Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
11/04/2018 1 COMPARTIMENTOS INTRACELULARES E TRÁFEGO INTRACELULAR DE VESÍCULAS Profa. Ana Paula Coelho Marques COMPARTIMENTOS INTRACELULARES Para que a célula opere de modo eficaz, os diversos processos intracelulares que ocorrem simultaneamente devem ser separados entre si; Em células eucarióticas, a célula separa os diferentes processos metabólicos e as proteínas necessárias para conduzi-los, dentro de compartimentos envoltos por membranas compartimentos intracelulares ou organelas envoltas por membranas. 11/04/2018 2 As proteínas são produzidas no citosol e daí transferidas para o compartimento onde são utilizadas; Cada compartimento contém um conjunto único de proteínas; Processo de transferência distribuição proteica, depende de sinais construídos dentro da sequência de aminoácidos das proteínas; COMPARTIMENTOS INTRACELULARES Alguns compartimentos intracelulares de células eucarióticas se comunicam com outros pela formação de pequenos sacos membranosos ou vesículas; Transporte vesicular as vesículas se destacam de um compartimento, movem-se pelo citosol e se fundem com outro compartimento; COMPARTIMENTOS INTRACELULARES O tráfego constante de vesículas fornece as principais rotas para a liberação de proteínas da célula por exocitose e pela sua importação por endocitose. 11/04/2018 3 As células eucarióticas são divididas internamente por membranas internas, que criam compartimentos fechados; Nestes compartimentos conjuntos de enzimas podem operar sem a interferência de reações que ocorram em outros compartimentos; ORGANELAS ENVOLTAS POR MEMBRANAS ORGANELAS ENVOLTAS POR MEMBRANAS O núcleo, o retículo endoplasmático (RE), o aparelho de Golgi, os lisossomos, os endossomos, as mitocôndrias e os peroxissomos são compartimentos distintos separados do citosol por pelo menos uma membrana seletivamente permeável; 11/04/2018 4 ORGANELAS ENVOLTAS POR MEMBRANAS Os ribossomos não são envoltos por membranas e são muito pequenos, não visíveis no micróscopio óptico; Ribossomos não se enquadram na definição original de organela; Alguns ribossomos são encontrados livres no citosol, e outros estão ligados à superfície citosólica do RE. ORGANELAS ENVOLTAS POR MEMBRANAS Fonte: Alberts, B. et al. Fundamentos de Biologia Celular, 2011. 11/04/2018 5 ORGANELAS ENVOLTAS POR MEMBRANAS As organelas envoltas por membranas ocupam, juntas, cerca de metade do volume de uma célula eucariótica; A quantidade total de membranas é enorme; ex: em células de mamíferos, a área da membrana do RE é de 20 a 30x maior que a da membrana plasmática; DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Antes de se dividir, a célula eucariótica tem que duplicar suas organelas envoltas por membranas; A maior parte das organelas é formada a partir de organelas preexistentes, que crescem e então se dividem; O crescimento das organelas requer síntese de novos lipídeos para compor mais membranas e de proteínas de membrana e solúveis no interior das organelas; 11/04/2018 6 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS As proteínas são continuamente sintetizadas, mesmo em células que não estão em divisão; Essas proteínas recém- sintetizadas devem ser distribuídas para as organelas: algumas para secreção celular e outras para substituir proteínas degradadas de organelas; A síntese e direcionamento de novas proteínas para as organelas é essencial para a célula crescer, se dividir e funcionar corretamente. Em mitocôndrias, cloroplastos e para o interior do núcleo, as proteínas são entregues diretamente a partir do citosol; Para aparelho de Golgi, lisossomos, endossomos e membranas nucleares, as proteínas e os lipídeos são entregues indiretamente pelo RE (responsável pela síntese de proteínas e lipídeos); DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS 11/04/2018 7 As proteínas entram no RE diretamente a partir do citosol onde a maioria é sintetizada nos ribossomos; Podem permanecer no RE, mas a maioria é transportada ao aparelho de Golgi através de vesículas e daí para outras organelas ou para a membrana plasmática; As proteínas produzidas no citosol são despachadas para diferentes locais na célula de acordo com um sinal de distribuição (“endereços”) que elas contém nos