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Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Ensaios Mecânicos de Materiais Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria Sala: e-mail: geraldolfaria@yahoo.com.br Laboratório de Tratamentos Térmicos e Microscopia Óptica Capítulo 2 – ENSAIO DE TRAÇÃO 1 2.1 – O Ensaio de Tração Definição: O ensaio de tração consiste na aplicação de carga de tração uniaxial em um corpo de prova padronizado até que ele se rompa. Objetivos: O ensaio de tração é comumente utilizado para fornecer informações básicas sobre a resistência mecânica dos materiais, visando suas aplicações em projetos de Engenharia. Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 2 Vantagens: O ensaio de tração é um dos mais utilizados em função de: • Grande facilidade de aplicação; • Relativamente barato; • Extensa flexibilidade do método (laminados, tarugos, fios, vergalhão entre outros); • Elevada amplitude de informações quanto à caracterização comportamental dos materiais; • Pode ser aplicado em praticamente todas as classes de materiais (metais, polímeros, cerâmicos, compósitos, madeira, fibras orgânicas entre outros). O Ensaio de Tração Tomemos um corpo de prova padrão submetido a uma força uniaxial: Podemos escrever que, - Comprimento inicial da região útil; - Área inicial da região útil; Podemos definir, - Comprimento da região útil durante o ensaio; Cabeça Ao aumentarmos continuamente o módulo da força , iremos monitorar , de forma que: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 3 Cabeça monitorar , de forma que: 0 200 400 600 800 1000 1200 0 2 4 6 8 10 12 F o r ç a ( k g f ) Alongamento (mm)- é definido como alongamento. Será que é suficiente? O Ensaio de Tração Máquinas e Acessórios Utilizados Para Realização dos Ensaios Máquina Eletro-mecânica: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 4 gauge length Esquema de um corpo de prova padronizado. Esquema de uma máquina universal de ensaios eletro- mecânica. Máquina Eletro-mecânica: O Ensaio de Tração Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 5 Figura esquemática que ilustra os mecanismos de funcionamento de uma máquina eletro-mecânica. Máquinas e Acessórios Utilizados Para Realização dos Ensaios Máquina Servo-hidráulica: O Ensaio de Tração Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 6 gauge length Esquema de um corpo de prova padronizado. Esquema de uma máquina universal de ensaios servo- hidráulica. O Ensaio de Tração Máquina Servo-hidráulica: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 7 Figura esquemática que ilustra os mecanismos de funcionamento de uma máquina servo-hidráulica. O Ensaio de Tração Em nosso Laboratório de Ensaios Mecânicos: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 8 Máquina universal servo- hidráulica INSTRON. Máquina universal eletro- mecânica KRATOS. O Ensaio de Tração Em nosso Laboratório de Ensaios Mecânicos: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 9 Máquina universal servo- hidráulica MTS. 2.2 – Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Vimos que como resultado do ensaio de tração temos a curva F versus ∆L, tal que: 0 200 400 600 800 1000 1200 0 2 4 6 8 10 12 F o r ç a ( k g f ) Alongamento (mm) Entretanto, Podemos correlacionar a carga às dimensões do corpo de prova por meio das seguintes mudanças de variáveis: F σσσσ Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 10 Alongamento (mm) ∆∆∆∆L εεεε De forma que: No S.I. : N/m2 = Pa Adimensional Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração De forma que obtemos: Curva Tensão x Deformação Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 11 Esboço da curva tensão x deformação obtida em ensaio de tração. Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação de Tensões Características: σσσσp – Limite de Proporcionalidade: Definido como a tensão máxima até a qual vale uma relação linear entre tensão e deformação. σσσσe – Limite de Escoamento: Definido como a tensão de início da deformação plástica. Na prática, assume- se que σe ≅ σp. σσσσeH – Limite de Escoamento Superior: Para casos onde se verifica a presença de patamares de escoamento, define-se o limite superior de escoamento como sendo a maior tensão atingida no regime elástico antes da queda repentina para o escoamento. Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 12 elástico antes da queda repentina para o escoamento. σσσσeL – Limite de Escoamento Inferior: Para casos onde se verifica a presença de patamares de escoamento, define-se o limite inferior de escoamento como sendo a menor tensão atingida durante o escoamento. σσσσu – Limite de Resistência à Tração: Definido como a máxima tensão que o material suporta sem apresentar nenhum dano volumétrico. Após esse nível de tensão o material iniciará o processo de formação e coalescimento de cavidades até a fratura. σσσσr– Tensão de Ruptura: Definida como a tensão na qual o corpo de prova experimenta a fratura. Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação das Tensões σσσσe ≅≅≅≅ σσσσp pelo método do desvio n=0,2%: T e n s ã o P Elástico Plástico σe T e n s ã o σe Ponto de escoamento Ponto de escoamento superior Com Patamar de Escoamento Sem Patamar de Escoamento Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 13 T e n s ã o ε 0,002 ε Ponto de escoamento inferior O valor de n=0,2% é mundialmente aceito para metais puros e suas ligas em geral, entretanto para metais com grande ductilidade (Cu e suas ligas) utiliza-se n=0,5%. Para ligas metálicas muito duras (aços ferramenta) utiliza-se n=0,1%. Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Neste contexto, para se determinar o limite de escoamento de metais e suas ligas pode-se proceder as seguinte forma: 1 – Obtém uma curva tensão x deformação por meio do ensaio de tração; 2 – Constrói-se uma linha paralela à região elástica da curva partindo de uma deformação Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 14 elástica da curva partindo de uma deformação εεεε=n que usualmente é 0,002 ou 0,2%; 3 – Define-se σσσσe como a tensão correspondente ao ponto de interseção da reta paralela com a curva tensão x deformação. Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Por exemplo: 15Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria Curvas tensão x deformação determinadas para algumas ligas metálicas comerciais Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação do Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young (E): Suponhamos duas curvas σσσσ x εεεε para dois aços distintos: Podemos observar que para tensões inferiores à σp: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 16 De forma que podemos modelar: Definimos, portanto: Onde: É o módulo de elasticidade do material. Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação de Deformações Características: A) Deformação Total: Podemos determinar a deformação total diretamente pela curva σσσσ x εεεε, ou calculando por meio da equação: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 17 εεεεt Onde relembramos que: - é definido como alongamento. Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração σe1 σe0 Descarga T e n s ã o B) Deformação Plástica ou Remanescente: Suponhamos que um corpo de prova metálico tenha sido submetido a uma carga de tração até uma tensão correspondente ao ponto D da figura, já no regime plástico: Então, descarreguemos o sistema!!!! 18Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria Reaplicando a carga Deformação Recuperação da Deformaçãoelástica T e n s ã o Verificamos uma Recuperação Elástica!!! Se transferirmos esta idéia para um instante infinitesimalmente antes da ruptura do corpo de prova ... Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Para se determinar a deformação plástica remanescente no corpo de prova após a fratura, deve-se subtrair da deformação total a componente correspondente à recuperação elástica. Teremos que: 19Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria εεεεp εεεεt Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação do Módulo de Resiliência (UR): Podemos definir o módulo de resiliência como sendo a capacidade que o material possui de absorver energia elástica sob tração e devolvê-la quando relaxado. Matematicamente, pode-se definir como a energia absorvida por unidade de volume. Vejamos, podemos escrever pela definição que: σe σ Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 20 ε0 Logo, escrevo que: Como: Logo, Finalmente: Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação do Módulo de Tenacidade (UT): Podemos definir o módulo de tenacidade como sendo a capacidade que o material possui de absorver energia por unidade de volume do início do ensaio até a fratura. Frágil Dúctil Fazendo uso do mesmo raciocínio utilizado no cálculo de UR , podemos escrever que: UT = Área sob a curva Tensão x Deformação Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 21 Deformação T e n s ã o UT = Área sob a curva Tensão x Deformação Para facilitar a determinação de UT, duas equações foram convencionadas internacionalmente: Materiais dúcteis Materiais frágeis Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação do Módulo de Tenacidade (UT) por convenção internacional: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 22 Material Frágil Material Dúctil Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação da Ductilidade: A ductilidade é um parâmetro físico comparativo entre os materiais ensaiados a partir de corpos de prova com mesmas dimensões. Ela pode ser determinada por dois métodos: Frágil Dúctil Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 23 Deformação T e n s ã o Ou Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Determinação do Coeficiente de Poisson (νννν): O coeficiente de Poisson mede a rigidez do material na direção perpendicular à direção de aplicação da carga uniaxial. Durante a Deformação Busca por Manter o Volume Constante Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 24 Busca por Manter o Volume Constante Define-se: Parâmetros Físicos Determinados Pelo Ensaio de Tração Material Coeficiente de Poisson (νννν) Alumínio 0,345 Aços carbono 0,293 Cobre 0,343 Coeficientes de Poisson para Diferentes Materiais à Temperatura Ambiente Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 25 Cobre 0,343 Níquel 0,312 Tungstênio 0,280 Vidro 0,270 Quartzo 0,170 2.3 – Deformação Elástica e Deformação Plástica Como os materiais em equilíbrio newtoniano se comportam quando submetidos a uma determinada força? Átomos