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Resumo semiologia digestório

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Semiologi...
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO SISTEMA DIGESTÓRIO-
Considerações Gerais○
Todo processo digestório quando sofre uma alteração, seja para interromper ou prolongar, vai 
causar no paciente sintomas variados. Desta forma, quando o processo fisiológico da digestão é 
afetado, quebrando o processo natural, o paciente fica passível de apresentar queixas, que podem 
ser queixas primárias (diretamente ligada ao trato digestivo) ou queixas secundárias (quando vem 
de outros sistemas). 
As funções primárias do trato digestivo consistem no processamento eficiente dos líquidos e 
nutrientes ingeridos e na eliminação dos resíduos não digeridos.
É bom lembrar que dentro dos sintomas digestivos 40% das queixas são funcionais, não são 
patológicas. Uma queixa funcional está relacionada, como exemplo, quando um paciente ingere 
muito alimento de uma só vez, depois de algum tempo fica empachado, desconfortável, sentindo 
sintomas funcionais, quando o alimento for digerido os sintomas incômodos desaparecerão. 
Agora, quando estes sintomas são persistentes, pode-se pensar em causa orgânica.
Inicia-se da ruptura do processo da digestão.�
As queixas são primárias ou secundárias.�
Distúrbios funcionais (40%) => alteração da função digestiva.�
Na semiologia do aparelho digestivo é muito importante a história clínica bem feita e um exame 
físico baseado no raciocínio clínico, para se chegar a um diagnóstico correto.
Diagnóstico História Clínica
Exame Físico
Na avaliação dos sintomas digestivos, a relação entre os jovens e os idosos é diferente, nos idosos 
as queixas digestivas estão relacionadas a depressão e medicamentos, já os jovens os sintomas 
estão relacionados a outros fatores de hábitos como etilismo, tabagismo e outros.
Medicamentos Idosos Depressão
Dor Jovens Tabagismo
Álcool
História Clínica 
≠
Exames Complementares○
Na avaliação geral do paciente, em muitas considerações clínicas (problemas digestivos), os 
pacientes já trazem consigo os exames complementares com alterações no aparelho digestivo, 
como uma endoscopia apresentando uma ulcera no estômago. Sempre que um paciente se 
apresentar nesta situação, deve-se ter cuidado perguntando quando se deve indicar um exame e 
quando questionar o exame.
Se questiona um exame apresentado pelo paciente quando ele já chega rotulando o diagnóstico, 
precisando saber se aquele exame é verdadeiro e se condiz com os sintomas apresentados. 
Aula 10/10/2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
21:58
 Página 1 de Semiologia Digestório 
precisando saber se aquele exame é verdadeiro e se condiz com os sintomas apresentados. 
Devemos indicar um exame sempre quando tivermos uma história clínica e exame físico realizado 
para se complementar e analisá-lo corretamente com base naqueles sintomas apresentados.
Quando indicar?�
Quando questionar?�
SEMIOLOGIA DA BOCA-
Considerações Gerais○
20% das consultas ao consultório tem queixa relacionadas a boca, com a evolução das doenças da 
imunodeficiência 90% dos pacientes (portadores de SIDA), também, tem queixa na cavidade 
bucal, 3% de todos os tumores localizam-se na boca, há problemas na boca na associação com 
distúrbios psiquiátricos (boca seca, amarga). Além disto, as causas mais frequentes são as 
gengivites e as cáries dentárias.
Fisiologia○
Ingestão�
Digestão�
Fonação�
A boca é importante na ingestão (mastigação correta), digestão (amilase salivar) e com a fonação.
Limites Anatômicos○
Anterior: lábios�
Lateral: bochechas (mucosa jugal)�
Inferior: assoalho muscular �
Posterior: istmo �
Superior: palato (duro, mole e véu palatino)�
Na semiologia da boca devemos saber os limites anatômicos. A cavidade bucal tem uma forma 
oval, limitada anteriormente pelos lábios, lateralmente pelas bochechas, embaixo pelo assoalho 
muscular, posteriormente pelo istmo e superiormente pelo palato. Comunica-se com o exterior 
através da abertura dos lábios e com a faringe por meio do istmo da garganta. O vestíbulo da 
cavidade bucal é o espaço entre as bochechas e os lábios e os ossos maxilares e os dentes.
Avaliação Semiológica○
Lábios e mucosa jugal (bochechas)�
Mucosa do sulco vestibular (região entre as mucosas jugais e labiais)�
Cavidade bucal propriamente dita�
Língua e Dentição�
Glândulas Salivares: difícil de avaliar por não estarem muito visíveis.�
Articulação temporomadibular�
Na avaliação semiológica da cavidade bucal, o médico deve seguir uma sistematização que inclui 
as seguintes estruturas:
Anamnese○
Lactantes �
Jovens�
Adultos�
Idade□
Masculino: os Tumores bucais são mais frequentes�
Feminino: nas mulheres os Processos Inflamatórios são mais frequentes.�
Sexo□
O que perguntar?�
As manifestações clínicas das afecções da cavidade bucal e de seus anexos são muito variadas, em 
função de sua complexidade estrutural da região. A idade, o sexo os antecedentes pessoais e 
familiares, os hábitos de vida, e as condições socioeconômicas e culturais são itens importantes e 
devem ser investigados na anamnese.
 Página 2 de Semiologia Digestório 
Negros: Anemia Falciforme�
Brancos: Anemia Perniciosa�
Raça: algumas anemias causam alterações na boca.□
Procedência: saber de onde o paciente vem é um dado epidemiológico importante, 
que nos ajuda a entender se paciente tem alguma influência da região de 
procedência.
□
Profissão: alguns profissionais podem trabalhar com substâncias químicas prejudiciais 
a boca.
□
Queixa Principal○
Localização, intensidade e duração; irradiação, caráter, fatores desencadeantes, 
agravantes e de melhoria.
�
Dor: é um dos sintomas mais frequentes, que pode estar presente em uma série de 
condições bucais ou extrabucais. Devendo ser analisada em termos de:
□
Halitose: é o odor bucal desagradável (mau hálito), podendo ser provocado por 
numerosas condições como língua saburrosa, higiene deficiente, jejum prolongado, 
próteses, tabagismo, processos inflamatórios e infecciosos, alimentos, Cetoacidose, 
insuficiência renal e insuficiência hepática. A queixa de halitose requer exame 
cuidadoso, não só na cavidade bucal, mas também nos sistemas respiratórios e 
digestivos, pele e mucosas, podendo ser, também, de origem metabólica e 
psicogênica.
□
Ageusia: perda total da gustação�
Hipogeusia: diminuição da gustação�
Parageusia: perversão ou distorção da gustação�
Boca Amarga: �
Alterações da Secreção Salivar�
Xerostomia: secura na boca�
Sialorréia ou Sialose ou ptialismo: salivação excessiva�
Alteração da Gustação: o paciente tem alteração do paladar. □
Alterações da Língua: Glossodinia (sensação dolorosa ou de queimação na língua); 
Língua Geográfica; Macroglossia (aumento do volume da língua).
□
Ulcerações Mucosas: estomatite (aftas)□
Sintomas:�
As queixas principais relacionadas com a doença da boca são: dor, úlcera, sensação de 
queimadura, sangramento, dentes abalados, boca seca, excesso de saliva, tumefação, gosto ruim 
e mau hálito.
Exame Físico da Boca○
Direta: olhando a boca do paciente de frente e de perfil□
Indireta: utilização de equipamento (espelho, abaixador de língua, lanterna)□
Sulco nasogeniano, Sulco subnasal, tubérculo do lábio superior, fossa 
mentoniana, sulco mentolabial, comissura labial, sulco comissural.
�
Sulcos: os sulcos faciais devem ser analisados do ponto de vista simétrico, que podem 
significar anormalidades, que variam desde uma hipertrofia muscular em pessoas de 
mastigação vigorosa, ou portadores de bruxismo (apertamento dos dentes), até 
manifestações mais complexas que vão exigir uma avaliação mais consistente. 
Algumas estruturas anatômicas da boca e da face que devem ser reconhecidas 
durante a ectoscopia são:
Inspeção: a boca permite o acesso visual a quase todas suas estruturas, podendo ser direta 
ou indireta.
�
Se faz principalmente através de inspeção, palpação, percussão, auscultaçãoe olfação.
 Página 3 de Semiologia Digestório 
mentoniana, sulco mentolabial, comissura labial, sulco comissural.
Sulco
nasogeniano
Sulco
subnasal
Tubérculo 
Lábio Superior Fossa 
Mentoniana
Comissura 
Labial
Sulco
Mentolabial
Sulco
Comissural
Extrabucal□
A palpação extrabucal é de suma importância, deve-se abranger todas as estruturas 
de responsabilidade da semiologia, inclusive as mais afastadas que possam apresentar 
alterações derivadas ou não dos tecidos bucais. A palpação oferece informações a 
respeito da consistência, limites, sensibilidade, textura superficial, infiltração, 
pulsação, flutuação, mobilidade e temperatura da lesão. Esta palpação deve ser 
realizada de maneira sistemática nas cadeias linfáticas, nas glândulas salivares 
principais (parótidas, submandibulares e sublinguais), de forma bilateral.
Intrabucal (Oroscopia)□
Inspeciona-se e palpa-se a mucosa labial superior e inferior. Ao abrir a boca se 
inspeciona e avalia a dentição, língua, palato, istmo, mucosas, na palpação (utilizando 
luvas) deve-se verificar o assoalho da boca, os lábios, mucosa jugal, língua.
