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Responsabilidade Penal e Ética Empresarial

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Aula 10 - Prof. Claudenir
Responsab. de P.J. pela prática de Atos Ilícitos p/ AFC/CGU - Prevenção da Corrupção
e Ouvidoria
Professores: Aline Santiago, Claudenir Brito, Equipe Gabriel Borges, Gabriel Borges, Renan
Araujo, Ricardo Schettini
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AULA 10: Responsabilidade penal, administrativa e 
civil da pessoa jurídica: modelos de determinação 
de responsabilidade, sanções, dificuldades na 
responsabilização penal de pessoas jurídicas. 
Mecanismos e afirmação de valores éticos nas 
empresas privadas: códigos de conduta, políticas 
de difusão de valores, controle interno e auditoria. 
Noções gerais de legislações estrangeiras que 
tratam do tema: Foreign Corrupt Practices Act e 
United Kingdom Bribery Act. Responsabilidade dos 
administradores de sociedades empresariais. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 2 
2. Responsabilidade penal, administrativa e civil da 
Pessoa Jurídica 
3 
3. Valores éticos nas empresas privadas 9 
4. Foreign Corrupt Practices Act 18 
5. United Kingdom Bribery Act 20 
6. Lei 12.846/13 – Lei anti-corrupção 21 
Exercícios comentados 23 
Questões sem comentários 33 
Referências 39 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), 
nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre 
direitos autorais e dá outras providências. 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo 
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1. Apresentação 
 
Olá, pessoal. 
 
Meu nome é Claudenir Brito. Em 2011, fui convidado a participar, 
como professor de Auditoria, desse projeto ousado que se mostrou 
vencedor, ajudando milhares de candidatos a obterem sua tão 
desejada aprovação no concurso dos seus sonhos. 
 
Entretanto, em 2014, fui obrigado a me afastar para conduzir um 
projeto pessoal, a candidatura a um cargo político eletivo. E como 
lugar de professor é “em sala”, estou de volta às aulas desde maio de 
2015. 
 
Atualmente, sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-
Geral da União – CGU, aprovado em 15º lugar no concurso de 2008, 
promovido pela ESAF. Sou Oficial da reserva do Exército Brasileiro, 
tendo sido militar por quase 17 anos, saindo em 2008, no posto de 
Capitão. 
 
Sou professor de Auditoria Privada e Governamental, além de 
Controle Externo, em cursos preparatórios para concursos em 
Brasília, no Rio de Janeiro e em Salvador, e é claro, professor do site 
Estratégia Concursos. 
 
Também sou membro efetivo do Instituto dos Auditores Internos do 
Brasil – IIA, e fui Auditor-Chefe da Auditoria Interna do 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT - e 
membro da Comissão de Coordenação de Controle Interno do Poder 
Executivo Federal - CCCI. 
 
E finalmente, autor da obra Auditoria Privada e Governamental - 
teoria de forma objetiva e mais de 400 questões comentadas 
(Ed. Impetus, 2ª edição), em co-autoria com o Prof. Rodrigo 
Fontenelle. 
 
Minha tarefa nesta aula é tratar dos itens 1 e 13 da disciplina 
“Responsabilidade das Pessoas Jurídicas pela prática de atos ilícitos“, 
para o cargo de ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – Área: 
Prevenção da Corrupção e Ouvidoria, a seguir: 
 
“1. Responsabilidade penal, administrativa e civil da pessoa jurídica: 
modelos de determinação de responsabilidade, sanções, dificuldades 
na responsabilização penal de pessoas jurídicas. 
13. Mecanismos e afirmação de valores éticos nas empresas 
privadas: códigos de conduta, políticas de difusão de valores, controle 
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interno e auditoria. Noções gerais de legislações estrangeiras que 
tratam do tema: Foreign Corrupt Practices Act e United Kingdom 
Bribery Act. Responsabilidade dos administradores de sociedades 
empresariais.” 
 
Ao final, incluímos o estudo da Lei 12.846/13 – Lei anticorrupção, 
tendo em vista que é uma norma recente, que ainda não estava em 
vigor no último concurso para a CGU, mas que certamente será 
cobrada no próximo certame. 
 
Vamos tratar dos temas da forma mais objetiva possível, livrando 
nossos alunos das intermináveis noites de leitura de “materiais 
diversos”, sem um direcionamento mais eficiente. 
 
Qualquer dúvida, escrevam no fórum de dúvidas ou mandem um 
email para claudenirbrito@gmail.com. 
 
Feitas as apresentações, vamos aos temas. 
 
 
2. Responsabilidade penal, administrativa e civil da 
Pessoa Jurídica 
 
2.1 modelos de determinação de responsabilidade 
 
Nesse ponto, a doutrina apresenta diversos modelos possíveis, e 
vamos nos concentrar no estudo de Machado (2009), segundo o qual 
“o modelo brasileiro atual, previsto na lei ambiental, seria uma 
conjugação do modelo de responsabilidade pelo fato de outrem 
com um modelo de culpabilidade individual, se levada em conta a 
tendência de interpretação que apuramos em levantamento 
jurisprudencial.” (grifei) 
 
2.1.1 Modelo da responsabilidade pelo fato de outrem 
(responsabilidade vicária) 
 
A responsabilidade pelo fato de outrem (ou de terceiro) está disposta 
no Art. 932 do Código Civil brasileiro, da seguinte forma: 
“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua 
autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se 
acharem nas mesmas condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, 
serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes 
competir, ou em razão dele; 
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IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou 
estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para 
fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e 
educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do 
crime, até a concorrente quantia. 
 
O Código Civil em vigor deixa clara a possibilidade a possibilidade de 
responsabilização da pessoa jurídica por danos causados por seus 
representantes. 
 
Transportada para o âmbito do Direito Penal, a teoria da 
responsabilidade vicária parte da ideia de que o dono do negócio é 
sempre responsável pelos crimes que seus subordinados 
cometerem no exercício de sua atividade, na medida em que o 
ato ilícito não teria ocorrido se houvesse a devida cautela quando da 
escolha e fiscalização das atividades dos mesmos (subordinados). 
 
Com isso, esse modelo representa uma forma de responsabilização 
por fato de outrem, bem como se constitui em uma 
responsabilidade objetiva, já que não investiga a existência de 
uma real parcela de culpa do ente coletivo relativamente ao delito 
cometido. Ou seja, independe de culpa do ente a ser responsável. 
 
Seconsiderarmos esta forma, a responsabilidade penal da Pessoa 
Jurídica dependeria da responsabilização penal da pessoa física que 
cometeu o ato, de modo que ele vem a responder penalmente 
mesmo que o subordinado não tenha permissão para agir ou ainda 
tenha contrariado uma proibição expressa nesse sentido 
 
Trata-se de modelo que leva em consideração, tanto para a 
atribuição da conduta à pessoa jurídica, quanto para apuração de 
culpabilidade, apenas o indivíduo, ou seja, a soma da ação individual 
com a culpabilidade individual. 
 
 
2.1.2 Modelo de imputação penal baseado na teoria orgânica 
(ou da identificação) 
 
A teoria da identificação (ou alter-ego doctrine) entende que os 
órgãos diretivos da empresa constituiriam uma espécie de “alter-ego” 
da mesma, representando nessa medida o seu “cérebro”. Com isso, a 
ação e a culpa da empresa seriam identificados com o agir e a 
culpabilidade do indivíduo que possui um poder de direção em 
seu âmbito, não incluindo a responsabilidade dos demais integrantes 
da empresa. 
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2.1.3 Modelo de atuação própria da coletividade 
 
A responsabilização não se dá por conta do fato individual, 
cometido pela pessoa natural, mas sim por conta da falta de 
cuidado do ente coletivo, que em um momento anterior poderia 
ter evitado a ocorrência do delito. 
 
 
2.2 Responsabilização de pessoa jurídica 
 
Sobre responsabilização civil, a Lei nº 10.406, de 10/01/02, instituiu 
o Código Civil Brasileiro, em substituição ao Código Civil de 1916, e 
previu especificamente que: 
 
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, 
ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo 
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons 
costumes. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar 
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” (grifei) 
 
Ou seja, trouxe a obrigatoriedade da reparação dos danos causados 
por quem, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito ou causar dano a outrem. Essa reparação 
no âmbito civil pode ser atribuída tanto à a pessoa física como à 
jurídica. 
 
