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O fluido como contínuo Campo de tensões Campo de velocidades Tipos de escoamento Mecânica dos Fluidos Aula 2 Roteiro para aulas 1 - 3 γ ρ= = =W V m g V g . . 2 Recapitulação 3 Estados físicos da matéria Propriedades dos fluidos Sistemas de unidades Fator importante na diferenciação entre sólido e fluido Os sólidos, ao serem solicitados por esforços, podem resistir, deformar-se e ou até mesmo cisalhar. 4 Fator importante na diferenciação entre sólido e fluido O fluido não resiste a esforços tangenciais por menores que estes sejam, o que implica que se deformam continuamente. F 5 Reologia Sólidos:Sólidos: geralmente estuda-se a deformação elástica do material. Ex: vigas, etc... Líquidos:Líquidos: interessa conhecer os fenômenos físicos associados com o escoamento (deformação plástica) dos fluidos. Ex: água Gases:Gases: CO2, CH4, nitrogênio, gases de refrigeração. 6 Princípio de aderência observado na experiência das duas placas: As partículas fluidas em contato com uma superfície sólida têm a velocidade da superfície que encontram em contato. F v v = constante V=0 7 Gradiente de velocidade y v v = constante V=0 representa o estudo da variação da velocidade no meio fluido em relação a direção mais rápida desta variação.dy dv 8 Gradiente de velocidade Os conceitos de tensão de cisalhamento (força aplicada) e taxa de deformação (gradiente de velocidade) são usados para descrever a deformação e o escoamento do fluido. O gradiente de velocidade entre as camadas laminares gera um fluxo de força mecânica (tensão de cisalhamento). 9 No caso de líquidos, a maior parte das medidas de viscosidade são feitas com base na aplicação de tensões de cisalhamento. A figura, a seguir, mostra o que ocorre quando uma tensão de cisalhamento simples (τ ) é aplicada a um líquido: Viscosidade 10 11 h v = 0 Força de cisalhamento v velocidade constante da placa sólida deslizante h distância curta Fluxo de tensão no líquido (τ yx ) Área de ação da tensão Lâminas de velocidade diferente (Vx). y x τ yx = f (dVx /dy) Perfil inicial de velocidades no líquido: v = 0 Deformação: o perfil de velocidades muda até atingir um equilíbrio Placa sólida móvel Placa sólida fixa Fluido Gradiente de velocidade 11 Viscosidade As tensões de cisalhamento agirão em todas as camadas fluidas e evidentemente naquela junto à placa superior dando origem a uma força oposta ao movimento da placa superior. Tensão normal Tensão de cisalhamento 12 Viscosidade Considera-se um fluido em repouso entre duas placas planas. Supondo que a placa superior em um dado instante passe a se movimentar sob a ação de uma força tangencial conforme figura anterior. A substância (fluido) é colocada entre as duas placas paralelas que são bem próximas e grandes o suficiente de modo que as perturbações nas bordas possam ser desprezadas. 13 Viscosidade As partículas fluidas junto as superfícies sólidas adquirem as velocidades dos pontos das superfícies com as quais estão em contato (principio da aderência). Assim, junto à placa superior as partículas do fluido têm velocidade diferente de zero e Junto à placa inferior as partículas têm velocidade nula (principio da aderência). 14 Viscosidade Entre as partículas de cima e as de baixo existirá atrito, que por ser uma força tangencial formará tensões de cisalhamento, com sentido contrário ao do movimento, como a força de atrito. Como existe uma diferença de velocidade entre as camadas do fluido, ocorrerá então uma deformação contínua do fluído sob a ação da tensão de cisalhamento. 15 A variação da viscosidade é muito mais sensível à temperatura: Fluido Comportamento Fenômeno Líquidos Diminui a viscosidade com o aumento da temperatura Tem espaçamento entre moléculas pequeno e ocorre a redução da atração molecular com o aumento da temperatura. Gases Aumenta a viscosidade com o aumento da temperatura Tem espaçamento entre moléculas grande e ocorre o aumento do choque entre moléculas com o aumento da temperatura. 