Palpação�
Parotídea◊
Submandibular◊
Geniana ou Facial◊
Submentoniana◊
Cervical Anterior◊
Cervical Posterior◊
Cadeias Ganglionares�
 Página 4 de Semiologia Digestório 
luvas) deve-se verificar o assoalho da boca, os lábios, mucosa jugal, língua.
Na palpação da boca o médico não deve ficar de frente ao paciente, posicionar-se 
lateralmente ao paciente, pois não se sabe o reflexo que o paciente terá, podendo o 
médico ser atingido por tosses e vômitos.
SEMIOLOGIA DO ESÔFAGO-
O tamanho médio do esôfago e de 40cm de comprimento (incisivos até Junção 
Esôfagogástrica), podendo variar com a idade e estatura da pessoa
�
 Esôfago Distal => 10ª ou 11ª vértebra
Relação Anatômica: Esôfago Proximal => 6ª vértebra�
Transporte do bolo alimentar□
Prevenir o refluxo (controle dos esfíncteres esofagianos superior e inferior). Quando 
os esfíncteres não estão funcionando corretamente, pode-se ter refluxo, onde há um 
relaxamento incorreto do esfíncter permitindo que a comida ingerida passe do 
estômago para o esôfago, causando a sensação de queimação (pirose - azia).
□
Os principais sintomas (cardinais) são a Disfagia (dificuldade de engolir) e a Pirose 
(queimação), resultantes de distúrbios nas duas funções básicas do órgão.
□
Sintomas Cardinais
Disfagia Pirose
Funções:�
Considerações Gerais1)
Não tem como realizar o exame físico do esôfago. As afecções esofágicas manifestam-se por sintomas 
de um modo geral muito específicas, o que permite ao médico, através de uma anamnese detalhada, 
estabelecer o diagnóstico correto na maioria dos casos. Os sintomas cardinais e quase patagnomônicos 
da doença esofágica são a Disfagia e a Pirose, resultantes de distúrbios nas duas funções básicas do 
órgão: transporte do bolo alimentar da faringe ao estômago e prevenção do refluxo Gastroesofágico.
Disfagia�
Odinofagia�
Globus�
Pirose�
Dor Torácica�
Regurgitação�
Soluço�
Eructações�
Sinais e Sintomas Esofágicos2)
Disfagia○
Deriva do grego "dis" (dificuldade) e fagia (comer), dificuldade de comer. Geralmente associa-se à 
presença de lesão orgânica do órgão. Podendo ser de dois tipos: Orofaringiana (no começo da 
digestão) e Esofagiana (no transito do esôfago).
 Página 5 de Semiologia Digestório 
Disfagia Orofaringiana□
Decorre de anormalidades que afetam a atividade neuromuscular da musculatura 
estriada da boca, faringe ou esfíncter esofágico superior. Problema no início da 
deglutição, devido a dificuldade de transferir o alimento da boca para o esôfago 
proximal ou um defeito na fase preparatória oral da deglutição. O alimento 
permanece no todo ou em parte na cavidade bucal após a tentativa de deglutição, 
podendo haver aspiração para a árvore traqueobrônquica, seguida de tosse, ou 
regurgitação nasal.
Durante a deglutição o paciente com disfagia orofaringiana mantém a cabeça ereta, 
afasta os ombros para trás e eleva o queixo na tentativa de facilitar a transferência do 
alimento da faringe para o esôfago.
Disfagia Esofagiana□
Resulta de defeitos estruturais ou neuromusculares que acometem esfíncter 
esofagiano inferior. O paciente tem a sensação de parada do bolo alimentar no 
esôfago, após a deglutição, embora não possa localizar precisamente o nível da 
obstrução. 
Pode ser classificada em obstrutiva (tumor, corpo estranho) e motora (alteração na 
motilidade esofagiana).
Queixa: O alimento está preso e não desce�
Classificação: para classificar a disfagia algumas perguntas devem ser feitas, o quadro abaixo 
registra algumas perguntas principais que podem auxiliar no diagnóstico da causa do 
distúrbio da deglutição, realizado no interrogatório. Se o alimento, frequentemente líquido, 
é devolvido através das narinas, o problema é provavelmente neuromuscular.
�
 Página 6 de Semiologia Digestório 
Odinofagia○
Deglutição dolorosa. É a dor que surge com a ingestão de alimentos. Geralmente vem associada à 
disfagia, manifesta-se como uma sensação de queimação ou dor constritiva ou em cólica, porém, 
pelo fato de ocorrer apenas durante a deglutição, é facilmente distinguida da pirose.
Comuns em pessoas com ingesta de substâncias cáusticas, causando dor intensa, no uso de alguns 
medicamentos e algumas Infecções Esofágicas (virais, Herpes).
Globus○
Traduz uma sensação de obstrução na garganta. Não associado a doenças orgânica. No passado 
era associado à personalidade histérica (Globus hystericus), que geralmente tinham este 
problema, mas avaliações psicológicas não confirmaram uma correlação do globus com esse tipo 
de personalidade.
Pirose (ou Azia)○
Sensação de dor em queimação, localizada na região retroesternal, de duração variável, podendo 
irradiar-se para abdômen superior, garganta, regiões anterolaterais do tórax e, menos 
frequentemente, para mandíbulas e membros superiores.
Principal mecanismo está associado a ação nociva dos componentes gástricos e a alterações 
neuromusculares.
Alimentos: álcool, chocolates, frutas cítricas, café, gordura.□
Atividades Cotidianas: inclinar o corpo para frente, deitar-se após refeições, exercícios 
aeróbicos.
□
Drogas e Medicamentos: antagonistas alfa-adrenérgicos, anticolinérgicos, agonistas 
beta-adrenérgicos, bloqueadores do canal de cálcio, benzodiazepínicos, nitratos, 
progesterona, tabaco.
□
Afecções associadas ao refluxo gastroesofágico anormal: CREST, diabete melito, 
gravidez, uso prolongado de sonda nasogástrica, esclerodermia, síndrome de 
Sjöegren, xerostomia, síndrome de Zoolinger-Ellison.
□
Afecções não associadas ao refluxo gastroesofágico anormal: Acalasia, pirose 
funcional.
□
Causas:�
Dor Torácica○
Resposta atípica ao exercício físico, a dor torácica cardíaca é típica ao exercício físico.□
Duração prolongada da dor. A dor cardíaca é aguda, a dor esofagiana é contínua.□
Dor retroesternal sem irradiação lateral, na cardíaca tem irradiações.□
Dor associada às refeições, na maioria das vezes deve-se pensar em doenças 
esofagianas, mas na angina, em refeições copiosas, pode dar dor torácica.
□
Dor aliviada por antiácidos ou anti-secretores.□
Presença de outros sintomas esofágicos (pirose, odinofagia).□
Características�
A dor torácica, também, é um sintoma cardiológico, mas pode ser um sintoma digestivo. 
Entretanto, diante da dor torácica, deve-se primeiro afastar uma causa cardíaca para depois 
pensar na causa digestiva. 
Regurgitação○
Volta do conteúdo gástrico e/ou esofágico à cavidade oral, não acompanhada de vômitos, náuseas 
ou contração abdominal. A regurgitação de pequena quantidade de líquido, pela manhã, é 
chamada de pituíta. As causas de regurgitação esofagiana podem ser mecânicas (estenoses, 
neoplasias, divertículo faringoesofagiano, obstrução daluz esofagiana) ou motoras (megaesôfago 
chagásico, acalásia idiopática, espasmo difuso do esôfago). Ocorre quase sempre após as 
refeições.
Soluço○
Conhecido por Singulto, é uma manifestação clínica de uma contração rápida e involuntária do 
 Página 7 de Semiologia Digestório 
Conhecido por Singulto, é uma manifestação clínica de uma contração rápida e involuntária do 
diafragma, que produz inspiração interrompida pelo fechamento da glote, com a emissão de um 
som agudo característico.
Não constitui sintoma próprio das doenças do esôfago e nem mesmo do aparelho digestivo, sendo 
causado por contrações espasmódicas do diafragma. Pode ser sintoma esofagiano na hérnia hiatal 
e no megaesôfago.
Estímulos de origem central (nervo frênico)□
Estímulos diretos do próprio nervo□
Irritação do diafragma□
Mecanismo�
Pessoas hipersensíveis, o reflexo pode ser iniciado por simples mudanças de temperatura, como 
durante um banho frio, ou após a ingestão de alimentos em temperaturas extremas.
Manobras de Valsava são estímulos que a pessoa provoca para bloquear um outro estímulo.
Eructação (Arroto)○
A eructação não constitui sintoma próprio das doenças do esôfago e ocorre, na maioria das vezes, 
em consequência da ingestão de maior quantidade de ar durante as refeições, ou em situações de 
ansiedade.
 Página 8 de Semiologia Digestório 
Semiologi...
SEMIOLOGIA DO ESTÔMAGO E DUODENO-
A sintomatologia relacionada às doenças do estômago e do duodeno é de difícil definição, são 
apresentados de forma inespecífica, onde muitas vezes se faz necessário exames complementares 
para o diagnóstico. Os sintomas gastroduodenais alegados pelos pacientes exige do médico muita 
atenção e valorização de todos os detalhes da história clínica.
Os hábitos alimentares são os principais fatores que provocam problemas no estômago, devendo-
se fazer uma detalhada investigação sobre estes hábitos alimentares, os horários e o ambiente 
durante as refeições, o tipo de alimentação, ingestão de café e álcool, tabagismo e doenças 
associadas. A história familiar é importante para anamnese, como também a utilização de 
medicamentos como AINES.
O tubo digestivo é sede frequente de distúrbios puramente funcionais, sem um componente 
orgânico evidente.
