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Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume conceitos SEMIOTÉCNICA: é a utilização, por parte do examinador, de todos os recursos disponíveis para avaliar o paciente enfermo, desde a simples observação do animal até a realização de exames modernos e complexos. É a arte de examinar o paciente. SEMIOGÊNESE: busca explicar os mecanismos pelos quais os sintomas aparecem e se desenvolvem. CLÍNICA PROPEDÊUTICA: reúne e interpreta o grupo de dados obtidos pelo exame do paciente; é um elemento fundamental de raciocínio e análise, na clínica médica, para o estabelecimento do diagnóstico. SINTOMA: todo fenômeno anormal que o animal apresenta revelando em uma alteração, doença (dispneia, claudicação, tosse). SINAL: Não se limita apenas em observação de uma manifestação anormal e sim quando o clinico esta avaliando o paciente e tem um achado clinico, se tratando de um sinal clinico, que apenas pode ser visto pelo clinico, o proprietário não ver por não entender as funcionalidades do sistema do animal. SINAL PATOGNOMÔNICO: Manifestação específica de uma entidade patológica (doença). Só pertencem ou só representam uma determinada enfermidade. EXAME CLÍNICO: É um conjunto de procedimentos executados de forma lógica pelo clinico, visando um estabelecimento de um diagnostico presuntivo. sendo dividido em: Dados pessoais: identificação, raça, espécie, raça, idade, gênero, nascimento, ultima visita ao veterinário, além dos dados do tutor, anamnese (relata a queixa principal), inspeção, palpação, percurssão, auscultação, olfação (como avaliação específica), exames complementares, diagnóstico presuntivo, e diagnostico definitivo, tratamento. Tipos de Diagnóstico: DIAGNÓSTICO NOSOLÓGICO OU CLÍNICO: reconhecimento de uma doença com base nos dados obtidos na anmenese, exame físico e / ou exames complementares, sendo na verdade, a conclusão que o clínico chega sobre a doença. Ex: pneumonia, tétano, raiva. DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO: quando após ter avaliado um animal suspeitando de uma determinada enfermidade, realiza- se um procedimento medicamentoso, em caso de resposta favorável, fecha-se um diagnóstico. DIAGNÓSTICO ANATÔMICO: produz modificações anatômicas, encontradas no exame macroscópico dos órgãos. Ex: fratura corretiva do fêmur, artrite interfalângica distal. DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: é a conclusão do clínico sobre o fator determinante da doença. Ex: morbillivírus (cinomose), lyssavirus (raiva), Clostridium botulinum (botulismo). DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO: utilização do raio x como auxiliar nas rotinas clínicas e cirúrgica. Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO: é aquele que se obtém por método de exclusão. Sendo um diagnóstico por exclusão, eliminando-se, aos poucos, algumas hipóteses diagnósticas inicialmente presumidas, pelas características do quadro sintomático apresentado dia a dia e pela realização de exames complementares. D IAGNÓSTICO D IFERENC I AL : é aquele obtido por hipóteses, e semelhanças entre as doenças, é possível fazer um diagnóstico diferencial pela semelhança de sintomas entre as doenças. Ex: Cinomose tem um diferencial para raiva devido a sintomatologia nervosa semelhante, assim como tem para hepatite infecciosa canina e parvovirose. PROGNÓSTICO: é conhecimento prévio, feito pelo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado da uma doença É predição médica de como doença, irá evoluir, sabendo concluir quais as prováveis chances do paciente. Podendo ser classificado em Favoravel e desfavorável TRATAMENTO: SINTOMÁTOLÓGICO: combate apenas os sintomas PATOGÊNICO: procura modificar o mecanismo de desenvolvimento da doença VITAL: faz para evitar aparecimento de complicações que possam fazer o animal correr risco de vida CURATIVO: quando há a cura da doença EXAME CLÍNICO: É um conjunto de procedimentos executados de forma lógica pelo clinico para obter um diagnostico presuntivo, que é dividido sequencialmente em: Identificação: raça, espécie, idade, gênero, ultima visita ao veterinário, dados do tutor anamnese (relata a queixa principal) inspeção, palpação, percurssão auscultação, olfação (como avaliação específica) exames complementares, diagnostico presuntivo diagnostico definitivo, tratamento EXAME FÍSICO: É parte do exame clinico, se tratando da colheita de sinais através de métodos físicos como palpar e sentir uma estrutura se está aumentada ou não Percutir e poder formar um som e através desse som poder dá uma presunção do que se trata Sentir e poder associar o cheiro com algo já vivenciado ou estudado Auscultar e através do som permitir associar, se esta fisiológico ou patológico e antes de tudo ver, observar, treinar seus olhos, e através do que se vê poder presumir logicamente sinais, permitir associar todas essas informações como guia do diagnostico. O Exame físico constitui da: inspeção, palpação, auscultação, percussão, olfação. Sistema cardiovascular Revisão Anatômica: BOVINOS: 3° ao 4° EIC EQUINOS; 3° ao 4° EIC PEQUENOS RUMINANTES: 3° ao 5° EIC PEQUENOS ANIMAIS: 3° ao 4° EIC ANATOMIA DA CIRCULAÇÃO: PEQUENA CIRCULAÇÃO: tem inicio no ventrículo direito recebe o sangue não oxigenado do átrio direito, esse sangue é conduzido pelas artérias pulmonares até o pulmão para ser oxigenado após isso, é encaminhado pelas veias pulmonares até o átrio esquerdo. GRANDE CIRCULAÇÃO: o ventrículo esquerdo bombeia o sangue rico em o2 para ateria aorta que vai para todo o corpo. EXAME CLÍNICO: Identificação: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dico https://pt.wikipedia.org/wiki/Diagn%C3%B3stico https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Espécie: Cães e gatos apesentam uma clinica mais constante em problemas cardiovasculares do que outra espécie Idade: Importante, pois, quando filhote pode vir a descobrir uma degeneração de valva ou um sopro indicando a cardiopatia congênita. Animais idosos com 10 anos pode ter uma cardiopatia adquirida, que possa desenvolver a insuficiência cardíaca. Sexo: Fêmeas: persistência do ducto arterioso. Machos: apresentam duas afecções cardíacas: degeneração mixomatosa da valva mitral e cardiomiopatia dilatada. Raça: existem raças com mais predisposição como: poodles, buldog franceses, Cocker Spaniels, pastor- alemão, Siamens, persas, Rottweilers, boxers, pugs, beagles, pinsher, pequinês. SINAIS CLINICOS: Ascite, dispneia e taquipnéia, tosse seca, ascite, edema pulmonar, síncope (desmaios). INJURIAS: Quando se tem uma degeneração de átrio direito, a valva já não trabalha de forma rítmica causando um descompensamento e retorno venoso, o sangue que ia para ventrículo direito retorna ao átrio direito causando sobrecarga dos vasos. Quando a injuria acomete no átrio esquerdo: causa retorno venoso edema pleural trazendo um quadro de dispneia respiratória. Isso se dá pela falha da bomba cardíaca direita. Paciente apresenta secreção espumosa formando bolhas fazendo um som crepitante. Paciente com dispneia inspiratória tem comprometimento de vias aéreas e comprometimento expiratório Dispneia expiratória normalmente sente dores ASCITE: Clinicamente o paciente apresentará ascite e edema subcutâneo devido o retorno venoso causa um acumulo de liquido na região abdominal assim,o paciente inicia uma taquipneia devido a pressão que exerce o liquido abdominal sobre o diafragma. animal acaba por adotar posições anormais como ficar com a cabeça sempre esticada, membros pélvicos e torácicos sempre esticados como forma de aliviar o sintoma. TOSSE: Tosse é um ato de reflexo produzido pela estimulação da faringe, traqueia, brônquios,bronquíolos, pleura, diafragma que pode resultar em causas respiratórias e cardíacas Tosse seca é uma das principais sintomatologias em pacientes cardiopatas com comprometimento cardiovascular normalmente ocorre à noite, pois o paciente está relaxado então ocorre o retorno em nível de carina (traqueia), causando um reflexo de tosse. Dentre as causas cardíacas mencionar o aumento do átrio esquerdo comprimindo o brônquio principal esquerdo desencadeando reflexo de tosse Insuficiência ventricular esquerda é outra causa que produzirá um aumento da pressão venosa desenvolvendo edema pulmonar. Pode piorar a noite devido ao decúbito do animal. Costuma ser seca e ruidosa DISPNÉIA E TAQUIPNÉIA: A taquipneia (aumento da frequência respiratória) normalmente precede à dispneia (dificuldade respiratória). Provavelmente, a taquipneia seja um dos primeiros sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva em felinos. Basicamente, é possível observar três tipos de dispneia: inspiratória (associada a alterações das vias respiratórias superiores); expiratória (relacionada com as doenças pulmonares, bronquiais, intersticiais ou alveolares ou com edema pulmonar por insuficiência cardíaca congestiva) ou mista (p. ex., na insuficiência cardíaca congestiva com efusão pleural concomitante). Nos casos mais graves de estresse respiratório: o animal adota posições anormais que facilitam a respiração. A posição ortopnéica: o cão relute a deitar-se, permanecendo sentado, com os membros pélvicos e com os membros torácicos estendidos em abdução. A cabeça fica esticada, as narinas dilatadas e é possível observar uma expressão de angústia na face do animal. Esse quadro representa uma grave congestão pulmonar, na qual o animal procura, com essa postura, favorecer o ingresso de ar aos pulmões. É necessário ressaltar que, nesses casos, é muito importante evitar o estresse do animal. O primeiro passo será compensar o paciente (oxigênio, diuréticos, vasodilatadores etc.) para, posteriormente, começar com as manobras ou exames subsidiários. Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume SINCOPE: Desmaio repentino de causa cardíaca pode ser obstrução do fluxo sanguíneo faltando oxigenação no cérebro. arritmias que diminue o volume por minuto sanguíneo, outras causas pode citar, colapso de traqueia, distúrbios neurológicos, hemorragias. PERDA DE PESO INTOLERÂNCIA A EXERCÍCIO, FRAQUEZA. CIANOSE: deixar o animal quieto recebendo oxigenação que a mucosa aos pouco volta a ficar corada EMAGRECIMENTO: apetite caprichoso POSTURA: estica cabeça, língua roxa, barriga aumentada. EXAME FISICO GERAL: INICIA PELA CABEÇA: Os olhos são importantes na identificação de alterações cardiovasculares, observar os vasos das mucosas palpebrais e bubais, e observar vasos episclerais. COLORAÇÃO DAS MUCOSAS E TPC: Em geral, um animal normal, as mucosas gengivais apresentam cor rosa-intenso. Faz-se uma leve pressão com o dedo, a cor volta rapidamente (2 s), esse teste é chamado de tempo do preenchimento capilar (TPC). TORÁX: Na região do tórax, o clínico deverá, inicialmente, observar o tipo de respiração apresentado pelo animal que, em condições normais, deve ser toracoabdominal. PALPAÇÃO: O clínico deve observar também se há aumento de volume torácico, examinar abdômen em busca de ascite, se suspeitar de doença cardiovascular (insuficiência), caso não encontre, procurar por edema pulmonar. Traqueia; Tórax Ponto de máxima de intensidade Frêmito de pré- cordial Abdômen Teste de godet-avaliação do subcutâneo INSPEÇÃO: condição geral, comportamento (FAZER OS TESTES), padrão respiratório, edema, aumento de volume abdominal (abaulado), pulso jugular (algumas vezes é visível dependendo se o animal tem muito pelo); Teste de Godet – Similar ao TPC, só que na pele. Quando o animal tem insuficiência cardíaca congestiva direita, ele tende a criar edema nos membros Então faz-se um pressionamento com o polegar na pele, se for positivo a marca da pressão do dedo irá permanecer por algunas segundos dando sugestivo para edema de membro. Palpação de o pulso jugular (sinal clinico) importante, e internamente a veia jugular temos a carótida; AUSCULTAÇÃO: Estetoscópio e técnica de auscultação Focos do lado esquerdo: PAM (Pulmonar, Aórtico e Mitral) respectivamente no terceiro, quarto e quinto espaços intercostais. O aórtico é mais alto que a pulmonar, o foco mitral é na mesma altura do pulmonar em pequenos animais e na mesma altura do aórtico em grandes animais. Focos do lado direito: Tricúspide Sons cardíacos: Bulhas cardíacas (S1 e S2) Primeira bulha: Fechamento das valvas atrioventriculares Segunda bulha: Fechamento das valvas semilunares Sons anormais: Ritmo de galope (S3 e/ou S4) Arritmias O pulso pode estar diferente do normal em virtude de uma arritmia, verificar com um eletrocardiograma Sopros Funcionais e patológicos: indicativo de retorno venoso que são divididos em graus 1-4 onde o grau 1 só consegue perceber em eco, grau 2 quem tem o hábito de auscultar consegue identificar, grau 3 a 4 é perceptível. Se o coração não tem débito cardíaco adequado, ele não nutre a si mesmo com sangue pelas coronárias. PERCURSSÃO DIGITODIGITAL: o clínico poderá utilizar a percussão tipo digitodigital. PULSO: Frequência, ritmo, intensidade, regularidade, locais de aferição Arterial, facial, femoral, braquial, metatarso, metacárpico e coccígea. Percussão *Bovinos: reticulo pericardite traumática causada por um corpo estranho perfurante; TESTE DE RAMPA, TESTE DE BASTÃO; Pequenos ruminantes: não apresenta doenças cardiovasculares com importância na literatura Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Sistema respiratório ANAMNESE: Constitui uma das etapas mais importantes do exame clínico e influencia as decisões diagnósticas e terapêuticas. Três perguntas são fundamentais para iniciar a anamnese: 1° PASSO: O que está acontecendo? Desde quando? Como está evoluindo? A quanto tempo iniciou? Animal adoeceu rapidamente? Ou a evolução foi lenta? Pois o clinico já tem como base se é uma doença aguda ou crônica a forma como esta afetando o paciente e quais medidas tomar diante dos fatos, é aqui que o clinico descobre se o animal já teve algum outro tratamento. Obtém-se, dessa maneira, uma queixa principal, que se refere à manifestação da doença que fez com que o proprietário trouxesse o seu animal para avaliação. As doenças do sistema respiratório, em geral, produzem sinais clínicos facilmente aparentes para o proprietário. 2° PASSO: questionar o proprietário a respeito da medicação administrado, nome comercial, qual a dose administrada, via de administração, concentração. Tratamentos anteriores? Responde a terapia? 3° PASSO: O próximo passo da anamnese é obter o histórico médico. Com isso, avalia-se o estado geral de saúde do animal, afecções acometidas antes da queixa principal. 4° PASSO: questionamento sobre o ambiente que o animal vive: agentes infecciosos parasitas, potencial de intoxicação alergênicos importante, pois o seu problema pode está sendo provocado por um desses itens. SINAIS CLINICOS: SECREÇÃO NASAL associada a: disfunções do trato respiratório superior: na cavidade nasal e nos seios paranasais, distúrbios no trato respiratório inferior (traqueia, brônquios e bronquíolos). Hemorragia pura nas narinas externas (epistaxe) resultado de lesão no trato respiratório ESPIRRO Visa à remoção de irritantes na cavidade nasal. DEFORMIDADE FACIAL A neoplasia e a criptococose (em gatos) são importantes causas de aumento de volume adjacente à cavidade nasal, proporcionando deformidade facial. RONCO É um som alto e grosseiro que resulta de quantidade excessiva de palato mole oumassas na região faríngea. É mais observado em raças caninas braquicefálicas com prolongamento de palato mole e em animais mais obesos. ESTRIDOR Som inspiratório agudo (semelhante a um assovio fino), indicativo de distúrbios na laringe acompanhado de angústia respiratória. Disfonia (mudança no latido do cão) pode estar presente em alguns animais. TOSSE Pode apresentar natureza produtiva ou não. produtiva liberação de muco, exsudato, líquido de edema ou sangue das vias respiratórias para a cavidade oral, sendo esse material geralmente deglutido pelo animal. Não produtiva: tosse seca, for excessiva causa irritação na laringe estimulando um vômito sem conteúdo gástrico, apenas baba, ou espuma branca, fazendo com que o tutor creia que o problema era gastrintestinal. Em cães a tosse pode piorar após: Exercício físico, pressão de coleira que pode se relacionar com o colapso de traqueia ou traqueobronquite infecciosa, colapso de traqueia. fatores: Traqueobronquite infecciosa, doença brônquica crônica, Tosse de origem cardíaca, Pneumonia aspirativa. HEMOPTISE caracterizada pela eliminação de sangue pela boca e pelas narinas, proveniente do trato respiratório inferior. Indicativos: hipertensão pulmonar (insuficiência cardíaca congestiva, dirofilariose, neoplasias) DISPNEIA Refere-se à dificuldade respiratória. ORTOPNEIA É um quadro extremo de dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a assumir posições que confiram algum alívio. No cão, geralmente é manifestado por abdução dos membros torácicos com pescoço esticado e respiração pela boca. Os gatos geralmente não se sentam, mas se mantêm quase deitados (a poucos centímetros do chão) e respiram com a boca aberta. CIANOSE Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Refere-se à coloração azulada da pele e das membranas mucosas, causada por níveis excessivos de hemoglobina reduzida (desoxigenada) no sangue. Além do mais, a cianose pode ficar mascarada em pacientes gravemente anêmicos. EXAME FÍSICO: INSPEÇÃO: 1° Primeiramente observar a frequência respiratória: A frequência respiratória (FR) normal em cães e gatos é de 20 a 30 movimentos por minuto (mpm). Caso esteja alterado pode ser Se o paciente tem Oscilações patológicas como Taquipneia: aumento da FR Bradipneia: diminuição da FR Apneia: ausência total de respiração Dispneia: dificuldade respiratória 2° Observar o tipo de respiração: O tipo respiratório normal em cães e gatos é o costoabdominal. Animais com fraturas de costela: podem apresentar respiração predominantemente abdominal. Animais com dores abdominais: apresentam respiração mais costal. Hiperpnéia: aumento da amplitude está relacionado principalmente a processos que dificultam a expansão pulmonar como, por exemplo, o pneumotórax ou, temporariamente, logo após o exercício. 