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Apostila SRF XXVI Exame

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Filosofia do Direito 
Raquel Rinaldi 
 
1 – Justiça: 
Justiça é um conceito abstrato que se refere a um 
estado ideal de interação social em que há um 
equilíbrio razoável e imparcial entre os interesses, 
riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas 
em determinado grupo social. 
2 – Justiça para Platão: 
A Justiça é o ideal de virtude que atribui a cada um a 
sua parte, exercida tanto no interior do homem como 
no seio da cidade-estado, onde os homens se 
relacionam. 
3 – Conceitos de Justiça em Aristóteles: 
- Justiça distributiva: Funda-se na distribuição de bens 
e direitos de acordo com a igualdade proporcional. 
- Justiça comutativa: Funda-se na distribuição 
aritmética de bens e direitos, com relação às pessoas 
que estão na mesma situação de igualdade 
proporcional. 
- Justiça universal: Funda-se na igualdade de 
condições existentes na cidadania, ou seja, na dupla 
capacidade de participar do governo e de ser 
governado. 
4 – Utilitarismo: 
 
O utilitarismo é uma doutrina ética defendida por 
Jeremy Bentham e John Stuart Mill, que afirma que 
as ações são boas quando tendem a promover a 
felicidade e más quando tendem a promover o oposto 
da felicidade. 
 
5 – Pós-positivismo: 
O pós-positivismo representa a tentativa de 
superação no embate do direito natural versus direito 
positivo. Existem diversas correntes pós-positivistas 
ou neopositivistas e o que há em comum em todas 
elas é o fato de buscarem a razoável alternativa para 
a dicotomia envolvendo o Direito Natural e o Direito 
Positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 – Hermenêutica e interpretação: 
Hermenêutica é um ramo da Filosofia que estuda a 
teoria de interpretação, que pode referir-se tanto à 
arte da interpretação quanto à teoria e treino de 
interpretação. 
7 – Modelos contemporâneos de interpretação: 
- Doutrina objetivista de interpretação do direito: a 
norma deve desvincular-se do legislador e atrelar-se 
ao final atual da lei no processo de interpretação. 
- Lógica do razoável: visa à substituição da 
racionalidade (busca pelo verdadeiro/falso) pela 
razoabilidade, na qual se identifica entre as soluções 
possíveis a mais razoável. 
-Interpretação segundo a teoria tridimensional do 
direito: busca interpretar o direito levando em 
consideração a norma, o fator e os valores 
subjacentes ao caso concreto. 
8 – Teoria pura do direito de Kelsen: 
Kelsen é conhecido por adotar um sistema fechado. 
Ao contrário de Reale, Kelsen coloca que uma norma 
é válida desde que ela seja criada pelo Estado, 
independentemente de qualquer fator externo. 
Então, no caso da visão de Kelsen, aspectos sociais e 
ideológicos não têm importância para validar uma 
norma jurídica. Então, podemos ter um Direito moral, 
justo, e um Direito imoral, injusto. No entanto, 
mesmo não sendo moral, o Direito será válido. 
Mesmo que ele não esteja de acordo com o que a 
população deseja, ele foi criado por uma autoridade 
competente e tem sua validade. 
9 – Kant: Sua principal obra foi “a fundamentação da 
metafísica dos costumes”. 
A respeito de Kant, a questão pode trabalhar com os 
imperativos categórico e hipotético. 
O imperativo categórico é universal, a conduta é boa 
por si mesma. Não mate, não minta. A máxima está 
na própria conduta. É o mecanismo moral da razão. 
No imperativo hipotético, a visão muda. Pegando o 
mesmo exemplo do “não minta”, se você não quer 
ser condenado por falsidade, você não deve mentir. 
Então muda. A finalidade não é ser condenado por 
falsidade; a finalidade não é mentir. A máxima não 
está na própria conduta. O dever é um meio para se 
chegar ao fim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 – Jusnaturalismo: 
A referência do direito é a natureza, devendo o 
homem construir sua ordem jurídica espelhada na 
ordem natural. Os direitos naturais vinculam-se a 
uma ordem racional inscrita na própria natureza. Os 
autores clássicos da Filosofia (Sócrates, Platão e 
Aristóteles) defenderam essa ideia, com exceção dos 
Sofistas, pensadores antigos que protagonizaram e 
anteciparam os ideais do positivismo jurídico, ao 
sustentarem que a justiça é fruto da convenção. A 
justiça não depende – assim defendiam – de uma 
ordem natural. É justo que o homem convenciona 
como justo. Protágoras, o mais famoso dos Sofistas, 
deixou-nos uma frase lapidar: “O homem é a medida 
de todas as coisas”. 
O jusnaturalismo ganha extensão na Idade Média 
como os filósofos cristãos, sobretudo Santo 
Agostinho e São Tomás de Aquino, ao sustentarem 
que a ordem da natureza é a expressão do ato 
criador de Deus. Para esses autores, o fundamento 
último da natureza é Deus. 
A Modernidade deve ser compreendida em dois 
momentos: 
1 – Período de revisão das teses do jusnaturalismo e 
preparação para consolidação do positivismo jurídico; 
2 – Período de reação ao positivismo jurídico. O 
núcleo central da Modernidade é o positivismo 
jurídico, tendo, de um lado, autores que preparam a 
sua ascensão; e, de outro, os autores que a ele 
perfilharam críticas. 
E na contemporaneidade, período do pós-guerra aos 
dias atuais, encontram-se autores, os mais diversos, 
ocupados em refletir as limitações do positivismo 
jurídico perante as demandas impostas por uma 
sociedade cada vez mais complexa e plural como é a 
nossa. Em linhas gerais, aparecem questões relativas 
à legitimidade da legalidade; a deficiência da 
subsunção do caso concreto à norma; problemas 
relativos à interpretação da norma; parâmetro de 
aplicação das normas a casos difíceis (hard cases). 
São questões postas na pauta pós-positivismo, 
paradigma que reconecta direito e moral e passa a 
compreender as normas subdivididas em princípios e 
regras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Internacional 
Marcelo David 
 
1) A Nacionalidade Originária decorre do evento 
natural: o nascimento. 
2) A Nacionalidade Derivada decorre de evento 
jurídico: a naturalização. 
3) O brasileiro nato perde a nacionalidade se adquirir 
voluntariamente nacionalidade derivada no exterior. 
4) O brasileiro nato não perde a nacionalidade se 
adquirir nacionalidade derivada estrangeira para o 
exercício de direitos civis no exterior. 
5) São cargos privativos de brasileiro nato: 
Presidente, Vice-Presidente, presidente da Câmara e 
do Senado, ministro do Supremo e da Defesa, oficial 
das Forças Armadas e diplomata. 
6) A extradição instrutória ocorre quando ainda não 
há trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória do extraditando. 
7) A extradição executória ocorre quando há 
sentença penal transitada em julgado do 
extraditando. 
8) Extradição ativa tem o Brasil como Estado 
requerente e passiva como Estado requerido. 
9) A Entrega ocorre ao Tribunal Penal Internacional 
para aqueles que cometeram crime de lesa-
humanidade. 
10) O Asilo Diplomático ou Político se dá em legações 
diplomáticas (embaixadas e consulados), aviões e 
navios militares e acampamentos militares. 
11) O Asilo Territorial é aquele em que o pleito se dá 
quando o requerente se encontra fora do território 
do Estadoperseguidor. 
12) O Asilo Territorial é considerado um direito da 
pessoa humana, na forma da Declaração Universal 
dos Direitos do Homem. 
13) A imunidade de jurisdição local não permite que 
os diplomatas sejam julgados pelo Poder Judiciário do 
Estado Acreditado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14) Caso os parentes e afins estejam absorvidos pelo 
interesse da missão diplomática, tem-se a eles 
estendida a garantia da inviolabilidade. 
15) As garantias e privilégios diplomáticos pertencem 
aos Estados, e não às pessoas físicas dos diplomatas. 
16) Os elementos de conexão para o conflito de leis 
no espaço encontram-se previstos nos arts. 7.º a 12 
da LINDB. 
17) O Estatuto pessoal é regido pela lei do domicílio. 
18) A carta rogatória tem seu juízo de delibação 
realizado pelo STJ. 
19) Após o exequatur, as cartas rogatórias são 
cumpridas pelo juiz federal. 
20) A homologação das sentenças e laudos arbitrais 
estrangeiros se dá pelo STJ, na forma dos requisitos 
previstos no art.15 da LINDB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos Humanos 
Ana Paula Delgado 
 
