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Planejamento Tributário (IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) Jackeline Lucas Souza

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30/01/2018
1
Planejamento Tributário 
(IRPJ, CSLL, PIS e COFINS)
Jackeline Lucas Souza
02 a 05/04/2018
Fortaleza - CE
IRPJ e CSLL: modalidades e regimes2 02/04/18
Aplicação Prática3 03/04/18
PIS/Pasep e COFINS: modalidades e regimes4 04/04/18
Aplicação Prática5 05/04/18
Conteúdo Programático
Apresentação e Práticas de Auditoria Tributária1 02/04/18
30/01/2018
2
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Reflexão
“Se você está fazendo 
alguma coisa da 
mesma maneira há 10 
anos, provavelmente 
está fazendo errado” 
(Charles Baudelaire)
Planejamento Tributário1
É a busca pela economia de tributos
dentro do contexto da elisão legal, com 
procedimentos lícitos adotados pelo 
indivíduo (Martins, 1998)(a)
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
3
Planejamento Tributário
O professor Stephen Robbins(1), há 37 anos 
atrás (1978), dizia que: “administradores terão 
menos liberdade de decisão se não se 
familiarizarem melhor com as implicações 
legais das suas ações administrativas”.
(1) ROBBINS, Stephen Paul. O processo administrativo: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1978, p.500
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
Dever do Administrador da Empresa
O ato de se buscar melhores resultados pelos 
administradores, e a economia tributária estariam 
dentro do contexto da Lei nº 6.404/1976, em seus 
arts. 153 e 154:
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
4
Planejamento Tributário
Art.153. “O administrador da companhia deve 
empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e 
diligência que todo homem ativo e probo costuma 
empregar na administração dos seus próprios 
negócios”.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
Art.154. “O administrador deve exercer as 
atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para 
lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas 
as exigências do bem público e da função social da 
empresa”.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
5
Planejamento Tributário
Dentro desse contexto, Young (2007)(b), cita que:
“ Em virtude da enorme carga tributária brasileira, dos princípios 
do pleno desenvolvimento econômico e da livre-iniciativa previstos 
na CF/88, cabe aos membros da empresa tomar uma decisão 
quanto à melhor forma de gerir seus negócios e uma delas a ser 
tratada neste trabalho é o planejamento mediante a 
reestruturação da empresa através das operações de fusão, cisão e 
incorporação”.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
1. Definição: elaboração e planificação com
bases técnicas de planos e programas com
objetivo de se avaliar a melhor forma de
apurar e recolher os tributos, evitando
riscos ou desembolsos desnecessários (ex).
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
6
Planejamento Tributário
2. Objetivos:
• Reduzir eficazmente a carga tributária;
• Melhorar o resultado das operações;
• Aproveitar as oportunidades que a legislação
pode proporcionar.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
3. Evasão x Elisão Fiscal:
• Evasão – é ilícita, pela tentativa de
desconstituir um fato gerador que já ocorreu;
• Elisão – é lícita, pela busca de alternativas
para a redução de tributos antes da
ocorrência do fato gerador.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
7
Planejamento Tributário
4. Aplicabilidade do planejamento tributário:
legalmente é aceito, desde que contenha
um propósito negocial em relação à
atividade da empresa.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
5. Formas de fiscalização eletrônica:
〉 Penhora on-line: pode ocorrer penhora do
saldo de conta corrente, como garantia de
débitos fiscais em execução;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
8
Planejamento Tributário
5. Formas de fiscalização eletrônica:
〉 SPED (Decreto nº 6.022, de 22/01/2007):
Sistema de Processamento Eletrônico de
Dados – unifica o armazenamento dos dados
fiscais das empresas, que serão analisados
pelos auditores fiscais;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
5. Formas de fiscalização eletrônica:
〉 NF-e (Nota Fiscal Eletrônica): Receita Federal
pretende eliminar ao longo do tempo a NF
impressa;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
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Planejamento Tributário
5. Formas de fiscalização eletrônica:
〉 Cruzamento de declarações: o Fisco cruza
valores declarados em DCTF, ECF, DIRPF,
despesas com cartões de crédito, DIMOB,
contas bancárias e outras.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
6. Recursos necessários para implementação
de um eficaz Planejamento Tributário:
a) Avaliar a cadeia produtiva, incluindo os
fornecedores;
b) Respeitar a cultura nas empresas e procurar
adaptar novas sugestões;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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Planejamento Tributário
6. Recursos necessários para implementação
de um eficaz Planejamento Tributário:
c) Atrelar ao planejamento estratégico;
d) Criar um comitê para envolver os setores com
suas responsabilidades;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
6. Recursos necessários para implementação
de um eficaz Planejamento Tributário:
e) Avaliar os impactos:
- dos tributos sobre as operações da empresa;
- do setor de atuação, lançamentos de novos
produtos;
Planejamento Tributário
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Planejamento Tributário
6. Recursos necessários para implementação
de um eficaz Planejamento Tributário:
- das alternativas lícitas de redução da carga
tributária;
- das demais áreas da empresa.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
6. Recursos necessários para implementação
de um eficaz Planejamento Tributário:
f) Eliminar pontos vulneráveis internos ou
externos à organização;
g) Buscar janelas de oportunidades, através de
profissionais especializados;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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Planejamento Tributário
6. Recursos necessários para implementação
de um eficaz Planejamento Tributário:
h) Prevenir-se contra eventuais problemas,
sempre analisando juridicamente os impactos
das ideias de planejamento.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
7. Fundamentos básicos do Planejamento
Tributário:
� Estruturado para funcionar a partir de uma
determinada data e nunca ser extemporâneo;
� Embasado na legislação vigente da época;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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13
Planejamento Tributário
7. Fundamentos básicos do Planejamento
Tributário:
� Avaliados os possíveis riscos e vantagens;
� Avaliado o custo de oportunidade, inclusive
quanto aos custos administrativos para a sua
consecução.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
8. Ferramentas de apoio ao Planejamento
Tributário:
� Avaliação da cadeia tributária: determinação
de quais são os tributos na atividade
empresarial.
Planejamento Tributário
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Planejamento Tributário
8. Ferramentas de apoio ao Planejamento
Tributário:
� Detalhes sobre a atividade e mercado:
essencialidade de produtos, regiões e
potencial;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
8. Ferramentas de apoio ao PlanejamentoTributário:
� Contabilidade confiável: fonte de dados
� Orçamentos anuais: noções sobre
materialidade e potencialidade das operações
e resultados da auditoria.
Planejamento Tributário
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Planejamento Tributário
Onde Aplicar?
1. Remuneração de um executivo a ser 
contratado;
2. Instalação de uma nova unidade 
fabril;
Como Aplicar?
1. Remunerar o diretor com um salário 
fixo anual elevado ou com um salário 
fixo anual menor e um complemento, 
por meio de planos de participação 
nos resultados;
2. Instalar uma nova fábrica perto da 
matriz ou em algum Estado que tenha 
incentivos fiscais;
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário
Onde Aplicar?
3. Captação de recursos financeiros no 
mercado de capitais;
4. Aplicação financeira de recursos no 
exterior;
5. Venda de uma participação societária.
Como Aplicar?
3. Captar recursos financeiros por 
emissão de ações ou por debêntures;
4. Aplicar recursos no exterior de forma 
direta ou por meio de uma sociedade 
domiciliada fora do país;
5. Vender uma participação societária 
por uma holding (sócia do 
empreendimento) ou diretamente 
dos sócios PFs (sócios da holding).
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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1500-1530 1504-1521 1822-1889 1889-1964 1964-1988
Tributos no Brasil 
Colônia
Tributos na época 
das Capitanias
Tributos na época 
do Brasil Imperial
Tributos na 
República
Período Militar
O Brasil Colônia é 
definido pela 
chegada dos 
portugueses (1500) e 
a independência do 
país (1822). O 
objetivo principal era 
a exploração do pau-
brasil, com tributação 
de 1/5 sobre a 
mercadoria 
explorada.
O sistema de 
capitanias, pelo 
arrendamento por 
Fernando de 
Noronha, à 
exploração do pau-
brasil, mas novos 
tributos surgiram 
nessa época sobre: 
metais e pedras 
preciosas, pescado, 
colheitas. 
A família real 
portuguesa tributava 
para custear as 
despesas da coroa 
portuguesa, sem 
nenhum retorno em 
benefícios ou 
serviços à 
população.
Instituída 
proclamação da 
República pelo 
Marechal Deodoro da 
Fonseca, vigorando 
até hoje. Em 1922 
criou-se o IR,
entrando em vigor 
em 1924; em 1946 
dando competências 
aos municípios, 
estados e união; de 
1946 a 1964 muitos 
empréstimos, 
aumento na 
industrialização.