Anamnese-
Manifestações Clínicas: dispepsia, dor, pirose, regurgitação, náuseas e vômitos, peso pós-prandial, 
saciedade precoce, flatulência, desconforto abdominal, soluços, hematemese e melena.
-
Tipos: Funcional ou Orgânica�
Sintomas com duração mínima de 12 semanas durante os últimos 12 meses�
Presença de dispepsia de maneira persistente ou recorrente.�
Ausência de doença orgânica.�
Os sintomas não se aliviam com a evacuação e nem estão associados a possíveis 
alterações na consistência e/ou frequência das evacuações.
�
Consenso ROMA II: o conceito de dispepsia ao longo do tempo foi reformulado, estas 
alterações são realizadas em Roma. Neste consenso se estabeleceu os requisitos para 
dispepsia funcional:
□
Consenso ROMA III: desconforto abdominal/gástrico em pelo menos 3 vezes na 
semana em um certo período de tempo (1 mês) nos últimos 6 meses.
□
 ↓
ÚLCERA ↔ Dismotilidade
 Inespecífica
Dispepsia Funcional Tipo Úlcera: dor no andar superior do abdome (epigástrio) é 
o sintoma predominante, tendo ainda, dor localizada no epigástrio, aliviada com 
uso de antiácidos, ocorre antes das refeições, desperta o paciente a noite, pode 
ser periódica (a dor vai e vem). Não quer dizer que seja uma úlcera.
�
Dispepsia Funcional Tipo Dismotilidade: é um desconforto abdominal e a dor é o 
sintoma predominante relacionado com outros sintomas como: saciedade 
precoce, peso epigástrico pós-prandial, náuseas e vômitos, sensação de gases, 
desconforto agravado por alimentação.
�
Dispepsia Funcional Tipo Inespecíficas: apresentam sintomas vagos e 
Os pacientes funcionais podem ser classificados em três diferentes grupos sindrômico:
Dispepsia Funcional: relacionada ao hábito alimentar�
Dispepsia (Má Digestão): não é a mesma coisa de disfagia, não tem relação exclusiva com o 
estômago, presença de dor e/ou desconforto, persistente ou recorrente, localizada no andar 
superior do abdome (epigástrio).
○
Aula 22/10/2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
06:39
 Página 9 de Semiologia Digestório 
Dispepsia Funcional Tipo Inespecíficas: apresentam sintomas vagos e 
inespecíficos, não preenchem critérios para serem alocados como tipo úlcera ou 
Dismotilidade. 
�
Dispepsia Orgânica: tem um acometimento orgânico, com presença de gastrite, úlcera, 
pancreatite, parasitoses intestinais ou neoplasias que causa a dispepsia. 
�
Localização epigástrica: no estômago a dor é eminentemente epigástrica.�
Úlcera Péptica�
Tipo: discreta em queimação, descrita como "dor de fome", sensação de roedura ou 
vazio no estômago.
□
Ritmicidade: tem hora certa para chegar, relação íntima com a alimentação (dói, come 
e passa), clocking.
□
Periodicidade: após dias, semanas ou mesmo alguns meses de dor surgem períodos 
de acalmia, a dor desaparece, retornando após um tempo com as mesmas 
características.
□
Características�
Dor: para todo órgão estudado existe uma dor específica, sendo um dos sintomas mais 
importantes e frequentes das doenças digestivas, sendo de difícil interpretação clínica, devendo 
ser cuidadosamente explorada, quanto a localização, caráter e relações temporais.
○
Pirose e Regurgitação Ácida: representam a sensação de queimação retroesternal e a volta de 
alimentos previamente deglutidos à boca, são manifestações comuns às doenças esofágicas, 
podendo ocorrer em afecções do estômago e duodeno.
○
Vômito em jato ou quando muito vigoroso, pode causar ruptura do esôfago por pressão 
(síndrome de Boerhaave) ou laceração linear da mucosa esofágica resultando em 
hematêmese e/ou melena (síndrome de Mallory-Weiss).
�
Náuseas e Vômitos: não são sintomas específicos do estômago, mas estão relacionados.○
Sensação desagradável e incomodativa de enchimento excessivo do abdome superior, 
conhecido como empachamento ou plenitude.
�
Peso Epigástrico Pós-Prandial (empachamento)○
Saciedade Precoce: é a redução da sensação de apetite e de fome logo após iniciar a refeição. 
Deve ser diferenciada da anorexia, que é a perda do desejo de se alimentar. Pode ocorrer nos 
casos de distúrbios da motilidade digestiva.
○
Flatulência: distensão, plenitude e timpanismo abdominal, além de borborigmos, eliminação 
excessiva de flatos (gases).
○
Desconforto Abdominal: sensação subjetiva não dolorosa, pode ser enquadrado como dispepsia 
tipo dismotilidade, em caso de ser recorrente.
○
Soluços: reflexo decorrente da contração rápida e involuntária do diafragma, presente em 
patologias do estômago e do esôfago.
○
Hematêmese e Melena: hematêmese é o vômito com sangue e a melena é a eliminação de sangue 
pela via anal, podendo estar presente na semiologia do estômago. Se o paciente vomita sangue 
tudo indica que é um problema digestivo alto, acima da porção do ligamento duodenojejunal 
(Treitz), se for abaixo deste ângulo se tem melena ou hemorragia digestiva baixa. A melena não 
traduz apenas hemorragia digestiva baixa, podendo ter uma úlcera no estômago, que está 
sangrando, podendo o sangue continuar o ciclo digestivo até sair nas fezes. Desta forma, todo 
paciente que tem melena, se tem primeiro que afastar doenças do estômago pela endoscopia 
para depois afastar doenças de intestino pela colonoscopia. 
○
Exame Físico do Estômago○
Fica a cargo das alterações que o paciente apresentar, pois raramente apresentam alterações 
específicas no exame físico geral ou mesmo no exame do abdome sendo muito difícil conseguir 
por meio dele estabelecer um diagnóstico específico. Alguns pacientes podem apresentar dor 
moderada com a palpação leve do abdomee presença de defesa e rigidez muscular, mas existem 
 Página 10 de Semiologia Digestório 
moderada com a palpação leve do abdome e presença de defesa e rigidez muscular, mas existem 
pacientes sensíveis que podem apresentar defesa voluntária na palpação, mesmo não havendo 
complicações graves.
Em um caso de perfuração gástrica o ar que sai pode entrar no espaço entre o fígado e a parede 
abdominal, durante a percussão o local habitual da macicez hepática torna-se timpânico, com a 
evolução o timpanismo pode ser difuso.
Exames Complementares○
Os procedimentos de interesse para o estudo do estômago e duodeno, além dos exames 
laboratoriais de rotina e radiografias simples, incluem a ultra-sonografia, a TC, fibroendoscopia, 
pesquisa de H.pylori, estudos da secreção e da motilidade gastroduodenal. Os exames de fezes 
estão inseridos no nosso meio, com o objetivo de excluir parasitoses.
SEMIOLOGIA DO PÂNCREAS-
Órgão de exame e avaliação muito difícil, pois tem localização retroperitoneal, posterior ao 
estômago.
○
Manifestações clínicas evidentes acontecem em casos extremos, quando o órgão está muito 
alterado, com lesões extensas a ponto de causar repercussões em vísceras vizinhas em todo o 
organismo ou provocar dor intensa. A sintomatologia pode acontecer de repente, nos casos 
extremos seja agudos ou crônicos.
○
Há importância de relacionar com evento abdominal agudo ou crônico. Se os sintomas já vinham 
acontecendo no passado ou são recentes.
○
O Pâncreas, além de ser um órgão ligado ao trato digestivo, tem grande importâncias nas funções 
exócrinas e endócrinas, sendo importantes em outras áreas médicas.
○
Exócrina: pancreatite aguda, pancreatite crônica e fibrose cística.�
Endócrina: adenomas (pouco comuns)�
Principais Afecções:○
Exócrina: tem como unidade funcional um ácino em comunicação com um canilículo. 
As células acinares produzem enzimas digestivas (amilase, lipase, colipase, esterase, 
etc.). As células caniculares e centroacinares produzem secreções de eletrólitos e 
bicarbonato, promovendo o pH alcalino ótimo para a atividade enzimática. Se a 
patologia acometer as células caniculares o paciente apresentará desidratação pelo 
comprometimento da secreção de eletrólitos, se acometer as células acinares o 
paciente apresentará ineficiências das enzimas digestivas.
□
α (alfa): secretora de glucagon�
β (beta): secretora de insulina�
Δ (delta): secretora de somatostatina�
PP: secretoras de peptídeo pancreático�
Endócrina: tem como unidade funcional a Ilhota pancreática (de Langerhans), 
constituída de células:
□
Alguns problemas relacionados com patologia do pâncreas se apresentam em 
sintomas de outros sistemas, como em diabéticos, pois podem afetar as células β
(insulina). 
Desta forma, o pâncreas por ser multifuncional é de difícil avaliação.
Glândula dividida em 2 partes:�
Produto de enzimas digestivas�
Suco Pancreático: componente ativo da digestão�
Produção da glândula�
Fisiologia○
Exame Clínico○
É o habitual, constituído de Identificação, anamnese (HDA, História Pessoal, Familiar e 
Psicossocial) e exame físico.
Considerações Gerais-
 Página 11 de Semiologia Digestório 
Sexo: pancreatite aguda biliar e as neoplasias císticas serosas e mucinosas são 
frequentes em mulheres, nos homens predominam a pancreatite crônica alcoólica, 
câncer pancreático e na ectasia mucinosa ductal.
□
Idade: a pancreatite alcoólica aguda é mais comum em jovens, o câncer costuma 
aparecer acima dos 50 anos.
□
Raça: doenças congênitas são quase exclusivas de pessoas brancas de origens norte-
européias.
