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Botânica Aplicada 4 - Organografia-Parte 1

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Botânica Aplicada: 
Organografia – Parte 1 
Prof. Márlon de Castro Vasconcelos 
Organografia: É o estudo da morfologia externa dos 
vegetais. 
 Nos dedicaremos às 
 Fanerógamos, ou seja, plantas com flores e 
 sementes. 
Raiz 
 
 
Definição: Órgão geralmente subterrâneo que fixa a 
 planta ao solo, retira e distribui os nutrientes. 
 
Importância: Fixação da planta ao solo; 
 Absorção de nutrientes; 
 Reserva alimentar; 
 Alimentação, Etc. 
 
Origem: Da radícula do embrião – Raiz principal 
 Dos tecidos secundários – Raiz secundária 
 
Particularidades: Geotropismo positivo 
Origem 
Absorção de nutrientes 
Morfologia Externa 
 
Coifa: Estrutura que reveste a zona de crescimento 
criando proteção mecânica. 
Zona de crescimento ou lisa: Área de crescimento 
da raiz pelas células meristemáticas. 
Zona pilífera ou de absorção: Região com “pêlos” 
onde ocorrem a absorção. 
Zona de ramificação: Formam as raízes secundárias 
após a queda dos pêlos absorventes. 
Colo: Região de transição entre raiz e caule. 
Morfologia externa 
Classificação das raízes 
 
 Quanto origem: 
 - Normais: São aquelas que se desenvolvem a 
 partir da radícula. 
 - Adventícias: São aquelas que não se originam 
 da radícula 
Raízes 
 
Folha de fortuna 
Quanto ao habitat 
 
 Áreas 
 Estranguladora*: Raízes que abraçam outro 
 vegetal, podendo levá-lo a morte; 
 Grampiforme*: Raízes em forma de grampo 
 utilizada para fixar a planta em um substrato; 
 Respiratória: São raízes com adaptações em 
 forma de orifícios que permitem a raiz “respirar”; 
 Sugadora*: Raízes com adaptações que 
 permitem a planta acessar o floema de uma 
 planta hospedeira. 
Raiz estranguladora 
Ficus sp. “Gameleira” 
Raiz suporte 
Ficus pumila 
“falsa hera” 
Raiz respiratória 
Avicennia tomentosa 
Árvore de mangue 
Geotropismo negativo 
Raiz sugadora 
Struthanthus uraguensis 
Erva-de-passarinho 
Quanto ao habitat 
 
 Áreas 
 Suporte*: Raízes quer brotam em direção ao solo 
 auxiliando na sustentação do vegetal; 
 Tabulares ou sapopema: São aquelas que 
 atingem grande proporção, ampliam a base da 
 planta e lhe dar mais estabilidade. 
 
 * Raízes adventícias. 
Raiz suporte 
Pandanus sp. 
Pândano 
Raiz tabular 
Ficus cestrifolia 
Figueira-Branca 
Quanto ao habitat 
 
 Subterrâneas 
 Axial ou Pivotante: Raiz principal bem 
 desenvolvida e secundárias pouco desenvolvidas 
 em relação à principal. (Gmino. e Dicot.) 
 Ramificada: Raiz principal com ramificações 
 secundárias e está com terciárias..... (Dicot.). 
 Fasciculata: Raiz onde não se distingue a raiz 
 principal. (Monocot.). 
 Aquática: Aquelas que se desenvolvem na água. 
 
Raiz axial 
Phyllantus sellowianus 
Sarandi vermelho 
Raiz ramificada 
Baccharis dracunculifolia 
Vassoura 
Raiz fasciculada 
Eleusine tristachya 
 
Raiz aquática - Eichornia crassipies 
Quanto ao habitat 
 
 Subterrâneas 
 Tuberosa: Raiz dilatada pela reserva nutritiva. 
 Divide-se em: 
 - Axial tuberosa: Cenoura, Nabo, Rabanete 
 - Adventícia tuberosa: Dália 
 - Secundária tuberosa: Batata-doce. 
Raiz axial tuberosa 
Daucus pusillus 
Cenoura selvagem 
Raiz adventícia tuberosa 
Dahlia sp. 
Dália 
Raiz secundária tuberosa 
Poir sp. 
Batata-doce 
Caule 
 Definição: Órgão vegetativo, geralmente aéreo, 
 que serve de sustentação à planta. 
 
