lapidar: “O homem é a medida de todas as coisas”. O jusnaturalismo ganha extensão na Idade Média como os filósofos cristãos, sobretudo Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, ao sustentarem que a ordem da natureza é a expressão do ato criador de Deus. Para esses autores, o fundamento último da natureza é Deus. A Modernidade deve ser compreendida em dois momentos: 1 – Período de revisão das teses do jusnaturalismo e preparação para consolidação do positivismo jurídico; 2 – Período de reação ao positivismo jurídico. O núcleo central da Modernidade é o positivismo jurídico, tendo, de um lado, autores que preparam a sua ascensão; e, de outro, os autores que a ele perfilharam críticas. E na contemporaneidade, período do pós-guerra aos dias atuais, encontram-se autores, os mais diversos, ocupados em refletir as limitações do positivismo jurídico perante as demandas impostas por uma sociedade cada vez mais complexa e plural como é a nossa. Em linhas gerais, aparecem questões relativas à legitimidade da legalidade; a deficiência da subsunção do caso concreto à norma; problemas relativos à interpretação da norma; parâmetro de aplicação das normas a casos difíceis (hard cases). São questões postas na pauta pós-positivismo, paradigma que reconecta direito e moral e passa a compreender as normas subdivididas em princípios e regras. Direito Internacional Marcelo David 1) A Nacionalidade Originária decorre do evento natural: o nascimento. 2) A Nacionalidade Derivada decorre de evento jurídico: a naturalização. 3) O brasileiro nato perde a nacionalidade se adquirir voluntariamente nacionalidade derivada no exterior. 4) O brasileiro nato não perde a nacionalidade se adquirir nacionalidade derivada estrangeira para o exercício de direitos civis no exterior. 5) São cargos privativos de brasileiro nato: Presidente, Vice-Presidente, presidente da Câmara e do Senado, ministro do Supremo e da Defesa, oficial das Forças Armadas e diplomata. 6) A extradição instrutória ocorre quando ainda não há trânsito em julgado de sentença penal condenatória do extraditando. 7) A extradição executória ocorre quando há sentença penal transitada em julgado do extraditando. 8) Extradição ativa tem o Brasil como Estado requerente e passiva como Estado requerido. 9) A Entrega ocorre ao Tribunal Penal Internacional para aqueles que cometeram crime de lesa- humanidade. 10) O Asilo Diplomático ou Político se dá em legações diplomáticas (embaixadas e consulados), aviões e navios militares e acampamentos militares. 11) O Asilo Territorial é aquele em que o pleito se dá quando o requerente se encontra fora do território do Estadoperseguidor. 12) O Asilo Territorial é considerado um direito da pessoa humana, na forma da Declaração Universal dos Direitos do Homem. 13) A imunidade de jurisdição local não permite que os diplomatas sejam julgados pelo Poder Judiciário do Estado Acreditado. 14) Caso os parentes e afins estejam absorvidos pelo interesse da missão diplomática, tem-se a eles estendida a garantia da inviolabilidade. 15) As garantias e privilégios diplomáticos pertencem aos Estados, e não às pessoas físicas dos diplomatas. 16) Os elementos de conexão para o conflito de leis no espaço encontram-se previstos nos arts. 7.º a 12 da LINDB. 17) O Estatuto pessoal é regido pela lei do domicílio. 18) A carta rogatória tem seu juízo de delibação realizado pelo STJ. 19) Após o exequatur, as cartas rogatórias são cumpridas pelo juiz federal. 20) A homologação das sentenças e laudos arbitrais estrangeiros se dá pelo STJ, na forma dos requisitos previstos no art.15 da LINDB. Direitos Humanos Ana Paula Delgado 1) Direito dos refugiados Princípio do non-refoulement: refugiado não poderá ser devolvido por razões de raça, religião, nacionalidade, grupo social a que pertença ou opiniões políticas. Os refugiados possuem os direitos e deveres dos estrangeiros no Brasil, bem como direito a cédula de identidade comprobatória de sua condição jurídica, carteira de trabalho e documento de viagem. 2) Direitos previstos no Pacto de San José da Costa Rica Diferentemente da DUDH, no Pacto foram enumerados direitos exclusivamente de 1.ª geração (direitos civis e políticos). Um único artigo no Pacto trata dos direitos de segunda geração, mas não enumera quais são esses direitos. Capítulo III – DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS Artigo 26. Desenvolvimento progressivo. Os Estados-partes comprometem-se a adotar as providências, tanto no âmbito interno, como mediante cooperação internacional, especialmente econômica e técnica, a fim de conseguir progressivamente a plena efetividade dos direitos que decorrem das normas econômicas, sociais e sobre educação, ciência e cultura, constantes da Carta da Organização dos Estados Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na medida dos recursos disponíveis, por via legislativa ou por outros meios apropriados. Direito que pode ser relativizado: liberdade de manifestar a religião: está sujeita apenas às limitações previstas em lei e que se façam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas. 3) Suspensão de garantias previstas no Pacto de San José da Costa Rica Possibilidade de suspender as obrigações assumidas pelo Estado constantes na Convenção, desde que temporária e que não gere discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social; - nos casos de guerra; perigo público; ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado-parte. Os seguintes direitos não podem ser suspensos: direito ao reconhecimento da personalidade jurídica; direito à vida; direito à integridade pessoal; proibição da escravidão e da servidão; princípio da legalidade e da retroatividade; liberdade de consciência e religião; proteção da família; direito ao nome; direitos da criança; direito à nacionalidade; direitos políticos. Não poderão ser suspensas as garantias indispensáveis para a proteção desses direitos. 