16 Classificação dos fluidos: 17 Classificação dos fluidos: Fluidos newtonianos – são aqueles que obedecem a lei de Newton da viscosidade; Fluidos não newtonianos – são aqueles que não obedecem a lei de Newton da viscosidade. Observação: só estudaremos os fluidos newtonianos 18 Classificação dos fluidos NEWTONIANOS •Água, •Cerveja, •Leite, •Óleo •Sucos clarificados ou despectinizados, suco de maçã, suco de laranja, •Vinho, (LIRA, 2001;SHARMA et al., 2000) 19 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Independentes do tempo Pseudoplásticos (n<1) Caldo de fermentação, mosto de cerveja, melaço de cana; polpa de jabuticaba (SATO & CUNHA, 2004), Polpa de umbu (EVANGELISTA et al., 2003), Suco de cupuaçu (QUEIROZ et al., 2004), Misturas ternárias de polpa de manga e sucos de laranja e cenoura (BRANCO & GASPARETTO, 2003) Polpa de umbu-cajá (TORRES et al., 2004) 20 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Independentes do tempo Dilatantes (n>1) •Suspensões de polímeros (amido e outros), •Soluções de açúcares, •Suco concentrado de maracujá •Wísque •(GONÇALVES, 1989) 21 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Independentes do tempo Plástico de Bingham •Maionese, •Purê de batatas, •Purê de banana, •Chocolate fundido, •catchup, •Mostarda, •Chantily, •Gordura hidrogenada 22 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Dependentes do tempo Tixotrópicos •Purê de damasco (DURAN & COSTELL, 1982) 23 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Dependentes do tempo Tixotrópicos •Purê de damasco (DURAN & COSTELL, 1982) 24 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Dependentes do tempo Reopéticos •Soluções de amido altamente concentradas em tempos longos (SHARMA ET al., 2000) 25 Classificação dos fluidos VISCOELÁSTICOS Queijo petit suisse nacional (queijo magro feito com leite desnatado) (OMAR et al. , 1995) 26 Exercícios referentes à Aula 2 Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Pede-se μ Modelo matemático Geometria 27 Exercícios Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Pede-se μ Modelo matemático Geometria 1 2 3 4 5 2,3 e 5 em 1 28 Exercícios Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Pede-se μ Modelo matemático Geometria 4 6 em 4 29 Exercícios Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Pede-se μ Modelo matemático Geometria Resolvendo para μ, tem-se: 30 Exercício Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Modelo matemático Geometria Substituindo-se os Valores numéricos, tem-se: 31 A mecânica dos fluidos A mecânica dos fluidos lida com o comportamento dos fluidos em repouso ou em movimento. O escoamento dos fluídos é complexo e nem sempre sujeito à análise matemática exata. Hipótese do contínuo 33 Todos nós estamos familiarizados com os fluidos, como sendo meioscontínuos. Hipótese do contínuo Inicialmente, trataremos qualquer fluido como substância que pode ser dividida ao infinito, um contínuo, sempre mantendo suas propriedades, sem nos preocuparmos com o comportamento individual de suas moléculas. 34 Hipótese do contínuo Ou seja, no estudo dos fluidos desprezam-se o espaçamento e atividade moleculares, considerando-o como um meio contínuo que pode ser dividido infinitas vezes em partículas fluidas entre as quais se supõe não haver vazios. 35 36 Hipótese do contínuo 37 Hipótese do contínuo 22,4 x 106 mm3 6,02 x 1023 moléculas 10-9 mm3 n° moléculas 38 Hipótese do contínuo A hipótese do contínuo é válida no tratamento do comportamento dos fluidos sob condições normais. Ela falha, no entanto, quando a trajetória média livre das moléculas*, o livre caminho médio, torna-se da mesma ordem de grandeza da menor dimensão característica significativa do problema. Isto ocorre em casos específicos como no escoamento de um gás rarefeito. Métodos descritivos Método de Lagrange: Descreve o movimento de cada partícula, acompanhando-a em sua trajetória; (Abordagem Molecular, pouco prática) Método de Euler: Consiste em adotar um intervalo de tempo, escolher uma seção ou um volume de controle no espaço e considerar todas as partículas que passem por este local. 