seus aminoácidos; uma vez no endereço certo, as proteínas entram nas organelas; As proteínas que não possuem esses sinais permanecem residentes no citosol; DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Essa sequência-sinal é geralmente removida da proteína acabada, uma vez que a distribuição tenha sido executada. O sinal de distribuição em proteínas é uma porção da sequência de aminoácidos ( 15 a 60 aa de comprimento); 11/04/2018 8 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS As sequências-sinal são suficientes para direcionar uma proteína para uma determinada organela; 11/04/2018 9 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Não é a exata sequência de aa. da proteína em si, que define a função desses sinais, mas sim suas propriedades físicas, como a hidrofobicidade ou a presença de aminoácidos carregados. DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Como uma proteína (hidrofílica) passa através da membrana hidrofóbica das organelas? As proteínas são importadas pelas organelas por três mecanismos; Todos esses processos requerem energia; As proteínas permanecem enoveladas durante as etapas de transporte dos mecanismos 1 e 3, mas normalmente devem desenovelar-se no mecanismo 2. 11/04/2018 10 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Em 1, as proteínas que se movem do citosol para o núcleo são transportadas pelos poros nucleares; Esses poros são seletivos, transportam ativamente macromoléculas específicas, mas permitem a difusão livre de moléculas menores; As proteínas passam pelos poros nucleares enoveladas. DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Em 2, as proteínas são transportadas através de translocadores proteicos localizados nas membranas; A proteína transportada se desdobra e “serpenteia” pela membrana; 11/04/2018 11 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Em 3, as proteínas que se movem do RE adiante, são conduzidas por vesículas de transporte; As vesículas se enchem com as proteínas de uma organela ao se desprenderem dela; E descarregam a sua carga em um segundo compartimento ao fusionar-se com a membrana deste; O mesmo processo ocorre com lipídios proteínas da membrana plasmática. DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS O envelope nuclear é composto por duas membranas, encerra o DNA nuclear e define o compartimento nuclear; TRANSPORTE DE PROTEÍNAS DO CITOSOL PARA O NÚCLEO A membrana interna contém proteínas, que servem como sítios de ligação para os cromossomos e sustentação da lâmina nuclear (filamentos proteicos que sustentam a membrana nuclear internamente); 11/04/2018 12 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS A composição da membrana nuclear externa se assemelha muito à membrana do RE, com a qual ela é contínua; Nas células eucarióticas, o envelope nuclear é perfurado por poros nucleares, que formam canais por onde as moléculas entram ou saem do núcleo. DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS O tráfego ocorre pelos poros em ambas as direções: 1) Proteínas do citosol destinadas ao núcleo 2) Moléculas de RNA (mRNA), sintetizadas no núcleo, e subunidades ribossomais montadas no núcleo, são exportadas. 11/04/2018 13 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Um poro nuclear é uma estrutura grande e elaborada composta de cerca de 30 proteínas diferentes;DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS 11/04/2018 14 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS 11/04/2018 15 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS TRANSPORTE DE PROTEÍNAS DO CITOSOL PARA MITOCÔNDRIAS E CLOROPLASTOS Mitocôndrias e cloroplastos são circundados por membranas internas e externas, e produzem ATP; A maior parte das proteínas destas organelas é importada do citosol; Para sua manutenção e crescimento, também importam novos lipídeos para as suas membranas a partir do RE; Os fosfolipídeos são transportados individualmente para essas organelas por proteínas hidrossolúveis carreadoras de lipídeos que extraem uma molécula fosfolipídica de uma membrana e a entregam à outra. DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Essas proteínas normalmente possuem uma sequência-sinal que as permite entrar na sua organela específica. Passam através de