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MECÂNICA DOS FLUIDOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Disciplina: ECT2413 - Mecânica Dos Fluidos Profa. Dra. Camila Pacelly Brandão de Araújo Profª. Dra. Camila Pacelly Brandão de Araújo • Contato: • E-mail: camila.araujo@ect.ufrn.br • Telefone: 996037338 • Graduação (2013) - UFRN • Mestrado (2015) - UFRN • Doutorado (2018) em Engenharia Química - UFRN. • Professora Adjunta desde 2019 • Lattes: http://lattes.cnpq.br/4474516366734941 • Pesquisas em: • Nanomateriais catalíticos • Fluidodinâmica do escoamento hipersônico Competências e Habilidades • Ao final do Curso, os estudantes devem demonstrar conhecimentos dos fundamentos de mecânica dos fluidos, sendo capazes de aplicar a teoria e as metodologias apresentadas na solução de problemas clássicos de Estática e Dinâmica dos fluidos. Ementa do curso • 1. Introdução e Conceitos Fundamentais • 1.1. Escopo da Mecânica dos Fluidos • 1.2. Definição de Fluido • 1.3. Equações Básicas • 1.4. Métodos de Análise • 1.5. Dimensões e Sistemas de Unidades • 1.6. O Fluido e a Hipótese do Contínuo • 1.7. Escoamentos Uni, Bi e Tridimensionais • 1.8. Trajetórias e Linhas de Corrente • 1.9. Tensão de Cisalhamento • 1.10. Campo de Tensões • 1.11. Viscosidade • 1.12. Tensão Superficial • 1.13. Descrição e Classificação dos movimentos dos fluidos • 1.14. Introdução à Reologia de Fluidos. Ementa do curso • 2. Estática dos Fluidos • 2.1. Lei Básica da Estática • 2.2. Teorema de Stevin • 2.3. Teorema de Pascal • 2.4. Escalas de Pressão • 2.5. Unidades de Pressão • 2.6. Medidores de Pressão • 2.7. Equação Manométrica • 2.8. Forças Hidrostáticas sobre Superfícies Submersas • 2.9. Empuxo e Estabilidade Ementa do curso 3. Equações Básicas na Forma Integral para um Volume de Controle 3.1. Leis Básicas para um Sistema 3.2. Teorema de Transporte de Reynolds 3.3. Conservação da Massa 3.4. Conservação da Quantidade de Movimento Linear para um Volume de Controle Inercial 3.5. A Primeira Lei da Termodinâmica 4. Introdução à Análise Diferencial dos Escoamentos 4.1. Conservação da Massa 4.2. Função de Corrente para Escoamento Incompressível e Bidimensional 4.3. Equação da Quantidade de Movimento 4.3.1. Escoamento Invíscido: Equação de Euler 4.3.2. Equações de Navier-Stokes Ementa do curso • 5. Escoamento Incompressível de Fluidos Não- Viscosos • 5.1. Equação da Quantidade de Movimento para Escoamento sem Atrito: Equações de Euler • 5.2. Equações de Euler em Coordenadas de Linha de Corrente • 5.3. Equação de Bernoulli • 5.4. Pressão Estática, de Estagnação e Dinâmica • 6. Análise Dimensional e Semelhança • 6.1. Teorema dos Pi de Buckingham • 6.2. Determinação dos Grupos Pi • 6.3. Grupo de Adimensionais de Importância na Mecânica dos Fluidos • 7. Escoamento Interno Viscoso Incompressível • 7.1. Escoamento Laminar Completamente Desenvolvido • 7.2. Escoamento em Tubos e Dutos Ementa do curso • 8. Escoamento Externo Viscoso Incompressível • 8.1. O Conceito de Camada Limite • 8.2. Camada Limite Laminar de Placa Plana: Solução Exata de Blasius • 8.3. Métodos Aproximados para se Calcular a Espessura da Camada Limite Laminar e Turbulenta • 8.4. Escoamento de Fluidos ao Redor de Corpos Submersos • 8.4.1. Arrasto • 8.4.2 Sustentação OBSERVAÇÃO! • ESSAS DATAS SÃO PREVISÕES!!!! • SERÃO REALIZADAS ENQUETES PARA VALIDAÇÃO SEMPRE QUE FOR NECESSÁRIA ALGUMA ALTERAÇÃO DE DATA. • RESPONDA PARA QUE SUA OPINIÃO VALHA! • ESTUDEM SEMPRE!!!! Bibliografia sugerida • FOX, R.W.; PRITCHARD, P.J.;MCDONALD, A.T. Introdução à mecânica dos fluidos. 