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CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS PARA A ATIVIDADE FLORESTAL Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Disciplina de Solos Florestais – Docência Orientada Neiva Somavilla Gelain Mestranda PPGEF ROTEIRO DA AULA � Objetivos da classificação de solos � Evolução da classificação de solos � Introdução à classificação dos solos � Tipos de classificação dos solos � Sistema Brasileiro de Classificação dos solos (SiBCS)� Sistema Brasileiro de Classificação dos solos (SiBCS) � Estrutura do SiBCS: atributos diagnósticos, horizontes superficiais e subsuperficiais � Classes de solos na atividade florestal OBJETIVOS DA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS � Organizar o conhecimento para habilitar a investigação. � Providenciar conhecimento para estabelecer relações entre solos e o seu ambiente � Estabelecer grupamentos para fins de interpretações utilitárias. -Ótimo/máximo uso - Avaliação das limitações, melhoramentos, manejo. - Potencial de Produtividade -Transferência de tecnologia ASPECTOS EVOLUTIVOS DA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS • As primeiras foram simples e práticas... com o tempo, tornaram-se mais científicas e organizadas • Chineses� cerca de 4000 anos� 9 classes → produtividade� taxas • Dokuchaev (1883)� pedologia moderna � No Brasil� década de 1950 � SP os solos foram classificados em: a) solos com horizonte B latossólico; b) solos com horizonte B textural; c) solos hidromórficos; e, d) solos pouco desenvolvidos. � A partir da década de 70 houveram sucessivas aproximações.. • A versão atual (2006) substitui as divulgadas em 1980, 1981, 1988, 1997 e 1999. BREVE HISTÓRIA DA PEDOLOGIA � V. V. Dokuchaev (1846-1903) � Classificação para fins de impostos; � Já considerava os 5 fatores de formação do solo, porém não organizados em uma teoria;solo, porém não organizados em uma teoria; � Defendia o solo como corpo natural, e não produto de alteração das rochas; � 1883 publicou o que é considerado a primeira classificação científica de solos; � 1886 definiu o solo como termo científico. BREVE HISTÓRIA DA PEDOLOGIA → E. W. Hilgard (1833-1916) � Nasceu na Alemanha. � Formulou idéias básicas sobre formação do solo antes mesmo de Dokuchaev; � Estas, porém, estavam esparsas de modo que Marbut, mais tarde, as atribuiria à Dokuchaev; � Tentou fundir levantamento geológico e pedológico; BREVE HISTÓRIA DA PEDOLOGIA �H. Jenny � Nasceu na Suíça. � Foi para os E.U. em 1926 (Rutgers Univ.) e participou do 1º Congresso Internacional de Ciência do Solo em 1927 (Washington);de Ciência do Solo em 1927 (Washington); � Seu “Fatores de Formação do Solo” tem sido a base de estudos pedogênicos por mais de 60 anos. INTRODUÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS Principais termos utilizados: • Indivíduo: é o menor corpo completo de uma população. • População: é a reunião ou conjunto de todos os indivíduos (objetos ou seres) que possuem características em comum.(objetos ou seres) que possuem características em comum. Ex.: população de plantas, de animais, de solos, etc. • Classes: são partes ou seções da população que permitem grupar os indivíduos semelhantes em suas características definidas através de um conceito central (indivíduo modal) podendo ter amplitude de variação. INTRODUÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS � Nível categórico: é o número de afirmativas ou nível de generalização ou de abstração, utilizado para formar as classes. � NC alto: poucas afirmativas; maior generalização; poucas classes = muitos indivíduos.poucas classes = muitos indivíduos. � NC baixo: mais afirmativas; maior homogeneidade; muitas classes = indivíduos com grandes semelhanças entre si. TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO � Natural ou taxonômica: arranjam os indivíduos de uma população em classes, baseado nas propriedades conhecidas. EX.: SiBCS; Soil Taxonomy A taxonomia dos solos é baseada nas características de cada país ou região, sendo, portanto,características de cada país ou região, sendo, portanto, geralmente nacionais ou regionais. � Técnica ou Interpretativa: organização dos indivíduos de uma população em grupos que visam um objetivo, uso ou atividade especializada. Ex.: Classificação da capacidade de uso das terras. SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS (SIBCS) � A classificação constitui-se de um artifício ou sistema multicategórico e hierárquico, utilizado para grupar os indivíduos de uma população em classes, em diferentes níveis categóricos. • 6 níveis categóricos. • Informações são organizadas do geral para o específico. 1º NC 2º NC 3º NC 4º NC 5º NC 6º NC Sistema hierárquico do SiBCS. ESTRUTURA DO SIBCS � Atributos diagnósticos � Horizontes diagnósticos superficiais � Horizontes diagnósticos subsuperficiais � CHAVES DE CLASSIFICAÇÃO... ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS •Material orgânico •Material mineral •Atividade da fração argila •Saturação por bases •Caráter ácrico •Caráter alumínico •Caráter alítico •Caráter sódico •Caráter Argilúvico •Caráter sálico •Caráter carbonático •Caráter com carbonato •Mudança textural abrupta •Plintita •Petroplintita •Caráter Plíntico •Caráter Concrecionário •Caráter Litoplíntico•Caráter Argilúvico •Caráter Plânico •Caráter Vértico •Slickensides •Contato Lítico •Contato Lítico Fragmentário •Materiais Sulfídricos •Caráter Epiáquico •Caráter sódico •Caráter solódico •Caráter salino •Caráter Litoplíntico •Caráter Crômico •Caráter Ebânico •Teor de Óxidos de Ferro •Grau de Decomposição do MaterialOrgânico •Cerosidade •Gilgai •Relação Silte/Argila •Minerais Alteráveis •Regimes de Temperatura •Regimes de umidade ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS • MATERIAL ORGÂNICO Constituído por compostos orgânicos apresentando proporção variável de material mineral. Requisito: Teor de carbono orgânico ≥ a 80 g kg-1 , na fração TFSA.Teor de carbono orgânico ≥ a 80 g kg-1 , na fração TFSA. • MATERIAL MINERAL Constituído por compostos inorgânicos, em vários estágios de intemperismo. O material solo é considerado mineral quando não satisfazer os requisitos exigidos para material orgânico. • ATIVIDADE DA FRAÇÃO ARGILA Refere-se a Capacidade de Troca de Cátions (CTC ou valor T) calculada por: Targila = CTC x 100 / % de argila (sem correção para carbono) ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS carbono) Ta = valor superior a 27 cmolc kg -1 de argila Tb = valor inferior a 27 cmolc kg -1 de argila Targila no horizonte B, caso não apresente, considerar o hz C. • SATURAÇÃO POR BASES (VALOR V%) Calculada por: V% = 100 X S/T Distróficos = saturação por bases inferior a 50% Eutróficos = saturação por bases ≥ 50% ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS Eutróficos = saturação por bases ≥ 50% Hz A chernozêmico = V ≥ 65% Característica avaliada no hz diagnóstico subsuperficial B ou C. • CARÁTER ÁCRICO Refere-se a materiais de solos contendo quantidades menores ou iguais a 1,5 cmolc/kg de argila de bases trocáveis + Al3+ extraível e que tenha pelo menos uma das condições: ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS das condições: • Ter pH em KCl 1N ≥ 5,0; ou • ∆pH (pHKCL – pHH2O ) positivo ou nulo • CARÁTER ALUMÍNICO Condição em que o solo se encontra em estado de dessaturação, teor de alumínio extraível ≥ 4 cmolc/kg-1 de solo associado a atividade de argila < 20 cmolc/kg-1 de argila, além de apresentar saturação por alumínio ≥ 50% e/ou saturação por bases (V%) < 50. ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS • CARÁTER ALÍTICO Estado de dessaturação, teor de alumínio extraível ≥ 4cmolc/kg-1 de solo associado a atividade de argila ≥ 20cmolc/kg-1 de argila, além de apresentar saturação por alumínio ≥ 50% e/ou saturação por bases (V%) < 50. • MUDANÇA TEXTURAL ABRUPTA Aumento noteor de argila entre o hz A ou E e o hz subjacente B. A ou E com menos de 200 g kg-1 de argila: O teor de argila no B deverá ser o dobro do conteúdo ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS O teor de argila no B deverá ser o dobro do conteúdo do hz A ou E, em uma distância vertical ≤ 7,5 cm. A ou E com 200 g kg-1 ou mais de argila: O teor de argila no B deverá ser pelo menos de 200g/kg a mais do conteúdo do hz A ou E, em uma distância vertical ≤ 7,5 cm. • CARÁTER SÓDICO Quando horizontes ou camadas do solo apresentam saturação por sódio ≥ 15%. % Na = (Na /CTC) x 100 ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS • CARÁTER SOLÓDICO Quando horizontes ou camadas do solo apresentam saturação por sódio 6 – 15%. • CARÁTER SALINO Presença de sais mais solúveis em água fria, em quantidades que interferem no desenvolvimento das culturas, expressa pela CE do extrato de saturação ≥ 4 dS/m e < 7 dS/m (25oC em alguma época do ano). ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS • CARÁTER SÁLICO Presença de sais mais solúveis em água fria, em quantidades tóxicas, expressa pela CE do extrato de saturação ≥ 7 dS/m. dS = deciSiemens • CARÁTER CARBONÁTICO Presença de 15% ou mais de CaCO3 equivalente (% por peso), sob qualquer forma de segregação, inclusive concreções. Não satisfazendo os requisitos para hz cálcico. ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS cálcico. • CARÁTER COM CARBONATO Presença de CaCO3 superior a 5% e inferior a 15%. • PLINTITA Formada por uma mistura de argila, pobre em carbono orgânico e rica em ferro, com quartzo e outros materiais. Diferente dos mosqueados, pode ser destacada da massa de solo e não esboroa quando imersa. ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS massa de solo e não esboroa quando imersa. • PETROPLINTITA Material concrecionário duro, proveniente da plintita = consolidação irreversível. • CARÁTER PLÍNTICO Solos que apresentam plintita em quantidade ou espessura insuficientes para caracterizar hz plíntico. É requerida em quantidade mínima de 5% por volume. ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS (Fonte: http://ava.ead.ftc.br) São superfícies lisas e lustrosas, com estrias paralelas, em agregados de solos constituídos por argilominerais expansivos. São produzidas pelo deslizamento e atrito da massa do solo causada pela expansão e contração por • SUPERFÍCIE DE FRICÇÃO ou “SLICKENSIDE” pela expansão e contração por umedecimento. Fonte: World Soil Information (2010). (Fonte: Eswaran et al., 1999) • CONTATO LÍTICO Material subjacente ao solo na forma de rocha sã e rocha sedimentar parcialmente consolidada, impede o livre crescimento do sistema radicular. ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS •CONTATO LÍTICO FRAGMENTÁRIO Tipo de contato lítico em que o material endurecido subjacente ao solo encontra- se fragmentado, possibilitando a penetração das raízes. Ituaçú – Sudoeste da Bahia. (Fonte: http://ava.ead.ftc.br) • MATERIAIS SULFÍDRICOS Compostos de enxofre oxidáveis em solos minerais ou orgânicos, localizados em áreas encharcadas, com valor de pH maior do que 3,5. • COR E TEOR DE ÓXIDOS DE FERRO É utilizado para diferenciar classes de solo. A cor reflete a ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS É utilizado para diferenciar classes de solo. A cor reflete a proporção entre os teores de hematita e goethita. � classe de solos amarelos: matiz mais amarelo