 Importância: Sustentação de folhas e frutos; 
 Condução de seiva; 
 Reserva alimentar; 
 Econômica: Madeira, látex, etc. 
 
 Origem: Na gêmula do caulículo do embrião. 
 Exógena a partir das gemas laterais. 
 
 Funções: Sustentação, condução, crescimento e 
 fotossíntese 
Origem 
Morfologia externa 
 
Nó: Região do caule, no geral dilatada, donde saem 
as folhas. 
Entrenó: Região entre dois nós consecutivos. 
Gema terminal: Situada no ápice, constituída por 
escamas, ponto vegetativo, onde se encontram os 
primórdios foliares. 
Gema lateral: Semelhante a anterior e que pode 
produzir ramos foliosos ou flor. Situa-se na axila das 
folhas. 
Morfologia externa 
Classificação dos caules 
 
 Quanto ao habitat: 
 Aéreos 
 Eretos: Desenvolvimento praticamente vertical 
 - Tronco: Lenhoso, resistente, cilíndrico e 
 ramificado. Árvores e arbustos; 
 - Haste: Herbáceo e pouco resistente. Ervas e 
 subarbustos; 
 - Estipe: Lenhoso, resistente, cilíndrico, longo, em 
 geral não ramificada e com capitel de folhas na 
 extremidade. Típico de Dicotiledôneas. 
Caule do tipo Tronco 
Parapiptadenia rigida 
Angico vermelho 
 
Caule do tipo Haste 
Galinsoga parviflora 
“picão banco” 
Caule do tipo Estepe 
Butia capitala 
Butiá 
Classificação dos caules 
 
 Quanto ao habitat: 
 Aéreos 
 Eretos: Desenvolvimento praticamente vertical 
 - Colmo: Silicoso, cilíndrico, com nós e entrenós 
 bem marcados. Pode ser cheio, oco ou fistuloso. 
 - Escapo: Caule que saí do rizoma, bulbo, etc. Não 
 ramificado, áfilo e com flores nas extremidades. 
 Ocorre em plantas com caules reduzidos ou 
 subterrâneos. 
Caule do tipo Colmo 
Guada trinii 
Bambu 
 
Saccharum sp. 
Cana de açúcar 
 
 
Caule do tipo Escapo Hypoxis decumbens 
Falsa tiririca 
Classificação dos caules 
 
 Quanto ao habitat: 
 Rastejantes: São aqueles apoiados ao solo, com 
 ou sem raízes, de trechos em trechos. 
 Trepadores: Aqueles que sobem com auxilio de 
 um elemento de fixação ou se enroscam. 
 - por meio de raiz adventícia: Hera 
 - Por meio de gavinhas: chuchu. 
 - Volúveis: Enroscam-se sem auxilio de órgãos de 
 fixação. 
 - Sinistrosos: direcionam-se para esquerda 
 - Dextrorsos: direcionam-se para direita 
Caule do tipo rastejante Cucurbita pepo 
Abóbora 
Caule do tipo Volúvel 
 
Caule tipo Estolão: São ramificações formados por 
brotos laterais. Asseguram a reprodução vegetativa. 
 Pode ser: 
 - Aéreo; 
 - Apoiado sobre o solo; 
 - Subterrâneo; 
 - Aquático. 
Estolão 
Fragaria vesca 
Morango 
Classificação dos caules 
 
 Quanto ao habitat: 
 Subterrâneos 
 Rizoma: Geralmente horizontal, emitindo brotos 
 aéreos foliosos e floríferos. Dotados de nós e 
 entrenós, gemas e escamas, podendo emitir 
 raízes. 
 Tubérculo: Geralmente ovoide com gemas “olhos” 
 nas axilas das escamas. Possui reserva nutritiva. 
 Pode ser aéreo (Dioscorea bulbifera). 
Caule do tipo Rizoma 
Sansevieria thyrsiplora 
Espada-de-São-Jorge 
Caule do tipo 
Tubérculo 
Solanum tuberosum 
Batata-inglesa 
Caule do tipo 
Tubérculo “aéreo” 
Dioscorea bulbifera 
Classificação dos caules 
 