□
Profissão: trabalhadores de indústrias químicas, de metais não ferrosos e de lavagem 
a seco, podem produzir carcinógenos, expondo o paciente e promovendo inflação 
pancreática.
□
Identificação: �
História da moléstia atual�
Emagrecimento:□
Icterícia:□
Alterações mentais: nas pancreatites, além do alcoolismo, podem haver outras 
toxicomanias e alterações de personalidade.
□
Hematêmese e Melena: mais raro de acontecer em relação ao pâncreas, mas em 
pancreatites necrotizantes, pode-se ter alterações dos vasos, causando hemorragias.
□
Tosse Crônica: pode estar associado ao metabolismo do pâncreas. Na fibrose cística se 
observa a tosse crônica. Em crianças, afastadas as causas infecciosas, tem que se 
pensar em alteração pancreática.
□
Sintomas de diabete: por conta das alterações hormonais pode-se ter problemas 
relacionados a diabetes, com sintomas hipo ou hiperglicemiantes. (polidipsia, 
polifagia).
□
Diarréia: esteatorreia □
Náuseas e Vômitos: sintoma geral□
Astenia: fraqueza□
Massa ou abaulamento abdominal: geralmente de localização epigástrica.□
Sintomas Hipoglicêmicos: tonteira e cefaléia aliviadas pela alimentação e agravadas 
pelo exercício.
□
História de úlceras pépticas múltiplas: □
História Pessoal e Pregressa�
Doenças do pâncreas pode estar associada a litíase biliar, etilismo abusivo, traumatismo 
fechado do abdome, cirurgias abdominais, insuficiência renal grave, infecções por vírus 
(caxumba, HIV, outros), além de outros.
História Familiar�
Há uma base genética para o carcinoma de pâncreas.
História Psicossocial�
Pacientes com alcoolismo, a maior parte dos que apresentam pancreatopatias, costumam 
utilizar outros tóxicos e possuir distúrbios de personalidade e de comportamento.
Psicossocial) e exame físico.
Dor: é a sintomatologia mais frequente, a dor do 
pâncreas e dita em cinta ou em barra, intensa e 
contínua, geralmente epigástrica, agravada pela 
alimentação, irradiando-se em faixa para os 
hipocôndrios e flancos até o dorso, aliviando em 
posição de cócoras e piorando em decúbito dorsal.
□
 Página 12 de Semiologia Digestório 
Semiologi...
PRINCÍPIOS DE SEMIOTÉCNICA E DE INTERPRETAÇÃO DO EXAME CLÍNICO DO ABDÔMEN-
Neste resumo pego apenas pequenos trechos do texto de Ulysses G. Meneghelli & Ana L. C. Martinelli, 
passado pelo Professor para leitura e complementação da disciplina Semiologia Digestório.
Na semiologia do abdômen, são empregados os tradicionais métodos de inspeção, ausculta, palpação e 
percussão, de preferência nesta ordem.
Epigástrio□
Mesogástrio (região umbilical)□
Hipogástrio□
Hipocôndrios (Direito e Esquerdo)□
Flancos (Direito e Esquerdo)□
Fossas Ilíacas (Direito e Esquerdo)□
Divide o abdômen em nove regiões: delimitas por linhas imaginárias (3 horizontais, 2 
oblíquas, 2 arqueadas):
1º.
Esta divisão segmenta o abdômen em 3 andares: Superior (Epigástrio, hipocôndrios (D,E)); 
Médio (Mesogástrio, Flancos (D,E)); Inferior (Hipogástrio e Fossas ilíacas (D,E)).
Quadrante Superior (Direito e Esquerdo)□
Quadrante Inferior (Direito e Esquerdo)□
Divide em quatro áreas (quadrantes): Toma-se como referência a cicatriz umbilical onde 
cruzam duas linhas imaginárias, uma horizontal e outra vertical, dividindo o abdômen em:
2º.
A descrição do abdômen é necessária para indicar o local dos achados do seu exame físico, 
havendo duas formas clássicas de divisão:
Divisão do abdômen:-
Forma do abdômen:-
Aula 29/10/2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
10:52
 Página 13 de Semiologia Digestório 
Plano: forma considerada normal, relativo ao perfil do abdômen ao longo da linha mediana.○
Escavado (Retraído): aspecto côncavo, aparece em pacientes emagrecidos, caquéticos e 
desidratados.
○
Globoso: o abdômen é uniformemente crescido, encontrado em pacientes obesos, com grandes 
ascites, distensão gasosa, crescimento do fígado e do baço, cisto gigantes de ovário. Uma variante 
do globoso é o Piriforme observados nas grávidas.
○
Batráquio: há uma dilatação exagerada dos flancos.○
Avental: o abdômen cai sobre a pelve ou coxas, quando o paciente está em pé. Uma variante do 
abdômen em avental é o Pendular que resulta de uma fraqueza muscular do andarinferior, muito 
comum é a flacidez do puerpério.
○
Forma do abdômen:-
As modificações assimétricas do abdômen, como abaulamentos e retrações, sempre têm significado 
patológico, sendo importante anotar a forma e a região em que está o abaulamento. As retrações 
localizadas são raras.
Peristaltismos:-
Em pacientes com escasso ou nenhum tecido adiposo, pode-se identificar movimentos peristálticos das 
alças delgadas, neste caso pode ser movimentos peristálticos normais (fisiológicos). Em uma pessoa 
normal pode indicar obstrução localizada no antro gástrico, no intestino delgado ou nos cólons. Sendo 
necessário definir o sentido e a freqüência (3 episódio por minutos) com que ocorrem. É de suma 
importância que sejam identificados fenômenos acústicos e outros sintomas acompanhantes. Quando 
suspeitado, mas não presente, pode-se estimular mediante sucessivas e breves compressões na parede 
abdominal.
Peristaltismo Visível no Antro Gástrico (Estômago): sentido oblíquo, de cima para baixo e da 
esquerda para direita, com freqüência de 3 ondas/min. Fenômenos acústicos de patinhação com 
sintoma de vômito de estase. A causa mais comum de obstrução é o câncer gástrico e úlceras 
pépticas, estenosantes.
○
Peristaltismo Visível no Intestino Delgado: os movimentos são multidirecionais e localizam-se na 
região umbilical ou em suas imediações. Dores fortes acompanham o peristaltismo, havendo 
aumento de ruídos hidroaéreos, que podem assumir timbre metálico ou serem audíveis à 
distância.
○
Peristaltismo Visível nos Cólons (Intestino Grosso): movimentos na projeção dos cólons na parede 
abdominal, a direção do movimento é a mesma do trânsito normal. Pode ocorrer aumento dos 
ruídos hidroaéreos acompanhado de parada da emissão de fezes e gazes.
○
 Página 14 de Semiologia Digestório 
ruídos hidroaéreos acompanhado de parada da emissão de fezes e gazes.
Circulação Colateral Venosa-
A circulação colateral pode indicar obstrução no sistema venoso, é verificada na inspeção do abdômen. 
A não visualização dessas veias, na parede abdominal, não exclui a possibilidade de presença de 
circulação colateral.
Pré-Sinusoidal�
Sinusoidal�
Pós-sinusoidal�
Circulação Colateral do Tipo Portal (Cabeça de Medusa): é a mais freqüente, ocorre quando há 
obstáculo do fluxo venoso proveniente do tudo digestivo e do baço, em direção ao fígado. Quando 
visível, acima da cicatriz umbilical, drena em direção ascendente para a cava superior, enquanto 
que a que está abaixo do mesmo ponto drena para baixo, em direção a cava inferior. Caracteriza-
se por manter o sentido normal da circulação venosa, periférica, do abdômen, sempre em direção 
centrífuga em relação ao umbigo. Considerando os sinusóides hepáticos a hipertensão portal pode 
ser:
○
Circulação Colateral Tipo Cava Inferior: observadas no andar inferior do abdômen e nas suas 
regiões laterais. O sentido da corrente será sempre ascendente, uma vez que a circulação está 
toda direcionada para a cava superior. A principal causa é a trombose.
○
Circulação Colateral Tipo Cava Superior: vistos na parte superior do abdômen, têm sentido de 
corrente para baixo procurando a cava inferior.
○
Circulação Colateral Tipo Mista: associação da circulação colateral tipo portal e tipo cava inferior.○
A determinação do sentido da corrente sanguínea é de fundamental importância, indicando qual o 
sistema está obstruído.
Palpação do Abdômen-
O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, com os membros inferiores e superiores 
estendidos, pode ser utilizado pequenos travesseiros abaixo da cabeça e dos joelhos, para que se 
obtenha o máximo de relaxamento muscular da parede anterior do abdômen.
O abdômen deve estar totalmente exposto, o local deve ser silencioso, calmo, bem iluminado,com 
temperatura adequada, evitando-se o frio que tensiona o abdômen. 
Palpação Superficial○
Verifica-se a espessura, continuidade, tonicidade e deformações. É realizada com as duas mãos 
relaxadas, tocando-se com a face palmar suavemente, toda extensão abdominal do paciente, 
comparando-se as áreas direitas e esquerdas, para detectar pequenas alterações na tonicidade e 
sensibilidade. A palpação superficial além de detectar algumas alterações abdominais, serve para 
ganhar a confiança do paciente e para executar a palpação profunda.
O médico deve ficar em pé, ao lado do doente deitado, não deve sentar-se na cama do paciente para 
realizar a palpação a fim de evitar infecção hospitalar. As mãos não devem estar frias e o movimento 
deve ser em sentido horário ou anti-horário, tocando-se todos os quadrantes do abdômen, geralmente 
o exame inicia-se à direita e termina com a parte descendente e sigmóide à esquerda.