Em relação à responsabilidade administrativa, a Lei nº 
12.846/2013 dispõe que: “Art. 2º As pessoas jurídicas serão 
responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, 
pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou 
benefício, exclusivo ou não.” 
 
Essa Lei, também conhecida como Lei Anticorrupção ou Lei da 
Empresa Limpa, entrou em vigor após o edital do último concurso, e 
tratou da responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas 
pela prática de atos contra a administração pública nacional ou 
estrangeira. Estudaremos a Lei Anticorrupção no tópico 6 da presente 
aula. 
 
Quanto a responsabilização penal de empresas no Brasil, sempre 
houve controvérsia, e até hoje é um dos temas mais polêmicos do 
Direito Penal. 
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A responsabilidade da pessoa jurídica foi prevista 
constitucionalmente, de modo bastante amplo, no Art. 173, §5º da 
CF/88, a seguir: 
 
“A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos 
dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade 
desta, sujeitando-a as punições compatíveis com sua natureza, 
nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e 
contra a economia popular.” 
 
De forma mais específica, a CF/88 dispõe outra vertente de 
responsabilização penal e administrativa das pessoas jurídicas que 
praticassem atos lesivos ao meio ambiente: 
 
“Art. 225... § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas 
ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou 
jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos 
causados.” 
 
 
A Lei no 9.605/1998 – Lei dos Crimes contra o meio ambiente dispõe 
que: 
“Art. 3o As pessoas jurídicas serão responsabilizadas 
administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta 
Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de 
seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão 
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não 
exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do 
mesmo fato.” 
 
A responsabilidade penal das pessoas jurídicas é um assunto 
extremamente polêmico. A Lei no 9.605/1998 realmente inovou ao 
responsabilizá-las penalmente, sem prejuízo da responsabilidade das 
pessoas naturais que tomaram as decisões que resultaram na lesão 
ao meio ambiente. 
 
É possível, ainda, a aplicação do instituto da “desconsiderac∀ão da 
personalidade jurídica”, quando for utilizada para dificultar o 
ressarcimento dos prejuízos causados. 
Nesse caso, o magistrado pode, de forma pontual, afastar a 
personalidade de uma sociedade para atingir o patrimo#nio dos sócios. 
Isso ocorre nos casos de abuso da personalidade jurídica, por 
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exemplo, quando a pessoa jurídica foi criada apenas para proteger o 
patrimônio dos sócios. 
 
Ainda de acordo com a Lei 9.605/1998: 
“Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou 
alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o 
disposto no art. 3o, são: 
I - multa; 
II - restritivas de direitos; 
III - prestação de serviços à comunidade.” 
 
Entretanto, tendo em vista que o debate sobre essa possibilidade 
ainda é notório, vamos apresentar, a partir de agora, argumentos a 
favor e contra essa possibilidade. 
 
2.3 Argumentos pelo não cabimento da responsabilização 
penal 
 
De acordo com Sakae, “Mesmo atualmente, o não reconhecimento da 
responsabilização penal da pessoa jurídica é defendido com 
fundamento na falta de capacidade de ação e de culpabilidade, 
considerando-as como características próprias dos seres humanos e 
não de um ente abstrato”. 
 
Segundo a autora, temos, ainda, como princípios para a não 
responsabilização penal: 
 
– o “princípio da personalidade das penas”, pelo qual só se pune 
o autor material do ato criminoso; 
– o “princípio da individualidade da responsabilidade 
criminal”, que só atribui a responsabilidade criminal única e 
individualmente aos autores das infrações ou; 
– o “princípio da intransmissibilidade da pena e da culpa”, que 
impede que as penas se extrapolem, atingindo pessoas que não os 
praticantes da conduta criminosa. 
 
Segundo Pinto (2013), “o uso indiscriminado do Direito Penal, sem 
uma real concretude em relação suas normas, a apoiar-se em seu 
efeito simbólico, se mostra prejudicial, tanto em relação sua aplicação 
ao indivíduo pessoa física, quanto em relação à pessoa jurídica. De 
modo a resultar efeitos negativos, em especial, a longo prazo, pois 
gera o descrédito na utilização de tal via, além não de gerar efeitos 
pedagógicos na conscientização ambiental”.A Lei nº 9.605, de 12/02/98, dispôs sobre a responsabilidade 
administrativa, civil e penal da pessoa jurídica, em infrações 
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contra o meio ambiente cometidas por decisão de representantes 
legais ou contratuais, ou de órgãos colegiados, tomadas no interesse 
ou benefício da entidade. 
Segundo os defensores do não-cabimento da responsabilização penal, 
a criminalização da pessoa jurídica, como forma de responsabilidade 
penal impessoal, seria inconstitucional, já que as normas 
constitucionais dos artigos citados acima - 173, §5º e 225, §3º - não 
instituiriam, nem autorizariam o legislador ordinário a instituir, a 
responsabilidade penal da pessoa jurídica. 
 
2.4 Argumentos pelo cabimento da responsabilização penal 
 
Segundo Sakae, “Mister se faz, então, a reestruturação do Direito 
Penal, com a criação de novos modelos, que possibilitem a solução 
dos conflitos que se afloram, e que nem ao menos poderiam ser 
antes imaginados. Essa mudança não se restringe ao Direito Penal, 
mas deve ser concebida em todo o Direito, dado aos novos conceitos 
e desafios sociais”. 
 
Nessa nova concepção, seria possível se atribuir a capacidade penal 
às pessoas jurídicas, principalmente ao se reconhecer o seu papel no 
ato lesivo e na ocultação dos recursos desviados, por meio da 
lavagem de dinheiro. 
Em termos ambientais, como vimos, a Lei nº 9.605/98 dispôs que as 
pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e 
penalmente, nos casos em que a infração seja cometida por decisão 
de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, 
no interesse ou benefício de sua entidade. 
Da análise do dispositivo, observa-se a necessidade de dois 
requisitos: 
 
a) que a decisão sobre a prática do ato delituoso seja do seu 
representante legal, contratual, ou de seu órgão colegiado, ou 
seja, considerando a ação institucional, obedecendo ao 
estatuído na norma para a organização. 
b) que a infração seja cometida no interesse ou beneficio da 
pessoa jurídica, o que confirma o interesse econômico, como 
base das ações empresariais. 
 
Assim, podemos concluir que o tema ainda traz acirrada discussão, 
motivo pelo qual entendemos que a abordagem da banca 
examinadora do nosso concurso, no caso a ESAF, deva se concentrar 
nos dispositivos da Lei nº 12.846/2013. 
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Requisitos para a responsabilização administrativa, civil e pena da PJ, 
segundo a Lei nº 9.605/98: 
- decisão sobre a prática do ato deve vir de representante da 
empresa ou de órgão colegiado; e 
- ato deve ter sido realizado em benefício da empresa. 
 
 
3. Valores éticos nas empresas privadas 
 
O tema descrito no edital do último concurso foi o seguinte: 
“Mecanismos e afirmação de valores éticos nas empresas privadas: 
códigos de conduta, políticas de difusão de valores, controle interno e 
auditoria”. 
 
O culto e a preservação de valores éticos nas empresas estão 
diretamente relacionados aos conceitos de Governança, já que a ética 
é considerada como o pilar da estrutura de Governança nas 
empresas, auxiliando a alta administração a cumprir seus objetivos. 
Assim, vamos estudar os conceitos de Governança Corporativa. 
 
3. 1 Conceitos de Governança Corporativa 
 
Antes de apresentarmos o conceito de Governança, vamos inserir 
uma rápida ambientação sobre como chegamos a ela, começando 
pelo surgimento do capitalismo. Tudo muito simples, pois não é nosso 
objetivo discutir a fundo aquilo que não deve ser cobrado 
diretamente na prova. 
 
Andrade e Rossetti (2011) entendem por capitalismo “o emprego 
dominante do fator capital no processo produtivo, associado à 
economia de trocas e à busca incessante de benefícios privados daí 
decorrentes”. 
 
Em linhas gerais, a formação, o desenvolvimento e a evolução do 
sistema capitalista sempre estiveram muito ligados à formação, ao 
desenvolvimento e à evolução do mundo corporativo (das empresas). 
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Assim, conforme o capitalismo foi se desenvolvendo, foram surgindo 
corporações cada vez maiores, mais poderosas, e, 
consequentemente, foi ocorrendo o processo de diluição do 
controle do capital. 
 