ambas as membranas, externa e interna ao mesmo tempo (translocação); Cada proteína é desenovelada à medida que é transportada, e sua sequência-sinal é removida após a translocação ser completada; 11/04/2018 16 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS TRANSPORTE DE PROTEÍNAS DO CITOSOL PARA O RE Retículo endoplasmático (RE) é o mais extenso sistema de membranas em uma célula eucariótica; Serve como ponto de entrada para proteínas destinadas para outras organelas, bem como de proteínas para o próprio RE. DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Proteínas destinadas ao aparelho de Golgi, endossomos, lisossomos, e membrana plasmática, entram primeiro no RE vindas do citosol; Uma vez dentro do RE ou na membrana do RE, as proteínas não retornam ao citosol; São carregadas de uma organela para outra, de uma organela para a membrana plasmática ou para o exterior celular por vesículas de transporte; 11/04/2018 17 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Dois tipos de proteínas são transferidos do citosol para o RE: As proteínas hidrossolúveis são completamente translocadas pela membrana do RE e liberadas no lúmen do RE; As proteínas transmembrana são apenas parcialmente translocadas pela membrana do RE e se tornam embebidas nela. DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS As proteínas hidrossolúveis estão liberadas na superfície celular ou no lúmen de uma organela; As transmembrana permanecem na membrana do RE, na membrana de outra organela, ou na membrana plasmática. Todas essas proteínas são inicialmente direcionadas ao RE por uma sequência- sinal de RE 11/04/2018 18 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS As proteínas que entram no RE, entram através da membrana do RE antes que a cadeia polipeptídica esteja completamente sintetizada Isso exige que os ribossomos que estejam sintetizando as proteínas fiquem presos à membrana do RE Esses ribossomos ligados à membrana do RE cobrem a superfície do RE, criando regiões chamadas de retículo endoplasmático rugoso DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Os ribossomos livres não estão presos a qualquer membrana e sintetizam todas as demais proteínas codificadas pelo DNA nuclear. Há duas populações separadas de ribossomos no citosol: Os ribossomos ligados à membrana estão presos à membrana do RE e à membrana nuclear externa e produzem proteínas que serão translocadas ao RE. 11/04/2018 19 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Os ribossomos ligados a membranas e os ribossomos livres são estrutural e funcionalmente idênticos; Diferem unicamente pelas proteínas que sintetizam; Quando um ribossomo sintetiza uma proteína com um sinal para RE, a sequência-sinal direciona o ribossomo à membrana do RE. 11/04/2018 20 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS À medida que uma molécula de mRNA é traduzida, muitos ribossomos se ligam a ela, formando um polirribossomo; DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS 11/04/2018 21 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS A sequência-sinal para RE é guiada para a membrana do RE por pelo menos dois componentes proteicos: (1) uma partícula de reconhecimento de sinal (SRP) no citosol e se liga à sequência-sinal de RE quando exposta pelo ribossomo, (2) um receptor de SRP que está embebido na membrana do RE, que reconhece SRP. 11/04/2018 22 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Após ligar-se ao seu receptor, a SRP é liberada e a síntese proteica recomeça, com a cadeia polipeptídica sendo agora dirigida para o lúmen do RE por um canal de translocação da membrana do RE DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS 11/04/2018 23 DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS Nem todas as proteínas que entram no RE são liberadas no lúmen do RE. Algumas permanecem embebidas na membrana do RE, como as proteínas transmembrana. DISTRIBUIÇÃO DE PROTEÍNAS 11/04/2018 24 TRANSPORTE VESICULAR O transporte do RE para o aparelho de Golgi, e a partir do aparelho de Golgi para outros compartimentos do sistema de endomembranas, é conduzido pelo contínuo brotamento e pela fusão de vesículas de transporte. As vesículas transportam proteínas e lipídeos (membranas) entre os compartimentos