3° Observar que tipo de ritmo está ocorrendo: O ritmo normal RITMOS PATOLOGICOS: RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES: observa frequência respiratória crescente até atingir um limite, depois ela vem diminuindo até apnéia e, em seguida, uma FR novamente crescente; ocorre nas fases finais de insuficiência cardíaca, em intoxicações por narcóticos e lesões cerebrais A RESPIRAÇÃO DE BIOT: há dois ou três movimentos respiratórios, apnéia, um ou dois movimentos, outra apnéia e assim por diante; ocorre por afecções cerebrais ou de meninges. RITMO DE KUSSMAUL: observado como inspiração profunda e demorado, apnéia, expiração prolongada, repetindo-se o ciclo; é visto em coma e intoxicação por barbitúricos. PALPAÇÃO: 1° Deve-se sempre começar dos seios nasais > pescoço > toráx Seios nasais Se o paciente tem deformidade facial, secreção nasal bilateral ou unilateral, se que tipo de sercreção apresenta, mucopurulenta, sanguinolenta, translucida, hemorrágica. O pescoço deve ser palpado em busca de alterações que envolva a traqueia. Na maioria dos animais, a traqueia pode ser palpada desde a laringe até a entrada do tórax. Quando palpa a traqueia faz o teste de reflexo de tosse que é apertando entre os anéis até o animal responder com a tosse o clinico terá uma base de que tipo de tosse esse animal estará tendo e ainda confirmando que esta tossindo. O tórax deve ser palpado em toda região para detectar ferimentos, fraturas de costelas e dor torácica. Em casos de traumatismo do trato respiratório pode encontrar enfisema de subcutâneo pode ser encontrado com tumefação móvel e crepitante no tecido subcutâneo (semelhante a bolhas); AUSCUTAÇÃO: O animal deve ser mantido em local silencioso a fim de mantê- lo o mais tranquilo possível. É interessante fazer auscultação comparativa posição quadrupedal ou repouso decúbito lateral contando que esteja confortável pra ele; Necessário ouvir em pontos diferentes 2-3 e cada local auscultar dois movimentos respiratórios; E ouvir ruídos respiratórios seja eles patológicos ou normais Variações: podem ser idade, tamanho do animal, raça, espessura da parede torácica, peso do animal. Animais magros é mais audível os ruídos Pontos de ausculta: Laringotraqueal, traqueobronquio, bronco- bronquiolar encontra esse tipos de alterações: estridor, crepitações, sibilações inspiração e expiração comprometida Animais obesos é comum ter ruídos abafados Como saber diferenciar um ruído patológico de um normal? Laringo-traqueal: vibração das paredes da laringe e traqueia. Traqueobrônquico: passagem de ar pelos brônquios e no final da traqueia Bronco-bronquiolar: vibração dos brônquios menores e bronquíolos. Sibilo: obstrução das vias respiratórias, estreitamento da via aérea Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Estridor: Som inspiratório agudo (semelhante a um assovio fino), indicativo de distúrbios na laringe acompanhado de angústia respiratória Inspiratórios: edema pulmonar ou pneumonia. Inspiração interrompida: obstrução dos brônquios e pleurite. Expiratório ou misto: obstrução dos brônquios crônica bronquite e enfisema pulmonar. Crepitação Fina: deslocamento de paredes das vias aéreas com presença de liquido. Menos intensa Crepitação Grossa: aumento de líquidos no interior dos brônquios (broncopneumonia e edema pulmonar). Fim da inspiração e expiração: ruídos descontínuos devido a obstrução das pequenas vias aéreas normais em bronquite ou bronqueolite. PERCUSSÃO: À percussão do tórax, produz um som chamado de som claro pulmonar ou, simplesmente, som normal. Esse som altera de acordo com a relação entre a quantidade de ar e de tecido. Sons produzidos podem alterar de uma região para outra; Necessário traçar um triangulo na região torácica para fazer a percussão Traçar uma linha imaginária nas diferentes espécies seguem da seguinte forma: cães: tuberosidade ilíaca até um ponto de cruzamento no 12° espaço intercostal (EIC); escapuloumeral até o ponto de cruzamento no 9°EIC; pouco acima do olécrano até o 5° EIC. EXAMES COMPLEMENTARES: Hemogasometria: trata-se da mensuração parcial de o2 e co2 do sangue arterial, fornecendo informações sobre a função pulmonar, o estado acidobásico é influenciado pelo Sistema Respiratório que pode também ser avaliado, identificando distúrbios acidobásico como sendo de natureza primariamente respiratória ou metabólica. Oximetria de pulso: É um método não invasivo que mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue, particularmente útil para animais com doença respiratória e são submetidos a procedimentos anestésicos. O valor mensurado indica a saturação da hemoglobina na circulação local, portanto, esse valor pode ser afetado por outros fatores além da função pulmonar, como vasoconstrição, baixo débito cardíaco ou estase sanguínea local. Broncoscopia; Toracocentese; Radiografia; Hemograma; Lavado traqueal; servepara lavar o trato quando esta com muito acúmulo de secreção então o clinico faz a solução lava e depois aspira, porém nunca aspira todo o conteúdo. Como fazer: Na técnica transtraqueal, o cateter é inserido no ligamento cricotireóideo, identificado como depressão acima da cartilagem cricoide (estrutura elevada, lisa e estreita próxima à laringe). A técnica endotraqueal consiste em passar um cateter urinário através de uma sonda endotraqueal (animal anestesiado). Ambas devendo atingir a 4° espaço intercostal. solução de NaCl 0,9% (média de 3 a 5 mℓ por aplicação) . Grandes Animais As funções básicas do sistema respiratório são: Oxigenação sanguínea Eliminação de CO2 Equilíbrio acidobásico Termorregulação. ANAMNESE: A anamnese é uma conversa que se tem com o acompanhante do animal, no intuito de obter informações que ajudem no diagnóstico ela tem de ser direcionada, de acordo com o problema do animal. Quando se trata de enfocar o sistema respiratório, é importante extrair da história se o problema é individual ou coletivo. Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Perguntas: Foi um surto? Foi um caso esporádico ao longo do tempo? O tempo e o tipo de evolução? Há quanto tempo iniciou-se o problema? O animal adoeceu rapidamente ou apresenta evolução lenta, progressiva? Tratamentos anteriores? Saber da dose administrada, via de administração e por quanto tempo o paciente foi medicado SINAIS CLÍNICOS : Espirro Corrimento nasal Tosse Fadiga durante exercício Ruídos ouvidos durante a respiração Respiração rápida e superficial (taquipneia) e dificuldade respiratória (dispneia). A tosse Observar ambiente que o animal vive: umidade, temperatura interna, ventilação, insolação e tipo de cama utilizada nessas instalações, se é pulverulenta ou apresenta agentes irritantes, desde palhas, maravalhas ou feno mofado, no caso de grandes animais. Todos esses são fatores predisponentes às infecções respiratórias, em especial nos animais jovens. Deformidade facial Roncos Crepitação Hemoptise: é uma quantidade variável de sangue que passa pela glote oriunda das vias aéreas e dos pulmões INSPEÇÃO: A inspeção é o método semiológico em que se faz a observação do animal como um todo e, nesse caso, particularmente, do sistema respiratório. Observar a frequência e o tipo da respiração Oscilações fisiológicas: idade, gestação, estresse, temperatura ambiental Oscilações patológicas: taquipnéia: Ocorre em situações de febre, dor ou diminuição da oxigenação sanguínea. Bradipnéia: Pode ocorrer nas depressões do sistema nervoso central ou próximo à morte do