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Filarioses: Parasitologia e Tratamento

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FILARIOSES 
Escola Superior de Ciências da Saúde 
Disciplina: Parasitologia 
Sumário 
Introdução 
Morfologia 
Biologia 
Ciclo biológico 
Doença 
Transmissão 
Manifestações clinicas 
Patogenia 
Diagnóstico 
Epidemiologia 
Profilaxia 
Tratamento 
INTRODUÇÃO 
Trematoda Cestoda 
Platelmintos 
HELMINTOS 
Nematelmintos 
Ascaris 
Trichuris 
Enterobius 
Strongyloides 
Ancylostoma 
Necator 
Toxocara 
Wuchereria 
Onchocerca 
Mansonella 
Schistossoma 
Fasciola 
 
Taenia 
Hymenolepis 
Echinococcus 
Classificação 
Filariidea 
Onchocercidae 
Onchocercinae 
Wuchereria 
Brugia 
Onchocerca 
*Mansonella 
Dipetalonema 
Dirofilainae 
Dirofilaria 
Loa 
Dracunculidae Dracunculinae Dracunculus 
3 spp. – encontradas no Brasil – 2 patogênicas para o homem 
* Autóctone das Américas 
Vermes finos e delicados 
Parasitos: 
 Sistema linfático, 
Sistema circulatório, 
Tecido subcutâneo 
Cavidade peritoneal ou mesentério 
Características das caudas das microfilárias 
Classificação das filarioses 
• Filarioses linfáticas 
• Wuchererioses - Wuchereria bancrofti 
• Brugioses - Brugya malayi e Brugya timori 
• Filarioses cutâneo-dérmicas 
• Loíase – Loa loa 
• Oncocercose – Onchocerca volvulus 
• Dracunculose – Dracunculus medinensis 
• Filariose por Mansonella streptocerca 
• Filarioses das serosas 
• Filariose por Mansonella pertans (Dipetalonema) 
• Filariose por Mansonella ozzardi 
• Filariose por Mansonella rhodhaini 
Histórico 
Filariose linfática doença descrita na literatura 
médica chinesa e indiana pré-era cristã 
Origem: Ásia- África- América (tráfico de escravos) 
1863- Desmarquay descobre microfilárias 
(linfáticas?) 
1866 - Otto Edward Henry Wucherer (radicado em 
Salvador-Bahia) + Silva Lima (médico luso-
brasileiro) estudaram microfilárias de elefantíase 
1875- O’Neill descreve microfilárias de oncocercose 
1876- Bancroft descreve filárias linfáticas adultas 
1877- Patrick Manson – transmissão por mosquitos – 
Culex quinquefasciatus 
1917- Robles associa presença adultos oncocercose 
doença ocular 
1926-Blacklock descobre ciclo completo oncocercose 
http://en.wikipedia.org/ 
Introdução - Filariose ou elefantíase 
• Agente etiológico: 
• Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori 
• Filárias - se alojam nos vasos linfáticos 
• causam linfedema 
• Conhecida como elefantíase 
• aspecto de perna de elefante 
• Transmissão: Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, 
• Regiões tropicais e subtropicais 
• Nematóide obstrui o vaso linfático - edema irreversível 
• Prevenção: Mosquiteiros e repelentes 
• Combate ao mosquito 
Classificação Taxonômica 
Filo: Nemathelminthes 
Classe: Nematoda 
Superfamília: Filarioidea 
Parasitas do sistema linfático e circulatório 
Família: Filariidae: 
♀ 3 a 4 vezes > que ♂ 
Subfamília: Filariinae: Cutícula lisa ou finamente 
estriada 
Gênero: Wuchereria 
Espécie: Wuchereria bancrofti 
 
