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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - PARA OAB: RESUMÃO GERAL (BÁSICO) PARA 1ª FASE DA PROVA DA ORDEM

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PROCESSO CIVIL 
 
CONCEITOS 
 
Jurisdição: É dizer o direito. Poder + Dever + Função do Estado. É uma e indivisível, ou 
seja, só sai uma resposta. 
 
Competência: É a parcela da jurisdição. São atribuições. 
 
Lide: Conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. Nem todo processo 
tem lide, por exemplo, na jurisdição voluntária. 
 
Processo: É a instrumentalização do direito de ação. Um instrumento de pacificação 
social. 
 
Procedimento: É a sequência de atos processuais pré-determinados. 
 
Ordenamento jurídico: Conjunto de espécies legislativas. 
 
JURISDIÇÃO 
 
É o poder + dever + função do Estado. 
Tanto a efetiva lesão quanto a ameaça a lesão geram o direito. 
Art. 3°, CPC. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito 
§ 1.° É permitida a arbitragem, na forma da lei 
§ 2.° O Estado promoverá, sempre que possível, solução consensual dos conflitos. 
§ 3.° A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser 
estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive 
no curso do processo judicial. 
 
CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE JURISDICIONAL: 
 
1) Substitutividade: A decisão substitui a vontade das partes. 
 
2) Inércia: As partes devem provocar o judiciário. 
Art. 2°, CPC. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo 
as exceções previstas em lei. (PRINCÍPIO DA INÉRCIA) 
 
3) Imparcialidade (juízes e auxiliares): Art. 144 e 145, CPC (Impedimento e Suspeição) 
 
4) Definitividade: As decisões em regra são definitivas. 
 
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO: 
 
1) Inafastabilidade: Instrumentos que viabilizam o acesso a justiça 
 
2) Devido Processo Legal: Garante o procedimento do processo. O processo seguirá 
regras pré-estabelecidas. 
 
3) Contraditório: Traz em si o princípio da não surpresa. 
Art. 9°, CPC. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I-à tutela provisória de urgência 
II-às hipóteses de tutela da evidência 
III-à decisão prevista no art. 701 (ação monitória) 
 
4) Publicidade: é mitigável, restringível. (exceto art. 189, CPC) 
Art. 189, CPC. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justice os processos: 
I-em que o exija o interesse público ou social; 
II-que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, 
alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
III-em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
IV-que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a 
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
§ 1.° O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões 
de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores. 
§ 2.° O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da 
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação. 
 
5) Duração Razoável do Processo: O processo perdurará por tempo razoável. 
 
6) Boa – fé: Art. 5°, CPC. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se 
de acordo com a boa-fé. 
 
7) Cooperação: Art. 6°, CPC. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se 
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
 
8) Investidura: Só quem pode julgar o processo é aquele juiz competente. Quem está 
investido de jurisdição. 
 
AÇÃO 
 
Direito público subjetivo e abstrato de pleitear ao judiciário uma decisão sobre uma 
pretensão. 
 
CONDIÇÕES DA AÇÃO: 
Art. 485, VI, CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: VI – verificar ausência de legitimidade ou 
de interesse processual. 
1) Legitimidade para causa 
Serão Representantes: aqueles que vem em nome alheio na defesa de direito alheio 
Serão Substitutos processuais: aqueles que vem em nome próprio na defesa de direito 
alheio. Ele é parte no processo. 
Trata-se de legitimidade extraordinária. Art. 18, CPC. Ninguém poderá pleitear direito alheio 
em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente 
litisconsorcial 
2) Interesse de agir: Necessidade, adequação, utilidade. 
 
ELEMENTOS DA AÇÃO: 
 
1) Partes: autor e réu 
2) Causa de pedir: os fatos 
3) Pedido: o mérito 
Nos casos de litispendência, ou seja, ações idênticas com mesmas partes, causa de pedir 
e pedido que tramitam simultaneamente dentro da mesma jurisdição. O juízo responsável 
será o juiz prevento, isso é, aquele ao qual primeiro foi distribuída ou registrada a petição 
inicial. 
Art. 43, CPC. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição 
inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, 
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. 
Art. 59, CPC. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
 
DESISTÊNCIA DA AÇÃO: 
 
A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
Só produz efeito após a homologação por sentença. 
Art. 200, parágrafo único, CPC. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação 
judicial. 
A desistência da ação pode se dá até antes da contestação SEM a anuência do réu, após a 
contestação só se dará se o réu anuir. 
Art. 485, § 4°. Oferecida a contestação, o ator não poderá sem o consentimento do réu, desistir da 
ação. 
§ 5°. A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS: 
 
1) Órgão estatal investido de jurisdição 
 
2) Capacidade: 
- para ser parte: qualquer pessoa 
- processual: os capazes 
- postulatória: advogado (jus postulandi) Art. 103, CPC. A parte será representada em juízo por 
advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
3) Imparcialidade do juiz e competência. Art. 144 e 145, CPC 
 
4) Ausência de litispendência, coisa julgada, perempção e convenção de arbitragem. 
Litispendência: processo com mesmas partes, causa de pedir ou pedido 
Coisa Julgada: decisão judicial não mais sujeita a recurso 
Perempção: Perda do direito de ação em razão do abandono do processo por 3 vezes. Art. 
486, §3°, CPC. Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, 
não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, 
possibilidade de alegar em defesa o seu direito. 
Convenção de Arbitragem: As partes interessadas podem submeter a solução de seus 
litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula 
compromissória e o compromisso arbitral. A cláusula compromissária é instituída 
previamente entre as partes estabelecendo como competente o juízo arbitral, em não 
havendo cláusula compromissária e uma vez protocolada por uma das partes a reclamação 
em Câmara de Arbitragem, comparecendo a outra parte à audiência para tentativa de 
conciliação e restando esta frustrada, o conciliador orientará as partes a firmar o 
compromisso arbitral pelo qual submetem, a posteriori, sua demanda ao juízo arbitral. 
Com o novo Código de Processo Civil, a convenção de arbitragem só levará à extinção 
do processo se o réu, em contestação, arguir a preliminar 
Art. 337, X, e §§ 5º e 6º. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
X- convenção de arbitragem 
§ 5° Excetuadas a convençãode arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das 
matérias enumeradas neste artigo. 
§6° A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste 
Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
Para tanto, faz-se necessário partes capazes e direito disponível. 
 
Serão Representados em Juízo. 
 