Pois bem. Em determinado momento, em vista da impossibilidade de 
atuação direta dos acionistas na administração do patrimônio, 
ocorreu a separação entre a propriedade e a gestão, e por que 
não dizer entre a propriedade e o controle, acarretando algumas 
mudanças nas Companhia, tais como: 
 
- os fundadores foram substituídos pelos executivos contatados; 
- surgiram conflitos de interesses dentro da Companhia. 
 
E o que seriam esses conflitos de interesses? 
 
O conflito de interesses ocorre quando o interesse do administrador 
contratado não é o mesmo do proprietário. Também chamado 
conflito de agência – ou conflito agente-principal. Essa é, 
entretanto, apenas uma das categorias de conflito de agência, que 
também pode ser definido como conflito entre acionistas minoritários 
e majoritários. 
 
O conflito de agência existe quando os interesses do agente são 
diferentes dos interesses do principal, de tal forma que aquele 
obtenha maiores vantagens através de atos que não atendam da 
melhor forma possível aos interesses do principal. 
 
Vamos imaginar o seguinte: você é proprietário de uma empresa e 
contrata um profissional para sua administração. Como sabemos que 
você é uma pessoa muito ética, você vai querer que as 
demonstrações contábeis de sua Companhia sejam corretamente 
esclarecidas, a fim de não prejudicar os demais interessados na 
empresa, que tomam decisões baseadas nos balanços – acionistas 
minoritários, por exemplo. 
 
Vamos supor que o administrador, por sua vez, não esteja tão 
interessado nessa transparência, pois quer mostrar a todos – 
inclusive a você – que está fazendo um excelente trabalho a frente do 
negócio, e, para isso, é capaz até de modificar algumas diretrizes 
suas. 
 
Pronto: está instituído um conflito de agência. 
 
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De acordo com Andrade e Rossetti (2011), as várias hipóteses de 
conflitos potenciais entre acionistas e gestores ou entre acionistas 
majoritários e minoritários tem sua origem na dispersão do capital 
das corporações e na consequente separação entre a propriedade 
e a gestão. 
 
Você já deve ter percebido, nesse ponto, que uma empresa que é 
administrada dessa forma é um péssimo negócio para o acionista 
(aquele que compra ações da empresa). A não ser que não dê 
importância para o dinheiro dele, não vale a pena investir em uma 
empresa a qual não se pode confiar no que é apresentado em suas 
demonstrações, ou mesmo no que é divulgado durante o ano. 
 
Tendo em vista que o conflito de agência nas corporações 
dificilmente será evitado, pelos motivosdeterminados nos axiomas 
de Klein (não existe contrato completo) e de Jensen-Meckling 
(inexistência do agente perfeito), faz-se necessário o 
desenvolvimento de mecanismos para mantê-lo a níveis 
aceitáveis, de forma que não chegue a comprometer a integridade 
da corporação e a confiança dos interessados. 
 
De todas as definições de Governança Corporativa que se 
encontram na literatura, o que entendemos como mais importante 
para a prova da CGU é a descrita pelo Instituto Brasileiro de 
Governança Corporativa – IBGC: 
 
“Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades 
são dirigidas e monitoradas, envolvendo os 
relacionamentos entre acionistas/cotistas, Conselho de 
Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho 
Fiscal”. (grifei) 
 
Segundo Slomski et al (2008), “a governança corporativa é um 
sistema de decisões e práticas de gestão voltadas para a 
determinação e o controle do desempenho e direção estratégica das 
corporações”. Seu objetivo principal é a maximização do valor da 
empresa e o retorno justo em prol dos seus investidores e demais 
partes relacionadas. 
 
 
 
 
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!
Governança Corporativa é um sistema de auxílio à gestão da 
empresa, envolvendo os relacionamentos entre os interessados. Seu 
objetivo principal é a maximização do valor da empresa e o retorno 
justo em prol dos seus investidores e demais partes relacionadas. 
 
 
 
3. 2 Princípios de Governança Corporativa 
 
Praticar governança não se resume a acatar regulamentos. Boa parte 
dos artifícios que os gestores se utilizam quando querem “mascarar”!
uma deficiência da empresa se revestem de toda a legalidade, e são 
criados por meio do estudo de brechas na legislação. 
 
Dessa forma, a Governança Corporativa deve se apoiar em princípios 
estabelecidos pelos acionistas (proprietários) que vão orientar os 
gestores na condução da Companhia. 
 
Borgerth (2007) cita os quatro princípios fundamentais da 
Governança Corporativa, como sendo a transparência, a 
equidade, a prestação de contas (accountability) e a 
conformidade (compliance). 
 
A transparência (disclosure)! é! expressa pelo desejo de prover 
informação relevante e não-confidencial de forma clara, tempestiva e 
precisa, incluindo as de caráter não-financeiro. 
 
A equidade (fairness) assegura a proteção dos direitos de todos os 
usuários da informação contábil, incluindo os acionistas minoritários e 
estrangeiros. Se a informação for relevante, influenciando uma 
tomada de decisão sobre investimentos, deverá! ser divulgada, ao 
mesmo tempo, a todos os interessados, imediatamente. 
 
A prestação de contas (accountability) estabelece que os agentes 
de Governança Corporativa devem prestar contas de seus atos 
administrativos, a fim de justificarem sua escolha, remuneração e 
desempenho. 
 
A conformidade (compliance) garante que as informações 
preparadas pelas empresas obedeçam às leis e aos regulamentos 
corporativos. 
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Além desses princípios, podemos citar mais dois complementares, 
que são a ÉTICA (ethics), abordado pela literatura, e a 
responsabilidade corporativa, incluído no Código das Melhores 
Práticas de Governança Corporativa, do IBGC (2004). 
 
A ética deve permear todas as relações internas e externas. É!uma 
postura essencial. Como já!vimos, nem sempre a atitude do gestor é!
ilegal, mas pode ser pouco ética, o que vai prejudicar a imagem da 
Companhia frente ao Mercado. 
 
Já! a responsabilidade corporativa abrange um amplo leque de 
interesses. De acordo com Slomski et al (2008), sua base está!no fato 
de que os conselheiros e executivos devem zelar pela perenidade 
das organizações (visão de longo prazo, sustentabilidade). É!uma 
visão mais ampla da estratégia empresarial, contemplando todos os 
relacionamentos com a comunidade em que a sociedade atue. 
 
3.3 O papel da Auditoria na estrutura de Governança 
 
Para entendermos papel desempenhado pela Auditoria na estrutura 
de Governança, é! necessário, primeiro, que tenhamos o 
entendimento de quais órgãos na Companhia (ou no Setor Público) 
desempenham funções nesse contexto. 
 
Aprofundar qualquer tema de Governança sem nos remetermos à!
obra de Andrade e Rossetti (2011) deixaria nossas afirmações 
bastante frágeis, motivo pelo qual baseamos esse tópico nos autores. 
Não se trata de livro voltado para concursos públicos, nem sugerimos 
que vocês o adquiram com esse fim, já!que o que afirmarmos aqui se 
encontra na linha do que há!de mais moderno em relação ao tema 
(mas esperamos, é!claro, que os examinadores da ESAF pensem da 
mesma forma). 
 
Na organização de uma corporação privada ou governamental 
(órgãos e entidades), diversos setores coexistem com funções 
próprias, embora, em certos casos, pareçam se sobrepor. É!o caso, 
por exemplo, dos órgãos internos e externos do ambiente de 
governança, a seguir: 
- Conselho fiscal; 
- Comitê!de Auditoria; 
- Auditoria Independente; e 
- Auditoria Interna. 
 
O Conselho Fiscal! é! eleito pela Assembleia Geral de acionistas, e 
garante o direito dos proprietários de fiscalizar a gestão de negócios 
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–! já! falamos desse direito na presente aula. Enquanto os atos do 
Conselho de Administração estão voltados para a gestão, as funções 
do Conselho Fiscal estão voltadas para a verificação das contas e dos 
atos da administração. Exemplo de nossa vida cotidiana é!a existência 
dos Conselhos Fiscais nos condomínios. 
 
Trata-se de órgão de governança que opina e denuncia, não 
exercendo administração na Companhia. 
 
O Comitê! de Auditoria!é!vinculado ao Conselho de Administração, 
instituído como obrigatório para as Companhias abertas nos Estados 
Unidos pela Lei Sarbanes-Oxley, que acabamos de estudar na aula. 
 