 
Morfologia - Wuchereria bancrofti 
 
• Diferentes formas evolutivas: Ovo-larvas(L1 a L4)-adulto (♂♀) 
• Imaturos : Microfilárias- Larvas 
• Adultos: Macho e fêmea - longos e delgados 
• opalino, translúcidos e revestidos por cutícula lisa 
• vasos linfáticos - linfonodos – enrolados 
http://xyala.cap.ed.ac.uk/research/nematodes/fgn/pnb/wuchban.html 
Ovo - Desenvolvimento das microfilárias no útero 
E = membrana do ovo (sem casca)—bainha da microfilária 
Morfologia - Wuchereria bancrofti 
Microfilária (embrião) - 300 µm 
 Membrana ovular – aparente ausência de casca do ovo 
 Embrião completa o desenvolvimento – membrana se 
distende - bainha cuticular 
 lisa, apoiada células subcuticulares 
 Forma infectante do homem para o vetor - Culex 
Wuchereria bancrofti- Filariose-Elefantíase 
Larvas 
 Encontradas no inseto vetor - L1 –L2 - L3 
 L3 - forma infectante do vetor para o homem 
 1,5 a 2,0mm de comprimento 
http://parasitewonders.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html 
Morfologia - Wuchereria bancrofti 
Adulto 
• ♀ - 7-10cm - comprimento - 0,3mm diâmetro 
• ♂ - 3,5-4cm - 0,1mm diâmetro 
Adultos de W. bancrofti em humanos 
Macho e fêmea adultos removidos de 
um vaso/gânglio linfático 
Secção de adultos parasitas num 
vaso linfático 
Vivem 5-10 anos (?) Vermes por “novelo”~20 
(fêmeas: machos 5:1) 
Reação inflamatória, obstrução 
Biologia - Habitat 
Vermes adultos (♂♀) – juntos nos vasos e 
gânglios linfáticos humanos – 4 a 8 anos 
• Região abdominal, pélvica (pernas e 
escroto) 
• Mamas e braços (raro) 
• Vasos linfáticos do cordão espermático 
– aumento e dano escrotal 
 
http://itg.content-e.eu/Generated/pubx/173/filariasis/lymphatic_filariasis.htm 
Transmissão 
• Vetorial - deposição das Larvas 
Filarióides infestantes pelo C. 
quinquefasciatus - (C. fatigans) e 
posterior penetração ativa na pele do 
Homem 
• Transmissão – depende no. de picadas 
• Densidade baixa de larvas/mosquito 
• Poucos mosquitos parasitados 
• Parasitismo-sem microfilárias: 
• infecção unissexual ou falta de 
acasalamentos 
• Isolamento espacial 
http://jpkc.sysu.edu.cn/jscx/Textbook/four-6.html 
Período de transmissibilidade 
Não se transmite de pessoa a pessoa. 
 
O ciclo se faz de homem infectado com microfilaremia 
picado por inseto transmissor, que transmitirá a outro 
indivíduo, após 12 a 14 dias do repasto. 
 
A microfilaremia pode persistir ~ 5 a 10 anos. 
Período Incubação 
Manifestações alérgicas podem aparecer um mês após a 
infecção. 
 
As microfilárias, em geral, aparecem no sangue periférico de 
6 a 12 meses após o inóculo para W. bancrofti 
 
Periodicidade: 
• Semelhante entre parasitas e vetores: 
• Noturna no sangue periférico 
• Diurna capilares profundos - pulmões 
• Não está clara 
• Microfilaremia 
• Começa antes de dormir e acordar 
• Independe da presença de vermes 
adultos 
• Seleção adaptativa do parasita ao hábito 
do vetor? 
Horário 
Fonte: Sack, RL 2009 Medical Hypothesis 
Microfilárias 
Evolução de L1 para L3 - vetor 
Transmissão através de picada do vetor 
Evolução para adultos no 
hospedeiro vertebrado 
Desenvolvimento 
Ciclo Biológico - Heteroxênico 
6-12meses! 
20 dias 
(anoitecer-madrugada) 
dia: pulmões 
Américas, África, Ásia 
(não Pacífico sul) 
 
Filárias Humanas Wuchereria bancrofti Morfologia microfilária Ciclo Biológico 
 
* adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) 
http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm 
Onchocerca volvulus Morfologia microfilária 
 
fonte: http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm 
Ciclo Biológico 
 
* adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) 
http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm 
Voltar 
L3 
L2 
L1 
CICLO BIOLÓGICO 
♀ C. quinquefasciatus 
sugam o sangue 
indivíduo infectado, 
com microfilárias 
estômago perdem 
bainha - originam 
larvas salsichóides 
(L1) musculatura do 
mosquito 
6 a 10 dias 1ª muda 
→ L2 
L2 →10 a 15 dias 
após 2a muda → L3 
infectante 
L3 migra até a 
probóscida do 
mosquito 
♀ C. quinquefasciatus 
hematofagismo → as 
larvas rompem a bainha 
caem sobre a pele do 
homem e penetram 
ativamente → periférico. 
Migração para o 
sistema linfático - 
8 meses depois - 
adultos 
Cópula 
(7 até 12 meses) a 
infecção → surgem 
microfilárias no 
sangue 
Ciclo da microfilária no inseto vetor 
Wuchereria bancrofti 
250-300µm 
6h 6-16h 8-9 dias: 1ª muda 
L2 
L3- 2mm 
 
Migração para 
faringe do inseto 
(lábio) 
12-15 dias:2ª
muda (hemolinfa) 
L2 
Ciclo biologico - Culex quinquefasciatus 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Quadros Clínicos: 
 Filarias - Preferência - localização nas regiões abdominal e 
pélvica - por isso os fenômenos obstrutivos (elefantíase) 
são mais evidentes nos membros inferiores e nos órgãos 
genitais 
Elefantíase - Conjunto de manifestações localizados 
(irreversível após 10 a 15 anos) 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Quadros Clínicos: 
1) Assintomático - Danos nos vasos linfáticos (ultra-sonografia) sem 
sintomatologia aparente. 
 Linfangite – inflamação dos vasos linfáticos. 
2) Agudo - Linfadenite + febre e mal estar –inflamação/hipertrofia gânglios. 
 Funiculite – inflamação dos cordões espermáticos. 
 Orquiepedidinite – inflamação no epidídimo e testículo. 
 
 Linfedema – edema dos vasos linfáticos. 
3) Crônico - Hidrocele – acúmulo de líquido seroso e claro nos testículos – 
 aumento da bolsa escrotal - Mais comum 
 Quilúria – derramamento de linfa nas vias urinárias. 
 Elefantíase – aumento exagerado dos órgãos. 
• Linfangite: 
– inflamação e dilatação dos vasos 
linfáticos que formam varizes; 
• Lesões Genitais: 
• linfangite do cordão espermático 
acompanhada de inflamação do tecido 
conjuntivo. 
– Epidídimo hiperatrofia; 
– Hidrocele – mais freqüente manifestação 
da filariose genital 
– caracteriza-se por distensão e 
espessamento da túnica vaginal, 
desorganização da camada muscular 
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 
Aspectos da elefantíase mamas, 
bolsa escrotal e pernas. 
Hidrocele - início de elefantíase 
da bolsa escrotal 
Filaríase linfática. 
Período agudo: crises de 
linfangite com linfedema. 
Filaríase linfática. 
Período crônico: 
adenolinfocele bilateral. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Quadros Clínicos: 
Pacientes com elefantíase 
Mulher de 33 anos 
(Kyushu, Japão) 
Mulher de 43 anos 
(Kyushu, Japão) perna 
esquerda começou a 
inchar com 20 anos 
Mulher Africana 
(Monrovia, Liberia) 
Dois casos de elefantíase de Kagoshima (Kyushu, Japão) 
Homem de 40 anos com 
osquehidrocele 
Homem de 44 anos com elefantíase penescrotal. 
A lesão pesava 18,5 kg. 
Dos 14 aos 30 anos tinha febre uma ou duas vezes por semana. 
 A partir dos 17 anos o foco começou a inchar 
Larvas de 3º estadio são silenciosas 
Larvas de 4º estadio e adultos jovens - geram inflamações 
locais 
Manifestações patológicas: 
Vermes adultos nos linfonodos/ vasos linfáticos 
-Adenites- linfonodos (granulomas) 
-Linfangites- vasos linfáticos (granulomas) 
-Lesões genitais- testículos, túnica vaginal 
-Obstruções: edemas, ascites-quilúria 
-Infecção bacteriana (Streptococcus)-elefantíase 
1/3 infectados com sintomas 
Patologia 
Fisiopatogenia da filariose linfática 
Importante: 
Distinguir os casos de 
infecção (presença de 
vermes e microfilárias 
sem sintomas) dos casos 
de doença 
Pacientes assintomáticos – alta 
parasitemia 
 