Art. 75, CPC. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
I- a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; (AGU); 
II- o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; 
III – o Município, por seu prefeito ou procurador; 
IV – a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; 
V – a massa falida, pelo administrador judicial; 
VI – a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
VII – o espólio, pelo inventariante; 
VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa 
designação, por seus diretores; 
IX – a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, 
pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência 
ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
 
COMPETÊNCIA 
 
Momento e lugar de fixação: 
Art. 43, CPC. Determina-se a competência no momento do registro o da distribuição da petição 
inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, 
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. 
REGRA – A ação deve ser proposta no domicílio do réu. Tendo mais de um domicílio, o 
réu será demandado no foro de qualquer um deles. 
Art. 46, CPC. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, 
em regra, no foro de domicílio do réu. 
§ 1° Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles 
§ 2° Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for 
encontrado ou no foro de domicílio do autor 
§ 3° Qando o ré não tiver domicílio o residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio 
do ator, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. 
§ 4° Havendo 2 (dois) ou mais rés com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer 
deles, à escolha do autor. 
§ 5° A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar 
onde for encontrado. 
BENS IMÓVEIS – O foro será o do local do imóvel. 
Art. 47, CPC. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação 
da coisa. 
AÇÃO DE ALIMENTOS – É competente o foro do domicílio do alimentando. 
 
Art. 53, II, CPC. É competente o foro: II – de domicílio o residência do ALIMENTANDO 
para a ação em que se pedem alimentos. 
AÇÃO DE DIVÓRCIO, SEPARAÇÃO, ANULAÇÃO OU RECONHECIMENTO DE 
UNIÃO ESTÁVEL – Art. 53, I, CPC. É competente o foro: I – para a ação de divórcio, separação, 
anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: a) de domicílio do guardião 
de filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, 
se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal. 
 
Competências Absolutas Competências Relativas 
São Inderrogáveis São Derrogáveis 
São Improrrogáveis São Prorrogáveis T 
Não estão sujeitas a negociação São negociáveis V 
São em razão da: São em razão do: 
- Matéria - Território 
- Função - Valor 
- Pessoa 
Art. 62, CPC. A competência deter- Art. 63, CPC. As partes podem modificar a com- 
minada em razão da matéria, da pes- petência em razão do valor e do território, ele- 
soa ou da função é inderrogável por gendo foro onde será proposta ação oriunda de 
convenção das partes. direitos e obrigações. 
 
COMO ARGUIR A INCOMPETÊNCIA: A incompetência será argüida na 
PRELIMINAR DE CONTESTAÇÃO. 
Art. 64, CPC. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão 
preliminar de contestação. 
 
O juiz DEVE declarar de ofício a incompetência absoluta. A qualquer tempo no processo. 
Não está sujeita a preclusão. De qualquer forma. 
Art. 64, §1° A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e 
deve ser declarada de ofício. 
A incompetência relativa só poderá ser argüida na preliminar de contestação. 
 
COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA 
(matéria, função e pessoa) (território e valor) 
- interesse público - interesse privado 
- de ofício - requer provocação das partes 
- preliminar de contestação ou forma livre - preliminar de contestação 
NULIDADE Art. 64, § 4°. Salvo decisão NULIDADE RELATIVA 
judicial em sentido contrário, conservar-se-ão 
os efeitos de decisão proferida pelo juízo 
incompetente até que outra seja proferida, 
se for o caso, pelo juízo competente. 
- em qualquer grau de jurisdição ou qualquer - argüida no prazo da defesa 
tempo. 
 
FORMAÇÃO DO PROCESSO 
 
ALTERAR ELEMENTOS: Até a citação SEM o consentimento do réu. 
Após a citação até a decisão saneadora COM o consentimento do réu 
Art. 329, CPC. O autor poderá: 
I- até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento 
do réu; 
II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento 
do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo 
de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. 
 
 
 
 anuência 
 
PI ______x________________________x__________________________ 
 citação decisão 
 saneadora 
 
DESISTÊNCIA DA AÇÃO – art. 485, §§ 4° e 5°, CPC. 
A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
Oferecida a contestação, o autor NÃO poderá, SEM o consentimento do réu, desistir da 
ação. 
Art. 485, §4°, CPC. Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir 
da ação. 
Art. 485, §5°, CPC. A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
 
 
 
 anuência 
 
PI ___________________x____________________________x_________ 
 contestação sentença 
 
SUSPENSÃO DO PROCESSO 
 
O processo será suspenso: 
- Pela morte ou perda da capacidade; 
- Pela convenção das partes (No máximo 6 meses e uma única vez); 
- Pela argüição de suspeição ou impedimento (prazo de 15 dias a partir da ciência do fato); 
- Pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas (causa de pedir/fato 
gerador é o mesmo) 
- Quando a sentença de mérito: (o processo fica suspenso por no máximo 1 ano) 
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de 
inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo 
pendente 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de 
certa prova, requisitada a outro juízo: 
* por motivo de força maior 
* quando se discutir em juízo questões de direito marítimo 
* nos demais casos que este código regule. 
- Quando o advogado da parte por motivo de parto ou adoção, se for o único advogado 
da parte (se mulher o processo ficará suspenso por 30 dias, se homem por 8 dias). 
Art. 313, CPC. Suspende-se o processo: 
I- pela morte ou pela perda da capacidadeprocessual de qualquer das partes, de seu representante 
legal ou de seu procurador; 
II- pela convenção das partes; 
III- pela argüição de impedimento ou de suspeição; 
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas; 
V- quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação 
jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente; 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa 
prova, requisitada a outro juízo; 
VI- por motivo de força maior. 
VII- quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos de navegação de competência 
do Tribunal Marítimo; 
VIII- nos demais casos que este Código regula; 
IX – pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir 
a única patrona da causa; (30 dias) 
X- quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai 
(8 dias) 
 
OBS. O PROCESSO SERÁ EXTINTO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO POR CAUSA 
DE MORTE NO CASO DOS DIREITOS SEREM INSTRANSMISSÍVEIS. 
 
ALGUMAS HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO PROCESSO: 
1) Emenda da PI: a parte tem um prazo de 15 dias para emendar a PI se necessário, se 
não o fizer, será extinto sem resolução de mérito. (PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO 
JULAMENTO DO MÉRITO). No caso do art. 317, o processo será suspenso. 
Art. 317, CPC. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte 
oportunidade para, se possível, corrigir o vício. 
2) Art. 485, § 1°, II, III: O juiz não resolverá o mérito quando: 
§ 1° Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte intimada pessoalmente para suprir a falta no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
II – o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III – por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais 
de 30 (trinta) dias 
 
OBS. De acordo com o art. 64, § 4°, CPC. Os atos praticados são conservados. 
Art. 64, CPC. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de 
contestação. 
§ 4°. Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo 
juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. 
 