39 Métodos descritivos Método de Lagrange O método de Lagrange descreve o movimento de cada partícula, acompanhando-a em sua trajetória total. O observador desloca-se simultaneamente com a partícula. As partículas individuais são observadas como uma função do tempo. 40 Métodos descritivos Método de Lagrange Sendo assim, tomando-se um sistema com as três componentes em x, y e z, a posição, a velocidade e a aceleração de cada partícula são apresentadas como: r (x0,y0, z0,t) V (x0,y0, z0,t) a (x0,y0, z0,t) 41 Métodos descritivos Método de Lagrange O método é simples quanto à descrição do movimento, mas apresenta grandes dificuldades nas aplicações práticas. Neste curso de graduação, será adotada uma abordagem macroscópica, onde o que interessa não é o movimento de uma partícula em si, mas de um conjunto de partículas (bilhões de moléculas) que constituem o escoamento; 42 Métodos descritivos Método de Euler: O método de Euler consiste em adotar um intervalo de tempo, escolher uma seção ou um volume de controle no espaço e considerar todas as partículas que passem por esse local. Neste método, o observador é fixo. r (x,y, z,t) v (x,y, z,t) a (x,y, z,t) 43 Método de Euler: São definidas variáveis de campo, como funções do espaço e do tempo, dentro do volume de controle. Tomemos como exemplo o campo de velocidade como uma variável de campo vetorial: v = v(x,y, z, t) O campo de velocidade pode ser expandido em coordenadas cartesianas 44 Métodos descritivos Método de Euler: O campo de velocidade pode ser expandido em coordenadas cartesianas (x, y, z), : Uma expansão semelhante pode ser escrita para o campo de pressão e para o campo de aceleração 45 Métodos descritivos ),,( kji ktzyxjtzyxitzyxV zyx VVV ),,,(),,,(),,,( ++= O estudo quantitativo do movimentos dos fluidos exige matemática avançada. Sendo assim, um exame visual das características do campo de escoamento é muito útil para solução de alguns problemas da mecânica dos fluidos. 46 Visualização do escoamento Uma linha de corrente é uma curva que é tangente em todos os pontos ao vetor velocidade local instantâneo. São úteis como indicadores da direção instantânea do movimento dos fluidos ao longo do campo de escoamento. 47 Linhas de corrente É uma linha real percorrida por uma partícula de fluido individual em determinado período de tempo. É um conceito lagrangiano, pois decorre de seguir o caminho de uma partícula de fluido individual à medida que ela se movimenta ao longo do campo do escoamento. 48 Linhas de trajetória É o conjunto das posições das partículas de fluido que passaram sequencialmente através de um ponto prescrito do escoamento. 49 Linhas de emissão 50 Linhas de emissão Linha de corrente Linha de trajetória Linha de emissão É o conjunto de partículas de fluido adjacente que foram marcadas no mesmo instante do tempo. São úteis para examinar a uniformidade ou não de um escoamento. 51 Linhas de tempo Um gráfico de perfil indica como o valor de uma propriedade escalar varia ao longo de alguma direção escolhida no campo de escoamento. O módulo da velocidade como função da distância em alguma direção desejada. 52 Gráficos de perfil 53 Considerando um elemento infinitesimal de massa num campo de escoamento, diversas coisas podem acontecer. Ele pode sofrer translação, rotação em torno dele, rotação em torno dos eixos e deformação Movimento de um elemento fluido Deformações 54 Taxa de translação - vetor velocidade O campo de velocidades descreve o movimento de um fluido A velocidade num ponto é a velocidade instântanea de uma partícula de fluido no ponto e instante de interesse: As componentes do vetor velocidade vão depender do tipo de escoamento. 55 Classificação dos escoamentos Quanto à dimensão; Quanto à direção da trajetória; Quanto à variação no tempo; Quanto à variação da trajetória; Quanto ao movimento de rotação; Quanto à compressibilidade. 56 Classificação dos escoamentos Quanto à dimensão: unidimensional: quando o campo de velocidades varia apenas em uma dimensão; bidimensional: quando o campo de velocidades varia em duas dimensões; tridimensional: quando o campo de velocidades varia em três dimensões. 