4) Comissão Interamericana de Direitos Humanos Quem pode apresentar petições contendo denúncia de violações? Qualquer pessoa, grupo de pessoas ou entidade não governamental legalmente reconhecida pode apresentar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em qualquer dos seus idiomas oficiais (espanhol, francês, inglês e português), petições em seu próprio nome ou em nome de terceiras pessoas, referentes à violação de direitos humanos reconhecidos pela na Convenção Americana sobre Direitos Humanos ou pela Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem. Artigo 44. Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não governamental legalmente reconhecida em um ou mais Estados-membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado-parte. 5) Corte Americana de Direitos Humanos – Esgotamento dos Recursos Internos O III Regulamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos ampliou a possibilidade de participação do indivíduo no processo, autorizando que os representantes ou familiares das vítimas apresentem, de forma autônoma, suas próprias alegações e provas durante a etapa de discussão sobre as reparações devidas. Regra do esgotamento dos recursos internos: Artigo 61 – 2. Para que a Corte possa conhecer de qualquer caso, é necessário que sejam esgotados os processos previstos nos artigos 48 a 50. 6) Corte Interamericana de Direitos Humanos – Decisão A decisão proferida pela Corte pode ser condenatória e recai exclusivamente sobre os Estados. A decisão da Corte é inapelável, devendo ser cumprida pelo Estado-parte. No Brasil, cabe execução da sentença perante vara federal. Essa sentença, por se tratar de uma sentença internacional (e não estrangeira), independe de homologação do Superior Tribunal de Justiça. 7) Incidente de deslocamento de competência Competência da Justiça Federal para julgar as causas relativas a direitos humanos. Deslocamento de competência da Justiça Estadual para a Justiça Federal: incidente de legitimidade exclusiva do Procurador-Geral da República no STJ em qualquer fase do inquérito ou do processo. Objetivo: assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais sobre DH do qual o Brasil seja parte. 8) Comissão da Verdade Foi criada pela Lei 12.528/2011 e instituída em 16 de maio de 2012. A CNV tem por finalidade apurar graves violações de direitos humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988, efetivar o direito à memória, obter a verdade histórica, promover a reconciliação nacional. 9) Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) A Lei 12.986/2014 transformou o antigo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) em Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH). Esse Conselho tem por finalidade promover e defender os direitos humanos mediante ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou da violação desses direitos. 10) Princípio interpretativo pro homine: quando se tratarde normas que asseguravam um direito, esta deverá ser interpretada. 11) Terras de quilombolas Art. 68, ADCT. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir- lhes os títulos respectivos 12) Povos tribais e indígenas A Convenção 169 estabelece a necessidade de consulta antes de quaisquer medidas administrativas e legislativas com potencialidade de afetar diretamente povos indígenas e tribais. 13) A Convenção da Organização das Nações Unidas sobre as Pessoas com Deficiência, ratificada pelo Brasil com o quórum qualificado previsto na Constituição da República, com status de emenda constitucional, estabelece que pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas. 14) A Convenção dos Direitos da Criança foi ratificada pelo Brasil e considera como criança todo ser humano com menos de dezoito anos de idade, a não ser que, em conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes dentre as suas normas. Entre outros aspectos, ela prevê regras para salvaguardar o direito das crianças cujos pais estejam detidos. 15) Lei 13.445/2017 Art. 61. Não se procederá à repatriação, à deportação ou à expulsão coletiva. Parágrafo único. Entende-se por repatriação, deportação ou expulsão coletiva aquela que não individualiza a situação migratória irregular de cada pessoa. Art. 62. Não se procederá à repatriação, à deportação ou à expulsão de nenhum indivíduo quando subsistirem razões para acreditar que a medida poderá colocar em risco a vida ou a integridade pessoal. 16) Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura Foi instituído pela Lei 12.847, de 2 de agosto de 2013, que também criou o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) e o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). MNCPT: O órgão é composto por 11 especialistas independentes (peritos), que terão acesso franqueado às instalações de privação de liberdade, como centros de detenção, estabelecimento penal, hospital psiquiátrico, abrigo de pessoa idosa, instituição socioeducativa ou centro militar de detenção disciplinar. Constatadas violações, os peritos elaborarão relatórios com recomendações às demais autoridades competentes, que poderão usá-los para adotar as devidas providências. CNPCT: Os membros do CNPCT atuam no acompanhamento e na proposição de ações e programas para a erradicação da tortura no Brasil. Também compete ao Comitê acompanhar os trâmites de apuração administrativa e judicial, bem como de proposições legislativas, dando encaminhamento às recomendações advindas de inspeções nos centros de detenção. 17) O Comitê dos Direitos Humanos é o órgão criado em virtude do art. 28 do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos. Nos termos do art. 40 do Pacto (e o art. 3.