A Auditoria Independente tem como responsabilidade essencial a 
análise das demonstrações contábeis das empresas, com a 
consequente emissão de opinião, materializada em um documento 
denominado Relatório do Auditor Independente. 
 
A Auditoria Interna, segundo Andrade e Rossetti (2011), não é!
habitualmente destacada como órgão de governança, mas como um 
dos serviços corporativos de apoio da Direção Executiva, citando que 
seu papel básico se refere à! organização do ambiente interno de 
controle, formalmente focado em compliance. 
 
Na prática, entretanto, o que temos visto é! uma atuação bastante 
ativa dos órgãos de Auditoria Interna, constituído pela necessidade 
de verificação da adequação e da efetividade do gerenciamento de 
riscos operacionais, em relação às exigências internas e externas. 
 
Agora, de tudo isso, respondendo à!nossa pergunta: 
 
Qual é o papel da Auditoria na estrutura de Governança? 
 
A Auditoria – tanto a Interna quanto a Externa – é vista como 
instrumento de verificação da governança. Como podemos 
traduzir da definição de Auditoria interna, pelo Instituto de Auditores 
Internos – IIA –, definida em seu estatuto: 
 
“A Auditoria Interna é!uma atividade independente e objetiva 
de avaliação (assurance) e de consultoria,desenhada para 
adicionar valor e melhorar as operações de uma 
organização. Ela auxilia uma organização a realizar seus 
objetivos a partir da aplicação de uma abordagem sistemática 
e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos 
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processos de gerenciamento de riscos, controle e 
governança.”!(grifei) 
 
Ou seja, para marcar o X na questão do nosso concurso, podemos 
dizer que o papel da Auditoria na estrutura de Governança!é!o 
de auxiliar a organização a realizar seus objetivos a partir da 
aplicação de uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar 
e melhorar a eficácia do processo de governança corporativa. 
 
 
3.4 COSO – Estrutura de Controles Internos 
 
Para início de conversa, vamos à pergunta padrão: professor, o 
que é COSO? 
 
COSO significa Committee of Sponsoring Organizations da National 
Comission on Fraudulent Financial Reporting. 
 
- Ah, entendi. 
 
- Sério? Bom, como isso ainda não quer dizer nada, vamos traduzir e 
explicar. 
 
COSO é!o Comitê!das Organizações Patrocinadas, da Comissão 
Nacional sobre Fraudes em Relatórios Financeiros. Criada em 
1985, é!uma entidade do setor privado!–!ou seja, foi uma iniciativa 
do setor privado, independente!–, sem fins lucrativos, voltada para 
o aperfeiçoamento da qualidade de relatórios financeiros, 
principalmente para estudar as causas da ocorrência de fraudes em 
relatórios financeiros. 
 
As organizações que patrocinam o Comitê!são: 
 
- Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados; 
- Associação Americana de Contadores; 
- Executivos Financeiros Internacionais; 
- Instituto dos Auditores Internos; e 
- Instituto dos Contadores Gerenciais. 
 
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Categorias de objetivos, segundo o COSO I: 
1 – eficácia e eficiência das operações; 
2 – confiabilidade dos relatórios financeiros; e 
3 – conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis.” 
 
As recomendações do COSO são referência para os controles 
internos. De acordo com o Comitê, no modelo COSO I, “Controle 
Interno!é!o processo conduzido pela Diretoria, Conselhos ou outros 
empregados de uma companhia, no intuito de fornecer uma 
garantia razoável de que os objetivos da entidade estão sendo 
alcançados, com relação às seguintes categorias: 
 
1 –!eficácia e eficiência das operações; 
2 –!confiabilidade dos relatórios financeiros; e 
3 –!conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis.” 
 
Em 1992, o COSO publicou um trabalho denominado “Controle 
Interno: um modelo integrado”. Esse documento passou a ser 
referência sobre o assunto “Controle Interno”, e apresentou cinco 
componentes: 
1 –!Ambiente de Controle; 
2 –!Avaliação de Riscos; 
3 –!Atividades de Controle; 
4 –!Informações e Comunicações; e 
5 –!Monitoramento. 
 
Ou seja, para o COSO, o Controle Interno era formado por esses 
cinco componentes, relacionados às três categorias de objetivos 
anteriormente citados. A seguir, apresentamos suas definições. 
 
AMBIENTE DE CONTROLE 
 
O ambiente de controle deve demonstrar o grau e 
comprometimento em todos os níveis da administração, com a 
qualidade do controle interno em seu conjunto. É! o principal 
componente, e os fatores relacionados ao ambiente de controle 
incluem: 
- integridade e valores éticos; 
- competência das pessoas da entidade; 
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- estilo operacional da organização; 
- aspectos relacionados com a gestão; e 
- forma de atribuição da autoridade e responsabilidade. 
 
AVALIAÇÃO DE RISCO 
 
Identificação dos eventos ou das condições que podem afetar a 
qualidade da informação contábil e avaliação dos riscos identificados, 
incluindo sua probabilidade de ocorrência, a forma como são 
gerenciados e as ações a serem implementadas. 
 
Podemos definir risco como evento futuro e incerto (ou seja, ainda 
não ocorreu, e nem há!certeza de que irá!ocorrer) que, caso ocorra, 
pode impactar negativamente o alcance dos objetivos da 
organização. 
 
ATIVIDADES DE CONTROLE 
 
Medidas e ações integrantes de um sistema de controle que, se 
estabelecidas de forma tempestiva e adequada, podem vir a 
prevenir ou administrar os riscos inerentes ou em potencial da 
entidade. Não são exclusividade de determinada área da organização, 
sendo realizadas em todos os níveis. 
 
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
Identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, a fim 
de permitir a realização dos procedimentos estabelecidos. Para tanto, 
deverá ser oportuna e adequada, além de abordar aspectos 
financeiros, econômicos, operacionais e estratégicos, e fazer parte da 
política de difusão de valores da empresa. 
 
Deve ser entendida como um canal que movimenta as informações 
em todas as direções – dos superiores aos subordinados, e vice-
versa – pois determinados assuntos são mais bem visualizados pelos 
integrantes dos níveis mais subordinados. 
 
MONITORAMENTO 
 
Compreende o acompanhamento da qualidade do controle 
interno, visando assegurar a sua adequação aos objetivos, ao 
ambiente, aos recursos e aos riscos. Pressupõe uma atividade 
desenvolvida ao longo do tempo. 
 
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Matriz tridimensional do COSO I: 
1ª! dimensão: categorias de objetivos (operações, relatórios 
financeiros e conformidade). 
2ª!categoria: níveis de avaliação. 
3ª! categoria: componentes de controle (ambiente de controle, 
avaliação de risco, atividades de controle, informação e comunicação, 
e monitoramento). 
 
A partir de agora, vamos tratar de algumas noções gerais de 
legislações estrangeiras que tratam do tema, a Foreign Corrupt 
Practices Act, dos EUA e a United Kingdom Bribery Act, do Reino 
Unido. 
 
 
4. Foreign Corrupt Practices Act – noções gerais 
 
Os Estados Unidos assumiram a vanguarda na luta contra a 
corrupção, ao estudar a ligação entre empresas transnacionais e o 
fenômeno da corrupção, sob a influência do escândalo de Watergate, 
no início da década de 70. Na época, diversas empresas norte-
americanas admitiram ter pagado altas quantias em subornos a 
funcionários públicos estrangeiros. 
 
Em 1977, a FCPA (Foreign Corrupt Practices Act - Lei sobre Práticas e 
Corrupção no Exterior) foi sancionada pelo então presidente norte-
americano Jimmy Carter, proibindo o suborno de funcionários 
públicos estrangeiros, com a finalidade de obter, reter ou direcionar 
qualquer negócio. 
 
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Essa proibição inclui, além de dinheiro, qualquer coisa de valor, como 
presentesem geral, pagamento de refeições, entretenimento, 
viagens, vagas de emprego ou outras vantagens que possam 
beneficiar pessoalmente o funcionário público ou membros de sua 
família. 
 
A FCPA tem aplicação extraterritorial, visando prevenir e punir a 
utilização de suborno no exterior por empresas transnacionais, e não 
se aplica apenas a empresas norte-americanas, mas também às suas 
subsidiárias que operam no exterior, incluindo joint ventures (união 
de duas ou mais empresas já existentes com o objetivo de iniciar ou 
realizar uma atividade econômica comum) e empresas estrangeiras 
com registro nos EUA, além de empresas que negociem ações na 
bolsa de valores. 
 
