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V02 Artigo Celulose PIND 30.05.17

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Dezembro de 2002, UFRGS, Porto Alegre - RS
�PAGE \* MERGEFORMAT�10�
PROCESSO PRODUTIVO DA CELULOSE
Alana de Jesus�
Eduarda Zeni Neves¹
Gustavo Felipe Dobner¹
Mariana Bini leite¹
Noeli Sellin2
Resumo: 
Este trabalho apresenta a formatação que deve ser utilizada nos artigos a serem apresentados como Trabalho de Conclusão de Curso. O resumo deverá apresentar uma breve introdução do tema, o objetivo do trabalho, uma breve descrição da metodologia, os principais resultados e conclusões, contendo entre 200 a 300 palavras. Deve-se utilizar texto com fonte Arial, tamanho 10, redigido em parágrafo único, com espaçamento simples (1,0) entre linhas.
Palavras-chave: Celulose, Fluxograma de processo, Processo produtivo. 
1. Introdução
A celulose é um polissacarídeo, similar ao açúcar, que é o principal componente da parede celular das fibras das plantas. Junto com a lignina, as resinas e os minerais, compostos inorgânicos, a celulose é um dos compostos que constituem a madeira - cerca de 50%. Suas moléculas, agrupadas pela lignina, formam feixes de fibras que constituem as células vegetais que compõem as fibras presentes na madeira, conforme apresenta o esquema ilustrativo da figura 2.
O objetivo do processo industrial é extrair a celulose da madeira, na forma de uma pasta separando-a da lignina, resinas e minerais, as quais são usadas na geração de energia elétrica pela própria fábrica (CMPC, web, 2017).
Figura 1 – Contituintes da madeira
Fonte: CMPC (web, 2017). 
Figura 2 – Esquema ilustrativo da celulose do macro para o micro
Fonte: CMPC (web, 2017). 
Entre 2004 e 2014 a indústria brasileira de base florestal tornou-se um negócio de classe mundial, altamente competitivo no mercado internacional, principalmente devido à alta produtividade de suas florestas plantadas. No período, a área plantada cresceu a taxas médias de 7% ao ano. A silvicultura adaptou-se a novas fronteiras nas regiões do centro e do norte do país, em função da limitada disponibilidade de terras para expansão da área plantada nos tradicionais clusters da região costeira (FARINHA E SILVA, et al., 2015).
O Brasil está muito perto de passar de quarto para segundo maior produtor mundial de celulose, considerando-se todos os tipos de fibra, atrás apenas dos Estados Unidos. Com o início de operação da nova fábrica da Klabin e com a expansão da Fibria em Três Lagoas (MS), no fim de 2017, a capacidade instalada brasileira subirá de 17,4 milhões de toneladas em 2015 para 20,9 milhões de toneladas anuais, superando com folga a da China e a do Canadá, os atuais segundo e terceiro colocados (REVISTA FERROVIÁRIA, web). 
Justificativa, Objetivos e fundamentação teórica
2. Panorama atual, regional, nacional e mundial da produção de celulose
A indústria brasileira de celulose apresenta dinâmica bastante diferenciada em relação à indústria de papel. A indústria de celulose está mais voltada para exportação, enquanto a indústria papeleira tem foco principal no mercado interno. 
As exportações de papel e celulose respondem por 4,1% da pauta total de exportações do Brasil, conforme o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, conforme apresentado na figura 3. 
Figura 3 – Pauta de exportações brasileiras (2015) 
Fonte: DEPEC- BRADESCO (web, 2017). 
O Brasil é o maior produtor mundial de celulose de fibra curta, pois o clima brasileiro favorece o plantio de eucalipto, ao passo que nos demais países produtores a produção de celulose de fibra longa é maior, pois o clima favorece mais as florestas de pinus.
As pastas destinadas à fabricação de papel são resultantes do processamento industrial de fibras vegetais. No Brasil, cerca de 96% das fibras utilizadas são de origem arbórea, os 4% restantes são de bagaço de cana, sisal e bambu. A celulose de fibra curta é originária do eucalipto (representa 85% da produção brasileira) e a de fibra longa é proveniente do pinus (responde por 15% da produção nacional) 
A Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) divulgou no relatório estatístico 2011/2012, dados da RISI sobre a produção mundial de celulose e papel, com base nos resultados das indústrias de 2011. Estados Unidos e China, apesar de serem os maiores produtores, não produzem o suficiente para atender a demanda interna. Nesse nicho, as exportadoras brasileiras tem buscado conquistar espaços para expandir a produção verde e amarela (PAINEL FLORESTAL, web).