º do segundo Protocolo), os Estados-Partes apresentam relatórios ao Comitê em que enunciam as medidas adotadas para tornar efetivas as disposições desses tratados. O Comitê dispõe ainda de competência para apreciar comunicações interestatais 18) Hierarquia dos tratados de direitos humanos no Brasil Aprovados pelo rito comum: norma supralegal. Aprovados na forma do art. 5.º, § 3.º, da Constituição: norma constitucional. 19) Desaparecimento forçado Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas, firmada em 1994, na cidade de Belém/PA. Art. II. Para os efeitos desta Convenção, entende- se por desaparecimento forçado a privação de liberdade de uma pessoa ou mais pessoas, seja de que forma for, praticada por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas que atuem com autorização, apoio ou consentimento do Estado, seguida de falta de informação ou da recusa a reconhecer a privação de liberdade ou a informar sobre o paradeiro da pessoa, impedindo assim o exercício dos recursos legais e das garantias processuais pertinentes. Direito Ambiental Tatiana Fernandes 1. A Constituição Federal de 1988 galgou o meio ambiente ao status constitucional, criando capítulo próprio para ele (art. 225 da CRFB). 2. O meio ambiente é um direito de terceira geração, difuso e transindividual. 3. A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) foi a primeira grande norma de gestão ambiental sancionada em nosso país e recepcionada pela Constituição Federal; ela apresenta em seu art. 3.º conceitos importantes como o de poluição e poluidor. 4. Licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso (Resolução CONAMA 237/1997, art. 1.º, inciso I). 5. No licenciamento ambiental, são concedidas as licenças: prévia, de instalação e operação. Elas podem ser concedidas juntas ou separadamente (Resolução CONAMA 237/1997, art. 8.º). 6. Responsabilidade ambiental – As formas de responsabilidade ambiental são: civil, administrativa e criminal (art. 225, § 3.º, da CRFB e art. 14, § 1.º, da Lei 6.938/1981. 7. Principais normas de proteção da flora nacional: Código Florestal (Lei 12.651/2012), que conceitua Área de Preservação Permanente e Reserva Legal e Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza (Lei 9.985/2000), que divide as unidades de conservação de Proteção Integral e de Uso Sustentável. 8. Cabe ao poder público municipal executar a política urbana, que possui como principal instrumento o Plano Diretor (art. 182, caput e § 1.º, da CRFB). 9. Ação civil pública é a tutela processual ambiental proposta pelo Ministério Público, Defensoria Pública, entes públicos, autarquias, empresas públicas, fundações, sociedade de economia mista e associações para a defesa dos interesses coletivos e difusos, entre eles o meio ambiente. 10. Art. 225, § 7.º, da CRFB: não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas porlei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. Direitos Empresarial Paulo Roberto Bastos 1. Para o exercício da atividade empresarial, deverá o empresário ter capacidade civil e não estar impedido por lei (art. 972, CC). 2. A EIRELI poderá ser administrada pelo seu titular ou por pessoa indicada pela EIRELI, desde que não tenha impedimento ao exercício da atividade de empresário e não seja condenado por crime que veda o acesso a cargos públicos (art. 980-A do CC). 3. A sociedade limitada terá regência pelas normas da sociedade simples, podendo o contrato prever aplicação da Lei de Sociedade por Ações (art. 1.053, parágrafo único, CC). 4. Em caso de resolução da sociedade com relação ao sócio, o valor de suas cotas deverá ser apurado por meio de balanço especialmente levantado para essa finalidade (art. 1.031, CC). 5. Os administradores de sociedades simples ou limitada que agirem com culpa no desempenho de suas funções, causando prejuízos para a sociedade, será civilmente responsabilizado por estes (art. 1.016, CC). 6. A sociedade em conta de participação não terá personalidade jurídica, mesmo quando o contrato for arquivado (art. 993, CC). 7. A CVM desempenhará a função de fiscalização do mercado de capitais, exercendo-a em face das companhias abertas, das distribuidoras de valores mobiliários (bancos de investimentos e corretoras) e bolsa de valores (Lei 6.385/1976). 8. As partes beneficiárias atribuem ao portador direito de crédito eventual contra a companhia emissora, podendo ser emitidas somente por sociedade por ações de capital fechado (arts. 46 a 51, Lei 6.404/1976). 9. Os diretores das sociedades por ações que agirem com dolo, culpa, violação da lei ou do estatuto, causando prejuízos, serão civilmente responsabilizados por estes (art. 158, Lei 6.404/1976). 10. O endosso em branco transforma o título nominativo em ao portador (art. 13, LU). 11. O endosso em branco não contém indicação do endossatário, enquanto o endosso em preto indica o endossatário (art. 12, LU). 12. Aval é onde o avalista garante a obrigação assumida pelo avalizado (art. 30, LU). 13. O protesto é condição para execução do título de crédito em face do coobrigado (art. 70, LU). 14. A prescrição para a propositura da ação monitória no cheque e na nota promissória será de cinco anos (Súmulas 503 e 504, STJ). 15. O plano de recuperação judicial deverá ser apresentado em juízo no prazo improrrogável de 60 dias contados da publicação da decisão que autoriza o processamento da Recuperação (art. 53, Lei 11.101/2005). 16. A não apresentação do plano no prazo implicará a convolação em falência. O plano poderá ser aprovado quando não existir objeção dos credores ou por decisão da assembleia de credores, podendo inclusive ser objeto de alteração (art. 73, Lei 11.101/2005). 