A Lei possui dois enfoques principais: o enfoque legal, com 
disposições criminais e cíveis coibir subornos a funcionários públicos 
fora dos Estados Unidos; e o enfoque nos controles internos e 
contábeis, que trata dos requerimentos para manutenção de 
arquivos e controles internos. 
 
Em relação ao enfoque legal, podemos dizer que a lei busca penalizar 
quem pagar, oferecer, prometer ou autorizar o pagamento de 
dinheiro ou qualquer outra vantagem econômica, funcionário público, 
partido político, autoridade ou candidatos estrangeiros, diretamente, 
ou por intermédio de outra pessoa, para conseguir, manter ou 
encaminhar negócios ou ainda para a obtenção de vantagem ilícita. 
 
Já quanto ao enfoque contábil e dos controles internos, a FCPA exige 
que as empresas mantenham registros que reflitam de maneira 
precisa e justa suas transações e estabeleçam controles contábeis 
para oferecer garantia razoável de que as transações são registradas 
de forma precisa. 
 
A lei prevê medidas preventivas e repressivas. As penalidades para 
quem viola a FCPA podem ser de natureza: 
- civil (multa e proibição de contratar com a administração pública); - 
- criminal (prisão de executivos e funcionários). 
 
Em relação à fiscalização do cumprimento da FCPA, estão envolvidos 
seguintes órgãos: 
- Departamento de Justiça, e 
- Securities and Exchange Commission – SEC (a “CVM” norte-
americana). 
 
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A FCPA se tornou modelo para as leis anticorrupção de diversos 
países, inclusive o Brasil, sendo considerada a mais importante e 
eficaz norma anticorrupção já editada. 
 
 
5. United Kingdom Bribery Act – noções gerais 
 
Em linhas gerais, busca punir quem oferecer, prometer, pagar, 
requerer, concordar em receber ou aceitar vantagem, ou subornar 
funcionário público estrangeiro com dinheiro ou qualquer vantagem, 
financeira ou não, direta ou indiretamente, com a finalidade de 
manter ou obter vantagem na condução do negócio. 
 
Tem aplicabilidade no Reino Unido e no exterior, sujeitando empresas 
do Reino Unido que fazem negócio local e no exterior, empresas 
estrangeiras com operações no Reino Unido, funcionários públicos 
locais e estrangeiros, abrangendo tanto o setor público quanto o 
privado. Os casos de violação são apurados pelo SFO (Serious Fraud 
Office). 
 
Dentre as penalidades possíveis, podemos destacar, no âmbito cível e 
no criminal, tanto para pessoa física quanto para jurídica, as que se 
seguem: 
 
- multas ilimitadas a empresas; 
- multa ilimitada e/ou até 10 anos de prisão para indivíduos; 
- destituição do cargo e proibição de atuar como diretor por até 15 
anos, para Diretores; 
- possível exclusão de contratos públicos, para os contratantes; 
 
 
 
Tanto a FCPA (Foreign Corrupt Practices Act) quanto a United 
Kingdom Bribery Act tratam de atos de suborno e corrupção 
internacional, prevendo a possibilidade de responsabilização, no país 
de origem, de empresas e administradores de sociedades 
empresariais que possuam subsidiárias no exterior. 
 
 
 
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6. Lei 12.846/13 – Lei anti-corrupção – noções gerais 
 
A Lei nº 12.846/2013, também conhecida como Lei Anticorrupção, 
dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de 
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração 
pública nacional ou estrangeira e representa importante avanço no 
combate à corrupção no país, ao prever a responsabilização objetiva, 
no âmbito civil e administrativo, de empresas que pratiquem atos 
lesivos contra a administração pública. 
 
Essa lei foi inspirada em normativos estrangeiros como os estudados 
acima - FCPA e o Bribery Act. Além de atender a compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil, a nova lei fecha uma lacuna no 
ordenamento jurídico do país, ao tratar diretamente da conduta dos 
corruptores e inova, ao responsabilizar a pessoa jurídica, que será 
alvo de processo administrativo e civil para reparar danos 
relacionados à corrupção. 
 
Os pontos principais abordados pela Lei são a responsabilidade 
objetiva da Pessoa Jurídica e a responsabilidade individual dos 
dirigentes que participaram do ato ilícito (penalidades previstas em 
legislação específica e esparsa). 
 
No caso das pessoas jurídicas, como se trata de responsabilidade 
objetiva, não é necessário a comprovação de culpa ou dolo, 
bastando que se evidencie que a empresa praticou o ato lesivo ou 
que teve qualquer tipo de benefício em decorrência dele. 
 
Em relação às sanções possíveis, podemos citar as seguintes: 
 
1) Sanções administrativas 
- Multa 0,1% - 20% do faturamento bruto do exercício anterior ao 
início do processo administrativo ou multa de R$ 6.000 a R$ 60 
milhões, caso não seja possível utilizar o critério do faturamento 
bruto; 
- Publicação da decisão em jornal de grande circulação; 
- Possibilidade da desconsideração da personalidade jurídica; 
- Comunicação ao Ministério Público para apuração de delitos. 
 
2) Sanções judiciais 
- Restituição de valores perdidos/obtidos na vantagem obtida. 
- Suspensão ou interdição das atividades da empresa. 
- Dissolução da empresa. 
- Proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou 
empréstimos de entidades públicas pelo período de 01 a 05 anos. 
 
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Tema bastante polêmico quer traz a nova Lei diz respeito à 
possibilidade de celebração de “acordos de leniência”, previstos em 
seu Art. 16: 
“Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade 
pública poderá celebrar acordo de leniência com as 
pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos 
nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações 
e o processo administrativo, sendo que dessa colaboração 
resulte: 
I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando 
couber; e 
II - a obtenção célere de informações e documentos que 
comprovem o ilícito sob apuração. 
§ 1o O acordo de que trata o caput somente poderá ser 
celebrado se preenchidos, cumulativamente, os seguintes 
requisitos: 
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre 
seu interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito; 
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu 
envolvimento na infração investigada a partir da data de 
propositura do acordo; 
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e 
coopere plena e permanentementecom as investigações e o 
processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, 
sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu 
encerramento.“ (grifei) 
 
Outras características da celebração do acordo de leniência: 
 
- isentará a pessoa jurídica das sanções previstas no inciso II do art. 
6º (publicação extraordinária da decisão condenatória) e no inciso IV 
do art. 19 (proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, 
doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de 
instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, 
entre 1 e 5 anos) e reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor da multa 
aplicável. 
- não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente 
o dano causado. 
- estipulará as condições necessárias para assegurar a efetividade da 
colaboração e o resultado útil do processo. 
- seus efeitos serão estendidos às pessoas jurídicas que integram o 
mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que firmem o 
acordo em conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas. 
- a proposta de acordo somente se tornará pública após a efetivação 
do respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do 
processo administrativo. 
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- interrompe o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos na Lei. 
 
Atenção: a proposta de acordo de leniência rejeitada não importará 
em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado. 
 
Além disso, em caso de descumprimento do acordo de leniência, a 
pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 
3 (três) anos contados do conhecimento pela administração pública 
do referido descumprimento. 
 
A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para 
celebrar os acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo 
federal, bem como no caso de atos lesivos praticados contra a 
administração pública estrangeira. 
 
 
!
Os pontos principais abordados pela Lei são a responsabilidade 
objetiva da Pessoa Jurídica e a responsabilidade individual dos 
dirigentes que participaram do ato ilícito. 
 