Pacientes com elefantíase/outras 
manifestações – não apresentam 
microfilaremia periférica - ou reduzida 
 Evasão do sistema imune: 
 Infecções longas - 7 anos 
 Microfilárias no sangue: 1 ano 
 Linfócitos não reagem a antígenos do parasita 
 Células T supressoras/reguladoras 
 Hiperglobulinemia ⇧ níveis de IgE - raras alergias ao parasita 
- anticorpos bloqueadores ou ⇩ níveis de anticorpos 
(ind/microfilaremia) 
 Pneumopatia eosinófila tropical- 1% (Ásia) 
 Hiperreatividade a antígenos parasitários (microfilárias), 
anticorpos, eosinófilos e linfócitos 
 Infiltrado pulmonar, asma...fibrose e deficiências resp. 
RESPOSTA IMUNE (?) 
DIAGNÓSTICO 
Quadro clínico: 
Dor inguinal ou perna, febres 
Dados epidemiológicos 
 
Laboratorial: 
 Gota espessa da polpa digital - Microfilárias no sangue 
- 22h as 4h ou provocar parasitemia diurna com DEC 
- coleta após 20-60min 
 Biópsia de linfonodo (vermes) 
 PCR- sangue, líquido escrotal, linfonodo 
 Pesquisa do verme adulto – Ultra-som- “dança das 
filárias” 
 Sorológico - ELISA 
 Diagnóstico do inseto vetor 
TRATAMENTO 
• Ultra-sonografia: 
• capta movimentos do parasita nos vasos linfáticos, 
a chamada dança da filária determinando a 
localização do verme , sendo possível, quando 
indicado, a sua retirada através de cirurgia. 
• determinar a efetividade do tratamento 
medicamentoso, ou seja, a morte do verme sugerida 
pela ausência dos movimentos nos exames de 
controle. 
 
 Dietilcarbamazina (DEC) - 40 anos, mais usada 
 Via oral, eliminação renal, microfilaricida, ação depende 
do SI (não funciona in vitro), 
 Efeito menor sobre vermes, alguns efeitos colaterais 
 DEC + Albendazol 
 Ivermectina - microfilaricida, não macrofilaricida - poucos 
efeitos colaterais - m países em que a doença coexiste com a 
oncocercose 
 Antibióticos x infecção secundária (Streptococcus) 
 Antibióticos x bactéria simbionte - Wolbachia 
 Drenagem e cirurgia 
Controle/ Tratamento Filariose Linfática 
EPIDEMIOLOGIA 
 Presença de mosquito;. 
 Homem: única fonte de infecção; 
 Temperatura elevada (25-30º C); 
 UR% alta (80-90%); 
 Baixas altitudes; 
 Pluviosidade alta. 
• Mais de um bilhão de indivíduos expostos ao risco de 
infecção em quatro continentes 
• 120 milhões de indivíduos atualmente infectados 
• 40 milhões de indivíduos incapacitados ou desfigurados 
pela doença em todo o mundo 
Distribuição mundial Wuchereria bancrofti 
• O homem é o único hospedeiro definitivo 
• + 1 bilhão Ind. em risco - 4 continentes, 83 países endêmicos 
• 120 milhões ind. atualmente infectados 
• 40 milhões de ind. incapacitados ou desfigurados - mundo 
Brasil 
Endêmica em Belém e Recife. 
- Recife - maior número de casos do país 
Controle da Filariose Linfática 
Potencialmente erradicável 
Sem reservatórios animais 
Controle de vetores 
 inseticidas para mosquitos e larvas 
 controle biológico (peixes larvófagos, Bacillus) 
 telagem das coleções de água 
 drenagem águas pluviais e esgotos 
 telas domésticas e mosquiteiros (com piretróides) 
Prevenção 
• Tratamento em massa 
• para populações em risco - áreas de alta prevalência; 
• administração de uma dose anual de dietilcarbamazina 
• Tratamento dos infectados/doentes 
• Eliminar a microfilária do sangue, interrompendo a transmissão 
• Educação comunitária 
• Técnicas simples de higiene - pacientes que apresentam linfoedema, 
• evitar infecções bacterianas e o desenvolvimento de formas mais 
graves 
• Combate ao inseto transmissor. 
 