 Página 15 de Semiologia Digestório 
ganhar a confiança do paciente e para executar a palpação profunda.
Hipertonia Voluntária (generalizada): pode decorrer de posicionamento inadequado, 
frio, cócegas, tensão emocional.
□
Hipertonia Involuntária (localizada): decorrer de processos patológicos (irritação 
peritoneal, apendicite). Com a evolução da hipertonia involuntária a rigidez pode se 
tornar generalizada, conhecida como abdômen em tábua. 
□
Hipertonia: decorre de contração forte da musculatura, pode ser de origem voluntária ou 
involuntária.
�
Palpação Profunda○
Verifica-se o conteúdo abdominal, identificando segmentos do tubo digestivo e eventuais massas 
existentes, deve-se atentar para variações na sensibilidade, consistência, diâmetro, forma e 
mobilidade.
Conforme o órgão a explorar, a palpação pode ser uni ou bimanual, em geral, com ângulo 
formado por volta de 45o, sendo realizado em dois tempos: aprofundamento e deslizamento.
Aprofundamento: A manobra de aprofundamento deve ser realizada durante a expiração do 
paciente, propiciando a penetração das mãos. Não é aconselhável orientar o momento da 
expiração, pois pode dificultar a manobra por chamar a atenção do paciente.
�
O importante é obter boas condições de relaxamento expiratório dos músculos para 
aprofundamento das mãos e para o deslizamento. Quando a palpação é dificultada pela dor, 
o médico deve tentar, com delicadeza, as manobras necessárias, mas abandonar o 
procedimento se for grande o sofrimento do paciente.
Deslizamento: durante este movimento é que deverão ser avaliadas as características do 
órgão que está sendo examinado. A influência dos movimentos respiratório é mínima nos 
flancos e no andar inferior do abdômen, mas influencia no transverso e na grande curvatura 
do estômago.
�
Descompressão Brusca do Abdômen: a dor, à descompressão brusca do abdômen, é sinal 
indicativo de inflamação aguda do peritônio, ou seja, peritonite aguda. A zona inflamada do 
peritônio é a que responde com dor à descompressão brusca, caracterizando o sinal 
positivo, chamado de sinal de Blumberg, ocorrendo em todo abdômen. A dor à 
descompressão brusca e a resistência da parede compõem o que pode ser chamado de sinal 
de peritonismo.
�
Na palpação deve-se identificar tumorações abdominais, caracterizando e anotando-as quanto a 
localização, forma, consistência, mobilidade, sensibilidade, dimensões, pulsatilidade. Assim, na palpação 
avalia-se:
Tensão da Parede: dificuldade de se aprofundar a mão. Resistência muscular – voluntária (técnicas 
de relaxamento, expiração, manobra de galambos) x involuntária (peritonites).
○
Sensibilidade ( dor) : peritonite - dor a palpação superficial.○
Continuidade: é a pesquisa de orifícios herniários. Palpa-se superficialmente o abdome, e de 
repente encontra-se um anel herniário. Solicita-se que o paciente realize a manobra de Valsalva 
(aumenta-se com isso a pressão intra abdominal), constatou-se que ocorreu herniação para 
dentro daquele anel herniário das vísceras subjacentes a ele.
○
Tumores parietais: deve-se diferenciar as massas da parede abdominal daquelas originadasintraperitonealmente. Realiza-se duas manobras: a manobra de Carnet e a manobra de Smith e 
Bates . A manobra de Carnet consiste em pedir ao paciente para fletir a cabeça, enquanto a 
manobra de Smith e Bates o paciente deve elevar as duas pernas. O objetivo dessas manobras é 
induzir a contração da musculatura abdominal. Com isso diferenciamos: as massas originadas na 
parede, a realização dessa manobra durante a palpação torna a massa mais evidente, mais nítida, 
enquanto as massas de origem intraperitoneal podem vir a se tornar menos evidentes ou até 
mesmo desaparecer. Lembrar que ao se realizar essas manobras em um paciente que apresenta 
○
 Página 16 de Semiologia Digestório 
mesmo desaparecer. Lembrar que ao se realizar essas manobras em um paciente que apresenta 
com hérnia, esta desaparece, pois a hérnia se torna mais evidente com a manobra de Valsalva, o 
que nos permite dizer que manobras para diferenciar massas, não devem ser utilizadas para o 
diagnóstico de hérnia
Ausculta do Abdômen-
A ausculta do abdômen, segue-se a inspeção e precede a palpação, detecta-se a presença dos Ruídos 
Hidroaéreos (RHA), sendo audíveis por intermédio do estetoscópio ou à distância. Quando por 
estetoscópio deve-se auscultar os quatros quadrantes do abdômen e a área central, durante dois a três 
minutos. Em condições patológicas os RHA podem estar com intensidade aumentada (diarréia), reduzida 
ou abolida (íleo paralítico). Um timbre metálico é observado nos casos de obstrução do intestino 
delgado.
Os sons audíveis sem estetoscópio são: 
Patinhação: ruído do tipo clap, clap. Ao se comprimir a parede do abdômen, há um encontro com 
a superfície líquida, produzindo o ruído típico.
○
Gargarejo: é o mais característicos dos RHA, particularmente no ceco, além de ouvir-se o ruído, 
tem-se a percepção tátil. Borbulhamento, tanto na região do antro gástrico quanto na região do 
ceco. 
○
Borborigmo: é dado pela grande predominância de gases em relação ao conteúdo líquido do 
órgão. É o ronco da barriga.
○
Além dos RHA a ausculta pode revelar ruídos vasculares (sopros), atritos (raros) e ruídos obstétricos. Os 
RHA normais se parecem com uma pequena quantidade de líquido em movimento provocado pelo 
peristaltismo, ou ao som do mar escutado quando se coloca um concha do mar no ouvido. Se os RHA 
estiverem presente sinaliza para um ritmo intestinal presente e regular, se estiverem ausentes o 
intestino não está funcionando.
Ausculta-se os quatro quadrantes pelo menos durante 2 a 5 minutos cada um. O paciente pode ter uma 
peristalse normal, aumentada ou diminuída.
A peristalse diminuída ou ausente: processo obstrutivo e por esgotamento da peristalse ela começa a 
diminuir, quadro inflamatório intra abdominal faz o íleo metabólico, alterações metabólicas como 
hipopotassemia, hipocalcemia, acabando por levar a um íleo metabólico.
A peristalse aumentada: diarréia ou quadro obstrutivo
OBS: No início de um processo obstrutivo a peristalse encontra-se aumentada (peristalse de luta), 
subseqüentemente teremos um esgotamento e, por fim, uma redução da peristalse.
Percussão do Abdômen-
Timpanismo: apresentado em toda extensão do abdômen normal, a área do nítido timpanismo é 
conhecida como espaço de Traube. Se houver substituição do timpanismo por som maciço pode 
ser sinal de estrutura sólida ou líquida no local.
○
Hipertimpanismo: é um timpanismo mais sonoro, acontecendo no meteorismo, obstrução 
intestinal, pneumoperitônio, megacólon chagásico.
○
Submaciço: uma menor quantidade de gases ou a presença de um órgão maciço nas 
proximidades.
○
Maciço: obtido com a percussão sobre área sólida, sendo típico na percussão do fígado. Quando 
este som desaparece no fígado, passando a ser timpânico, se chama de sinal de Jobert, indicativo 
de ruptura de víscera. 
○
É a última etapa do exame clínico do abdome, após a inspeção, ausculta e palpação. Com o paciente na 
mesma posição já descrita. Quatro tipos de sons podem ser obtidos pela percussão do abdômen: 
Timpânico, Hipertimpânico, Submaciço e Maciço.
 Página 17 de Semiologia Digestório 
de ruptura de víscera. 
A percussão não é recomendada para identificação do bordo hepático, por ser imprecisa, mas é utilizada 
em caso de realização de punção de fígado. A percussão é excelente recurso semiológico para o 
diagnóstico da ascite.
Diagnóstico de Ascite○
Ascite é o acúmulo de líquido livre na cavidade abdominal, proveniente de várias causas, onde o 
líquido livre procura as partes em mais declives. O abdômen se mostra mais ou menos flácido ou, 
então, tenso, caracterizando a chamada ascite hipertensa. A presença de hérnia umbilical é 
achado freqüente nas grandes ascites. A causa mais freqüente é a cirrose hepática. Algumas 
técnicas de percussão são utilizadas para diagnóstico:
Sensação de onda ou sinal do piparote: (peteleco) o abalo produzido pelo piparote produz 
pequenas ondas de choque no líquido ascítico, perceptíveis pela palma da mão, colocada no 
flanco oposto. Esse sinal é próprio das grandes ascites, não sendo efetivo para ascites de 
médio ou pequeno porte. O próprio paciente pode ajudar na técnica, exercendo pouca 
pressão na linha mediana do abdômen central. O sinal é positivo na presença de grandes 
tumores líquidos no abdômen.
�
Semicírculos de Skoda: nas ascites o líquido tende a ocupar as partes mais declives, com a 
percussão realizada desde o andar superior, delimitará uma linha semicircular na transição 
entre o timpanismo e a macicez das áreas correspondentes às porções mais declives, cuja 
concavidade volta-se para região epigástrica. Em caso de cisto ovariano, folicular esta 
concavidade será invertida, percebendo uma convexidade em relação a região epigástrica. 