 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
1 (ESAF/CGU/2012) No final do ano de 2009, o Ministro de 
Estado do Controle e da Transparência, o Ministro da Justiça e 
o Advogado-Geral da União apresentaram, em exposição de 
motivos conjunta, anteprojeto de Lei dispondo sobre a 
responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas 
pela prática de atos contra a administração pública, nacional 
ou estrangeira. Atualmente, após avaliação da Presidência da 
República, a proposta encontra-se em análise na Câmara dos 
Deputados, sob a forma do Projeto de Lei n. 6.826/2010, 
contendo disposições inovadoras no que tange à 
responsabilização de pessoas jurídicas pela prática de atos 
ilícitos contra a Administração Pública. 
Considerando questões atinentes à responsabilidade penal, 
administrativa e civil da pessoa jurídica, é correto afirmar que: 
a) não existem divergências doutrinárias relevantes quanto à 
possibilidade de responsabilização penal, administrativa e civil da 
pessoa jurídica no Brasil. 
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b) em face das garantias constitucionais, inexiste no Brasil 
possibilidade legal de desconsideração da personalidade jurídica, 
exceto quando houver falência, estado de insolvência, encerramento 
ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. 
c) o governo pretende criar um Cadastro Nacional de Empresas 
Inidôneas e Suspensas com o objetivo de consolidar a relação das 
empresas que sofreram sanções pelos órgãos e entidades da 
Administração Pública das diversas esferas federativas. 
d) a responsabilização de pessoas jurídicas na esfera administrativa 
se constitui novidade em nosso sistema jurídico cuja inserção 
normativa originária se deu na última década, em face da 
necessidade brasileira de se adequar às Convenções Internacionais. 
e) atualmente não há previsão normativa expressa que permita 
estender a declaração de inidoneidade da empresa às pessoas 
naturais envolvidas na prática dos ilícitos. 
Comentários: 
Na época da prova, não havia essa previsão, mas atualmente, 
está em vigor a Lei nº 12.846/2013, também conhecida como Lei 
Anticorrupção, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e 
civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração 
pública nacional ou estrangeira, que dispõe o que se segue: 
“Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada 
sempre que utilizada com abuso do direito para facilitar, 
encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos nesta 
Lei ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos 
todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos 
seus administradores e sócios com poderes de administração, 
observados o contraditório e a ampla defesa.” 
Gabarito: E 
 
 
2 (ESAF/CGU/2012) Atos de corrupção não são exclusivos de 
países pobres, ou em desenvolvimento, assolam, em maior ou 
menor grau de percepção todos os cantos do planeta. Em 
esforço conjunto os governos têm buscado parcerias e 
soluções conjugadas que possam reduzir, coibir e minimizar a 
ação dos corruptores e corruptos. Nesse sentido, as nações 
têm se preparado com instrumentos normativos para 
responsabilizar não apenas as pessoas físicas em suas ações 
nacionais como as empresas e os administradores de 
sociedades empresariais em ações de corrupção cometidas 
fora de seus países. 
Considerando noções gerais de legislações estrangeiras que 
tratam do tema Foreign Corrupt Pratices Act (FCPA) e a United 
Kingdom Bribery Act (UK Bribery Act), assinale a opção 
incorreta. 
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a) Percebe-se uma tendência internacional em se buscar a 
responsabilização penal das pessoas jurídicas em casos de corrupção. 
b) Os esforços retratados na Foreign Corrupt Pratices Act referem-se 
aos Estados Unidos da América e a United Kingdom Bribery Act ao 
Reino Unido. 
c) Ambos tratam de atos de suborno e corrupção internacional, 
prevendo a possibilidade de responsabilização, no país de origem, de 
empresas e administradores de sociedades empresariais que 
possuam subsidiárias no Brasil. 
d) A FCPA restringe-se às empresas norte-americanas em ações 
ocorridas no território norte-americano razão que extinguiu o 
processo a que se sujeitou a empresa brasileira EMBRAER por 
possível descumprimento da FCPA. 
e) A UK Bribery Act prevê, inclusive, sanções para a falha da 
organização comercial na prevenção da corrupção. 
 Comentários: 
 Como estudamos “em sala”, tanto a FCPA (Foreign Corrupt 
Practices Act) quanto a United Kingdom Bribery Act tratam de atos de 
suborno e corrupção internacional, prevendo a possibilidade de 
responsabilização, no país de origem, de empresas e 
administradores de sociedades empresariais que possuam 
subsidiárias no exterior. 
Gabarito: D 
 
3 (FCC/Juiz TJ-AP/2014) O empregador responde civilmente 
pelos atos praticados por seus empregados no exercício dos 
trabalhos que lhes competir, 
a) Mesmo que o empregado tenha sido absolvidoem processo 
criminal, no qual tenha ficado provado não ser ele o autor do ato 
ilícito. 
b) Apenas se tiver sido negligente na escolha do empregado ou 
sobre ele não exerceu vigilância. 
c) Ainda que não tenha agido com culpa, na escolha ou na vigilância 
do empregado. 
d) Em qualquer circunstância, porque a responsabilidade civil do 
patrão é sempre objetiva. 
e) Somente se o empregado for condenado em processo criminal. 
Comentários: 
O empregador responde civilmente pelos atos praticados por 
seus empregados no exercício dos trabalhos que lhes competir, ainda 
que não tenha agido com culpa, na escolha ou na vigilância do 
empregado. 
Gabarito: C. 
 
4 (FCC/TRT-6/2012) Sendo o patrão responsável pela 
reparac ∀ão civil dos danos causados culposamente por seus 
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empregados no exercício do trabalho que lhes competir, ou em 
razão dele, 
a) É obrigado a indenizar ainda que o patrão não tenha culpa. 
b) Só será obrigado a indenizar se o patrão também tiver culpa. 
c) Não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo 
mesmo ato, em processo criminal, por insuficie#ncia de prova. 
d) Só será obrigado a indenizar se o ato também constituir crime e 
se o empregado for condenado no processo criminal. 
e) A obrigac∀ão de indenizar é subsidiária à do empregado que 
causou o dano. 
Comentários: 
Segundo o disposto no Código Civil em vigor: 
“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
........ 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, 
serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes 
competir, ou em razão dele; 
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo 
antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, 
responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. 
Gabarito: A. 
 
5 (Vunesp/Juiz TJ-PA/2014) A Lei de Crimes Ambientais, em 
seu art. 3.o, estabelece a responsabilidade penal da pessoa 
jurídica. Com relac∀ão a este tema, a doutrina. 
a) é unânime com relação à constitucionalidade da previsão legal. 
b) majoritariamente entende que nos crimes ambientais há dupla 
imputação, ou seja, a culpa individual e a culpa coletiva se 
condicionam reciprocamente. 
c) é unânime no entendimento de que penas não podem ser 
aplicadas a pessoas jurídicas. 
d) é una#nime com relação ao fato de que a correta exege-se do 
princípio da pessoalidade da pena impede que a responsabilidade 
penal recaia sobre a pessoa jurídica. 
e) posiciona-se de forma eclética existindo aqueles que defendem 
que a pessoa jurídica não pode cometer crimes. 
Comentários: 
Vimos no estudo da teoria que há defensores na doutrina 
acerca da impossibilidade de responsabilização penal da pessoa 
jurídica. O tema não é pacífico na doutrina. 
Gabarito: E 
 
6 (UFPR/Juiz TJ-PR/2012) A regra da responsabilidade penal 
de pessoa jurídica no Brasil segue o princípio societas 
delinquere non potest, salvo a seguinte excec ∀ão: 
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a) no caso de crimes contra o meio ambiente, nos casos em que a 
infrac∀ão seja cometida por decisão dos representantes da pessoa 
jurídica, legais ou contratuais, ou de seu órgão colegiado, no 
interesse ou benefício de sua entidade. 
b) no caso de organizac∀ão criminosa, quando se verifica a formac∀ão 
formal e contratual da pessoa jurídica cuja finalidade será cometer 
crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. 
c) no caso de crime contra o meio ambiente, sendo que a 
responsabilidade penal da pessoa jurídica exclui o das pessoas físicas 
que dela fac∀am parte ou sejam funcionários. 
d) no caso de organizac∀ão criminosa, quando a pessoa jurídica é 
formada para a prática dos crimes de tráfico de pessoas, armas ou 
drogas, sendo que as pessoas físicas que a formam respondem por 
autoria, coautoria ou participac∀ão no mesmo feito. 
Comentários: 
Já vimos a possibilidade de responsabilizac∀ão penal das pessoas 
jurídicas nos crimes ambientais, preenchidos os dois requisitos: 
quando a infrac∀ão for cometida por decisão dos seus representantes, 
ou de seu órgão colegiado e ato cometido em benefício (ou no 
interesse) da entidade. 
Gabarito: A 
 
7 (Estratégia/2015) A teoria de responsabilização de pessoa 
jurídica que parte da ideia de que “o dono do negócio é 
sempre responsável pelos crimes que seus subordinados 
cometerem no exercício de sua atividade”, na medida em que 
o ato ilícito não teria ocorrido se houvesse a devida cautela 
quando da escolha e fiscalização das atividades dos 
subordinados é denominada: 
a) modelo de responsabilização de Kelsen 
b) modelo de atuação própria da coletividade 
c) teoria da responsabilidade vicária 
d) teoria orgânica 
e) teoria da identificação 
 Comentários: 
 A teoria da responsabilidade vicária parte da ideia de que o 
dono do negócio é sempre responsável pelos crimes que seus 
subordinados cometerem no exercício de sua atividade, na 
medida em que o ato ilícito não teria ocorrido se houvesse a devida 
cautela quando da escolha e fiscalização das atividades dos mesmos 
(subordinados). Assim, a alternativa correta é a de letra C, gabarito 
da questão. 
 A alternativa A não diz respeito a um dos modelos de 
responsabilização de pessoa jurídica. 
 A alternativa B define que a responsabilização não se dá por 
conta do fato individual, cometido pela pessoa natural, mas sim por 
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conta da falta de cuidado do ente coletivo, que em um momento 
anterior poderia ter evitado a ocorrência do delito. 
 As alternativas D e E tratam da mesma teoria, segundo a qual a 
ação e a culpa da empresa seriam identificados com o agir e a 
culpabilidade do indivíduo que possui um poder de direção em 
seu âmbito, não incluindo a responsabilidade dos demais integrantes 
da empresa. 
 Gabarito: C. 
 