1) Direito dos refugiados 
Princípio do non-refoulement: refugiado não 
poderá ser devolvido por razões de raça, religião, 
nacionalidade, grupo social a que pertença ou 
opiniões políticas. 
Os refugiados possuem os direitos e deveres dos 
estrangeiros no Brasil, bem como direito a cédula 
de identidade comprobatória de sua condição 
jurídica, carteira de trabalho e documento de 
viagem. 
 
2) Direitos previstos no Pacto de San José da Costa 
Rica 
Diferentemente da DUDH, no Pacto foram 
enumerados direitos exclusivamente de 1.ª 
geração (direitos civis e políticos). Um único artigo 
no Pacto trata dos direitos de segunda geração, 
mas não enumera quais são esses direitos. 
Capítulo III – DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E 
CULTURAIS 
 
Artigo 26. Desenvolvimento progressivo. Os 
Estados-partes comprometem-se a adotar as 
providências, tanto no âmbito interno, como 
mediante cooperação internacional, 
especialmente econômica e técnica, a fim de 
conseguir progressivamente a plena efetividade 
dos direitos que decorrem das normas 
econômicas, sociais e sobre educação, ciência e 
cultura, constantes da Carta da Organização dos 
Estados Americanos, reformada pelo Protocolo 
de Buenos Aires, na medida dos recursos 
disponíveis, por via legislativa ou por outros 
meios apropriados. 
 
Direito que pode ser relativizado: liberdade de 
manifestar a religião: está sujeita apenas às 
limitações previstas em lei e que se façam 
necessárias para proteger a segurança, a ordem, 
a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as 
liberdades das demais pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Suspensão de garantias previstas no Pacto de 
San José da Costa Rica 
Possibilidade de suspender as obrigações 
assumidas pelo Estado constantes na Convenção, 
desde que temporária e que não gere 
discriminação alguma fundada em motivos de 
raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social; 
- nos casos de guerra; perigo público; ou de outra 
emergência que ameace a independência ou 
segurança do Estado-parte. 
Os seguintes direitos não podem ser suspensos: 
direito ao reconhecimento da personalidade 
jurídica; direito à vida; direito à integridade 
pessoal; proibição da escravidão e da servidão; 
princípio da legalidade e da retroatividade; 
liberdade de consciência e religião; proteção da 
família; direito ao nome; direitos da criança; 
direito à nacionalidade; direitos políticos. 
Não poderão ser suspensas as garantias 
indispensáveis para a proteção desses direitos. 
 4) Comissão Interamericana de Direitos Humanos 
Quem pode apresentar petições contendo 
denúncia de violações? 
Qualquer pessoa, grupo de pessoas ou entidade 
não governamental legalmente reconhecida pode 
apresentar à Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos, em qualquer dos seus idiomas oficiais 
(espanhol, francês, inglês e português), petições 
em seu próprio nome ou em nome de terceiras 
pessoas, referentes à violação de direitos 
humanos reconhecidos pela na Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos ou pela 
Declaração Americana dos Direitos e Deveres do 
Homem. 
 Artigo 44. Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, 
ou entidade não governamental legalmente 
reconhecida em um ou mais Estados-membros da 
Organização, pode apresentar à Comissão 
petições que contenham denúncias ou queixas de 
violação desta Convenção por um Estado-parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) Corte Americana de Direitos Humanos – 
Esgotamento dos Recursos Internos 
O III Regulamento da Corte Interamericana de 
Direitos Humanos ampliou a possibilidade de 
participação do indivíduo no processo, 
autorizando que os representantes ou familiares 
das vítimas apresentem, de forma autônoma, 
suas próprias alegações e provas durante a etapa 
de discussão sobre as reparações devidas. 
Regra do esgotamento dos recursos internos: 
Artigo 61 – 2. Para que a Corte possa conhecer 
de qualquer caso, é necessário que sejam 
esgotados os processos previstos nos artigos 48 
a 50. 
 
6) Corte Interamericana de Direitos Humanos – 
Decisão 
A decisão proferida pela Corte pode ser 
condenatória e recai exclusivamente sobre os 
Estados. 
 A decisão da Corte é inapelável, devendo ser 
cumprida pelo Estado-parte. 
No Brasil, cabe execução da sentença perante 
vara federal. Essa sentença, por se tratar de uma 
sentença internacional (e não estrangeira), 
independe de homologação do Superior Tribunal 
de Justiça. 
 
7) Incidente de deslocamento de competência 
Competência da Justiça Federal para julgar as 
causas relativas a direitos humanos. 
Deslocamento de competência da Justiça Estadual 
para a Justiça Federal: incidente de legitimidade 
exclusiva do Procurador-Geral da República no STJ 
em qualquer fase do inquérito ou do processo. 
Objetivo: assegurar o cumprimento de obrigações 
decorrentes de tratados internacionais sobre DH 
do qual o Brasil seja parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) Comissão da Verdade 
Foi criada pela Lei 12.528/2011 e instituída em 16 
de maio de 2012. A CNV tem por finalidade apurar 
graves violações de direitos humanos ocorridas 
entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 
1988, efetivar o direito à memória, obter a 
verdade histórica, promover a reconciliação 
nacional. 
 
9) Conselho Nacional dos Direitos Humanos 
(CNDH) 
 
A Lei 12.986/2014 transformou o antigo Conselho 
de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana 
(CDDPH) em Conselho Nacional dos Direitos 
Humanos (CNDH). Esse Conselho tem por 
finalidade promover e defender os direitos 
humanos mediante ações preventivas, protetivas, 
reparadoras e sancionadoras das condutas e 
situações de ameaça ou da violação desses 
direitos. 
10) Princípio interpretativo pro homine: quando 
se tratarde normas que asseguravam um direito, 
esta deverá ser interpretada. 
11) Terras de quilombolas 
Art. 68, ADCT. Aos remanescentes das 
comunidades dos quilombos que estejam 
ocupando suas terras é reconhecida a 
propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-
lhes os títulos respectivos 
12) Povos tribais e indígenas 
A Convenção 169 estabelece a necessidade de 
consulta antes de quaisquer medidas 
administrativas e legislativas com potencialidade 
de afetar diretamente povos indígenas e tribais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13) A Convenção da Organização das Nações 
Unidas sobre as Pessoas com Deficiência, 
ratificada pelo Brasil com o quórum qualificado 
previsto na Constituição da República, 
com status de emenda constitucional, estabelece 
que pessoas com deficiência são aquelas que têm 
impedimentos de natureza física, intelectual ou 
sensorial, os quais, em interação com diversas 
barreiras, podem obstruir sua participação plena 
e efetiva na sociedade com as demais pessoas. 
 14) A Convenção dos Direitos da Criança foi 
ratificada pelo Brasil e considera como criança 
todo ser humano com menos de dezoito anos de 
idade, a não ser que, em conformidade com a lei 
aplicável à criança, a maioridade seja alcançada 
antes dentre as suas normas. Entre outros 
aspectos, ela prevê regras para salvaguardar o 
direito das crianças cujos pais estejam detidos. 
 15) Lei 13.445/2017 
 Art. 61. Não se procederá à repatriação, à 
deportação ou à expulsão coletiva. 
 