celulares, permitindo às células comer e secretar. TRANSPORTE VESICULAR Existem duas vias secretórias principais: 1) Via exocítica (para fora da célula) 2) Via endocítica (para dentro da célula) 11/04/2018 25 TRANSPORTE VESICULAR Via exocítica: As vesículas brotam de uma membrana e se fusionam com outras, carregando componentes de membrana e proteínas solúveis entre os compartimentos celulares. TRANSPORTE VESICULAR Via exocítica: Inicia com a síntese de proteínas sobre a membrana do RE e sua entrada no RE, e conduz pelo aparelho de Golgi até a superfície celular; 11/04/2018 26 TRANSPORTE VESICULAR Via exocítica: Na via exocítica (setas vermelhas), as moléculas proteicas são transportadas do RE, pelo aparelho de Golgi, para a membrana plasmática ou via endossomos (iniciais e tardios) aos lisossomos. TRANSPORTE VESICULAR Via endocítica: Na via endocítica de fora para dentro (setas verdes), moléculas extracelulares são ingeridas em vesículas derivadas da membrana plasmática e são entregues a endossomos iniciais e, então (por meio de endossomos tardios), aos lisossomos. responsável pela ingestão e degradação de moléculas extracelulares 11/04/2018 27 TRANSPORTE VESICULAR Cada vesícula de transporte leva consigo somente as proteínas apropriadas para o seu destino e fusiona-se apenas com a membrana-alvo apropriada; Diferentes tipos de vesículas de transporte migram entre as várias organelas, cada uma carregando um conjunto distinto de moléculas; As vesículas que brotam das membranas geralmente possuem uma capa proteica vesículas revestidas; Depois de brotar de sua organela de origem, a vesícula perde o seu revestimento, permitindo que a membrana da vesícula interaja diretamente com a membrana na qual ela irá fusionar-se; A capa dá forma à membrana da vesícula em um brotamento e ajuda a captar moléculas para o transporte a ser realizado. TRANSPORTE VESICULAR As vesículas mais comuns são as revestidas por proteína clatrina vesículas revestidas de clatrina; Brotam do aparelho de Golgi, na via secretória (para fora), e da membrana plasmática, na via endocítica (para dentro). 11/04/2018 28 TRANSPORTE VESICULAR As moléculas de clatrina se montam em uma rede em forma de cesta na superfície citosólica da membrana, conferindo o formato da membrana numa vesícula. TRANSPORTE VESICULAR Uma outra classe de proteínas de revestimento, as adaptinas, auxiliam na captura de moléculas específicas da vesícula; Seguram a capa de clatrina à membrana da vesícula e ajudam a selecionaras moléculas a serem carregadas no transporte. 11/04/2018 29 TRANSPORTE VESICULAR As vesículas revestidas de clatrina transportam moléculas com carga selecionadas. 1) Os receptores de carga, com as suas moléculas carga ligadas, são capturados pelas adaptinas; 2) As adaptinas ligam as moléculas de clatrina à superfície externa da vesícula em brotamento; 1 2 TRANSPORTE VESICULAR 3) Proteínas de dinamina se acoplam ao pescoço dasvesículas em formação; 4) A dinamina auxilia a destacar a vesícula (energia da hidrólise do seu GTP + auxílio de outras proteínas). 1 2 3 4 11/04/2018 30 TRANSPORTE VESICULAR 5) Após completo o brotamento , as proteínas de revestimento são removidas; 6) A vesícula nua pode fusionar-se com a sua membrana-alvo; 1 2 3 4 5 6 TRANSPORTE VESICULAR Proteínas funcionalmente semelhantes são encontradas em outros tipos de vesículas revestidas. 11/04/2018 31 ANCORAMENTO DE VESÍCULAS Após o desprendimento da vesícula de transporte da membrana, ela deve ir para o destino correto, para entregar seu conteúdo; Geralmente, a vesícula é transportada por proteínas motoras que se movem ao longo das fibras do citoesqueleto; Quando a vesícula de transporte atinge seu alvo, tem de reconhecer e se ancorar na organela; Somente então a membrana da vesícula pode fundir-se à membrana-alvo e descarregar a sua carga. ANCORAMENTO DE VESÍCULAS Cada vesícula de transporte possui na sua superfície marcas moleculares de acordo com a sua origem e conteúdo; Existem na membrana-alvo (incluindo a membrana plasmática) receptores para reconhecer estes marcadores; Esse processo de identificação depende de proteínas denominadas proteínas Rab (marcadores nas membranas das vesículas) e SNAREs (proteínas transmembranas); 11/04/2018 32 ANCORAMENTO DE VESÍCULAS 1) As proteínas Rab e SNAREs auxiliam diretamente no transporte de vesículas para suas membranas-alvo. 1 2) Uma proteína de aprisionamento filamentosa sobre uma membrana se liga à proteína Rab na superfície de uma vesícula. 