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1º SEMESTRE 
FISIOTERAPIA 
TURMA - A 
 
LISOSSOMOS E ENDOSSOMOS 
 
 
 
Disciplina: Biologia Geral 
Docente: Valéria Aparecida Bello 
 
 Amanda Beatriz Antoniolli 
Amanda Cristina dos Santos 
Ana Clara Picoli 
Antonielli Aparecida de Souza Carneiro 
Deiseane Prado Assis 
Dirce Benito Borburema 
Isabela Pastore 
Jéssica Fernanda Silva 
Rafaela Gonçalves De Grande 
Tiago Trindade Ribeiro 
LONDRINA, 2012 
 
 
INTRODUÇÃO 
• Lisossomos são organelas citoplasmáticas que acumulam 
cerca de 40 enzimas hidrolíticas, uma ampla gama de 
substrato 
 
• A principal função é a digestão intracelular 
 
• a digestão intracelular permite a célula eliminar porções 
envelhecidas ou danificadas do citoplasma, incluindo 
organelas e moléculas 
 
ESTRUTURA 
• Geralmente esféricas e de tamanho extremamente variável, delimitado. 
 
• Os lisossomos acumulam ao longo do tempo, resíduos não digeríveis 
 
• apresentam uma cobertura de carboidratos que fica associada á face 
interna da membrana que os envolve, e aparentemente é responsável por 
evitar a digestão da própria membrana pelas hidrolases que acumulam no 
seu interior. 
 
 
A FORMAÇÃO DOS LISOSSOMOS E A 
SEGREGAÇÃO DAS ENZIMAS LISOSSOMAIS 
 
 
• Os lisossomos são formados a partir do complexo de 
Golgi, que saem pequenas vesículas contendo as pré-
enzimas lisossomais para os endossomos tardios. Nas 
vesículas há um decréscimo do pH no interior por meio de 
Bombas de prótons que se localiza nas membranas. As 
enzimas lisossomais são sintetizadas como pré-enzimas 
no retículo endoplasmático e, então destinadas ao 
complexo de Golgi. As pré-enzimas se liga para agrupar-se 
nas membranas que são empacotadas em pequenas 
vesículas de transporte . 
 
• Quando os receptores se desligam-se das pré-enzimas 
lisossomais ocorre o abaixamento do pH. Se os 
endossomos tardios falham, eles acabam sendo 
hidrolisados no interior dos lisossomos, o novo ambiente 
da vesícula tem a remoção de fosfato que levam a ter 
mudanças das pré-enzimas, que se torna ativas. 
 
IDENTIFICAÇÃO CITOQUÍMICA DOS 
LISOSSOMOS 
 
• A citoquímica estuda a localização intracelular das diversas 
substâncias que compõem as células.Podem ser aplicada 
em nível de microscopia óptica e de microscopia eletrônica. 
Os métodos dos citoquímicos têm por base reações 
químicas específicas, ou a interação macromolecular de alta 
afinidade. 
 
 
 
• Muitas enzimas podem ser estudadas por técnicas 
citoquímicas. Algumas vezes, para impedir que o fixador 
inative a enzima, é preciso usar cortes de tecidos não 
fixados, obtidos por congelação. As desidrogenases e as 
fosfatases são exemplos de enzimas demonstráveis 
citoquimicamente. 
 
• Um dos métodos enzimáticos mais úteis é o destinado á 
fosfatase ácida, uma vez que a enzima é localizada no 
interior dos lisossomos, portanto serve para identificar 
lisossomos tanto em microscopia óptica quanto eletrônica 
 
 
 
ORIGEM E DESTINO DO MATERIAL DIGERIDO 
NOS LISOSSOMOS 
 • Na autofagia, os lisossomos digerem elementos da própria célula. Já a 
crinofagia corresponde a um tipo especial de autofagia, no qual grânulos 
de secreção são digeridos pelos lisossomos. 
 
• Os produtos da digestão nos lisossomos têm três destinos: 
 
• 1º Aqueles que são unidades de moléculas como aminoácidos, 
monossacarídeos e alguns lipídios. 
 