7ª Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2011. • ÇENGEL, Y.A.;CIMBALA, J.M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações. São Paulo: McGraw-Hill, 2007. • MUNSON, B.R.; YOUNG, D.F.;OKIISHI, T. H. Fundamentos da mecânica dos fluidos. 4ª Edição. São Paulo: Edgard Blücher, 2004. • Complementares • WHITE, F. M. Mecânica dos fluidos. 6ª Edição. Rio de Janeiro: McGraw-Hill,2006. • POTTER, M. C.; WIGGERT D. C.; RAMADAN, B. H. Mecânica Dos Fluídos. 4ª Edição. São Paulo: Cengage, 2014. • BIRD, R. Byron; STEWART, Warren E; LIGHTFOOT, Edwin N. Fenômenos de transporte. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. Fontes alternativas interessantes • Mecânica dos fluidos USP - https://www.youtube.com/playlist?list=PL1D g4Oxxk_RKZkwAUXmDXOio8WSW-Uizb • Mecânica dos fluidos UNIVESP – https://www.youtube.com/watch?v=N3QCg ajbuws&list=PL1Dg4Oxxk_RJmkbxHAy2nRZ WjX5WJiD37 • Fluid Mechanics – MIT • https://www.youtube.com/playlist?list =PLhz4RYNNXjAXi_zvfJChvOoFLr- 3g_G4a • Engenharia e Cia • https://www.youtube.com/playlist?list =PLo6rjdP2nbch6K99XPWeVif9rjsVL3E fY Fontes alternativas interessantes • Apostila do Prof. Raimundo Nonato Calazans Duarte (UFPB) • Apostila do Prof. Jorge Villar A. Alé (PUCRS) • Apostila da Profª Mara Nilza Estanislau Reis (PUCMinas) Introdução Escopo da Mecânica dos Fluidos Definição de Fluido Equações Básicas Métodos de Análise Escopo da Mecânica dos Fluidos • Estudo de fluidos em repouso ou em movimento e da interação entre fluidos e sólidos ou outros fluidos na fronteira; • Aplicações típicas da Mecânica dos Fluidos na Engenharia: • Redes de distribuição de fluidos; • Ventilação em edifícios urbanos e industriais; Escopo da Mecânica dos Fluidos • Meios de transporte (resistência ao avanço, sustentação de aeronaves, propulsão de aeronaves e de navios); • Máquinas de conversão de energia (turbinas, compressores, bombas hidráulicas); Escopo da Mecânica dos Fluidos • Aplicação em esportes; Escopo da Mecânica dos Fluidos •Biomecânica (sistemas respiratório, circulatório e urinário); •Estudos ambientais diversos: de qualidade de água e de qualidade de ar (poluição atmosférica), de integridade de barragens. Escopo da Mecânica dos Fluidos • A Mecânica dos Fluidos é a base para o estudo de qualquer fenômeno envolvendo um fluido, assim como o projeto e desenvolvimento de sistemas em que um fluido é o meio operante. Definição de fluido Fluido é uma substância que se deforma continuamente mediante a aplicação de uma tensão de cisalhamento (tangencial); Sólido Fluido Os materiais se apresentam Líquido Gás ou vapor Comportamento de um sólido Sólidos tendem a se deformar ou dobrar mediante uma tensão de cisalhamento Essa deformação não aumenta continuamente. Comportamento de um sólido sob a ação de uma tensão de cisalhamento constante Comportamento de fluido Um fluido se deforma continuamente, não importando quão pequena seja a tensão cisalhante aplicada. Definição Substância incapaz de suportar tensão de cisalhamento quando em repouso. Um fluido em contato direto com uma fronteira sólida tem a mesma velocidade dessa fronteira (Condição de não escorregamento) Comportamento de um fluido sob a ação de uma tensão de cisalhamento constante Comportamento de um fluido • Substâncias que não têm forma própria e que, se em repouso, não resistem a tensões de cisalhamento. • Líquidos • Admitem superfície livre • De difícil compressão ~ incompressíveis • Gases • Não admitem superfície livre • Fácil compressão compressíveis Equações básicas • As leis básicas que governam os problemas de Mecânica dos Fluidos são: • A conservação da massa; • A segunda lei do movimento de Newton; • A primeira lei da termodinâmica; • O princípio da quantidade de movimento angular; • A segunda lei da