ARTIGOS IMPORTANTÍSSIMOS: 313, 485, 487 
 
FORMAS DE AUTOCOMPOSIÇÃO: Haverá resolução de mérito nestes casos, ou 
seja, o processo será extinto com resolução de mérito 
a) Reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação de reconvenção, art. 
487, III, alínea ‘a’: o réu reconhece 
b) transação, art. 487, III, alínea ‘b’: existe um acordo entre as partes 
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção, art. 487, III, alínea ‘c’: o 
autor renúncia o direito. 
 
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
 
Art. 54. CPC. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela 
continência. 
 
a) Conexão: Igualdade entre pedido ou causa de pedir 
Art. 55, CPC. Reputam-se conexas a (das) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa 
de pedir. 
§ 1.° Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver 
sido sentenciado. 
§2.° Aplica-se o disposto no caput: 
I- à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; 
II- às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
§3.° Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam 
Gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, 
mesmo sem conexão entre eles. 
 
b) Continência: Igualdade entre partes e causa de pedir, mas o pedido de uma por ser 
mais amplo, abrange as demais. 
Art. 56, CPC. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às 
partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
 
DAS DESPESAS PROCESSUAIS. 
Art. 82, CPC. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as 
despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde 
o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título. 
§ 1° Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício 
ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem 
jurídica. 
§ 2° A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou. 
 
DIVISÃO PROPORCIONAL 
Na transação se não ficar fixado, será rateio 10-20% 
Art. 86, CPC. Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, será proporcionalmente 
distribuídas entre eles às despesas. 
 
DO JUIZ 
Art. 139, CPC. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: 
I- assegurar às partes igualdade de tratamento; 
II – velar pela duração razoável do processo; 
III – prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações 
meramente protelatórias; 
IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias 
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por 
objeto prestação pecuniária; 
V – promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores 
e mediadores judiciais; 
VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os 
às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; 
VII – exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança 
interna dos fóruns e tribunais; 
VIII – determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre 
os fatos da causa, hipótese me que não incidirá a pena de confesso; 
IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios 
processuais; 
X – quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, 
a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5° da Lei n. 
7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 81 da Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o 
caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. 
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de 
encerrado o prazo regular. 
 
IMPORTANTE!!!!! Art. 139, X. O juiz NÃO PODE transformar ação 
individual repetitiva em ação coletiva. O que ele pode fazer é oficiar o MP, DP ou outros 
legitimados para caso queiram transformar as ações individuais em coletivas. 
O juiz pode dilatar os prazos, mas diminuir só com a anuência das partes. 
ATOS PROCESSUAIS DO JUIZ:: 
1) Despachos – prazo de 5 dias, dos despachos não cabe recurso, pois não tem conteúdo 
decisório. 
Art. 1001, CPC. Dos despachos não cabe recurso. 
2) Decisões Interlocutórias – prazo de 10 dias, de algumas decisões interlocutórias cabe 
apelação e de outras agravo. 
Art. 1015, CPC. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I-tutelas provisórias; 
II- mérito do processo; 
III-rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV-incidente de desconsideração de personalidade jurídica; 
V-rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI-exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII-exclusão de ilicitude; 
VIII-rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX-admissão ou inadmissãode intervenção de terceiros; 
X-concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI-redistribuição do ônus da prova nos t4rmos do art. 373, §1°; 
XII-(vetado); 
XIII-outros casos expressamente referidos em lei. 
3) Sentenças – prazo de 30 dias, cabe apelação 
 
SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO DO JUIZ: 
Suspeição ≠ Impedimento 
Art. 145 Art. 144 
Caráter Subjetivo Caráter Objetivo 
+ difícil de provar + fácil de provar 
 Os dois vão até o 3° grau de parentesco 
 Os dois tem o prazo de 15 dias 
 
O impedimento é matéria de ordem pública, pode ser declarada em qualquer momento 
É dever do juiz declarar-se impedido ou suspeito, através de ofício. 
COMO ALEGAR O IMPEDIMENTO OU A SUSPEIÇÃO: 
1) Se o juiz não disser que é impedido ou suspeito, o meio de instrumento para alegar sua 
suspeição ou impedimento é através de uma petição específica endereçada ao juiz da 
causa. 
(Se quiser dar um nome, ao pedido na PI, pode ser: Do Incidente de Arguição de 
Impedimento ou Suspeição) 
2) O prazo para argüição é de 15 dias, a contar do conhecimento do fato 
3) Quem julga é o Tribunal do juiz da causa 
Se o juiz reconhecer que é impedido ou suspeito, transmite o processo de imediato para 
seu substituto. 
Caso o juiz não reconheça o impedimento ou suspeição deverá colocar suas razões no 
processo, no prazo de 15 dias, em seguida manda para o Tribunal julgar. 
Quando a petição chegar nas mãos do Desembargador relator que julgará o impedimento 
ou a suspeição do juiz, este deverá declarar se tem ou não efeito suspensivo o processo. 
OBS. O Art. 313, CPC, diz que quando se entra com o incidente de argüição do 
impedimento ou suspeição o processo fica suspenso. No entanto, na prática, o relator 
pode ordenar que o processo volte a correr normalmente, o seja, retire o efeito 
suspensivo 
Caso posteriormente o relator entenda que o juiz é impedido ou suspeito, todos os 
atos que o juiz praticou serão considerados nulos, a partir do momento no qual ficar 
fixado o início do impedimento ou da suspeição 
Art. 146, CPC. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o 
impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o 
fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol 
de testemunhas. 
 
Também é possível argüir o impedimento ou suspeição do perito, do membro do 
MP, entre outros. A forma de argüição para estes, encontra-se no art. 148, CPC. 
Será feita através de petição fundamentada, na primeira oportunidade que lhe couber falar 
nos autos; o processo não fica suspenso; e quem julga é o próprio juiz da causa, no prazo 
de 15 dias. 
ARTIGOS 144 E 145 SÃO IMPORTANTÍSSIMOS. 
 
PRINCÍPIOS 
1) Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição: O juiz não pode deixar de julgar. 
Art. 140, CPC. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do 
ordenamento jurídico. 
2) Princípio da Adstrição/Correlação ou Congruência: A petição inicial estabelece os 
limites da sentença, visando evitar decisões ultra, extra e intra petita. 
Art. 141, CPC. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer 
de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. 
3) Poder Instrutório do Juiz: O juiz pede as provas que achar necessárias. 
Art. 370, CPC. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis o meramente 
protelatórias. 
 