 
Medidas de controle 
• a) Redução da densidade populacional do vetor : 
• Biocidas - bolinhas de isopor, 
• método limitado a criadouros específicos urbanos (latrinas e fossas); 
• mosquiteiros ou cortinas impregnadas com inseticidas 
• limitar o contato entre o vetor e o homem; 
• borrifação intradomiciliar com inseticidas de efeito residual 
• dirigida contra as formas adultas do Culex 
• b) Educação em Saúde: 
• informar às comunidades das áreas afetadas, sobre a doença e as 
medidas que podem ser adotadas para sua redução/eliminação; 
• identificação dos criadouros potenciais no domicílio e peridomicílio, 
estimulando a sua redução pela própria comunidade; 
• c) Tratamento em massa: 
• populações humanas que residem nos focos. 
Notificação 
Doença de notificação nos estados que permanecem com 
foco. 
Em situações de detecção de novos focos, deve-se notificar 
como agravo inusitado, de acordo com a normalização do 
Ministério da Saúde 
ONCHOCERCA VOLVULUS 
Classificação Taxonômica 
• Subfamília: Onchocercinae 
• Cutícula com espessamentos anulares 
• Gênero: Onchocerca 
• Espécie: Onchocerca volvulus- 
• Mansonella ozzardi –
não patogênica 
 
MORFOLOGIA - Onchocerca volvulus - Oncocercose 
 Adulto 
 Macho 2 - 4 cm 
 Fêmea – 40 cm 
 Microfilária 
 250 a 300 um 
 não possui bainha 
 
HABITAT - Onchocerca volvulus 
Adulto 
• Tecido subcutâneo - vivem até 14 anos 
• Os adultos vivem em oncocercomas ou nódulos fibrosos 
subcutâneos. 
• Os nódulos correspondem aos locais das picadas. 
Habitat - Microfilária 
• Tecido conjuntivo da pele, linfáticos superficiais 
e conjuntiva bulbar -24 meses 
•Ativas e dispersam no tecido conjuntivo da pele 
• Não ocorrem no sangue 
• Abundantes na pele durante dia e noite 
• Fêmeas apresentam 3 a 4 ciclos anuais 
• Liberam 1 a 3 mil microfilárias por dia 
 
TRANSMISSÃO - Onchocerca volvulus - Oncocercose 
• É transmitida – 
borrachudo ou pium 
Simulium spp – vivem 3 a 4 
semanas 
• Simulium guianense 
• Deposição das Larvas 
Filarióides infestantes 
• Penetração ativa na pele 
do Homem 
 
• Simulium guianense, S. incrustatum - terras altas 
• S. oyapockense e S. roraimense - terras baixas 
 
Ciclo vital de Onchocerca volvulus 
Microfilárias inoculadas 
permanecem na derme; 
migram para tecido 
conjuntivo: olhos, baço, 
rins, mesentério, 
gânglios linfáticos, 
 
formam 
aglomerados/adultos. 
 
