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RESUMO (Jane Jacbs, Kevin Lynch, Aldo Rossi, Rem Koolhaas, Bernado Sechi, Jan Gehl)

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RESUMO – TEORIA I 
CRÍTICAS AO URBANISMO MODERNO (ANOS 60) 
 Jane Jacobs [Morte e Vida das Grandes Cidades] 
- Critica o URBANISMO ORTODOXO [Le Corbusier – VILLE RADIEUSE (“espigões dentro de um 
parque”, “pedestres fora da rua e dentro dos parques”) e Daniel Burhan – CITY BEAUTIFUL] e o 
seu excesso de parques e espaços livres. 
- critica o zoneamento da cidade: cada área com serviços/usos diferentes (comercial, residencial, 
etc.) 
- A CIDADE DEVE GERAR DIVERSIDADE: bairros com mais de uma função (duas ou mais) para 
assegurar a presença das pessoas nas ruas. 
- as quadras devem ser curtas para que seja frequente a vontade de virar a esquina 
- Para Jacobs, CALÇADA = DIVERSIDADDE, INTENSIDADE, MULTIPLOS USOS, SOCIALIZAÇÃO, 
CONVIVÊNCIA SEGURA PARA AS CRIANÇAS. 
- manter a segurança urbana é uma função fundamental das ruas das cidades e suas calçadas 
- em “MORTE E VIDA DAS GRANDES CIDADES”, Jane Jacobs cita em referência aos 
distritos/conjuntos construídos nas periferias: “É suficiente, por enquanto, dizer que, se 
pretendemos preservar uma sociedade urbana capaz de diagnosticar problemas sociais 
profundos e mantê-los sobre controle, o ponto de partida deve ser, em qualquer circunstância, 
encorajar forças viáveis para a preservação da segurança e da civilização – nas cidades que 
temos. CONTRUIR DISTRITOS ONDE COMUMENTE SÃO PRATICADOS CRIMES BANAIS É IDIOTICE. 
AINDA ASSIM, É ISSO QUE FAZEMOS” 
- Deve ser nítida a separação entre o espaço público e privado. O espaço público e privado não 
podem misturar-se, como normalmente ocorre em subúrbios ou conjuntos habitacionais 
- Ainda em referência ao urbanismo moderno: “a presença de pessoas atrai outras pessoas, é 
uma coisa que os planejadores e projetistas têm dificuldade em compreender. Eles partem do 
princípio de que os habitantes da cidade preferem contemplar o vazio, a ordem e o sossego 
palpitáveis. O EQUÍVOCO NÃO PODERIA SER MAIOR” 
 Kevin Lynch [A Imagem da Cidade] 
- Cada indivíduo tem uma imagem própria e única da cidade, captada durante sua experiência 
com a mesma. 
- FATORES INFLUENCIADORES: significado social de uma área, a sua função, a sua história ou, 
até, o seu nome. 
- ELEMENTOS DA IMAGEM URBANA: vias, limites, bairros, cruzamentos e elementos marcantes 
- VIAS: são os canais ao longo dos quais o observador se move, usual, ocasional ou 
potencialmente. Podem ser ruas, passeios, linhas de trânsito, canais, linhas de ferro. Para muitos 
estes são os elementos predominantes na sua imagem. As pessoas observam a cidade à medida 
que se deslocam e outros elementos organizam-se e relacionam-se ao longo destas vias. 
- LIMITES: os limites são os elementos lineares não usados e nem considerados pelos habitantes 
como vias. São as fronteiras entre duas partes, interrupções lineares na continuidade, costas 
marítimas ou fluviais, cortes nas linhas de ferro, paredes, locais de desenvolvimento. 
Funcionam, no fundo, mais como referências secundarias do que como alavancas coordenantes. 
- BAIRROS: os bairros são regiões urbanas de tamanho médio ou grande, concebidos com tendo 
uma extensão bidimensional, regiões essas em que o observador penetra mentalmente e que 
reconhece como tendo algo comum e identificável. 
- CRUZAMENTOS: os cruzamentos são pontos, locais estratégicos de uma cidade, através dos 
quais o observador nela pode entrar e constituem intensivos focos para os quais e dos quais ele 
se desloca. Podem ser essencialmente junções, locais de interrupção num transportem, um 
entrecruzar ou convergir de vias, momentos de mudanças de uma estrutura para outra. 
- PONTOS MARCANTES: estes são outro tipo de referência, mas, neste caso, o observador não 
está dentro deles, pois são externos. São normalmente representados por um objeto físico, 
definido de um modo simples: edifício, sinal, loja ou montanha. O seu uso implica a sua distinção 
e evidência, em relação a uma quantidade enorme de outros elementos. 
 Gordon Cullen [Paisagem Urbana] 
 
