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30/01/2018 1 Planejamento Tributário (IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) Jackeline Lucas Souza 02 a 05/04/2018 Fortaleza - CE IRPJ e CSLL: modalidades e regimes2 02/04/18 Aplicação Prática3 03/04/18 PIS/Pasep e COFINS: modalidades e regimes4 04/04/18 Aplicação Prática5 05/04/18 Conteúdo Programático Apresentação e Práticas de Auditoria Tributária1 02/04/18 30/01/2018 2 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Reflexão “Se você está fazendo alguma coisa da mesma maneira há 10 anos, provavelmente está fazendo errado” (Charles Baudelaire) Planejamento Tributário1 É a busca pela economia de tributos dentro do contexto da elisão legal, com procedimentos lícitos adotados pelo indivíduo (Martins, 1998)(a) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 3 Planejamento Tributário O professor Stephen Robbins(1), há 37 anos atrás (1978), dizia que: “administradores terão menos liberdade de decisão se não se familiarizarem melhor com as implicações legais das suas ações administrativas”. (1) ROBBINS, Stephen Paul. O processo administrativo: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1978, p.500 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário Dever do Administrador da Empresa O ato de se buscar melhores resultados pelos administradores, e a economia tributária estariam dentro do contexto da Lei nº 6.404/1976, em seus arts. 153 e 154: Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 4 Planejamento Tributário Art.153. “O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios”. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário Art.154. “O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da empresa”. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 5 Planejamento Tributário Dentro desse contexto, Young (2007)(b), cita que: “ Em virtude da enorme carga tributária brasileira, dos princípios do pleno desenvolvimento econômico e da livre-iniciativa previstos na CF/88, cabe aos membros da empresa tomar uma decisão quanto à melhor forma de gerir seus negócios e uma delas a ser tratada neste trabalho é o planejamento mediante a reestruturação da empresa através das operações de fusão, cisão e incorporação”. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 1. Definição: elaboração e planificação com bases técnicas de planos e programas com objetivo de se avaliar a melhor forma de apurar e recolher os tributos, evitando riscos ou desembolsos desnecessários (ex). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 6 Planejamento Tributário 2. Objetivos: • Reduzir eficazmente a carga tributária; • Melhorar o resultado das operações; • Aproveitar as oportunidades que a legislação pode proporcionar. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 3. Evasão x Elisão Fiscal: • Evasão – é ilícita, pela tentativa de desconstituir um fato gerador que já ocorreu; • Elisão – é lícita, pela busca de alternativas para a redução de tributos antes da ocorrência do fato gerador. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 7 Planejamento Tributário 4. Aplicabilidade do planejamento tributário: legalmente é aceito, desde que contenha um propósito negocial em relação à atividade da empresa. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 5. Formas de fiscalização eletrônica: 〉 Penhora on-line: pode ocorrer penhora do saldo de conta corrente, como garantia de débitos fiscais em execução; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 8 Planejamento Tributário 5. Formas de fiscalização eletrônica: 〉 SPED (Decreto nº 6.022, de 22/01/2007): Sistema de Processamento Eletrônico de Dados – unifica o armazenamento dos dados fiscais das empresas, que serão analisados pelos auditores fiscais; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 5. Formas de fiscalização eletrônica: 〉 NF-e (Nota Fiscal Eletrônica): Receita Federal pretende eliminar ao longo do tempo a NF impressa; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 9 Planejamento Tributário 5. Formas de fiscalização eletrônica: 〉 Cruzamento de declarações: o Fisco cruza valores declarados em DCTF, ECF, DIRPF, despesas com cartões de crédito, DIMOB, contas bancárias e outras. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 6. Recursos necessários para implementação de um eficaz Planejamento Tributário: a) Avaliar a cadeia produtiva, incluindo os fornecedores; b) Respeitar a cultura nas empresas e procurar adaptar novas sugestões; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 10 Planejamento Tributário 6. Recursos necessários para implementação de um eficaz Planejamento Tributário: c) Atrelar ao planejamento estratégico; d) Criar um comitê para envolver os setores com suas responsabilidades; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 6. Recursos necessários para implementação de um eficaz Planejamento Tributário: e) Avaliar os impactos: - dos tributos sobre as operações da empresa; - do setor de atuação, lançamentos de novos produtos; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 11 Planejamento Tributário 6. Recursos necessários para implementação de um eficaz Planejamento Tributário: - das alternativas lícitas de redução da carga tributária; - das demais áreas da empresa. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 6. Recursos necessários para implementação de um eficaz Planejamento Tributário: f) Eliminar pontos vulneráveis internos ou externos à organização; g) Buscar janelas de oportunidades, através de profissionais especializados; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 12 Planejamento Tributário 6. Recursos necessários para implementação de um eficaz Planejamento Tributário: h) Prevenir-se contra eventuais problemas, sempre analisando juridicamente os impactos das ideias de planejamento. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 7. Fundamentos básicos do Planejamento Tributário: � Estruturado para funcionar a partir de uma determinada data e nunca ser extemporâneo; � Embasado na legislação vigente da época; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 13 Planejamento Tributário 7. Fundamentos básicos do Planejamento Tributário: � Avaliados os possíveis riscos e vantagens; � Avaliado o custo de oportunidade, inclusive quanto aos custos administrativos para a sua consecução. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 8. Ferramentas de apoio ao Planejamento Tributário: � Avaliação da cadeia tributária: determinação de quais são os tributos na atividade empresarial. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 14 Planejamento Tributário 8. Ferramentas de apoio ao Planejamento Tributário: � Detalhes sobre a atividade e mercado: essencialidade de produtos, regiões e potencial; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário 8. Ferramentas de apoio ao PlanejamentoTributário: � Contabilidade confiável: fonte de dados � Orçamentos anuais: noções sobre materialidade e potencialidade das operações e resultados da auditoria. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 15 Planejamento Tributário Onde Aplicar? 1. Remuneração de um executivo a ser contratado; 2. Instalação de uma nova unidade fabril; Como Aplicar? 1. Remunerar o diretor com um salário fixo anual elevado ou com um salário fixo anual menor e um complemento, por meio de planos de participação nos resultados; 2. Instalar uma nova fábrica perto da matriz ou em algum Estado que tenha incentivos fiscais; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário Onde Aplicar? 3. Captação de recursos financeiros no mercado de capitais; 4. Aplicação financeira de recursos no exterior; 5. Venda de uma participação societária. Como Aplicar? 3. Captar recursos financeiros por emissão de ações ou por debêntures; 4. Aplicar recursos no exterior de forma direta ou por meio de uma sociedade domiciliada fora do país; 5. Vender uma participação societária por uma holding (sócia do empreendimento) ou diretamente dos sócios PFs (sócios da holding). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 16 1500-1530 1504-1521 1822-1889 1889-1964 1964-1988 Tributos no Brasil Colônia Tributos na época das Capitanias Tributos na época do Brasil Imperial Tributos na República Período Militar O Brasil Colônia é definido pela chegada dos portugueses (1500) e a independência do país (1822). O objetivo principal era a exploração do pau- brasil, com tributação de 1/5 sobre a mercadoria explorada. O sistema de capitanias, pelo arrendamento por Fernando de Noronha, à exploração do pau- brasil, mas novos tributos surgiram nessa época sobre: metais e pedras preciosas, pescado, colheitas. A família real portuguesa tributava para custear as despesas da coroa portuguesa, sem nenhum retorno em benefícios ou serviços à população. Instituída proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca, vigorando até hoje. Em 1922 criou-se o IR, entrando em vigor em 1924; em 1946 dando competências aos municípios, estados e união; de 1946 a 1964 muitos empréstimos, aumento na industrialização. Em 1964 o regime militar no Brasil; depois uma política desenvolvimentista (‘O milagre brasileiro’), às custas de elevados empréstimos e forte intervenção estatal e a tributação não refletia a situação econômica do país. A EC nº 18/1964 mudou o sistema tributário (Lei nº5152/1966) criando o CTN, onde a CF/1988 o confirmou, até hoje. Evolução dos Tributos no Brasil Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação 1. Majoração de alíquotas; 2. Cálculo do tributo por dentro; 3. Retenções na fonte; 4. Substituição tributária; 5. Expansão da base de cálculo; 6. Limitações de utilização do prejuízo fiscal; 7. Normas antielisão/evasão; 8. Tributação dos lucros no exterior. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 17 1. Majoração de alíquotas A majoração, normalmente, ocorre em relação aos tributos que não dependem do princípio da anualidade, como por exemplo, o IOF e a CSLL. 2. Cálculo do tributo por dentro Representa o imposto dentro do preço praticado, como por exemplo, o ICMS, o ISSQN, o PIS, a COFINS. Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 3. Retenções na fonte Antecipam a arrecadação, como por exemplo, o IRRF, a CSLL, o PIS, a COFINS, o ISSQN. 4. Substituição tributária Visa combater a sonegação e, ao mesmo tempo, antecipa o prazo de recolhimento de determinados tributos, como por exemplo, ICMS, COFINS. Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 18 5. Expansão da base de cálculo Aumentando a hipótese de tributação, com a inclusão de outras receitas. 6. Limitação para a utilização do prejuízo fiscal O prejuízo fiscal gerado em anos anteriores, para a compensação com, no máximo, 30% do lucro gerado em um exercício social. Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 7. Normas antielisão/evasão Também conhecida como transfer price (transferência de preços) que acabam interferindo nas importações e exportações, através de regras para a aplicação de valores, principalmente para fins jurídicos. 8. Tributação de lucros no exterior Outra ação que é tratada com regras de transfer price implementa a cobrança dos lucros do exterior, com a inclusão dos valores via LALUR (atual ECF - a partir de 2015). Mecanismos do Governo p/ Aumentar a Arrecadação Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 19 Escrituração Digital - SPED Instituída pelo Decreto Federal nº 6.022/07 o SPED é um dos mais importantes meios de informatização do cumprimento das obrigações acessórias e das relações entre o fisco e os contribuintes, exigidas pela administração tributária Federal, bem como dos Estados, DF e dos Municípios. • Escrituração Contábil Fiscal • Escrituração Fiscal Digital Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Escrituração Digital - SPED O objetivo do SPED é a redução de custos operacionais e burocráticos, facilitando o cumprimento das obrigações tributárias e o pagamento de impostos e contribuições, fortalecendo o controle e a fiscalização, aumentando a confiabilidade da NF, diminuindo a sonegação e aumentando arrecadação com o cruzamento automático das informações. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 20 Tributo e o Poder de Tributar O Estado é uma entidade soberana que desenvolve a atividade financeira pela obtenção, gestão e aplicação dos recursos oriundo dos indivíduos, por meio da instituição de tributos. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Tributo e o Poder de Tributar Em ciclos econômicos de crescimento, a tributação permite regular a demanda aquecida e, ao contrário, nos casos de recessão, a tributação pode ajudar a acelerar a retomada de produção, gerando mais empregos e renda. C re sc im e n to R e ce ss ão Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 21 O que é um tributo? É uma prestação em dinheiro (pecuniária) obrigatória (compulsória), instituída por lei (ato lícito) e cobrada mediante atividade do Estado. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 O que é um tributo, segundo o CTN? Art.3º, CTN: “É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nele se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 22 A Carga Tributária Brasileira A carga tributária brasileira é a medida de volume de recursos financeiros que o Estado retira da sociedade na forma de tributos (arrecadação) comparada com a geração de riquezas em geral (produção). CT = Receitas tributárias PIB Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 A Carga Tributária Brasileira A carga tributária brasileira começou a ser medida em 1947, quando apresentou a marca de 13,8% do PIB, registrando um crescimento extraordinário em 2015, com 37% do PIB (Quadro 1): Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 23 A CargaTributária Brasileira Fonte: IBPT/RFB/Folha (2017) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Quadro 1-Evolução Global da Carga Tributária Brasileira - 1947 a 2017 (% do PIB) Ano Carga Ano Carga Ano Carga Ano Carga 1947 13,80% 1965 19,00% 1983 27,00% 2001 34,10% 1948 14,00% 1966 20,90% 1984 24,30% 2002 35,60% 1949 14,40% 1967 20,50% 1985 24,10% 2003 34,90% 1950 14,40% 1968 23,30% 1986 26,20% 2004 35,90% 1951 15,70% 1969 24,90% 1987 23,80% 2005 33,40% 1952 15,40% 1970 26,00% 1988 22,40% 2006 34,20% 1953 15,20% 1971 25,30% 1989 24,10% 2007 35,50% 1954 15,80% 1972 26,00% 1990 28,80% 2008 36,60% 1955 15,00% 1973 25,00% 1991 25,20% 2009 33,10% 1956 16,40% 1974 25,10% 1992 25,00% 2010 33,60% 1957 16,70% 1975 25,20% 1993 25,80% 2011 35,30% 1958 18,70% 1976 25,10% 1994 29,80% 2012 35,90% 1959 17,90% 1977 25,60% 1995 29,40% 2013 36,00% 1960 17,40% 1978 25,70% 1996 29,10% 2014 35,40% 1961 26,40% 1979 24,70% 1997 29,60% 2015 37,95% 1962 15,80% 1980 24,50% 1998 29,60% 2016 32,38% 1963 16,10% 1981 25,30% 1999 31,70% 2017 32,99% 1964 17,00% 1982 26,30% 2000 32,70% A Carga Tributária Brasileira Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% Evolução carga tributária no Brasil - 1947 a 2017 30/01/2018 24 Funcionamento do Sistema Tributário Brasileiro Regimes de Tributação Períodos de Apuração Períodos de Pgto. Formas Mensais de Apuração Lucro Real Acumulado Estimativa MensalOpção Lucro Real Trimestral Anual Trimestral Mensal Lucro Presumido Lucro Arbitrado Trimestral Trimestral Simples Nacional Mensal Mensal Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Funcionamento do Sistema Tributário Brasileiro Faturamento ICMS/IPI PIS/COFINS ISSQN Lucro IRPJ CSLL NC – Não cumulativo C - Cumulativo Lucro Real Lucro Presumido Lucro Arbitrado Simples NC NC C NC C C C C C C C C C C C C C C C C Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 25 Cumulatividade e Não Cumulatividade Toda operação, definida pela lei, sujeita-se à sua incidência, aplicando-se a alíquota sobre a base de cálculo, e procedendo-se da mesma forma nas etapas posteriores da circulação econômica, SEM EXCLUSÃO DA ANTERIOR, ou seja, sem direito ao crédito = “tributação em cascata”. Cumulativo Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Cumulatividade e Não Cumulatividade É quando cadeias produtivas e circulação econômica de empresas que utilizem insumos tributados, COMPENSAM OS TRIBUTOS QUE FORAM PAGOS ANTERIORMENTE, ou seja, com direito ao crédito das etapas anteriores. Não Cumulativo Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 26 Cumulatividade e Não Cumulatividade Cumulativo Não Cumulativo Custo Líquido $80 Tributos Embutidos $20 PV $250 Tributos $50 Margem Total dos Tributos 40% $70 Custo Líquido $80 Tributos Embutidos $20 PV $250 Tributos $50 Margem Total dos Tributos 48% $30 Tributação 20% Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Níveis Políticos do Estado para os Tributos O Estado federativo brasileiro é composto por três níveis políticos: a União (tributos federais), os Estados (tributos estaduais) e os Municípios (tributos municipais), todos com competência tributária específica. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 27 Competência Tributária: Classificação dos Tributos TRIBUTOS ESTADUAIS ICMS IPVA ITCD TRIBUTOS MUNICIPAIS ISSQN IPTU ITBI TRIBUTOS FEDERAIS II IE IPI IR ITR IOF PIS COFINS CSLL CIDE INSS CPMF Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário sob a Visão do Fisco Federal Declaração de Planejamento Tributário A RF, através da Lei nº 13.202, de 08/12/2015 (ref.MP nº 685, de 21/07/2015), criou o Prorelit (Programa de Redução de Litígios Tributários) e a obrigação de entregar a (01) DPLAT informando até 30/09 de cada ano, os negócios jurídicos realizados que acarretarem supressão, redução ou adiamento do pagamento de tributos. A MP nº 692/15, tentou prorrogar o prazo para adesão, do exercício de 2015, até 30/10/2015 (atualmente, cfe. Lei nº 13.202, para 30/11/15) . Esta MP foi convertida em Lei (nº 13.259, de 16/03/2016) (01) – Lei nº 13.259 de 16-03-16 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 28 Planejamento Tributário sob a Visão do Fisco Federal Declaração de Planejamento Tributário (DPLAT) Caso a operação não seja aceita, a empresa deverá pagar, em até 30 dias, os tributos que teria economizado, mais juros pelo atraso, sem multa. Mas, se a declaração não for enviada, a RF poderá considerar que o contribuinte omitiu dados “essenciais” e aplicar multa de 150%. (Criada pela MP nº 985, de 21/07/2015, aprovada pela Lei nº 13.202, de 08/12/2015). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário sob a Visão do Contribuinte Considerando que a carga tributária tem atingido patamares que inviabilizam as atividades empresarias, o PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO tornou-se indispensável para a continuação dos negócios. Esse mecanismo tem a finalidade de eliminar as exações ilegais e escolha de ações que minimizem os custos tributários. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 29 Planejamento Tributário sob a Visão do Contribuinte Muitas empresas pagam tributos indevidos apensas por inobservância da legislação tributária. Diante desse diagnóstico, o presente curso se propõe a demonstrar a operacionalização de casos práticos, na escolha de ações, não simuladas, e anteriores ao fato gerador, visando direta ou indiretamente a economia de tributos, da seguinte forma: Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Planejamento Tributário sob a Visão do Contribuinte 1. Levantamento histórico da empresa, identificando a origem das transações efetuadas, e escolher a ação menos onerosa p/ o futuro; 2. Verificar fatos geradores dos tributos pagos e analisar se houve cobrança indevida ou a maior; 3. Verificar se houve ação fiscal sobre fatos geradores passado, pois créditos constituídos após 5 anos são indevidos; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 30 Planejamento Tributário sob a Visão do Contribuinte 4. Analisar, anualmente, qual a melhor forma de tributação do IRPJ e da CSLL: real e presumido; 5. Levantar o montante dos tributos pagos nos últimos 10 anos, identificando créditos fiscais não utilizados; 6. Analisar os incentivos fiscais existentes, tais como: isenção, redução de alíquota,.... 7. Analisar a melhor forma de aproveitamento dos créditos fiscais (compensação ou restituição). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Legislação Tributária Aplicada aos Tributos Federais e Técnicas de Planejamento Tributário 2 “A expressão legislação tributária compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes” (art.96, Lei nº 5.172/66 – CTN). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 31 Legislação Aplicada Noções Gerais dos Elementos Tributários 2.1 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 � Lucro Presumido � Lucro Arbitrado � Lucro Real � Simples Nacional IRPJ e CSLL: regimes do Lucro Presumido e Arbitrado2.2 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 32 IRPJ e CSLL: modalidades e regimes Regimes Legislação Faturamento Anual Tributos Alíquotas Simples Nacional LC 123/06, LC 139/11 (LC 147/14) e Res. CGSN 110/13 ≤ R$360 mil p/ME > R$360 mil <=R$3.600 mil p/EPP, sendo até R$7.200 mil com vendas mercado interno e externo-50% para cada) IRPJ,IPI,CSLL, COFINS,PIS, INSS,ICMS, ISSQN 4,5% (4% ) a 19,5% (29,7%) Lucro Real Arts. 223 a 227 do RIR/99 > R$78 milhões IRPJ,CSLL, PIS,COFINS 18,49% a 23,05% Lucro Presumido Arts. 516 a 521 do RIR/99 ≤ R$78 milhões IRPJ,CSLL, PIS,COFINS 12,89% a 17,45% Lucro Arbitrado Arts. 529 a 532 do RIR/99 Pode estar enquadrada no Lucro Real ou no Lucro Presumido IRPJ,CSLL, PIS,COFINS 12,94% a 24,01% 63 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido Definição O LUCRO PRESUMIDO é uma forma simplificada de tributação do IRPJ quando estas não estejam obrigadas ao lucro real. É estimado com a finalidade de facilitar o pagamento do IRPJ, sem a apuração complexa do lucro real. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 33 Lucro Presumido Período de Apuração Desde 01.01.1997 passou a ser apurado, trimestralmente, nos dias 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12 de cada ano calendário, ou na data de extinção da pessoa jurídica, ocorrida no curso do ano calendário. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido PJ’s Autorizadas a Optar Poderá optar a PJ, nos termos do art.7º da Lei n°12.814, de 16/05/2013, a partir de 01/01/2014 (altera o art. 13, inciso I da Lei nº 9.718, de 27/11/1998), cuja receita bruta total, no ano calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$78.000.000,00, ou a R$6.500.000,00 multiplicados pelo n° de meses de atividade no ano calendário anterior, quando inferior a 12 meses. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 34 Lucro Presumido Além disso, pode optar pelo lucro presumido, de acordo com o § 3°do art. 516 do RIR/99, a PJ que não esteja obrigada à tributação pelo lucro real (art. 246 do RIR/99). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido As PJs que iniciarem suas atividades a partir do 1º trimestre do ano calendário, manifestam a opção pelo lucro presumido com o pagamento do imposto relativo ao trimestre em que se deu o evento (art.517 do RIR/99). OBS: o período de apuração do lucro presumido será trimestral, nada impedindo que o contribuinte antecipe o recolhimento de forma mensal. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 35 Lucro Presumido I. PJ obrigadas ao regime de tributação pelo lucro real, cuja receita total exceda R$78.000.000,00 ou R$6.500.000,00 multiplicado pelo n° de meses do período, quando inferior a 12 meses; II. Atividades de bancos comerciais, de investimentos, caixas econômicas, sociedades de crédito, corretoras de título, empresas de arrendamento mercantil, prestação cumulativa e contínua de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de crédito de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); Quem não Pode Optar (art.14 Lei nº9.718/98) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido III. PJs que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV. Que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V. Que tenham no decorrer do ano efetuado pagamento com base na estimativa (art.2° da Lei n°9.430/96); VI. Que se dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham registro de custo orçado (1), nos termos das normas aplicáveis a essas atividades. (1) - montante orçado para a conclusão das obras ou melhoramentos, se a venda for contratada antes de completado o empreendimento (item 9 da IN SRF n°84, de 20.12.1979) e corresponderá à diferença entre o custo total previsto e os custos pagos, incorridos ou contratados até a data da efetivação da venda. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 36 Lucro Presumido Momento da Opção A empresa deverá se planejar identificando a forma menos onerosa de tributação (lucro real ou presumido), antes de efetuar o 1º pagamento, em virtude da irretratabilidade (nem por REDARF). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido A opção pelo lucro presumido PRESUMIDO é formalizada no decorrer do ano-calendário, e manifestada com o recolhimento da 1ª ou cota única correspondente ao primeiro período trimestral de apuração do ano- calendário. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 37 Lucro Presumido Base de Cálculo do IRPJ (e o Adicional) A BC será determinada mediante a aplicação do percentual aplicável à atividade da empresa sobre a receita bruta (art.224 do RIR/99) auferida no período de apuração (art.518 do RIR/99), desconsiderando-se o valor do IPI e excluindo-se vendas canceladas, devoluções, descontos incondicionais concedidos e ICMS na condição de ST, e, por fim, acrescentando as demais receitas. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido (=) Receita bruta da(s) atividade(s) – já descontado IPI e ICMS ST (-) Vendas canceladas (-) Devoluções de vendas (-) Descontos incondicionais concedidos (=) Receita estimada (x) Alíquota de presunção da atividade(s) (=) Receita presumida (+) Outras receitas e ganhos (=) Lucro Presumido (Base de Cálculo) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 38 Lucro Presumido Tributos Federais: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS Jackeline Lucas - 2014 ATIVIDADES % % Reduzidos Receita Anual até R$ 120.000,00* Comércio e indústria 8,0 Atividades que não podem se beneficiar da redução do percentual Serviços de transporte de cargas 8,0 Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares 8,0 Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer quantidade (Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97). 