O Brasil segue em 4º lugar entre os maiores produtores de celulose do mundo, e deve subir ao terceiro lugar, ultrapassando Canadá nos próximos seis anos, segundo o plano de ampliação da produção no país. 
A figura 4 apresenta a produção nacional ao decorrer dos anos. 
Figura 4 - Produção de celulose em mil toneladas
Fonte: DEPEC- BRADESCO (web, 2017).
Das 18.773 toneladas, 12.901 foram destinadas para exportação em 2016, conforme figura 5.
Figura 5 – Exportação de Celulose
Fonte: DEPEC- BRADESCO (web, 2017).
	A balança comercial de celulose em milhões de dólares é apresentada na figura 6, apresenta o total exportado, importado e o saldo. 
Figura 6 – Balança comercial de celulose
	Fonte: DEPEC- BRADESCO (web, 2017).
	Pode-se notar que em 2014 teve um saldo de U$ 4.951 milhões, já em 2016 o saldo foi de U$ 5.293 milhões. 
[...] Durante 2014 o setor exportou cerca de US$ 7,3 bilhões, sendo US$ 5,3 bilhões correspondentes à exportação de celulose e US$ 2,0 bilhões à exportação de papel, originando um saldo positivo exportador de US$ 5,5 bilhões, segundo a Secex/MDIC. Pratica​mente toda a produção de celulose exportada é de celulose kraft de eucalipto (BEKP). 
Os dados disponíveis neste momento para produção de celulose mostram que: 
a produção brasileira de celulose tem se ampliado principal​mente para a exportação, com um pequeno crescimento do consumo interno, sendo praticamente 86% do total produzido referente a BHKP; e 
os destinos da exportação de celulose em 2014 foram a Europa (39%), a América do Norte (18%), a Ásia – com exceção da China (8%), a China (32%) e outros (3%). 
	Devido à competitividade de custo da celulose de eucalipto produzida no Brasil, existe um esforço tecnológico no sentido de substituir as celuloses importadas pela produção nacional, inclusive no mercado de caixas de papelão ondulado. Alguns fortes desafios se colocam para a indústria de celulose brasileira de mercado. Exemplos desses desafios são o crescente custo da terra e da mão de obra rural, a infraestrutura deficiente, a volati​lidade do ambiente econômico, o arrefecimento da economia global e a polarização da demanda e do suprimento incrementais, com a China como grande comprador e o Brasil como grande fornecedor. 
A indústria tem reagido a esses desafios através de práticas de governança otimizadas, mecanização da exploração florestal, aperfeiçoamento da base genética de suas plantações, melhor logística (na medida do possível) e estabelecimento de instalações de pesquisa e desenvolvimento [...] (FARINHA E SILVA, et al., 2015). 
Com o início de operação da nova fábrica da Klabin, a produção nacional de celulose cresceu 8,1% no de 2016, para 18,77 milhões de toneladas, de acordo com dados preliminares divulgados há pouco pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que reúne os produtores de celulose, papel, painéis e pisos de madeira e florestas no país.
O quadro 1, apresenta o ranking do setor de papel e celulose no ano de 2016. A fabrica da Klabin apresenta diversas unidades espalhadas pelo território brasileiro assim como inúmeros escritórios. Das 22 unidades da Klabin, 6 unidades estão instaladas em Santa Catarina, sua produção não é exclusivamente de celulose, como também comercializa toras de pínus e eucalipto, conforme levantamento efetuado no site da Klabin. 
Quadro 1- Ranking do setor papel e celulose em 2016
Fonte: Adaptado EXAME (web, 2017). 
Em maio de 2017, A Fibria atingiu a marca de 10 milhõesde toneladas de celulose produzidas na sua unidade de Três Lagoas (MS), após oito anos de operação. Inaugurada em março de 2009, com capacidade de produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose de eucalipto por ano. Do total da produção da Fibria em Três Lagoas (MS), cerca de 14% é destinado ao mercado interno. Os outros 86% são exportados para outros países, sendo a maior parte para a Europa, seguida da Ásia (FIBRIA, web). 