17. No prazo para contestação da falência (dez dias), poderá o devedor realizar o depósito elisivo (quando o pedido de falência tiver como base o inadimplemento de obrigações), correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, evitando a falência (art. 98, parágrafo único, Lei 11.101/2005). 18. Contra a decisão que decretar a falência caberá agravo; da decisão de improcedência do pedido caberá o recurso de apelação (art. 100, LFR). 19. As despesas da massa falida, como os honorários do administrador judicial, são considerados créditos extraconcursais, e seu pagamento será anterior ao pagamento dos credores concursais (arts. 84 e 83, LFR). 20. As Invenções e Modelos de Utilidade são protegidos por documento emitido pelo INPI denominados de Carta Patente, enquanto os Desenhos Industriais e as Marcas, pelo Certificado de Registro, também expedidos pelo INPI (Lei 9.279/1996). Direito Civil e Processo Civil Rafael Mendonça e Haroldo Lourenço 1 – CC 2002 A pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, prescreve em um ano. Esse prazo é aplicado aos seguros individuais ou coletivos. CPC 2015 A denunciação da lide pode ser requerida pelo autor ou pelo réu para os casos de direito de regresso ou garantia (art. 125, CPC). 2 – CC 2002 Em regra, a desconsideração não pode ser realizada de ofício pelo magistrado, depende de requerimento da parte ou do MP quando lhe couber intervir no processo. CPC 2015 Para ter qualquer tipo de desconsideração da personalidade jurídica é obrigatório ter um incidente processual que assegure o contraditório prévio, inclusive nos juizados (art. 133 c/c o art. 1.062, CPC). 3 – CC 2002 A conversão de uma obrigação de dar coisa certa em obrigação de pagar extingue a indivisibilidade, mas não a solidariedade. CPC 2015 O chamamento é exclusivo do réu para caso de solidariedade ou fiança (art. 130, CPC). 4 – CC 2002 O possuidor, para proteger a sua posse, pode fazer uso das ações possessórias ou do desforço imediato. CPC 2015 São três as ações possessórias: reintegração, manutenção e interdito proibitório. 5 – CC 2002 Os vícios objetivos da posse (art. 1.200, CC) serão sanados nas hipóteses em que a posse superar o período de ano e dia. CPC 2015 Na possessória de força nova, cabe liminar para manutenção ou reintegração (art. 558 c/c o art. 562, CPC). 6 – CC 2002 A usucapião pode ser utilizada como tese de defesa nas ações possessórias. CPC 2015 Nas ações possessórias, não se admite reconvenção, somente pedido contraposto (art. 556, CPC). 7 – CC 2002 Em regra, a detenção não produz efeitos jurídicos. CPC 2015 Não há mais nomeação à autoria, que foi substituída pela intervenção atípica dos arts. 338 e 339 do CPC, permitindo a correção de qualquer ilegitimidade passiva. 8 – CC 2002 O prazo prescricional para cobrança de cotas condominiais em atraso é de cinco anos. CPC 2015 O crédito condominial com o CPC/2015 passou a ser um título extrajudicial (art. 784, X, CPC). 9 – CC 2002 A obrigação de pagar cotas condominiais é uma obrigação propter rem. CPC 2015 A preferência entre os credores no recebimento do crédito contra o mesmo devedor se estabelece pela ordem das penhoras (art. 797, CPC), tendo o crédito condominial preferência inclusive sobre o hipotecário (Súmula 478, STJ).10 – CC 2002 A interrupção da prescrição só poderá ocorrer uma vez. CPC 2015 O despacho que ordenar a citação interrompe a prescrição (art. 240, § 1.º, CPC), não a citação, retroagindo à data da propositura da ação. 11 – CC 2002 Os prazos prescricionais só podem estar previstos em lei (art. 192, CC). CPC 2015 O juiz pode julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição (art. 332, § 1.º, CPC). 12 – CC 2002 O art. 191 do CC permite a renúncia da prescrição. É admitida apenas a renúncia a decadência convencional. CPC 2015 Se o magistrado não reconhecer liminarmente a prescrição ou a decadência, elas não poderão ser consideradas sem que antes seja dado contraditório prévio (art. 487, parágrafo único, CPC). 13 – CC 2002 O divórcio pode ser feito de forma extrajudicial. CPC 2015 Nas ações contenciosas de família, obrigatoriamente haverá audiência, sendo preferencialmente de mediação (art. 693 c/c o art. 695, CPC). 14 – CC 2002 O divórcio pode ser feito sem prévia partilha dos bens do casal. CPC 2015 Nas ações contenciosas de família o mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial (art. 695 §1º CPC). 15 – CC 2002 São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente (art. 1.814, I, CC). Nessa hipótese, o Ministério Público tem legitimidade para demandar a exclusão do herdeiro ou legatário. CPC 2015 O Ministério Público, seja como parte ou como fiscal da ordem jurídica, terá direito prazo em dobro e intimação pessoal (art. 180, CPC). 16 – CC 2002 Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa (art. 1.775- A, CC). CPC 2015 As defesas na execução não são dotadas de efeito suspensivo automático (arts. 525, § 6.º, e 919, § 1.º, CPC). 17 – CC 2002 A sentença das ações de interdição distribuídas contra os portadores de deficiência tem natureza constitutiva. CPC 2015 O prazo para pagamento na execução extrajudicial é de três dias a contar da citação (art. 829, CPC). 18 – CC 2002 A interdição das pessoas portadores de deficiência atinge apenas a prática de atos de natureza patrimonial. CPC 2015 A curadoria especial é exercida pela defensoria pública, sendo intimada pessoalmente, tem prazo dobrado e pode contestar por negativa geral (arts. 72, 186, § 1.º, e 341, parágrafo único, CPC). 19 – CC 2002 Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante, havendo divergência de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir sobre a questão (art. 1.783-A, § 6.º, CC). CPC 2015 O juiz pode dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova (art. 139, VI, CPC). 