termodinâmica. Algumas definições: • Sistema: • É uma quantidade de massa fixa e identificável, separada do ambiente por suas fronteiras, que se escolhe como objeto de estudo. • Não existem fluxos de massa através das fronteiras que delimitam o sistema. • Fronteiras podem ser físicas OU imaginárias. • Tudo que é externo ao Sistema é vizinhança e, a depender do tipo de sistema, existe um tipo de interação entre eles. Sistemas • Tipos de Sistema: • Aberto: Permite troca de energia e massa através desuas fronteiras Q m Sistema aberto hipotético Sistemas • Tipos de Sistema: • Fechado: Permite troca de calor e trabalho (energia) através de suas fronteiras Q Sistemas • Tipos de Sistema: • Isolado: Não permite nenhum tipo de troca de calor ou massa Volume de controle • Volume arbitrário no espaço • Região do espaço que se deseja observar • Podem existir fluxos mássicos através de suas fronteiras. • A sua superfície pode ser imaginária ou física, e é delimitada pela superfície de controle Volume de controle Superfície de controle Delimita as fronteiras do volume de controle Superfície de controle s.c. Método de análise Mecânica básica diagrama de corpo livre; Mecânica dos fluidos sistema ou volume de controle; Métodos de análise Métodos de descrição do escoamento • Quando é fácil acompanhar o movimento da partícula em que temos interesse utiliza-se o método de descrição Lagrangiano. • Para mecânica dos fluidos se consideraria (usando esse referencial) que o fluido seja composto por um número de partículas que se deseja acompanhar. • Referencial Lagrangiano: Métodos de descrição do escoamento • Quando não se consegue acompanhar partículas individuais a formulação em termos de volume de controle é a alternativa mais conveniente. • Com a análise de volume de controle, convém usar o campo de escoamento, ou o método de descrição Euleriano que enfoca as propriedades de um escoamento num determinado ponto do espaço como uma função do tempo • Referencial Euleriano: Métodos de descrição do escoamento Massa fixa e identificável Volume arbitrário por onde escoa o fluido Formulação por VOLUME DE CONTROLE Método de descrição EULERIANO Propriedades do escoamento como f(x,y,z,t) Segue a partícula fluida ao longo do escoamento Método de descrição LAGRANGEANO Formulação por SISTEMAS Conceitos Fundamentais Algumas propriedades dos fluidos Forças atuantes sobre um fluido Classificação e visualização do escoamento Fluido como contínuo • A estrutura molecular dos fluidos não está distribuída de forma contínua no espaço mas concentrada em moléculas que estão separados por regiões relativamente grandes de espaço • Porém, eles são tratados como sendo suaves, ou seja, um meio contínuo. • Por essa consideração as propriedades são tomadas como tendo um valor definido em cada ponto do espaço. Assim, propriedades como temperatura, massa específica, velocidade, etc. são consideradas funções da posição e do tempo. Fluido como contínuo Campo de massa específica • Campo escalar Não precisa de direção para ser completamente descrito, apenas o valor da massa específica do fluido em cada ponto. • Sistema Internacional de Unidades (SI) • Massa: (kg); volume (m³), Massa específica: [kg/m³]. • Sistema Inglês • Massa: (lbm); volume (ft³), Massa específica: [lbm/ft³] . 