57 Classificação dos escoamentos Escoamento Unidimensional O escoamento é dito unidimensional quando uma única coordenada é suficiente para descrever as propriedades do fluido. Para que isso aconteça é necessário que as propriedades sejam constantes em cada seção 58 Classificação dos escoamentos Escoamento bidimensional Se as grandezas do escoamento variarem em 2 dimensões, isto é, se o escoamento puder definir-se, completamente, por linhas de corrente contidas em um plano, o escoamento será bidimensional. É o caso de um vertedor de uma barragem. 59 Classificação dos escoamentos Escoamento tridimensional Praticamente todos os escoamentos que ocorrem na natureza são tridimensionais. As grandezas que nele interferem, em cada seção transversal de um filamento ou tubo de corrente, variam em três dimensões. 60 Classificação dos escoamentos Quanto à direção da trajetória: laminar: as linhas de corrente formam como “lâminas” paralelas que escoam em baixa velocidade; turbulento: as linhas de corrente formam pequenos turbilhões (vórtices) ao longo do escoamento, geralmente em altas velocidades; 61 Classificação dos escoamentos Quanto à variação no tempo: permanente: as propriedades do fluido e sua velocidade não variam no tempo, num dado ponto do escoamento, podendo variar de ponto a ponto; transiente: as propriedades do fluido e sua velocidade variam no tempo, num dado ponto do escoamento, podendo variar também de ponto a ponto; 62 Classificação dos escoamentos Quanto à variação da trajetória: uniforme: numa dada trajetória em todos ospontos a velocidade é constante no intervalo de tempo considerado, podendo variar de uma trajetória para outra; variado: os diversos pontos da trajetória não apresentam velocidade constante no intervalo de tempo considerado; 63 Classificação dos escoamentos Quanto ao movimento de rotação: rotacional (ou com atrito): cada partícula fluida é submetida a uma velocidade angular com relação ao seu centro de massa, devido aos efeitos de viscosidade (tensão de cisalhamento); irrotacional (ou sem atrito): as partículas não de deformam, fazendo-se uma concepção matemática do escoamento, desprezando-se a influência da viscosidade; 64 Classificação dos escoamentos Quanto à compressibilidade Incompressível: Um escoamento incompressível existe se a massa específica de cada partícula de fluido permanece relativamente constante enquanto a partícula se move através do campo de escoamento. Ex.: escoamentos de líquidos, escoamentos de gás com baixa velocidade, tais como o escoamento atmosférico, a aerodinâmica de aterrissagem e decolagem de aviões comerciais, os escoamentos de ar em sistemas de ar condicionado e de aquecimento, os escoamentos em torno de automóveis e através de radiadores e ventiladores, e o escoamento de ar em volta de edifícios.65 Classificação dos escoamentos Quanto à compressibilidade Compressível: incluem: a aerodinâmica de aeronaves de alta velocidade, o escoamento de ar através de turbinas de jatos, o escoamento de vapor através de turbina em usinas termoelétricas, o escoamento de ar em um compressor, e o escoamento de mistura de ar- gasolina no motor de combustão interna. 66 Classificação dos escoamentos 67 Tipos de Escoamento Para os campos de velocidade listados abaixo, determine a sua classificação no que diz respeito à dimensão e variação no tempo: a) b) c) d) e) [ ] iV tbeAx .−= 2 kcjiV BxAx +−= 2 kzcjiV zxBxA ..... +−= 2 jiyV tzyBxA .... . −= ( ) jitV yBAx 2.. −+= Exercício resolvido Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Enunciado Um campo de velocidade é dado por: Considere que x e y são dados em metros , as unidades de velocidade são dadas em m/s e A= 0,3 s-1 a) Obtenha uma equação para as linhas de corrente; b) Trace a linha de corrente que passa pelo ponto (2,8); c) Determine a velocidade de uma partícula no ponto (2,8); d) Determine a localização de uma partícula no instante t = 6s; e) Qual a velocidade dessa partícula em t = 6s? jiV AyAx −= 68 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Resolução