animal. Apnéia: é a ausência total de respiração. RITMO RESPIRATÓRIO: Quando se está aferindo a FR, deve-se observar se o ritmo respiratório está dentro dos padrões considerados normais ou se estão ocorrendo variações que possam ajudar o clínico no diagnóstico de lesão. Inspeção nasal: corrimento nasal qual o tipo? O corrimento nasal pode ser oriundo do trato respiratório anterior ou posterior. Se ele é unilateral, pode indicar alterações na narina correspondente com os processos mais comuns são corpos estranhos, úlceras e ferimentos locais. Se ele é bilateral, pode representar comprometimento de ambas as narinas, especialmente em processos inflamatórios que aumentam a secreção nasal. CLASSIFICADO: seroso, mucoso, purulento e hemorrágico ou suas combinações. O tipo seroso é observado normalmente nos bovinos, que lambem constantemente as narinas. Esse tipo de corrimento é mais intenso em animais deprimidos. O corrimento nasal mucoso relaciona-se, principalmente, à produção exacerbada de muco pelas glândulas das narinas, consequente a inflamações viróticas ou alérgicas. O corrimento nasal torna-se purulento quando há contaminação bacteriana e migração de células leucocitárias e restos celulares para o muco. Corrimento hemorrágico (hemoptise): Lesões vasculares provocadas por corpos estranhos, ferimentos, úlceras ou pólipos podem determinar corrimento do tipo hemorrágico; Odor: O odor pútrido da respiração tem relação a lesões onde se tem destruição tecidual levando a necrose. Sentir, com as costas das mãos, a temperatura do ar exalado; Aumento da temperatura, no fluxo das narinas, é indicativo de processo inflamatório na cavidade nasal correspondente. PALPAÇÃO: deve-se palpar como seios nasais > pescoço > toráx, A palpação do tórax deve ser feita com a mão espalmada e com as pontas dos dedos apoiadas nos espaços intercostais Caso palpe os linfonodos submandibulares e apresentar aumento de volume associado a vômitos ou tosse é indicativo de inflamação na região orofaringea, como faringite, laringite ou abscessos. Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Tosse = se for seca e constante indica inflamação das vias superiores ou problemas cardíogenicos Tosse = sendo produtiva indica aumento de exsudato (broncopulmonar). PERCURSSÃO DO TORAX A percussão é um dos métodos semiológicos que fornecem informações a respeito do estado físico do sistema respiratório. Deve ser realizada desde os seios paranasais até a porção posterior do tórax. a percussão deve ser feita com o cabo do martelo de percussão ou com a ponta do dedo médio de modo comparativo entre o lado esquerdo e direito da face do animal. Equinos: 17º EIC linha ilíaca; 14º EIC da linha isquiática 10ºEIC ponto de encontro Ruminantes 12º EIC da linha iliaca; 11ºEIC linha isquiática; 8ºEIC ponto de encontro AUSCULTAÇÃO: Deve-se auscultar em vários pontos das vias aéreas superiores e a região torácica separadamente posição quadrupedal e em repouso. Ausculta-se todo o tórax, em vários pontos; Deve-se auscultar em cada local, no mínimo, dois movimentos respiratórios. Ruído laringotraqueal: É o ruído provocado pela vibração das paredes da laringe e da traquéia. Patologicamente, pode-se ouvir, nessa região, o estridor traqueal, como se fosse o ranger de uma porta se abrindo, associado a casos de estenose de laringe ou traquéia, e as crepitações de traquéia, provocadas por acúmulo de líquido ou muco nesses locais, como se fosse o estourar de bolhas. Em casos que o animal esta respirando e precisa-se de uma respiração profunda é necessário tomar uma decisão como a técnica de aumento da frequência respiratória. Para aumentar a frequência respiratória: coloca-se um saco plástico no focinho, para forçar o animal respirar forte e o clinico poder auscultar nessa respiração profunda suas alterações. Os ruídos que podem ser auscultados são divididos em duas categorias: os ruídos normais, e os ruídos patológicos, também chamados de ruídos adventícios respiratórios; Teste das bolsas guturais em equinos Ruídos Patológicos: Crepitação grossa: Significa, clinicamente, aumento de líquido no interior de brônquios, seja inflamatório ou não. O ar, ao passar pelos brônquios, que estão com quantidade exagerada de líquido, determina a formação de uma onda, suficiente para causar a obstrução de sua luz Crepitação fina: Ruído semelhante ao esfregar de cabelos, próximo à orelha, ou ao estourar de pequenas bolhas. Inspiração interrompida: Pequenas interrupções na inspiração, como se fosse o soluçar de uma criança chorando. Se esse ruído for ouvido durante a inspiração, com a parede torácica movimentando-se em 1 vez: Indicativo: de obstrução de brônquios, com líquido mas, insuficiente para provocar a crepitação grossa. Se o ruído for ouvido com o tórax se movimentando em 2 tempos: Indicativo: de dor à inspiração (pleurite) ou excitação psíquica do animal. Sibilo. Manifestação sonora aguda, de alta intensidade, que se assemelha a um chiado ou assobio. Indica estreitamento de vias aéreas causado por deposição de secreção viscosa aderida. EXAMES COMPLEMENTARES:O hemograma fornece informações esclarecedoras, principalmente no sentido de indicar se a alteração respiratória é infecciosa ou não. Leucograma: pode encontrar leucocitose com neutrofilia indica um processo bacteriano e a leucopenia com linfocitopenia sugere um processo viral. Os processos inflamatórios do sistema respiratório provocam: aumento de fibrinogênio. O exame parasitológico de fezes é indicado no diagnóstico de verminose pulmonar, utilizando-se, especialmente, técnicas para detecção de larvas dos parasitas. Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Sistema digestório Pequenos animais: SINAIS CLÍNICOS: Disfagia: representa a dificuldade ou a impossibilidade de deglutição. Polifagia: ingestão excessiva de alimentos Regurgitação: É a eliminação retrógrada e passiva (sem esforços abdominais) do conteúdo esofágico, as causas são megaesôfago, obstruções esofágicas e neoplasias. Vômito: ejeção forçada de conteúdo gástrico e duodenal, pela boca. Hematêmese: sangue no vômito as causas: gastrites, gastroenterite hemorrágica, anti-inflamatório não esteroidal, corpo estranho, neoplasias. Anorexia: refere-se à completa perda de apetite ou ao desinteresse pelo alimento. Inapetência: indica a perda parcial do apetite ou a diminuição do consumo de alimento. Constipação intestinal: significa a passagem de fezes dificultada, infrequente ou ausente, caracterizada pelo esforço ao defecar e retenção de fezes secas e endurecidas no cólon e reto, as causas: opióides (uso inadequado), limpeza inadequada, corpos estranhos, dieta rica em fibras, neoplasias, fraturas da região posterior. Incontinência fecal: refere à incapacidade de controlar a eliminação das fezes, causas: lesão do esfíncter anal. Diarreia: é definida como o aumento anormal do volume fecal, e frequência de defecação, causas: parasitismo, viral, insuficiência renal ou hepático, gastrite, gastroenterite, reações alérgicas à dieta. Tenesmo: pode ser definido como esforços improdutivos e repetidos de defecação. Disquezia: define a defecação dolorosa. Hematoquezia: sangue vivo nas fezes. Melena: sangue digerido nas fezes dando aspecto escuro as fezes, causas: dietas ricas em ferro, deglutição de sangue provindo do esôfago, sangramento gástrico. Icterícia: é caracterizada pela coloração amarelada da pele, mucosas e esclera decorrente do acúmulo de bilirrubina nos tecidos. A bilirrubina é um pigmento derivado da hemoglobina. ANAMNESE: Queixa principal O que está acontecendo? Por que trouxe o animal? Quando e como iniciou o problema? Há quanto tempo vem ocorrendo e qual a frequência dos sintomas? Relaciona o problema com algum fato ocorrido? Suspeita de alguma causa? Foi tentado algum tratamento? Qual (medicamentos, dosagem e frequência)? Houve melhora? Apetite (normal, diminuído, aumentado, coprofagia, apetite pervertido)? Características fecais (conteúdo, cor, odor, consistência, volume, variações ligadas a alguma situação específica)? Frequência de defecação (normal, aumentada, diminuída)? Se vomita: qual a frequência, conteúdo, sinais associados (sialorreia, alteração na frequência respiratória, inquietação). Teve doenças anteriores ou tem apresentado outras alterações? Já recebeu ou tem recebido algum tipo de tratamento? Tem recebido medicamentos anti-inflamatórios (qual, dose, frequência)? Já passou por algum procedimento anestésico ou cirúrgico, foi castrado(a)? Tem sido vacinado? Com qual vacina? Com que frequência? É vermífugado? Com