 Parágrafo único. Entende-se por repatriação, 
deportação ou expulsão coletiva aquela que não 
individualiza a situação migratória irregular de 
cada pessoa. 
 
 Art. 62. Não se procederá à repatriação, à 
deportação ou à expulsão de nenhum indivíduo 
quando subsistirem razões para acreditar que a 
medida poderá colocar em risco a vida ou a 
integridade pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16) Sistema Nacional de Prevenção e Combate à 
Tortura 
Foi instituído pela Lei 12.847, de 2 de agosto de 
2013, que também criou o Comitê Nacional de 
Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) e o 
Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à 
Tortura (MNPCT). 
MNCPT: O órgão é composto por 11 especialistas 
independentes (peritos), que terão acesso 
franqueado às instalações de privação de 
liberdade, como centros de detenção, 
estabelecimento penal, hospital psiquiátrico, 
abrigo de pessoa idosa, instituição socioeducativa 
ou centro militar de detenção disciplinar. 
Constatadas violações, os peritos elaborarão 
relatórios com recomendações às demais 
autoridades competentes, que poderão usá-los 
para adotar as devidas providências. 
CNPCT: Os membros do CNPCT atuam no 
acompanhamento e na proposição de ações e 
programas para a erradicação da tortura no Brasil. 
Também compete ao Comitê acompanhar os 
trâmites de apuração administrativa e judicial, 
bem como de proposições legislativas, dando 
encaminhamento às recomendações advindas de 
inspeções nos centros de detenção. 
17) O Comitê dos Direitos Humanos é o órgão 
criado em virtude do art. 28 do Pacto 
Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos. 
Nos termos do art. 40 do Pacto (e o art. 3.º do 
segundo Protocolo), os Estados-Partes 
apresentam relatórios ao Comitê em que 
enunciam as medidas adotadas para tornar 
efetivas as disposições desses tratados. 
 O Comitê dispõe ainda de competência para 
apreciar comunicações interestatais 
 18) Hierarquia dos tratados de direitos humanos 
no Brasil 
Aprovados pelo rito comum: norma supralegal. 
Aprovados na forma do art. 5.º, § 3.º, da 
Constituição: norma constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19) Desaparecimento forçado 
Convenção Interamericana sobre o 
Desaparecimento Forçado de Pessoas, firmada 
em 1994, na cidade de Belém/PA. 
 Art. II. Para os efeitos desta Convenção, entende-
se por desaparecimento forçado a privação de 
liberdade de uma pessoa ou mais pessoas, seja de 
que forma for, praticada por agentes do Estado ou 
por pessoas ou grupos de pessoas que atuem com 
autorização, apoio ou consentimento do Estado, 
seguida de falta de informação ou da recusa a 
reconhecer a privação de liberdade ou a informar 
sobre o paradeiro da pessoa, impedindo assim o 
exercício dos recursos legais e das garantias 
processuais pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental 
Tatiana Fernandes 
 
1. A Constituição Federal de 1988 galgou o meio 
ambiente ao status constitucional, criando 
capítulo próprio para ele (art. 225 da CRFB). 
 
2. O meio ambiente é um direito de terceira 
geração, difuso e transindividual. 
 
3. A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 
6.938/1981) foi a primeira grande norma de 
gestão ambiental sancionada em nosso país e 
recepcionada pela Constituição Federal; ela 
apresenta em seu art. 3.º conceitos importantes 
como o de poluição e poluidor. 
 
4. Licenciamento ambiental é um procedimento 
administrativo pelo qual o órgão ambiental 
competente licencia a localização, instalação, 
ampliação e a operação de empreendimentos e 
atividades utilizadoras de recursos 
ambientais, consideradas efetiva ou 
potencialmente poluidoras ou daquelas que, 
sob qualquer forma, possam causar degradação 
ambiental, considerando as disposições legais e 
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis 
ao caso (Resolução CONAMA 237/1997, art. 1.º, 
inciso I). 
 
5. No licenciamento ambiental, são concedidas 
as licenças: prévia, de instalação e operação. 
Elas podem ser concedidas juntas ou 
separadamente (Resolução CONAMA 237/1997, 
art. 8.º). 
 
6. Responsabilidade ambiental – As formas de 
responsabilidade ambiental são: civil, 
administrativa e criminal (art. 225, § 3.º, da CRFB 
e art. 14, § 1.º, da Lei 6.938/1981. 
 
7. Principais normas de proteção da flora 
nacional: Código Florestal (Lei 12.651/2012), 
que conceitua Área de Preservação Permanente 
e Reserva Legal e Sistema Nacional de Unidade 
de Conservação da Natureza (Lei 9.985/2000), 
que divide as unidades de conservação de 
Proteção Integral e de Uso Sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Cabe ao poder público municipal executar a 
política urbana, que possui como principal 
instrumento o Plano Diretor (art. 182, caput e § 
1.º, da CRFB). 
 
9. Ação civil pública é a tutela processual 
ambiental proposta pelo Ministério Público, 
Defensoria Pública, entes públicos, autarquias, 
empresas públicas, fundações, sociedade de 
economia mista e associações para a defesa dos 
interesses coletivos e difusos, entre eles o meio 
ambiente. 
 
10. Art. 225, § 7.º, da CRFB: não se consideram 
cruéis as práticas desportivas que utilizem 
animais, desde que sejam manifestações 
culturais, registradas como bem de natureza 
imaterial integrante do patrimônio cultural 
brasileiro, devendo ser regulamentadas porlei 
específica que assegure o bem-estar dos animais 
envolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos Empresarial 
Paulo Roberto Bastos 
 