Passos 1 e 2: Declaração das informações dadas e solicitadas Campo de velocidade: A = 0,3 s-1 a) Obtenção da equação para as linhas de corrente (linhas tangentes à direção do escoamento em cada ponto) jiV AyAx −= x y Ax Ay Vx Vy corrente linhadedx dy − = − == Exercício resolvido 69 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. a) Obtenção de uma equação para as linhas de corrente (linhas tangentes à direção do escoamento em cada ponto) Separando-se as variáveis e integrando-se, temos: x y corrente linhadedx dy − = ∫∫ −= xdxydy Cxy +−= lnln Exercício resolvido 70 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Obtenção de uma equação para as linhas de corrente (linhas tangentes à direção do escoamento em cada ponto) cxy +−= lnln Cxy = Exercício resolvido 71 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Resolução b)Trace a linha de corrente que passa pelo ponto (2,8); Para a linha de corrente que passa pelo ponto (2,8), temos: xy= C x0y0 = 2mx8m =16 m2 Exercício resolvido 72 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Resolução a) Determinar a velocidade de uma partícula no ponto (2,8); No ponto (2,8) a velocidade da partícula é dada por: Campo de velocidade: e A = 0,3 s-1 SUbstituindo-se o valor de A, e as coordenadas do ponto na equação do campo de velocidade, tem-se: A x0 A y0 jyixV AA −= jiV )(,, )( 83030 2 −= jiV 4260 ,, −= Exercício resolvido 73 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Resolução d) Determinar a localização de uma partícula no instante t = 6s; O campo de velocidade é dado por: Como: e Separando-se as variáveis , integrando-se e resolvendo em x, primeiramente, tem-se: jiV AyAx −= Ax dt dxVx == ∫∫ = txx Adtxdx 00 Atxx =0ln Atx ex 0= Ay dt dyVy −== Exercício resolvido 74 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Resolução Da mesma forma, separando -se as variáveis , integrando-se e resolvendo a equação em y, tem-se: ∫∫ = tyy Adtydy 00 Atyy −=0ln Aty ey −= 0 Exercício resolvido 75 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Resolução Substituindo-se as coordenadas do ponto (2,8) dadas em metros , as unidades de velocidade dadas em m/s, t= 6s e A= 0,3 s-1, as equações de x e y obtidas anteriormente, tem-se: y0 A t x0 A t Sendo assim, para t= 6s a partícula estará na posição (12,1; 1,32)m Atx ex 0= Aty ey −= 0 mmey 3218 630 ,),( == − mmex 1122 630 ,),( == Exercício resolvido 76 Exemplo 2.1 FOX 6ª ed. Resolução e) Qual a velocidade da partícula em t = 6s? Substituindo-se na equação de velocidade os valores encontrados anteriormente para x e y (12,1:1,32)m e A= 0,3 s-1 tem-se: mjsisV ),(,),(, 3213011230 −= smjiV /),,( 396063 −= jiV AyAx −= Exercício resolvido 77 Campo de tensões 78 Forças: de corpo de contato • Campo de tensões: descrição de como as forças de contato agindo sobre os limites do meio são transmitidas através dele. Campo de tensões 79 Campo de tensões 80 Aplicação: Reologia Sólidos:Sólidos: geralmente estuda-se a deformação elástica do material. Ex: vigas, etc... Líquidos:Líquidos: interessa conhecer os fenômenos físicos associados com o escoamento (deformação plástica) dos fluidos. Ex: água Gases:Gases: CO2, CH4, nitrogênio, gases de refrigeração. 81 Princípio de aderência observado na experiência das duas placas: As partículas fluidas em contato com uma superfície sólida têm a velocidade da superfície que estão em contato. F v v = constante V=0 82 Gradiente de velocidade y v v = constante V=0 representa o estudo da variação da velocidade no meio fluido em relação a direção mais rápida desta variação.dy dv 83 Gradiente de velocidade Os conceitos de tensão de cisalhamento (força aplicada) e taxa de deformação (gradiente de velocidade) são usados para descrever a deformação e o escoamento do fluido. O gradiente de velocidade entre as camadas laminares gera um fluxo de força mecânica (tensão de cisalhamento). 