2 3) Essa interação permite à vesícula ancorar na sua membrana-alvo. 3 ANCORAMENTO DE VESÍCULAS 4) A v-SNARE sobre a vesícula então se liga a uma t- SNARE complementar sobre a membrana-alvo.. 1 As proteínas Rab e as de aprisionamento fazem o reconhecimento inicial entre a vesícula e a membrana-alvo; O pareamento de SNAREs garante que a vesícula alcance sua membrana-alvo . 2 3 4 11/04/2018 33 ANCORAMENTO DE VESÍCULAS Uma vez que a vesícula de transporte tenha reconhecido a sua membrana-alvo e lá ancorado, ela tem de fusionar-se com a membrana para entregar a sua carga proteínas SNAREs são importantes na fusão de membranas. 1) O pareamento de v-SNAREs e t- SNAREs força as duas bicamadas lipídicas à justaposição. 1 2) A força das SNAREs se enrolando expulsam as moléculas de água entre as duas membranas, assim seus lipídeos podem formar uma bicamada contínua. 2 ANCORAMENTO DE VESÍCULAS 3) Outras proteínas no sítio de fusão cooperam com as SNAREs para iniciar a fusão; Proteínas adicionais ajudam a separar as SNAREs de modo que possam ser usadas novamente. 3 2 1 11/04/2018 34 VIAS SECRETORAS Proteínas recém-sintetizadas, lipídeos e carboidratos são distribuídos do RE, via aparelho de Golgi, para a superfície celular pelas vesículas de transporte que se fundem à membrana plasmática exocitose. Durante a migração, a célula monitora a proteína, para garantir que foi perfeitamente sintetizada e apenas aquelas corretamente construídas sejam liberadas pela célula; As demais são degradadas pela própria célula. VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE Muitas proteínas são glicolisadas no RE glicosilação; Isso ajudam a estabilizar a estrutura proteica, já que as proteínas podem encontrar mudanças de pH e enzimas degradativas no exterior da célula (se secretadas ou incorporadas à membrana plasmática); O processamento oligossacarídico inicia no RE e continua no aparelho de Golgi. 11/04/2018 35 VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE 1) Quando uma proteína entra no RE, ela é glicosilada pela adição de um oligossacarídio a asparaginas do polipeptídeo. 2) Cada oligossacarídio é transferido intacto para a asparagina a partir de um lipídeo Dolicol. 1 2 VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE As proteínas processadas incorretamente ou com falhas de montagem são retidas no RE pela ligação a proteínas chaperonas. As proteínas malformadas se ligam a chaperonas do lúmen do RE e são aí retidas; Dessa forma, o RE controla a qualidade das proteínas que exporta para o aparelho de Golgi. Se as proteínas malformadas falham em reenovelar-se normalmente, elas serão transportadas de volta para o citosol, onde serão degradadas. Proteínas normalmente processadas são transportadas em vesículas para o aparelho de Golgi. 11/04/2018 36 VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE Quando há muita síntese proteica, o sistema de controle do RE pode ficar sobrecarregado; Pode haver acúmulo de proteínas malenoveladas necessidade de aumento de produção de RE. Ativação de um grupo de receptores na membrana do RE para transcrição Resposta de proteína desenovelada (UPR, de unfolded protein response); Estimula a célula a produzir mais RE VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE 1) As proteínas malenoveladas se ligam a receptores que estimulam a produção de um regulador da transcrição. 1 2) Essa proteína entra no núcleo, onde ativa genes que codificam chaperonas e outros componentes do RE, promovendo, assim, o enovelamento e o processamento apropriados das proteínas. 2 11/04/2018 37 VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE As proteínas serão então modificadas e distribuídas ao Aparelho de Golgi; O aparelho de Golgi está, em geral, localizado próximo ao núcleo celular e ao centrossomo (céls. animais); É uma coleção de sacos achatados, envoltos por membranas (cisternas), empilhados como pratos; Cada pilha contém de 3-20 cisternas. VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE Com faces cis (face de entrada adjacente ao RE) e trans (face de saída voltada para a membrana plasmática). 