𝐴𝑅 𝐹𝑅𝐼𝑂 Propriedades relacionadas Densidade relativa (SG ou d) relação entre a massa específica do fluido e a massa específica máxima da água (1000g/cm³ a 4°C) ADIMENSIONAL Peso específico É a relação entre o peso de um fluido e volume ocupado [N/m³] água d Propriedades relacionadas • Volume específico (v) relação entre o volume ocupada por um fluido e a sua massa (inverso da massa específica) • [m³/kg] Exercício 1 Sabendo-se que 1500 kg de massa de uma determinada substância ocupa um volume de 2 m³, determine a sua massa específica (ρ), o peso específico (γ) e sua densidade relativa (d). Dados: ρH20 = 1000 kg/m 3 e g = 9,81 m/s² Exercício 2 UM RESERVATÓRIO CILÍNDRICO POSSUI DIÂMETRO DE BASE IGUAL A 2M E ALTURA DE 4M, SABENDO-SE QUE O MESMO ENCONTRA-SE TOTALMENTE PREENCHIDO DE GASOLINA, DETERMINE A MASSA DE GASOLINA PRESENTE NO RESERVATÓRIO DADOS: GASOLINA= 720KG/M³ RESPOSTA: 9047,8 KG Outros Exercícios 3. A massa específica de uma determinada substância é igual a 740kg/m³, determine o volume (em L) ocupado por uma massa de 1102,3 lbm dessa substância. Dado: 1 lbm=0,4536 kg e 1m³=1000L Resposta: 675,67 4. Sabe-se que 400kg de um líquido ocupa um reservatório com volume de 52,95 ft³, determine sua massa específica, seu peso específico e a sua densidade relativa nas unidades apropriadas do SI. Dados: 1 ft=0,3048m . Resposta: 266,6; 2615,35 e 0,261 5. Transforme os resultados do exercícios anterior para o sistema inglês. Dado: 1 N = 0,2248 lbf Resposta: 16,6 e 16,64 Campo de velocidade Campo vetorial Precisa de módulo e direção para descrever completamente o campo. Se refere à velocidade da partícula que passa através do ponto de coordenadas x, y e z no instante de tempo t. O ponto x, y, z não é a posição em curso de um partícula individual mas um ponto que escolhemos olhar. Escoamentos uni, bi e tridimensionais Diz respeito à quantidade de coordenadas espaciais requeridas para completamente descrever o campo de velocidade UNIDIMENSIONAL BIDIMENSIONAL TRIDIMENSIONAL Escoamentos uni, bi e tridimensionais Diz respeito à quantidade de coordenadas espaciais requeridas para completamente descrever o campo de velocidade Escoamentos uni, bi e tridimensionais • Diz respeito à quantidade de coordenadas espaciais requeridas para completamente descrever o campo de velocidade Escoamento PERMANENTE • Diz respeito à dependência do comportamento do campo de velocidade e demais campos de propriedades do fluido com a variável temporal Se as propriedades do fluido num ponto do campo não variarem com o tempo, o escoamento é denominado Permanente. /t = 0 onde representa uma propriedade qualquer do fluido. Para o escoamento Permanente as propriedades podem variar de ponto a ponto no campo, mas deve permanecer constante, com o tempo, em cada ponto. Comportamento é o mesmo para t=1s, t=20s ou t=100h z)y,(x, ),,( zyxVV Escoamento TRANSIENTE • Diz respeito à dependência do comportamento do campo de velocidade e demais campos de propriedades do fluido com a variável temporal Se as propriedades do fluido num ponto do campo variam a cada instante de tempo, o escoamento é denominado TRANSIENTE /t ≠ 0 onde representa uma propriedade qualquer do fluido. Para o escoamento transiente as propriedades podem variar de ponto a ponto no campo e a cada instante de tempo, em cada ponto. Comportamento diferente a cada instante Exercício Um escoamento em regime permanente de um fluido incompressível é bidimensional e o campo de velocidade é dado por 𝑉 = 𝑢, 𝑣 = 0,5 + 0,8𝑥 �̂� + (1,5 − 0,8𝑦)𝚥.