 Quanto ao habitat: 
 Subterrâneos 
 Bulbo: Formado por um eixo (caule) que constitui 
 o prato, com as gemas, rodeado por catafilos, em 
 geral com acúmulo de reserva. 
 - Sólido ou Cheio: Prato mais desenvolvido que 
 folhas, revestido de catafilos semelhantes a uma 
 casca. 
 - Escamoso: Folhas mais desenvolvidas que o 
 prato, imbricadas, rodeando-o. 
Caule do tipo Bulbo Sólido 
Hypoxis decumbens 
Falsa-tiririca 
Caule do tipo Bulbo Escamoso 
Lilium longiflorum 
Lírio 
Classificação dos caules 
 
 Quanto ao habitat: 
 Subterrâneos 
 Bulbo: Formado por um eixo (caule) que constitui 
 o prato, com as gemas, rodeado por catafilos, em 
 geral com acúmulo de reserva. 
 - Tunicado: Folhas (túnicas) mais desenvolvidas 
 que o prato, túnicas concêntricas envolvendo o 
 prato. 
 - Composto: Apresentagrande número de 
 pequenos bulbos. 
Caule do tipo Bulbo Tunicado 
Allium cepa 
Cebola 
Caule do tipo Bulbo Composto 
Allium sativum 
Alho 
Classificação dos caules 
 
 Quanto ao habitat: 
 Pseudobulbo: Dilatação bulbosa das bases 
 caulinares e foliares adjacentes. 
 Orchidacea 
Aquático: Desenvolve-se em meio aquático. 
Classificação dos caules 
 
 Quanto à Ramificação: 
 Indivisios: Não ramificado. 
 Ramificados: Com ramos laterais 
 - Monopodial: Gema principal persistente, 
 predomínio do eixo principal sobre os laterais. 
 - Simpodial: Substituição sucessiva das gema 
 principal por uma lateral, depois estas se 
 substituem. 
 - Em dicásio: Duas gemas laterais crescem mais a 
 principal formando ramos, depois duas gemas 
 crescem e assim por diante. 
Caule indiviso 
Roystonea oleracea 
Palmeira Imperial 
Monopodial 
Simpodial 
Árvores no geral 
Ficus sp. 
Em Dicásio 
Classificação dos caules 
 
 Quanto ao desenvolvimento 
 Erva: Pouco desenvolvido. 
 Sabarbusto: Arbusto pequeno, até 1m, base 
 lenhosa e restante herbáceo. 
 Arbusto: Tamanho médio, até 5m. Resistente e 
 lenhoso, logo se ramifica. 
 Arvoreta: Similar a arvore, mas até 5m. 
 Árvore: Acima de 5m, tronco nítido, sem ramos 
 na parte inferior, a ramificação é a copa. 
 Liana: Cipó. 
Erva 
Aspilia montevidensis 
Subarbusto 
 
Hibiscus sp 
Arbusto 
Byrsonima sp Murici 
Arvoreta 
Caesalpinia sp. Sibipiruna 
Árvores 
 
Ficus sp 
Liana 
Pyrostegia venusta - Cipó-de-São-João 
Classificação dos caules 
 
 Quanto a consistência 
 Herbáceo: Não é lenhificado. 
 Sublenhoso: Lenhificado na base, ápice não 
 lenhificado. 
 Lenhoso: Consistente e resistente por conta 
 lenhificação. 
Herbáceo – Aspila montevidensis 
Sublenhoso – Erythrina cristagalli 
Lenhoso 
Schizolobium parahyba 
Guapuruvú 
Classificação dos caules 
 
 Quanto à forma 
 Cilíndrico: Palmeira 
 Cônico: Árvores 
 Achatado ou comprimido: Cipó, cactos 
 Anguloso: Tiririca 
 Sulcado: Cipó-de-rego 
 Estriado: Cactos 
 Bojudo: Baobá 
Cilíndrico 
Cônico 
Achatado 
Anguloso 
Sulcado 
Estriado 
Bojudo 
Adaptações caulinares 
 
 São modificações dos caules, seja devido à 
 função que exercem ou devido ao meio físico. 
 Cladódios: Caules carnudos, verdes e achatados, 
 folhas ausentes ou rudimentares. 
 Espinhos: Órgãos caulinares pontiagudos. 
 Gavinhas: Ramos enrolados utilizados na fixação. 
 Acúleos: Tricomas rígidos e pontudos. Tem origem 
 epidérmica. 
Cladódios 
Espinhos 
Gavinha 
Acúleo

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