�
Macicez Móvel: é a técnica mais confiável para saber se o paciente tem ou não ascite. O 
líquido e a correspondente macicez sempre se movem para as partes mais declives da 
cavidade abdominal, colocando-se o paciente em decúbito laterais o líquido se dirige para o 
lado do decúbito, proporcionando o som maciço na região mais baixa. A contra prova pode 
ser feita invertendo o decúbito e no local de percussão anterior com macicez se torna 
timpânico e o local de timpanismo se torna maciço. Pode-se utilizar a posição de 
Trendelenburg (pés mais elevado que a cabeça); posição "de quatro", onde a macicez 
sempre ocupará a região em maior declive.
�
Doenças no peritônio: tuberculose, há um aumento da permeabilidade dos capilares 
peritoneais, provocando exsudação.
□
Doenças do fígado: cirrose hepática (mais comum), causada pelos desbalanço entre a 
pressão hidrostática e pressão oncótica. Ultrapassada a capacidade de reabsorção do 
fluido pelos vasos linfáticos, forma-se a ascite.
□
Congestão Hepática: ICC, com aumento da pressão sinusoidal.□
Extravasamento de Suco Pancreático: derramamento de suco pancreático na 
cavidade, podendo provocar peritonite química.
□
Doenças que acometem gânglios linfáticos: linfomas, causam ascite de alto conteúdo 
linfático de aspecto leitoso (ascite quilosa).
□
Hipoproteinemia: desnutrição, diminuição da pressão oncótica, desbalanceando com 
a pressão hidrostática, causando extravasamento de líquidos para cavidade.
□
Causas:�
A diferenciação entre a macicez da ascite e de tumores está na sua mobilidade, na ascite a macicez 
muda de lugar, já nos tumores líquidos são contidos pelas próprias estruturas do processo patológico, 
não mudando de local ao realizar a manobra da macicez móvel.
Fígado-
O fígado deve ser palpado, descrevendo-se suas características quanto à consistência, espessura da 
borda, sensibilidade, estado da superfície e pulsatilidade.
Ao se palpar o fígado o paciente deve estar com o abdômen o mais relaxado possível, não se deve 
aprofundar excessivamente a mão e a manobra deve ser regida pelos movimentos respiratórios.A boa 
técnica consiste em preparar a mão durante a expiração e palpar, quando da descida do diafragma, 
durante a inspiração, que move o fígado para baixo.
 Página 18 de Semiologia Digestório 
durante a inspiração, que move o fígado para baixo.
Técnica de Mathieu: o paciente em decúbito dorsal, tenta-se palpar o fígado com a mão em garra.○
Técnica de Lemos-Torres: o paciente em decúbito dorsal,com a mão esquerda e por baixo do 
paciente, se eleva um pouco o abdômen e tenta palpar o fígado com a mão direita no hipocôndrio 
direito, é positivo quando o paciente refere dor.
○
Manobra do Rechaço Hepático: é aplicado quando, entre o fígado aumentado e a parede, se 
interpõe um volume líquido, dificultando a palpação por outro método. O paciente em decúbito 
dorsal, o médico com a mão direita, aplicará pequenos golpes na parede anterior do abdômen, no 
intuito de impulsionar o fígado para região profunda esperando o contra-choque na mão direita 
ao voltar a posição inicial.
○
As seguintes técnicas podem ser utilizadas para palpação do fígado:
Estado da borda inferior: normalmente tem espessura fina, em algumas patologias pode se tornar 
arredondada e grossa (romba).
○
Superfície: é regularmente lisa. Nas patologias pode ficar irregular (rugosa).○
Consistência: no fígado normal a consistência é firme, com certa elasticidade, apresenta-se mole 
na esteatose e dura na cirrose, na congestão crônica e no câncer.
○
Sensibilidade: a dor despertada pela palpação pode ser difusa ou localizada. A provocação de dor 
aguda pela percussão leve de qualquer ponto da área de projeção do fígado é conhecida como 
sinal de Torres Homem.
○
Pulsatilidade: o fígado aumentado pode mover-se discretamente a cada pulsação arterial.○
As características que devem ser investigadas no fígado palpado são:
Hepatomegalia-
O fígado normal pode ser palpado a um ou dois centímetros abaixo do rebordo costal. Para determinar a 
hepatomegalia se faz necessário determinar dois pontos de referência: o primeiro corresponde a parte 
mais alta e determinado pela percussão seguindo a LHC direita de cima para baixo; o segundo pode ser 
determinado pela percussão de baixo para cima no abdômen ou pela palpação da borda inferior do 
fígado. Geralmente, o limite superior do fígado fica na altura do sexto EIC ou um pouco mais acima; o 
limite inferior fica entre o rebordo costal até dois centímetros abaixo.
O volume do fígado pode aumentar em diferentes condições. Algumas patologias que cursam com 
aumento do volume do fígado são:
 Página 19 de Semiologia Digestório 
Congestão: Insuficiência Ventricular Direita, Pericardite constrictiva;○
Processos infecciosos: abscessos bacterianos e infecções virais;○
Doenças parasitárias: amebíase, malária;○
Doenças metabólicas: esteatose, doença de Wilson;○
Neoplasias: linfomas, hemangiomas;○
Outras: cirroses, hepatites medicamentosa.○
Palpação do Baço-
O baço deve ser palpado, descrevendo as características quanto ao tamanho (mais importante), forma, 
consistência, estada da superfície e sensibilidade. A palpação é o melhor método para a exploração 
clínica do baço. O baço de tamanho e de localização normal não é palpável. Quando está grandemente 
aumentado, pode ser palpado facilmente. Quando está moderadamente aumentado, pode ser palpado 
apenas durante a inspiração. Para ser palpável, o baço deve alcançar o dobro do seu tamanho normal.
A palpação do baço é facilitada, quando feita durante a inspiração em posição decúbito dorsal e na 
posição facilitadora de sua descida (posição intermediária de Schuster), posição intermediária entre o 
decúbito dorsal e o lateral direito. Esta posição induz o movimento do baço em direção ao rebordo 
costal, favorecendo a palpação.
Processo de Mathieu-Cardarelli: o paciente em decúbito lateral direito, com o médico a sua 
esquerda e com as mãos em garra, tenta-se palpar o baço, podendo ser uni ou bimanual.
○
Processo Bimanual: o médico do lado direito do paciente, em decúbito dorsal, com a mão do 
examinador comprimindo a região esplênica, a mão direita, com os dedos estirados, "espera" a 
borda anterior do baço nas inspirações, com a pressão apenas suficiente para perceber o órgão.
○
Esplenomegalia-
Inflamatórias: septicemia, endocardite bacteriana, leishmaniose.○
Congestivas: hipertensão portal por cirrose hepática, esquistossomose.○
Hiperplásticas: leucemias, anemias hemolíticas, púrpura trombocitopênica.○
Infiltrativas: doença de Gaucher, Doença de Niemann-Pick.○
Neoplásicas: hemagiomas, linfossarcoma, doença de Hodgkin.○
A esplenomegalia pode ser congestiva, quando o crescimento é formado por congestão de sangue 
venoso, ou proliferativa, quando o aumento do volume é dado por crescimento do continente celular do 
órgão. Pode ter algumas das seguintes causas:
Vesícula Biliar-
 Página 20 de Semiologia Digestório 
Vesícula Biliar-
A vesícula biliar normal não é palpável. O aumento da vesícula biliar decorre de obstrução do ducto 
cístico (sem icterícia) ou do colédoco (há icterícia do tipo obstrutivo).
A presença de icterícia obstrutiva com vesícula palpável indica que a resolução terapêutica do caso é de 
competência cirúrgica.
A vesícula biliar, quando palpável, fica no ponto em que a margem inferior do fígado cruza a borda 
externa do músculo reto, anterior, direito do abdômen. A técnica utilizada pode ser, também, a de 
Mathieu.
Quando existe dor durante a palpação do fundo da vesícula biliar, indica processo inflamatório, sendo 
chamado de Sinal de Murphy. A regra ou Sinal de Courvoisier-Terrier é quando a vesícula é grande e 
palpável, mas não há dor.
 Página 21 de Semiologia Digestório 
Semiologia
Digestório ...
SEMIOLOGIA DO FÍGADO-
Considerações Gerais-
"Órgão pesado" (Hebraico => Kabed). É o maior órgão do organismo, pesando cerca de 1400 a 1600 
gramas, sendo o principal órgão responsável pelo metabolismo de substâncias endógenas e exógenas. 
Também é nossa maior glândula, funcionando como glândula intestinal extrínseca na produção de bile.
Muitas vezes, alguns órgãos que fazem contato com o fígado pode estar aumentado de tamanho, 
induzindo o examinador a pensar em uma hepatomegalia, pois estes outros órgãos empurram o fígado, 
alterando sua posição normal. Desta forma, a relação que o fígado tem com outros órgãos é muito 
importante, pois nem todo aumento do fígado significa que o paciente tenha hepatomegalia, está será 
definida ou descartada analisando a história clínica do paciente, a partir dos sintomas que são inerentes 
ao fígado.
Superior: 5º EIC○
Inferior: 8ª costela ○
Lobo direito se relaciona com o pulmão, pleura e diafragma.○
Limites:-
Venosa: A Veia Porta é o principal meio de irrigação do fígado, levando praticamente todos os 
nutrientes absorvidos pelo trato alimentar (exceto lipídios) para os sinusóides hepáticos. 
Alterações na veia porta podem causar alterações clínicas e patológicas no paciente.
○
Sangue Venoso Veia Porta
Veia Mesentérica
Veia Esplênica
O2 (70%)
Fígado
O sangue que vem da veia mesentérica e da veia esplênica vai para veia porta, sendo a fonte 
venosa dominante, trazendo 70% de O2 para o fígado. 
