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Esquistossomose Mansônica: Aspectos Clínicos e Epidemiológicos

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ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA
 CID 10: B65
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ- Campus Macaé
CURSO: Enfermagem
DISCIPLINA: Parasitologia
DOCENTE: Elisabeth Santos Maximiano
DISCENTES: Aline Helena Oliveira, Ana Flávia Vasconcelos,
 Andréia Castro, Danilo Cordeiro e Mariana Viana. 
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
A Esquistossomose Mansônica é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, cuja sintomatologia clínica depende de seu estágio de evolução no homem. A fase aguda pode ser assintomática ou apresentar-se como dermatite cercariana, caracterizada por micropápulas eritematosas e pruriginosas, até cinco dias após a infecção. Com cerca de 3 a 7 semanas após a exposição, pode ocorrer a febre de Katayama, caracterizada por linfodenopatia, febre, anorexia, dor abdominal e cefaleia. Esses sintomas podem ser acompanhados de diarreia, náuseas, vômitos ou tosse seca, ocorrendo hepatomegalia. Após seis meses de infecção, há risco do quadro clínico evoluir para a fase crônica, cujas formas clínicas são:
HEPATOINTESTINAL- Caracteriza-se pela presença de diarreias e epigastralgia. Ao exame físico, o paciente apresenta fígado palpável, com nodulações que, nas fases mais avançadas dessa forma clínica, correspondem a áreas de fibrose decorrentes de granulomatose periportal ou fibrose de Symmers.
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
HEPÁTICA- A apresentação clínica dos pacientes pode ser assintomática ou com sintomas da forma hepatointestinal. Ao exame físico, o fígado é palpável e endurecido, à semelhança do que acontece na forma hepatoesplênica. Na ultrassonografia, verifica-se a presença de fibrose hepática, moderada ou intensa.
HEPATOESPLÊNICA COMPENSADA- A característica fundamental desta forma é a presença de hipertensão portal, levando à esplenomegalia e ao aparecimento de varizes no esôfago. Os pacientes costumam apresentar sinais e sintomas gerais inespecíficos, como dores abdominais atípicas, alterações das funções intestinais e sensação de peso ou desconforto no hipocôndrio esquerdo, devido ao crescimento do baço. Às vezes, o primeiro sinal de descompensação da doença é a hemorragia digestiva com a presença de hematêmese e/ou melena. O exame físico detecta hepatoesplenomegalia.
HEPATOESPLÊNICA DESCOMPENSADA- Considerada uma das formas mais graves. Caracteriza-se por diminuição acentuada do estado funcional do fígado. Essa descompensação relaciona-se à ação de vários fatores, tais como os surtos de hemorragia digestiva e consequente isquemia hepática e fatores associados (hepatite viral, alcoolismo).
AGENTE ETIOLÓGICO
Schistosoma mansoni, um helminto pertencente à classe dos Trematoda, família Schistosomatidae e gênero Schistosoma.
RESERVATÓRIO 
No ciclo da doença, estão envolvidos dois hospedeiros, um definitivo e o intermediário.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO- O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita apresenta a forma adulta, reproduzindo-se sexuadamente, possibilitando a eliminação dos ovos do S. mansoni, no ambiente, pelas fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas.
Os primatas, marsupiais (gambá), ruminantes, roedores e lagomorfos (lebres e coelhos), são considerados hospedeiros permissivos ou reservatórios, porém, não está clara a participação desses animais na transmissão.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO- No Brasil, são os caramujos do gênero Biomphalaria: B. glabrata, B. tenagophila, B. straminea.
MODO DE TRANSMISSÃO 
Os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado (homem). Na água, eclodem, liberando uma larva ciliada denominada miracídio, que infecta o caramujo.
Após 4 a 6 semanas, a larva abandona o caramujo, na forma de cercária, ficando livre nas águas naturais. O contato humano com águas infectadas pelas cercárias é a maneira pela qual o indivíduo adquire a Esquistossomose.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Em média, 1 a 2 meses após a infecção.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
O homem pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni nas fezes a partir de 5 semanas após a infecção, e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos.
Os hospedeiros intermediários, começam a eliminar cercárias após 4 a 7 semanas da infecção pelos miracídios Os caramujos infectados eliminam cercárias durante toda a sua vida que é de, aproximadamente, 1 ano.