Em 1964 o regime 
militar no Brasil; 
depois uma política 
desenvolvimentista 
(‘O milagre 
brasileiro’), às custas 
de elevados 
empréstimos e forte 
intervenção estatal e 
a tributação não 
refletia a situação 
econômica do país. A 
EC nº 18/1964 mudou 
o sistema tributário 
(Lei nº5152/1966) 
criando o CTN, onde 
a CF/1988 o 
confirmou, até hoje. 
Evolução dos Tributos no Brasil
Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação
1. Majoração de alíquotas;
2. Cálculo do tributo por dentro;
3. Retenções na fonte;
4. Substituição tributária;
5. Expansão da base de cálculo;
6. Limitações de utilização do 
prejuízo fiscal;
7. Normas antielisão/evasão;
8. Tributação dos lucros no exterior.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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1. Majoração de alíquotas
A majoração, normalmente, ocorre em relação aos tributos que
não dependem do princípio da anualidade, como por exemplo, o
IOF e a CSLL.
2. Cálculo do tributo por dentro
Representa o imposto dentro do preço praticado, como por
exemplo, o ICMS, o ISSQN, o PIS, a COFINS.
Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
3. Retenções na fonte
Antecipam a arrecadação, como por exemplo, o IRRF, a CSLL, o PIS,
a COFINS, o ISSQN.
4. Substituição tributária
Visa combater a sonegação e, ao mesmo tempo, antecipa o prazo
de recolhimento de determinados tributos, como por exemplo,
ICMS, COFINS.
Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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5. Expansão da base de cálculo
Aumentando a hipótese de tributação, com a inclusão de outras
receitas.
6. Limitação para a utilização do prejuízo fiscal
O prejuízo fiscal gerado em anos anteriores, para a compensação
com, no máximo, 30% do lucro gerado em um exercício social.
Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
7. Normas antielisão/evasão
Também conhecida como transfer price (transferência de preços)
que acabam interferindo nas importações e exportações, através
de regras para a aplicação de valores, principalmente para fins
jurídicos.
8. Tributação de lucros no exterior
Outra ação que é tratada com regras de transfer price implementa
a cobrança dos lucros do exterior, com a inclusão dos valores via
LALUR (atual ECF - a partir de 2015).
Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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Escrituração Digital - SPED
Instituída pelo Decreto Federal nº 6.022/07 o SPED é um dos 
mais importantes meios de informatização do cumprimento das 
obrigações acessórias e das relações entre o fisco e os 
contribuintes, exigidas pela administração tributária Federal, 
bem como dos Estados, DF e dos Municípios.
• Escrituração Contábil Fiscal
• Escrituração Fiscal Digital
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Escrituração Digital - SPED
O objetivo do SPED é a redução de custos 
operacionais e burocráticos, facilitando o cumprimento 
das obrigações tributárias e o pagamento de impostos e 
contribuições, fortalecendo o controle e a fiscalização, 
aumentando a confiabilidade da NF, diminuindo a 
sonegação e aumentando arrecadação com o 
cruzamento automático das informações. 
Planejamento Tributário
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Tributo e o Poder de Tributar
O Estado é uma entidade soberana que 
desenvolve a atividade financeira pela 
obtenção, gestão e aplicação dos recursos 
oriundo dos indivíduos, por meio da 
instituição de tributos. 
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Tributo e o Poder de Tributar
Em ciclos econômicos de 
crescimento, a tributação 
permite regular a demanda 
aquecida e, ao contrário, nos 
casos de recessão, a 
tributação pode ajudar a 
acelerar a retomada de 
produção, gerando mais 
empregos e renda.
C
re
sc
im
e
n
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R
e
ce
ss
ão
Planejamento Tributário
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21
O que é um tributo?
É uma prestação em dinheiro 
(pecuniária) obrigatória 
(compulsória), instituída por lei 
(ato lícito) e cobrada mediante 
atividade do Estado.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
O que é um tributo, segundo o CTN?
Art.3º, CTN: 
“É toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nele se possa exprimir, que 
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei 
e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada”.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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22
A Carga Tributária Brasileira
A carga tributária brasileira é a medida de volume de recursos financeiros 
que o Estado retira da sociedade na forma de tributos (arrecadação) 
comparada com a geração de riquezas em geral (produção).
CT = Receitas tributárias
PIB
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
A Carga Tributária Brasileira
A carga tributária brasileira começou a ser 
medida em 1947, quando apresentou a marca 
de 13,8% do PIB, registrando um crescimento 
extraordinário em 2015, com 37% do PIB 
(Quadro 1):
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
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23
A CargaTributária Brasileira
Fonte: IBPT/RFB/Folha (2017) Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Quadro 1-Evolução Global da Carga Tributária Brasileira - 1947 a 2017 (% do PIB)
Ano Carga Ano Carga Ano Carga Ano Carga
1947 13,80% 1965 19,00% 1983 27,00% 2001 34,10%
1948 14,00% 1966 20,90% 1984 24,30% 2002 35,60%
1949 14,40% 1967 20,50% 1985 24,10% 2003 34,90%
1950 14,40% 1968 23,30% 1986 26,20% 2004 35,90%
1951 15,70% 1969 24,90% 1987 23,80% 2005 33,40%
1952 15,40% 1970 26,00% 1988 22,40% 2006 34,20%
1953 15,20% 1971 25,30% 1989 24,10% 2007 35,50%
1954 15,80% 1972 26,00% 1990 28,80% 2008 36,60%
1955 15,00% 1973 25,00% 1991 25,20% 2009 33,10%
1956 16,40% 1974 25,10% 1992 25,00% 2010 33,60%
1957 16,70% 1975 25,20% 1993 25,80% 2011 35,30%
1958 18,70% 1976 25,10% 1994 29,80% 2012 35,90%
1959 17,90% 1977 25,60% 1995 29,40% 2013 36,00%
1960 17,40% 1978 25,70% 1996 29,10% 2014 35,40%
1961 26,40% 1979 24,70% 1997 29,60% 2015 37,95%
1962 15,80% 1980 24,50% 1998 29,60% 2016 32,38%
1963 16,10% 1981 25,30% 1999 31,70% 2017 32,99%
1964 17,00% 1982 26,30% 2000 32,70%
A Carga Tributária Brasileira
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
Evolução carga tributária no Brasil - 1947 a 2017
30/01/2018
24
Funcionamento do Sistema Tributário Brasileiro
Regimes 
de 
Tributação
Períodos 
de 
Apuração
Períodos 
de Pgto.
Formas 
Mensais 
de 
Apuração
Lucro Real 
Acumulado
Estimativa 
MensalOpção
Lucro Real
Trimestral Anual
Trimestral Mensal
Lucro 
Presumido
Lucro 
Arbitrado
Trimestral
Trimestral
Simples 
Nacional
Mensal
Mensal
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Funcionamento do Sistema Tributário Brasileiro
Faturamento
ICMS/IPI
PIS/COFINS
ISSQN
Lucro
IRPJ
CSLL
NC – Não cumulativo
C - Cumulativo
Lucro Real
Lucro 
Presumido
Lucro 
Arbitrado
Simples
NC
NC
C
NC
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
25
Cumulatividade e Não Cumulatividade
Toda operação, definida pela lei, sujeita-se à sua 
incidência, aplicando-se a alíquota sobre a base de 
cálculo, e procedendo-se da mesma forma nas etapas 
posteriores da circulação econômica, SEM EXCLUSÃO DA 
ANTERIOR, ou seja, sem direito ao crédito = “tributação 
em cascata”.
Cumulativo
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Cumulatividade e Não Cumulatividade
É quando cadeias produtivas e circulação econômica de 
empresas que utilizem insumos tributados, 
COMPENSAM OS TRIBUTOS QUE FORAM PAGOS 
ANTERIORMENTE, ou seja, com direito ao crédito das 
etapas anteriores.
Não Cumulativo
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
26
Cumulatividade e Não Cumulatividade
Cumulativo Não Cumulativo
Custo 
Líquido
$80
Tributos 
Embutidos
$20
PV
$250
Tributos 
$50
Margem Total dos 
Tributos
40% $70
Custo 
Líquido
$80
Tributos 
Embutidos
$20
PV
$250
Tributos 
$50
Margem Total dos 
Tributos
48% $30
Tributação
20%
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Níveis Políticos do Estado para os Tributos
O Estado federativo brasileiro é composto por três 
níveis políticos: a União (tributos federais), os 
Estados (tributos estaduais) e os Municípios 
(tributos municipais), todos com competência 
tributária específica.
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
30/01/2018
27
Competência Tributária: Classificação dos Tributos
TRIBUTOS ESTADUAIS
ICMS
IPVA
ITCD
TRIBUTOS MUNICIPAIS
ISSQN
IPTU
ITBI
TRIBUTOS FEDERAIS
II
IE
IPI
IR
ITR
IOF
PIS
COFINS
CSLL
CIDE
INSS CPMF
Planejamento Tributário
Jackeline Lucas - 2018
Planejamento Tributário sob a Visão do Fisco Federal
Declaração de Planejamento Tributário
A RF, através da Lei nº 13.202, de 
08/12/2015 (ref.MP nº 685, de 21/07/2015), 
criou o Prorelit (Programa de Redução de 
Litígios Tributários) e a obrigação de 
entregar a (01) DPLAT informando até 30/09 
de cada ano, os negócios jurídicos realizados 
que acarretarem supressão, redução ou 
adiamento do pagamento de tributos. 