que 5YR (Hm/Hm+Gt < 0,2) � classe de solos vermelho-amarelos: matiz 5YR ou mais vermelho, e mais amarelo que 2,5YR (relacionados a razão Hm/Hm+Gt entre 0,6 e 0,2) � classe de solos vermelhos: matiz 2,5YR ou mais vermelho (Hm/Hm+Gt > 0,6) � O emprego dessas três classes associada ao teor de óxidos de ferro (Fe2O3 do ataque sulfúrico) permite separar: � hipoférricos – baixo teor de óxidos de ferro (<8%) ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS � mesoférricos – médio teor de óxidos de ferro (8 - 18%) � férricos – alto teor de óxidos de ferro (18 - 36%) � perférricos – muito alto teor de óxidos de ferro (≥ 36%) • GRAU DE DECOMPOSIÇÃO DO MATERIAL ORGÂNICO: Utilizado para discriminar solos das classe ORGANOSSOLOS. Fíbrico - MO pouco alterado, constituído por fibras; ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS DO SIBCS � Fíbrico - MO pouco alterado, constituído por fibras; � Hêmico - MO em estágio de decomposição intermediário; � Sáprico - MO em estágio avançado de decomposição. OUTROS ATRIBUTOS � CEROSIDADE: Consiste numa fina película de argila depositada na superfície dos agregados conferindo-lhes aspecto lustroso e com brilho graxo. É resultante da migração de argila iluvial. Serve para identificar horizonte B textural e B nítico � MICRORELEVO GILGAI: Microrelevo típico de solos argilosos com predomínio de argilas expansivas (2:1). Consiste em saliências convexas distribuídas geralmente em áreas planas resultantes de intensa movimentação da massa do solo por umedecimento e secagem.e secagem. � RELAÇÃO SILTE/ARGILA: Serve como auxílio na identificação do grau de intemperização do solo. Solos pouco intemperizados apresentam alto conteúdo de silte em relação ao de argila, resultando em alta relação silte/argila. Esta relação é usada para diferenciar horizonte B latossólico de B incipiente. Latossolos devem apresentar relação silte/argila <0,7 para solos de textura média e <0,6 para os de textura argilosa. HORIZONTES DIAGNÓSTICOS DO SIBCS � Existem dois grupos principais de horizontes diagnósticos: � Horizontes Diagnósticos Superficiais ou Epipedons: desenvolvem-se na parte superior do pedon.pedon. � Horizontes Diagnósticos Subsuperficiais: ocorrem e desenvolvem-se no interior do pedon. Obs.: Horizontes Diagnósticos x Horizontes Pedogenéticos HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS • Hz. Hístico • Hz. A Chernozêmico • Hz. A Proeminente • Hz. A Húmico • Hz. A Antrópico • Hz A Fraco • Hz A Moderado Horizonte Hístico Hz. Superficial de constituição orgânica, contendo pelo menos 80 g kg-1 . Identifica os ORGANOSSOLOS (hz. H ou O) HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS Deve atender um dos seguintes requisitos: • Espessura ≥ 20 cm; • Espessura ≥ 40 cm (75% ou mais do volume do hz. for constituído de restos vegetais); • Espessura ≥ 10 cm sobre contato lítico. Horizonte A Chernozêmico Hz. mineral superficial, espesso, de coloração escura e alta saturação por bases (V% ≥ 65%). Deve atender as seguintes características: • Estrutura: granular, não maciça e não dura; • Cor: valor e croma ≤ 3 (úmido) e valor ≤ 5 (seco); HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS • Cor: valor e croma ≤ 3 (úmido) e valor ≤ 5 (seco); • Conteúdo de carbono ≥ 0,6%; • Espessura: ≥ 10 cm acima da rocha; 18 cm no mínimo se o solo tiver menos de 75cm de espessura; 25 cm no mínimo, incluindo os horizontes transicionais, se o solo tem mais de 75 cm. Obs.: identifica os Chernossolos Horizonte A Proeminente Semelhante ao hz. A Chernozêmico. Diferença: Saturação por bases (V%) é inferior a 65%. HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS Perfil de GLEISSOLO MELÂNICO Tb Distrófico típico. Foto: IBGE (2005). Horizonte A Húmico Hz. mineral de cor escura com valor e