• 2º São transferidos para o citoplasma e aproveitados nas diferentes vias 
biossintéticas. 
 
• 3º Os não digeridos é eliminado, por um processo de EXOCITOSE ou 
CLASMOCITOSE, ou ficam acumulados nas células. 
 
 
LISOSSOMOS COMO ORGANELAS DE SECREÇÃO 
 
• Os lisossomos são responsáveis pela digestão celular e em 
algumas células como os osteoclatos (responsáveis pela 
modificações do tecido ósseo) elas são liberadas como enzima na 
modificação do tecido ósseo. 
 
• No caso das células tumorais essas enzimas ajudam na evasão. 
 
• Nas células de defesa os lisossomos estão relacionados de uma 
forma ou outra no grânulos de secreção, que estes por sua vez 
produzem hormônios que parecem ter algum tipo de controle. 
 
 
CRINOFAGIA 
• As células secretoras que, em determinado momento deixam de 
receber o estímulo para secreção, precisam eliminar os grânulos onde 
seus produtos são acumulados no citoplasma. 
 
•é acionado o processo denominado crinofagia, no qual os grânulos 
são digeridos pela via lisossomal. 
 
• o material oriundo da via biossintética é encaminhado para o interior 
dos lisossomos. 
 
•A célula volta, então, para um estado basal de atividade, até que um 
novo estímulo induza novo acúmulo de secreção. 
 
ENDOCITOSE 
• A endocitose envolve três mecanismos principais: 
 
• a pinocitose; 
 
• a fagocitose; 
 
• e aquele que envolve a endocitose mediada por 
receptores. 
 
PINOCITOSE 
• processo contínuo de formação de vesículas que trazem água, pequenas 
moléculas e proteínas solúveis. 
 
• uma vez dentro das células, as vesículas fundem-se entre si e aos lisossomos, 
resultando na digestão do seu conteúdo. 
 
• a taxa de pinocitose e de internalização varia de membrana plasmática varia de 
célula para célula, sendo especialmente alta em células como macrófagos. 
 
FAGOCITOSE 
• Corresponde a internalização de partículas relativamente maiores. 
 
• Em organismos unicelulares, a fagocitose corresponde a um 
processo importante para a obtenção de nutrientes. 
 
• Já nos multicelulares, desempenha um papel importante na defesa 
contra microrganismos; na eliminação de células danificadas, 
envelhecidas ou em processo de morte celular. 
 
• Nesse processo, há uma participação efetiva dos filamentos de 
actina e a vesícula contendo a partícula a ser ingerida denomina-se 
fagossomo. 
 
ENDOCITOSE MEDIADA POR RECEPTORES 
• Permite às células a internalização de moléculas pela formação de vesículas de 
maneira bastante específica. 
 
• A especifidade desse processo depende da existência de receptores da membrana 
plasmática. 
 
• Esses receptores reconhecem as moléculas a ser internalizadas, agrupam-se no 
plano da membrana e forma o coated pits a partir da porção citoplasmática dos 
repectores com as moléculas de clatrina. 
 
• Uma das características desse processo é a concentração, em duas etapas, do 
material a ser internalizado. 
 
• Primeiramente, ao se ligar aos receptores, as moléculas são concentradas junto a 
superfície da célula, reduzindo o volume de fluido a ser ingerido pela célula. 
 
• Num segundo momento, os receptores e seus ligantes são concentrados no plano 
da membrana, reduzindo o segmento de membrana a ser ingerido. 
 
AUTOFAGIA 
• eliminação de organelas envelhecidas, danificadas ou 
presentes em quantidades excessivas; 
 
• é extremamente importante nos fenômenos de regressão e 
involução de órgãos; 
 
ENDOSSOMOS 
• São compartimentos de forma variada; 
 
• localizados entre o complexo de Golgi e a membrana plasmática 
 
• são responsáveis pelo transporte e digestão de partículas e grandes 
moléculas que são captadas pela célula através de uma variedade de 
processos conhecidos como endocitose. 
 
• Existem dois tipos de endossomos: 
• os endossomos primários ou iniciais, localizados nas proximidades da 
membrana plasmática; 
• e os endossomos secundários ou tardios, próximos às redes cis e trans do 
Golgi. 
 
