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Os principais tipos de câncer

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Os principais tipos de câncer que acometem a população feminina e sua epidemiologia no Brasil
 Entre as mulheres, 40% das neoplasias malignas são ginecológicas, conforme estimativa realizada pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer). Os cânceres que mais acometem as mulheres são: de mama, colorretal e colo do útero. 
 Vale ressaltar que o câncer de pele não-melanoma é disparadamente o tipo de câncer mais comum em ambos os sexos.
Os dados foram extraídos do Inca (Ilustração: André Moscatelli)
Câncer de mama
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Os principais fatores de risco são a idade, sendo a maior incidência em mulheres acima de 50 anos, pode ocorrer também em mulheres mais jovens, mas a incidência é baixa, a história familiar, ausência de filhos, primeira gravidez após os 30 anos, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool e a obesidade. Em geral, este tipo de câncer apresenta um bom índice de cura, principalmente quando diagnosticado em sua fase inicial. Realizar o autoexame e rotineiramente procurar um médico para exames como a mamografia, são essências e fortemente frisados em campanhas de conscientização da doença. Obs.: esse câncer também pode ocorrer em homens.
Estimativa de novos casos: 59.700 (2018 - INCA)
Número de mortes: 14.388, sendo 181 homens e 14.206 mulheres (2013 - SIM)
O risco estimado de câncer de mama entre as brasileiras é de 49 casos a cada 100 mil mulheres. Na Região Sudeste, esse é o tipo mais incidente (65 casos novos por 100 mil mulheres). Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de mama também será o mais frequente nas mulheres das regiões Sul (64/100.000), Centro-Oeste (38/100.000) e Nordeste (30/100.000).
O câncer de mama é a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo. É a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás somente do câncer de pulmão, e a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento.
Câncer de colo de útero
O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos (chamados oncogênicos) do Papilomavírus Humano -  HPV. A infecção genital por este vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer. Estas alterações das células são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a realização periódica deste exame.
Existem diversos tipos de HPV, divididos clinicamente em dois grandes grupos, os de baixo risco e os de alto risco. Os vírus de baixo risco são responsáveis pelas verrugas genitais, uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns, frequentemente combatidas pelo sistema imunológico sem que haja grandes problemas e os HPVs de alto risco, principalmente os tipos 16 e 18 que são oncogênicos, possuem a capacidade de se integrar ao material genético do hospedeiro e são associados ao desenvolvimento do câncer.
É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada.  
Estimativas de novos casos: 16.370 (2018 - INCA)
 
Número de mortes: 5.430 (2013 - SIM)
Com aproximadamente 530 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, excetuando-se os casos de pele não melanoma. 
Ele é responsável por 265 mil óbitos por ano, sendo a quarta causa mais freqüente de morte por câncer em mulheres.
No Brasil, em 2016, são esperados 16.340  casos novos, com um risco estimado de 15,85  casos a cada 100 mil mulheres. É a terceira localização primária de incidência e de mortalidade por câncer em mulheres no país, excluído pele não melanoma. Em 2013, ocorreram 5.430 óbitos por esta neoplasia, representando uma taxa de mortalidade ajustada para a população mundial de 4,86 óbitos para cada 100 mil mulheres.
Segundo o Globocan, cerca de 85% dos casos de câncer do colo do útero ocorrem nos países menos desenvolvidos e a mortalidade por este câncer varia em até 18 vezes entre as diferentes regiões do mundo, com taxas de menos de 2 por 100.000 mulheres, na Ásia Ocidental e de 27,6  na África oriental.
Na análise regional, o câncer do colo do útero se destaca como o primeiro mais incidente na região Norte do Brasil, com 23,97 casos por 100.000 mulheres. Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, ele ocupa a segunda posição, com taxas de 20,72/100 mil e 19,49/100 mil, respectivamente, e é o terceiro mais incidente na região Sudeste (11,3/100 mil) e quarto na Sul (15,17/100 mil).
 