A MP nº 692/15, tentou prorrogar o prazo para adesão, do exercício de 2015, até
30/10/2015 (atualmente, cfe. Lei nº 13.202, para 30/11/15) . Esta MP foi convertida em Lei
(nº 13.259, de 16/03/2016) (01) – Lei nº 13.259 de 16-03-16
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Planejamento Tributário sob a Visão do Fisco Federal
Declaração de Planejamento Tributário (DPLAT)
Caso a operação não seja aceita, a empresa deverá pagar, em até 30 dias, os 
tributos que teria economizado, mais juros pelo atraso, sem multa. Mas, se a 
declaração não for enviada, a RF poderá considerar que o contribuinte omitiu 
dados “essenciais” e aplicar multa de 150%.
(Criada pela MP nº 985, de 21/07/2015, aprovada pela Lei nº 13.202, de 
08/12/2015).
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Planejamento Tributário sob a Visão do Contribuinte
Considerando que a carga tributária tem atingido patamares que 
inviabilizam as atividades empresarias, o PLANEJAMENTO 
TRIBUTÁRIO tornou-se indispensável para a continuação dos 
negócios. Esse mecanismo tem a finalidade de eliminar as exações 
ilegais e escolha de ações que minimizem os custos tributários.
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Planejamento Tributário sob a Visão do Contribuinte
Muitas empresas pagam tributos indevidos 
apensas por inobservância da legislação 
tributária. Diante desse diagnóstico, o 
presente curso se propõe a demonstrar a 
operacionalização de casos práticos, na 
escolha de ações, não simuladas, e anteriores 
ao fato gerador, visando direta ou 
indiretamente a economia de tributos, da 
seguinte forma:
Planejamento Tributário
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Planejamento Tributário sob a Visão do Contribuinte
1. Levantamento histórico da empresa, 
identificando a origem das transações efetuadas, 
e escolher a ação menos onerosa p/ o futuro;
2. Verificar fatos geradores dos tributos pagos e 
analisar se houve cobrança indevida ou a maior;
3. Verificar se houve ação fiscal sobre fatos 
geradores passado, pois créditos constituídos 
após 5 anos são indevidos;
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Planejamento Tributário sob a Visão do Contribuinte
4. Analisar, anualmente, qual a melhor forma de 
tributação do IRPJ e da CSLL: real e presumido;
5. Levantar o montante dos tributos pagos nos 
últimos 10 anos, identificando créditos fiscais 
não utilizados;
6. Analisar os incentivos fiscais existentes, tais 
como: isenção, redução de alíquota,....
7. Analisar a melhor forma de aproveitamento 
dos créditos fiscais (compensação ou 
restituição).
Planejamento Tributário
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Legislação Tributária Aplicada aos Tributos 
Federais e Técnicas de Planejamento 
Tributário
2
“A expressão legislação tributária compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as 
normas complementares que versem, no todo ou em 
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes” (art.96, Lei nº 5.172/66 – CTN).
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Legislação Aplicada
Noções Gerais dos Elementos Tributários
2.1
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� Lucro Presumido
� Lucro Arbitrado
� Lucro Real
� Simples Nacional
IRPJ e CSLL: regimes do Lucro Presumido e Arbitrado2.2
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IRPJ e CSLL: modalidades e regimes
Regimes Legislação Faturamento Anual Tributos Alíquotas
Simples Nacional
LC 123/06, 
LC 139/11 
(LC 147/14) e 
Res. CGSN
110/13
≤ R$360 mil p/ME
> R$360 mil <=R$3.600 mil p/EPP, 
sendo até R$7.200 mil com vendas 
mercado interno e externo-50% para 
cada)
IRPJ,IPI,CSLL, 
COFINS,PIS, 
INSS,ICMS, 
ISSQN
4,5% 
(4% )
a
19,5% 
(29,7%)
Lucro Real
Arts. 223 a 
227 do
RIR/99
> R$78 milhões IRPJ,CSLL, 
PIS,COFINS
18,49%
a
23,05%
Lucro Presumido
Arts. 516 a 
521 do
RIR/99
≤ R$78 milhões IRPJ,CSLL, 
PIS,COFINS
12,89%
a
17,45%
Lucro Arbitrado
Arts. 529 a 
532 do
RIR/99
Pode estar enquadrada no Lucro Real 
ou no Lucro Presumido
IRPJ,CSLL, 
PIS,COFINS
12,94%
a
24,01%
63
Planejamento Tributário
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Lucro Presumido
Definição
O LUCRO PRESUMIDO é uma forma simplificada de 
tributação do IRPJ quando estas não estejam 
obrigadas ao lucro real. É estimado com a finalidade 
de facilitar o pagamento do IRPJ, sem a apuração 
complexa do lucro real.
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Lucro Presumido
Período de Apuração
Desde 01.01.1997 passou a ser apurado, 
trimestralmente, nos dias 31/03, 30/06, 30/09 e 
31/12 de cada ano calendário, ou na data de 
extinção da pessoa jurídica, ocorrida no curso do 
ano calendário. 
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Lucro Presumido
PJ’s Autorizadas a Optar
Poderá optar a PJ, nos termos do art.7º da Lei n°12.814, de 
16/05/2013, a partir de 01/01/2014 (altera o art. 13, inciso I da 
Lei nº 9.718, de 27/11/1998), cuja receita bruta total, no ano 
calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a 
R$78.000.000,00, ou a R$6.500.000,00 multiplicados pelo n° de 
meses de atividade no ano calendário anterior, quando inferior 
a 12 meses.
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Lucro Presumido
Além disso, pode optar pelo lucro presumido, de acordo com 
o § 3°do art. 516 do RIR/99, a PJ que não esteja obrigada 
à tributação pelo lucro real (art. 246 do RIR/99).
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Lucro Presumido
As PJs que iniciarem suas atividades a partir do 1º trimestre do 
ano calendário, manifestam a opção pelo lucro presumido 
com o pagamento do imposto relativo ao trimestre em que se 
deu o evento (art.517 do RIR/99).
OBS: o período de apuração do lucro presumido será trimestral, nada
impedindo que o contribuinte antecipe o recolhimento de forma mensal.
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Lucro Presumido
I. PJ obrigadas ao regime de tributação pelo lucro real, cuja receita total exceda
R$78.000.000,00 ou R$6.500.000,00 multiplicado pelo n° de meses do período,
quando inferior a 12 meses;
II. Atividades de bancos comerciais, de investimentos, caixas econômicas, sociedades
de crédito, corretoras de título, empresas de arrendamento mercantil, prestação
cumulativa e contínua de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de crédito de
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
Quem não Pode Optar
(art.14 Lei nº9.718/98)
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Lucro Presumido
III. PJs que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
IV. Que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
V. Que tenham no decorrer do ano efetuado pagamento com base na estimativa
(art.2° da Lei n°9.430/96);
VI. Que se dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que
tenham registro de custo orçado (1), nos termos das normas aplicáveis a essas
atividades.
(1) - montante orçado para a conclusão das obras ou melhoramentos, se a venda for contratada antes de completado o
empreendimento (item 9 da IN SRF n°84, de 20.12.1979) e corresponderá à diferença entre o custo total previsto e os
custos pagos, incorridos ou contratados até a data da efetivação da venda.
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Lucro Presumido
Momento da Opção
A empresa deverá se planejar 
identificando a forma menos onerosa de 
tributação (lucro real ou presumido), 
antes de efetuar o 1º pagamento, em 
virtude da irretratabilidade (nem por 
REDARF).
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Lucro Presumido
A opção pelo lucro presumido PRESUMIDO é formalizada 
no decorrer do ano-calendário, e manifestada com o 
recolhimento da 1ª ou cota única correspondente ao 
primeiro período trimestral de apuração do ano-
calendário. 
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Lucro Presumido
Base de Cálculo do IRPJ (e o Adicional)
A BC será determinada mediante a aplicação do percentual 
aplicável à atividade da empresa sobre a receita bruta 
(art.224 do RIR/99) auferida no período de apuração 
(art.518 do RIR/99), desconsiderando-se o valor do IPI e 
excluindo-se vendas canceladas, devoluções, descontos 
incondicionais concedidos e ICMS na condição de ST, e, por 
fim, acrescentando as demais receitas.