croma ≤ 4 (úmido) e saturação por bases inferior a 65%. • teor de carbono orgânico inferior ao limite mínimo para caracterizar o hz. Hístico; • espessura mínima comparável à descrita para HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS • espessura mínima comparável à descrita para o hz. A Chernozêmico; • Segue como requisito a seguinte equação: Σ(teor de carbono orgânico (g.kg-1) de cada suborizonte A x espessura) ≥ 60 + (0,1 x média ponderada de argila do horizonte superfi cial em g.kg-1) Horizonte A Antrópico: Formado ou modificado pelo uso contínuo do solo pelo homem... por períodos prolongados, com adições de material orgânico em mistura ou não com material mineral, podendo ocorrernele fragmentos de cerâmica e restos de ossos e conchas. HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS Difere do A chernozêmico ou A húmico por apresentar alto teor de P2O5 solúvel em ácido cítrico e maior do que nos hz. subsuperficiais. Ex.: Terra Preta de Índios A Terra Preta Arqueológica tem coloração mais escura devido à grande concentração de material orgânico Fonte: www.museu-goeldi.br Horizonte A Fraco: Hz. mineral fracamente desenvolvido. • Cor: valor ≥ 4 (úmido) e ≥ 6 (seco); • Estrutura: grãos simples, maciça, ou HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS • Estrutura: grãos simples, maciça, ou • Estrutura: grãos simples, maciça, ou com grau fraco de desenvolvimento; • Teor de carbono inferior a 0,6%; • Espessura: < 5 cm. Horizonte A Moderado • Não se enquadra em nenhuma das definições anteriores. • É o horizonte superficial mais comum nos solos do Brasil. HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS Fonte: Perfil de um ARGISSOLO. Fonte: IBGE (2005). HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUBSUPERFICIAIS • Hz. B textural • Hz. B latossólico • Hz. B incipiente • Hz. B espódico • Hz. plânico • Hz. vértico • Duripã • Fragipã • Hz. cálcico • Hz. petrocálcico• Hz. plânico • Hz. nítico • Hz. E álbico • Hz. plíntico • Hz. litoplíntico • Hz. glei • Hz. petrocálcico • Hz. sulfúrico HORIZONTE B TEXTURAL • Apresenta acúmulo de argila ��iluviação • Formação in situ • Herdado de material de origem • Presença de cerosidade • Conteúdo de argila no hz. B é sempre maior do que no A • O horizonte B textural deve satisfazer alguns requisitos: ��Possuir um horizonte E acima do B, desde que esse não seja um plânico, plíntico ou desde que esse não seja um plânico, plíntico ou espódico, ou → Mudança textural abrupta ou → Possuir relação textural B/A que satisfaça uma das alternativas a seguir: - > 1,5 para solos com mais de 40 % de argila no A ou E; - > 1,7 para solos com 15 - 40 % de argila no A ou E; - > 1,8 para solos com menos de 15% de argila no A ou E. HORIZONTE B LATOSSÓLICO Apresenta um avançado estágio de intemperização, intensa dessilicação e lixiviação de bases e concentração de óxidos de Fe e Al e argilominerais 1:1, resistentes ao intemperismo. • Espessura mínima de 50 cm;• Espessura mínima de 50 cm; •Baixa relação textural e pouca diferenciação de cores; • menos de 5% do volume com fragmentos de rochas; • Elevado grau de floculação da argila; • CTCpH7< 17 cmolc/kg de argila; • Cerosidade (pouca e fraca). HORIZONTE B INCIPIENTE Apresenta pouca alteração física e química, porém suficiente para o desenvolvimento de cor e estrutura. Não satisfaz os requisitos para os demais hz subsuperficiais. • 5% ou mais do volume do B tem estrutura da rocha original;rocha original; • Espessura mínima de 10 cm e máxima de 50 cm; • CTC da fração argila de 17 cmolc kg-1 de argila; • 4% ou mais de minerais alteráveis na fração areia; • Relação (Ki) > 2,2. HORIZONTE B ESPÓDICO Acumulação iluvial de MO e compostos de alumínio, com presença ou não de ferro iluvial. • Fraco grau de