20 – CC 2002 As pessoas elencadas no art. 932 do CC respondem de forma objetiva pelos ilícitos praticados (art. 933, CC). CPC 2015 A gratuidade de justiça abrange atos extrajudiciais, como registros e averbações, ou qualquer outro ato notarial necessário Direito do Consumidor Rafael Mendonça 1 – No que tange à definição de consumidor, o CDC adotou a Teoria Finalista. 2 – Serviço é a atividade desenvolvida pelo fornecedor com habitualidade, profissionalismo e remuneração. 3 – O CDC admite a figura do consumidor por equiparação. 4 – É direito básico do consumidor a inversão do ônus da prova a seu favor. 5 – O CDC adotou a Teoria da Base Objetiva do Negócio Jurídico. 6 – O CDC proibiu a publicidade enganosa e abusiva. 7 – Na responsabilidade pelo fato do serviço, os profissionais liberais respondem mediante a verificação de culpa. 8 – A responsabilidade do comerciante pelo fato do produto é subsidiária. 9 – O prazo para o consumidor reclamar vício do produto e do serviço é de 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para os produtos e serviços duráveis. 10 – Para exercer pretensões relativas a fato do serviço e do produto, o prazo prescricional é de dez anos. Recurso Guilherme Strenger 1. O prazo de sustentação oral em recurso de apelação é de 15 minutos improrrogáveis – art. 1.021. 2. É cabível a sustentação oral no julgamento de agravo interno interposto contra a decisão monocrática do relator que indefere a petição inicial de ação rescisória. 3. O juiz poderá se retratar quanto ao que decidiu na sentença em caso de interposição de recurso de apelação, quando extinguir o processo sem julgar seu mérito. 4. O agravo retido e os embargos infringentes foram extintos do sistema. 5. Os juízes e tribunais atenderão preferencialmente a ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. 6. Vício formal em recurso tempestivo pode ser corrigido em cinco dias. 7. Os honorários recursais são aqueles que serão devidos aos advogados após a interposição e julgamento dos recursos. 8. O recurso adesivo é admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. 9. É possível a suspensão de todos os processos (qualquer fase) cujo tema seja objeto de recurso especial ou recurso extraordinário, após a análise do presidente do STF ou STJ. 10. O STF terá prazo de um ano para julgar os processos paradigmas de repercussão geral. Direito Administrativo Gladstone Felippo 1. A absolvição de servidor na esfera penal por atipicidade penal ou insuficiência de provas é considerada falta residual e não vincula a decisão no PAD – art. 126 da Lei 8.112/1990 e Verbete 18 do STF. 2. A responsabilidade civil dos notários é pessoal e subjetiva e prescreve em três anos a pretensão de reparação civil – art. 22 da Lei 8.935/1994. 3. A responsabilidade da contratada e da Administração Pública com relação aos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato é solidária – art. 71, § 2.º. 4. Na expropriação urbana punitiva, não serão computadas na indenização as expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios – art. 8.º, § 2.º, II, da Lei 10.257/2001. 5. O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado, e sua celebração interrompe o prazo prescricional – art. 16, §§ 3.º e 9.º, da Lei 12.846/2013. 6. A rescisãoda concessão de serviço público necessita de ação judicial específica e a execução do serviço não poderá ser suspensa até o trânsito em julgado da sentença – art. 39 da Lei 8.987/1995. 7. No caso de servidor afastado para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento – art. 38, IV, da CRFB. 8. As decisões adotadas por delegação considerar-se-ão editadas pelo delegado – art. 14, § 3.º, da Lei 9.784/1999. 9. O consórcio público poderá ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação – art. 2.º, § 1.º, III, da Lei 11.107/2005. 10. O retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo denomina-se recondução – art. 29, I, da Lei 8.112/1990. 11. É permitida a instauração de PAD com base em denúncia anônima, desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância – Súmula 611 do STJ. 12. Nos casos de acumulação de cargos, o teto deve ser considerado com relação a cada um dos vínculos formalizados – art. 37, XVI c/c XI, da CRFB. 13. Nas PPPs os riscos são repartidos, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária – art. 5.º, III, da Lei 11.079/2004. 14. Os bens de família podem ser objeto de medida de indisponibilidade prevista na Lei de Improbidade Administrativa – jurisprudência do STJ. 15. Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área – Súmula Vinculante 49. 16. Compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo a edição de normas que alterem o padrão remuneratório dos servidores públicos – art. 61, § 1.º, II, a, da CRFB. 17. Prescreve em cinco anos a pretensão indenizatória por restrições decorrentes de atos do Poder Público – art. 10, parágrafo único, do Decreto-lei 3.365/1941. 18. O parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem natureza meramente opinativa, sendo incabível o julgamento ficto das contas por decurso de prazo – art. 31, § 2.º, da CRFB. 19. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios constitucionais, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei – art. 37, § 11, da CRFB. 20. O pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado de segurança – verbete 430 do STF. Direito do Trabalho Victor Stuchi 1. É possível a alteração entre regime de teletrabalho para o regime presencial, desde que seja feito um aditivo contratual e um período mínimo de transição de 15 dias – Art. 75-C, § 2.º, CLT. 2. Na terceirização, a contratante será subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas – Art. 10, § 7.