Planejamento Tributário
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Lucro Presumido
(=) Receita bruta da(s) atividade(s) – já
descontado IPI e ICMS ST
(-) Vendas canceladas
(-) Devoluções de vendas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(=) Receita estimada
(x) Alíquota de presunção da atividade(s)
(=) Receita presumida
(+) Outras receitas e ganhos
(=) Lucro Presumido (Base de Cálculo)
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Lucro Presumido
Tributos Federais: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS
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ATIVIDADES %
% Reduzidos Receita 
Anual até R$ 120.000,00*
Comércio e indústria 8,0
Atividades que não podem se
beneficiar da redução do percentual
Serviços de transporte de cargas 8,0
Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares 8,0
Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de 
materiais em qualquer quantidade (Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97).
8,0
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou 
adquiridos para revenda 
8,0
Serviços de transporte de passageiros 16,0
Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 1,6
Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentada, 
inclusive escolas
32,0
Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre outros) e as 
de representação comercial
32,0 16,0
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis. 32,0 16,0
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 32,0 16,0
Prestação de serviços em geral 32,0 16,0
Lucro Presumido
Demais Receitas
• Rendimentos e ganhos líquidos em aplicações financeiras;
• Os valores recuperados, perdas no recebimento de créditos;
• Juros sobre o capital próprio recebidos;
• Ganho de capital na alienação de bens do ativo não circulante;
• Variações monetárias/cambiais;
Fundamentação: Lei nº 9.430/96, IN nº 1.700/17, IN nº 243/02, Lei nº 9.718/98
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Lucro Presumido
Percentuais Reduzidos para Pequenos Prestadores de Serviços (Lei n°9.250/95)
A base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas prestadoras de 
serviços em geral cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e 
vinte mil reais), será determinada mediante a aplicação do percentual de 16% 
sobre a receita brutaauferida (art. 40 da Lei nº 9.250/95). Essa redução não 
se aplica, entretanto aos serviços hospitalares e de transporte, bem como 
aqueles prestados por sociedades prestadoras de serviços de profissões 
legalmente regulamentadas. 
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Lucro Presumido
Tributos Devidos: IRPJ (normal e adicional)
(=) Lucro Presumido (Base de Cálculo)
(x) 15% (alíquota normal)
(x) 10% (alíquota do adicional) x excesso R$60.000/trimestre da BC
(Lucro Presumido)
(=) IRPJ Devido
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Lucro Presumido
Tributos Federais: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS
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FORTALEZA COMÉRCIO DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA. 2015
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
N.º DISCRIMINAÇÃO JAN A MAR ABRIL A JUN
1 RECEITA BRUTA DE REVENDA DE MERCADORIAS (COMÉRCIO) 1.000.000,00 1.500.000,00 
2 ( - ) VENDAS CANCELADAS 150.000,00 250.000,00 
3 (-) TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS 290.000,00 350.000,00 
4 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 560.000,00 900.000,00 
5 ( - ) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 336.000,00 540.000,00 
6 LUCRO BRUTO 224.000,00 360.000,00 
7 (-) DESPESAS OPERACIONAIS 155.000,00 335.000,00 
(-) DESPESAS COM VENDAS , 160.000,00 
(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 98.000,00 105.000,00 
(-) DEPESAS FINANCEIRAS 25.000,00 30.000,00 
(-) TRIBUTÁRIAS 32.000,00 40.000,00 
8 (+)OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 155.000,00 210.000,00 
RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS - FIXA 125.000,00 180.000,00 
GANHOS DE CAPITAL 50.000,00
RECEITA DE ALUGUEL 30.000,00 30.000,00 
9 RESULTADO DO PERÍODO-BASE ANTES DO IRPJ E CSLL 224.000,00 285.000,00 
CALCULE O IRPJ COM BASE NO LUCRO PRESUMIDO
Lucro Presumido
Deduções do Imposto
Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do 
imposto devido no período de apuração, o imposto pago ou 
retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de 
cálculo, inclusive de aplicações financeiras, sujeitando-se à 
comprovação. 
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Lucro Presumido
Desde 1998 (art.10 da Lei 9.532/97) 
NÃO é permitida qualquer dedução 
a título de INCENTIVO FISCAL .
NÃO há possibilidade de 
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS 
FISCAIS no lucro presumido, mas 
somente no lucro real.
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Lucro Presumido
O IRPJ e a CSLL devidos, trimestralmente, poderão ser pagos em até 3 cotas 
mensais e consecutivas, desde que o valor mínimo de cada cota seja 
R$1.000,00. Para as 2ªs e 3ªs parcelas haverá acréscimo da SELIC, sendo 
aplicada no mês do recolhimento o percentual de 1% , independente da SELIC 
deste mês.
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Lucro Presumido
a) sobre a 1ª quota não há acréscimos legais; 
b) sobre a 2ª quota há juros de 1%; 
c) sobre a 3ª quota há juros SELIC do mês anterior, mais 
1 %. 
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Lucro Presumido
Base de Cálculo da CSLL
A BC da CSLL será determinada mediante a aplicação do 
percentual aplicável à atividade da empresa sobre a receita 
bruta (art.22 da Lei n°10.684/03) auferida no período de 
apuração (art.518 do RIR/99), desconsiderando-se o valor do IPI 
e excluindo-se vendas canceladas, devoluções, descontos 
incondicionais concedidos e ICMS na condição de ST, e, por fim, 
acrescentando as demais receitas.
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Lucro Presumido
(=) Receita bruta da(s) atividade(s) – já
descontado IPI e ICMS ST
(-) Vendas canceladas
(-) Devoluções de vendas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(=) Receita estimada
(x) Alíquota de presunção da atividade(s)
(=) Receita presumida
(+) Outras receitas e ganhos
(=) Base de Cálculo para CSLL
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Lucro Presumido
Os percentuais aplicáveis são somente dois:
• 12% para as atividades que estão sujeitas as alíquotas de presunção 
do IRPJ de 1,6%, 8% e 16%; e
• 32% para as atividades que estão sujeitas as alíquotas de presunção 
do IRPJ de 32%.
Fundamentação: IN SRF n°390/04.
As demais regras aplicáveis ao IRPJ aplicam-se a CSLL.
CSLL – BC NO LUCRO PRESUMIDO – TABELA PRÁTICA DE PERCENTUAIS
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Lucro Presumido
Tributos Federais: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS
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ATIVIDADES %
Comércio e indústria 12
Serviços de transporte de cargas 12
Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares 12
Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer quantidade (Ato 
Declaratório Normativo COSIT nº 06/97).
12
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda 12
Serviços de transporte de passageiros 32
Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 12
Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentada, inclusive escolas 32
Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre outros) e as de representação comercial 32
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis. 32
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 32
Prestação de serviços em geral 32
Lucro Presumido
Tributo Devido: CSLL (alíquota)
(=) Base de Cálculo para CSLL
(x) 9%
(=) CSLL Devida
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Lucro Presumido
Prazo e Forma de Opção
(art.26, Lei nº 9.430/96)
DARF: 2089 (IRPJ)
2372 (CSLL)
Vencimento: em cota única até o último dia útil do mês seguinte ao do 
trimestre da apuração.
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Lucro Presumido
A PJ poderá optar pelo parcelamento do IRPJ e da CSLL 
devidos, em até três cotas mensais, sendo que 
nenhuma cota poderá ter valor inferior a 
R$1.000,00, e o tributo inferior a R$2.000,00 estará 
impedido de ser parcelado.
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Lucro Presumido
Escrituração
REGIME DE RECONHECIMENTO DAS RECEITAS 
• Como regra, as receitas, os demais resultados e os ganhos de capital
devem ser reconhecidos pelo regime de competência.
• Entretanto, a empresa optante pelo regime de tributação com base no
lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhecimento das receitas
da atividade, nas vendas a prazo ou em parcelas, na medida dos
recebimentos em cada trimestre. É o chamado regime de caixa.
• Fundamentação: § 2º do art. 13 da Lei nº 9.718/98 e IN SRF n°1.700/17.
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Lucro Presumido
O Livro Caixa é destinado, desde 1995, a registrar toda a movimentação 
financeira, inclusive a bancária (Lei nº 8.981/95, art.47, parágrafo único).
ESCRITURAÇÃO SITUAÇÕES ESPECIAIS
(Lei nº 9.430/96, art. 26, ADI SRF nº 5/01)
� Início das atividades (durante o ano);
� Desenquadramento do ‘Simples Nacional’;
� Obrigatoriedade de tributação Lucro Real.
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Lucro Presumido
De acordo com o art.520 do RIR/99, a PJ que, até o ano 
calendário anterior, tenha sido tributada com base no 
lucro real, deverá adicionar à BC do imposto do 1º 
período de apuração (em outras receitas), no qual 
houver optado pelo lucro presumido, os saldos dos 
valores cuja tributação tenha sido diferida, controlados 
na parte “B” do LALUR (ECF-SPED).
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Lucro Presumido
Rendimento Distribuído
A distribuição de lucros aos sócios de empresas tributadas pelo 
lucro presumido, de acordo com art.10 da Lein°9.249/95 e 
art. 39, inciso XXIX do RIR/99, não está sujeita à incidência do 
IRF, nem integrará a base de cálculo do IR do beneficiário (PF 
ou PJ), domiciliada no país ou no exterior. Ou seja, a 
distribuição de lucros é ISENTA do imposto de renda.