Conforme o site Valor econômico (2017), com esse volume de produção, o Brasil, quarto maior produtor de celulose do mundo, se aproxima bastante da China, que ocupa a vice-liderança da indústria. Somente em dezembro, conforme a Ibá, a produção nacional da matéria-prima totalizou 1,68 milhão de toneladas, alta de 4%. Já as exportações da matéria-prima subiram 14,5% em dezembro do ano passado, frente ao mesmo mês de 2015, para 1,18 milhão de toneladas. 
Ao longo de 2016, os produtores brasileiros exportaram 12,9 milhões de toneladas de celulose, com crescimento de 11,9%. Conforme a Ibá, o mercado chinês se consolidou no ano como o principal destino das exportações brasileiras de celulose, com 38,9% de participação (ou US$ 2,17 bilhões), seguido pela Europa, com 33,1% (US$ 1,85 bilhão) ( VALOR, web, 2017). 
Foi a China que impulsionou o crescimento da indústria brasileira de celulose nos últimos anos - o Brasil já é líder global em uma especialidade, a celulose de eucalipto (fibra curta). O país asiático superou a Europa e tornou-se o maior comprador da matéria-prima produzida no país. De janeiro a agosto, as receitas com exportação para a China subiram 19%, a US$ 1,373 bilhão, o equivalente a 37% do total. Ao mesmo tempo, o Brasil assumiu o posto de principal origem da celulose importada pelos chineses. Em receita, a participação chegou a 23%, de um total de US$ 5,98 bilhões, considerando-se os oito primeiros meses do ano e as fibras curta e longa. Em volume, essa fatia é de 25%, de um total de 10,73 milhões de toneladas de celulose importadas. Especificamente em fibra curta, a participação do país é de 49% em volume (com 2,69 milhões de toneladas) e de 48% em valor (US$ 1,366 bilhão).
Na avaliação da presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Elizabeth de Carvalhaes, o fato de a China estar substituindo a produção local de celulose com alto impacto no meio ambiente por matéria-prima mais sustentável ajuda a explicar esse movimento. Contribuem ainda os pesados investimentos em máquinas de papel realizados nos últimos anos naquele país, sobretudo em tissues (para fins sanitários) (REVISTA FERROVIÁRIA, web). 
A indústria de celulose e papel de Santa Catarina emprega 20.196 trabalhadores em seus 412 estabelecimentos (2012). Possui uma participação de 5,24% na indústria de transformação catarinense levando em consideração o valor da transformação industrial. Sobre igual setor nacional seu peso é de 8,43% (2011). 
A figura 7 apresenta o número de estabelecimentos de fabricação de celulose por estado, Santa Catarina apresenta 9. 
Figura 7 – Celulose, número de estabelecimentos em 2014.
Fonte: DEPEC- BRADESCO (web, 2017). 
Santa Catarina é o maior exportador do Brasil de papel/cartão "kraftliner" para cobertura, crus, em rolos/folhas, o primeiro em exportação de sacos de papel ou cartão com largura da base >=40cm e é líder nas vendas ao mercado internacional de papel Kraft para sacos de grande capacidade. 
Em 2013, Santa Catarina exportou US$ 201,4 milhões de papéis e cartão, obras de pasta de celulose, de papel (capítulo 48 da NCM), os principais compradores em 2013 foram a Argentina (US$ 100,2 milhões) e Venezuela (US$ 25,2 milhões). 
A balança comercial do setor é superavitária, sendo que em 2013 o saldo foi positivo em US$ 105,4 milhões (US$ 201,4 milhões em exportação e US$ 96 milhões de importações). 
  O segmento de Celulose e Papel de Santa Catarina tem apresentado crescimento anual do emprego. Em seis anos foram 4.599 mil postos de trabalho abertos no estado (FIESC, web). 