11/04/2018 38 VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE 1) As proteínas solúveis em membrana entram na rede cis de Golgi pelas vesículas de transporte derivadas do RE; 2) Viajam pelas cisternas em sequência por meio de vesículas de transporte que brotam de uma cisterna e se fusionam com a próxima. 3) Saem da rede trans de Golgi em vesículas de transporte destinadas para a superfície celular ou para outro compartimento. 1 2 3 VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE A exocitose opera continuamente e supre a membrana plasmática de proteínas e lipídeos recém-formados; É a via pela qual a membrana plasmática cresce quando as células aumentam antes de se dividirem; Também carrega proteínas para a superfície celular para serem liberadas ao exterior, um processo chamado de secreção. As proteínas não requerem uma sequencia-sinal específica para entrar nessa via Via constitutiva de exocitose ou via-padrão 11/04/2018 39 VIAS SECRETORAS - EXOCITOSE Via regulada de exocitose em células especializadas em secreção. 1) Proteínas selecionadas na rede trans de Golgi são desviadas para vesículas secretórias, onde são concentradas e armazenadas até que um sinal extracelular estimule sua secreção. 1 Ex.: Células secretórias de hormônios, muco ou enzimas digestórias; VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE As células eucarióticas estão sempre capturando líquido e moléculas grandes e pequenas porendocitose; O material a ser ingerido é encerrado por uma pequena porção da membrana plasmática, que primeiro brota para dentro e então se destaca para formar uma vesícula endocítica intracelular; É, então, entregue aos lisossomos, onde é digerido; Os metabólitos gerados pela digestão são transferidos diretamente para fora do lisossomo no citosol, onde eles podem ser usados pela célula. 11/04/2018 40 VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE Existem dois tipos principais de endocitose, de acordo com o tamanho das vesículas endocíticas formadas: 1) Pinocitose (“o beber da célula”) ingestão de líquido e de moléculas por pequenas vesículas (< 150 nm de diâmetro); 2) Fagocitose (“o comer da célula”) ingestão de partículas grandes (microrganismos e fragmentos celulares) por grandes vesículas - fagossomos (geralmente > 250 nm de diâmetro); Todas as células eucarióticas continuamente ingerem líquido e pequenas moléculas por pinocitose; Mas apenas células fagocitárias especializadas ingerem grandes partículas. VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE FAGOCITOSE Células fagocitárias (ex.: macrófagos e leucócitos): 1) Defendem-nos contra infecções pela ingestão de microrganismos invasores; 2) Têm uma participação importante na limpeza de células mortas ou defeituosas e restos celulares. 11/04/2018 41 VIAS SECRETORAS - FAGOCITOSE As partículas a serem fagocitadas, devem primeiro ligar-se à superfície da célula fagocitária e ativar uma variedade de receptores de superfície; Alguns receptores reconhecem anticorpos proteínas que protegem contra infecções por se ligarem à superfície dos microrganismos; A ligação de uma bactéria coberta por anticorpos a esses receptores induz a célula fagocitária a estender projeções da membrana plasmática, chamadas de pseudópodes, que engolfam a bactéria; VIAS SECRETORAS - FAGOCITOSE Os pseudópodes se fusionam nas pontas para formar um fagossomo; O fagossomo então se fusiona com um lisossomo e o microrganismo é digerido. 11/04/2018 42 VIAS SECRETORAS - FAGOCITOSE 1-4) Etapas da fagocitose de bactéria já atacada por imunoglobulina; 2) Superfície dos macrófagos com receptores para a proteína, que promovem a aderência da bactéria; 3) Formação de pseudópodo; 4) A bactéria dentro de um fagossomo, onde poderá ser morta e digerida pelos lisossomos. VIAS SECRETORAS - FAGOCITOSE Microfotografia eletrônica de um leucócito (neutrófilo) ingerindo uma bactéria, a qual está em processo de divisão. Macrófago engolfando um par de eritrócitos: as setas apontam para as os pseudópodes que as células fagocitárias estão estendendo como colarinhos para encobrir sua presa. 