̂. Onde x e y são as coordenadas espaciais e a magnitude da velocidade é medida em m/s. Um ponto de estagnação é definido como aquele em que a velocidade é zero. Determine se existem pontos de estagnação nesse campo de escoamento e quais, caso existam. Exercício Exercício Visualização do escoamento • Modelos de escoamentos podem ser visualizados usando • Linhas de tempo • Linhas de trajetórias, • Linhas de emissão ou • Linhas de corrente Linhas de tempo Tempo Marcam-se várias partículas fluidas adjacentes em um dado instante t formando a linha de tempo. São o lugar geométrico, em um dado instante de um conjunto de partículas que formavam uma linha num instante passado. Linhas de trajetória É o caminho traçado por UMA ÚNICA partícula fluida ao longo do seu escoamento. Linhas de trajetória Linhas de emissão Foca-se a atenção em um local fixo no espaço e identificam- se TODAS as partículas fluidas que passaram naquele ponto. Linhas de emissão Linhas de corrente São tangentes ao vetor velocidade em cada ponto num dado instante. Não existe fluxo de matéria através das linhas de corrente. Linhas de corrente Linhas de corrente Exercício O campo de velocidade é especificado como: 𝑉 = 𝑎𝑥𝑦𝚤̂ − 𝑎𝑦²𝚥̂ Onde a= 0,3s-1. O campo de escoamento é uni, bi ou tridimensional? Porquê? Obtenha uma equação para as linhas de corrente no plano xy. Trace a linha decorrente que passa no ponto (2,8). Determine o campo de velocidade no ponto (2,8). Composição de forças atuantes em um fluido • Tipos de forças: • Forças de campo • Agem através das partículas • Dependem fundamentalmente do volume do corpo S N Composição de forças atuantes em um fluido • Tipos de forças: • Forças de superfície • Geradas pelo contato entre as partículas ou com superfícies sólidas. • Forças de superfície geram TENSÕES Composição de forças atuantes em um fluido Tensões decorrentes da ação de forças sobre um fluido Composição de forças atuantes em um fluido Tensões decorrentes da ação de forças sobre um fluido Composição de forças atuantes em um fluido Tensões decorrentes da ação de forças sobre um fluido Tensões atuantes sobre uma partícula fluida Tensões decorrentes da ação de forças sobre um fluido 𝑥 𝑥 𝑥 𝒙𝒙 𝒙𝒛 𝒙𝒚 𝒅𝑨 𝒙 𝒛 𝒚 𝒅𝑨 Campo de Tensões Tensões decorrentes da ação de forças sobre um fluido 𝒙𝒙 𝒙𝒛 𝒙𝒚 𝒅𝑨 𝒚𝒙 𝒚𝒛 𝒚𝒚 𝒅 𝑨 𝒛𝒙 𝒛𝒛 𝒛𝒚 Indica a direção da força que gera a tensão Indica o plano em que a tensão atua 14/06/2020 73 OBS: Plano superior = plano y+ Plano posterior = plano z- OBS: TENSÃO É POSITIVA QUANDO SEU SENTIDO E O DO PLANO NO QUAL ATUA SÃO AMBOS POSITIVOS OU NEGATIVOS Tensão em sólidos Sólidos ideais se deformam elasticamente – Lei de Hooke Dentro do limite elástico, a remoção da tensão causa o retorno à forma original. • Quando submetido a uma tensão sofre deformação reversível; • A deformação resultante é proporcional à tensão aplicada. Viscosidade • Propriedade que reflete a tendência de um fluido a RESISTIR o movimento. • É a propriedade associada à resistência que um fluido oferece à deformação por cisalhamento. • Corresponde ao atrito interno nos fluidos devido às interações intermoleculares, sendo geralmente uma função da temperatura ÁGUA AZEITE MAPLE SYRUP MEL Lei da viscosidade de Newton Lei da viscosidade de Newton Taxa de deformação Definida como o deslocamento relativo das camadas de fluido, com relação à distância entre elas, em um fluxo laminar. Resumindo... • A força F atua em uma área A, resultando em uma τ; • A taxa de deformação do fluido, γ, é determinada através da velocidade entre as camadas separadas por uma distância entre elas. Lei da viscosidade de Newton • A relação entre a taxa de deformação (du/dy) e a tensão aplicada é direta e igual à viscosidade do fluido. Viscosidade dinâmica (absoluta) Viscosidade cinemática Exercício Uma placa infinita move-se sobre uma segunda placa, havendo entre elas uma camada de líquido. Para uma pequena altura da camada, d, podemos supor uma distribuição linear de velocidade do líquido. A viscosidade do líquido é 0,65 centipoise e sua densidade relativa é 0,88. Determine: viscosidade absoluta do líquido em N.s/m² viscosidade cinemática do líquido em m2/s tensão de cisalhamento na placa superior em lbf/ft2 tensão de cisalhamento