1. Para o exercício da atividade empresarial, 
deverá o empresário ter capacidade civil e não 
estar impedido por lei (art. 972, CC). 
2. A EIRELI poderá ser administrada pelo seu 
titular ou por pessoa indicada pela EIRELI, desde 
que não tenha impedimento ao exercício da 
atividade de empresário e não seja condenado 
por crime que veda o acesso a cargos públicos 
(art. 980-A do CC). 
3. A sociedade limitada terá regência pelas 
normas da sociedade simples, podendo o 
contrato prever aplicação da Lei de Sociedade 
por Ações (art. 1.053, parágrafo único, CC). 
4. Em caso de resolução da sociedade com 
relação ao sócio, o valor de suas cotas deverá ser 
apurado por meio de balanço especialmente 
levantado para essa finalidade (art. 1.031, CC). 
5. Os administradores de sociedades simples ou 
limitada que agirem com culpa no desempenho 
de suas funções, causando prejuízos para a 
sociedade, será civilmente responsabilizado por 
estes (art. 1.016, CC). 
6. A sociedade em conta de participação não terá 
personalidade jurídica, mesmo quando o 
contrato for arquivado (art. 993, CC). 
7. A CVM desempenhará a função de fiscalização 
do mercado de capitais, exercendo-a em face das 
companhias abertas, das distribuidoras de 
valores mobiliários (bancos de investimentos e 
corretoras) e bolsa de valores (Lei 6.385/1976). 
8. As partes beneficiárias atribuem ao portador 
direito de crédito eventual contra a companhia 
emissora, podendo ser emitidas somente por 
sociedade por ações de capital fechado (arts. 46 
a 51, Lei 6.404/1976). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Os diretores das sociedades por ações que 
agirem com dolo, culpa, violação da lei ou do 
estatuto, causando prejuízos, serão civilmente 
responsabilizados por estes (art. 158, Lei 
6.404/1976). 
10. O endosso em branco transforma o título 
nominativo em ao portador (art. 13, LU). 
11. O endosso em branco não contém indicação 
do endossatário, enquanto o endosso em preto 
indica o endossatário (art. 12, LU). 
12. Aval é onde o avalista garante a obrigação 
assumida pelo avalizado (art. 30, LU). 
13. O protesto é condição para execução do 
título de crédito em face do coobrigado (art. 70, 
LU). 
14. A prescrição para a propositura da ação 
monitória no cheque e na nota promissória será 
de cinco anos (Súmulas 503 e 504, STJ). 
15. O plano de recuperação judicial deverá ser 
apresentado em juízo no prazo improrrogável de 
60 dias contados da publicação da decisão que 
autoriza o processamento da Recuperação (art. 
53, Lei 11.101/2005). 
16. A não apresentação do plano no prazo 
implicará a convolação em falência. O plano 
poderá ser aprovado quando não existir objeção 
dos credores ou por decisão da assembleia de 
credores, podendo inclusive ser objeto de 
alteração (art. 73, Lei 11.101/2005). 
17. No prazo para contestação da falência (dez 
dias), poderá o devedor realizar o depósito 
elisivo (quando o pedido de falência tiver como 
base o inadimplemento de obrigações), 
correspondente ao total do crédito, acrescido de 
correção monetária, juros e honorários 
advocatícios, evitando a falência (art. 98, 
parágrafo único, Lei 11.101/2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18. Contra a decisão que decretar a falência 
caberá agravo; da decisão de improcedência do 
pedido caberá o recurso de apelação (art. 100, 
LFR). 
19. As despesas da massa falida, como os 
honorários do administrador judicial, são 
considerados créditos extraconcursais, e seu 
pagamento será anterior ao pagamento dos 
credores concursais (arts. 84 e 83, LFR). 
20. As Invenções e Modelos de Utilidade são 
protegidos por documento emitido pelo INPI 
denominados de Carta Patente, enquanto os 
Desenhos Industriais e as Marcas, pelo 
Certificado de Registro, também expedidos pelo 
INPI (Lei 9.279/1996). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Civil e Processo Civil 
Rafael Mendonça e Haroldo Lourenço 
 
1 – CC 2002 
A pretensão do segurado contra o segurador, ou 
a deste contra aquele, prescreve em um ano. 
Esse prazo é aplicado aos seguros individuais ou 
coletivos. 
 
CPC 2015 
A denunciação da lide pode ser requerida pelo 
autor ou pelo réu para os casos de direito de 
regresso ou garantia (art. 125, CPC). 
 
2 – CC 2002 
Em regra, a desconsideração não pode ser 
realizada de ofício pelo magistrado, depende de 
requerimento da parte ou do MP quando lhe 
couber intervir no processo. 
 
CPC 2015 
Para ter qualquer tipo de desconsideração da 
personalidade jurídica é obrigatório ter um 
incidente processual que assegure o 
contraditório prévio, inclusive nos juizados (art. 
133 c/c o art. 1.062, CPC). 
 
3 – CC 2002 
A conversão de uma obrigação de dar coisa certa 
em obrigação de pagar extingue a 
indivisibilidade, mas não a solidariedade. 
CPC 2015 
O chamamento é exclusivo do réu para caso de 
solidariedade ou fiança (art. 130, CPC). 
 
4 – CC 2002 
O possuidor, para proteger a sua posse, pode 
fazer uso das ações possessórias ou do desforço 
imediato. 
CPC 2015 
São três as ações possessórias: reintegração, 
manutenção e interdito proibitório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 – CC 2002 
Os vícios objetivos da posse (art. 1.200, CC) serão 
sanados nas hipóteses em que a posse superar o 
período de ano e dia. 
 
CPC 2015 
Na possessória de força nova, cabe liminar para 
manutenção ou reintegração (art. 558 c/c o art. 
562, CPC). 
 
6 – CC 2002 
A usucapião pode ser utilizada como tese de 
defesa nas ações possessórias. 
 
CPC 2015 
Nas ações possessórias, não se admite 
reconvenção, somente pedido contraposto (art. 
556, CPC). 
 
7 – CC 2002 
Em regra, a detenção não produz efeitos 
jurídicos. 
CPC 2015 
Não há mais nomeação à autoria, que foi 
substituída pela intervenção atípica dos arts. 338 
e 339 do CPC, permitindo a correção de qualquer 
ilegitimidade passiva. 
 
8 – CC 2002 
O prazo prescricional para cobrança de cotas 
condominiais em atraso é de cinco anos. 
 
CPC 2015 
O crédito condominial com o CPC/2015 passou a 
ser um título extrajudicial (art. 784, X, CPC). 
 
9 – CC 2002 
A obrigação de pagar cotas condominiais é uma 
obrigação propter rem. 
 
CPC 2015 
A preferência entre os credores no recebimento 
do crédito contra o mesmo devedor se 
estabelece pela ordem das penhoras (art. 797, 
CPC), tendo o crédito condominial preferência 
inclusive sobre o hipotecário (Súmula 478, STJ).10 – CC 2002 
A interrupção da prescrição só poderá ocorrer 
uma vez. 
 
CPC 2015 
O despacho que ordenar a citação interrompe a 
prescrição (art. 240, § 1.º, CPC), não a citação, 
retroagindo à data da propositura da ação. 
 
11 – CC 2002 
Os prazos prescricionais só podem estar 
previstos em lei (art. 192, CC). 
 
CPC 2015 
O juiz pode julgar liminarmente improcedente o 
pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de 
decadência ou de prescrição (art. 332, § 1.º, 
CPC). 
 
12 – CC 2002 
O art. 191 do CC permite a renúncia da 
prescrição. É admitida apenas a renúncia a 
decadência convencional. 
 
CPC 2015 
Se o magistrado não reconhecer liminarmente a 
prescrição ou a decadência, elas não poderão ser 
consideradas sem que antes seja dado 
contraditório prévio (art. 487, parágrafo único, 
CPC). 
 
13 – CC 2002 
O divórcio pode ser feito de forma extrajudicial. 
 
CPC 2015 
Nas ações contenciosas de família, 
obrigatoriamente haverá audiência, sendo 
preferencialmente de mediação (art. 693 c/c o 
art. 695, CPC). 
 
14 – CC 2002 
O divórcio pode ser feito sem prévia partilha dos 
bens do casal. 
 
CPC 2015 
Nas ações contenciosas de família o mandado de 
citação conterá apenas os dados necessários à 
audiência e deverá estar desacompanhado de 
cópia da petição inicial (art. 695 §1º CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 – CC 2002 
São excluídos da sucessão os herdeiros ou 
legatários que houverem sido autores, coautores 
ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa 
deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, 
seu cônjuge, companheiro, ascendente ou 
descendente (art. 1.814, I, CC). Nessa hipótese, o 
Ministério Público tem legitimidade para 
demandar a exclusão do herdeiro ou legatário. 
 