Ligações r0 Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 26 Podemos escrever que: De onde, Logo, Estrutura atômica de um material metálico Deformação Elástica e Deformação Plástica Deformação Elástica 1. Inicial 2. Pequena carga 3. Descarregamento estiramento de ligações retorno à posição inicial 27Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria Elástico significa reversível! F δ posição inicial Deformação Elástica e Deformação Plástica Como definimos: Podemos escrever: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 28 Esboço das curvas de força interatômica em função da distância interatômica para dois materiais (átomos fortemente e fracamente ligados). Logo, Quanto mais forte as ligações interatômicas, maiores os valores de E. Deformação Elástica e Deformação Plástica Metal Temperatura de Fusão (oC) Módulo de Elasticidade (MPa) Chumbo 327 14000 Alumínio 660 70000 Relação entre temperatura de fusão e o módulo de Elasticidade de alguns metais. Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 29 Variação do módulo de elasticidade com a temperatura para alguns materiais policristalinos. Alumínio 660 70000 Ouro 1064 79000 Ferro 1538 210000 Tungstênio 3410 414000 Deformação Elástica e Deformação Plástica Deformação Plástica 1. Inicial 2. Pequena carga 3. Descarregamento planos permanecem cisalhados δ estiramento de ligações e cisalhamento de planos δplástico Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 30 F δelástico + plástico δplástico Plástico significa permanente! Deformação Elástica e Deformação Plástica O patamar de escoamento é uma instabilidade na transição elástico-plástico causada pela movimentação de planos de Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 31 movimentação de planos de deslizamento que podem ser revelados por técnicas metalográficas dando origem às bandas de Lüders. 2.4 – Instabilidade Plástica e Estricção Seguindo na Deformação Plástica σσσσu Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 32 Região de Deformação Uniforme Região de Deformação Não Uniforme σ σ σ σ εεεε Estricção atua como concentrador de tensões Fratura Instabilidade Plástica e Estricção Fratura dos Corpos de Prova Ensaiados por Tração Representação esquemática de (a) fratura frágil, (b) fratura muito dúctil, (c) fratura dúctil. Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 33 Estágios na formação da fratura “taça-cone”. 2.5 – Curva de Engenharia Versus Curva Real ORA!!! Mas se existe uma deformação tal que a área da seção transversal varia tanto na região uniforme quanto na região não uniforme, como podemos afirmar que: e São reais? Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 34 São reais? Resposta: Não!!! Esta tensão e esta deformação são denominadas convencionais e a curva σσσσc x εεεεc é denominada curva de engenharia. Metodologia Matemática Metodologia Experimental Sem as medidas instantâneas das dimensões do corpo de prova, modelos matemáticos permitem determinar os valores reais até a região de deformação uniforme. Com a utilização de aparatos experimentais mais modernos é possível monitorar com precisão a variação instantânea das dimensões do corpo de prova. Curva de Engenharia Versus Curva Real Metodologia Matemática Determinação da Deformação Real: Posso escrever que: Onde L é o tamanho instantâneo da região útil do corpo de prova. Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 35 Assim sendo, integrando a equação anterior: Resolvendo a integração: Mas e se tivermos apenas os dados de εεεεc? Como determinamos εεεεr a partir de εεεεc? Curva de Engenharia Versus Curva Real Facilmente, vejamos: Sabemos que: E vimos ainda que: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 36 Substituindo na equação anterior, teremos finalmente: ε ε ε ε r εεεε c De onde esboçamos a curva ao lado! Curva de Engenharia Versus Curva Real Determinação da Tensão Real: Sabemos que: Para a região de deformação uniforme, podemos escrever que: De onde, temos: Mas como vimos: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 37 Mas como vimos: Logo, Portanto, substituindo em σσσσr: Finalmente, De onde: Curva de Engenharia Versus Curva Real Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 38 Representação esquemática das curvas tensão x deformação real e de engenharia para um determinado aço. Curva de Engenharia Versus Curva Real Coeficientes de Resistência (K) e de Encruamento (n): Pesquisadores mostraram que a região de deformação uniforme da curva real também pode ser modelada por uma simples lei de potência, tal que: 39Prof. Dr. Geraldo Lúcio de FariaOnde: k – Coeficiente de Resistência n – Coeficiente de Encruamento Influência dos valores de k e n na região de deformação plástica uniforme da curva tensão x deformação real de um aço. 2.6 – Confecção de Corpos de Prova Normas e Padrões: Porque se recomenda a utilização de padrões para a confecção de corpos de prova e realização de ensaios? As normas ou padrões têm por objetivo fixar conceitos e procedimentos gerais que se aplicam aos diferentes métodos de ensaios. Suas principais vantagens são: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 40 vantagens são: • Tornar a qualidade do produto mais uniforme; • Reduzir os tipos similares de materiais; • Orientar o