AUXILIARES DA JUSTIÇA 
 
Estão submetidos à suspeição e impedimento, assim como o Juiz. 
O prazo para argüição será a primeira oportunidade em que lhe couber falar nos atos 
Não suspende o processo. 
Também é possível arguir o impedimento ou suspeição do perito, do membro do 
MP, entre outros auxiliares da justiça. A forma de arguição para estes, encontra-se 
no art. 148, CPC. 
Será feita através de petição fundamentada, na primeira oportunidade que lhe couber falar 
nos autos; o processo não fica suspenso; e quem julga é o próprio juiz da causa, no prazo 
de 15 dias. 
Respondem por DOLO, FRAUDE E CULPA 
 
 
 
DIFERENÇA ENTRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO 
Art. 165 a 175, CPC 
 
Mediação ≠ Conciliação 
- As partes tem vínculo - As partes NÃO tem vínculo 
- Atua de forma passiva - Atua de forma ativa 
(sugerindo soluções) 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 176 ao 181, CPC. 
O MP é órgão independente, autônomo, não integra o judiciário, não está vinculado à 
vontade das partes. 
Pode atuar de 2 (duas) formas: 
1) Como parte: onde propõe ação ou é parte no processo. 
2) Como fiscal da ordem jurídica: não é parte do processo, mas atua nele. 
Atua como fiscal nas hipóteses do art. 178, CPC. 
Art. 178, CPC. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como 
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos 
que envolvam: 
I – interesse público ou social; 
II – interesse de incapaz; 
III – litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 
 
O MP não estará presente em todos os processos cíveis. Ele atuará em conformidade com 
suas atribuições constitucionais. 
O MP só poderá atuar dentro das suas funções, funções estas que estão arroladas no art. 
129, CF. 
OBS. A presença de um ente público no processo NÃO atrai por si só a presença do MP 
neste processo, ou seja, NÃO obriga o MP a atuar. 
O MP será intimado para no prazo de 30 dias ingressar no processo, o processo sege 
caminhando mesmo que o MP seja intimado e não atue de imediato. 
O MP atua em todas as fases do processo 
Nulidade dos Atos Pela Não Intimação do MP: O processo será nulo quando o membro 
do MP não for intimado a acompanhar o processo, essa nulidade só pode ser decretada 
após a intimação do MP, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de 
prejuízo. 
Se o MP entender que houve prejuízo o juiz anulará, caso o MP concorde com tudo, o 
juiz dará um aproveitamento do que já foi feito anteriormente. 
Art. 279, §§ 1° e 2°, CPC. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado 
a acompanhar o feito em que deva intervir. 
§ 1°. Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz 
invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado. 
§ 2°. A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará 
sobre a existência ou a inexistência de prejuízo. 
Ao juiz fica facultado o aceite ou não dos requerimentos feitos tanto pela parte quanto 
pelo MP. 
O MP pode recorrer, inclusive de uma sentença que homologa uma decisão. 
O MP é intimado PESSOALMENTE, de TODOS OS ATOS. 
Terá vista do processo APÓS AS PARTES 
Tem poderes amplos para requerer as diligências que achar necessário. 
Art. 179, CPC. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: 
I – terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; 
II – poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. 
Art. 180, CPC. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que 
terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1°. 
§ 1°. Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz 
requisitará os autos e dará andamento ao processo. 
§ 2°. Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, 
prazopróprio para o Ministério Público. 
 
Responsabilidade Civil do Membro do MP: O MEMBRO do MP será civil e 
regressivamente responsável quando agir com DOLO OU FRAUDE e causar dano a 
alguém, esse alguém pode entrar contra o Estado e cobrar os danos, o Estado por sua vez 
se volta para regressivamente para o particular membro do MP causador do dolo ou da 
fraude. 
O juiz e o membro do MP responde apenas por dolo ou fraude, enquanto que os auxiliares 
da justiça respondem por dolo, fraude e culpa. 
Art. 181, CPC. O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando 
agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. 
 
LITISCONSÓRCIO 
É a co-existência de duas ou mais pessoas no pólo ativo; no lado passivo ou nos dois lados 
do processo. 
Art. 113, CPC. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou 
passivamente, quando: 
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; 
III – ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. 
§ 1°. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo, quanto ao número de 
litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na exceção, quando este 
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. 
§ 2°. O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que 
recomeçará da intimação da decisão que o solucionar. 
 
Classificação dos Litisconsórcios: 
1) Ativo►Mais de um autor contra um réu. 
2) Passivo►Um autor contra vários réus. 
3) Misto►Vários autores e vários réus 
 
Quanto à formação pode ser: 
1) Facultativo►aquele que se forma pela vontade das partes 
2) Necessário►aquele que se forma por disposição legal/da lei. Quando a eficácia da 
sentença depender da participação dos litisconsortes. 
Art. 246, § 3°, CPC. Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, 
exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação 
é dispensada. 
 
Quanto aos efeitos pode ser: 
1) Simples ou Comum►quando os efeitos são individualizados. 
2) Unitário► quando a decisão é única para todos. 
 
LIMITAÇÃO LITISCONSORCIAL. Art. 113, §1°, CPC. 
O juiz poderá limitar o número de litisconsórcios quando comprometer a rápida solução 
do litígio e dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. 
§ 1°. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo, quanto ao número de 
litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na exceção, quando este 
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. 
 
OBS. SÓ PODERÁ SER LIMITADO O LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO 
(PODENDO O JUIZ FAZER A QUALQUER TEMPO DO PROCESSO) 
 
PRAZO DOS LITISCONSORTES Art. 229, CPC. 
O prazo será em dobro quando: 
1) Litisconsortes com diferentes procuradores; 
2) de escritórios de advocacia distintos; 
3) o processo NÃO pode ser eletrônico 
Art. 229, CPC. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia 
distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou 
tribunal, independentemente de requerimento. 
§ 1°. Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por 
apenas um deles. 
§ 2°. Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. 
 
APRESENTAÇÃO DE RESPOSTA DO RÉU 
CONTESTAÇÃO Art. 335, CPC. 
 
Art. 335, CPC. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo 
termo inicial será a data: 
I – da audiência de conciliação ou de mediação, o da última sessão de conciliação, quando qualquer 
parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; 
II – do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado 
pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4°, inciso I; 
III – prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. 
§ 1°. No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6°, o termo inicial previsto 
no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de 
cancelamento da audiência. 
§ 2°. Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4°, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor 
desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação 
da decisão que homologar a desistência. 
 