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Lucro Presumido
Apesar da DISTRIBUIÇÃO DE 
LUCROS e da REMUNERAÇÃO 
DO PRÓ-LABORE terem natureza 
distintas vale analisar se a 1ª é 
mais favorável em detrimento da 
2ª. Veja o exemplo:
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Lucro Presumido
Apesar da DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS e da REMUNERAÇÃO DO PROLABORE terem natureza 
distintas vale analisar se a 1ª é mais favorável em detrimento da 2ª. Veja o exemplo:
Despesa (PJ) Receita (PJ/PF) Despesa (PJ) Receita (PJ/PF) Despesa (PJ) Receita (PJ/PF)
Receita Bruta 900.000,00 - 900.000,00 - 900.000,00 - 
(-) Tributos sobre vendas -130.000,00 - -130.000,00 - -130.000,00 - 
(-) CMV -450.000,00 - -450.000,00 - -450.000,00 - 
(-) Despesas com vendas -60.000,00 - -60.000,00 - -60.000,00 - 
(-) Despesas administrativas -15.000,00 - -15.000,00 - -15.000,00 - 
(-) Despesas financeiras -50.000,00 - -50.000,00 - -50.000,00 - 
(-)/(+) Despesas com pró-labore -160.000,00 160.000,00 0,00 - -160.000,00 160.000,00 
(=) Lucro líquido 35.000,00 160.000,00 195.000,00 - 35.000,00 160.000,00 
(-)/(+) Distribuição de lucros 0,00 - -195.000,00 195.000,00 -35.000,00 35.000,00 
(=) Lucro disponível na PJ/PF 35.000,00 160.000,00 0,00 195.000,00 0,00 195.000,00 
(-) IRF e INSS s/ pró-labore: 27,5% e 20% 0,00 76.000,00- 0,00 0,00 0,00 -76.000,00 
(=) Lucro disponível na PJ/PF após IRF 35.000,00 84.000,00 0,00 195.000,00 0,00 119.000,00
(=) Lucro dispónível total
DRE
Com pró-labore (R$) Com distribuição de lucros (R$) Com pró-labore e distribuição de 
lucros (R$)
119.000,00 195.000,00 119.000,00
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Lucro Presumido
Percebe-se no exemplo dado que é MELHOR DISTRIBUIR 
LUCROS que REMUNERAR PROLABORE, uma vez que 
com o pró-labore a carga tributária é maior e o lucro 
disponível para os sócios (PF ou PJ) é menor.
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Lucro Arbitrado
Histórico
A tributação pelo LUCRO ARBITRADO é apresentada em 
situações excepcionais, nas quais seja inviável a apuração 
pelo lucro real. É uma prerrogativa do Fisco, que poderá 
arbitrar o lucro, na forma da lei, nas hipóteses em que a 
escrituração contábil e fiscal do contribuinte for 
desclassificada.
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Lucro Arbitrado
O lucro poderá ser arbitrado, se o contribuinte:
� Obrigado ao Lucro Real não mantiver escrituração ou não
elaborar demonstrações financeiras conforme a lei;
� Deixar de apresentar livros e documentos comerciais e fiscais,
ou o livro Caixa, bem como livros e registros auxiliares;
� Optar indevidamente pela tributação com base no lucro
presumido;
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Lucro Arbitrado
� Se a escrituração for imprestável para a apuração do lucro real
por revelar indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou
deficiências;
� Se o comissário ou representante da pessoa jurídica
estrangeira deixar de cumprir o dever de escriturar seus livros
comerciais de modo a demonstrar, além dos próprios
rendimentos, os lucros reais apurados nas operações de conta
alheia, em cada ano.
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Lucro Arbitrado
• 1992: a iniciativa pelo arbitramento passou a ser exclusivamente da autoridade fiscal (art.41
da Lei n°8.383/91);
• 1993-1994: permanece a regra geral, com exceção à possibilidade de o contribuinte arbitrar
seu lucro nos casos fortuitos ou de força maior (art.41 da Lei n°8.383/91 c/ art.21 da Lei
n°8.541/92);
• 1995-hoje: ocorrida qualquer das hipóteses previstas na legislação fiscal , poderá haver o
arbitramento, sendo:
� Aplicado pela autoridade fiscal;
� Adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida sua receita bruta.
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Lucro Arbitrado
Escrituração Imprestável
“Quando conhecida a receita bruta o 
contribuinte poderá efetuar o pagamento do 
Imposto de Renda correspondente com base 
nas regras previstas nesta seção” (art.47, §
1º da Lei n°8.981/95).
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Lucro Arbitrado
O arbitramento do lucro é: a) opção do 
contribuinte que conhecer sua receita bruta, ou 
b) autorização apenas nas hipóteses de 
imprestabilidade da escrituração, desde que 
conhecida a receita bruta?
Na tentativa de responder a essa pergunta “a)”, surgem dois fundamentos 
legislativos para interpretação:
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Lucro Arbitrado
Lei n°8.981/95
DÚVIDA: opção do sujeito passivo ou 
manutenção implícita da 
excepcionalidade da medida?
Lei n°8.541/92
Medida EXCEPCIONAL para caso 
fortuito ou força maior
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Lucro Arbitrado
LEGISLAÇÃO
O art.531 do RIR/99 define que: “ quando conhecida a receita 
bruta e desde que ocorridas as hipóteses do artigo anterior, 
o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto 
correspondente com base no lucro arbitrado, observadas as 
seguintes regras....”
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Lucro Arbitrado
DOUTRINA
O § 1º do art.531 do RIR/99 deve ser interpretado 
conjuntamente com os incisos: a opção somente pode 
ser exercida quando presentes as circunstâncias 
descritas, que efetivamente impedem a apuração 
adequada do lucro real.
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Lucro Arbitrado
Entendimento do Fisco e de Outros
“Quando conhecida a receita bruta , na hipótese de deixar de apresentar à autoridade
tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, o contribuinte 
poderá efetuar o pagamento do imposto correspondente com base no Lucro Arbitrado” 
(Processo de Consulta nº 207/05, SRRF/10ª RF) 
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Lucro Arbitrado
“Excluídos os casos fortuitos e de força maior, a legislação tributária só passou a permitir o
arbitramento dos lucros por parte do próprio contribuinte, em face da inexistência de 
escrituração, a partir 01/01/95, com o advento da Lei nº 8.981/95, e mesmo assim quando 
conhecida a receita bruta” .
(Processo de Consulta nº 278/97, SRRF/7ª RF) 
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Lucro Arbitrado
Conclui-se em resposta ao questionamento a):
A legislação dá ao contribuinte a OPÇÃO de antecipar-se ao 
lançamento de ofício que necessariamente ocorreria, por 
ausência de escrituração nos termos da lei, e inclusive nos 
mesmos moldes, desde que a receita bruta dessa empresa seja 
conhecida.
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Lucro Arbitrado
Para o segundo questionamento b): 
Quanto a imprestabilidade da escrituração deve ser decorrentede um fato alheio à vontade do contribuinte, ou pode 
decorrer do omissão voluntária de sua elaboração?
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Lucro Arbitrado
Deve estar presente, pelo menos, uma 
das irregularidades descritas na 
legislação.
Não há exigência expressa de que 
decorram de caso fortuito ou de força 
maior.
Limites e Requisitos para o auto arbitramento do IRPJ
O sujeito passivo pode, voluntariamente, dar ensejo 
às irregularidades acima descritas pela lei, a fim de 
sujeitar-se ao auto arbitramento?
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Lucro Arbitrado
Opção Inquestionável
O fisco ficaria impedido de buscar a reconstituição 
do lucro real e cobrar diferença de IRPJ, CSLL e 
acréscimos legais.
Resposta positiva: a proibição de alteração do regime tributário, 
no mesmo ano calendário (Lei n°9.532/97), também impediria 
o fisco de alterar a opção pelo lucro arbitrado feita pelo 
sujeito passivo.
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Lucro Arbitrado
O fisco poderia buscar reconstituir o lucro real e 
exigir penalidades, sendo até mesmo possível 
a tipificação de crime contra a ordem 
tributária.
Resposta negativa: se o lucro arbitrado é alternativa outorgada
ao aplicador para situações em que o lucro real não pode ser
determinado, nada impede que a autoridade tribute o lucro
real maior que o arbitrado.
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Lucro Arbitrado
Problemas na Recomposição do Lucro Real
Se o contribuinte não 
elaborou escrituração contábil 
adequada à apuração do lucro 
real, ou não apresentou a 
escrituração no curso da ação 
fiscal, como proceder a sua 
recomposição?
Eventuais recomposições 
imprecisas poderiam não 
espelhar com fidelidade o 
lucro real, não vindo a 
prevalecer.