Ciclo biológico - vetores da oncocercose 
Pium 
Oncocercose conhecida como o "Mal do Garimpeiro". 
• Onchocerca volvulus habita tecido subcutâneo humano; 
• Ocorrência em Roraima e Amazonas; 
• Vermes enovelados provocam a formação dos nódulos 
fibrosos; 
• Larvas responsáveis por lesões: pele e globo ocular 
• Produzem alterações meios transparentes e da retina levando a cegueira. 
“Cegueira dos rios” “Pele de leopardo” 
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA 
• Período de desenvolvimento da doença é de 2 
meses a 1 ano. 
• Dermatite oncercótica 
• Oncocercomas 
• Granulomas, 
• Nódulos - Linfangite e Linfadenite 
• Hiperceratose-espessamento estrato córneo 
• Lesões Oculares 
• Lesões linfáticas 
• Disseminação 
1) Oncocercoma – nódulos contendo vermes adultos. 
Quando mortos, processo inflamatório intenso com dor, 
calcificação e aparecimento de fibrose. 
2) Dermatite Oncocercosa ou Oncodermatite – migração das 
microfilárias pelo tecido conjuntivo da pele  atrofia da 
pele. Ocorre após a morte das microfilárias. Prurido intenso 
pela migração. 
3) Lesões Oculares – lesões irreversíveis dos segmentos 
anterior e posterior do olho. Cegueira parcial ou total. 
4) Lesões linfáticas – enfartamento dos linfonodos próximos 
às lesões cutâneas ricas em microfilárias  linfadenite. Se 
for grave – edema linfático e fibrose. 
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA 
Lesões Linfáticas 
• Microfilárias podem evoluir para fibrose 
dos nódulos linfáticos; 
• Olho 
• larvas cercadas por linfócitos e 
eosinófilos forma o pannus 
• infiltrado de origem inflamatória da córnea 
pelos vasos neoformados 
• Alterações do globo ocular, com lesão da 
córnea, da íris, do nervo óptico e da 
retina. 
Nódulos múltiplos 
Oncocercíase - Onchocerca volvulus 
Nódulo único 
Período crônico: 
alterações cutâneas. 
Onchocerca volvulus 
Período crônico: 
adenolinfocele e alterações 
cutâneas (“virilha pendente”) 
Lesões pruriginosas, caracterizadas 
por fibrose e despigmentação 
cutânea 
Diagnóstico 
Clínico: nódulos, dermatite, 
prurido, distúrbios visuais 
 
Laboratorial 
Observação de filarias - 
exame microscópico - 
biópsia superficial recém 
obtida da pele 
DIAGNÓSTICO 
 Biópsia de pele 
 Oftalmoscopia, 
 Nodulectomia, 
Retirada fragmento superficial da pele 
“retalho cutâneo” 
Demonstração - microfilárias na pele 
 Teste de Mazzoti 
 administrar 50 mg, via oral, de dietilcarbamazina, 
aguardar algumas horas 
verificar 
 aparecimento de prurido e edema na pele 
EPIDEMIOLOGIA - Onchocerca volvulus - Oncocercose 
• Doença crônica - forma nódulos fibrosos nos tecidos 
subcutâneos, particularmente: 
• Cabeça e nos ombros – Américas 
• Cintura pélvica e nas extremidades inferiores - África 
• Endêmica em 37 países 
• África Ocidental e Central, México, América Central e do 
Sul e Iêmen 
• Atinge 18 milhões de pessoas no mundo (99% na África). 
• 15 milhões de indivíduos atualmente infectados 
• 217.000 indivíduos com cegueira decorrente da infecção 
 
Africa 
Community-directed tretment with Ivermectin 
Brasil Cegueira dos rios: doença faz vítimas entre indígenas 
da Amazônia 
A oncocercose causa cegueira em indígenas da etnia 
yanomami e yekuana, no Amazonas e Roraima 
 
Prevenção 
Eliminação dos focos do inseto e tratamento dos doentes. 
Tratamento dos Doentes – Dietilcarbamazina, Ivermectina - 
(população indígena) – hospedeiro preferencial. 
Combate ao mosquito – presença de mosquito. 
Aplicação de larvicida em criadouro de borrachudos 
Controle e tratamento da Oncocercose 
Potencialmente erradiacável 
Sem reservatórios animais 
Controle de vetores- inseticida e Bacillus 
OCP (OMS): 750mil km2 larvicidas na África 
Nodulectomia 
Ivermectina- microfilaricida e suprime liberação de 
microfilárias, via oral dose única, não tóxica 
Merck & Co: Prog Doação Mectizan 
Suramina- macrofilaricida, derivado de uréia, tóxica 
Ivermectina mata microfilárias; 
Suramina – mata adulto (muito tóxico uso 
limitado). 
Nodulectomia – extirpação de oncocercoma. 
 