projetista na escolha do material adequado; • Permitir a comparação de resultados obtidos em diferentes laboratórios; • Reduzir desentendimentos entre produtor e consumidor. Confecção de Corpos de Prova Corpos de Prova Padronizados: Como vimos, as dimensões importantes para a confecção de um corpo de prova para ensaio de tração são: Comprimento total Distância entre cabeças Parte útil Diâmetro Comprimento da cabeça Comprimento da cabeça Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 41 Largura Largura Cabeça Raio de concordância Seção reduzida Ressaltado Rosqueado Com pino Figura que ilustra as dimensões de cada uma das partes de um corpo de prova para ensaio de tração. Confecção de Corpos de Prova Exemplo de norma ASTM: Chapas presas por pressão Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 42 Exemplo de norma ASTM: Chapas presas por pinos Confecção de Corpos de Prova Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 43 Confecção de Corpos de Prova Exemplo de norma ASTM: Corpos de prova cilindricos 44Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria Confecção de Corpos de Prova Questão: Será que podemos retirar corpos de prova de qualquer peça com qualquer orientação? Analisemos o caso abaixo como estudo de caso: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 45 Exemplos de possíveis orientações de corpos de prova em diferentes tipos de peças. Aço estrutural laminado a frio e posteriormente submetido a tratamento térmico de recozimento a 625oC por diferentes tempos. Questão: E as dimensões dos corpos de prova? Como poderiam afetar os resultados? Confecção de Corpos de Prova Efeito do Comprimento Inicial da Parte Útil Sobre a Ductilidade Sabemos que: Portanto, podemos escrever que: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 46 Efeito do comprimento da parte útil do corpo de prova sobre a deformação total experimentada pelo mesmo. De onde: Ou seja, 2.7 – Efeitos da Taxa de Deformação Um importante parâmetro do Ensaio de Tração que deve ser controlado é a taxa de deformação, pois: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 47 Efeito da taxa de deformação no limite de escoamento de aços e ligas de alumínio. Efeito da taxa de deformação na ductilidade do titânio. (a) 25oC. (b) –196oC. 2.8 – Efeitos da Temperatura Outro importante parâmetro do Ensaio de Tração que deve ser controlado é a temperatura de ensaio, pois: Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 48 Efeito da temperatura e da taxa de deformação na tensão limite de escoamento de um aço 2 ¼ Cr 1 Mo. Efeitos da Temperatura 49Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria Efeito da temperatura e da taxa de deformação na tensão limite de resistência de um aço 2 ¼ Cr 1 Mo. Efeitos da Temperatura 50 Efeito da temperatura na tensão limite de resistência de vários materiais. Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria Diagramas tensão- deformação para um aço inoxidável 304. 2.9 – Efeitos da Presença de Entalhes Em função do tipo de estudo que se deseja realizar, pode ser necessário ensaiar corpos de prova com entalhes. Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 51 Exemplo de padrão para confecção de entalhe em corpos de prova para ensaio de tração. Efeitos da Presença de Entalhes Suponhamos dois corpos de prova: 1 – Sem Entalhe Limite de Escoamento: σσσσe Limite de Resistência: σσσσu 2 – Com Entalhe Limite de Escoamento: σσσσen Limite de Resistência: σσσσun Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 52 Limite de Resistência: σσσσu Limite de Resistência: σσσσun Ao ensaiarmos os corpos de prova, podemos comparar seus limites de escoamento e seus limites de resistência, tal que definimos dois índices: Notch Yield Ratio Notch Strength Ratio Efeitos da Presença de Entalhes Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 53 Correlação entre NYR e KIc para ligas de alumínio. Efeitos da Presença de Entalhes 54Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria Curvas de tração para aços bifásicos. Comparativo entre corpos de prova com e sem entalhe. Aplicação: rodas automotivas. 2.10 – Efeitos da Máquina de Ensaio Questão: Teria a máquina de ensaio alguma influência sobre os resultados? NÃO SIM Caso o monitoramento do alongamento e consequentemente a deformação seja feito por meio Caso o monitoramento do alongamento e consequentemente a deformação seja feito pelo Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 55 a deformação seja feito por meio de extensômetros. a deformação seja feito pelo deslocamento do travessão da máquina. Podemos escrever que, caso a máquina se deforme elasticamente de forma contínua, a deformação total calculada a partir do deslocamento do travessão da máquina é: Verdadeira Deformação Efeitos da Máquina de Ensaio Outros Efeitos da Máquina Sobre os Resultados: • Folgas nas engrenagens e acoplamentos da máquina; • Adaptações mal feitas das garras; • Escorregamento do corpo de prova nas garras; Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 56 • Réguas de controle de deslocamento do travessão mal posicionadas ou descalibradas; • Oscilação da tensão na rede elétrica ou variações inesperadas da pressão de óleo nas válvulas servo-hidráulicas.
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