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Lucro Arbitrado
Receita Bruta Não Conhecida (Arbitramento Fiscal)
O lucro arbitrado será determinado através de 
procedimento de ofício, mediante a aplicação dos 
percentuais constantes no quadro abaixo, e constituirá 
também base de cálculo para a CSLL, com acréscimo de 
outras receitas:
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Lucro Arbitrado
BC quando a Receita Bruta Não Conhecida
Parâmetros Utilizados para Aplicação % Presunção Coeficiente
1 Lucro real auferido no último período 1,5
2 Valor total do aluguel devido no trimestre 0,9
3
Soma dos valores devidos no trimestre a empregados (utilizado, de preferência, em 
caso de prestação de serviços)
0,8
4
Valor das compras de mercadorias efetuadas no trimestre (utilizado, de preferência 
em caso de atividade comercial)
0,4
5
Soma, em cada trimestre, dos valores da folha de pagamento dos empregados e 
das compras de matérias-primas, produtos intermediários e material de 
embalagem (utilizado, em caso de indústrias)
0,4
6
Valor do capital, inclusive sua CM contabilizada como reserva de capital, constante 
no último balanço patrimonial
0,07
7 Valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial 0,05
8
Soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, 
existente no último balanço patrimonial
0,04
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Lucro Arbitrado
BASE DE CÁLCULO – IRPJ
Parâmetro definido pelo fisco (dentre as 8 alternativas)
(x) Coeficiente do parâmetro para uso
(=) Lucro Arbitrado
(x) 15%
(x) 10% sobre excesso de R$60.000/trimestre da base de cálculo
(=) IRPJ Devido pelo Lucro Arbitrado
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Lucro Arbitrado
BASE DE CÁLCULO – CSLL
Parâmetro definido pelo fisco
(x) Coeficiente do parâmetro para uso
(=) BC para CSLL Arbitrada
(x) 9%
(=) CSLL Devida pelo “Lucro Arbitrado”
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Lucro Arbitrado
Receita Bruta Conhecida (Auto arbitramento)
Quando conhecida a receita bruta (art.279, § único do RIR/99) 
e desde que ocorridas as hipóteses apresentadas no art.530 do 
RIR/99, segundo o art. 531 do RIR/99, o contribuinte poderá 
efetuar o pagamento do imposto correspondente com base no 
lucro arbitrado, observadas as seguintes regras:
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Lucro Arbitrado
I. A apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano calendário,
assegurada, ainda, a tributação com base no lucro real relativa aos
trimestres não submetidos ao arbitramento, se a PJ dispuser de
escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o
lucro real dos períodos;
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Lucro Arbitrado
II. O imposto apurado na forma do item anterior terá por vencimento o
último dia útil do mês subsequente ao do encerramento de cada período
de apuração.
Em uma situação normal não existe vantagem para o contribuinte optar 
pelo lucro arbitrado, haja vista que seu custo é 20% superior ao do lucro 
presumido; entretanto, se o contribuinte extraviou parte da 
documentação; não possui controle adequado de caixa, extra caixa e 
estoques, que inviabilizem a escrituração contábil ou até mesmo a 
confecção do livro caixa, dentre outros, o contribuinte terá que tributar 
com base no lucro arbitrado.
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Lucro Arbitrado
A legislação civil estabelece que “o caso fortuito ou de força maior verifica-se 
no fato necessário cujos efeitos não era possível evitar ou impedir” 
(parágrafo único do art. 393, do Código Civil), devidamente comprovado de 
forma documental (p.ex.: laudo).
Tal fato ocorre independentemente da vontade da pessoa e sua ocorrência 
torna impossível o cumprimento de uma obrigação assumida por ela.
Ex.: inundação ou incêndio no local onde estão guardados os livros e 
documentos fiscais da PJ.
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Lucro Arbitrado
PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO - IRPJ
De acordo com o art.532 do RIR/99, quando conhecida a receita bruta, será 
determinado mediante a aplicação dos percentuais fixados para o lucro 
presumido, acrescidos de 20%.
Presumido
1,6%
8,0%
16,0%
32,0%
Arbitrado
1,92%
9,6%
19,2%
38,4%
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Lucro Arbitrado
A empresa que houver utilizado o percentual de 19,2% para 
o pagamento do imposto, cuja receita bruta acumulada, até 
um determinado trimestre do ano calendário, exceder o 
limite de R$120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da 
diferença do imposto postergado, apurada em relação a 
cada trimestre transcorrido. Referida diferença deverá ser 
paga até o último dia útil do mês subsequente ao do 
trimestre em que ocorrer o excesso.
Arbitrado
1,92%
9,6%
19,2%
38,4%
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Lucro Arbitrado
BASE DE CÁLCULO - IRPJ
Receita bruta (já deduzida de IPI e ICMS ST)
(-) Vendas canceladas/devolução de vendas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(=) Receita estimada x % de presunção arbitrado (acréscimo de 20% sobre a normal)
(+) Outras receitas
(=) Lucro Arbitrado
(x) 15%
(x) 10% sobre excesso de R$60.000/trimestre da base de cálculo
(=) IRPJ Devido pelo Lucro Arbitrado
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Lucro Arbitrado
PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO - CSLL
A IN SRF n°1.700, de 13/04/2017 define que para aplicação da CSLL as 
alíquotas de presunção utilizadas serão as mesmas do lucro presumido, 
quando no arbitramento da CSLL.
Presumido = “Arbitrado”
12%
32,0%
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Lucro Arbitrado
Desde 01.09.2003, por força do disposto no art.22 da Lei n°10.684/2003, 
passaram a ser obrigadas a utilizar o coeficiente de 32% para determinação 
da BC da CSLL as PJs que exercem atividades de:
a) Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares;
b) Intermediação de negócios;
c) Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza;
d) Prestação de serviços de factoring.
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Lucro Arbitrado
BASE DE CÁLCULO - CSLL
Receita bruta (já deduzida de IPI e ICMS ST)
(-) Vendas canceladas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(-) Devolução de vendas
(=) Receita estimada x % de presunção (normal)
(+) Outras receitas
(=) BC para a CSLL
(x) 9%
(=) CSLL Devida pelo “Lucro Arbitrado”
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Lucro Arbitrado
Omissão de Receitas
De acordo com o art.537 do RIR/99, verificada OMISSÃO DE 
RECEITA, o montante omitido será computado para 
determinação da base de cálculo do imposto devido 
(inclusive CSLL, PIS e COFINS) e do adicional, se for o caso, no 
período de apuração correspondente, observados os 
percentuais de arbitramento do lucro estabelecidos no art.532 
do RIR/99.
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Lucro Arbitrado
Além disso, no caso de PJ com atividades 
diversificadas, não sendo possível a identificação 
da atividade a que se refere a receita omitida, 
está será adicionada àquela que corresponder ao 
percentual mais elevado.
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Lucro Arbitrado
Deduções do Imposto
O IRF sobre receitas que integram a BC poderá ser deduzido do IRPJ 
devido pelo lucro arbitrado, sendo vedada dedução de incentivo fiscal. 
Referida retenção (IRF) será compensado pelo valor original, sem 
qualquer atualização (art.75 da Lei n°9.430/96). Porém, se o valor a 
compensar for superior ao imposto devido, o saldo remanescente do 
IRF poderá ser atualizado pela SELIC a partir do 1º dia do trimestre 
subsequente até o mês anterior da compensação e 1% no mês da 
compensação.
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Lucro Arbitrado
Considerações Relevantes
1. O auto arbitramento só é possível se a escrituração efetivamente não
se prestar à apuração do Lucro Real, e desde que a receita bruta seja
conhecida;
2. Se a sociedade mantiver escrituração contábil adequada, mas “optar”
por pagar o IRPJ e a CSLL calculados pelo lucro arbitrado, o Fisco
Federal poderá, apesar das dificuldades de ordem prática, exigir a
diferença de tributo calculado com base no lucro real, com acréscimos
legais;
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Lucro Arbitrado
3. Não identifiquei jurisprudência na qual efetivamente as autoridades
fiscais tenham recomposto o lucro real de uma PJ que se impôs o auto
arbitramento;
4. Para o CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), a aplicação
do lucro arbitrado já seria a consequência para o não atendimento a
intimações fiscais, não cabendo a aplicação de multa majorada. Todavia,
esse entendimento não se aplica a condutas fraudulentas, quando se
autoriza a aplicação de multa de 150%;
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Lucro Arbitrado
5. O sujeito passivo que não mantiver escrituração contábil e fiscal,
inclusive eletrônica (ECD), estará sujeito à aplicação de diversas multas;
6. Se o sujeito passivo se omitir dolosamente de elaborar sua escrituração
contábil e fiscal para pagar menos tributo, a conduta pode ser tipificada
como crime contra a ordem tributária.
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LUCRO REAL é o “RESULTADO CONTÁBIL 
DO PERÍODO de apuração, ajustado pelas 
ADIÇÕES, EXCLUSÕES e/ou 
COMPENSAÇÕES prescritas ou 
autorizadas por este Decreto (art.247 do 
RIR/99)”. As empresas enquadradas nesse 
regime tributário, normalmente, são de 
grande porte.