desenvolvimento da estrutura. • Limite superior é geralmente abrupto• Limite superior é geralmente abrupto (hz. A ou E). • Espessura mínima de 2,5 cm. • Textura arenosa ou média. Obs.: identifica os Espodossolos Foto: IBGE (2005). HORIZONTE PLÍNTICO Hz. mineral B e/ou C que apresenta arranjamento de cores vermelhas e acinzentadas ou brancas. Caracteriza-se pela presença de plintita em quantidade ≥ 15% e espessura de pelo menos 15 cm. Perfil de PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Eutrófico petroplíntico. UM - Durasnal. HORIZONTE GLEI • Hz. Mineral onde predomina reações de redução (água estagnada); • Espessura 15 cm ou mais; • Redução e solubilização dos compostos de Fe; • Cores acinzentadas claras ou escuras,• Cores acinzentadas claras ou escuras, com ou sem mosqueados; • Quando hz satisfizer também os requisitos de Bi, Bt e Bw será considerado horizonte glei. Horizonte vértico • Devido a forte contração e expansão das argilas, apresenta feições denominadas superfícies de fricção (“slickensides”). • Fendas em algum período do ano com pelo menos 1 cm de largura.com pelo menos 1 cm de largura. • Pode coincidir com um hz A, B, (Bi ou Bt) ou C. • Cor: pretas ou cinzento escuras. • Espessura: mínima de 20 cm. HORIZONTE B PLÂNICO • Tipo especial de B textural � mudança textural abrupta; • Estrutura prismática, colunar, ou em blocos angulares e subangularres grandes ou médios; • Permeabilidade muito baixa devido ao adensamento;adensamento; • Cor: cinzentas ou cinzento escuras, podendo ou não possuir cores neutras resultantes de processos de redução; • Ocorrência: geralmente em solos hidromórficos (relevo plano a suave ondulado). B plânico HORIZONTE B NÍTICO • Hz de textura argilosa ou muito argilosa, sem ou com pequeno incremento no conteúdo de argila do A para o B (<1,5); • Pode ter argila de atividade alta ou baixa;baixa; •Estrutura: em blocos angulares, subangulares ou prismáticas em grau moderado a forte; • Cerosidade em grau moderado a forte � superfícies reluzentes. HORIZONTE E ÁLBICO Perda ou segregação de material coloidal orgânico e inorgânico (Eluviação). Cor: clara (partículas primárias de areia e silte) Possuir espessura mínima de 1 cm e requisito de cores descritas no SiBCS. OUTROS HORIZONTES SUBSUPERFÍCIAIS DURIPà • É um horizonte mineral subsuperficial, cimentado por sílica, podendo ainda conter óxido de ferro e carbonato de cálcio. • Consistência quando úmidos, muito firme ou extremamente firme, não sendo quebradiços, mesmo depois de prolongado umedecimento.umedecimento. • Dificulta ou impede a penetração das raízes e da água no horizonte em que ocorre. FRAGIPà • idem duripã, mas quebradiços quando úmidos em curto espaço de tempo. HORIZONTE CÁLCICO • É um horizonte de acumulação de CaCO3 no horizonte C, mas pode ocorrer no horizonte B ou A. • Espessura de 15cm ou mais, contendo 150 g.kg-1 ou mais de CaCO3. OUTROS HORIZONTES SUBSUPERFÍCIAIS HORIZONTE PETROCÁLCICO • Horizonte resultante da consolidação do horizonte cálcico (processo de calcificação). • Quando seco, não permite a penetração da pá ou de trado, não permite a penetração de raízes. HORIZONTE SULFÚRICO • É um horizonte composto de material mineral ou orgânico que apresenta valor de pH 3,5 ou menor. • Espessura: mín. de 15 cm. • Condições naturais ��reação ligeiramente ácida ou neutra. • Drenado artificialmente → pH decai = 3,5 ( devido a oxidação dos OUTROS HORIZONTES SUBSUPERFÍCIAIS • Drenado artificialmente → pH decai = 3,5 ( devido a oxidação dos sulfetos → ác. Sulfúrico). • A presença desse tipo de horizonte inviabiliza o uso agrícola do solo. 2º NC do SiBCS: Gleissolos Tiomórficos 4º Nível: Gleissolos Háplicos Eutróficos tiônicos CLASSES DE SOLOS NA ATIVIDADE FLORESTAL Principais pólos de produção florestal existentes