 
• Os endossomos iniciais formam os compartimentos de proteínas específicas 
determinando seu destino: reciclagem e devolução para o mesmo domínio da 
membrana plasmática; transcitose (o material interiorizadopor um lado da célula 
atravessam o citoplasma e saem por exocitose do lado oposto); ou destinados aos 
lisossomos, onde serão degradados. 
 
DOENÇAS RELACIONADAS AOS LISOSSOMOS 
• apresentam efeitos cumulativos e resultam em degeneração dos tecidos, 
podendo levar a óbito. 
 
• Há doenças de caráter genético, mas há também aquelas adquiridas ou 
que estão associadas à invasão parasitária. 
 
• As de origem genética são de dois tipos principais: 
 
• Existem aquelas relacionadas à disfunção de uma enzima específica. O 
exemplo mais marcante é a Doença de inclusão ou doença I (também 
conhecida como mucolipidose dos tipos II e III). 
 
• Essa doença tem caráter recessivo e afeta a formação da N-
acetilglicosamina-fosfotransferase, enzima envolvida no processamento 
pós-traducional das enzimas lisossomais no complexo de Golgi. 
• Existem as doenças de acúmulo, que geralmente atingem um tipo 
principal de molécula cuja hidrolase específica está ausente nos 
lisossomos ou é encontrada na sua forma inativa. 
 
• As mucopolissacaridose são exemplos nos quais os 
glicosaminoglicanos são as moléculas acumuladas. 
 
• Em alguns casos as doenças lisossomais resultam do rompimento 
da membrana da organela, causado pelo acúmulo de matérias que 
não foi digerido por ela. 
 
• A Silicose ou doença dos trabalhadores em minas, onde são 
expostos a uma grande quantidade de partículas sólidas que, uma 
vez nos pulmões, são fagocitadas pelos macrófagos, acumulam-se 
nos lisossomos e acabam por romper sua membrana, levando a 
destruição das células e ao comprometimento tecidual). 
 
• A doença conhecida como Gota consiste no acúmulo de cristais de urati de 
sódio, tendo como resultado o mesmo processo da Silicose, mas tecidos 
diversos. 
 
• A ingestão acidental se plantas tóxicas da família das Aráceas (cujo 
representante mais comum é a comigo-ninguém-pode), que acumulam 
cristais de oxalato de cálcio, causa o mesmo tipo de dano. 
 
• Na Febre reumática, ocorre a digestão da membrana dos lisossomos, 
realizada por bactérias do tipo estreptococos. 
 
• Já na artrite reumatóide, a cartilagem é degrada por protases ácidas 
lisossomais e são liberadas na matriz por meio de mecanismos ainda não 
conhecidos. 
 
• Os lisossomos estão também envolvidos com uma classe de doenças 
específicas, relacionadas à sua função secretora. 
 
• A relação entre os lisossomos e a invasão da célula por algumas 
bactérias (como o bacilo da tuberculose e o agente causador da 
Psitacose); 
 
• que são capazes de inibir a fusão do endossomo com as vesículas 
que contêm as enzimas lisossomais, e a relação com a invasão por 
alguns vírus que, uma vez no interior dos lisossomos, utilizam do 
arsenal enzimático para digerir os elementos do capsídio (conjunto 
de proteínas que constituem o revestimento viral) 
 
• e conseguem injetar seu material genético (RNA ou DNA) no 
citoplasma, a partir do que conseguem proliferar dentro da célula. 
 
ORGANELAS RELACIONADAS AOS 
LISOSSOMOS 
• Mais recentemente, uma série de organelas celulares tem 
sido caracterizada e apresenta características que 
permitem sua classificação como sendo relacionadas aos 
lisossomos. 
• Dentre essas características estão a presença de uma 
membrana delimitante, o baixo pH do seu interior, a 
presença de algumas proteínas marcadoras dos 
lisossomos e a acessibilidade para traçadores da via 
endocítica. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
• CARVALHO, Hernandes F. ; RECCO - PIMENTEL, Shirlei 
M.; A Célula. Editora Manole. Pág.199.

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