3. Descrição das principais matérias-primas, insumos, equipamentos, etapas, operações unitárias e condições operacionais envolvidas no processo de fabricação; 
	A produção de celulose envolve vários insumos e matéria prima, porém o principal deles é a madeira, a celulose é extraída da parede celular das plantas. Devido a produção da celulose ser muito grande, algumas características na escolha da madeira se tornam indiscutíveis, o tempo de corte é o maior atrativo neste quesito, por isso espécies de pinus ou eucalipto são as escolhas mais comuns. Dependendo do uso diferentes espécies são cultivadas, porém a maioria da celulose produzida é direcionada para a fabricação de papel (PIOTTO, 2003).
Tabela 1- Tipos de fibras e usos na produção de celulose.
	fibras
	Espécie 
	aplicação
	
	
	
	Fibras curtas
	Eucalipto, carvalho
	Papel
	Fibras longas
	Pinho, cipreste
	Papel
	Fibras muito longas 
	Bambu, algodão
	Têxtil 
	
	
	
Fonte: Adaptado de Piotto (2003).
A seguir serão apresentadas a entradas e saídas, bem como exemplificados todos os insumos que pertencem a cada etapa 1 a 5 da produção da celulose:
Figura 8 – Fluxo resumido de produção da celulose
Fonte: Adaptado CMPC (web, 2017).
Colheita: Na colheita acontece o corte da madeira e também o desbaste, onde os galhos e folhas são retirados.
Equipamentos: Envolvem máquinas de corte (motosserras, cortadeiras), caminhões para transporte, mão de obra manual.
Produção de cavacos: Nessa etapa ocorre o descascamento da madeira, e a picagem para a formação dos cavacos, até a granulometria adequada para o processo. O tamanho ideal do cavaco é de 10mm a 30 mm de comprimento e 2mm a 8mm de espessura.
Equipamentos: descascadores (tambor ou anel), picadores (rolos, disco), peneiras de classificação, esteira para transporte, silos.
Cozimento: É o início do processo químico que separa a lignina da celulose, e ocorre em temperaturas médias de 150°C, e adição de hidróxido de sódio, NaOH (soda cáustica, e sulfato de sódio, Na2S, no digestor. Esse processo é conhecido como KRAFT, e é o processo utilizado quando o uso da celulose for para produção de papel. 
Apenas mudando os reagentes do cozimento para sulfitos e bissulfitos, a celulose adquire outras características e tem outros fins. Quando o cozimento utiliza H2SO3 E HSO3, forma uma polpa solúvel onde a celulose produzida é direcionada para produção de: viscose, rayon(filmes e filamentos), acetatos( filtro cigarro), nitratos( explosivos e filmes), esteres carboximetil celulose( utilizado em cosméticos, detergentes), esteres etil celulose (revestimentos e tintas).
O licor negro produzido no processo kraft é direcionado para evaporadores e os reagentes são todos recuperados com cerca de 99% de aproveitamento retornando ao processo, os sólidos são utilizados para queima (PIOTTO, 2003).
Após o cozimento a fibra pode exigir um processo de lavagem com água, onde a solução resultante é o licor negro menos concentrado, retirando quaisquer resquício de licor negro das fibras, serve como pre-etapa do branqueamento.
O licor negro ao passar pelos evaporadores, torna-se concentrado, é então queimado, sofre encalagem e a matéria orgânica degradada, sobrando apenas os inorgânicos que são fundidos. 
Reação de queima:
Na2SO4 + 2C → Na2S + 2CO2
Esses fundidos, Na2CO3, juntamente com o Na2S, são misturados ao licor branco (solução de NaOH menos concentrada), dando origem ao licor verde, que posteriormente sofre caustificação e recupera por completo a soda.
Na caustificação o licor verde, é tratado com óxido de cálcio (CaO) que ao reagir com água forma hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), de acordo com a Reação II. O Ca(OH)2 converte o carbonato de sódio ( Na2CO3) , presente no licor verde, em hidróxido de sódio (NaOH) conforme a reação III, recuperando assim o NaOH que é ingrediente do licor branco usado no cozimento (PIOTTO, 2003).
Reação 2:
CaO + H2O → Ca(OH)2 + 270 kcal/Kg de CaO
Reação3:
Ca(OH)2 + Na2CO3 ↔ 2NaOH + CaCO3
A lama aquosa é levada ao forno, onde a cal é recuperada na forma de cal virgem retornando ao processo de caustificação, os gases alimentam as turbinas gerando energia para o processo de kraft, e o filtrado retorna ao sistema para compor o licor branco, usado no início do processo kraft (PIOTTO, 2003).