IRPJ e CSLL: regime Lucro Real
2.3
135
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Lucro Real
Quem Pode Optar
(Lei nº 9.718/98, IN SRF nº 1.700/17, LC n° 123/06)
� Receita Bruta Anual > R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao
número de meses do período, quando inferior a doze
meses (R$ 6.500.000,00 por mês de atividade);
� As demais situações informadas anteriormente;
� Empresas não optantes pelo lucro presumido.
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Lucro Real
Formas de Tributação
A tributação pelo LUCRO REAL pode ser calculada pelo lucro real trimestral 
ou pelo lucro estimado, onde neste último pode-se optar pela utilização 
de balanços ou balancetes de suspensão ou redução do IRPJ e da CSLL.
1
2
Lucro Real Trimestral
Lucro Real Estimado
Periodicidade: trimestral
(definitiva)
Periodicidade:
a) Mensal (provisória)
b) Anual (definitiva)
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Lucro Real
Diagrama do Lucro Real
TRIMESTRAL
(REGRA GERAL)
 BALANCETES DE REDUÇÃO
E/OU SUSPENSÃO
(RESULTADO CONTÁBIL AJUSTADO)
 ESTIMATIVA PURA
(PERCENTUAIS SOBRE A RECEITA BRUTA E ACRÉSCIMOS)
BASE ESTIMADA
(PERCENTUAIS SOBRE A RECEITA
BRUTA E ACRÉSCIMOS)
ANUAL
(REGRA OPCIONAL)
APURAÇÃO
(RIR/99, arts. 220, caput, 221, caput e 232)
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Lucro Real
Vencimento
Qualquer apuração trimestral (Presumido, Arbitrado e Real) 
podem ter seus tributos parcelados em até 3 cotas.
� Vencimento: art.1º da Lei n°9.430/96
� Pagamento: art.5º da Lei n°9.430/96 – em até 3 cotas, com
parcela mínima de R$1.000,00.
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Lucro Real
1. Lucro Real Trimestral
O LUCRO REAL TRIMESTRAL é apurado por meio da 
contabilidade da empresa; envolve, necessariamente 
a escrituração do LALUR - via ECD – SPED - do Livro 
Diário e Razão, e livros fiscais exigidos pelas normas 
relativas ao IPI, ICMS e/ou ISS. 
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Lucro Real
As adições são ajustes OBRIGATÓRIOS que têm por finalidade 
aumentar a base de cálculo do imposto. Exs.:
Adições1
� Despesas que não sejam necessárias à atividade da empresa;
� Pagamentos sem causa ou a beneficiário não identificado;
� Provisões indedutíveis;
� Excesso de provisões dedutíveis;
� Multas por infrações fiscais de natureza não compensatória;
� Ágio de investimentos computado no resultado do período;
� Resultados negativos de investimentos avaliados pelo PL;
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Lucro Real
� Reversão da depreciação, amortização ou exaustão acelerada incentivada;
� Contribuições e doações indedutíveis;
� Realização da reserva de reavaliação;
� CSLL, a partir de 01.01.1997;
� Excesso de juros sobre o capital próprio;
� Despesas com brindes;
� Tributos e contribuições com exigibilidade suspensa;
� Outras adições.
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Lucro Real
a) Os custos, despesas, encargos, perdas provisões, participações e
quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de
acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na
determinação do lucro real;
b) Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não
incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação
tributária, devam ser computadas na determinação do lucro real.
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Lucro Real
As ajustes FACULTATIVOS que tem por finalidade diminuir a base de 
cálculo do imposto. Exs.:Exclusões2
� Depreciação, amortização e exaustão acelerada incentivada;
� Lucros já tributados em outras pessoas jurídicas – resultado positivo na
equivalência patrimonial;
� Deságios de investimentos avaliados pelo PL;
� Incentivos a pesquisas científicas e tecnológicas;
� Dividendos e lucros creditados, computados no resultado do período como
receita – investimentos avaliados pelo custo;
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Lucro Real
� Dividendos anuais mínimos distribuídos pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento;
� Reversão dos saldos de provisões indedutíveis;
� Variações cambiais ativas; e
� Outras exclusões.
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Lucro Real
a) Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores
incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a
legislação tributária, não sejam computados no lucro real;
b) Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação
tributária e que não tenham sido computados na apuração ao
lucro líquido do período de apuração (p. ex.: depreciação
acelerada incentivada).
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Lucro Real
Os prejuízos ficais (denominados também por reais ou 
tributários) apurados na parte A e controlados na parte B
do LALUR. Estes, desde 01.01.95, só poderão reduzir o 
lucro real ajustado pelas adições e exclusões em, no 
máximo 30%.
Compensações3
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Lucro Real
EFD-IRPJ (ECF-SPED)
O LALUR tem natureza eminentemente fiscal, criado pelo DL 
n°1.598/77, em atendimento à previsão contida no § 2º do art. 177 da 
Lei n°6.404/76. É destinado à apuração extra contábil do lucro real 
sujeito à tributação do imposto de renda em cada período de 
apuração, contendo, ainda, elementos que poderão afetar o resultado 
de períodos de apuração futuros. Atualmente, faz parte da obrigação 
acessória ECF-SPED, composto por 2 partes:
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Lucro Real
� Parte A (Demonstração do Lucro Real): destinada aos lançamentos de
ajuste (adições e exclusões) do resultado líquido do período de
apuração, tendo como a transcrição da Demonstração do Lucro Real; e
� Parte B (Controle das Contas): destinada, exclusivamente, ao controle
dos valores que não constem da escrituração comercial, mas que
devem influenciar a determinação do lucro real de períodos de
apuração futuros.
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Lucro Real
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Lucro Real
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Lucro Real
Primeiramente, o Governo através da IN RFB nº 989, de 
22/12/2009, instituiu o e-LALUR (inicialmente entraria em vigor 
em 2011, depois em 2013). Esta IN foi revogada pela IN RFB nº 
1.353 - revogada IN RFB nº 1.422, de 19/12/2013 (02) - que 
instituiu a Escrituração Fiscal Digital do IRPJ e da CSLL (EFD –
IRPJ), atualmente denominada ECF, com obrigatoriedade para o 
entrega até 06/XX do ano seguinte (art. 3º) aos regimes de 
tributação do lucro real, presumido e arbitrado, e PJs imunes e 
isentas.
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Lucro Real
Através dessa medida fica dispensada a escrituração do e-
LALUR e da entrega da DIPJ para as empresa optantes pelo 
lucro real, presumido ou arbitrado.
As empresas optantes pelo Simples Nacional estão 
dispensadas de apresentar ECF. 
Dispensa ECF-SPED
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Lucro Real
ECF – Escrituração Contábil Fiscal
Substitui o RTT (Regime Tributário de Transição) e o LALUR (Livro de Apuração 
do Lucro Real), das operações tais como:
� BC do IRPJ e da CSLL
� Plano de contas contábil
� Ajustes ao lucro real e à BC da CSLL
� Registro dos valores a adicionar, a excluir e a compensar
Abrangência ECF-SPED
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Solução à altura para 
alinhar as mudanças 
trazidas pela IFRS na 
legislação tributária 
federal
Proposta Legislação Tributária x Societária
A referência é a 
FORMA JURÍDICA 
das transações e 
não a essência 
econômica.
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Registro contábil: exigência da utilização de SUBCONTAS como 
condicionante (1) ao diferimento da tributação ou (2) à dedutibilidade dos 
ganhos ou perdas, respectivamente, decorrentes da avaliação a valor justo.
Subcontas: foram introduzidas pela Lei nº 12.973/14 com o objetivo de 
efetuar controle de diferenças temporárias na própria escrituração contábil 
da PJ, em complemento ao controle efetuado na Parte B do LALUR (ECF). São 
controles de NATUREZA TRIBUTÁRIA que permitem o diferimento da 
tributação ou a dedutibilidade das diferenças.
Contas e Subcontas
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Contas e Subcontas
Características das Subcontas
1. Analíticas em último nível
2. Saldo IFRS = saldo conta e subcontas a ela
vinculadas
3. Utilizar uma subconta para cada conta. Por
ex.: bens depreciáveis
4. Se a conta se referir a um grupo de ativos ou
passivos, as subcontas devem seguir o
mesmo procedimento, desde que haja razão
auxiliar
5. Em fundamentos distintos cada conta deverá
ser vinculada a mais de uma subconta. Por
ex.: AVP, AVJ para um ativo imobilizado.