Sangue Arterial Artéria Hepática
O2 (30%)
Fígado
Arterial: o sangue arterial da artéria hepática representa apenas 30% do sangue recebido pelo 
fígado, sendo distribuído inicialmente para estruturas não-parenquimatosas, particularmente os 
ductos biliares intra-hepáticos.
○
Vascularização-
Assim, temos que o sangue venoso participa muito mais da oxigenação do fígado do que o sangue 
arterial. Por isto que o aumento da pressão da veia porta é a principal causa das patologias hepáticas, 
apresentando circulação colateral, varizes do esôfago devido as dilações venosas.
Identificação: ○
Nascimento:�
Puberdade:�
Idade: a idade é um elemento fundamental, pois desdeo nascimento até os idosos existem 
patologias que acometem mais uma idade do que outras. Como na icterícia fisiológica do recém-
nascido, as neoplasias nos idosos.
○
Anamnese-
Aula 05/11/2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
10:01
 Página 22 de Semiologia Digestório 
Puberdade:�
Senilidade:�
Esquitossomose Mansônica: causa aumenta do fígado e do baço, prevalência no Brasil�
Colestase da Gravidez: retenção de bile, prevalência no Chile e Escandinávia�
Esferocitose (doença hematológica): raça branca�
Depranocitose (Anemia Falciforme): melanodermos�
Raça e Cor: algumas patologias que acometem o fígado podem atingir mais seletivamente pessoas 
de raça branca e outras nos melanodermos.
○
Feminino: litíase biliar e cirrose biliar (distúrbios hormonais, obesidade, gravidez).�
Masculino: Hepatopatia Alcoólica e Colangite Esclerosante Primária (CEP).�
Sexo: algumas doenças hepáticas acometem mais um sexo do que outras, mas não é uma regra 
para estas patologias.
○
Exposto ao contato com sangue e derivados, Hepatite B e C.�
Trabalhadores com ambientes de esgoto e rato: icterícia por leptospirose.�
Profissão: algumas profissões estão mais expostas a alguns tipos de contaminação. É necessário 
verificar se há depósitos, contato com agrotóxicos, tintas e outras substâncias químicas.
○
Procedência: a hepatite A manifesta-se em forma epidêmica. A hepatite D é endêmica em 
diversas regiões do globo. A hepatite E é encontrada nos países em desenvolvimento, no Brasil 
confirmada na Bahia e em São Paulo.
○
O fígado metaboliza algumas vitaminas (A, D, E e K). A vitamina K é a responsável pela coagulação 
sanguínea, por isto que distúrbios de coagulação podem estar relacionado a doença do fígado.
Localiza-se no quadrante superior direito do abdome.�
É ocasionada pela distensão da cápsula de Glisson (cápsula hepática) pela congestão 
cardíaca, hepatites, tumores e outras.
�
É associada a dor em cólica de início súbito, que se confunde com a dor da litíase biliar.�
Dor:○
Prurido (Colestase): acúmulo de bilirrubina provoca o aumento de histamina causando prurido. 
Algumas manifestações do fígado, parecem não ter relação com este órgão, como o prurido.
○
Insônia�
Alteração de personalidade�
Agitação, Irritabilidade�
Tremores�
Alterações de Consciência�
Sintomas e Sinais Neuropsiquiátricos: em uma hepatopatia a metabolização de Amônia fica 
prejudicada, causando o aumento de amônia (Hiperamonemia), atingindo o SNC, agindo a nível 
dos astrócitos, causando diversas alterações como sintomas inibitórios ou excitatório. Estas 
alterações podem ser devidas a encefalopatia hepática:
○
Urina escura (Colúria) e fezes clara (Acolia Fecal): esta mudança na coloração decorre pela 
deficiência na metabolização pelo fígado de algumas substâncias. A mudança na cor da urina 
decorre do aumento da BD bifissulina direta, com cor marrom-claro até de coca-cola. As fezes 
clara é causada pela Estercolina que não está sendo metabolizada pelo fígado.
○
Icterícia infecciosa e auto-imunes�
Dores Articulares, Mialgia e Adinamia: são sintomas inespecíficos, que traduzem mais doenças 
infecciosas, mas precisa-se chamar a atenção para doenças hepáticas. Adinamia é quando o 
paciente está prostrado e doente, debilitado, indisposto (a = não ; dinamia = dinâmico => não 
dinâmico).
○
Alta e Intermitente (Hepatite A): também é sintoma inespecífico.�
Febre:○
História da Doença Atual-
 Página 23 de Semiologia Digestório 
Alta e Intermitente (Hepatite A): também é sintoma inespecífico.�
Alta com Calafrios, Cólicas e Colúria (Litíase)�
Hematêmese e Melena: são manifestações hemorrágicas do tubo digestivo por alterações dos 
mecanismos da coagulação, de varizes esofagogástricas ou de outras localidades.
○
Aparelho Genital: as doenças hepáticas podem causar alterações da libido, disfunção erétil, 
amenorréia, infertilidade e metrorragia, que são atribuídos a distúrbios hormonais, que não são 
metabolizados corretamente a nível hepático.
○
Ganho de Peso: atribuído à retenção de líquidos (ascite e edema).�
Perda de Peso: devida a deficiências nutricionais ou neoplasias.�
Alterações Ponderais:○
Cirurgias? Anestesias repetidas? Métodos Invasivos? Trauma? Uso de álcool e medicamentos? 
Passado de Hepatite?
○
Antecedentes Patológicos-
Antecedentes Familiares-
São relevantes para o diagnóstico de algumas patologias hepáticas.
Não é muito útil, nódulos ou massas são perceptíveis. A icterícia é um dos principais sinais.�
Examinar o paciente de frente e tangencialmente.�
Inspeção○
Visa determinar os limites superior e inferior do fígado.�
Identificar a área hepática para realização de alguns procedimentos, assim como volume e 
tamanho do fígado.
�
Limite Superior: percute ao longo da LHC direita, ao nível do 5º EIC até encontrar um som 
submaciço.
�
Limite ou Borda Inferior: percute de baixo para cima, em direção ao arco costal, seguindo a 
LHC direita, observando a saída do som timpânico para o som submaciço.
�
Se o fígado estiver ultrapassando cerca de 2 a 3 cm do rebordo costal direito, pode-se dizer 
que o fígado está aumentado de tamanho (hepatomegalia).
�
Percussão○
Borda (espessura -> Fina / Romba)�
Superfície: regular ou irregular (nodular)�
Sensibilidade: se tem presença de do ou é indolor.�
Consistências se é elástica ou endurecida.�
Refluxo Hepatojugular: quando se palpa o fígado de um paciente cardiopata vai apresentar 
turgência jugular. 
�
Palpação○
Ausculta: presença de sopros, se for encontrado sopros na região do fígado é sinal de perfuração 
de vísceras. Não é muito proveitosa no fígado.
○
Exame Físico-
Aranhas Vasculares: são dilatações vasculares periféricas, formando um desenho de teia de 
aranha, posicionando-se de forma centrípeta, ao nível do tronco e pescoço, pode ser suspeita de 
uma doença hepática crônica, mas não são específicas das hepatopatias crônicas.
○
Eritema Palmar: as mãos são avermelhadas nas eminências tenar, hipotenar, ponta dos dedos e 
também na sola dos pés.
○
Unhas brancas, hipocratismo digital: não é um sinal específico, com mecanismo não esclarecido.○
Alterações Endócrinas: feminização, diminuição dos pêlos axilares e pubianos e ginecomastia.○
Sinais de Hepatopatia Crônica:-
 Página 24 de Semiologia Digestório 
Anel de Kayser-Fleischer: anel de cor amarelada, pela impregnação pelo cobre na periferia da 
córnea que ocorre na Doença de Wilson (doença hepática crônica).
○
Hálito Hepático: difícil descrevê-lo, provavelmente derivado de substâncias não metabolizadas 
pelo fígado.
○
Acne: vem com as alterações endócrinas. ○
Contratura de Dupuytren: contratura da face palmar, encontrada na cirrose hepática.○
Aumento das Parótidas: observado na cirrose, em pacientes que ingerem bebida alcoólica.○
Flapping - Asterixis: tremores finos e grosseiros, observados especialmente nas mãos de pacientes 
com hepatopatia crônica, nefropatias crônicas entre outros.
○
Equimoses: decorrem de distúrbios da coagulação e se localizam em diversas regiões, inclusive 
órgãos internos.
○
Ascite: a mais comum nas hepatopatias, de volume variado, mais freqüente na cirrose e incomum 
na esquistossomose mansoni.
○
Circulação Colateral: é indicativa de hipertensão portal.○
 Página 25 de Semiologia Digestório 
Semiologi...
SEMIOLOGIA DAS VIAS BILIARES-
A árvore biliar surge do ducto hepático direito e esquerdo, que se unem para formar o ducto 
hepático comum, ao unir-se com o ducto cístico, que sai da vesícula, teremos o ducto colédoco, 
este continua e se une ao ducto pancreático até o esfíncter de Oddi, desembocando no duodeno. 
○
Qualquer alteração que acometa as vias biliares (cálculo, tumor) vai causar dilatação destes ductos 
anteriores, onde o paciente evolui com estase de bile (colestase)levando ao desenvolvimento do 
sintoma clínico da icterícia.
Noções de Anatomia e Fisiologia-
Sexo: a litíase biliar é mais comum no sexo feminino, entre a 5ª e 6ª décadas de vida.�
Cor�
Profissão: o paciente pode se expor no trabalho a alguma substância química que cause 
toxicidade, levando a uma icterícia.
�
Raça�
Estado Civil: normalmente as pessoas casadas ficam mais sedentárias, sendo um fator 
predisponente para obesidade e formação de cálculos.