na placa inferior em Pa sentido das tensões cisalhantes calculadas. Classificação reológica dos fluidos Nem sempre a relação entre a taxa de deformação (du/dy) e a tensão aplicada é diretamente proporcional. De forma mais generalizada: Se n=1 e k=µ Fluido Newtoniano Índice de consistência Índice de comportamento Classificação reológica dos fluidos Pode-se, contudo tentar representar o comportamento desses fluidos de maneira similar a um fluido newtoniano, tomando uma viscosidade aparente (η) que varia com a taxa de deformação do fluido. Classificação reológica dos fluidos Classificação dos fluidos não newtonianos • Dilatantes • Apresentam um aumento de viscosidade aparente (η) com a taxa de cisalhamento. • Tornam-se mais “grossos” quando sujeitos a tensão de cisalhamento. • Exemplos: areia da praia molhada, soluções de amido, farinha de milho, açúcar, etc. Classificação dos fluidos não newtonianos • Pseudoplástico • η diminui com o aumento da taxa de deformação segundo uma relação não linear. • Tornam-se mais “finos” quando sujeitos a tensão de cisalhamento. • Ex: soluções de polímeros, suspensões coloidais, polpa de papel em água Sangue Classificação dos fluidos não newtonianos • Plásticos de Bingham • A partir de uma certa tensão, a estrutura do fluido colapsa e se inicia a deformação conforme um comportamento linear. • Ex: pasta de dente, fluidos de perfuração, ketchup.. Outros fluidos não newtonianos • Tixotrópicos • Apresentam um decréscimo reversível no tempo da força tangencial necessária para manter uma taxa de deformação constante, a uma temperatura constante. • Viscosidade aparente diminui com o tempo a uma mesma tensão. • Reopéticos • Apresentam comportamento inverso aos tixotrópicos. • Aumento da viscosidade aparente com o tempo sob uma mesma tensão. Efeito de P sobre a viscosidade • A viscosidade absoluta para líquidos praticamente independe da pressão e qualquer variação pequena de pressão é normalmente desprezada, exceto nos casos de pressões extremamente altas. • Para gases essa afirmação só é válida para a viscosidade dinâmica. • A viscosidade cinemática de gases depende da pressão, devido à sua dependência com a massa específica deste. • Efeito de T sobre a viscosidade • O aumento de temperatura para líquidos promove o distanciamento intermolecular e portanto a menor força de interação entre as moléculas, diminuindo a viscosidade. • Para gases o aumento da temperatura promove um aumento da movimentação molecular, com o aumento, portanto, da interação entre as moléculas (mais choques) aumentando a viscosidade. Exercícios • A distribuição de velocidade do escoamento de um fluido newtoniano num canal formado por duas placas paralelas e largas é dada pela equação: • Onde V é a velocidade média (Constante). O fluido apresenta viscosidade dinâmica igual a 1,92 N.s/m². Admita V=0,6m/s e h=5mm e determine: • A) a tensão de cisalhamento na parede inferior do canal • B) tensão de cisalhamento no plano central do canal Questões de concurso Questões de concurso Questões de concurso • (Q-28 PETROBRAS 2006) Um líquido possui viscosidade dinâmica (µ) igual a 0,65 cP e densidade relativa igual a 0,90. A viscosidade cinemática (ν) é: • (A) 7,2 x 10-4m²/s • (B) 7,2 x 10-5m²/s • (C) 7,2 x 10-6m²/s • (D) 7,2 x 10-7m²/s • (E) 7,2 x 10-8m²/s Questão de concurso Tensão superficial • Sempre que um líquido está em contato com outros líquidos ou gases, ou com uma superfície gás-sólido, uma interface se desenvolve agindo como uma MEMBRANA ELÁSTICA ESTICADA CRIANDO TENSÃO SUPERFICIAL Tensão superficial • O desequilíbrio de força intermoleculares entre as camadas acima e abaixo de uma molécula na superfície