Reação 4:
CaCO3 → CaO + CO2
Equipamento: tanque digestor, evaporadores, tanque de mistura, incineradores, turbinas, insumos (soda, sulfeto sódio, sulfitos, bissulfitos, cal).
Branqueamento: Terminando o processo de delignificação, a polpa, ou fibras são espessadas e então alvejadas com dióxido de cloro, em seguida neutralizadas com hipoclorito de cálcio, caso necessário são reespessadas até atingir a alvura adequada. Para oxidar a lignina pode-se usar também ozônio ou peroxido de hidrogênio, porém encarecem o processo. O custo dos agentes químicos de dióxido de cloro e hipoclorito de cálcio são expressivamente mais baratos e recuperáveis (PIOTTO, 2003).
Equipamentos: rolos, tanques de alvura, insumos químicos.
Secagem: Último processo em que a polpa é submetida, a secagem consiste em passar a polpa por rolos, formando as folhas, rolos de secagem, rolos de prensagem, e por último um processo de prensagem para umidade restante ser retirada pelo ar (PIOTTO, 2003).
Equipamentos: prensa, rolos de prensagem, rolos de secagem 
Figura 9 - Fluxograma de produção da celulose
Fonte: PIOTTO (2003). 
Embalagem: Na próxima fase, onde a cortadeira reduz a folha contínua em outras menores. Estas folhas formam fardos de 250 kg de celulose;
Transporte: Após armazenada a celulose é transportada por rodovias, ferrovias ou pelo modal aquaviário, dependendo da localização geográfica da fábrica e da melhor estratégia logística a ser utilizada, no que se refere a custo e tempo de transporte;
Mercado: Algumas fábricas trabalham especialmente para o mercado externo, tendo destaque para o mercado asiático;
Produto final: A celulose é a matéria-prima fundamental para a obtenção do papel de imprimir e escrever e de higiene e limpeza.
4. Levantamento dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos gerados no processo e destinação aplicada aos mesmos pela indústria (tratamento, reciclagem, reaproveitamento, comercialização, destinação a aterro, etc.); 
Com base no fluxograma apresentado anteriormente (item 3), realizou-se o levantamento dos resíduos sólidos, gasosos e líquidos gerados no processo produtivo da celulose. 
Colheita: Geração de galhos, folhas e matéria orgânica proveniente das árvores onde ocorre a extração da celulose. Conforme Piotto (2003), as folhas ficam no próprio terreno para a recuperação do solo. Em caso de geração demasiada de galhos não aproveitáveis no processo, a matéria orgânica é encaminhada a uma composteira orgânica de agricultores do município.
Produção de cavacos: As cascas finas (pó) são utilizadas como biomassa para queima e obtenção de energia para uso da própria fábrica, os cavacos grosseiros são reprocessados, já os cavacos com dimensões adequadas seguem para a próxima etapa do processo (PIOTTO, 2003).
Cozimento: Os sacos dos produtos químicos (sulfato de sódio e sulfeto de sódio) são escaminhados como resíduos sólidos contaminados (Classe I) para o aterro com a tecnologia de reciclagem. Os tambores (hidróxido de sódio) são reencaminhados para o o fornecedor, através do programa de logística reversa. O licor negro produzido no processo Kraft são todos recuperados com cerca de 99% de aproveitamento retornando ao processo, os sólidos são utilizados para queima (PIOTTO, 2003).
Branqueamento: o dióxido de cloro e peróxido de sódio são armazenado em IBCs, sendo abastecidos pelo fornecedor e portanto, não gerando resíduos, já para as bombonas de hipoclorito de cálcio é realizada a logística reversa dos recipientes.
Secagem: Não gera resíduos e/ou gases.
 Embalagem: Não gera resíduos e/ou gases.
Transporte: Geração de gases provenientes do escapamento do caminhão quando trasportado por este, que possuem Arla 32 (produto químico que se mistura ao combustível no momento da combustão) para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio. O Arla 32 é utilizado juntamente com o sistema de Redução Catalítica Seletiva (SRC). 