que frequência? Qual a dieta principal? Ração comercial: tipo (seca ou úmida), marca, quantidade? Comida caseira: ingredientes, modo de preparo, fornecimento. ? Recebe algum outro tipo de alimento, petiscos, guloseimas? Bebe água? ingestão está normal, diminuída ou aumentada (qualidade da água, tipo de vasilha, tempo transcorrido entre as trocas)? Ambiente Deve-se pesquisar a existência de algum fator ambiental que possa estar associado ao processo (doença infecciosa, estresse, dentre outros). Tipo de moradia: apartamento, casa com quintal, zona urbana, rural. Tem acesso à rua? Convive com outros animais? Quais? Como? São alimentados juntos? Manejo sanitário, doenças pregressas. EXAME FÍSICO: CAVIDADE ORAL Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume avalia a mucosa bucal, lábios, gengiva e dentes. Inspeção das mucosas e gengivas, verifica lesões, fístulas, massas, cálculos subgengivais, úlceras e avaliação dos dentes anteriores (caninos e incisivos, principalmente). Avalia a coloração (hiperemia, palidez, cianose, icterícia) e a umidade da mucosa. Os lábios devem ser avaliados quanto a simetria, movimentos, coloração, ocorrência de processos inflamatórios, ulcerações e deformações. O palato mole deve ser avaliado quanto a ocorrência de anomalias congênitas, tais como fissuras palatinas ou palato mole alongado. ESÔFAGO: Algumas afecções que acometem o esôfago ajuda o clínico a entender qual a porção do sistema digestório acometido Exemplo: Megaesôfago tem como principais sinais: regurgitação, dor ao deglutir, dificuldades para engolir, falta de apetite e salivação excessiva. Exame físico direto do esôfago deve incluir: inspeção e palpação das regiões oral e faríngea O deslocamento dorsal da cabeça do animal possibilita melhor palpação da estrutura, e melhor visualização de eventuais deformidades. Porção torácica do esôfago: pode ser examinada somente por meio de radiografias ou endoscopia. A ausculta do esôfago cervical e do tórax é de grande ajuda; em casos de dilatação esofágica, é possível auscultar sons de movimento de fluidos. A ausculta do tórax pode detectar sons sugestivos de pneumonia por aspiração. ABDOME: É dividido em três regiões Epigástrica: consegue palpar fígado deslocado para o lado direito, estomago. Mesogástrica: linfonodos mesentéricos, alças intestinais, rins, fígado bexiga útero, e próstata. Hipogástrica: é possível palpar uma pequena parte do intestino grosso, o útero e a próstata (quando aumentados). A bexiga, quando repleta, costuma ser palpada nessa região. Palpação do Abdome: Deve ser feita com o animal em estação Necessário a utilização das duas mãos, sempre usando a gema dos dedos. Exercendo uma pressão suave sobre a parede abdominal, avalia a sensibilidade cutânea, o tônus muscular, o conteúdo abdominal, e delimitação de regiões dolorosas Percussão abdominal: é útil quando há alterações ou aumento de volume abdominal Em geral, utiliza-se a técnica de percussão digitodigital, com o paciente postado em decúbito dorsal ou lateral. É realizada ao longo das três linhas verticais na parede do mesogástrio ou em qualquer região com a anatomia alterada O som produzido pela percussão vai depender do conteúdo abdominal. Ausculta abdominal: revela ruídos próprios do trato gastrintestinal, os borborigmos, provocados pelo deslocamento de gás e líquido no tubo gastrintestinal. Costumam ser ausentes quando o trato está vazio, ao passo que, durante o processo de digestão, é possível auscultar ruídos baixos e pouco intensos. PROVA DE ONDULAÇÃO/BALOTEAMENTO: o clínico se posiciona atrás do animal, coloca uma das mãos sobre a parede abdominal e, com a outra mão, golpeia, com o dedo médio ou indicador, a parede contralateral. Esse movimento produz uma onda que avança pelo líquido livre na cavidade peritoneal e que é percebida com a outra mão. SONS DE CAPOTEIO: Para a identificação do som, posiciona-se uma das mãos em cada lado do abdome e move-se o conteúdo abdominal de um lado para o outro. Se o som de capoteio for audível, deve-se identificar sua área de origem. Capoteios na região epigástrica costumam ter origem no estômago. Som audível por todo o abdome indica acúmulo de gás e líquido no intestino delgado,podendo ser decorrente de obstrução localizada ou difusa. ESTÔMAGO ANAMNESE: O vômito, é uma das causas mais frequentes da visita decães e gatos sendo um importante sinal de doença gástrica; anorexia, melena, distensão e/ou dor abdominal como sinais sugestivos de doença gástrica. A hematêmese é um sintoma importante e geralmente localiza a lesão como gástrica ou duodenal. Na realização da anamnese, é necessário avaliar de modo cuidadoso todas as prováveis causas de doença gástrica. O clínico deve ter em mente as características do animal que mais são acometidas por exemplo: raças, idade, e também o manejo nutricional do animal. Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume EXAME FÍSICO: Inspeção: Observar se o animal tem distenção abdominal, desidratação, vômito persistente. Palpação: não deve palpar o estomago vazio Durante a palpação identificar: conteúdo alimentar, eventuais corpos estranhos, além de dilatação e distensão gástrica anormal, por gás ou ingesta (síndrome dilatação/torção) ou líquido, caracterizando o aumento ou abaulamento abdominal, principalmente da região epigástrica. Auscultação do abdome: pode revelar borborigmos; em geral, os ruídos mais audíveis originam-se no estômago. A cavidade gástrica, quando vazia, costuma ser silenciosa, mas se torna vocal com a ocorrência de fluido ou gás, ou durante os períodos de jejum. Exames Complementares: hemograma completo, exame coprológico, urinálise, dosagem de alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA), ureia e creatinina, na busca por distúrbios metabólicos ou doenças extragátricas. Exame radiográfico do abdômen: LL, VD, DV auxiliam na verificação da posição anatômica e formato do estômago. Endoscopia: é utilizada para inspeção direta do estômago e coleta de amostras para análise histopatológica. INTESTINO: ANAMNESE E EXAME FÍSICO: A diarreia é o principal sinal de doença intestinal. E tem outros como: o vômito que se apresenta de maneira mais acentuada em animais com doença de intestino delgado. É importante que se atente para a idade e a raça do paciente. Doenças infecciosas e parasitárias: comuns em animais jovens, enquanto neoplasias e alterações metabólicas: comuns em adultos ou idosos. Sinais mais comuns: perda de peso, desidratação, vômito, melena, flatulência e eliminação de fezes, polifagia ou inapetência, desconforto abdominal, ascite, melena e hematoquezia. Ao exame físico: observa um paciente desnutrido, caquético, com pelos sem brilhos e quebradiços, apático, estado geral ruim, desidratado. Palpação: pode identificar gases, fluidos, alimento, corpo estranho, espessamento da parede intestinal e alterações anatômicas: como intussuscepção, por exemplo. Exames Complementares: os mesmos para o estomago FIGADO: ANAMNESE E EXAME FÍSICO: Sinais comuns: Desidratação e hipovolemia, encefalopatia hepática, hipoglicemia, ulceração gastrintestinal, sepse, distúrbios eletrolíticos Histórico e as alterações físicas podem ser extremamente variáveis. Cães e gatos hepatopatas podem apresentar (vômito, diarreia, melena e hematêmese), sinais frequentemente associados à disfunção hepática (ascite, icterícia e fezes acólicas) ou até mesmo sinais não específicos (perda de peso, anorexia e depressão). O proprietário pode relatar desmaios, cegueira, incoordenação motora e episódios de coma, em geral relacionados com a ingestão de alimentos Outras causas de encefalopatia incluem anomalias vasculares congênitas, desvios portossistêmicos intra ou extra-hepáticos e cirrose. O animal pode ter ascite que será identificado na palpação. Palpação pode identificar o fígado aumentado de tamanho que é uma hepatomegalia. As principais causas de hepatomegalia a serem pesquisadas incluem neoplasia, congestão passiva, acúmulo lipídico (lipidose hepática felina, diabetes melito), abscesso hepático e hepatites. Exames complementares: Exame radiográfico do abdômen: LL, VD, DV Exame ultrassonográfico do abdômen com doppler Histopatologia. Grandes Animais ANAMNESE: Deve-se perguntar se o animal apresentou o mesmo problema anteriormente, se foi feita alguma medicação e qual foi a resposta obtida após a sua realização. O tempo de evolução do processo patológico é bastante útil no estabelecimento do diagnóstico. Os animais são criados em regime extensivo de pastagem ou são confinados? Houve