11/04/2018 43 Alguns organismos desenvolveram, durante a evolução, mecanismos para escapar à morte intracelular após fagocitados. Secreta uma substância que impede a fusão dos fagossomos com os lisossomos Desenvolve cápsula resistente e impermeável às enzimas lisossômicas Ao ser fagocitado, rapidamente digere a membrana que o envolve (fagossomo) tornando-se livre no citoplasma VIAS SECRETORAS - FAGOCITOSE VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE PINOCITOSE As células continuamente ingerem pequenos pedaços da sua membrana plasmática, juntamente com líquido extracelular vesículas pinocíticas; Essas vesículas são posteriormente retornadas à superfície celular; A pinocitose é principalmente conduzida por fossas e vesículas cobertas por clatrina; 11/04/2018 44 VIAS SECRETORAS - PINOCITOSE O líquido extracelular fica preso na fossa revestida à medida que essa se invagina para formar uma vesícula coberta; Após se destacarem da membrana plasmática, estas vesículas cobertas de clatrina perdem sua capa e se fusionam com um endossomo; Assim, as substâncias dissolvidas no líquido extracelular são internalizadas e entregues aos endossomos; Essa entrada de líquido é geralmente balanceada pela perda de líquido durante a exocitose. Pinocitose não seletiva: vesículas englobam todos os solutos presentes no líquido extracelular. Pinocitose seletiva (endocitose mediada por receptor): 1) A substância (macromoléculas) a ser incorporada adere a receptores da superfície celular; 2) A membrana se afunda e receptor + macromolécula passam para uma vesícula que se destaca da superfície celular e entra no citoplasma. VIAS SECRETORAS - PINOCITOSE 11/04/2018 45 VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE Pinocitose mediada por receptor: habilidade das células animais de captar o colesterol de que elas necessitam para produzir membranas novas. Receptores para o colesterol defeituosos ou não existentes (defeito no gene que codifica o recptor) levam ao acúmulo de colesterol no sangue arteroesclerose. VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE O destino das proteínas receptoras envolvidas na endocitose depende do tipo de receptor. Três vias principais: 1) Receptores recuperados são devolvidos para o mesmo domínio da membrana plasmática de onde vieram (reciclagem); 2) Receptores que não são recuperados seguem dos endossomos para os lisossomos, onde são degradados (degradação); 3) Receptores recuperados são devolvidos para um domínio diferente da membrana plasmática de onde vieram (transcitose) 11/04/2018 46 VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE Os lisossomos são sacos membranosos de enzimas hidrolíticas (40 tipos diferentes) que conduzem a digestão intracelular de materiais extracelulares e organelas esgotadas; Degradam proteínas, ácidos nucleicos, oligossacarídeos e fosfolipídeos; Todas essas enzimas são otimamente ativas nas condições ácidas (pH ~5) mantidas dentro dos lisossomos. VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE A membrana lisossômica contém transportadores que levam os produtos finais da digestão de macromoléculas aa., açúcares e nucleotídeos) ao citosol; Daí podem ser excretados ou utilizados pela célula; A membrana lisossômicas contém uma bomba de H+ dirigida por ATP, que bombeia prótons para dentro dos lisossomos, mantendo seu pH ácido; 11/04/2018 47 VIAS SECRETORAS - ENDOCITOSE As células possuem uma via adicional para suprir materiais ao lisossomo autofagia; Usada para a degradação de partes obsoletas da própria célula, outras organelas por ex. Inicia com o cerco da organela por uma membrana dupla, criando um autofagossomo, o qual então, se fusiona com lisossomos RECICLAGEM DA MEMBRANA PLASMÁTICA Grande quantidade de membrana é introduzida no citosol (por endocitose), sem que se note diminuição da célula ou da membrana e sem síntese de novas moléculas par reconstituição da membrana removida; Existe na célula um fluxo constante de membranas, entre a membrana plasmática e a membrana das vesículas de fagocitose, pinocitose e secreção. As células se mantém do mesmo tamanho pela síntese de nova membrana plasmática e também devolução da membrana removida. 11/04/2018 48 Referências e sugestões para estudos Fundamentos da Biologia Celular Alberts et al., 2011 Cap. 15: 495-530 Biologia Celular e Molecular. Junqueira & Carneiro, 2012 Cap. 10
Compartilhar