8,0 Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda 8,0 Serviços de transporte de passageiros 16,0 Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 1,6 Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentada, inclusive escolas 32,0 Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre outros) e as de representação comercial 32,0 16,0 Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis. 32,0 16,0 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 32,0 16,0 Prestação de serviços em geral 32,0 16,0 Lucro Presumido Demais Receitas • Rendimentos e ganhos líquidos em aplicações financeiras; • Os valores recuperados, perdas no recebimento de créditos; • Juros sobre o capital próprio recebidos; • Ganho de capital na alienação de bens do ativo não circulante; • Variações monetárias/cambiais; Fundamentação: Lei nº 9.430/96, IN nº 1.700/17, IN nº 243/02, Lei nº 9.718/98 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 39 Lucro Presumido Percentuais Reduzidos para Pequenos Prestadores de Serviços (Lei n°9.250/95) A base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas prestadoras de serviços em geral cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), será determinada mediante a aplicação do percentual de 16% sobre a receita brutaauferida (art. 40 da Lei nº 9.250/95). Essa redução não se aplica, entretanto aos serviços hospitalares e de transporte, bem como aqueles prestados por sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido Tributos Devidos: IRPJ (normal e adicional) (=) Lucro Presumido (Base de Cálculo) (x) 15% (alíquota normal) (x) 10% (alíquota do adicional) x excesso R$60.000/trimestre da BC (Lucro Presumido) (=) IRPJ Devido Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 40 Lucro Presumido Tributos Federais: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS Jackeline Lucas - 2014 FORTALEZA COMÉRCIO DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA. 2015 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO N.º DISCRIMINAÇÃO JAN A MAR ABRIL A JUN 1 RECEITA BRUTA DE REVENDA DE MERCADORIAS (COMÉRCIO) 1.000.000,00 1.500.000,00 2 ( - ) VENDAS CANCELADAS 150.000,00 250.000,00 3 (-) TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS 290.000,00 350.000,00 4 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 560.000,00 900.000,00 5 ( - ) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 336.000,00 540.000,00 6 LUCRO BRUTO 224.000,00 360.000,00 7 (-) DESPESAS OPERACIONAIS 155.000,00 335.000,00 (-) DESPESAS COM VENDAS , 160.000,00 (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 98.000,00 105.000,00 (-) DEPESAS FINANCEIRAS 25.000,00 30.000,00 (-) TRIBUTÁRIAS 32.000,00 40.000,00 8 (+)OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 155.000,00 210.000,00 RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS - FIXA 125.000,00 180.000,00 GANHOS DE CAPITAL 50.000,00 RECEITA DE ALUGUEL 30.000,00 30.000,00 9 RESULTADO DO PERÍODO-BASE ANTES DO IRPJ E CSLL 224.000,00 285.000,00 CALCULE O IRPJ COM BASE NO LUCRO PRESUMIDO Lucro Presumido Deduções do Imposto Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no período de apuração, o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo, inclusive de aplicações financeiras, sujeitando-se à comprovação. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 41 Lucro Presumido Desde 1998 (art.10 da Lei 9.532/97) NÃO é permitida qualquer dedução a título de INCENTIVO FISCAL . NÃO há possibilidade de COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS no lucro presumido, mas somente no lucro real. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido O IRPJ e a CSLL devidos, trimestralmente, poderão ser pagos em até 3 cotas mensais e consecutivas, desde que o valor mínimo de cada cota seja R$1.000,00. Para as 2ªs e 3ªs parcelas haverá acréscimo da SELIC, sendo aplicada no mês do recolhimento o percentual de 1% , independente da SELIC deste mês. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 42 Lucro Presumido a) sobre a 1ª quota não há acréscimos legais; b) sobre a 2ª quota há juros de 1%; c) sobre a 3ª quota há juros SELIC do mês anterior, mais 1 %. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido Base de Cálculo da CSLL A BC da CSLL será determinada mediante a aplicação do percentual aplicável à atividade da empresa sobre a receita bruta (art.22 da Lei n°10.684/03) auferida no período de apuração (art.518 do RIR/99), desconsiderando-se o valor do IPI e excluindo-se vendas canceladas, devoluções, descontos incondicionais concedidos e ICMS na condição de ST, e, por fim, acrescentando as demais receitas. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 43 Lucro Presumido (=) Receita bruta da(s) atividade(s) – já descontado IPI e ICMS ST (-) Vendas canceladas (-) Devoluções de vendas (-) Descontos incondicionais concedidos (=) Receita estimada (x) Alíquota de presunção da atividade(s) (=) Receita presumida (+) Outras receitas e ganhos (=) Base de Cálculo para CSLL Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido Os percentuais aplicáveis são somente dois: • 12% para as atividades que estão sujeitas as alíquotas de presunção do IRPJ de 1,6%, 8% e 16%; e • 32% para as atividades que estão sujeitas as alíquotas de presunção do IRPJ de 32%. Fundamentação: IN SRF n°390/04. As demais regras aplicáveis ao IRPJ aplicam-se a CSLL. CSLL – BC NO LUCRO PRESUMIDO – TABELA PRÁTICA DE PERCENTUAIS Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 44 Lucro Presumido Tributos Federais: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS Jackeline Lucas - 2014 ATIVIDADES % Comércio e indústria 12 Serviços de transporte de cargas 12 Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares 12 Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer quantidade (Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97). 12 Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda 12 Serviços de transporte de passageiros 32 Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás 12 Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentada, inclusive escolas 32 Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre outros) e as de representação comercial 32 Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis. 32 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 32 Prestação de serviços em geral 32 Lucro Presumido Tributo Devido: CSLL (alíquota) (=) Base de Cálculo para CSLL (x) 9% (=) CSLL Devida Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 45 Lucro Presumido Prazo e Forma de Opção (art.26, Lei nº 9.430/96) DARF: 2089 (IRPJ) 2372 (CSLL) Vencimento: em cota única até o último dia útil do mês seguinte ao do trimestre da apuração. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido A PJ poderá optar pelo parcelamento do IRPJ e da CSLL devidos, em até três cotas mensais, sendo que nenhuma cota poderá ter valor inferior a R$1.000,00, e o tributo inferior a R$2.000,00 estará impedido de ser parcelado. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 46 Lucro Presumido Escrituração REGIME DE RECONHECIMENTO DAS RECEITAS • Como regra, as receitas, os demais resultados e os ganhos de capital devem ser reconhecidos pelo regime de competência. • Entretanto, a empresa optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhecimento das receitas da atividade, nas vendas a prazo ou em parcelas, na medida dos recebimentos em cada trimestre. É o chamado regime de caixa. • Fundamentação: § 2º do art. 13 da Lei nº 9.718/98 e IN SRF n°1.700/17. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido O Livro Caixa é destinado, desde 1995, a registrar toda a movimentação financeira, inclusive a bancária (Lei nº 8.981/95, art.47, parágrafo único). ESCRITURAÇÃO SITUAÇÕES ESPECIAIS (Lei nº 9.430/96, art. 26, ADI SRF nº 5/01) � Início das atividades (durante o ano); � Desenquadramento do ‘Simples Nacional’; � Obrigatoriedade de tributação Lucro Real. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 47 Lucro Presumido De acordo com o art.520 do RIR/99, a PJ que, até o ano calendário anterior, tenha sido tributada com base no lucro real, deverá adicionar à BC do imposto do 1º período de apuração (em outras receitas), no qual houver optado pelo lucro presumido, os saldos dos valores cuja tributação tenha sido diferida, controlados na parte “B” do LALUR (ECF-SPED). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido Rendimento Distribuído A distribuição de lucros aos sócios de empresas tributadas pelo lucro presumido, de acordo com art.10 da Lein°9.249/95 e art. 39, inciso XXIX do RIR/99, não está sujeita à incidência do IRF, nem integrará a base de cálculo do IR do beneficiário (PF ou PJ), domiciliada no país ou no exterior. Ou seja, a distribuição de lucros é ISENTA do imposto de renda. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 48 Lucro Presumido Apesar da DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS e da REMUNERAÇÃO DO PRÓ-LABORE terem natureza distintas vale analisar se a 1ª é mais favorável em detrimento da 2ª. Veja o exemplo: Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Presumido Apesar da DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS e da REMUNERAÇÃO DO PROLABORE terem natureza distintas vale analisar se a 1ª é mais favorável em detrimento da 2ª. Veja o exemplo: Despesa (PJ) Receita (PJ/PF) Despesa (PJ) Receita (PJ/PF) Despesa (PJ) Receita (PJ/PF) Receita Bruta 900.000,00 - 900.000,00 - 900.000,00 - (-) Tributos sobre vendas -130.000,00 - -130.000,00 - -130.000,00 - (-) CMV -450.000,00 - -450.000,00 - -450.000,00 - (-) Despesas com vendas -60.000,00 - -60.000,00 - -60.000,00 - (-) Despesas administrativas -15.000,00 - -15.000,00 - -15.000,00 - (-) Despesas financeiras -50.000,00 - -50.000,00 - -50.000,00 - (-)/(+) Despesas com pró-labore -160.000,00 160.000,00 0,00 - -160.000,00 160.000,00 (=) Lucro líquido 35.000,00 160.000,00 195.000,00 - 35.000,00 160.000,00 (-)/(+) Distribuição de lucros 0,00 - -195.000,00 195.000,00 -35.000,00 35.000,00 (=) Lucro disponível na PJ/PF 35.000,00 160.000,00 0,00 195.000,00 0,00 195.000,00 (-) IRF e INSS s/ pró-labore: 27,5% e 20% 0,00 76.000,00- 0,00 0,00 0,00 -76.000,00 (=) Lucro disponível na PJ/PF após IRF 35.000,00 84.000,00 0,00 195.000,00 0,00 119.000,00 (=) Lucro dispónível total DRE Com pró-labore (R$) Com distribuição de lucros (R$) Com pró-labore e distribuição de lucros (R$) 119.000,00 195.000,00 119.000,00 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 49 Lucro Presumido Percebe-se no exemplo dado que é MELHOR DISTRIBUIR LUCROS que REMUNERAR PROLABORE, uma vez que com o pró-labore a carga tributária é maior e o lucro disponível para os sócios (PF ou PJ) é menor. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado Histórico A tributação pelo LUCRO ARBITRADO é apresentada em situações excepcionais, nas quais seja inviável a apuração pelo lucro real. É uma prerrogativa do Fisco, que poderá arbitrar o lucro, na forma da lei, nas hipóteses em que a escrituração contábil e fiscal do contribuinte for desclassificada. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 50 Lucro Arbitrado O lucro poderá ser arbitrado, se o contribuinte: � Obrigado ao Lucro Real não mantiver escrituração ou não elaborar demonstrações financeiras conforme a lei; � Deixar de apresentar livros e documentos comerciais e fiscais, ou o livro Caixa, bem como livros e registros auxiliares; � Optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado � Se a escrituração for imprestável para a apuração do lucro real por revelar indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências; � Se o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de cumprir o dever de escriturar seus livros comerciais de modo a demonstrar, além dos próprios rendimentos, os lucros reais apurados nas operações de conta alheia, em cada ano. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 51 Lucro Arbitrado • 1992: a iniciativa pelo arbitramento passou a ser exclusivamente da autoridade fiscal (art.41 da Lei n°8.383/91); • 1993-1994: permanece a regra geral, com exceção à possibilidade de o contribuinte arbitrar seu lucro nos casos fortuitos ou de força maior (art.41 da Lei n°8.383/91 c/ art.21 da Lei n°8.541/92); • 1995-hoje: ocorrida qualquer das hipóteses previstas na legislação fiscal , poderá haver o arbitramento, sendo: � Aplicado pela autoridade fiscal; � Adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida sua receita bruta. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado Escrituração Imprestável “Quando conhecida a receita bruta o contribuinte poderá efetuar o pagamento do Imposto de Renda correspondente com base nas regras previstas nesta seção” (art.47, § 1º da Lei n°8.981/95). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 52 Lucro Arbitrado O arbitramento do lucro é: a) opção do contribuinte que conhecer sua receita bruta, ou b) autorização apenas nas hipóteses de imprestabilidade da escrituração, desde que conhecida a receita bruta? Na tentativa de responder a essa pergunta “a)”, surgem dois fundamentos legislativos para interpretação: Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado Lei n°8.981/95 DÚVIDA: opção do sujeito passivo ou manutenção implícita da excepcionalidade da medida? Lei n°8.541/92 Medida EXCEPCIONAL para caso fortuito ou força maior Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 53 Lucro Arbitrado LEGISLAÇÃO O art.531 do RIR/99 define que: “ quando conhecida a receita bruta e desde que ocorridas as hipóteses do artigo anterior, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto correspondente com base no lucro arbitrado, observadas as seguintes regras....” Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado DOUTRINA O § 1º do art.531 do RIR/99 deve ser interpretado conjuntamente com os incisos: a opção somente pode ser exercida quando presentes as circunstâncias descritas, que efetivamente impedem a apuração adequada do lucro real. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 54 Lucro Arbitrado Entendimento do Fisco e de Outros “Quando conhecida a receita bruta , na hipótese de deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto correspondente com base no Lucro Arbitrado” (Processo de Consulta nº 207/05, SRRF/10ª RF) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado “Excluídos os casos fortuitos e de força maior, a legislação tributária só passou a permitir o arbitramento dos lucros por parte do próprio contribuinte, em face da inexistência de escrituração, a partir 01/01/95, com o advento da Lei nº 8.981/95, e mesmo assim quando conhecida a receita bruta” . (Processo de Consulta nº 278/97, SRRF/7ª RF) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 55 Lucro Arbitrado Conclui-se em resposta ao questionamento a): A legislação dá ao contribuinte a OPÇÃO de antecipar-se ao lançamento de ofício que necessariamente ocorreria, por ausência de escrituração nos termos da lei, e inclusive nos mesmos moldes, desde que a receita bruta dessa empresa seja conhecida. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado Para o segundo questionamento b): Quanto a imprestabilidade da escrituração deve ser decorrentede um fato alheio à vontade do contribuinte, ou pode decorrer do omissão voluntária de sua elaboração? Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 56 Lucro Arbitrado Deve estar presente, pelo menos, uma das irregularidades descritas na legislação. Não há exigência expressa de que decorram de caso fortuito ou de força maior. Limites e Requisitos para o auto arbitramento do IRPJ O sujeito passivo pode, voluntariamente, dar ensejo às irregularidades acima descritas pela lei, a fim de sujeitar-se ao auto arbitramento? Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado Opção Inquestionável O fisco ficaria impedido de buscar a reconstituição do lucro real e cobrar diferença de IRPJ, CSLL e acréscimos legais. Resposta positiva: a proibição de alteração do regime tributário, no mesmo ano calendário (Lei n°9.532/97), também impediria o fisco de alterar a opção pelo lucro arbitrado feita pelo sujeito passivo. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 57 Lucro Arbitrado O fisco poderia buscar reconstituir o lucro real e exigir penalidades, sendo até mesmo possível a tipificação de crime contra a ordem tributária. Resposta negativa: se o lucro arbitrado é alternativa outorgada ao aplicador para situações em que o lucro real não pode ser determinado, nada impede que a autoridade tribute o lucro real maior que o arbitrado. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado Problemas na Recomposição do Lucro Real Se o contribuinte não elaborou escrituração contábil adequada à apuração do lucro real, ou não apresentou a escrituração no curso da ação fiscal, como proceder a sua recomposição? Eventuais recomposições imprecisas poderiam não espelhar com fidelidade o lucro real, não vindo a prevalecer. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 58 Lucro Arbitrado Receita Bruta Não Conhecida (Arbitramento Fiscal) O lucro arbitrado será determinado através de procedimento de ofício, mediante a aplicação dos percentuais constantes no quadro abaixo, e constituirá também base de cálculo para a CSLL, com acréscimo de outras receitas: Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado BC quando a Receita Bruta Não Conhecida Parâmetros Utilizados para Aplicação % Presunção Coeficiente 1 Lucro real auferido no último período 1,5 2 Valor total do aluguel devido no trimestre 0,9 3 Soma dos valores devidos no trimestre a empregados (utilizado, de preferência, em caso de prestação de serviços) 0,8 4 Valor das compras de mercadorias efetuadas no trimestre (utilizado, de preferência em caso de atividade comercial) 0,4 5 Soma, em cada trimestre, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem (utilizado, em caso de indústrias) 0,4 6 Valor do capital, inclusive sua CM contabilizada como reserva de capital, constante no último balanço patrimonial 0,07 7 Valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial 0,05 8 Soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, existente no último balanço patrimonial 0,04 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 59 Lucro Arbitrado BASE DE CÁLCULO – IRPJ Parâmetro definido pelo fisco (dentre as 8 alternativas) (x) Coeficiente do parâmetro para uso (=) Lucro Arbitrado (x) 15% (x) 10% sobre excesso de R$60.000/trimestre da base de cálculo (=) IRPJ Devido pelo Lucro Arbitrado Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado BASE DE CÁLCULO – CSLL Parâmetro definido pelo fisco (x) Coeficiente do parâmetro para uso (=) BC para CSLL Arbitrada (x) 9% (=) CSLL Devida pelo “Lucro Arbitrado” Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 60 Lucro Arbitrado Receita Bruta Conhecida (Auto arbitramento) Quando conhecida a receita bruta (art.279, § único do RIR/99) e desde que ocorridas as hipóteses apresentadas no art.530 do RIR/99, segundo o art. 531 do RIR/99, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto correspondente com base no lucro arbitrado, observadas as seguintes regras: Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado I. A apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano calendário, assegurada, ainda, a tributação com base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se a PJ dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos períodos; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 61 Lucro Arbitrado II. O imposto apurado na forma do item anterior terá por vencimento o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento de cada período de apuração. Em uma situação normal não existe vantagem para o contribuinte optar pelo lucro arbitrado, haja vista que seu custo é 20% superior ao do lucro presumido; entretanto, se o contribuinte extraviou parte da documentação; não possui controle adequado de caixa, extra caixa e estoques, que inviabilizem a escrituração contábil ou até mesmo a confecção do livro caixa, dentre outros, o contribuinte terá que tributar com base no lucro arbitrado. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado A legislação civil estabelece que “o caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário cujos efeitos não era possível evitar ou impedir” (parágrafo único do art. 393, do Código Civil), devidamente comprovado de forma documental (p.ex.: laudo). Tal fato ocorre independentemente da vontade da pessoa e sua ocorrência torna impossível o cumprimento de uma obrigação assumida por ela. Ex.: inundação ou incêndio no local onde estão guardados os livros e documentos fiscais da PJ. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 62 Lucro Arbitrado PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO - IRPJ De acordo com o art.532 do RIR/99, quando conhecida a receita bruta, será determinado mediante a aplicação dos percentuais fixados para o lucro presumido, acrescidos de 20%. Presumido 1,6% 8,0% 16,0% 32,0% Arbitrado 1,92% 9,6% 19,2% 38,4% Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado A empresa que houver utilizado o percentual de 19,2% para o pagamento do imposto, cuja receita bruta acumulada, até um determinado trimestre do ano calendário, exceder o limite de R$120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurada em relação a cada trimestre transcorrido. Referida diferença deverá ser paga até o último dia útil do mês subsequente ao do trimestre em que ocorrer o excesso. Arbitrado 1,92% 9,6% 19,2% 38,4% Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 63 Lucro Arbitrado BASE DE CÁLCULO - IRPJ Receita bruta (já deduzida de IPI e ICMS ST) (-) Vendas canceladas/devolução de vendas (-) Descontos incondicionais concedidos (=) Receita estimada x % de presunção arbitrado (acréscimo de 20% sobre a normal) (+) Outras receitas (=) Lucro Arbitrado (x) 15% (x) 10% sobre excesso de R$60.000/trimestre da base de cálculo (=) IRPJ Devido pelo Lucro Arbitrado Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO - CSLL A IN SRF n°1.700, de 13/04/2017 define que para aplicação da CSLL as alíquotas de presunção utilizadas serão as mesmas do lucro presumido, quando no arbitramento da CSLL. Presumido = “Arbitrado” 12% 32,0% Planejamento Tributário JackelineLucas - 2018 30/01/2018 64 Lucro Arbitrado Desde 01.09.2003, por força do disposto no art.22 da Lei n°10.684/2003, passaram a ser obrigadas a utilizar o coeficiente de 32% para determinação da BC da CSLL as PJs que exercem atividades de: a) Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares; b) Intermediação de negócios; c) Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; d) Prestação de serviços de factoring. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado BASE DE CÁLCULO - CSLL Receita bruta (já deduzida de IPI e ICMS ST) (-) Vendas canceladas (-) Descontos incondicionais concedidos (-) Devolução de vendas (=) Receita estimada x % de presunção (normal) (+) Outras receitas (=) BC para a CSLL (x) 9% (=) CSLL Devida pelo “Lucro Arbitrado” Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 65 Lucro Arbitrado Omissão de Receitas De acordo com o art.537 do RIR/99, verificada OMISSÃO DE RECEITA, o montante omitido será computado para determinação da base de cálculo do imposto devido (inclusive CSLL, PIS e COFINS) e do adicional, se for o caso, no período de apuração correspondente, observados os percentuais de arbitramento do lucro estabelecidos no art.532 do RIR/99. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado Além disso, no caso de PJ com atividades diversificadas, não sendo possível a identificação da atividade a que se refere a receita omitida, está será adicionada àquela que corresponder ao percentual mais elevado. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 66 Lucro Arbitrado Deduções do Imposto O IRF sobre receitas que integram a BC poderá ser deduzido do IRPJ devido pelo lucro arbitrado, sendo vedada dedução de incentivo fiscal. Referida retenção (IRF) será compensado pelo valor original, sem qualquer atualização (art.75 da Lei n°9.430/96). Porém, se o valor a compensar for superior ao imposto devido, o saldo remanescente do IRF poderá ser atualizado pela SELIC a partir do 1º dia do trimestre subsequente até o mês anterior da compensação e 1% no mês da compensação. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado Considerações Relevantes 1. O auto arbitramento só é possível se a escrituração efetivamente não se prestar à apuração do Lucro Real, e desde que a receita bruta seja conhecida; 2. Se a sociedade mantiver escrituração contábil adequada, mas “optar” por pagar o IRPJ e a CSLL calculados pelo lucro arbitrado, o Fisco Federal poderá, apesar das dificuldades de ordem prática, exigir a diferença de tributo calculado com base no lucro real, com acréscimos legais; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 67 Lucro Arbitrado 3. Não identifiquei jurisprudência na qual efetivamente as autoridades fiscais tenham recomposto o lucro real de uma PJ que se impôs o auto arbitramento; 4. Para o CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), a aplicação do lucro arbitrado já seria a consequência para o não atendimento a intimações fiscais, não cabendo a aplicação de multa majorada. Todavia, esse entendimento não se aplica a condutas fraudulentas, quando se autoriza a aplicação de multa de 150%; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Arbitrado 5. O sujeito passivo que não mantiver escrituração contábil e fiscal, inclusive eletrônica (ECD), estará sujeito à aplicação de diversas multas; 6. Se o sujeito passivo se omitir dolosamente de elaborar sua escrituração contábil e fiscal para pagar menos tributo, a conduta pode ser tipificada como crime contra a ordem tributária. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 68 LUCRO REAL é o “RESULTADO CONTÁBIL DO PERÍODO de apuração, ajustado pelas ADIÇÕES, EXCLUSÕES e/ou COMPENSAÇÕES prescritas ou autorizadas por este Decreto (art.247 do RIR/99)”. As empresas enquadradas nesse regime tributário, normalmente, são de grande porte. IRPJ e CSLL: regime Lucro Real 2.3 135 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Quem Pode Optar (Lei nº 9.718/98, IN SRF nº 1.700/17, LC n° 123/06) � Receita Bruta Anual > R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses (R$ 6.500.000,00 por mês de atividade); � As demais situações informadas anteriormente; � Empresas não optantes pelo lucro presumido. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 69 Lucro Real Formas de Tributação A tributação pelo LUCRO REAL pode ser calculada pelo lucro real trimestral ou pelo lucro estimado, onde neste último pode-se optar pela utilização de balanços ou balancetes de suspensão ou redução do IRPJ e da CSLL. 1 2 Lucro Real Trimestral Lucro Real Estimado Periodicidade: trimestral (definitiva) Periodicidade: a) Mensal (provisória) b) Anual (definitiva) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Diagrama do Lucro Real TRIMESTRAL (REGRA GERAL) BALANCETES DE REDUÇÃO E/OU SUSPENSÃO (RESULTADO CONTÁBIL AJUSTADO) ESTIMATIVA PURA (PERCENTUAIS SOBRE A RECEITA BRUTA E ACRÉSCIMOS) BASE ESTIMADA (PERCENTUAIS SOBRE A RECEITA BRUTA E ACRÉSCIMOS) ANUAL (REGRA OPCIONAL) APURAÇÃO (RIR/99, arts. 220, caput, 221, caput e 232) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 70 Lucro Real Vencimento Qualquer apuração trimestral (Presumido, Arbitrado e Real) podem ter seus tributos parcelados em até 3 cotas. � Vencimento: art.1º da Lei n°9.430/96 � Pagamento: art.5º da Lei n°9.430/96 – em até 3 cotas, com parcela mínima de R$1.000,00. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real 1. Lucro Real Trimestral O LUCRO REAL TRIMESTRAL é apurado por meio da contabilidade da empresa; envolve, necessariamente a escrituração do LALUR - via ECD – SPED - do Livro Diário e Razão, e livros fiscais exigidos pelas normas relativas ao IPI, ICMS e/ou ISS. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 71 Lucro Real As adições são ajustes OBRIGATÓRIOS que têm por finalidade aumentar a base de cálculo do imposto. Exs.: Adições1 � Despesas que não sejam necessárias à atividade da empresa; � Pagamentos sem causa ou a beneficiário não identificado; � Provisões indedutíveis; � Excesso de provisões dedutíveis; � Multas por infrações fiscais de natureza não compensatória; � Ágio de investimentos computado no resultado do período; � Resultados negativos de investimentos avaliados pelo PL; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real � Reversão da depreciação, amortização ou exaustão acelerada incentivada; � Contribuições e doações indedutíveis; � Realização da reserva de reavaliação; � CSLL, a partir de 01.01.1997; � Excesso de juros sobre o capital próprio; � Despesas com brindes; � Tributos e contribuições com exigibilidade suspensa; � Outras adições. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 72 Lucro Real a) Os custos, despesas, encargos, perdas provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; b) Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computadas na determinação do lucro real. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real As ajustes FACULTATIVOS que tem por finalidade diminuir a base de cálculo do imposto. Exs.:Exclusões2 � Depreciação, amortização e exaustão acelerada incentivada; � Lucros já tributados em outras pessoas jurídicas – resultado positivo na equivalência patrimonial; � Deságios de investimentos avaliados pelo PL; � Incentivos a pesquisas científicas e tecnológicas; � Dividendos e lucros creditados, computados no resultado do período como receita – investimentos avaliados pelo custo; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 73 Lucro Real � Dividendos anuais mínimos distribuídos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento; � Reversão dos saldos de provisões indedutíveis; � Variações cambiais ativas; e � Outras exclusões. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real a) Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real; b) Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na apuração ao lucro líquido do período de apuração (p. ex.: depreciação acelerada incentivada). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 74 Lucro Real Os prejuízos ficais (denominados também por reais ou tributários) apurados na parte A e controlados na parte B do LALUR. Estes, desde 01.01.95, só poderão reduzir o lucro real ajustado pelas adições e exclusões em, no máximo 30%. Compensações3 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real EFD-IRPJ (ECF-SPED) O LALUR tem natureza eminentemente fiscal, criado pelo DL n°1.598/77, em atendimento à previsão contida no § 2º do art. 177 da Lei n°6.404/76. É destinado à apuração extra contábil do lucro real sujeito à tributação do imposto de renda em cada período de apuração, contendo, ainda, elementos que poderão afetar o resultado de períodos de apuração futuros. Atualmente, faz parte da obrigação acessória ECF-SPED, composto por 2 partes: Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 75 Lucro Real � Parte A (Demonstração do Lucro Real): destinada aos lançamentos de ajuste (adições e exclusões) do resultado líquido do período de apuração, tendo como a transcrição da Demonstração do Lucro Real; e � Parte B (Controle das Contas): destinada, exclusivamente, ao controle dos valores que não constem da escrituração comercial, mas que devem influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração futuros. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 76 Lucro Real Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Primeiramente, o Governo através da IN RFB nº 989, de 22/12/2009, instituiu o e-LALUR (inicialmente entraria em vigor em 2011, depois em 2013). Esta IN foi revogada pela IN RFB nº 1.353 - revogada IN RFB nº 1.422, de 19/12/2013 (02) - que instituiu a Escrituração Fiscal Digital do IRPJ e da CSLL (EFD – IRPJ), atualmente denominada ECF, com obrigatoriedade para o entrega até 06/XX do ano seguinte (art. 3º) aos regimes de tributação do lucro real, presumido e arbitrado, e PJs imunes e isentas. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 77 Lucro Real Através dessa medida fica dispensada a escrituração do e- LALUR e da entrega da DIPJ para as empresa optantes pelo lucro real, presumido ou arbitrado. As empresas optantes pelo Simples Nacional estão dispensadas de apresentar ECF. Dispensa ECF-SPED Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real ECF – Escrituração Contábil Fiscal Substitui o RTT (Regime Tributário de Transição) e o LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real), das operações tais como: � BC do IRPJ e da CSLL � Plano de contas contábil � Ajustes ao lucro real e à BC da CSLL � Registro dos valores a adicionar, a excluir e a compensar Abrangência ECF-SPED Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 78 Solução à altura para alinhar as mudanças trazidas pela IFRS na legislação tributária federal Proposta Legislação Tributária x Societária A referência é a FORMA JURÍDICA das transações e não a essência econômica. 155 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Registro contábil: exigência da utilização de SUBCONTAS como condicionante (1) ao diferimento da tributação ou (2) à dedutibilidade dos ganhos ou perdas, respectivamente, decorrentes da avaliação a valor justo. Subcontas: foram introduzidas pela Lei nº 12.973/14 com o objetivo de efetuar controle de diferenças temporárias na própria escrituração contábil da PJ, em complemento ao controle efetuado na Parte B do LALUR (ECF). São controles de NATUREZA TRIBUTÁRIA que permitem o diferimento da tributação ou a dedutibilidade das diferenças. Contas e Subcontas 156 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 79 Contas e Subcontas Características das Subcontas 1. Analíticas em último nível 2. Saldo IFRS = saldo conta e subcontas a ela vinculadas 3. Utilizar uma subconta para cada conta. Por ex.: bens depreciáveis 4. Se a conta se referir a um grupo de ativos ou passivos, as subcontas devem seguir o mesmo procedimento, desde que haja razão auxiliar 5. Em fundamentos distintos cada conta deverá ser vinculada a mais de uma subconta. Por ex.: AVP, AVJ para um ativo imobilizado. 157 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Demonstração do Lucro Real Resultado (lucro ou prejuízo contábil) do período, antes do IRPJ (+) Adições (-) Exclusões (=) Base de cálculo antes da compensação (-) Compensações (=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal (BC para o IRPJ) Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 80 Lucro Real IRPJ Devido (=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal (BC para o IRPJ) (x) 15% (x) 10% sobre o excesso de R$60.000,00 da base de cálculo (=) IRPJ Devido (-) Incentivos fiscais (-) IRF sobre receitas (-) IR pago por estimativas (-) Saldo a compensar de períodos anteriores e outros afins (=) IRPJ a Recolher Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Compensação de Prejuízos Fiscais Na compensação dos prejuízos, deve-se distinguir o prejuízo contábil apurado pela contabilidade e representado na DRE do período do prejuízo fiscal (real), apurado na escrituração fiscal, demonstrado na parte A e controlado na parte B do LALUR (ECF). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 81 Lucro Real Prejuízos Fiscais Operacionais Desde 1995 o lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda, poderá ser deduzido pela compensação de prejuízos fiscais em até, no máximo, 30%. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Prejuízos Fiscais Não Operacionais Os prejuízos não operacionais, apurados pelas pessoas jurídicas a partir de 01.01.1996, somente poderão ser compensados com lucros da mesma natureza, observado o limite máximo de 30% dos referidos lucros para a sua compensação. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 82 Lucro Real EXEMPLO • Prejuízo não operacional apurado em 31.12.2007...................................R$160.000,00 • Lucro não operacional apurado hipoteticamente em 31.03.2008 Valor do lucro ............................................................................................R$400.000,00 (-) Compensação máxima: a) vr. do prejuízo registrado na Parte B do LALUR: R$160.000,00 b) limite máximo de compensação (30% x R$400.000,00).............................................................................(R$120.000,00)(*) (=) Resultado ............................................................................................R$280.000,00 Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real (*) – A pessoa jurídica poderá compensar: somente R$120.000,00, os quais serão baixados na parte B e excluídos na parte A do LALUR. • Saldo de prejuízos não-operacionais a compensar em períodos de apuração futuros: R$40.000,00 (R$160.000,00 – R$120.000,00) Se a PJ tivesse auferido um lucro operacional de R$100.000,00, ela poderia transformar R$30.000,00 de prejuízos não-operacionais em operacionais, a serem compensados em períodos de apuração vindouros. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 83 Lucro Real OBS1: Devido à segregação da compensação de prejuízos, as pessoas jurídicas deverão controlar os prejuízos fiscais operacionais e não operacionais em folhas distintas da parte B do LALUR (ECF). OBS2: A compensação do prejuízo fiscal de períodos anteriores na BC do IRPJ é semelhante à compensação da BC negativa de períodos anteriores da CSLL. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Devido à segregação da compensação de prejuízos, as pessoas jurídicas deverão controlar os prejuízos fiscais operacionais e não operacionais em controles distintos da parte B do LALUR (ECF). Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 84 Lucro Real Resultado (lucro ou prejuízo contábil) do período, antes da CSLL (+) Adições (-) Exclusões (=) Base de cálculo antes da compensação (-) Compensações (=) Base de Cálculo para CSLL (ou Base de Cálculo Negativa) Demonstração da BC da CSLL Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real CSLL Devida (=) Base de Cálculo para CSLL (ou Base de Cálculo Negativa) (x) 9% (=) CSLL Devida (-) IRF sobre receitas (-) IR pago por estimativas (-) Saldo a compensar de períodos anteriores e outros afins (=) CSLL a Recolher Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 85 Lucro Real Desde 01.11.1999 está proibida a compensação da BC Negativa da CSLL, quando, entre a data de apuração e a data da compensação, houver ocorrido, cumulativamente, modificação do controle societário e do ramo de atividade da empresa. Compensação da BC Negativa Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real 2. Lucro Real Anual TEORIA A partir de 1997, em face da Lei n°9.430/96, em relação ao IRPJ e a CSLL, apurados conforme os regimes de lucro real, presumido ou arbitrado, observamos as seguintes normas básicas: 1. O regime de apuração será trimestral e o recolhimento será efetuado até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre de competência, podendo ser parcelado em até 3 cotas; Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 86 Lucro Real 2. Adotado o pagamento por estimativa mensal, o lucro real deverá ser obrigatoriamente levantado em 31.12.XX; 3. É possível a inserção de balancete de suspensão ou redução do pagamento mensal em base estimada, previsto no art.35 da Lei n°8.981/95 (art.230 do RIR/99), denominado lucro real periódico; 4. Não há “identificação” entre os regimes de apuração pela estimativa (presunção) de lucro mensal e lucro presumido, pois o 1º refere-se ao pagamento mensal e o 2º tem seu regime autônomo de forma trimestral. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real Período de Apuração O período de apuração do lucro real anual é em 31.12 de cada ano calendário, ou na data de extinção da pessoa jurídica, ocorrida no curso do ano calendário. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 87 Lucro Real RECOLHIMENTO POR ESTIMATIVA MENSAL A PJ sujeita à tributação com base no lucro real PODERÁ OPTAR pelo pagamento do imposto (normal e adicional), em cada mês, determinados sobre a BC estimada. A opção se manifestará com o recolhimento do primeiro pagamento (referente ao início do exercício ou da atividade) A PJ fica obrigada a efetuar ANTECIPAÇÕES MENSAIS, vinculando-se a um ajuste anual ou periódico. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real FORMAS DE RECOLHIMENTO POR ESTIMATIVA MENSAL ↗ 1ª) Receita Bruta e acréscimos, denominada ESTIMATIVA PURA; ou ↗ 2ª) Balanço ou Balancete de Suspensão ou Redução, denominada ESTIMATIVA MONITORADA. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 88 Lucro Real Estimativa Pura (=) Receita(s) da(s) atividade(s) principal(ais) (-) Deduções (=) Receita(s) estimada(s) x % de presunção da(s) atividade(s) (+) Outras receitas e ganhos (=) Estimativa mensal (x) 15% (x) 10% x excesso da base estimada R$20.000/mês (=) IRPJ devido pela estimativa mensal Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real (=) IRPJ devido pela estimativa mensal (-) Valor dos incentivos fiscais de dedução do imposto (PAT, doações aos fundos da Criança e do Adolescente, às Atividades Culturais ou Artísticas e Atividade Audiovisual e outros – de acordo com os prazos e limites legais) (-) IRRF ou pago sobre receitas que integram a BC do imposto devido (-) IR pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores (atualizados pela SELIC a partir do pagamento indevido ou a maior até o mês anterior ao da compensação ou restituição, sendo acrescido de 1% no mês da restituição ou compensação) (-) Saldo negativo de IRPJ de períodos anteriores (-) Outras compensações administrativas. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 89 Lucro Real ❶ Não pode ser deduzido do imposto por estimativa o IRRF e o imposto pago sobre rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa ou variável; ❷ O IR pago a maior pelo confronto, da estimativa x devido em 31/12/XX, poderá ser deduzido a partir do mês de 01/XX+1; ❸ A parcela excedente dos incentivos fiscais de dedução poderá ser utilizada nos meses subsequentes do ano-calendário, dentro dos limites legais; ❹ Os incentivos não podem ser deduzidos no adicional do IRPJ. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real IMPOSTO DE RENDA PAGO ⌂ Pago mensalmente por estimativa; ⌂ Retido na fonte sobre receitas ou rendimentos computados na determinação do lucro real do período em curso, inclusive o relativo a aplicações financeiras e aos JCP; ⌂ Pagos sobre os ganhos líquidos em mercados de renda variável (*); ⌂ Pago a maior ou indevidamente em anos-calendário anteriores. (*) – estes são computados o IRF e o IR sobre ganhos líquidos porque seus rendimentos entram na BC do lucro real. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 90 Lucro Real Estimativa Monitorada A empresa PODERÁ suspender ou reduzir o pagamento mensal por estimativa desde que demonstre mediante a elaboração de balanço ou balancete que o valor do IR pago até o mês do balanço, é igual o excede o valor do imposto devido, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 Lucro Real PERÍODO EM CURSO Representa o período compreendido entre o dia 1º de janeiro ou do mês de início de atividade e o último dia do mês a que se referir o balanço ou balancete. Planejamento Tributário Jackeline Lucas - 2018 30/01/2018 91 Lucro Real CONDIÇÕES PARA O BALANÇO OU BALANCETE a) Será elaborado com observância das disposições contidas nas leis comerciais e fiscais; b) Será transcrito no livro Diário até a data fixada para o pagamento do imposto do respectivo mês; c) Produz efeitos
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