mudança no tratamento alimentar? Sinais e sintomas: Assimetria do contorno abdominal: podendo ser gás, liquido, sólido Algia abdominal: A atitude do animal em posição quadrupedal ou locomoção pode ser avaliada para verificar se o animal sente Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume dor abdominal. Portanto o animal pode adquirir uma postura anormal de arqueamento do dorso chamada de “cifose” Perda de apetite e anorexia: EXAME FÍSICO: O exame físico geral deve incluir, avaliação de (frequência cardíaca, qualidade do pulso arterial, pulso venoso patológico e tempo de preenchimento capilar) Desidratação pode ser vista pela retração do globo ocular conhecido como enoftalmia. Verificar palidez atavés das mucosas : oral e ocular BOCA, FARINGE E ESOFAGO: Boca: deve-se abrir a cavidade bucal para observar língua, bochechas, arcadas dentárias, gengivas e palato, na tentativa de constatar a existência de congestão, corpos estranhos, vesículas, úlceras e/ou de outras lesões aparentes, estomatites, salivação está correta, fistulas, se o fechamento da boca está correto Disfagia, inapetência pode ser decorrente a algum processo doloroso. Faringe: Para a sua observação, muitas vezes, é necessária a utilização de um abaixador de língua em virtude do tórus lingual. A abertura manual da boca em: é feita comprimindo-se com os dedos polegar e médio a porção anterior da articulação temporomandibular. A faringe pode ser palpada externa e internamente observando a existência de aumento de sensibilidade e de corpos estranhos na região de orofaringe. Esôfago: faz a inspeção e palpação do ado esquerdo em busca de identificar corpos estranhos que podem causar megaesôfago, anormalidades causam aumento de volume da porção cervical do esôfago. RUMEM: Observar a distenção abdominal localizada no lado esquerdo. Auscultar a contração dos movimentos ruminais que normalmente ausculta no mínimo 3min e máximo 5m com máx de duas descargas e um movimento mais baixo. Palpação: na fossa paralombar dorsal esquerda na prega do flanco, podendo ser superficial, profunda e retal. Superficial: realizada com a palma da mão que normalmente avalia se tem movimentos ruminais Profunda: realizada com a mão fechada usada muito para avaliar o tipo de liquido ruminal com a palpação de baloteamento Retal: muito usado na reprodução animal detecta, avaliação de prenhez, cio ou anormalidades dos órgãos na região perineal. Percussão com auscultação: usa os dedos ou o plexímetro que avalia se tem acúmulo de gás. Percussão dolorosa: é feita na região reticular realiza de mão fechada dando pancadas leves para avaliar a dor nessa região. Prova de Bastão: coloca-se um bastao na região xifoide do animal já contido e suspende o animal devagar e em seguida deixa cair rapidamente. Planos inclinados: Coloque o bovino para caminhar em rampas fazendo a descida da mesma, em caso de corpos estranhos ou reticulite o animal demonstrará um desconforto e alivio na subida. Teste de baloteamento: pressiona o punho contra a parede abdominal, fazendo isso, caso tenha gás ocorrerá um deslocamento do abomasso EXAMES COMPLEMENTARES: Avaliação do liquido ruminal Detector de metais Hemograma Paracentese abdominal Exame parasitológico de fezes Bioquimico- avaliar a função hepática e renal Sistema urinário CONTROLE DA MICÇÃO: Compreende em armazenagem de urina e como será eliminada; A bexigae a uretra em ação conjunta causam acúmulo da urina formada na fase de armazenagem o esfíncter é que controla sua passagem para o meio externo; Quando a bexiga esta cheia o esfíncter se relaxa para ocorrer o esvaziamento; Micção é uma ação reflexa; Fase de armazenamento é controlada pelo sistema nervoso autônomo simpático; EXAME FÍSICO: Para avaliar o sistema urinário, muitas informações das características do animal é importante para a avaliação semiológica e interpretação dos resultados dos exames Identificação: espécie, sexo, idade, raça, procedência; Muitas doenças podem ser acometidas nesse sistema como pielonefrite, urolitíase, cistite pode ocorrer em todas as espécies tanto fêmeas como machos, jovens ou adultos; Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Porem tem algumas afecções que ocorrem em espécies isoladamente Ex: obstrução por tampão = felinos Displasia renal = ( cães) shih Tzu ANAMNESE A anamnese deve envolver a queixa principal A quanto tempo? Tipo de problema? Informações sobre o apetite (aqui se for o caso, o animal não estará se alimentando) Tipo de alimentação? Presença de vômitos? Fezes qual a consistência? Comportamento déficit? Transtornos reprodutivos? Vacinação, vermifugação? Ultimo tratamento? Dose e concentração e por quanto tempo? Enfoque no sistema urinario: Urina: Qual o volume em cada micção? Não urina nada? Nem em gotinhas? Qual a cor dessa urina? Tem raios e sangue? É normal? Ou turva? Micção: ele urina quantas vezes ao dia? Qual a postura? Vocaliza? sente dor ao urinar? Ele bebe agua? Muito? Pouco? Quantas vezes ao dia? INSPEÇÃO: Observar o peso do animal; Micção com mimica Dorso arqueado Vocalização Animal sujo Animal quieto sem energia Presença de sangue na urina hematúria Urina em gotejamento ou não urina Exposição de pênis Posicionamento incomum no ato de urinar (sentado) Mucosas Orais em casos de doenças renais podem apresentar ulceras em suas mucosas, gengivite, pielogengivite. Rins: Ambos são palpáveis? Tamanho, simetria e posição? Forma, contorno e consistência? Dor? Bexiga: Posição? Tamanho, formato, consistência? Cálculos ou massas palpáveis? Espessura da parede? Dor? Próstata (importante em cães): Posição, tamanho, simetria, consistência? Dor? Uretra: Secreção uretral ou prepucial? Tamanho, formato e consistência das porções palpáveis? Anormalidades periuretrais? Micção: Frequência? Disúria? Retenção? Incontinência? PALPAÇÃO Antes de palpar o examinador deve alisar os pelos do paciente para que o animal fique calmo e deixe fazer o exame. Necessário usar a gema dos dedos e não fazer movimentos bruscos, pois, o animal estará sensível à percepção de dor; A pressão no ato de palpar deve ser gradativa lembrando que ao apertar muito pode causar grande desconforto de dor ao animal. Lembrar que: o animal pode manifestar com vocalização, reação de defesa durante a palpação. Pode expressar em reações como ficar quieto, não lamber mais seus pelos (sinal que sente muita dor), não querer sair para passear. PALPAÇÃO DOS RINS O clínico deve avaliar duas possibilidades: 1° existência de alguma doença renal em curso 2° déficit de função renal: o paciente apresenta aumento das concentrações séricas dos produtos finais do metabolismo com substâncias nitrogenadas (creatinina e ureia). As causas desse achado laboratorial, denominado azotemia, podem ser: pré-renais; renais; ou pós-renais. Casos de glomerulonefrite crônica: os rins perdem a capacidade de conservar proteína, que é caracterizada por proteinúria, hipoproteinemia, edema e ascite. Causas pré-renais: Azotemia, desidratação grave Insuficiência cardíaca e Hipoadrenocorticismo Causas pós-renais: Obstrução uretral, DTUIF, obstrução de colo vesical, ruptura de bexiga, deslocamento de bexiga (hérnia perineal). URETERES: Acumulo e urina pode causar infecções como cistite Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume Inspeção direta não da pra perceber a dilatação apenas indireta como exames radiográficos; EXAME DA BEXIGA E URETRA: O paciente pode estar em posição quadrupedal ou em decúbito lateral. O local a ser acessado compreende as paredes laterais da porção mais caudal do abdome, imediatamente à frente do púbis, comumente entre as virilhas. Palpação em forma de pinça Ver a bexiga distendida por retenção de urina Mucosas penianas inflamadas Exposição do pênis Dor abdominal AVALIAÇÃO DA MICÇÃO: Animal tem que está em posição quadrupedal A frequência de micção, indicada pelo número de vezes que o animal urina em 24h, deve ser proporcional ao volume de urina produzida no mesmo período; Cada espécie tem o seu próprio padrão de micção ALTERAÇÕES NA URINA: As alterações mais comuns: escura e de odor fétido, presença de sangue, cálculos pequenos, muco, pus. A presença de sangue na urina merece investigação, feita por inspeção do paciente, tanto durante o ato da micção como durante um intervalo. O clínico deve considerar três momentos durante a micção: a fase inicial ou primeiro jato de urina a fase intermediária ou do jato médio fase de conclusão ou do jato final. EXAMES COMPLEMENTARES: Urinálise: Uma amostra de urina, coletada adequadamente, deve ser