Através do transporte por ferrovias e navios existe a geração dos gases de combustão, minimizados por filtros.
 Mercado: Não se aplica.
 Produto final: Não se aplica.
* Da caldeira de recuperação se gera efluente desta etapa do processo, que é encaminhado à Estação de Tratamento de Efluentes (ETE).
** As caldeiras e a etapa de caustificação geram gases que só serão lançados à atmosfera após a passagem por filtros.
5. Elaboração de um fluxograma representativo do processo industrial, com as principais correntes de fluxo mássico dos materiais envolvidos; cálculo de balanço de massa, incluindo rendimento em produto. 
- Indicação no Fluxograma de entradas ou saídas de energia na forma de calor (aquecimento ou resfriamento) ou trabalho (compressão, expansão, agitação, elétrico, etc).
3. Resultados e Discussão
	Neste item devem ser apresentados os resultados obtidos durante a aplicação da metodologia do seu trabalho, descrita no item 3. Neste item, os resultados devem ser confrontados/comparados com outros autores que embasarão a discussão dos dados. Podem ser utilizados tabelas, quadros e figuras, obedecendo a formatação decrita no item 2.2.
4. Conclusão
A conclusão deve ser feita com o olhar sobre os objetivos geral e específicos. 
Após a conclusão, podem ser colocadas as perspectivas e agradecimentos.
Referências
DEPEC - BRADESCO. Papel e Celulose, abril de 2017. Disponível em:< https://www.economiaemdia.com.br/EconomiaEmDia/pdf/infset_papel_e_celulose.pdf>. Acesso em: 20 de maio de 2017. 
CMPC. Celulose Rio Grandense. Celulose. Disponível em: <http://www.celuloseriograndense.com.br/produtos>. Acesso em: 18 de maio de 2017. 
EXAME. Ranking do setor papel e celulose. Disponível em:< http://mm.exame.abril.com.br/empresas/filtrar/2016/papel-e-celulose/Todos?sort=receita_liquida_d&direction=desc>. Acesso em: 18 de maio de 2017.
FARINHA E SILVA, Carlos Alberto; BUENO, Jefferson Mendes; NEVES, Manoel Rodrigues. A indústria de celulose e papel no Brasil na primeira década do Século XXI – algumas considerações sobre o que poderá ainda acontecer. Disponível em:< www.eucalyptus.com.br/artigos/2015_ABTCP_Panorama_Setorial.pdf>. Acesso em: 23 de maio de 2017.
FIBRIA. Fibria alcança a marca de 10 milhões de toneladas de celulose produzidas em Três Lagoas (MS). Disponível em:< http://www.fibria.com.br/midia/releases/fibria-alcanca-a-marca-de-10-milhoes-de-toneladas-de-celulose-produzidas-em-tres-lagoas-ms/>. Acesso em: 23 de maio de 2017.
FIESC. Indústria de celulose e papel de SC. Disponível em:< http://www2.fiescnet.com.br/web/pt/site_topo/pei/info/celulose-e-papel>. Acesso em: 23 de maio de 2017.
PAINEL FLORESTAL. Os 12 maiores produtores de celulose do mundo. Disponível em:< http://www.painelflorestal.com.br/noticias/celulose-e-papel/os-12-maiores-produtores-de-celulose-do-mundo>. Acesso em: 23 de maio de 2017. 
PIOTTO. Zeila Chittolina. Eco-eficiência na Indústria de Celulose e Papel - Estudo de Caso. 2003. 379 f. Tese apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do Título de Doutor em Engenharia, junto ao Departamento deN Engenharia Hidráulica e Sanitária, 2003.
REVISTA FERROVIÁRIA. Brasil será o 2º maior produtor do mundo Disponível em:< http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdEditoria=2&InCdMateria=25232>. Acesso em: 23 de maio de 2017.
VALOR. Valor econômico. Produção brasileira de celulose cresce 8,1% em 2016. Disponível em:< http://www.valor.com.br/empresas/4856722/producao-brasileira-de-celulose-cresce-81-em-2016>. Acesso em: 23 de maio de 2017.
1 Acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIVILLE.
2 Professora do Departamentode Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIVILLE.
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		Estudos qualitativos com o apoio de grupos focados

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