84 No caso de líquidos, a maior parte das medidas de viscosidade são feitas com base na aplicação de tensões de cisalhamento. A figura, a seguir, mostra o que ocorre quando uma tensão de cisalhamento simples (τ ) é aplicada a um líquido: Viscosidade 85 86 h v = 0 Força de cisalhamento v velocidade constante da placa sólida deslizante h distância curta Fluxo de tensão no líquido (τ yx ) Área de ação da tensão Lâminas de velocidade diferente (Vx). y x τ yx = f (dVx /dy) Perfil inicial de velocidades no líquido: v = 0 Deformação: o perfil de velocidades muda até atingir um equilíbrio Placa sólida móvel Placa sólida fixa Fluido Gradiente de velocidade86 Viscosidade As tensões de cisalhamento agirão em todas as camadas fluidas e evidentemente naquela junto à placa superior dando origem a uma força oposta ao movimento da placa superior. Tensão normal Tensão de cisalhamento 87 Viscosidade Considera-se um fluido em repouso entre duas placas planas. Supondo que a placa superior em um dado instante passe a se movimentar sob a ação de uma força tangencial conforme figura anterior. A substância (fluido) é colocada entre as duas placas paralelas que são bem próximas e grandes o suficiente de modo que as perturbações nas bordas possam ser desprezadas. 88 Viscosidade As partículas fluidas junto as superfícies sólidas adquirem as velocidades dos pontos das superfícies com as quais estão em contato (principio da aderência). Assim, junto à placa superior as partículas do fluido têm velocidade diferente de zero e Junto à placa inferior as partículas têm velocidade nula (principio da aderência). 89 Viscosidade Entre as partículas de cima e as de baixo existirá atrito, que por ser uma força tangencial formará tensões de cisalhamento, com sentido contrário ao do movimento, como a força de atrito. Como existe uma diferença de velocidade entre as camadas do fluido, ocorrerá então uma deformação contínua do fluído sob a ação da tensão de cisalhamento. 90 Enunciado da lei de Newton da viscosidade: dy dv ατ “A tensão de cisalhamento é diretamente proporcional ao gradiente de velocidade.” 91 Constante de proporcionalidade da lei de Newton da viscosidade: A constante de proporcionalidade da lei de Newton da viscosidade é a viscosidade dinâmica, ou simplesmente viscosidade - µ dy dv ×= µτ 92 A variação da viscosidade é muito mais sensível à temperatura: Nos líquidos a viscosidade é diretamente proporcional à força de atração entre as moléculas, portanto a viscosidade diminui com o aumento da temperatura. Nos gases a viscosidade é diretamente proporcional a energia cinética das moléculas, portanto a viscosidade aumenta com o aumento da temperatura. 93 A variação da viscosidade é muito mais sensível à temperatura: Fluido Comportamento Fenômeno Líquidos Diminui a viscosidade com o aumento da temperatura Tem espaçamento entre moléculas pequeno e ocorre a redução da atração molecular com o aumento da temperatura. Gases Aumenta a viscosidade com o aumento da temperatura Tem espaçamento entre moléculas grande e ocorre o aumento do choque entre moléculas com o aumento da temperatura. 94 Classificação dos fluidos: Fluidos newtonianos – são aqueles que obedecem a lei de Newton da viscosidade; Fluidos não newtonianos – são aqueles que não obedecem a lei de Newton da viscosidade. 95 Classificação dos fluidos: 96 Classificação dos fluidos: Equação mais geral τ = τo + k . Ỳ n τ yx = µ (dVx /dy) 97 Classificação dos fluidos NEWTONIANOS •Água, •Cerveja, •Leite, •Óleo •Sucos clarificados ou despectinizados, suco de maçã, suco de laranja, •Vinho, (LIRA, 2001;SHARMA et al., 2000) 98 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Independentes do tempo Pseudoplásticos (n<1) Caldo de fermentação, mosto de cerveja, melaço de cana; polpa de jabuticaba (SATO & CUNHA, 2004), Polpa de umbu (EVANGELISTA et al., 2003), Suco de cupuaçu (QUEIROZ et al., 2004), Misturas ternárias de polpa de manga e sucos de laranja e cenoura (BRANCO & GASPARETTO, 2003) Polpa de umbu-cajá (TORRES et al., 2004) 99 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Independentes do tempo Dilatantes (n>1) •Suspensões de polímeros (amido e outros), •Soluções de açúcares, •Suco concentrado de maracujá •Wísque •(GONÇALVES, 1989) 100 