�
Naturalidade�
Procedência�
Identificação: a propedêutica clínica deve ser iniciada pelas informações colhidas desde a 
identificação do paciente, pois muitas enfermidades poderão ser suspeitadas a partir de dados 
relacionados com:
○
Sintomas mais frequentes:
Anamnese-
Aula 12/11/2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
22:36
 Página 26 de Semiologia Digestório 
Dor�
Náuseas�
Vômitos�
Icterícia�
Febre�
Sintomas mais frequentes:○
Cólica Biliar: é a dor típica das patologias das vias biliares, resultante da obstrução do ducto cístico 
ou do colédoco. Náuseas e Vômitos com frequência se associam ao quadro doloroso. É uma dor 
constante, algumas vezes, intermitente.
○
Dor-
Tipo Colestática com colúria, acolia fecal e prurido cutâneo. Mais intensa na Coledocolitíase. Um 
dado importante na prática clínica é que a icterícia associada à litíase biliar, na maioria das vezes, 
é flutuante. Nas icterícias permanentes é resultante das neoplasias das vias biliares ou da cabeça 
do pâncreas.
○
Icterícia Flutuante X Icterícia Persistente
 ↓ ↓
 Litíase Biliar Neoplasia
Icterícia-
Sintoma de alarme que esta presente nas patologias das vias biliares quando se tem associado a 
um processo infeccioso, como em uma colecistite (inflamação da vesícula biliar). A tríade de 
Charcot é típica de acometimento da vesícula biliar.
○
Tríade de Charcot: dor no hipocôndrio direito do abdome, febre com calafrio e icterícia.
Febre-
Fácies: sofrimento no decorrer da cólica biliar.�
Cor da Pele: icterícia (amarelada)�
Mucosas Visíveis:�
Abaulamento no abdome: nas colecistites agudas ou nas neoplasias da vesícula biliar.�
Inspeção○
Hiperestesia cutânea.�
Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula palpável e indolor.�
Manobra de Murphy: definir a sensibilidade dolorosa da vesícula biliar (vesícula palpável e 
dolorida).
�
Abaulamento do abdome�
A técnica de Mathieu também serve para palpação da vesícula biliar.�
Palpação○
A identificação do ponto cístico é importante na técnica da palpação. Em um paciente não obeso o 
ponto cístico pode ser encontrado traçando-se uma linha vertical ao nível do ponto médio do osso 
ilíaco, seguindo a borda do músculo reto abdominal até encontrar o rebordo costal. Já nos 
pacientes obesos o ponto cístico pode ser obtido trançando-se uma linha imaginária ao nível da 
crista ilíaca ântero-superior esquerda, que cruza a cicatriz umbilical até chegar no rebordo costal 
direito.
Exame Físico-
SEMIOLOGIA DO CÓLON, RETO E ÂNUS-
 Página 27 de Semiologia Digestório 
SEMIOLOGIA DO CÓLON, RETO E ÂNUS-
Comprimento médio de 120 cm.○
Ceco�
Cólon Ascendente�
Cólon Descendente�
Cólon Transverso�
Cólon Sigmóide�
Constituído de cinco partes:○
Considerações Gerais-
Situado na fossa ilíaca direita, revestido por peritônio e móvel, seu comprimento varia conforme a 
idade, em um idoso pode chegar a ter cerca de 6 a 7 cm. Uma estrutura importante a válvula 
íleocecal, que impede o fluxo retrógrado e a passagem do bolo alimentar do delgado para o 
grosso.
○
Ceco-
Comprimento médio do Cólon Ascendente é maior em relação ao Cólon Descendente.○
Não apresentam mobilidade, estando sempre unidos pelo cólon transverso, através da flexura 
hepática (lado direito) e flexura esplênica (lado esquerdo).
○
Cólon Ascendente e Descendente-
Apresenta uma forma de tubo irregular e posições variáveis, tem uma localização, também, 
variável, pois pode se encontrar tanto a nível epigástrico como na cicatriz umbilical. Une o cólon 
ascendente e descendente.
○
Cólon Transverso-
Situado na cavidade pélvica. Comprimento variável (30 a 50 cm). Estende-se do término do Cólon 
Descendente ao início do Reto. É muito importante para o estudo porque a maior parte das 
doenças intestinais (intestino grosso) se dá no cólon sigmóide.
○
Cólon Sigmóide-
É uma extensão do Cólon Sigmóide, com comprimento médio entre 17 a 19 cm, sendo a parte 
final do intestino grosso.
○
Reto e Ânus-
Crianças = Megacólon Congênito□
Adultos = Megacólon Chagásico□
Sangramento Anal em crianças pode estar associado a pólipos no intestino grosso, em 
adultos a hemorróidas e em idosos associado ao câncer.
Idade:�
Procedência: vai definir a epidemiologia da doença. Em algumas regiões a doença se localiza 
de forma mais frequênte.
�
Hemorróidas: pessoas sentadas por muito tempo ou em pé por muito tempo.□
Doença Diverticular (divertículos): sedentárias (relacionada a fraqueza do 
peristaltismo) / Baixa ingesta de vegetais.
□
Profissão: algumas profissões podem, com o tempo, causar manifestações patológicas.�
Sexo: a constipação acomete mais os pacientes do sexo feminino.�
Identificação:○
Abdominal: difusa, maior dificuldade para localizar, pois está difusa.�
Perineal: Tenesmo (dor a evacuação), fácil de ser avaliada.
Localização:□
Dor:�
Sinais / Sintomas○
Exame Clínico - Anamnese-
 Página 28 de Semiologia Digestório 
Perineal: Tenesmo (dor a evacuação), fácil de ser avaliada.�
Aguda: dura até 1 semana□
Persistentemente Aguda: dura de 2 a 4 semanas□
Crônica: dura mais de 4 semanas□
Diarréia / Disenteria: diarréia é o aumento do número de evacuações, associado ao 
aumento do volume líquido das fezes. A disenteria é uma diarréia acompanhada de 
eliminação de muco e/ou raios de sangue. Do ponto de vista semiológico, as diarréias 
podem ser classificadas em 3 tipos: 
�
Mudança do ritmo intestinal: muitos pacientes não sabem identificar se tem constipação, 
diarréia, mas sabem afirmar que as suas fezes não estão mais normais como antes, 
mudando a pouco tempo.
�
Mecânicas: cirúrgicas de intestino�
Neurogênicas: doenças que atingem as fibras neuromusculares�
Metabólicas - Hormonais: diabetes�
Psicogênica:�
Medicamentosa: uso de ansiolíticos, anti-depressivos.�
Alimentação inadequada: pobre em fibras, rica em proteínas. �
Causas:□
Estas causas facilitam o aparecimento de constipação. O autor Mario Lopes diz que 
obstipação é quando o paciente fica 48 sem evacuar, e quando passa 4 dias sem 
evacuar o paciente está constipado.
Obstipação Intestinal: 48 horas sem evacuar. Para o professor Basílio, Constipação e 
Obstipação se referem ao mesmo sintoma, embora em algumas literaturas se faça 
diferenciação, mas têm as mesmas causas.
�
Sangramento Anal: é necessário conversar com o paciente para identificar se está falando 
de sangramento anal ou de hemorragia digestiva baixa (enterorragia).
�
Prurido Anal: algumas parasitoses (oxiurise) causam o prurido anal.�
Distensão Abdominal: quando vem acompanhada com dor e constipação pode estar 
associada ao distúrbio do intestino grosso.
�
Náuseas e Vômitos: é muito comum, mas não é específico a sintomas do IG.�
Anemia e emagrecimento: pode ser encontrado em pacientes acometidos em doenças do 
IG.
�
Decúbito dorsal�
Avaliar forma e volume�
Observar movimentos peristálticos�
Inspeção○
Deve-se iniciar pela fossa ilíaca direita, porque as patologias mais comuns acontecem na 
região retosigmodeana.
�
Sinal do Gargarejo: presente nas doenças intestinais.�
Sinal de Gersuny: avaliar se o paciente tem ou não fecaloma, diferenciando de um tumor. A 
manobra é realizada comprimindo a alça intestinal, se for fecaloma haverá achatamento e 
deslocamento, o examinador vai sentir uma passagemde ar (frêmito). Ou seja, quando 
comprimimos uma massa abdominal de maneira profunda e demorada, e ao reduzirmos a 
pressão da mão, percebe-se que a parede intestinal desprega-se subitamente do bolo fecal, 
produzindo uma sensação peculiar resultante da interposição de ar entre a parede intestinal 
e o bolo fecal.
�
Palpação○
Exame Físico-
 Página 29 de Semiologia Digestório 
Percussão: nos 4 quadrantes○
Ausculta: RHA, sinais de obstrução.○
Apoio psicológico: avisar como é o exame físico e a importância da realização deste 
exame.
□
Fornecer veste adequada□
Boa Iluminação□
Boa relação médico-paciente�
Decúbito lateral, com paciente de costas para o examinador□
Posição de Sims: é a posição correta e mais cômoda para o exame proctológico do paciente.�
Preparação e posição do paciente: ○
Inspeção: algumas doenças intestinais podem ter sinais diretos ou indiretos, doenças anais 
externas e as doenças que se exteriorizam pelo ânus.
○
Toque Retal: é feito com a introdução do dedo indicador enluvado e lubrificado no orifício anal, 
verificando e identificando estruturas e órgãos normais ou anormais. Uma estrutura que se pode 
verificar é a próstata. 
○
Exame Proctológico: exame anuretal.-
Anuscopia: visão da região anal.○
Retossigmoidoscopia: avalia a região anal, retal e sigmoidal. ○
Colonoscopia: avalia toda região do intestino grosso.○
Exames Complementares-
 Página 30 de Semiologia Digestório

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