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Aula 2 – Risco Ocupacional

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Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
Aula 2 – Risco Ocupacional 
Probabilidade de ocorrência de um evento não desejado relacionado aos procedimentos específicos à profissão 
desempenhada. 
Biossegurança  conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às 
atividades de pesquise, produção, ensino e desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços. 
 
 
Mecanismos de Infecção 
 Ferimentos perfurantes por agulhas 
 Ferimentos por objetos cortantes 
 Exposição de lesões prévias de pele ao sangue do paciente contaminado 
 Transmissão através de mucosas 
 Queimaduras por cautério 
 Transmissão pelo ar, podendo ser por aerossol ou por gotículas. 
As consequências do acidente dependem: 
 Tipo de acidente 
 Gravidade 
 Tamanho da lesão 
 Presença e volume de sangue envolvido no acidente 
 Condições clínicas do paciente-fonte 
 Seguimento adequado pós-exposição 
Recomendações para Prevenção Acidentes 
 Esquema completo vacinação 
 Adotar precauções-padrão: luvas, óculos, máscara facial, avental, gorro, máscara fluxo unidirecional. 
 Manipular com cuidado agulhas e instrumentos cortantes 
 Não utilizar dedos como anteparos na realização de procedimentos que utilizem materiais perfurocortantes 
 Manter atenção durante a realização procedimentos 
 Não reencapar agulhas e não entortá-las, quebrá-las ou retirá-las da seringa com as mãos. 
 Seguir recomendações para montagem e preenchimento de caixas de perfurocortantes 
Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 Desprezar todo o material perfurocortante, mesmo que estéril, em recipientes adequados. 
 Nunca despreze material perfurocortante em sacos de lixo 
Condutas após acidente ocupacional 
 Tratamento imediato com água e sabão (pode ser usado antisséptico, mas não há evidência de eficácia e é 
contraindicado o uso de agentes cáusticos). 
 Não pressionar o local, pois pode aumentar a lesão. 
 Em caso de exposição de mucosas: lavar com água ou com soro fisiológico 0,9% 
 Notificar chefia 
 Coletar/realizar sorologias para PDS e no paciente fonte 
 Na impossibilidade de reconhecer paciente-fonte considerar como fonte desconhecida 
Principais doenças 
o HIV 
Período de incubação  algumas semanas até 3 meses 
Ocorre transmissibilidade em todas as fases de infecção 
o VHB – vírus de hepatite B 
Transmissão sexual ou por seringas e materiais contaminados com sangue é mais virulento que o VHB e o HIV. 
Permanece vivo fora do organismo em sangue seco a temperatura ambiente até 1 semana. 
O período de incubação é de 30 a 180 dias e a transmissibilidade é de 2 a 3 semanas antes dos sintomas aparecerem. 
O risco de contágio varia do estado do paciente fonte e pelo estado vacinal do PDS. 
o VHC – vírus da hepatite C 
Transfusão de sangue e uso de seringas são as formas de contaminação. O período de incubação é de 2 semanas e a 
6 meses. O risco de contágio ocorre uma semana antes do aparecimento dos sintomas. 
o Doença meningocócica 
Doença sazonal mais frequente no inverno tem de 2 a 10 dias de incubação. A transmissão ocorre enquanto houver 
agente na orofaringe. Ocorre transmissão em contatos intensos e desprotegidos durante exame de orofaringe, 
intubação orotraqueal, aspiração de vias aéreas e em manobras de ventilação sem máscara. 
o Tuberculose 
Doença oportunista em portadores de HIV. Ocorre transmissão por tosse, espirro, fala e respiração. As partículas 
podem ficar suspensas no ar por vários dias. 
o Varicela/catapora 
Altamente contagiosa causada pelo vírus varicela-zóster e gera vesículas disseminadas pelo corpo, que evoluem com 
crostas até cicatrização (em 5 a 6 dias). O período de incubação é de 14 a 21 dias. A transmissibilidade ocorre entre 2 
dias antes do aparecimento das vesículas. 
 
Outros riscos na prática de saúde 
o Risco físico 
Calor, umidade, iluminação, vibrações, ruídos, choque elétrico, radiações ionizantes e não ionizantes. 
Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
o Risco químico 
Soluções desinfetantes, esterilizantes e quimioterápicos. 
o Risco mecânico 
Quedas e traumas 
o Risco ergonômico 
Decorrente de postura inadequada e repetitiva. 
Equipamentos de proteção individual 
Luvas 
o Protegem pelo mecanismo de barreira 
o Não dispensa lavagem das mãos 
o Não devem ser lavadas para reutilização 
o Devem ser calçadas no local do procedimento e retiradas imediatamente após o procedimento 
o Não devem ser reutilizadas e nem esterilizadas 
o Devem ser trocadas em procedimentos maiores que uma hora 
o Pode ser luvas de látex do tipo procedimento (risco de contato com fluidos corporais e objetos 
perfurocortantes), luvas de látex tipo limpeza (processamento instrumental e limpeza de superfícies), luvas 
de vinil (proteção de luvas de látex e exame de mucosas) e luvas de látex estéril (em procedimentos 
cirúrgicos). 
Máscara cirúrgica 
Evita ou diminui o risco de contrair doenças transmitidas por vias aéreas. 
o Deve prover conforto e boa adaptação 
o Não tocar lábios e narinas 
o Não irritar pele 
o Permitir respiração normal 
o Não pode embaçar o protetor ocular 
o Não pode permanecer no pescoço 
o Ser descartada após uso o quando úmida 
Protetor ocular 
Protege a mucosa ocular da exposição contínua ou acidental de agentes biológicos, químicos e mecânicos. 
o Deve fornecer vedação periférica e boa adaptação ao rosto 
o Lavado com água e sabão e/ou descontaminação com álcool 70% após cada uso e guardado em local 
protegido 
OBS: óculos comuns não oferece proteção adequada. 
 
Avental/Uniforme 
Diminuir riscos de contaminação da vestimenta profissional. Deve ter mangas longas e precisa ser retirado SEMPRE 
que sair do ambiente de trabalho e deve ser trocado sempre que contaminado. 
Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
Máscara de fluxo unidirecional 
Para uso em ventilações de emergência para não ocorrer contato entre mucosas 
Higienização das mãos 
Tem como objetivo reduzir a transmissão de patógenos pelas mãos, porém o uso de luvas não elimina a higienização 
das mãos e a higienização das.

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