Oferecida a petição inicial, o réu é citado para comparecer a uma audiência de mediação 
e conciliação, após isso abre-se o prazo de 15 dias para o réu contestar. 
Dentro da contestação, antes de discutir o mérito deve-se apresentar as preliminares, se 
houver. 
A contestação é o momento adequado para apresentar todas as provas, fatos e matérias. 
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE: Todas as provas devem ser demonstradas na 
contestação, exceto se a prova for nova. 
Art. 336, CPC. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões 
de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende 
produzir. 
PRELIMINARES: As preliminares vem dentro da contestação. O juiz conhecerá de 
ofício, EXCETO no caso da incompetência relativa e da convenção de arbitragem (nesses 
casos, tem que ser trazida na preliminar de contestação). 
Art. 337, CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I – inexistência ou nulidade da citação; 
II – incompetência absoluta e relativa; 
III – incorreção do valor da causa; 
IV – inépcia da petição inicial; 
V – perempção; 
VI – litispendência; 
VII – coisa julgada; 
VIII – conexão; 
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X – convenção de arbitragem; 
XI – ausência de legitimidade ou interesse processual; 
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
§ 1°. Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2°. Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3°. Há litispendência quando se repete ação que está em curso 
§ 4°. Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
§ 5°. Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício 
das matérias enumeradas neste artigo 
§ 6°. A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste 
Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
ILEGITIMIDADE PASSIVA: É a possibilidade de correção por emenda. 
O réu alega na contestação não ser o responsável pelo prejuízo. 
O juiz facultará ao AUTOR alterar a petição inicial no prazo de 15 dias indicando o sujeito 
passivo da relação jurídica. 
Art. 338, CPC. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo 
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para 
substituição do réu. 
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários 
ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa. 
ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA: Impugna-se fato a fato. 
O advogado dativo, curador especial e defensor público, podem apresentar impugnação 
genérica. 
Art. 341, CPC. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato 
constantesda petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: 
I – não for admissível, a seu respeito, a confissão; 
II – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do 
ato; 
III – estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao 
advogado dativo e ao curador especial. 
 
RECONVENÇÃO 
 
O réu formula pedidos contra o autor. A Reconvenção vem dentro da Contestação. Caso 
a ação principal seja extinta, a reconvenção continua. O réu pode propor reconvenção 
independentemente de oferecer a contestação. Aqui a palavra chave é CONTRA-
ATAQUE. 
Art. 343, CPC. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, 
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
§ 1°. Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar 
resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2°. A desistência da ação ou ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não 
obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. 
§ 3°. A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. 
§ 4°. A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. 
§ 5°. Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face 
do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de 
substituto processual. 
§ 6°. O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. 
PETIÇÃO INICIAL 
 
Na petição inicial constará: o juízo, as partes, o fato, o pedido, o valor da causa, as provas, 
e opção pela realização ou não de conciliação ou de mediação. 
OBS. É possível requerer informações. 
Art. 319, CPC. A petição inicial indicará: 
I – o juízo a que é dirigida; 
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço 
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV – o pedido com as suas especificações; 
V – o valor da causa; 
VI – as provas com que o ator pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
§ 1°. Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, 
requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2°. A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso 
II, for possível a citação do réu. 
§ 3°. A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo 
se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL: É possível a emenda ou a complementação da 
petição inicial, no prazo de 15 dias e de forma especificada. 
Art. 321, CPC. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 
ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, 
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com 
precisão o que deve ser corrigido ou completado. 
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. 
 
Não ocorrerá a audiência de conciliação e mediação: 
1) Quando não há a autocomposição, ou seja, direito indisponível. 
2) Quando todas as partes expressam a negativa. 
 
PEDIDO 
 
O pedido tem que ser certo e determinado 
PEDIDOS IMPLÍCITOS: São aqueles que o autor não fez na petição inicial, mas o juiz 
o concedeu na sentença. Ex. juros, multa, correção monetária, verbas sucubenciais, 
honorários e obrigações sucessivas. 
DANO MORAL: deve ser quantificado sob pena de inépcia. 
Art. 292, V, CPC. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: 
V – na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido. 
PEDIDO GENÉRICO: É lícito quando: 
1) depender do réu exclusivamente o cumprimento da obrigação; 
2) não for possível mensurar ou quantificar a extensão do dano no ato da propositura da 
ação; 
3) nas ações universais. 
(as prestações posteriores que não forem adimplidas, o juiz as incorpora na sentença) 
Art. 322, CPC. O pedido deve ser certo. 
§ 1°. Compreendem-se no principal os juros legais; a correção monetária e as verbas de sucumbência, 
inclusive os honorários advocatícios. 
§ 2°. A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-
fé. 
Art. 324, CPC. O pedido deve ser determinado. 
§ 1°. É lícito, porém formular pedido genérico: 
I – nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; 
II – quando não for possível determinar, desde logo, as conseqüências do ato ou do fato; 
III – quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser 
praticado pelo réu. 
§ 2°. O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. 
ESPÉCIES DE PEDIDOS: 
1) Acumulativos: A + B + C = valor da causa 
2) Alternativos: o réu pode cumprir qualquer um deles. A ou B ou C = o de maior valor. 
3) Subsidiário: tem uma ordem de preferência. Tem um pedido principal e um posterior, 
e o juiz só irá para o posterior caso o pedido principal não possa mais ser atendido. O 
valor da causa será o valor do pedido principal. 
 
CONTAGEM DE PRAZOS 
 
O TERMO INICIAL é o dia da publicação, ou seja, é o dia em que assinou a publicação 
ou publicou o ato. 
TERMO INICIAL ≠ INÍCIO DA CONTAGEM 
Os prazos são contados excluindo o dia do início e incluindo o dia do vencimento. 
Conta-se apenas os dias úteis. 
Art. 224, CPC. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e 
incluindo o dia do vencimento. 
§ 1°. Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, 
se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora 
normal o houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. 
§ 2°. Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da 
informação no Diário da Justiça eletrônico. 
§ 3°. A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação. 
Art. 219, CPC. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão 
somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. 
 