do líquido implica em uma atração desta para o interior da massa fluida. • Esta atração faz com que estas moléculas se aglutinem umas em relação às outras fazendo surgir uma espécie de membrana superficial caracterizada pela tensão superficial. Tensão superficial • Intensidade da atração molecular por unidade de comprimento ao longo de qualquer linha na superfície. • No SI sua grandeza é • Depende: • Tipo do fluido • Superfície sólida (ou do outro líquido ou gás) • Limpeza da superfície • Pureza do líquido Tensão superficial É dito que um fluido molha uma superfície se o ângulo de contato(INTERNO) entre eles (θ) <90°. Tensão superficial • Se o tubo no qual o líquido está contido possui pequeno diâmetro (<10mm) surge o efeito indesejado da tensão superficial capilaridade. • Nesse caso o fluido se adere às paredes do tubo formando um menisco ascendente ou descendente Tensão superficial Tensão superficial Descrição e classificação dos movimentos de fluidos Escoamentos Viscosos e Não Viscosos • Número de Reynolds: • Número adimensional que relaciona as forças inerciais e viscosas presentes em um fluido.• Se Re é alto os efeitos viscosos são desprezíveis. Caso contrário, são dominantes; • Não existe fluido com viscosidade nula. • Entretanto, existem regiões (tipicamente regiões afastadas de superfícies sólidas) onde as forças viscosas são muito pequenas quando comparadas às forças inerciais e de pressão; VL Re Escoamentos Viscosos e Não Viscosos • Num fluido não viscoso o perfil de velocidade é uniforme; • Inserção de uma placa plana paralela à correnteza de velocidade uniforme de um fluido. Escoamentos Laminar e Turbulento Reynolds conduziu experiências variando a velocidade do escoamento da água no tubo de vidro e observando o filete de corante. 2300Re 4000Re 4000Re2300 Escoamentos Laminar e Turbulento • Um escoamento laminar é aquele em que as partículas fluidas movem-se em camadas lisas, ou lâminas; • No turbulento, elas se misturam ao longo do escoamento devido a flutuações aleatórias no campo tridimensional de velocidades. Escoamentos Compressível e Incompressível • Incompressível: tem variações desprezíveis na massa específica; • Compressível: tem variações de massa específica consideráveis; • Os líquidos são usualmente considerados incompressíveis (a pressão de 210 atm sobre a água líquida causa mudança de 1% na densidade em relação a pressão de 1 atm). • As mudanças de pressão e de massa especifica são relacionadas pela propriedade física chamada de módulo de compressibilidade )/( d dp Ev Escoamentos Compressível e Incompressível • Os escoamentos de gases EM GERAL podem ser considerados incompressíveis, desde que as velocidades do escoamento sejam pequenas, comparadas com a velocidade do som. • Número de Mach: • Para M < 0,3 incompressível • Escoamento subsônico M<1; • Escoamento supersônico M>1; c V M Escoamentos Interno e Externo • Os escoamentos completamente envoltos por superfícies sólidas são chamados de escoamentos internos (dutos); • O escoamento interno de líquidos no qual o duto não fica completamente preenchido, existindo uma superfície livre submetida à pressão constante, é denominado escoamento em canal aberto (rios, canais de irrigação). Escoamentos Interno e Externo Aqueles em torno de corpos imersos num fluido não contido são denominados escoamentos externos. Exercício Óleo SAE 30 a 100°C escoa através de um tubo de aço inoxidável com 12mm de diâmetro. Qual será a densidade relativa e o peso específico do óleo? Se o óleo descarregado do tubo enche um cilindro graduado com 100ml em 9segundos, o escoamento é laminar ou turbulento?
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