CPC 2015 
O Ministério Público, seja como parte ou como 
fiscal da ordem jurídica, terá direito prazo em 
dobro e intimação pessoal (art. 180, CPC). 
 
16 – CC 2002 
Na nomeação de curador para a pessoa com 
deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela 
compartilhada a mais de uma pessoa (art. 1.775-
A, CC). 
 
CPC 2015 
As defesas na execução não são dotadas de 
efeito suspensivo automático (arts. 525, § 6.º, e 
919, § 1.º, CPC). 
 
17 – CC 2002 
A sentença das ações de interdição distribuídas 
contra os portadores de deficiência tem natureza 
constitutiva. 
 
CPC 2015 
O prazo para pagamento na execução 
extrajudicial é de três dias a contar da citação 
(art. 829, CPC). 
 
18 – CC 2002 
A interdição das pessoas portadores de 
deficiência atinge apenas a prática de atos de 
natureza patrimonial. 
 
CPC 2015 
A curadoria especial é exercida pela defensoria 
pública, sendo intimada pessoalmente, tem 
prazo dobrado e pode contestar por negativa 
geral (arts. 72, 186, § 1.º, e 341, parágrafo único, 
CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 – CC 2002 
Em caso de negócio jurídico que possa trazer 
risco ou prejuízo relevante, havendo divergência 
de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos 
apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério 
Público, decidir sobre a questão (art. 1.783-A, § 
6.º, CC). 
 
CPC 2015 
O juiz pode dilatar os prazos processuais e 
alterar a ordem de produção dos meios de prova 
(art. 139, VI, CPC). 
 
20 – CC 2002 
As pessoas elencadas no art. 932 do CC 
respondem de forma objetiva pelos ilícitos 
praticados (art. 933, CC). 
 
CPC 2015 
A gratuidade de justiça abrange atos 
extrajudiciais, como registros e averbações, ou 
qualquer outro ato notarial necessário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito do Consumidor 
Rafael Mendonça 
 
1 – No que tange à definição de consumidor, o 
CDC adotou a Teoria Finalista. 
 
2 – Serviço é a atividade desenvolvida pelo 
fornecedor com habitualidade, profissionalismo e 
remuneração. 
 
3 – O CDC admite a figura do consumidor por 
equiparação. 
 
4 – É direito básico do consumidor a inversão do 
ônus da prova a seu favor. 
 
5 – O CDC adotou a Teoria da Base Objetiva do 
Negócio Jurídico. 
 
6 – O CDC proibiu a publicidade enganosa e 
abusiva. 
 
7 – Na responsabilidade pelo fato do serviço, os 
profissionais liberais respondem mediante a 
verificação de culpa. 
 
8 – A responsabilidade do comerciante pelo fato 
do produto é subsidiária. 
 
9 – O prazo para o consumidor reclamar vício do 
produto e do serviço é de 30 dias para os produtos 
e serviços não duráveis e 90 dias para os produtos 
e serviços duráveis. 
 
10 – Para exercer pretensões relativas a fato do 
serviço e do produto, o prazo prescricional é de 
dez anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recurso 
Guilherme Strenger 
 
1. O prazo de sustentação oral em recurso de 
apelação é de 15 minutos improrrogáveis – art. 
1.021. 
 
2. É cabível a sustentação oral no julgamento de 
agravo interno interposto contra a decisão 
monocrática do relator que indefere a petição 
inicial de ação rescisória. 
3. O juiz poderá se retratar quanto ao que decidiu 
na sentença em caso de interposição de recurso 
de apelação, quando extinguir o processo sem 
julgar seu mérito. 
 
4. O agravo retido e os embargos infringentes 
foram extintos do sistema. 
 
5. Os juízes e tribunais atenderão 
preferencialmente a ordem cronológica de 
conclusão para proferir sentença ou acórdão. 
 
6. Vício formal em recurso tempestivo pode ser 
corrigido em cinco dias. 
 
7. Os honorários recursais são aqueles que serão 
devidos aos advogados após a interposição e 
julgamento dos recursos. 
 
8. O recurso adesivo é admissível na apelação, no 
recurso extraordinário e no recurso especial. 
 
9. É possível a suspensão de todos os processos 
(qualquer fase) cujo tema seja objeto de recurso 
especial ou recurso extraordinário, após a análise 
do presidente do STF ou STJ. 
 
10. O STF terá prazo de um ano para julgar os 
processos paradigmas de repercussão geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Administrativo 
Gladstone Felippo 
 
1. A absolvição de servidor na esfera penal por 
atipicidade penal ou insuficiência de provas é 
considerada falta residual e não vincula a decisão 
no PAD – art. 126 da Lei 8.112/1990 e Verbete 18 
do STF. 
 
2. A responsabilidade civil dos notários é pessoal 
e subjetiva e prescreve em três anos a pretensão 
de reparação civil – art. 22 da Lei 8.935/1994. 
 
3. A responsabilidade da contratada e da 
Administração Pública com relação aos encargos 
previdenciários resultantes da execução do 
contrato é solidária – art. 71, § 2.º. 
 
4. Na expropriação urbana punitiva, não serão 
computadas na indenização as expectativas de 
ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios 
– art. 8.º, § 2.º, II, da Lei 10.257/2001. 
 
5. O acordo de leniência não exime a pessoa 
jurídica da obrigação de reparar integralmente o 
dano causado, e sua celebração interrompe o 
prazo prescricional – art. 16, §§ 3.º e 9.º, da Lei 
12.846/2013. 
 
6. A rescisãoda concessão de serviço público 
necessita de ação judicial específica e a execução 
do serviço não poderá ser suspensa até o trânsito 
em julgado da sentença – art. 39 da Lei 
8.987/1995. 
 
7. No caso de servidor afastado para o exercício 
de mandato eletivo, seu tempo de serviço será 
contado para todos os efeitos legais, exceto para 
promoção por merecimento – art. 38, IV, da CRFB. 
 
8. As decisões adotadas por delegação 
considerar-se-ão editadas pelo delegado – art. 14, 
§ 3.º, da Lei 9.784/1999. 
9. O consórcio público poderá ser contratado pela 
administração direta ou indireta dos entes da 
Federação consorciados, dispensada a licitação – 
art. 2.º, § 1.º, III, da Lei 11.107/2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. O retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado em decorrência de 
inabilitação em estágio probatório relativo a 
outro cargo denomina-se recondução – art. 29, I, 
da Lei 8.112/1990. 
11. É permitida a instauração de PAD com base 
em denúncia anônima, desde que devidamente 
motivada e com amparo em investigação ou 
sindicância – Súmula 611 do STJ. 
12. Nos casos de acumulação de cargos, o teto 
deve ser considerado com relação a cada um dos 
vínculos formalizados – art. 37, XVI c/c XI, da 
CRFB. 
 
13. Nas PPPs os riscos são repartidos, inclusive os 
referentes a caso fortuito, força maior, fato do 
príncipe e álea econômica extraordinária – art. 
5.º, III, da Lei 11.079/2004. 
14. Os bens de família podem ser objeto de 
medida de indisponibilidade prevista na Lei de 
Improbidade Administrativa – jurisprudência do 
STJ. 
15. Ofende o princípio da livre concorrência lei 
municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em 
determinada área – Súmula Vinculante 49. 
16. Compete privativamente ao Chefe do Poder 
Executivo a edição de normas que alterem o 
padrão remuneratório dos servidores públicos – 
art. 61, § 1.º, II, a, da CRFB. 
 