º, Lei 6.019/1974. 3. A jornada 12x36 poderá ser estabelecida por meio de acordo individual, acordo ou convenção coletiva – Art. 59-A, CLT. 4. Para a caracterização do grupo econômico, não basta a mera identidade de sócios, tendo a necessidade de demonstração de interesses integrados – Art. 2.º, § 3.º, da CLT. 5. O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno – OJ 97, SDBI-1, TST. 6. É possível o fracionamento das férias em até três períodos – Art. 134, § 1.º, CLT. 7. O adicional de insalubridade é devido mesmo que a atividade insalubre não seja constante – Súmula 47, TST. 8. Para a equiparação salarial, é necessária a prestação de trabalho no mesmo estabelecimento comercial – Art. 461, CLT. 9. O FGTS deve ser depositado sobre a remuneração do empregado, inclusive horas extras e adicionais, se houver – Súmula 63, TST. 10. A estabilidade dos membros da CIPA estende- se aos suplentes – Súmula 339, I, TST. 11. O fato de o empregador não saber do estado gravídico não afasta a estabilidade provisória da empregada – Súmula 244, I, TST. 12. O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano – Art. 510-D, CLT. 13. O fato de o empregado exercer cargo de confiança não afasta o recebimento de adicional de transferência - OJ 113, SDBI-1, TST. 14. Constitui falta justificada um dia a cada doze meses para doação de sangue, desde que devidamente comprovada – Art. 473, IV, CLT. 15. A gratificação de função não se incorpora ao salário, independentemente de tempo na função – Art. 468, § 2.º, da CLT. 16. A perda de habilitação prevista em lei para exercício da profissão, decorrente de conduta dolosa, cabe dispensa por justa causa – Art. 482, “m”, CLT. 17. Na rescisão por acordo entre empregado e empregador, o aviso prévio indenizado e a indenização do FGTS serão pagos por metade – Art. 484-A, I, CLT. 18. O pagamento das verbas rescisórias deve ser efetuado em até dez dias do término do contrato – Art. 477, § 6.º, CLT. 19. Contra os menores de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição – Art. 440, CLT. 20. A convenção ou acordo coletivo de trabalho terão prevalência sobre a lei quando tratarem de regime de sobreaviso – Art. 611-A, VIII, CLT. Processo do Trabalho Victor Stuchi 1. São de competência da Justiça do Trabalho as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho – Art. 114, VII, CF. 2. O preposto não precisa ser empregado da empresa reclamada – Art. 843, § 3.º, CLT. 3. O jus postulandi não alcança ação rescisória – Súmula 425, TST. 4. Os honorários advocatícios sucumbenciais deverão ser pagos pela parte vencida, ainda que beneficiária da justiça gratuita – Art. 791-A, § 4.º, CLT. 5. É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito – OJ 200, SDBI-1, TST. 6. Faz jus ao benefício da justiça gratuita aquele que receber salário igual ou inferior a 40% do limite máximo de benefícios da Previdência Social ou mediante comprovação de hipossuficiência – Art. 790, §§ 3.º e 4.º, CLT. 7. Os prazos serão contados em dias úteis, com a exclusão do dia da publicação e a inclusão do dia do vencimento – Art. 775, CLT. 8. Na petição, o pedido deve ser certo, determinado e com a indicação de seu valor – Art. 840, § 1.º, CLT. 9. O juiz receberá a contestação e documentos, ainda que somente o advogado do reclamando esteja presente em audiência – Art. 844, § 5.º, CLT. 10. A ausência por duas vezes consecutivas do reclamante em audiência, dando causa ao arquivamento da ação, incorrerá na pena de perempção, sendo impossibilitada a propositura de nova ação pelo prazo de seis meses – Art. 732, CLT.11. O ônus de provar que o empregado não faz jus ao vale-transporte é do empregador – Súmula 460, TST. 12. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente, ainda que beneficiária da justiça gratuita – Art. 790-B, CLT. 13. No procedimento sumaríssimo, não há citação por edital – Art. 852-B, II, CLT. 14. No processo de homologação de acordo extrajudicial, as partes não podem estar assistidas por advogado em comum – Art. 855-B, § 1.º, CLT. 15. Caso não haja condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito recursal – Súmula 161, TST. 16. É possível a juntada de documentos na fase recursal, se a parte comprovar que não era possível juntá-los anteriormente – Súmula 08, TST. 17. No recurso de revista, serão indicadores de transcendência o elevado valor da causa, o desrespeito a jurisprudência sumulada do TST e do STF, direito social constitucionalmente assegurado e nova interpretação da legislação trabalhista – Art. 896-A, § 1.º, I, II, III e IV, CLT. 18. A execução por carta precatória, em regra, deve ser oferecida no juízo deprecado – Súmula 419, TST. 19. É permitida a execução de ofício, mas apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado – Art. 878, CLT. 20. Aplica-se a prescrição intercorrente no processo do trabalho, no prazo de dois anos, contados a partir da última determinação judicial no curso da execução – Art. 11-A, § 2.º, CLT. Direito Constitucional Paulo Nasser 1. Direitos fundamentais – Direito de reunião – Art. 5.º [...] – XVI 2. Direitos políticos – Reeleição – Art. 14, § 5.º, da CF 3. Processo legislativo de emenda constitucional – Art. 60, I, II e III, e §§ 2.º, 3.º e 5.º, da CF 4. Tratado internacional aprovado como emenda tem status de emenda – Art. 5.º, § 3.º, da CF 5. Processo legislativo de emenda – Limitação circunstancial – Art. 60, § 1.º, da CF 6. Processo legislativo – Bicameralismo – Diferença em projeto de lei, emenda e medida provisória. 7. Funções essenciais à Justiça – Procurador-Geral da República – Escolha e destituição – Art. 128, §§ 1.º e 2.