 
MORFOLOGIA E CONTEXTUALISMO (ANOS 70-80) 
 Aldo Rossi [Arquitetura da Cidade] 
- Arquiteto pós-moderno do movimento neorracionalista italiano, participante do grupo 
TENDENZA. 
- Defende a preservação da memória da cidade, já que era ela que gerava essa comunicação 
com a população, e, por consequência, da tipologia da cidade. 
- Para Rossi a cidade é constituída de FATOS URBANOS, sendo, todos eles, bens histórico-
culturais. 
- Dividi-os (FATOS URBANOS), a partir do estudo da morfologia urbana, em elementos 
PRIMÁRIOS (monumentos – edifícios de destaque e pontuais) e SECUNDÁRIOS (residências – 
formadores do tecido básico da cidade). 
- Aldo Rossi se preocupou com a essência dos lugares, com o genius loci (Christian Norberg-
Shultz), com o pré-existente ambiental (Ernest Rogers). 
- Um novo edifício que fosse construído em um determinado local deveria ser feito de tal forma 
que se integrasse à área, respeitando a tipologia, a história e a tradição através de analogias, 
porém sem aparentar anacrônico ou uma mera repetição. 
- Critica a arquitetura moderna por seu FUNCIONALISMO INGÊNUO (a forma segue a função). 
- Rossi retoma elementos históricos, paradigmas racionais iluministas, os sólidos platônicos 
(forma pura e primários, como a esfera, o cubo e a pirâmide), formas simples e de fácil 
modificação de função caso esta seja necessária. 
- Retoma os conceitos de TIPO (abstrato) e MODELO (concreto) de Quatremére de Quincy, 
durante o século XIX, no intuito de analisar os tipos para criar o seu modelo. 
KOOLHAAS E A GRANDE METRÓPOLE COMO REFERÊNCIA 
- Foi influenciado pelas ideias de Peter Cook (Plug in City), Cedric Price (Fun Palace) e pelos 
construtivistas russos e a idéia de condensador social. Para ele, o arranha-céu era um 
condensador social, com alta densidade e andares com funções coletivas. 
- Defendia o corte livre, com conexões entre os andares (rampas, elevadores/ quebra de planos 
ortogonais), dominados pela instabilidade programática, com uma variedade de funções e 
atividades (dinamismo). 
- A planta era definida independente da fachada, logo as formas de seus edifícios não mais 
representavam a função, como acontecia no moderno. 
- Defende o conceito de bigness (grande estrutura, arquitetura de maneira quantitativa: um 
mesmo envoltório para muitas funções/ neutralidade externa e complexidade interna) e de 
cidade genérica (é no que a cidade contemporânea tem se transformado, igual em todos os 
lugares, sem história, sem identidade, sem necessidade de manutenção, multirracial e 
multicultural, que abandona o que não funciona e aceita qualquer outra coisa no lugar, sem 
planejamento) 
- Criou também o conceito de junk space, locais de passagem e não de permanência, são os não-
lugares, aeroportos, shoppings, vias de grande fluxo. Junk space é a submissão do urbanismo à 
arquitetura, sendo difícil um planejamento urbano. 
OS 5 PONTOS DE KOOLHAAS 
- BIGNESS: aumento da escala 
- PLAN-PLATFORM: vários andares, plataformas, quase como containers 
- PROGRAM: instabilidade programática 
- SUPERSIZED STRUCTURE: maior valorização da estrutura, o que mantinha um edifício tão 
grande de pé 
- SUSPENSION (estruturas suspensas, “flutuando”). 
 
CASOS RECENTES DE INTERVENÇÕES: DESENHO URBANO, ESPAÇO PÚBLICO E 
PAISAGISMO 
 Jan Gehl [Cidade para Pessoas] 
- Dimensão humana esquecida, negligenciada, progressivamente eliminada: critica o 
modernismo pela BAIXA prioridade ao espaço público, às áreas de pedestres e ao papel do 
espaço urbano como local de encontro dos moradores da cidade. 
- Esforço para retornar a uma escala humana nas cidades: cita o progresso do planejamento 
urbano em áreas urbanas pelo mundo que se esforçaram para criar melhorescondições para os 
pedestres e para a vida urbana, dando menor prioridade ao tráfego de automóveis (deve estar 
falando dos pós-modernistas) 
- Defende que as cidades devem pressionar os urbanistas e os arquitetos a reforçarem as áreas 
de pedestres como uma política urbana integrada para desenvolver cidades vivas, seguras, 
sustentáveis e saudáveis. E reforçar a função social da cidade como local de encontro que 
contribui para os objetivos da sustentabilidade social e para uma sociedade democrática e 
aberta. 
- Retoma algumas ideias de Jane Jacobs no que se refere a uma cidade cheia de vida e segura. 
- CIDADE SUSTENTÁVEL: geralmente fortalecida se grande parte de seu sistema de transporte 
puder se dar por meio da “mobilidade verde”, ou seja, deslocar-se a pé, de bicicleta ou por 
transporte público. Esses meios proporcionam acentuados benefícios à economia e ao meio 
ambiente, reduzem o consumo de recursos, limitam as emissões e diminuem o nível de ruídos. 
- CIDADE SAUDÁVEL: o desejo de uma cidade saudável é intensificado se o caminhar ou pedalar 
forem etapas naturais do padrão de atividades diárias. 
- Concentrar ou espelhar pessoas e acontecimentos: com eventos e pessoas em pequenos 
número e distante entre si em muitas áreas urbanas modernas, há menos pessoas e atividades 
para preencher o espaço da cidade. O potencial da vida da cidade, como processo de 
autorreforço, destaca a importância de um cuidadoso planejamento urbano que concentra e 
inspira a vida nas novas áreas urbanas.

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