17. Prescreve em cinco anos a pretensão 
indenizatória por restrições decorrentes de atos 
do Poder Público – art. 10, parágrafo único, do 
Decreto-lei 3.365/1941. 
 
18. O parecer técnico elaborado pelo Tribunal de 
Contas tem natureza meramente opinativa, 
sendo incabível o julgamento ficto das contas por 
decurso de prazo – art. 31, § 2.º, da CRFB. 
 
19. Não serão computadas, para efeito dos limites 
remuneratórios constitucionais, as parcelas de 
caráter indenizatório previstas em lei – art. 37, § 
11, da CRFB. 
 
20. O pedido de reconsideração na via 
administrativa não interrompe o prazo para o 
mandado de segurança – verbete 430 do STF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito do Trabalho 
Victor Stuchi 
 
1. É possível a alteração entre regime de 
teletrabalho para o regime presencial, desde que 
seja feito um aditivo contratual e um período 
mínimo de transição de 15 dias – Art. 75-C, § 2.º, 
CLT. 
 
2. Na terceirização, a contratante será 
subsidiariamente responsável pelas obrigações 
trabalhistas – Art. 10, § 7.º, Lei 6.019/1974. 
 
3. A jornada 12x36 poderá ser estabelecida por 
meio de acordo individual, acordo ou convenção 
coletiva – Art. 59-A, CLT. 
 
4. Para a caracterização do grupo econômico, não 
basta a mera identidade de sócios, tendo a 
necessidade de demonstração de interesses 
integrados – Art. 2.º, § 3.º, da CLT. 
 
5. O adicional noturno integra a base de cálculo 
das horas extras prestadas no período noturno – 
OJ 97, SDBI-1, TST. 
 
6. É possível o fracionamento das férias em até 
três períodos – Art. 134, § 1.º, CLT. 
 
7. O adicional de insalubridade é devido mesmo 
que a atividade insalubre não seja constante – 
Súmula 47, TST. 
 
8. Para a equiparação salarial, é necessária a 
prestação de trabalho no mesmo 
estabelecimento comercial – Art. 461, CLT. 
 
9. O FGTS deve ser depositado sobre a 
remuneração do empregado, inclusive horas 
extras e adicionais, se houver – Súmula 63, TST. 
10. A estabilidade dos membros da CIPA estende-
se aos suplentes – Súmula 339, I, TST. 
 
11. O fato de o empregador não saber do estado 
gravídico não afasta a estabilidade provisória da 
empregada – Súmula 244, I, TST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. O mandato dos membros da comissão de 
representantes dos empregados será de um ano 
– Art. 510-D, CLT. 
 
13. O fato de o empregado exercer cargo de 
confiança não afasta o recebimento de adicional 
de transferência - OJ 113, SDBI-1, TST. 
 
14. Constitui falta justificada um dia a cada doze 
meses para doação de sangue, desde que 
devidamente comprovada – Art. 473, IV, CLT. 
 
15. A gratificação de função não se incorpora ao 
salário, independentemente de tempo na função 
– Art. 468, § 2.º, da CLT. 
 
16. A perda de habilitação prevista em lei para 
exercício da profissão, decorrente de conduta 
dolosa, cabe dispensa por justa causa – Art. 482, 
“m”, CLT. 
 
17. Na rescisão por acordo entre empregado e 
empregador, o aviso prévio indenizado e a 
indenização do FGTS serão pagos por metade – 
Art. 484-A, I, CLT. 
 
18. O pagamento das verbas rescisórias deve ser 
efetuado em até dez dias do término do contrato 
– Art. 477, § 6.º, CLT. 
 
19. Contra os menores de 18 anos não corre 
nenhum prazo de prescrição – Art. 440, CLT. 
 
20. A convenção ou acordo coletivo de trabalho 
terão prevalência sobre a lei quando tratarem de 
regime de sobreaviso – Art. 611-A, VIII, CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho 
Victor Stuchi 
 
1. São de competência da Justiça do Trabalho as 
ações relativas às penalidades administrativas 
impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho – Art. 114, 
VII, CF. 
2. O preposto não precisa ser empregado da 
empresa reclamada – Art. 843, § 3.º, CLT. 
3. O jus postulandi não alcança ação rescisória – 
Súmula 425, TST. 
4. Os honorários advocatícios sucumbenciais 
deverão ser pagos pela parte vencida, ainda que 
beneficiária da justiça gratuita – Art. 791-A, § 4.º, 
CLT. 
5. É inválido o substabelecimento de advogado 
investido de mandato tácito – OJ 200, SDBI-1, TST. 
6. Faz jus ao benefício da justiça gratuita aquele 
que receber salário igual ou inferior a 40% do 
limite máximo de benefícios da Previdência Social 
ou mediante comprovação de hipossuficiência – 
Art. 790, §§ 3.º e 4.º, CLT. 
7. Os prazos serão contados em dias úteis, com a 
exclusão do dia da publicação e a inclusão do dia 
do vencimento – Art. 775, CLT. 
8. Na petição, o pedido deve ser certo, 
determinado e com a indicação de seu valor – Art. 
840, § 1.º, CLT. 
9. O juiz receberá a contestação e documentos, 
ainda que somente o advogado do reclamando 
esteja presente em audiência – Art. 844, § 5.º, 
CLT. 
10. A ausência por duas vezes consecutivas do 
reclamante em audiência, dando causa ao 
arquivamento da ação, incorrerá na pena de 
perempção, sendo impossibilitada a propositura 
de nova ação pelo prazo de seis meses – Art. 732, 
CLT.11. O ônus de provar que o empregado não faz jus 
ao vale-transporte é do empregador – Súmula 
460, TST. 
12. A responsabilidade pelo pagamento dos 
honorários periciais é da parte sucumbente, ainda 
que beneficiária da justiça gratuita – Art. 790-B, 
CLT. 
13. No procedimento sumaríssimo, não há citação 
por edital – Art. 852-B, II, CLT. 
14. No processo de homologação de acordo 
extrajudicial, as partes não podem estar assistidas 
por advogado em comum – Art. 855-B, § 1.º, CLT. 
15. Caso não haja condenação a pagamento em 
pecúnia, descabe o depósito recursal – Súmula 
161, TST. 
16. É possível a juntada de documentos na fase 
recursal, se a parte comprovar que não era 
possível juntá-los anteriormente – Súmula 08, 
TST. 
17. No recurso de revista, serão indicadores de 
transcendência o elevado valor da causa, o 
desrespeito a jurisprudência sumulada do TST e 
do STF, direito social constitucionalmente 
assegurado e nova interpretação da legislação 
trabalhista – Art. 896-A, § 1.º, I, II, III e IV, CLT. 
18. A execução por carta precatória, em regra, 
deve ser oferecida no juízo deprecado – Súmula 
419, TST. 
19. É permitida a execução de ofício, mas apenas 
nos casos em que as partes não estiverem 
representadas por advogado – Art. 878, CLT. 
20. Aplica-se a prescrição intercorrente no 
processo do trabalho, no prazo de dois anos, 
contados a partir da última determinação judicial 
no curso da execução – Art. 11-A, § 2.º, CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional 
Paulo Nasser 
 