Quanto à mortalidade, é também na região Norte que se evidenciam as maiores taxas do país, sendo a única com nítida tendência temporal de crescimento (figura 1). Em 2013, a taxa padronizada pela população mundial foi de 11,51 mortes por 100.000 mulheres, representando a primeira causa de óbito por câncer feminino nesta região. Nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, onde este câncer representou a terceira causa, as taxas de mortalidade foram de 5,83/100 mil e 5,63/100 mil. As regiões Sul e Sudeste tiveram as menores taxas (4,39/100 mil e 3,59/100 mil) representando a sexta colocação entre os óbitos por câncer em mulheres.
 
O câncer do colo do útero é raro em mulheres até 30 anos e o pico de sua incidência se dá na faixa etária de 45 a 50 anos. A mortalidade aumenta progressivamente a partir da quarta década de vida.
Câncer de ovário
O câncer de ovário corresponde a cerca de 6% das neoplasias malignas da mulher e o risco de desenvolver câncer de ovário durante a vida é cerca de 1 em cada 69 mulheres. Cerca de 85% dos casos são originários do epitélio, a camada mais externa do ovário. A incidência começa a aumentar a partir dos 45 anos de idade e atinge um pico de incidência na menopausa (sexta e sétimas décadas de vida). 
A grande maioria do casos são considerados esporádicos (90%), mas em menos de 10% dos casos podem estar ligados à Síndrome de Câncer de Mama e Ovário Hereditário. Esta síndrome está relacionada à mutação dos genes BRCA1 ou BRCA2 e as pacientes portadoras tem um risco elevado de desenvolver câncer de mama e ovário. A suspeita inicial se faz pela história familiar da paciente. 
Sabe-se que o uso de anticoncepcional oral por mais de 5 anos durante a vida é fator protetor para não desenvolver câncer de ovário. 
O dois grandes problemas do rastreamento para detecção precoce do câncer de ovário são: a menor incidência do tumor e os métodos atuais de rastreamento (ultrassom pélvico e marcadores tumorais) não são muito específicos e eficazes. 
O câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. A maioria dos tumores de ovário são carcinomas epiteliais (câncer que se inicia nas células da superfície do órgão), o mais comum, ou tumor maligno de células germinativas (que dão origem aos espermatozoides e aos ovócitos - chamados erroneamente de óvulos).
 
Estimativa de novos casos: 6.150 (2018 - INCA)
 
Número de mortes: 3.283 (2013 - SIM)
Para o Brasil, estimam-se 6.150 casos novos de câncer do ovário, para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 5,79 casos a cada 100 mil mulheres e o oitavo mais incidente.
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer do ovário é o sétimo mais incidente nas Regiões Centro-Oeste (5,83/100 mil), Nordeste (5,04/100 mil) e Norte (2,96/100 mil). Nas demais Regiões, Sul (7,12/100 mil) e Sudeste (6,40/100 mil),ocupa a oitava posição.
Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2018 por sexo, exceto pele não melanoma*
Os dados divulgados pelo INCA não nos permitem saber a exata situação da epidemiologia do câncer de ovário.
A mortalidade decorrente desta neoplasia é alta. Apesar de não ser um tipo de neoplasia feminina comum, o câncer de ovário é uma das principais causas de morte, dentre os tumores ginecológicos.
Considera-se que aproximadamente 10% dos tumores epiteliais de ovário tenham caráter hereditário.
Possui baixa prevalência em relação às outras neoplasias, porém, contrariamente aos cânceres do colo uterino e do endométrio, a mortalidade desta neoplasia é elevada, com mais mortes do que a associada aos dois tumores primeiramente citados. 
Fontes
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/palestras/cancer/cancer_mama_brasil.pdf
https://www.cancer.org.br/os-tipos-de-cancer-mais-comuns-nas-mulheres-e-nos-homens/
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2009/canceres_comuns
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa_nacional_controle_cancer_colo_utero/conceito_magnitude
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero
http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/sintese-de-resultados-comentarios.asp
http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/casos-taxas-brasil.asp
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/ovario

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