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Independentes do tempo Plástico de Bingham •Maionese, •Purê de batatas, •Purê de banana, •Chocolate fundido, •catchup, •Mostarda, •Chantily, •Gordura hidrogenada 101 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Dependentes do tempo Tixotrópicos •Purê de damasco (DURAN & COSTELL, 1982) 102 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Dependentes do tempo Tixotrópicos •Purê de damasco (DURAN & COSTELL, 1982) 103 Classificação dos fluidos NÃO-NEWTONIANOS Dependentes do tempo Reopéticos •Soluções de amido altamente concentradas em tempos longos (SHARMA ET al., 2000) 104 Classificação dos fluidos VISCOELÁSTICOS Queijo petit suisse nacional (queijo magro feito com leite desnatado) (OMAR et al., 1995) 105 Exercícios referentes à Aula 2 Problema 2.412 FOX 6ª ed. Enunciado Um viscosímetro formado por um par de cilindros concêntricos tem cilindro interno com 75mm de diâmetro e 150mm de altura. Lubrificante é colocado na folga de 0,02mm entre os dois cilindros. Um torque de 0,021 N.m é requerido para o movimento de rotação a 100rpm. Determine a viscosidade do lubrificante utilizado. 106 Exercícios referentes à Aula 2 Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Pede-se μ Modelo matemático Geometria 107 Exercícios referentes à Aula 2 Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Pede-se μ Modelo matemático Geometria 1 2 3 4 5 2, 3 e 5 em 1 108 Exercícios referentes à Aula 2 Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Pede-se μ Modelo matemático Geometria 4 6 em 4 109 Exercícios referentes à Aula 2 Problema 2.41 FOX 6ª ed. Resolução Dados h = 150mm R = 37,5 mm T = 0,021N.m d = 0,02mm Ω = 100rpm Pede-se μ Modelo matemático Geometria Resolvendo para μ, tem-se: 110 Exercícios propostos 1. Considere um campo de velocidade, onde A= 1s-1 e B=1s-2. Para uma partícula que passa pelo ponto P(1;1), obtenha a equação das linhas de corrente. Plote as linhas de corrente para t=0s, t=1s e t=2s. 2 Uma esquiadora no gelo, pesando 100 lbf, desliza num esqui à velocidade V= 20 ft/s. O seu peso é suportado por uma fina película de água do gelo que se derrete sob a pressão da lâmina do esqui. Suponha que a lâmina tenha comprimento L=11,5in. E largura w=0,125in e que a espessura de h=5,75x10-5in. Estime a desaceleração da esquiadora que resulta do cisalhamento viscoso na película de água, desprezando os efeitos das extremidades. R. (a=- 0,491ft/s2) 111 jiV BytAx −= Exercícios propostos 3. Uma fita de gravação deve ser revestida em ambos os lados com lubrificante, sendo puxada através de uma estreita ranhura. A fita tem espessura de 0,015in e largura de 1,00in. Ela fica centrada na ranhura com uma folga de 0,012in de cada lado. O lubrificante de viscosidade μ= 0,021 slug/ft.s, preenche completamente o espaço entre a fita e a ranhura por um comprimento de 0,75in ao longo da fita. Se esta suportar uma força máxima de tração de 7,5lbf, determine a velocidade máxima com a qual ela pode ser puxada através da ranhura. R. (v=34,3 ft/s) 112 Exercícios propostos 4. Um viscosímetro de cilindros concêntricos pode ser formado girando-se o membro interno de um par de cilindros encaixados com folga muito pequena, de acordo com a figura 1. Para pequenas folgas pode-se supor um perfil de velocidade linear na amostra líquida. Um viscosímetro tem um cilindro interno de 4in de diâmetro e 8in de altura,com largura da folga para o cilindro externo de 0,001in, cheia com lubrificante de viscosidade 3,8x10-1N.s/m2. Determine o torque necessário para girar o cilindro interno a 400rpm. R. (T=77,34 ft.lbf) 113 Referências BIRD, R.B.; STEWART, W.R.; LIGHTFOOT, E.N. Fenômenos de Transporte. LTC, 2004. ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e aplicações. McGrawHill do Brasil. 1ª ed. 2007. Fox, R.W. & Mc Donald, A.T. Introdução à Mecânica dos Fluidos . Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. - RJ, 4ª edição revista, 2006. Streeter, V.L.; Wylie, E.B.; Bedford, K.W. Fluid Mechanics".McGraw-Hill, nith edition, 1998. 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