SUSPENSÃO DOS PRAZOS 
 
Os dias dos prazos estão suspensos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro. Não há 
audiências, nem sessões de julgamento. 
Art. 220, CPC. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 (vinte) de 
dezembro e 20 (vinte) de janeiro, inclusive: 
§ 1°. Ressalvados as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão 
suas atribuições durante o período previsto no caput. 
§ 2°. Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. 
Suspende-se o processo nos casos do art. 313, CPC. 
Art. 313, CPC. Suspende-se o processo: 
I – pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante 
legal o de seu procurador; 
II – pela convenção das partes; 
III – pela argüição de impedimento ou de suspeição; 
IV – pela admissão de incidentede resolução de demandas repetitivas; 
V – quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação 
jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente; 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa 
prova, requisitada a outro juízo; 
VI – por motivo de força maior; 
VII – quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de 
competência do Tribunal Marítimo; 
VIII – nos demais casos que este Código regula; 
IX – pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir 
a única patrona da causa; (SUSPENSO POR 30 DIAS) 
X – quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se 
pai. (SUSPENSO POR 8 DIAS). 
 
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO 
 
Art. 485, CPC. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I – indeferir a petição inicial; 
II – o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III – por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais 
de 30 (trinta) dias; 
IV – verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo; 
V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual (CONDIÇÕES DA AÇÃO); 
VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral 
reconhecer sua competência; 
VIII – homologar a desistência da ação; 
IX – em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
X – nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1°. Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a 
falta no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2°. No caso do § 1°, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto 
ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 
§ 3°. O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo 
e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4°. Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
§ 5°. A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6°. Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de 
requerimento do réu. 
§ 7°. Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 
(cinco) dias para retratar-se (RETRATAÇÃO DA SENTENÇA) 
 
MOTIVOS PARA O JUIZ INDEFERIR A PETIÇÃO INICIAL: 
Art. 330, CPC. A petição inicial será indeferida quando: 
I – for inepta; 
II- a parte for manifestamente ilegítima; 
III – o autor carecer de interesse processual; 
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
§ 1°. Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III – da narração dos fatos ao decorrer logicamente a conclusão. 
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si. 
§ 2°. Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de 
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição 
inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o 
valor incontroverso do débito. 
 
O autor tem o prazo de 15 dias para apelar contra a sentença de indeferimento sem 
resolução do mérito. 
Regra geral, quando se apela de uma sentença o juiz NÃO pode voltar atrás. 
O juiz tem o prazo de 5 dias para caso queira retratar-se de uma sentença sem resolução 
do mérito por indeferimento da petição. Caso o juiz não se retrate, ele irá mandar citar 
o réu para responder ao recurso de apelação. 
O juiz poderá retratar-se em todas as hipóteses de resolução sem mérito. 
EMBARGOS DECLARAÇÃO – PRAZO DE 5 DIAS 
TODOS OS DEMAIS RECURSOS – 15 DIAS 
 
No caso do inciso VII (arbitragem): 
Só podem ser resolvidos na arbitragem direitos patrimoniais disponíveis e pessoas 
capazes. 
1) Cláusula compromissória ►trata de lide futura que pode existir ou não. 
2) Cláusula arbitral ►trata de lide já existente e em decorrência do compromisso fica 
estipulado a arbitragem para a resolução do conflito. 
A convenção de arbitragem cabe contestação em preliminar de contestação. 
 O juiz NÃO pode conhecer de ofício porque é matéria de ordem privada, apenas 
o réu pode alegar. Se não alegar em preliminar de contestação não poderá fazê-lo depois, 
porque preclui, 
No momento em que o árbitro conhecer sua competência, o juiz se retira do processo, 
extingui-o sem resolução do mérito e deixa que o árbitro resolva a lide. 
 
Nos casos dos incisos IV, V, VI, IX: 
O juiz conhecerá de ofício as matérias de ordem pública e pode ser alegada a qualquer 
tempo enquanto não houver o trânsito em julgado. 
 
REPROPOSITURA DA AÇÃO 
 
Art. 486, CPC. O pronunciamento judicial e não resolve o mérito não obsta (impede) a 
que a parte proponha de novo a ação. 
§ 1°. No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e 
VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à 
sentença sem resolução do mérito. 
§ 2°. A petição inicial (a segunda), todavia, não será despachada sem a prova do 
pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado. 
§ 3°. Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, 
não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, 
entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. (PEREMPÇÃO) 
 
EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO 
 
Sentenças de mérito fazem coisa julgada material. 
Julgamento mesmo, só acontece nos incisos I, II do art. 487,CPC. 
Art. 487, CPC. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I – acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
II – decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; 
III – homologar: 
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; (O 
RÉU RECONHECE) 
b) a transação; (ACORDO) 
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. (O AUTOR RENUNCIA 
O DIREITO, E NESSE CASO QUEM PAGA AS CUSTAS É QUEM RENUNCIOU) 
 
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
 
MEDIAÇÃO ≠ CONCILIAÇÃO 
 ↓ ↓ 
As partes tem vínculo As partes NÃO tem vínculo 
 ↓ ↓ 
Atua de forma passiva Atua de forma ativa 
 (sugerindo soluções) 
VER ARTS. DO 165 A 175, CPC. 
 
A AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO NÃO OCORRERÁ EM 2 
CASOS: 
1) Quando o direito não comportar autocomposição (direito indisponível); 
2) Quando todos expressarem desinteresse. 
 
Se as partes faltarem cabe multa por ato atentatório a dignidade da justiça de até 2%. 
 
As partes devem estar acompanhadas de advogado. Podendo haver representante com 
poderes para negociar e transigir. A intimação será feita na pessoa do advogado. 
Poderá ocorrer mais de uma sessão de conciliação ou mediação desde que respeite um 
prazo de 2 meses (dentro desse prazo pode marcar quantas audiências fizer necessário). 
PRAZOS: 30, 20, 10 
 
A audiência será designada com antecedência mínima de 30 dias após o recebimento da 
petição inicial. 
 
O réu deve ser citado com pelo menos 20 diasde antecedência. 
 
As partes deverão apresentar petição inicial alegando o desinteresse no prazo de 10 dias 
antecedente a audiência. 
Art. 334, CPC. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de 
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com 
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de 
antecedência. 
§ 1°. O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação 
ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização 
judiciária. 
§ 2°. Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 
2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias a composição das 
partes. 
§ 3°. A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. 
§ 4°. A audiência não será realizada: 
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; 
II – quando não se admitir a autocomposição. 
§ 5°. O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá 
fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. 
§ 6°. Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos 
os litisconsortes. 
§ 7°. A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da 
lei. 
§ 8°. O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado 
ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem 
econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. (PRINCÍPIO 
DA EVENTUALIDADE) 
§ 9°. As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. 
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para 
negociar e transigir. 
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. (COM 
RESOLUÇÃO DE MÉRITO). 
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o 
intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte. 
 