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Lucro Real
Demonstração do Lucro Real
Resultado (lucro ou prejuízo contábil) do período, antes do IRPJ
(+) Adições
(-) Exclusões
(=) Base de cálculo antes da compensação
(-) Compensações
(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal (BC para o IRPJ)
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Lucro Real
IRPJ Devido
(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal (BC para o IRPJ)
(x) 15%
(x) 10% sobre o excesso de R$60.000,00 da base de cálculo
(=) IRPJ Devido
(-) Incentivos fiscais
(-) IRF sobre receitas
(-) IR pago por estimativas
(-) Saldo a compensar de períodos anteriores e outros afins
(=) IRPJ a Recolher
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Lucro Real
Compensação de Prejuízos Fiscais
Na compensação dos prejuízos, deve-se distinguir 
o prejuízo contábil apurado pela contabilidade e 
representado na DRE do período do prejuízo fiscal 
(real), apurado na escrituração fiscal, 
demonstrado na parte A e controlado na parte B 
do LALUR (ECF).
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Lucro Real
Prejuízos Fiscais Operacionais
Desde 1995 o lucro líquido, depois de ajustado pelas adições 
e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do 
imposto de renda, poderá ser deduzido pela compensação 
de prejuízos fiscais em até, no máximo, 30%.
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Lucro Real
Prejuízos Fiscais Não Operacionais
Os prejuízos não operacionais, apurados pelas pessoas jurídicas a partir 
de 01.01.1996, somente poderão ser compensados com lucros da 
mesma natureza, observado o limite máximo de 30% dos referidos 
lucros para a sua compensação.
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Lucro Real
EXEMPLO
• Prejuízo não operacional apurado em 31.12.2007...................................R$160.000,00
• Lucro não operacional apurado hipoteticamente em 31.03.2008
Valor do lucro ............................................................................................R$400.000,00
(-) Compensação máxima:
a) vr. do prejuízo registrado na Parte B do LALUR: R$160.000,00
b) limite máximo de compensação
(30% x R$400.000,00).............................................................................(R$120.000,00)(*)
(=) Resultado ............................................................................................R$280.000,00
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Lucro Real
(*) – A pessoa jurídica poderá compensar: somente R$120.000,00, os quais serão baixados
na parte B e excluídos na parte A do LALUR.
• Saldo de prejuízos não-operacionais a compensar em períodos de apuração futuros:
R$40.000,00 (R$160.000,00 – R$120.000,00)
Se a PJ tivesse auferido um lucro operacional de R$100.000,00, ela poderia transformar 
R$30.000,00 de prejuízos não-operacionais em operacionais, a serem compensados 
em períodos de apuração vindouros.
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Lucro Real
OBS1: Devido à segregação da compensação de prejuízos, as pessoas
jurídicas deverão controlar os prejuízos fiscais operacionais e não
operacionais em folhas distintas da parte B do LALUR (ECF).
OBS2: A compensação do prejuízo fiscal de períodos anteriores na BC
do IRPJ é semelhante à compensação da BC negativa de períodos
anteriores da CSLL.
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Lucro Real
Devido à segregação da compensação de prejuízos, as 
pessoas jurídicas deverão controlar os prejuízos 
fiscais operacionais e não operacionais em controles 
distintos da parte B do LALUR (ECF).
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Lucro Real
Resultado (lucro ou prejuízo contábil) do período, antes da CSLL
(+) Adições
(-) Exclusões
(=) Base de cálculo antes da compensação
(-) Compensações
(=) Base de Cálculo para CSLL (ou Base de Cálculo Negativa)
Demonstração da BC da CSLL
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Lucro Real
CSLL Devida
(=) Base de Cálculo para CSLL (ou Base de Cálculo Negativa)
(x) 9%
(=) CSLL Devida
(-) IRF sobre receitas
(-) IR pago por estimativas
(-) Saldo a compensar de períodos anteriores e outros afins
(=) CSLL a Recolher
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Lucro Real
Desde 01.11.1999 está proibida a compensação da BC 
Negativa da CSLL, quando, entre a data de apuração 
e a data da compensação, houver ocorrido, 
cumulativamente, modificação do controle 
societário e do ramo de atividade da empresa.
Compensação da BC Negativa
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Lucro Real
2. Lucro Real Anual
TEORIA
A partir de 1997, em face da Lei n°9.430/96, em relação ao IRPJ e a CSLL, 
apurados conforme os regimes de lucro real, presumido ou arbitrado, 
observamos as seguintes normas básicas:
1. O regime de apuração será trimestral e o recolhimento será efetuado até
o último dia útil do mês subsequente ao trimestre de competência,
podendo ser parcelado em até 3 cotas;
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Lucro Real
2. Adotado o pagamento por estimativa mensal, o lucro real deverá ser
obrigatoriamente levantado em 31.12.XX;
3. É possível a inserção de balancete de suspensão ou redução do
pagamento mensal em base estimada, previsto no art.35 da Lei
n°8.981/95 (art.230 do RIR/99), denominado lucro real periódico;
4. Não há “identificação” entre os regimes de apuração pela estimativa
(presunção) de lucro mensal e lucro presumido, pois o 1º refere-se ao
pagamento mensal e o 2º tem seu regime autônomo de forma
trimestral.
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Lucro Real
Período de Apuração
O período de apuração do lucro real anual é em 31.12 de 
cada ano calendário, ou na data de extinção da pessoa 
jurídica, ocorrida no curso do ano calendário.
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Lucro Real
RECOLHIMENTO POR ESTIMATIVA MENSAL
A PJ sujeita à tributação com base no lucro real PODERÁ OPTAR 
pelo pagamento do imposto (normal e adicional), em cada 
mês, determinados sobre a BC estimada. A opção se 
manifestará com o recolhimento do primeiro pagamento 
(referente ao início do exercício ou da atividade)
A PJ fica obrigada a efetuar ANTECIPAÇÕES MENSAIS, vinculando-se a um ajuste anual ou periódico.
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Lucro Real
FORMAS DE RECOLHIMENTO POR ESTIMATIVA MENSAL
↗ 1ª) Receita Bruta e acréscimos, denominada ESTIMATIVA
PURA; ou
↗ 2ª) Balanço ou Balancete de Suspensão ou Redução,
denominada ESTIMATIVA MONITORADA.
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Lucro Real
Estimativa Pura
(=) Receita(s) da(s) atividade(s) principal(ais)
(-) Deduções
(=) Receita(s) estimada(s) x % de presunção da(s) atividade(s)
(+) Outras receitas e ganhos
(=) Estimativa mensal
(x) 15%
(x) 10% x excesso da base estimada R$20.000/mês
(=) IRPJ devido pela estimativa mensal
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Lucro Real
(=) IRPJ devido pela estimativa mensal
(-) Valor dos incentivos fiscais de dedução do imposto (PAT, doações aos fundos da
Criança e do Adolescente, às Atividades Culturais ou Artísticas e Atividade
Audiovisual e outros – de acordo com os prazos e limites legais)
(-) IRRF ou pago sobre receitas que integram a BC do imposto devido
(-) IR pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores (atualizados pela SELIC
a partir do pagamento indevido ou a maior até o mês anterior ao da
compensação ou restituição, sendo acrescido de 1% no mês da restituição ou
compensação)
(-) Saldo negativo de IRPJ de períodos anteriores
(-) Outras compensações administrativas.
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Lucro Real
❶ Não pode ser deduzido do imposto por estimativa o IRRF e o imposto
pago sobre rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa ou
variável;
❷ O IR pago a maior pelo confronto, da estimativa x devido em 31/12/XX,
poderá ser deduzido a partir do mês de 01/XX+1;
❸ A parcela excedente dos incentivos fiscais de dedução poderá ser
utilizada nos meses subsequentes do ano-calendário, dentro dos
limites legais;
❹ Os incentivos não podem ser deduzidos no adicional do IRPJ.
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Lucro Real
IMPOSTO DE RENDA PAGO
⌂ Pago mensalmente por estimativa;
⌂ Retido na fonte sobre receitas ou rendimentos computados na determinação do lucro
real do período em curso, inclusive o relativo a aplicações financeiras e aos JCP;
⌂ Pagos sobre os ganhos líquidos em mercados de renda variável (*);
⌂ Pago a maior ou indevidamente em anos-calendário anteriores.
(*) – estes são computados o IRF e o IR sobre ganhos líquidos porque seus rendimentos entram na
BC do lucro real.
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Lucro Real
Estimativa Monitorada
A empresa PODERÁ suspender ou reduzir o 
pagamento mensal por estimativa desde que 
demonstre mediante a elaboração de balanço ou 
balancete que o valor do IR pago até o mês do balanço, 
é igual o excede o valor do imposto devido, inclusive 
adicional, calculado com base no lucro real do período 
em curso.
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Lucro Real
PERÍODO EM CURSO
Representa o período 
compreendido entre o dia 1º 
de janeiro ou do mês de 
início de atividade e o último 
dia do mês a que se referir o 
balanço ou balancete. 
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Lucro Real
CONDIÇÕES PARA O BALANÇO OU BALANCETE
a) Será elaborado com observância das disposições contidas nas leis
comerciais e fiscais;
b) Será transcrito no livro Diário até a data fixada para o pagamento do
imposto do respectivo mês;
c) Produz efeitos

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