Mansonella ozzardi 
Confusão diagnóstico W. bancrofti 
Fêmea: 6-8cm, 
Macho ? 
No mesentério e tecido conjuntivo peritonial, tecido 
adiposo das vísceras 
 
Microfilárias no sangue, sem periodicidade 
Não patogênico? 
Patogênico? dor articular, frieza nas pernas, adenite 
inguinal, placas, cefaléia 
 
Mansonella ozzardi 
Transmissor de Mansonella sp= Cullicoides sp 
 Simulium 
Distribuição geográfica de Mansonella ozzardi 
Novo Mundo- América do Sul e Central e Antilhas 
Diagnóstico e tratamento 
~filaríase linfática 
 
Loa loa 
http://www.bubblews.com/assets/images/news/717296583_1385216917.jpg 
Loa loa 
• Nematóide causador loaíase - Parasita ocasional em 
humanos 
• Macho e fêmea - vasos linfáticos 
• Macho - 30 a 35 mm 
• Femea – 50 a 70 mm comprimento por 0,5mm diametro 
• ♂ e ♀- Acasalam e produzem microfilárias 
• Se assemelham as microfilárias de W. bancrofti 
• Microfilarias – sangue – 250 a 300µm 
• Possuem bainha 
Loa loa 
• Periodicidade microfilárias – diurna 
• sincronia com o vector 
• Larvas infectantes (em cerca de 10 dias - podem ser 
transmitidas aos seres humanos 
• Larvas infectantes - adulto - cerca de um ano 
• neste período se move em torno da pele. 
• Podem causar um aumento de volume 
• devido a drenagem linfática deficiente -pessoas contaminadas 
Loa loa 
• Comumente diagnosticada pela apresentação clínica de 
edema – tumores de Calabar 
• edema inflamatório transitório e localizado –braços e pernas 
• Migração do verme adulto pelo tecido conjuntivo 
http://quizlet.com/4380435/human-filariasis-15-flash-cards/ 
Ciclo Biológico 
Tabanidae (mutuca) 
Gênero Chrysops 
Hábitos diversos 
Larvas no lodo 
Hábitos diurnos 
Microfilárias diurnas - sangue 
Transmissão 
Epidemiologia 
http://www.quailridgestudios.com/sci1.html 
África central e ocidental 
Áreas de floresta tropical 
e pântanos florestais 
Comum nos Camarões 
Diagnostico 
• Parasitologico 
 
• Tratamento: 
• DEC 
• Remoção cirúrgica do verme. 
 
Dirofilaria immitis 
Dirofilaria immitis 
23 cm 
Parasita cosmopolita 
Cães e gatos e silvestres 
 
Vermes: ventrículo direito e 
artéria pulmonar 
25
cm 
16cm 
Parasita ocasional - humanos 
 
Doenças benignas: 
 
Dirofilaríase pulmonar 
 ½ assintomática 
 ½ dor torácica, febre, mal-estar 
 Geralmente 1 verme, nódulo inflamatório 
 
Dirofilaríase cutânea 
 localização variável, inclusive ocular 
 
Dirofilaria immitis 
Dirofilaria immitis 
Dirofilaria immitis 
Mais de 60 espécies de 
mosquitos são vetores: 
Aedes, Culex, Mansonia, 
Anopheles 
Microfilárias no sangue dia e 
noite - ( noite) 
Radiografia de tórax 
Lesão pulmonar secundária 
em forma de moeda 
por Dirofilaria immitis em 
homem adulto. 
Diagnóstico: microfilárias no sangue 
Tratamento: Ivermectina 
Controle: vetor, cães 
Tratamento: Ivermectina 
Controle: vetor, cães 
Ivermectina: agonistas de GABA, causam paralisia em nematódios. Não age 
sobre o hospedeiro pq não atinge sistema nervoso central (não atravessa a 
barreira hemato-encefálica) 
DEC: altera o metabolismo do ácido aracdônico na microfilária e nas células 
endoteliais do hospedeiro- vasoconstricção amplificando a adesão endotelial, 
imobilização do parasito circulante, aderência e a atividade citotóxica das 
plaquetas e granulócitos 
Suramina: inibe a glicerol-3-fosfato desidrogenase 
DROGAS PARA FILÁRIAS

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