8 (Estratégia/2015) De acordo com a Lei 9.605/1998, que 
dispôs sobre a responsabilidade administrativa, civil e penal 
da pessoa jurídica, em infrações contra o meio ambiente, para 
essa responsabilização são necessário o cumprimento de dois 
requisitos: 
a) demonstração de dolo e apuração com o devido processo legal. 
b) a decisão sobre a prática do ato deve vir de representante da 
empresa ou de órgão colegiado e o ato deve ter sido realizado em 
benefício da empresa. 
c) ocorrência de dano ao erário e a decisão sobre a prática do ato deve 
vir de representante da empresa ou de órgão colegiado 
d) devido processo legal e obediência ao princípio do custo x benefício 
e) culpa ou dolo do agente e princípio da economia processual. 
Comentários: 
De acordo com a Lei 9.605/1998, que dispôs sobre a 
responsabilidade administrativa, civil e penal da pessoa jurídica, 
em infrações contra o meio ambiente, para essa 
responsabilização são necessário o cumprimento de dois 
requisitos: a decisão sobre a prática do ato deve vir de 
representante da empresa ou de órgão colegiado e o ato deve ter 
sido realizado em benefício (ou no interesse) da empresa. 
Gabarito: B. 
 
9 (Estratégia/2015) De acordo com a Lei 9.605/1998,que 
dispôs sobre a responsabilidade administrativa, civil e penal 
da pessoa jurídica, em infrações contra o meio ambiente, as 
penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às 
pessoas jurídicas podem ser: 
a) multa e declaração de inidoneidade, alternativamente; 
b) proibição de contratar com a administração pública e prestação de 
serviços à comunidade, cumulativamente; 
c) penas restritivas de direito e multa, cumulativamente; 
d) prestação de serviços à comunidade e declaração de inidoneidade, 
isoladamente; 
e) penas restritivas de direito e multa, somente alternativamente. 
 Comentários: 
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Conforme o disposto no Art. 21 da Lei 9.605/1998, as penas 
aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas 
jurídicas são: multa; penas restritivas de direitos; e prestação de 
servico̧s à comunidade.” 
Assim, a alternativa correta é a de letra C. 
Gabarito: C. 
 
10 (CESPE/CGE-PB/2008) - Considerando que o objetivo 
principal de uma informação é! influenciar decisões e que 
informação é!um tratamento especial que se dá!a um dado ou 
a um conjunto de dados à! disposição do respectivo usuário, 
assinale a opção correta. 
a) A capacidade de a informação reduzir incertezas está associada 
com a oportunidade de sua distribuição e, portanto, com uma relação 
benefício/custo maior do que um. 
b) Em razão da multiplicidade e diversidade de usuários das 
informações de uma entidade, cada interessado deverá! buscar a 
apreensão do conteúdo e da forma da mensagem. 
c) Os dados coletados de fontes internas são sempre mais confiáveis 
que os obtidos de fontes externas. 
d) Os dados disponíveis não devem passar por processos de 
filtragem, para permitir ao usuário da informação que faça as suas 
próprias escolhas. 
e) As informações geradas no âmbito da entidade devem ser 
disponibilizadas indistintamente a todos os níveis e setores, de 
acordo com o princípio de que é ao usuário que cabe a seleção das 
informações que lhe possam interessar. 
 Comentários: 
Relação benefício/custo maior do que um pressupõe que o 
benefício seja maior do que o custo, o que é coerente com um dos 
princípios do controle interno, fazendo com que a alternativa A esteja 
correta, e seja o gabarito da questão. 
Sobre a alternativa B, vale lembrar que a informação deve ser a 
mais clara possível, justamente para evitar que cada um tome suas 
conclusões sobre ela. Alternativa errada. 
A alternativa C faz uma afirmação que não é verdadeira. Se 
fôssemos definir qual das fontes é a mais confiável, sem maiores 
dados, eu optaria pela externa. Mas como não sabemos de que tipo 
de informação estamos falando, prefiro não fazer esse tipo de 
afirmação. De qualquer forma, a informação interna não é mais 
confiável que a externa. 
As alternativas D e E se apresentam contra a filtragem de 
informações e a favor de uma informação indistinta, a todos os 
usuários. Agora imaginem os operários da linha de montagem 
recebendo informações sem qualquer tipo de esclarecimento 
adicional, da mesma forma que os gerentes e diretores. Não seria 
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muito coerente pedir que cada um fizesse sua própria análise, 
concordam? 
 Gabarito: A 
 
11 (CESPE/CGE-PB/2008) - A comunicação, por ser a troca de 
informações entre os indivíduos, é uma atividade 
administrativa que visa tornar comum uma mensagem ou 
informação. Com relação à comunicação em uma entidade, é 
correto afirmar que: 
A) o fluxo ascendente — dos subordinados aos dirigentes — é menos 
confiável que o descendente — dos dirigentes aos subordinados. 
B) o entendimento sobre a forma de realização das tarefas deve ser 
necessariamente diferente entre chefias e servidores. 
C) as informações que visam à compreensão das tarefas a realizar 
são independentes e incompatíveis com o grau de motivação que se 
possa transmitir aos responsáveis pela execução dessas tarefas. 
D) as tarefas serão executadas com mais eficiência sempre que os 
padrões de desempenho forem estabelecidos segundo um 
entendimento comum entre chefias e subordinados. 
E) os subordinados só devem receber informações dos superiores por 
iniciativa própria, à medida que as julgarem necessárias. 
 Comentários: 
Mais uma questão prática, agora sobre o assunto comunicação. 
De todas as alternativas, a única que faz sentido é a letra D, ao 
promover o entendimento entre chefias e subordinados quanto às 
tarefas a serem executadas. Ao participar do processo decisório, o 
subordinado se sente parte da solução, vai se empenhar muito mais 
no cumprimento das tarefas e terá menos dúvidas sobre o que fazer. 
As demais alternativas estão incorretas, e para confirmar, 
imaginem, na prática, as situações descritas, como, por exemplo, um 
chefe imaginar a tarefa de uma forma e o servidor de outra; o 
subordinado só ser informado quando solicitar a informação; ou o 
fluxo ascendente ser necessariamente mais confiável que o 
descendente. 
 Gabarito: D 
 
12 (CESPE/SEBRAE/2008) - Duas organizações podem 
gerenciar seus riscos corporativos de forma idêntica, mesmo 
que possuam culturas administrativas diferentes. Julgue 
CERTO ou ERRADO. 
 Comentários: 
Afirmar que duas organizações distintas podem vir a gerenciar 
seus riscos de forma idêntica seria desconsiderar o ambiente interno, 
que é!a base para o processo de gerenciamento de riscos. 
 Gabarito: ERRADO 
 
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13 (CESPE/SEBRAE/2008) - As políticas e práticas de recursos 
humanos, bem como a competência do pessoal, não 
constituem elementos do ambiente de controle. Julgue CERTO 
ou ERRADO. 
 Comentários: 
Questão simples, afirmação errada. Não há! ressalvas para o 
gabarito, pois os assuntos referentes a recursos humanos estão 
diretamente vinculados ao componente ambiente de controle. 
 Gabarito: ERRADO 
 