1. Direitos fundamentais – Direito de reunião – Art. 
5.º [...] – XVI 
 
2. Direitos políticos – Reeleição – Art. 14, § 5.º, da CF 
 
3. Processo legislativo de emenda constitucional – 
Art. 60, I, II e III, e §§ 2.º, 3.º e 5.º, da CF 
 
4. Tratado internacional aprovado como emenda 
tem status de emenda – Art. 5.º, § 3.º, da CF 
 
5. Processo legislativo de emenda – Limitação 
circunstancial – Art. 60, § 1.º, da CF 
 
6. Processo legislativo – Bicameralismo – Diferença 
em projeto de lei, emenda e medida provisória. 
 
7. Funções essenciais à Justiça – Procurador-Geral 
da República – Escolha e destituição – Art. 128, §§ 
1.º e 2.º, da CF 
 
8. A atuação do Procurador-Geral da República 
ocorrerá em todos os processos de competência 
do STF. 
 
9. Sessão legislativa – Art. 57, caput, da CF 
 
10. Legislatura – Art. 44, parágrafo único, da CF 
 
11. Imunidades parlamentares – Art. 53 da CF 
 
12. Poder Executivo – Dupla vacância – Art. 81 da CF 
 
13. Poder Executivo – Processo contra o Presidente 
da República – Art. 86 da CF 
 
14. Poder Executivo – Imunidade presidencial – Art. 
86, §§ 3.º e 4.º, da CF 
 
15. Súmula Vinculante 46: A definição dos crimes de 
responsabilidade e o estabelecimento das 
respectivas normas de processo e julgamento são 
da competência legislativa privativa da União. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. Poder Judiciário – Súmula vinculante – Art. 103-A 
da CF 
17. Poder Judiciário – Garantias do magistrado – Art. 
95, I, II e III, da CF 
 
18. Efeito repristinatório da declaração de 
inconstitucionalidade ocorre quando a norma que 
havia sido revogada volta a produzir efeitos após 
a declaração de inconstitucionalidade da norma 
revogadora. 
 
19. Controle de constitucionalidade difuso (incidental 
e concreto) o juiz pode conhecer de ofício a 
inconstitucionalidade. 
 
20. A legitimidade ativa de todas as ações diretas – 
ADI, ADC, ADPF e ADI – por OMISSÃO estão no art. 
103 da CF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal 
Felipe Novaes 
 
1 – As leis penais benéficas sempre retroagem 
aos fatos anteriores, mesmo que decididos por 
sentença transitada em julgado. Essa 
retroatividade somente não ocorre quando se 
tratar de leis penais temporárias ou 
excepcionais, art. 3.º, que têm ultra-atividade. 
 
2 – A lei penal mais nova aplica-se ao crime 
continuado, permanente ou habitual próprio 
quando sua vigência é anterior à cessação da 
permanência, continuidade ou habitualidade. 
Essa aplicação ocorre ainda que a nova lei seja 
mais grave, com um rigor penal maior que a lei 
anterior, conforme entendimento sumulado pelo 
STF no enunciado 711 da Súmula do STF. 
 
 3 – A tentativa ocorre quando, iniciada a 
execução, o crime não se consuma por 
circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Portanto, ele quer consumar, mas não pode. 
 
4 – A desistência voluntária e o arrependimento 
eficaz ocorrem quando, iniciada a execução, o 
gente desiste voluntariamente de continuar nela 
(desistência) ou impede que o resultado se 
produza (arrependimento). O agente podia 
continuar, mas não quis. 
 
5 – Na tentativa, o agente é punido com a pena 
do crime consumado, diminuída de 1/3 a 2/3. Na 
desistência voluntária e no arrependimento 
eficaz, o agente responde somente pelos atos 
praticados até aquele momento. 
 
6 – Na desistência voluntária e no 
arrependimento eficaz (art. 15), bem como no 
arrependimento posterior (art. 16), a lei exige 
VOLUNTARIAMENTE, mas NÃO exige que seja 
ESPONTÂNEO, ou seja, se o agente não pode ser 
forçado a desistir ou a se arrepender, mas a ideia 
pode partir de terceira pessoa, até da própria 
vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 – Coação moral irresistível (diferente da física 
irresistível que exclui a tipicidade) e obediência 
hierárquica, desde que a ordem do superior 
hierárquico não seja manifestamente ilegal, são 
excludentes de culpabilidade. ATENÇÃO: 
somente há hierarquia em relações laborativas 
PÚPLICAS. Em relações privadas, familiares ou 
religiosas, NÃO HÁ hierarquia; pode haver 
coação, mas nunca hierarquia. 
 
8 – Se o agente NÃO SABE O QUE ESTÁ 
FAZENDO, ou seja, acha que está fazendo uma 
coisa, mas na verdade está fazendo outra (esta 
prevista como crime), estará em erro de tipo; 
NINGUÉM PODE QUERER FAZER ALGO SEM 
SABER O QUE ESTÁ FAZENDO, por isso o erro de 
tipo exclui o dolo – TIPICIDADE. 
 
9 – Se o agente SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, 
QUER FAZER, MAS NÃO SABE QUE É CRIME, erra 
quanto à ilicitude do fato; há erro de proibição, 
não tem consciência da ilicitude – 
CULPABILIDADE. 
 
10 – A descriminante putativa ocorre, quando 
por erro derivado de circunstâncias fáticas, o 
agente acredita estar acobertado por alguma 
excludente de ilicitude, que na verdade não 
estava presente no caso concreto. Se o erro for 
plenamente justificado pelas circunstâncias, será 
isento de pena; caso contrário, sendo vencível o 
erro, responderá culposamente. 
 
11 – Erro quanto à pessoa – art. 20, § 3.º: 
quando o agente quer praticar um crime contra 
uma determinada pessoa e por confusão pratica 
contra outra pessoa, achando que era a que 
queria atingir, responde como se tivesse 
praticado o crime contra quem queria atingir. 
 
12 – O dolo direto ocorre quando o agente sabe 
o que está fazendo e QUER realizar tal conduta. 
O dolo eventual ocorre quando o agente prevê o 
resultado, não quer causá-lo, mas ACEITA essapossibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 – Culpa consciente: o agente prevê o 
resultado como consequência de sua conduta 
(até aqui igual ao dolo eventual), mas acredita 
ser capaz de evitá-lo. Nega o resultado, não quer 
nem aceita causar o resultado. Culpa 
inconsciente: o agente NÃO PREVÊ o resultado, 
embora este resultado seja previsível. ATENÇÃO: 
só há crime culposo quando o resultado for ao 
menos previsível; se o agente prevê a culpa é 
consciente; se não prevê, embora previsível, a 
culpa é inconsciente. 
 
14 – A consumação do roubo ocorre quando há 
inversão da posse, mediante violência ou grave 
ameaça, não é necessário que tenha posse 
desvigiada, mansa e pacífica. Súmula 582 do STJ. 
 
15 – O crime de lesão corporal leve praticado 
com violência doméstica contra a mulher é de 
ação penal pública incondicionada. 
 
16 – O princípio da insignificância exclui a 
tipicidade material do fato, tornando-o atípico. 
Desde que a lesão seja inexpressiva, a 
ofensividade mínima, periculosidade nenhuma e 
a reprovabilidade reduzida. 
 
17 – O princípio da insignificância não pode ser 
aplicado nos crimes e contravenções penais 
praticados com violência doméstica e familiar 
contra a mulher. 
 