º, da CF 8. A atuação do Procurador-Geral da República ocorrerá em todos os processos de competência do STF. 9. Sessão legislativa – Art. 57, caput, da CF 10. Legislatura – Art. 44, parágrafo único, da CF 11. Imunidades parlamentares – Art. 53 da CF 12. Poder Executivo – Dupla vacância – Art. 81 da CF 13. Poder Executivo – Processo contra o Presidente da República – Art. 86 da CF 14. Poder Executivo – Imunidade presidencial – Art. 86, §§ 3.º e 4.º, da CF 15. Súmula Vinculante 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União. 16. Poder Judiciário – Súmula vinculante – Art. 103-A da CF 17. Poder Judiciário – Garantias do magistrado – Art. 95, I, II e III, da CF 18. Efeito repristinatório da declaração de inconstitucionalidade ocorre quando a norma que havia sido revogada volta a produzir efeitos após a declaração de inconstitucionalidade da norma revogadora. 19. Controle de constitucionalidade difuso (incidental e concreto) o juiz pode conhecer de ofício a inconstitucionalidade. 20. A legitimidade ativa de todas as ações diretas – ADI, ADC, ADPF e ADI – por OMISSÃO estão no art. 103 da CF. Direito Penal Felipe Novaes 1 – As leis penais benéficas sempre retroagem aos fatos anteriores, mesmo que decididos por sentença transitada em julgado. Essa retroatividade somente não ocorre quando se tratar de leis penais temporárias ou excepcionais, art. 3.º, que têm ultra-atividade. 2 – A lei penal mais nova aplica-se ao crime continuado, permanente ou habitual próprio quando sua vigência é anterior à cessação da permanência, continuidade ou habitualidade. Essa aplicação ocorre ainda que a nova lei seja mais grave, com um rigor penal maior que a lei anterior, conforme entendimento sumulado pelo STF no enunciado 711 da Súmula do STF. 3 – A tentativa ocorre quando, iniciada a execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Portanto, ele quer consumar, mas não pode. 4 – A desistência voluntária e o arrependimento eficaz ocorrem quando, iniciada a execução, o gente desiste voluntariamente de continuar nela (desistência) ou impede que o resultado se produza (arrependimento). O agente podia continuar, mas não quis. 5 – Na tentativa, o agente é punido com a pena do crime consumado, diminuída de 1/3 a 2/3. Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz, o agente responde somente pelos atos praticados até aquele momento. 6 – Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz (art. 15), bem como no arrependimento posterior (art. 16), a lei exige VOLUNTARIAMENTE, mas NÃO exige que seja ESPONTÂNEO, ou seja, se o agente não pode ser forçado a desistir ou a se arrepender, mas a ideia pode partir de terceira pessoa, até da própria vítima. 7 – Coação moral irresistível (diferente da física irresistível que exclui a tipicidade) e obediência hierárquica, desde que a ordem do superior hierárquico não seja manifestamente ilegal, são excludentes de culpabilidade. ATENÇÃO: somente há hierarquia em relações laborativas PÚPLICAS. Em relações privadas, familiares ou religiosas, NÃO HÁ hierarquia; pode haver coação, mas nunca hierarquia. 8 – Se o agente NÃO SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, ou seja, acha que está fazendo uma coisa, mas na verdade está fazendo outra (esta prevista como crime), estará em erro de tipo; NINGUÉM PODE QUERER FAZER ALGO SEM SABER O QUE ESTÁ FAZENDO, por isso o erro de tipo exclui o dolo – TIPICIDADE. 9 – Se o agente SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, QUER FAZER, MAS NÃO SABE QUE É CRIME, erra quanto à ilicitude do fato; há erro de proibição, não tem consciência da ilicitude – CULPABILIDADE. 10 – A descriminante putativa ocorre, quando por erro derivado de circunstâncias fáticas, o agente acredita estar acobertado por alguma excludente de ilicitude, que na verdade não estava presente no caso concreto. Se o erro for plenamente justificado pelas circunstâncias, será isento de pena; caso contrário, sendo vencível o erro, responderá culposamente. 11 – Erro quanto à pessoa – art. 20, § 3.º: quando o agente quer praticar um crime contra uma determinada pessoa e por confusão pratica contra outra pessoa, achando que era a que queria atingir, responde como se tivesse praticado o crime contra quem queria atingir. 12 – O dolo direto ocorre quando o agente sabe o que está fazendo e QUER realizar tal conduta. O dolo eventual ocorre quando o agente prevê o resultado, não quer causá-lo, mas ACEITA essapossibilidade. 13 – Culpa consciente: o agente prevê o resultado como consequência de sua conduta (até aqui igual ao dolo eventual), mas acredita ser capaz de evitá-lo. Nega o resultado, não quer nem aceita causar o resultado. Culpa inconsciente: o agente NÃO PREVÊ o resultado, embora este resultado seja previsível. ATENÇÃO: só há crime culposo quando o resultado for ao menos previsível; se o agente prevê a culpa é consciente; se não prevê, embora previsível, a culpa é inconsciente. 14 – A consumação do roubo ocorre quando há inversão da posse, mediante violência ou grave ameaça, não é necessário que tenha posse desvigiada, mansa e pacífica. Súmula 582 do STJ. 15 – O crime de lesão corporal leve praticado com violência doméstica contra a mulher é de ação penal pública incondicionada. 16 – O princípio da insignificância exclui a tipicidade material do fato, tornando-o atípico. Desde que a lesão seja inexpressiva, a ofensividade mínima, periculosidade nenhuma e a reprovabilidade reduzida. 17 – O princípio da insignificância não pode ser aplicado nos crimes e contravenções penais praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher. 18 – No peculato culposo, a reparação do dano extingue a punibilidade, quando realizada até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Se posterior, reduz a pena em metade. 19 – A corrupção passiva é crime formal, consuma-se independentemente do recebimento da vantagem indevida. 