SANEAMENTO 
 
É a providência tomada pelo juiz, a fim de eliminar os vícios, irregularidades ou nulidades 
processuais e preparar o processo para receber a sentença. Tal providência é tomada entre 
a fase postulatória e a instrução do processo, mediante um despacho saneador. 
Observa-se os fatos controvertidos. 
Precisa da ouvida de testemunhas. 
Pendências no processo só irão para a fase de instrução e julgamento caso não sejam 
sanadas na fase do saneamento. 
Art. 357, CPC. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de 
saneamento e de organização do processo: 
I – resolver as questões processuais pendentes, se houver; 
II – delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios 
de prova admitidos; 
III – definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373; 
IV – delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; 
V – designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento. 
§ 1°. Realizado o saneamento, as partes tem o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no 
prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável. 
§ 2°. As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de 
fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz. 
§ 3°. Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar 
audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o 
juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações. 
§ 4°. Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não 
superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. 
§ 5°. Na hipótese do § 3°, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol de 
testemunhas; 
§ 6°. O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo (3) três, no máximo, 
para a prova de cada fato. 
§ 7 °. O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta a complexidade da causa e 
dos fatos individualmente considerados. 
§ 8°. Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, juiz deve observar o disposto no art. 
465 e, se possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização. 
§ 9°. As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências. 
 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
 
Serve para coletar provas orais. Apenas os processos que precisam de prova oral. 
Art. 358, CPC. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e 
julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que 
dela devam participar. 
ORDEM DAS PROVAS ORAIS: 
1) peritos e assistentes técnicos; 
2) depoimento pessoal (1° ator, 2° réu) 
3) testemunhas (1° do autor, 2° do réu) 
4) debates orais (20 min + 10 min) 
OBS. ESSA ORDEM PREFERENCIAL PODE SER ALTERADA 
Art. 361, CPC. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, 
preferencialmente: 
I – o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no 
prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito; 
II – o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; 
III – as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. 
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, 
não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz. 
 
As partes podem gravar a audiência de instrução e julgamento 
independentemente de autorização judicial. 
Art. 367, CPC. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na 
audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida no ato. (ATA 
DA AUDIÊNCIA) 
§ 1°. Quando o termo não for registrado em meio eletrônico, o juiz rubricar-lhe-á as folhas, que serão 
encadernadas em volume próprio. 
§ 2°. Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o escrivão ou 
chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de disposição para cuja prática 
os advogados não tenham poderes. 
§ 3°. O escrivão ou chefe de secretaria trasladará para os autos cópia autêntica do termo de audiência. 
§ 4°. Tratando-se de autos eletrônicos, observar-se-á o disposto neste Código, em legislação específica 
e nas normas internas dos tribunais. 
§ 5°. A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou 
analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, observada a 
legislação específica. 
§ 6°. A gravação a que se refere o § 5° também pode ser realizada diretamente por qualquer das 
partes independentemente de autorização judicial. 
 
DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
PUBLICIDADE: Em regra, os atos processuais são públicos. (PRINCÍPIO DA 
PUBLICIDADE) 
No entanto, o princípio da publicidade é mitigável, a EXCEÇÃO se encontra no art. 189, 
CPC. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: 
I – em que o exija o interesse público ou social;II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, 
alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a 
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
§ 1°. O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões 
de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores. 
§ 2°. O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da 
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação. 
 
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS: Os atos processuais independem de forma 
determinada. 
Os atos já produzidos podem ser aproveitados desde que não gere prejuízo. 
Art. 188, CPC. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a 
lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham 
a finalidade essencial. 
ALTERAÇÃO DO PROCEDIMENTO: As partes podem alterar 
regras do procedimento. 
As alterações precisam ser validadas pelo juiz no curso do processo. 
Pode acontecer antes ou durante o processo. 
Requisitos para alterar regras: 1) direito disponível; 2) partes capazes. 
Art. 190, CPC. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes 
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa 
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas 
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
 
FIXAÇÃO DE CALENDÁRIO PROCESSUAL: 
O prazo começa a correr com a publicação ou intimação. 
As partes e o juiz se reúnem afim de estabelecer um calendário para a prática dos atos 
processuais. (JUIZ + PARTES) 
* Casos excepcionais e devidamente justificados* 
Art. 191, CPC. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos 
processuais, quando for o caso. 
§ 1°. O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em 
casos excepcionais, devidamente justificados. 
§ 2°. Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência 
cujas datas tiverem sido designadas no calendário. 
 
ATOS ELETRÔNICOS 
Art. 193, CPC. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que 
sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei. 
Parágrafo único. O disposto nesta Seção aplica-se, no que for cabível, à prática de atos notariais e de 
registro. 
Preclusão ► é a perda do direito em produzir um determinado ato processual em razão 
do decurso do prazo (preclusão temporal) ou da consumação do próprio ato (preclusão 
consumativa). 
Perde a prática de um determinado ato processual. 
 
ATOS DAS PARTES: 
- Produção imediata de resultado. 
Art. 200, CPC. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade 
produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. 
Com exceção da desistência da ação, na qual necessita da homologação do juiz. Art. 200, 
parágrafo único, é a exceção. 
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial. 
- Cotas marginais: NÃO É PERMITIDO inserir escritos nas margens ou interlineares no 
processo. 
Art. 202, CPC. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará 
riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário mínimo. 
- Alteração do procedimento. 
Art. 190, CPC. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes 
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa 
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas 
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
- Calendário de atos processuais: partes e juiz em comum acordo. 
Art. 191, CPC. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos 
processuais, quando for o caso. 
§ 1°. O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em 
casos excepcionais, devidamente justificados. 
§ 2°. Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência 
cujas datas tiverem sido designadas no calendário. 
- Atos de cooperação: As partes devem cooperar. 
 
ATOS DO JUIZ: 
- Sentenças: PRAZO DE 30 DIAS. 
- Decisões Interlocutórias: Se discute questões incidentais que surgirem ao longo do 
processo. PRAZO DE 10 DIAS. 
- Despachos: São irrecorríveis, não tem conteúdo decisório, sua finalidade é viabilizar o 
andamento do processo. PRAZO DE 5 DIAS. 
Art. 203, CPC. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças decisões interlocutórias e 
despachos. 
§ 1°. Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento 
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento 
comum, bem como extingue a execução. 
§ 2°. Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se 
enquadre no § 1°. 
§ 3°. São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a 
requerimento da parte. 
§ 4°. Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e avista obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. 
 
ATOS DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA 
Art. 149, CPC. São auxiliares da justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas 
normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o 
depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, 
o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. 
 