COMPLICAÇÕES 
Fibrose hepática, hipertensão portal, insuficiência hepática severa, hemorragia digestiva, cor pulmonale, glomerulonefrite. 
Podem ocorrer associações com infecções bacterianas (salmonelas, estafilococos) e virais (hepatites B e C). Pode haver comprometimento do sistema nervoso central e de outros órgãos secundários ao depósito ectópico de ovos.
DIAGNÓSTICO 
Além do quadro clínico-epidemiológico, deve ser realizado exame coprológico, preferencialmente com uso de técnicas quantitativas de sedimentação, destacando-se a técnica de Kato-Katz.
A ultra-sonografia hepática auxilia o diagnóstico da fibrose de Symmers e nos casos de hepatoesplenomegalia. A biópsia retal ou hepática, apesar de não recomendada na rotina, pode ser de ser útil em casos suspeitos e na presença de exame parasitológico de fezes negativo.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A Dermatite cercariana pode ser confundida com doenças exantemáticas, como dermatite por larvas de helmintos, por produtos químicos lançados nas coleções hídricas ou, ainda, por cercárias de parasitas de aves. O diagnóstico diferencial da Esquistossomose aguda deve ser feito com outras doenças infecciosas agudas, tais como febre tifóide, malária, hepatites virais anictéricas A e B, estrongiloidíase, amebíase, mononucleose, tuberculose miliar e ancilostomíase aguda, brucelose e doença de Chagas aguda. A Esquistossomose crônica pode ser confundida com outras parasitoses intestinais, além de outras doenças do aparelho digestivo, que cursam com hepatoesplenomegalia: calazar, leucemia, linfomas, hepatoma, salmonelose prolongada, forma hiperreativa da malária (esplenomegalia tropical) e cirrose.
TRATAMENTO
Praziquantel (anti-helmíntico antiparasitário de amplo espectro, contra numerosas espécies de cestódeos e trematódeos) ou Oxamniquina (antiparasitário trematicida, da classe das tetraidroquinolinas, utilizado em infecções por Schistosoma mansoni).
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
A Esquistossomose ocorre em 54 países, destacando-se África, leste do Mediterrâneo, América do Sul e Caribe. No Brasil, é considerada uma endemia, que atinge 18 estados e Distrito Federal. Os estados das regiões Nordeste, Sudeste e Centro Oeste são os mais afetados. Atualmente, a doença é detectada em todas as regiões do país. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVOS - Reduzir a ocorrência de formas graves e óbitos; reduzir a prevalência da infecção e reduzir o risco de expansão geográfica da doença .
NOTIFICAÇÃO - É doença de notificação compulsória em áreas não-endêmicas, Entretanto, recomenda-se que todas as formas graves na área
endêmica sejam notificadas. Também todos os casos diagnosticados na área endêmica com focos isolados.
MEDIDAS DE CONTROLE
CONTROLE DO PORTADORES- Identificação e tratamento dos portadores de S. mansoni, por meio de inquéritos coproscópicos a cada dois anos deve fazer parte da programação de trabalho das secretarias municipais de saúde das áreas endêmicas. É necessário o trabalho conjunto das equipes de Saúde da Família (ESF), com os agentes de combate de endemias que atuam no Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (PCE).
CONTROLE DOS HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS - São de natureza complementar e consistem em pesquisa de coleções hídricas para determinação do seu potencial de transmissão, medidas de saneamento ambiental, para dificultar a proliferação e o desenvolvimento dos hospedeiros intermediários, bem como impedir que o homem infectado contamine as coleções de águas com ovos de S. mansoni, quando indicado, tratamento químico de criadouros de importância epidemiológica.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE - As ações de educação em saúdedevem preceder e acompanhar todas as atividades de controle e serem baseadas em estudos do comportamento das populações em risco. Realizada pelos agentes de saúde e por profissionais das unidades básicas, é direcionada à população em geral, com atenção aos escolares residentes nas áreas endêmicas.
SANEAMENTO AMBIENTAL - No controle da Esquistossomose, o saneamento ambiental cria condições que reduzem a proliferação e a contaminação dos hospedeiros intermediários, com consequente diminuição do contato do homem com os agentes transmissores (caramujos infectados).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância Epidemiológica
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS- GUIA DE BOLSO
8a edição revista
Série B. Textos Básicos de Saúde

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