18 – No peculato culposo, a reparação do dano 
extingue a punibilidade, quando realizada até o 
trânsito em julgado da sentença condenatória. 
Se posterior, reduz a pena em metade. 
 
19 – A corrupção passiva é crime formal, 
consuma-se independentemente do 
recebimento da vantagem indevida. 
 
20 – O aumento de pena incidente no tráfico de 
drogas pela interestadualidade independe da 
efetiva transposição da fronteira dos Estados, 
bastando a intenção do agente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estatuto da Criança e Adolescente 
Felipe Novaes 
 
1 - A prestação de serviços comunitários por período 
não excede a seis meses – art. 117. 
 
2 - Liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo 
de seis meses, podendo a qualquer tempo ser 
prorrogada, revogada ou substituída por outra 
medida – art. 118. 
 
3 - Semiliberdade e internação não comportam prazo 
determinado; devem ser reavaliadas a cada seis 
meses e duram no máximo três anos, sendo 
compulsória a liberação, se, antes dos três anos, 
completar 21 anos de idade – art. 121. 
 
4 - Prazo de internação cautelar, durante o processo, 
de adolescente por ato infracional: 45 dias – art. 108. 
 
5 - Prazo máximo e improrrogável para a conclusão 
do procedimento, estando o adolescente internado 
provisoriamente: 45 dias – art. 183. 
 
6 - A adoção é irrevogável. 
7 - Podem adotar os maiores de 18 anos; deve haver 
uma diferença de 16 anos entre o adotante e o 
adotado, não podem adotar os ascendentes e irmãos. 
8 - A tutela depende da suspensão ou cassação do 
poder familiar. 
9 - Fornecer bebida alcoólica ou outra substância que 
cause dependência em criança ou adolescente é 
crime previsto pelo ECA. 
10 - O crime de corrupção de menores é formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo Penal 
Rodrigo Bello 
 
1 – Prisão Preventiva vs. Prisão Temporária – 
Legitimados e Momentos (arts. 311, CPP, e art. 2º, Lei 
7.960/1989). 
 
2 – Recurso em Sentido Estrito – Hipóteses mais 
famosas (art. 581, I, IV, X, XV, CPP) vs. Agravo em 
Execução (art. 197, Lei 7.210/1984). 
 
3 – Competência da Justiça Federal – Maior 
incidência (art. 109, IV, CF). 
 
4 – Renúncia, Perdão e Perempção (arts. 49, 51, 60, 
CPP). 
 
5 – Art. 292, parágrafo único – proibição de algemas 
em presidiárias grávidas e excepcionalidade do uso 
de algemas (Súmula Vinculante 11). 
 
6 – Tribunal do Júri – Pronúncia, Impronúncia, 
Absolvição Sumária e Desclassificação (arts. 413, 414, 
415 e 419, CPP). 
 
7 – Tribunal do Júri – regras de plenário (arts. 478 e 
479, CPP). 
8 – Juizado Especial Criminal – Medidas 
Despenalizadoras (Composição Civil dos Danos, 
Transação Penal, Representação no crime de lesão 
corporal leve/culposa e suspensão condicional do 
processo – arts. 74, 76, 88, 89, Lei 9.099/1995). 
 
9 – Impedimento e Suspeição (arts. 252 e 254, CPP). 
Delegado não se argui suspeição (art. 107, CPP). 
 
10 – Citação por Hora Certa (art. 362, CPP), Citação 
por Edital (art. 361, CPP) e Impossibilidade de Citação 
(art. 366, CPP). 
 
11 – Tráfico de Pessoas (arts. 13-A e 13-B, CPP). 
 
12 – Prisão Domiciliar (art. 318, CPP). 
 
13 – Apelação Supletiva (art. 598, CPP). 
 
14 – Revisão Criminal (art. 621, CPP). 
 
15 – Súmula 528, STJ: Compete ao juiz federal do 
local da apreensão da droga remetida do exterior 
pela via postal processar e julgar o crime de tráfico 
internacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Tributário 
Gabriel Quintanilha 
 
1) A taxa exige uma contraprestação estatal 
específica. 
2) A taxa pode ser cobrada como taxa de polícia e 
taxa de serviço. 
3) A contribuição de melhoria tem como fato 
gerador a valorização imobiliária decorrente 
de obra pública. 
4) Empréstimo compulsório está reservado à lei 
complementar e é de competência da União. 
5) Nos territórios federais, a União acumula dos 
Estados e, caso o território não seja dividido 
em municípios, também a competência 
municipal. 
6) A contribuição de iluminação pública é de 
competência dos municípios e do Distrito 
Federal e pode ser cobrada na conta de 
consumo de energia elétrica. 
7) Competência é indelegável, mas a capacidade 
pode ser delegada. 
8) O imposto de renda não incide sobre verbas 
indenizatórias. 
9) O IPI incide sobre industrialização e importação 
de produtos industrializados, ainda que para 
uso próprio por pessoa física não contribuinte 
do imposto. 
10) O ICMS tem como fato gerador a circulação de 
mercadorias e a prestação de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e 
serviços de comunicação. 
11) O ICMS incide na importação de mercadorias, 
ainda que para uso próprio por não 
contribuinte, mas não incide na exportação. 
12) O ICMS submete-se obrigatoriamente ao 
princípio da não cumulatividade. 
13) O ICMS não incide sobre alienação de bens 
salvados de sinistro (SV 32 do STF). 
14) A alíquota interestadual do ICMS é fixada por 
resolução do Senado Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15) O ISS é imposto municipal e incide sobre 
obrigação de fazer, não incidindo ISS sobre 
locação de bens móveis (SV 31 do STF). 
 
16) O ISS é devido no local da sede do prestador do 
serviço, ressalvadas as 22 exceções dos incisos 
do art. 3.º do CTN. 
 
17) As alíquotas máxima e mínima de ISS estão 
reservadas à Lei Complementar. 
 
18) Pelo princípio da legalidade, o tributo somente 
poderá ser criado, majorado, reduzido ou 
extinto por lei ou medida provisória. 
 
19) A medida provisória ou mesmo a lei ordinária 
não podem invadir a reserva de lei 
complementar. 
 
20) A obrigaçãotributária acessória consiste em 
uma obrigação de fazer ou não fazer e se 
converte em obrigação principal quando 
descumprida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ética Profissional 
Alvaro de Azevedo 
 
1. Atos privativos e não privativos de 
advogado. 
 
2. Estagiário: o aluno matriculado nos dois 
últimos anos da Faculdade de Direito. 
 
3. Desagravo público. 
 
4. Advogada gestante no EOAB suspende o 
prazo; no CPC suspende o processo. 
 
5. Requisitos para inscrição na OAB. 
 
6. Espécies de inscrição. 
 
7. Nomenclatura de sociedade de 
advogados. 
 
8. Responsabilidade dos sócios. 
 
9. Advogado empregado: jornada de 
trabalho. 
 
10. Sucumbência recursal. 
 
11. Incompatibilidade e impedimento. 
 
12. Hipóteses de incompatibilidade. 
 
13. Publicidade com moderação. 
 
14. Infrações disciplinares: censura, 
suspensão, exclusão e multa. 
 
15. Órgãos da OAB: Conselho Federal, 
Conselho Seccional, Subseção e Caixa de 
Assistência ao Advogado. 
 
16. Eleições acontecem a cada três anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Prazos no processo disciplinar. 
 
18. Parecer preliminar. 
 
19. Princípios da advocacia. 
 
20. Prisão do advogado por racismo e injúria 
racial.

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