enviada para exame laboratorial (urinálise e outros exames indicados). Certificar que a amostra não esteja contaminada por material do trato genital Cateterização vesical diagnóstico por imagem: Exame Radiográfico: é útil para diagnosticar processos obstrutivos ureterais, com ou sem megaureter (bário 2-3mL), e ainda é adequado para diagnosticar os casos de ruptura ureteral. Alguns pacientes podem apresentar incontinência urinária, que trata de um gotejamento regular e contínuo, acompanhado por episódios de micção normal ou esforçada. Ultrassonografia: (acompanhanda de um sonda para desobstrução), parte dos ureteres pode ser examinada por meio de ultrassonografia. Provas de função renal: São exames que possam avaliar as condições renais como: Perfil bioquímico sérico que medem Dosagens das concentrações séricas de creatinina, ureia, proteína, potássio e fósforo. Avaliação da função glomerular Teste de privação de água Biopsia TERMOS TÉCNICOS DO SISTEMA URINÁRIO; Anúria: não produz urina Disúria: dificuldade de urinar Estrangúria: mimica e esforço ao miccionar Poliúria: aumento na micção de urina. Polaquiuria: aumento na frequência da micção Polaciúria: aumento na produção urinária Oliguria: diminuição na produção de urina Oligosúria: micção rara, diminuição da produção urinária iscúria: falta persistente de eliminação apropriada de urina Hemoglobinúria: presença de hemoglobina na urina Hematúria: presença de sangue na urina Proteinúria: perda excessiva de proteína na urina Polidipsia: beber agua em excesso Hematoquesia: fezes com sangue Piuria: pus na urina Tenesmo: sensação dolorosa na bexiga Outra condição que também modifica a frequência de micção é a perda de urina decorrente de incontinência urinária; Sistema nervoso I – Nervo olfatório: É um nervo sensitivo II–Nervo óptico:Também sensitivo. Suas fibras estão relacionadas com os impulsos visuais. III- Nervo óculo-motor: Nervo motor que se relaciona, com o movimento dos olhos relaciona-se com quatro dos seis músculos externos que movem essa importante estrutura. IV- Nervo troclear: Ele inerva o músculo oblíquo superior do olho. https://brasilescola.uol.com.br/oscincosentidos/visao.htm Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume V- Nervo trigêmeo: É um nervo misto: fibras motoras estão relacionadas com os músculos da mastigação; e as sensitivas enviam mensagens dos olhos, glândulas lacrimais, pálpebras, dentes, gengivas, lábios, palato, pele da facee couro cabeludo. VI- Nervo abducente: Nervos motores que são responsáveis por informações relacionadas com os movimentos dos olhos, foco e de luz. VII- Nervo facial: Nervo misto. Fibras motoras fornecem impulsos relacionados com a expressão facial, lágrimas e saliva. Fibras sensitivas são responsáveis com a gustação. VIII- Nervo vestibulococlear: Nervo sensitivo está relacionado com o equilíbrio corporal e audição. IX- Nervo glossofaríngeo: misto As fibras sensitivas são responsáveis pelos impulsos da faringe, tonsilas, língua e carótidas; e as motoras, por levar impulsos às glândulas salivares e músculos faríngeos. X- Nervo vago: Nervo misto que está relacionado com os batimentos cardíacos, funcionamento dos pulmões e sistema digestório, fala e deglutição. XI- Nervo acessório: Nervo motor que envia mensagens aos ombros, pescoço, faringe, laringe e palato mole. XII- Nervo hipoglosso: Nervo motor responsável pelos movimentos dos músculos da língua, faringe e laringe. AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS: I- Olfatório: oferecer alimentos ou colocar algo com o cheiro forte II- Óptico e III- Oculomotor: Verificar se o animal segue objetos em movimentos. Ver se tem o reflexo pupilar tampando os olhos com a mão aguarda alguns segundos e incide um feixe de luz observando contração e dilatação da pupila Reflexo de ameaça: fazer gesto próximo ao olho sem que promova correntes de ar. IV- troclear e VI- Abducente: Verificar se tem estrabismo rotacionando a cabeça de um lado para o outro para ver a movimentação do globo ocular V- Trigêmio, VII Facial: Com um objeto estimula o pavilhão auricular, pálpebras, narinas, lábios Oferecer alimento para ver o reflexo de sucção VIII- Vestibulococlear: Testar o animal em decúbito esternal após esta em decúbito lateral, ver a capacidade dele retornar ao decúbito esternal. IX- Glossofaríngeo e X- Vago: Ver a capacidade de deglutição XI- Acessório e XII- Hipoglosso: Ver se tem atrofia muscular Fazer uma pressão contra o focinho induzindo o animal a lamber. 4 FUNÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA NERVOSO MOTORA: locomoção uma habilidade aprendida Neurônio superior: localizado no tronco superior, este quando afetado causa paralisia espástica, aumento do tono muscular e dos reflexos; Neurônio inferior: localizado na medula este quando afetado causa paralisa flácida SENSITIVA: Localizada no SNP, os nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem ao SNC; é afetado quando tem perda de resposta ao estímulo devido a falha dos receptores nociceptivos. PROPRIOCEPÇÃO: permite ao animal ter noção espacial da localização de seus membros, pescoço e cabeça .Localizada no trato espinho cerebelar, espinho reticular, espinho talâmico receptores dos membros, tronco encefálico , cerebelo, articulações. Quando afetado causa ataxia, dismetria, pois, afetam os neurônios inferiores, e atingem os neurônios sensitivos o que fazem eles transmitirem sensações dolorosas enviando a informação ao cérebro. As deficiências nocioceptivas são detectadas observando a resposta a estímulos dolorosos (pinçamento com agulhas, por exemplo), porém nem sempre o animal pode responder a esse tipo de estímulo em casos de paralisias, o animal perdeu totalmente a sensibilidade de sentir, dos seus movimentos e esse teste acaba sendo falho, não significa que o animal não sinta dor, ele apenas não consegue responder a esse estímulo por falha dos neurônios inferiores dos membros nos dizendo que a medula foi afetada em algum ponto. AUTÔNOMO: localizado no sistema simpático e parassimpático, controla a atividade da musculatura lisa e cardíaca e das glândulas. Forma parte dos nervos oculomotor, facial, vago e glossofaríngeo e, também, encontra-se na medula espinhal. Quando afetado causa lesão nos nervos cranianos mencionados, podem causar anormalidades na contração das https://brasilescola.uol.com.br/biologia/dentes.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/saliva.htm https://brasilescola.uol.com.br/oscincosentidos/audicao.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-digestivo.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-digestivo.htm Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume pupilas, na salivação e na atividade da musculatura lisa do sistema digestivo e respiratório. Alterações relacionadas à medula espinhal: causam alterações das vísceras das cavidades torácica e abdominal. Lesões no vago em ruminantes: causam diminuição dos movimentos dos pré-estômagos. Defeitos no controle dos esfíncteres e motilidade da bexiga e reto. LOCALIZAÇÃO DAS LESÕES – SINAIS CLÍNICOS: CÉREBRO E TÁLAMO: causam alterações do estado mental do animal, da atitude, como: Agressividade, depressão, sonolência Mania, galope desenfreado, andar compulsivo pressão da cabeça contra objetos, torneio bocejos, mugidos convulsões e coma. Edema cerebral – abcesso cerebral Cegueira central, o animal não responde ao reflexo de ameaça, reflexo pupilar é presente, porém, o animal não enxerga CEREBELO: lesões que causam ataxia, dismetria (principalmente hipermetria) e tremores de intenção. O animal com lesões cerebelares permanece com os membros abertos, cambaleia e tende a cair. TRONCO ENCEFÁLICO: causam depressão, paresia e, principalmente, sinais de alterações dos nervos cranianos. SISTEMA VESTIBULAR: ouvido interno, nervo vestíbulo-coclear e núcleos vestibulares, observam-se ataxia, torção da cabeça (em seu eixo longitudinal), nistagmo e estrabismo. O animal não mantém o equilíbrio e pode girar sobre seu corpo ou de lado. Se a lesão é unilateral o animal cai ou gira para o lado afetado. Os núcleos dos nervos cranianos III, IV e VI, que controlam os movimentos dos olhos, estão em contato com o sistema vestibular. O animal pode ter uma otite interna associada com sinais neurológicos justamente por conta dessa relação intima. Sintomas como pitose labial, convulsões, lateralização de cabeça, sem movimentação do globo ocular, estrabismo, otite com odor forte entre outros sinais. MEDULA ESPINHAL: Paralisia dos neurônios motores superiores (NMS) causa paralisia espástica, aumento do tono muscular e dos reflexos; Paralisia dos neurônios motores inferiores (NMI) causa paralisia flácida, com diminuição dos reflexos e do tono muscular e atrofia muscular neurogênica rápida; Uma lesão moderada na medula cervical pode causar sinais de ataxia somente nos membros pélvicos; lesões compressivas locais na medula cervical ou tronco encefálico os sinais neurológicos são mais severos nos membros pélvicos do que nos torácicos; Quando o animal está em decúbito lateral e não consegue levantar a cabeça, a lesão pode estar localizada nos tratos do tronco encefálico ou na medula cervical provavelmente entre C1 e C4. Lesões unilaterais impedem que o animal levante a cabeça quando a lesão está do lado superior. Um animal com lesão entre a C4 e T2 pode levantar a cabeça, mas permanece em decúbito tanto os membros posteriores quanto os anteriores apresentam paralisia espástica. Uma lesão completa, antes da T2 resulta em morte por asfixia. Alterações nos membros pélvicos, sem alterações nos torácicos, indicam lesão tóraco-lombar. Em caso de lesões severas nesta região o animal pode adotar a posição de cão sentado. Se não consegue adotar esta posição é possível que a lesão esteja localizada cranial à T2; Lesões localizadas na intumescência torácica (C6-T2) causam severas alterações nos membros torácicos e pélvicos. Nesta região lesões somente de NMI afetam exclusivamente os membros torácicos e não os pélvicos; Lesões da região sacra causam incontinência urinária e retenção de material fecal. A síndrome de Schiff-Sherrington ocorre nas lesões compressivas graves da região tóraco-lombar, que causa paralisia de NMI nos membros pélvicose de NMS nos membros torácicos. Isto porque neurônios localizados entre L1 e L7 são responsáveis pela inibição de alguns neurônios motores da intumescência torácica; Lesões dos plexos lombossacro e braquial causam paralisia ou paresia dos membros pélvicos ou torácicos com redução ou ausência dos reflexos e da sensibilidade; As provas de sensibilidade para detectar hiperestesia, parestesia ou anestesia, utilizando agulhas, por exemplo, podem servir para localizar lesões da medula espinhal. EXAME CLÍNICO E FÍSICO: CABEÇA: avaliar os nervos cranianos citados logo acima Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume EXAME DA POSTURA E MARCHA: Se nenhuma anormalidade é encontrada no exame da cabeça é provável que a lesão esteja localizada na medula ou nos nervos periféricos. As principais alterações a serem detectadas durante a marcha são ataxia (propioceptiva) e debilidade (motora). Sinais de ataxia podem ser detectados puxando a cauda ou empurrando o animal para um lado durante a marcha; Quando há paralisia o animal tem aspecto de parecer mais forte nos membros devido a rigidez. E quando caminha os membros ficam mais flácidos impossibilitando uma caminhada normal. AVALIAÇÃO DE PROPRIOCEPÇAO: o teste consiste em colocar o membro do animal em uma posição alterada e fazer com que ele perceba e retire, voltando a posição normal. HEMIESTAÇÃO E HEMILOCOMOÇÃO: coloca os membros de um lado do corpo e ergue do chão e o paciente é forçado a se manter parado sobre dois membros (hemiestação) e, em seguida, andar sobre os dois membros no chão (hemilocomoção). SALTITAMENTO; o clínico eleva três membros e deixa somente um apoiado, fazendo o animal saltar em um único membro para a frente, para trás e para os lados. CARRINHO DE MÃO: segura-se o animal pelo abdome de modo que ele não apoie os membros pélvicos no chão, sendo forçado a caminhar com os membros torácicos. TÔNICA DO PESCOÇO: cabeça é erguida com o animal em estação. Resposta normal é aumento do tônus muscular nos membros torácicos e diminuição nos membros pélvicos. Esse teste avalia principalmente centros vestibulares, musculatura do pescoço e receptores articulares. APRUMO VESTIBULAR: A capacidade de o animal manter-se em uma posição normal em relação à gravidade. O animal é suspenso pela pelve, inicialmente com as patas dianteiras tocando o solo e as traseiras sendo elevadas. COLOCAÇÃO TATIL E VISUAL: Na colocação tátil, o animal é vendado e suspenso no ar, sustentado pelo abdome e tórax. Em seguida, é movido em direção à borda de uma superfície horizontal, como uma mesa, tocando-se a face dorsal das patas torácicas na superfície. O animal deve rapidamente levantar as patas e colocá-las sobre a mesa. PROPULSÃO EXTENSORA: o animal é suspenso pelo tórax e abaixado até os membros pélvicos tocarem o solo ou a mesa. Deve haver contração dos músculos extensores, isto é, extensão dos membros pélvicos para suportar o peso. O animal pode dar um ou dois passos para trás. ORTOPÉDICOS: REFLEXO PATELAR: O reflexo patelar avalia a integridade dos segmentos espinhais L4-L6 e do nervo femoral. Para avaliá-lo, o membro testado deve ser mantido relaxado em flexão parcial, de forma que se possa desferir um golpe suave no tendão patelar com um martelo REFLEXO TIBIAL CRANIAL: coloca-se o animal em decúbito lateral com o membro relaxado e sustentado pelo cotovelo, com a flexão do carpo mantida. Com um plexímetro percute músculo extensor radial do carpo, a resposta normal é a extensão do carpo. REFLEXO DE DOR PROFUNDA: com uma pinça hemostática pinça de forma mais intensificada do que no de retirada na região interdigital trazendo reflexo e retirada. REFLEXO DE RETIRADA: é iniciado pela compressão do espaço interdigital com os dedos ou com uma pinça hemostática e a resposta normal é retirada do membro em direção ao corpo, com flexão de todas as articulações. AVALIAÇÃO DATÔNUS MUSCULAR: O exame deve ser feito com o paciente em decúbito e, se possível, em relaxamento muscular. Inicialmente realiza-se a inspeção das massas musculares em seguida a palpação, verificando-se o grau de consistência muscular, logo após faz movimentos de flexão e extensão nos membros, observando-se a resistência (tono aumentado) ou a passividade (tono diminuído). TESTE DO PÂNICULO/ TURGOR CUTÂNEO: avalia a integridade da inervação da musculatura subcutânea do tronco e é iniciado pelo estímulo da pele da linha dorsal do Semiologia Veterinaria Jamiliana Q. Costa @veterinaryresume tronco com uma agulha ou uma pinça hemostática. O teste é feito desde a região lombossacral até a altura de T2. PALPAÇÃO DA COLUNA: e detectar áreas dolorosas (hiperestesia) ou com restrição de movimento na região da coluna vertebral ou plexos. Deve- se realizá-la como última etapa do exame neurológico para diminuir o estresse durante a avaliação. A palpação da coluna lombar e torácica consiste de aplicações crescentes de pressão (discreta, moderada, intensa) lateralmente aos processos espinhosos em uma seqüência crânio-caudal ou caudo- -cranial. REFLEXO PERINEAL: com uma pinça hemostática pinça ao redor de todo o ânus a resposta normal será a contração do esfíncter. “Agradeço de coração por confiar e acreditar nesse trabalho espero ter ajudado de forma grandiosa na sua caminhada e luta nos estudos, acredite, todo esforço será válido”. – Jamiliana Costa conceitos SEMIOTÉCNICA: SEMIOGÊNESE: CLÍNICA PROPEDÊUTICA: SINTOMA: SINAL: SINAL PATOGNOMÔNICO: EXAME CLÍNICO: Tipos de Diagnóstico: DIAGNÓSTICO NOSOLÓGICO ou Clínico: DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO: DIAGNÓSTICO ANATÔMICO: DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO: DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: PROGNÓSTICO: TRATAMENTO: EXAME CLÍNICO: EXAME FÍSICO: Sistema cardiovascular EXAME CLÍNICO: SINAIS CLINICOS: INJURIAS: EXAME FISICO GERAL: INSPEÇÃO: AUSCULTAÇÃO: Sistema respiratório ANAMNESE: SINAIS CLINICOS: INSPEÇÃO: AUSCUTAÇÃO: PERCUSSÃO: EXAMES COMPLEMENTARES: Grandes Animais ANAMNESE: SINAIS CLÍNICOS : INSPEÇÃO: PALPAÇÃO: AUSCULTAÇÃO: EXAMES COMPLEMENTARES: Sistema digestório Pequenos animais: SINAIS CLÍNICOS: Anamnese: EXAME FÍSICO: EXAME FÍSICO: Grandes Animais ANAMNESE: EXAME FÍSICO: EXAMES COMPLEMENTARES: Sistema urinário CONTROLE DA MICÇÃO: EXAME FÍSICO: ANAMNESE INSPEÇÃO: PALPAÇÃO PALPAÇÃO DOS RINS EXAMES COMPLEMENTARES: TERMOS TÉCNICOS DO SISTEMA URINÁRIO; Sistema nervoso AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS: 4 FUNÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA NERVOSO LOCALIZAÇÃO DAS LESÕES – SINAIS CLÍNICOS: EXAME CLÍNICO E FÍSICO: ORTOPÉDICOS: REFLEXO PATELAR: REFLEXO TIBIAL CRANIAL: REFLEXO DE DOR PROFUNDA: REFLEXO DE RETIRADA: AVALIAÇÃO DATÔNUS MUSCULAR: TESTE DO PÂNICULO/ TURGOR CUTÂNEO: PALPAÇÃO DA COLUNA: REFLEXO PERINEAL:
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