20 – O aumento de pena incidente no tráfico de drogas pela interestadualidade independe da efetiva transposição da fronteira dos Estados, bastando a intenção do agente. Estatuto da Criança e Adolescente Felipe Novaes 1 - A prestação de serviços comunitários por período não excede a seis meses – art. 117. 2 - Liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida – art. 118. 3 - Semiliberdade e internação não comportam prazo determinado; devem ser reavaliadas a cada seis meses e duram no máximo três anos, sendo compulsória a liberação, se, antes dos três anos, completar 21 anos de idade – art. 121. 4 - Prazo de internação cautelar, durante o processo, de adolescente por ato infracional: 45 dias – art. 108. 5 - Prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente: 45 dias – art. 183. 6 - A adoção é irrevogável. 7 - Podem adotar os maiores de 18 anos; deve haver uma diferença de 16 anos entre o adotante e o adotado, não podem adotar os ascendentes e irmãos. 8 - A tutela depende da suspensão ou cassação do poder familiar. 9 - Fornecer bebida alcoólica ou outra substância que cause dependência em criança ou adolescente é crime previsto pelo ECA. 10 - O crime de corrupção de menores é formal. Processo Penal Rodrigo Bello 1 – Prisão Preventiva vs. Prisão Temporária – Legitimados e Momentos (arts. 311, CPP, e art. 2º, Lei 7.960/1989). 2 – Recurso em Sentido Estrito – Hipóteses mais famosas (art. 581, I, IV, X, XV, CPP) vs. Agravo em Execução (art. 197, Lei 7.210/1984). 3 – Competência da Justiça Federal – Maior incidência (art. 109, IV, CF). 4 – Renúncia, Perdão e Perempção (arts. 49, 51, 60, CPP). 5 – Art. 292, parágrafo único – proibição de algemas em presidiárias grávidas e excepcionalidade do uso de algemas (Súmula Vinculante 11). 6 – Tribunal do Júri – Pronúncia, Impronúncia, Absolvição Sumária e Desclassificação (arts. 413, 414, 415 e 419, CPP). 7 – Tribunal do Júri – regras de plenário (arts. 478 e 479, CPP). 8 – Juizado Especial Criminal – Medidas Despenalizadoras (Composição Civil dos Danos, Transação Penal, Representação no crime de lesão corporal leve/culposa e suspensão condicional do processo – arts. 74, 76, 88, 89, Lei 9.099/1995). 9 – Impedimento e Suspeição (arts. 252 e 254, CPP). Delegado não se argui suspeição (art. 107, CPP). 10 – Citação por Hora Certa (art. 362, CPP), Citação por Edital (art. 361, CPP) e Impossibilidade de Citação (art. 366, CPP). 11 – Tráfico de Pessoas (arts. 13-A e 13-B, CPP). 12 – Prisão Domiciliar (art. 318, CPP). 13 – Apelação Supletiva (art. 598, CPP). 14 – Revisão Criminal (art. 621, CPP). 15 – Súmula 528, STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional. Direito Tributário Gabriel Quintanilha 1) A taxa exige uma contraprestação estatal específica. 2) A taxa pode ser cobrada como taxa de polícia e taxa de serviço. 3) A contribuição de melhoria tem como fato gerador a valorização imobiliária decorrente de obra pública. 4) Empréstimo compulsório está reservado à lei complementar e é de competência da União. 5) Nos territórios federais, a União acumula dos Estados e, caso o território não seja dividido em municípios, também a competência municipal. 6) A contribuição de iluminação pública é de competência dos municípios e do Distrito Federal e pode ser cobrada na conta de consumo de energia elétrica. 7) Competência é indelegável, mas a capacidade pode ser delegada. 8) O imposto de renda não incide sobre verbas indenizatórias. 9) O IPI incide sobre industrialização e importação de produtos industrializados, ainda que para uso próprio por pessoa física não contribuinte do imposto. 10) O ICMS tem como fato gerador a circulação de mercadorias e a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e serviços de comunicação. 11) O ICMS incide na importação de mercadorias, ainda que para uso próprio por não contribuinte, mas não incide na exportação. 12) O ICMS submete-se obrigatoriamente ao princípio da não cumulatividade. 13) O ICMS não incide sobre alienação de bens salvados de sinistro (SV 32 do STF). 14) A alíquota interestadual do ICMS é fixada por resolução do Senado Federal. 15) O ISS é imposto municipal e incide sobre obrigação de fazer, não incidindo ISS sobre locação de bens móveis (SV 31 do STF). 16) O ISS é devido no local da sede do prestador do serviço, ressalvadas as 22 exceções dos incisos do art. 3.º do CTN. 17) As alíquotas máxima e mínima de ISS estão reservadas à Lei Complementar. 18) Pelo princípio da legalidade, o tributo somente poderá ser criado, majorado, reduzido ou extinto por lei ou medida provisória. 19) A medida provisória ou mesmo a lei ordinária não podem invadir a reserva de lei complementar. 20) A obrigaçãotributária acessória consiste em uma obrigação de fazer ou não fazer e se converte em obrigação principal quando descumprida. Ética Profissional Alvaro de Azevedo 1. Atos privativos e não privativos de advogado. 2. Estagiário: o aluno matriculado nos dois últimos anos da Faculdade de Direito. 3. Desagravo público. 4. Advogada gestante no EOAB suspende o prazo; no CPC suspende o processo. 5. Requisitos para inscrição na OAB. 6. Espécies de inscrição. 7. Nomenclatura de sociedade de advogados. 8. Responsabilidade dos sócios. 9. Advogado empregado: jornada de trabalho. 10. Sucumbência recursal. 11. Incompatibilidade e impedimento. 12. Hipóteses de incompatibilidade. 13. Publicidade com moderação. 14. Infrações disciplinares: censura, suspensão, exclusão e multa. 15. Órgãos da OAB: Conselho Federal, Conselho Seccional, Subseção e Caixa de Assistência ao Advogado. 16. Eleições acontecem a cada três anos. 17. Prazos no processo disciplinar. 18. Parecer preliminar. 19. Princípios da advocacia. 20. Prisão do advogado por racismo e injúria racial.
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