no Rio Grande do Sul (destacados em branco), com destaque para o pólo, em fase de implantação, na Metade Sul do Estado (cor escura). Fonte: Quadros (2005). � ARGISSOLOS Latim = Argilla (processo de acúmulo de argila) Solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B textural “Bt” imediatamente abaixo do A ou E, com Tb ou Ta conjugada com V% baixa ou caráter alítico. Juntamente com os Latossolos, são os solos mais expressivos do Brasil � ARGISSOLOS... ���VANTAGENS: � Pouco ou não pedregosos; � Relativamente profundos; ��LIMITAÇÕES: Acidez e fertilidade natural (depende do mat. Origem);� Acidez e fertilidade natural (depende do mat. Origem); � Bruno-acinzentados ou acinzentados ambiente anaeróbico; � Gradiente textural permeabilidade diferente erodibilidade;� Hz B permeável ao desenvolvimento radicular estresse hídrico; � Mecanização medianamente difícil. � CAMBISSOLOS Latim = Cambiare (trocar, solos em formação) Solos com horizonte B incipiente “Bi” subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial, desde que não satisfaçam as condições para Vertissolos, Chernossolos, Gleissolos ou Plintossolos. Apresentam baixo grau de alteração (= pouca intemperização). Apresentam baixo grau de alteração (= pouca intemperização).(= pouca intemperização). � CAMBISSOLOS... � VANTAGENS: � Média a alta fertilidade; � LIMITAÇÕES: � Pouca profundidade;� Pouca profundidade; � Alta pedregosidade; �Muito suscetíveis a erosão; �Mecanização difícil. � CHERNOSSOLOS Russo = chern (negro, ricos em MO) Solos que apresentam horizonte A chernozêmico seguido por horizontes Bi, Bt ou B nítico, ambos com Ta e V% alta. � CHERNOSSOLOS... � VANTAGENS: � Oferece condições para florestamento; � LIMITAÇÕES: � Risco de degradação por tráfego excessivo de máquinas; � Sucetibilidade à erosão � facilidade de dispersão das argilas;argilas; � Ocorrência associada com Neossolos Regolíticos ou Litólicos; � Também em relevo ondulado a fortemente ondulado; � Difícil mecanização. � No RS (UM Ciríaco) : uso agrícola intensivo... � perda do hz. A Chernozêmico por erosão � GLEISSOLOS Russo = gley (massa de solo pastosa) Solos com horizonte glei “Bg” e “Cg” dentro de 150 cm da superfície, abaixo de horizontes A ou E, ou de horizonte hístico com menos de 40 cm. � GLEISSOLOS... � LIMITAÇÕES: �Má drenagem; � Difícil mecanização; � Deficiência de vários nutrientes; � Possibilidade de toxidez de Fe e Mn; �Obs.: Normalmente localizados em APP`s. Paisagem com Gleissolos com aptidão para preservação permanente. � LATOSSOLOS Latim = lat, material altamente alterado (tijolo) Solos que apresentam horizonte B latossólico “Bw” dentro de 200 cm e abaixo de qualquer horizonte A (exceto Hístico) ou 300 cm se A com mais de 150 cm. � LATOSSOLOS... ���VANTAGENS: � Relevo favorece a mecanização; � Grande profundidade; � Alta friabilidade; � Muito porosos; � Forte a acentuadamente drenados; � Pouco ou não pedregosos� Pouco ou não pedregosos ���LIMITAÇÕES: � Pouco ou não pedregosos � Baixa fertilidade; � Grande capacidade de fixação de P (depende do teor de argila); � Baixa capacidade de retenção de H 2 O disponível (depende da textura e composição mineralógica). � NEOSSOLOS Grego = néos (novo, início de formação) Solos pouco evoluídos e sem qualquer tipo de horizonte B diagnóstico. Horizontes glei, plíntico, vértico e A chernozêmico, quando presentes, não ocorrem em condição diagnóstica. � Neossolo Litólico... ���LIMITAÇÕES: � Pouca profundidade; � Alta pedregosidade; �Muito suscetíveis a erosão; � Baixa capacidade de retenção de água disponível; �Mecanização muito difícil. ���Obs.: Normalmente localizados em APP`s. � Neossolo Quartzarênico... ���VANTAGENS: � Fácil mecanização; � Pouco ou não pedregosos; � Alta friabilidade; � Muito porosos; ���LIMITAÇÕES: � Muito porosos; � Muito suscetíveis a erosão; � Baixa fertilidade; � Baixa capacidade de retenção de água disponível; � Alto potencial de lixiviação de nutrientes. � ORGANOSSOLOS Grego = organikós (constituição orgânica) Solos pouco desenvolvidos que apresentam altos teores de carbono orgânico, acumulando em ambientes muito mal drenados, caracterizando hz. Hístico (H ou O). � VERTISSOLOS Latim = vertere (movimento na superf. do solo) Solos com horizonte vértico (fendas e slickensides) entre 25 e 100 cm de profundidade e relação insuficiente para caracterizar um Bt. EXERCÍCIO � A11 0-25cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/3, úmido); bruno (10YR 5/3, seco); franco arenoso; fraca média granular e grãos simples apresentando grãos de areia lavada; poroso; macio, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição gradual e plana; raízes abundantes. � A12 25-70cm; bruno avermelhado escuro (5YR 3/2, úmido); franco arenoso;maciça com presença de térmitas ao longo de todo sub-horizonte, quebrando-se em fraca média e grande granular; poroso; macio, friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição gradual e plana; raízes muitas. � B21 70-l00cm; bruno avermelhado escuro (2,5YR 3/4, úmido); e vermelho amarelado (5YR 4/6, cor do interior do agregado); argila; fraca pequena e média blocos subangulares; poroso; cerosidade fraca e pouca; ligeiramente duro, firme, plástico e pegajoso; transição gradual e plana; raízes poucas. B 100-120cm; vermelho escuro (2,5YR 3/5, úmido) e vermelho (2,5YR� B22 100-120cm; vermelho escuro (2,5YR 3/5, úmido) e vermelho (2,5YR 4/6, cor do interior do agregado); moderada média blocos subangulares; poroso; ligeiramente duro, firme, firme, plástico e pegajoso; transição gradual e plana; raízes raras. � B23 120-153cm; vermelho escuro (2,5YR 3/6, úmido) e vermelho (2,5YR 4/7, cor do interior do agregado); argila arenosa; fraca pequena e média blocos subangulares; poroso; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição difusa e plana; raízes ausentes. � B3 155-180cm; vermelho escuro (2,5YR 2/7, úmido); mosqueado pouco pe-queno e difuso bruno forte (7,5YR 5/6, úmido); franco argilo arenoso; maciça no perfil, quebrando-se em blocos angulares; poroso; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso. Horizonte Amostra seca ao ar (%) pH Equivalente de umidade Símbolo Profundidade (cm) Calhaus > 20mm Cascalho 20-2mm Terra fina < 2mm Água KCl A11 0-25 0 0 100 5,4 4,4 10 A12 25-70 0 0 100 5,1 3,8 13 B21 70-100 0 X 100 4,9 3,7 22 B22 100-120 0 X 100 4,9 3,7 21 B23 120-155 0 X 100 4,9 3,7 20 B3 155-180 0 X 100 5,0 3,8 18 Ataque por H2SO4 D=1,47 (%) Ki Kr Al2O3/ Fe2O3 P (mg l-1) SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO 5,3 3,2 1,5 0,44 0,04 2,82 2,20 2,6 7,5 5,0 2,4 0,54 0,04 2,56 1,96 1,3 17,1 11,9 4,7 0,78 0,04 2,45 1,96 <1 16,9 11,9 4,5 0,74 0,04 2,40 1,94 <1 14,4 10,3 4,0 0,73 0,04 2,37 1,91 <1 12,8 9,0 4,6 0,72 0,04 2,42 1,82 1,3 Complexo sortivo (cmolC Kg-1) V (%) Al (%) Ca++ Mg++ K+ Na+ Valor S Al+++ H+ CTC pH 7 2,4 1,2 0,10 0,05 3,8 0,2 2,1 6,2 61 50 2,8 1,0 0,04 0,05 3,8 0,8 2,5 7,2 53 17 3,7 1,5 0,06 0,05 5,3 2,4 3,3 11,0 48 31 2,8 1,9 0,07 0,05 4,9 2,7 2,2 9,8 50 35 2,5 1,9 0,07 0,06 4,5 2,2 2,0 8,8 51 32 2,3 1,8 0,06 0,03 4,2 1,8 1,5 7,4 56 30 C g Kg-1 N g Kg-1 C/N Composição Granulométrica g Kg-1 Argila Dispersa g Kg-1 Grau de Floculação % Silte/ Argila Areia grossa (2-0,20 mm) Areia fina (0,20- 0,05mm) Silte (0,05- 0,002mm) Argila (<0,002 mm) 9,5 1 10 400 350 130 120 30 79 1,08 7,4 0,8 9 320 340 150 180 70 62 0,83 7,8 0,8 10 200 240 130 440 200 53 0,29 4,7 0,7 7 200 260 130 410 130 69 0,31 4,5 0,6 8 220 290 130 370 60 83 0,35 2,4 0,5 5 230 320 140 310 10 94 0,45
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