14 (CESPE/UNIPAMPA/2009) - O ambiente de controle, cuja 
avaliação é! necessária para determinar o risco da auditoria, 
compreende, entre outros aspectos, os critérios para a escolha 
dos responsáveis pelos setores que preparam as informações 
contábeis e suas relações com a auditoria interna. Julgue 
CERTO ou ERRADO. 
 Comentários: 
Afirmação correta sobre o ambiente de controle, que se refere à!
maneira como a organização se conduz em relação aos controles 
internos. A relação da auditoria interna com o pessoal que elabora as 
informações contábeis é!extremamente relevante no componente em 
questão, visto que a auditoria interna, como vimos, apesar de fazer 
parte da organização, deve ser independente em relação aos setores 
auditados. 
 Gabarito: CERTO 
 
15 (FGV/PETROBRÁS/2008) - A metodologia estabelecida 
pelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the 
Treadway Commission) foi concebida com a finalidade de 
auxiliar na gestão empresarial, estabelecendo um padrão de 
melhores práticas de controles internos. Os cinco 
componentes básicos definidos pelo COSO (1a Edição) devem 
estar alinhados para atender os objetivos ligados a 
A) produtividade operacional, transparência e confiabilidade dos 
relatóriosgerenciais e melhoria no ambiente de controle. 
B) eficiência no processo de gestão de riscos, capacitação operacional 
e transparência da alta administração. 
C) conformidade legal (compliance), eficiência na avaliação de riscos 
e transparência na comunicação interna. 
D) eficácia e eficiência das operações, confiabilidade nas 
demonstra∃%es financeiras e cumprimento de leis e normas 
(compliance). 
E) confiabilidade no ambiente de controle interno, capacitação e 
treinamento de pessoal e agilidade nos fluxos e processos internos. 
 Comentários: 
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Questão bastante simples para quem estudou a matéria, 
principalmente para quem está fazendo o nosso curso, espero. O 
conhecimento necessário para resolvê-la foi sobre quais as categorias 
de objetivos constantes da primeira edição do COSO, que, conforme 
já vimos, são os seguintes: 
1 – eficácia e eficiência das operações; 
2 –!confiabilidade dos relatórios financeiros; e 
3 –!conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis. 
 Gabarito: D 
!
16 (CESPE/SEBRAE/2008) - Constitui atividade de 
monitoramento a realização de seminários de treinamento, de 
sessões de planejamento e de outras reuniões que forneçam à!
administração retorno que lhe permita determinar se o 
gerenciamento de riscos corporativos permanece eficaz. 
Julgue CERTO ou ERRADO. 
 Comentários: 
Treinamento e planejamento são atividades que devem ser 
contínuas, e permitem a verificação da eficácia do gerenciamento de 
riscos. 
 Gabarito: CERTO 
 
17 (CESPE/SEBRAE/2008) - A segregação de funções é um 
tipo do componente denominado atividades de controle e pode 
ser observada quando se constata que o gerente que autoriza 
vendas a crédito não é o responsável por manter o registro de 
contas a pagar nem pela distribuição de recibos de 
pagamentos. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 Comentários: 
A segregação de funções é um dos princípios do controle 
interno, e tem por finalidade evitar que atividades incompatíveis, do 
ponto de vista do controle, sejam desempenhadas pela mesma 
pessoa, como exemplificado na questão. 
 Gabarito: CERTO 
 
18 (CESPE/SEBRAE/2008) - O monitoramento é a base para 
todos os outros componentes do gerenciamento de riscos 
corporativos, o que propicia disciplina e estrutura. Julgue 
CERTO ou ERRADO. 
 Comentários: 
Como vimos, a base para os demais componentes do 
gerenciamento de riscos corporativos é o ambiente interno. 
 Gabarito: ERRADO 
 
 
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Pessoal, chegamos ao final de nossa aula 10. Esperamos que tenham 
aproveitado bastante o curso, e que possam atingir seus objetivos no 
próximo concurso para a CGU. 
 
Bons estudos, grande abraço e até a próxima. 
 
 
EXERCÍCIOS SEM OS COMENTÁRIOS 
 
1 (ESAF/CGU/2012) No final do ano de 2009, o Ministro de 
Estado do Controle e da Transparência, o Ministro da Justiça e 
o Advogado-Geral da União apresentaram, em exposição de 
motivos conjunta, anteprojeto de Lei dispondo sobre a 
responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas 
pela prática de atos contra a administração pública, nacional 
ou estrangeira. Atualmente, após avaliação da Presidência da 
República, a proposta encontra-se em análise na Câmara dos 
Deputados, sob a forma do Projeto de Lei n. 6.826/2010, 
contendo disposições inovadoras no que tange à 
responsabilização de pessoas jurídicas pela prática de atos 
ilícitos contra a Administração Pública. 
Considerando questões atinentes à responsabilidade penal, 
administrativa e civil da pessoa jurídica, é correto afirmar que: 
a) não existem divergências doutrinárias relevantes quanto à 
possibilidade de responsabilização penal, administrativa e civil da 
pessoa jurídica no Brasil. 
b) em face das garantias constitucionais, inexiste no Brasil 
possibilidade legal de desconsideração da personalidade jurídica, 
exceto quando houver falência, estado de insolvência, encerramento 
ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. 
c) o governo pretende criar um Cadastro Nacional de Empresas 
Inidôneas e Suspensas com o objetivo de consolidar a relação das 
empresas que sofreram sanções pelos órgãos e entidades da 
Administração Pública das diversas esferas federativas. 
d) a responsabilização de pessoas jurídicas na esfera administrativa 
se constitui novidade em nosso sistema jurídico cuja inserção 
normativa originária se deu na última década, em face da 
necessidade brasileira de se adequar às Convenções Internacionais. 
e) atualmente não há previsão normativa expressa que permita 
estender a declaração de inidoneidade da empresa às pessoas 
naturais envolvidas na prática dos ilícitos. 
 
2 (ESAF/CGU/2012) Atos de corrupção não são exclusivos de 
países pobres, ou em desenvolvimento, assolam, em maior ou 
menor grau de percepção todos os cantos do planeta. Em 
esforço conjunto os governos têm buscado parcerias e 
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soluções conjugadas que possam reduzir, coibir e minimizar a 
ação dos corruptores e corruptos. Nesse sentido, as nações 
têm se preparado com instrumentos normativos para 
responsabilizar não apenas as pessoas físicas em suas ações 
nacionais como as empresas e os administradores de 
sociedades empresariais em ações de corrupção cometidas 
fora de seus países. 
Considerando noções gerais de legislações estrangeiras que 
tratam do tema Foreign Corrupt Pratices Act (FCPA) e a United 
Kingdom Bribery Act (UK Bribery Act), assinale a opção 
incorreta. 
a) Percebe-se uma tendência internacional em se buscar a 
responsabilização penal das pessoas jurídicas em casos de corrupção. 
b) Os esforços retratados na Foreign Corrupt Pratices Act referem-se 
aos Estados Unidos da América e a United Kingdom Bribery Act ao 
Reino Unido. 
c) Ambos tratam de atos de suborno e corrupção internacional, 
prevendo a possibilidade de responsabilização, no país de origem, de 
empresas e administradores de sociedades empresariais que 
possuam subsidiárias no Brasil. 
d) A FCPA restringe-se às empresas norte-americanas em ações 
ocorridas no território norte-americano razão que extinguiu o 
processo a que se sujeitou a empresa brasileira EMBRAER por 
possível descumprimento da FCPA. 
e) A UK Bribery Act prevê, inclusive, sanções para a falha da 
organização comercial na prevenção da corrupção. 
 
3 (FCC/Juiz TJ-AP/2014) O empregador responde civilmente 
pelos atos praticados por seus empregados no exercício dos 
trabalhos que lhes competir, 
a) Mesmo que o empregado tenha sido absolvido em processo 
criminal, no qual tenha ficado provado não ser ele o autor do ato 
ilícito. 
b) Apenas se tiver sido negligente na escolha do empregado ou 
sobre ele não exerceu vigilância. 
c) Ainda que não tenha agido com culpa, na escolha ou na vigilância 
do empregado. 
d) Em qualquer circunstância, porque a responsabilidade civil do 
patrão é sempre objetiva. 
e) Somente se o empregado for condenado em processo criminal. 
 
4 (FCC/TRT-6/2012) Sendo o patrão responsável pela 
reparac ∀ão civil dos danos causados culposamente por seus

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