DO TEMPO 
Os atos processuais serão realizados em dias úteis das 06 às 20 horas. 
EXCEÇÃO. As citações, intimações e penhoras poderão realizar-se 
INDEPENDENTEMENTE do horário e autorização judicial. 
Art. 212, CPC. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
§ 1°. Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar 
a diligência ou causar grave dano. 
§ 2°. Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações 
e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias 
úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5°, inciso XI, da 
Constituição Federal. 
§ 3°. Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em atos não eletrônicos, essa deverá ser 
protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de 
organização judiciária local. 
 
DO LUGAR 
A regra é que seja na sede do juízo. 
Art. 217, CPC. Os atosprocessuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, 
excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse de justiça, da natureza do ato 
ou de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz. 
Deferência: são prerrogativas que algumas autoridades possuem. VER art. 454, CPC. 
 
DO PRAZO 
Pode ser: 
- Judicial ►Quem fixa é o juiz. 
- Legal ► Previsto em lei. 
Se a lei for omissa, o advogado tem 5 dias para praticar o ato processual, sob pena de 
perder o direito. 
Art. 218, CPC. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. 
§ 1°. Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato. 
§ 2°. Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento após decorridas eu (quarenta e oito) horas. 
§ 3°. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a 
prática de ato processual a cargo da parte. 
§ 4°. Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. 
 
SUSPENSÃO DO PRAZO ≠ INTERRUPÇÃO DO PRAZO 
 ↓ ↓ 
Devolve o restante do prazo Devolve integralmente o prazo 
 (ZERA) 
 
PRAZO DILATÓRIO ≠ PRAZO PEREMPTÓRIO 
 ↓ ↓ 
Pode ser aumentado Prazo fixo, rígido 
Art. 222, CPC. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá 
prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses. 
§ 1°. Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes. 
§ 2°. Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser 
excedido. 
 
* A prorrogação de prazos peremptórios só ocorrerá com a anuência das partes. 
* Prazo sem lei nem assinação, o prazo será de 5 dias. 
* A renúncia de prazo ocorrerá se for em favor de quem renunciou. 
* Prazos para Ministério Público, Defensoria Pública e Fazenda Pública serão em dobro 
para todos os atos. 
* Litisconsortes com diferentes procuradores (escritórios diferentes, processos não 
eletrônicos terá prazo em dobro) 
Art. 229, CPC. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia 
distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou 
tribunal, independentemente de requerimento. 
§ 1°. Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por 
apenas um deles. 
§ 2°. Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. 
 
 
CITAÇÃO 
 
 
O réu é citado para integrar o processo. 
Art. 238. CPC. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para 
integrar a relação processual. 
O comparecimento espontâneo do réu supre a falta da citação. 
Art. 239, § 1°, CPC. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade 
da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à 
execução. 
 
MODALIDADES/ESPÉCIES DE CITAÇÃO 
CORREIO: através de carta registrada com aviso de recebimento (AR). O oficial de 
justiça responsável pela confecção é o Escrivão (chefe de secretaria). Quem tem que 
assinar o AR é o próprio citado. Volta para a Vara para ser juntado aos autos do processo. 
(CITAÇÃO REAL) 
Art. 246, I, CPC. A citação será feita: 
I – pelo correio 
CITAÇÃO POSTAL: segue a teoria da aparência, quando o citando é uma pessoa 
jurídica, uma empresa. A entrega da carta pode ser feita ao funcionário identificado como 
sendo da empresa e responsável por receber as cartas da empresa. (CITAÇÃO REAL) 
Art. 248, § 2°, CPC. Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com 
poderes de gerência geral ou de administração o, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento 
de correspondências. 
 
HIPÓTESES EM QUE NÃO PODE CITAR PELOS CORREIOS: 
- ações de estado; 
- incapazes; 
- pessoa de direito público; 
- quando o local não for assistido por entrega de correspondência; 
- quando o autor a requerer de outra forma 
(NESSES CASOS A CITAÇÃO SERÁ FEITA ATRAVÉS DO OFICIAL DE JUSTIÇA) 
 
CITAÇÃO POR OFICIAL DE JUSTIÇA: Pode se dá de duas formas. 
1) Pessoalmente ► é a tradicional, quando o oficial entrega diretamente ao citando o 
mandado de citação. Quando o oficial concluir a diligência deverá registrar todos os 
detalhes, datar e assinar. (CITAÇÃO REAL) 
2) Por hora certa ► é uma eventualidade. Quando o oficial for por 2 (duas) vezes entregar 
o mandado e não encontra o réu. (CITAÇÃO FICTA) 
Neste caso, faz-se necessário dois pressupostos, quais sejam: 
Pressuposto objetivo = ir pelo menos 2 (duas) vezes ao local 
Pressuposto subjetivo = haver suspeito de ocultação. 
O oficial lavra uma certidão no verso do mandado, conta tudo como ocorreu e devolve 
esse mandado para Vara porque esse mandado será juntado aos autos do processo. (A 
visita será feita no 1° dia útil imediato) 
Feita a citação por hora certa, o escrivão (chefe de secretaria) deverá enviar uma carta, 
telegrama ou email para o citando no prazo de 10 dias contados a partir da data da juntada 
do mandado aos autos do processo. 
Art. 252, CPC. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu 
domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer 
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de 
efetuar a citação, na hora que designar. 
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a 
intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de 
correspondência. 
Art. 253, CPC. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo 
despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência. 
§ 1°. Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da 
ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção 
ou subseção judiciárias. 
§ 2°. A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver 
sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a 
receber o mandado. 
§ 3°. Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família 
ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. 
§ 4°. O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador 
especial se houver revelia. 
Art. 254, CPC. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, 
executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos 
autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. 
 
CITAÇÃO FEITA POR ESCRIVÃO OU CHEFE DE SECRETARIA NO CARTÓRIO 
Art. 246, III, CPC. A citação será feita: 
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório 
(CITAÇÃO REAL) 
 
CITAÇÃO POR EDITAL 
O escrivão confecciona o edital e dá publicidade através da internet, no site do tribunal e 
em uma plataforma de editais do CNJ. (CITAÇÃO FICTA) 
O juiz dá um prazo de 20 e 60 dias para o citando ver a citação. 
HIPÓTESES PARA A CITAÇÃO POR EDITAL: 
- desconhecido ou incerto o citando, o réu. 
- quando ignorado, incerto ou inacessível o local da citação. 
- nos casos previstos em lei. 
Art. 256, CPC. A citação por edital será feita: 
I – quando desconhecido ou incerto o citando; 
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;

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